Campeão do Zezere nº4 22-02-1891

@@@ 1 @@@

 

TANNO

Hesactores
Dt. J. A. ve Sevro BraxpÃo
Duc Pa H E na Corcrição

ASSIGNATURAS

(FPaga adiantada)

Semestre ..
“Trmes:ro
Numvero, avulso,.
Brazil ..
Afiie2
Fóra de Pedrogim Rerosco
eobranea
S

 

BTN

E SA

 

Domingo, 22 de Fevereiro de 1891

Í

SEMANARIO INDEPENDENTE

OCATDDA—

– Biresior

JoRquim Martins Grillo
t

Drdragam Grande

 

NUMERO 4

Administradocr

Frateisco MantIns Ghitro

P UBLICAÇÕES

No corpo do jornal, linha’ 8O re,
Annunteios, » 40 »
Repetições, » 20 »
l’ermzulenl«*-s. preço convencional.
Us ers. assignantes tem o abati-
mento de 25 p. c

Annunciam-se . gratuitamente
obras de que se receba um exem
plar.

‘Toda a correspondencia dirigida ao director—dJ. M. Grillo, ||

CERTÃ.
PEDROGAM GRANDE

— REPRESSÃOE =
CONSIDERAÇÕES

Hoje que nos pertencia
eserever artigo para esta
secção, deixamos. de fazel-
o, para dar publicidade ao
do sr. Juaquim Martins de
Carvalhoi, publicado no
« Conimbricense » , e que
com à devida venia, trans-
crevemos.

 

 

J3.H Gritio,

« A folha official publicou mais
um decreto, com data de 6 do
corrente, para abreviar o julga-
mento .dos. revoltosos.
= Segundo esse decereto pó-
dem ser organisados notos con-
selhos de guerra e se abreviam

provas dos processos, deven
do por isso os julgamentos ser
effectuados sinda este mez.

Trata-se do castigo e repres-
são. E’ necessario, porém, mais
e. melhor do’que isso torna-se
mister reformar à administração
publica, cortar abusos, de alto
a baixo, evitar e castigar injus-
tiças, punir delapidações e es-

– banjamentos, estabelecer, finnl-
mente, o imperio de. moralida-
de.

Debalde se castigarão revol-
tosos, / eTse? procurará reprunir
as revoltas;se à administração
não tôr uma cousá sérin; se à
lei fundamental do estado e aàs

t7 leis organicas não forem fiel-
“amente cumpridas.
Os dinheivos publicos têm ha
“muito / stklo escandalosamente
desbaratados, delapidados e rou-
bados. Criam-se despendiosas
tribunecas para satisfazer e
aniehar a afilhadagem, sem que-
rer saber d’onde ha de vir o
dinheiro para lhe pagar.

Augmenta sempre espantosa-
mente o «deficito no orçamento
annual do estado, e para o sup-
prir lança-se mão de um meio,
que só cegos é que não vêem
que ha de árrastar a nação à
bancarota, em um futuro mais
ou menos aflastado, São os
Successivos emprestimos que se

Y Os originaes recebidos não se devolvem quer sejam ou

|| |l não publicados, se a redacção assim o entender.

contiaem, que angnantam an-
nualmento à divida publica.

Na vida partieular todos sa-
bem que quem contrae empres-
timos, a não ser por excepção,
para melhoramentos vantajosos
e lucrativos, não faz senão col-
locar-se cada vez em peior s-
tuação.

Isto que é bem sabido e tri-
vial, só tem sido € é ignorado
pelos administradores ou desba-
zatadores da fazenda publica.

En prestimos sobre empres-
timos é o que se vê, e com o
sen producto é que se pagam
os juros da divida do estado.

Do abuso do credito resulta
a difficuldade crescente em con-
trabir emprestimos, purque os
capitalistas estrangeiros querem
ter garantias do dinheiro que
emprestam.

Quando não houver quem
empreste Ro governo portu-
guez, como se kão de satisfazer
os jures da nossa divida e os
mais encargos do estado?

Pretenderão aggravar os tri-
butos? Como ha de ser isso, se
0 povo está esmágado com o
peso das contribuições, que já

paga?
Os agricultores — sehitm-se
uuma situa/ão afilictiva. AÀs

diversas molestias e a inclomen-
cia das estações conspiram pa-
ra a destruição dos productos
agricolas; e aquelles que esca-
pam dessa devastação não co-
brem a despeza que se faz com
a sua eultura.

E apezar dos nagrieultores
nio terem meios para . cultiva-
rem as suas propriedades, para
se alimentarem e a suas fami-

lias, vêem-se forçados n pagar
os já pesadissimos tributos para
o estado, para o districto, para
a camara e para a paroehia.
Uma grande parte da pro-
priedade rustica em Portugal

FE

está já hypothecada à Compa-
nhix geral do credita predial
portuguez.

À 16880 ncerescó, n falta -de
braços para a agricultura; por-
que os trabalhadores em ‘gram
em massa para o / Brazil do
que ha de resultar o permane-
cerem muitas propricdades em
pousio., ;

À imprensa faz grande baru-
lho por causa.da emigração: e

algumas auctoridades publicam
por isso editaes, com graves
penalidades, para vêr ‘ se con-
tem os emigrantes.

Pois desenganem-se que em
auanto o3 trabalhadores e as
suas familias luctarem com
grandes difficuldades para sub-
sistirem, — e esperarem melho-
rar de situação no Brazil, na-
da os impedirá de sahir do
reino.

Todos procuram o seu inte-

resse. :
Quem soffre as consequencias
d’essa emigração espantosa, à
qual o governo do Brazil facr
ta por todas as formas,-são os
infelizes agricultores, que não
têm quem lhes cultive as pro-
priedades, a não ser por um
elevado salario.

N’estas condições como se
ha de exigir da agricultura, e
semo consequencia, da industria
e do cominereio, maiores im-
postos?

Seria provocar uma reacção,
cenjas , consequencias — ninguem
póde calenlar.

Devem: desengsnar-se de que
se pódem reprm’r àas revoltas
politieas; não reprimem, nem
pódem reprimic &«& revolta da
fome.

Esta revolta, ou untes. revo-
lução formidavel, ha de . fatal-
mente vir—pois que é questão
de tempo—sem que lhe possam
obstar todos os conselhos de
guerra que o governo organise.

Quando à fome entra pela
[porta sae a, virtude pela Janel-
la.

Temos faliado com muitos
individuos insuspeitos, por te-
rem monárchicos e pela sua
posição social, 05 quaes ao mes-
mo tempo que censuram a ul-
tima revolta militar no Porto,
declaram positivamente que à
administração publica não póde
continuar como vae, a não
quererem lançar a nação um
abysmo.

Certa imprensa só se occupa
em incitar o governo a ser «rigo-
roso» contra os revoltosos; pois
devia tambem occupar-se em
contribuir pela sua parte para
a reforma dos abusos na. admi-
nistração publica.

Não o fazem, porque mno-

esbanjumentos são culpados to-

dos os partidos e quasi todos
OS governos.

Se neste paíiz as leis não
fossem uma erisão, quando se
trata dos poderosos; se a Carta
Constitucional se cumprisse, e
não fosse rassada na maior
parte das suaa disposições, mui-
tos ministros de estado teriam
sido julgados e condemnados
por abuso de poder e pelos es-
candalosos esbunjamentos e de-
lapidação da fazenda publica.

Os evfres da nação tem sido
um verdadeiro pinhal d’Azam-
buja..

As eleições são um enorme
escandalo.. Como ellas são fei-
tas seria melhor não as haver.
Era de menos uma escola de
devassidão que ficava.

E note-se que apezar de di-
zermos «como são feitas,» não
se segue que todas as eleições
se éflectuem, porque em não
poucas localidades não ha elei-
ções, mas «actas falsas».

Quanto às theorias são diffe-
rentes da pratica!

À celeição» quer dizer «es-
colha»: e na quasi generalidade
os votantes são apenás uns au-
tomatos, que vão lançár na ur-
na um papel, que nem sabem
o que contem!

É nesta immoralidade não
é eulpado só um partido; mas
são culpados todos,

As côrtes em regra não re-
presentam o paiz. São o fructo
de uma burla indecentissima.

D’ahi vem que a quasi tota-
lidade dos deputados: são’ em-
pregados publicos, os quaes,
aquillo que pretendem é au-
gmentar os ordenados para sE
e para à sna afilhadagem..

Pereorra-se a lista dos depu-
tados, e veja-se quaes * são
aquelles que vivem ” exclusiva-
mente da agricultura, do com-
mercio e da industria,.

Como hão de, portanto, os
interesses d’estas classes ser
alli advogados, se não tem quem
as represente?’

Advirta-se que hoje já os
empregados publicos, por mais
elevados e lucratrivós quéê se-
jam os seus empregos, se: não:
contentam com elles.

Todus procuram bem remu-
neradas commissões, para jun-
tar ão rendimento dos seusem

 

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pregos. É wisto não ha diver-
gencia de partidos; todos que-
rem comer 4À farta.

. Ão mesmo tempo, porém,
que es altos émpregados assim
aceumulam ordenados e grafi-
ficações, os professores de ins-
trucção primaria. morrem de
fome. .

Com os parochos dá-se facto
indentico. Em quanto uns dis-
fructam grossas prebendas, ou-
tros recebem uma congrua tão
insignificante, que pirecê ineri-
vêl como pódem viver só cum
GB ec

À nação está perfeitamente
dividida em duás classes; à que
«paga» e & que «recebe»

Um dos principaes: meios
para evitar e impedir as revo-
luções é as revoltas é adminis-
trar bem, com economia, im-
parcialidade e justiça; digam o
que: quizerem- em contrario
d’isto-

– .O ;recvutamento, como elle
se faz, é um enorme – escandualo
e uma intoleravel iniquidade,

Com o recrutamento especu-
lm os influentes políticos e de
um modo .torpe. Os paes dos
mancebos chamados ao exercito
estão, algemados -aos mandões
politicos, por causa dv recruta-
mento; e d’ahi’vem, além de
outros motivos, a nenhuma in-
dependencia dos votantes.

Talvez não haja paiz onde
a aversão ao recrutamento seja
maior do que em Portugal. E
é o recrutamento /outra causa

oderosa da emigração. “Vodos
Fogem do exercito.

: O ‘povo, vê-se espesinhado
. com custas de processos. Logo
que não pague uma pequena
verba tributaria é citado e exe-
cutado, tendo de pagar custas

.dezenas de vernes superiores
á contribuição em divida. E no-
te-se que este rigor é principal-
mente com os pobres. Os ricos
e poderosos estão quasi sempre
a salvo d’esses vexames.

« Amorte de um chefoe de fa-
milia é a maior calamidade que
póde entrar n’uma casa.

— E logo a exigir paga o me-”

dico, o pharmaceutico, os que
lidam com o enterro, os ecele-
.Siasticos, o regedor, & camara
municipal ou a junta de paro-
chia, não fallando nos crédorez.
Accresce a isso que. havendo
orphãos, a eprotecção» que rve-
cebem é entrar-lhes em casa 2
Justiça, a titulo-de os. «prote-
ger»; mas para lhes causar a
sua ruina,
“ Com.a. descripção e avalia-
ção de bens, a sua arrematação,
salarios do fuiz de direito, do
delegado, do contádor, do es-
:erivão, dos, officiaes de. diligen-
cias, e dos louvados, vae-se
muitas vezes tudo quanto podi-
am herdar os infelizes orphãos,
que ássim ficam a pedir esmola!
— Nalgumas comarcas demora-
se escandalosamente .a resolu-
ção dos processos, o que é não

só um .grande . prejuizo para.
:as partes, mas «até para-os cs-”

rivães, -que’ ossim «deixam” de

‘CAMPEÃO

DO ZEZERE

Collar de Verolas

BVisão Dom leto

Eil-a dórmindo ! Como & branca & espuma,
boiando à flôr do mar, n’uma onda enorme,

é seu leito tão candid

0, QUEe em summa

lembra uma >oneha ondeaa volupia dorme.

Cerrado o olhar–um ceo de ingnvuto enteio,

seu corpo — um novo

ceo— me surprehenden. ..

Nudez do acaso. .. lm fim, um ceo que veio
como a apagar os brilhos do outro ceo.

Novo ceo d’nm conto
ceo para os labios; e

rno aureo-celeste,
onde o vulto amado

de fremitos e sonhos se reéveste,

<sob um clarão de lua

r doce e azulado.

E eu sem poder tocar n’aquella face. .
nem conseguir ao menos esquecel-a !
Eu como se este olhar triste ficasse

a vida intcira condemnado a vel-a!

Vel-a (sem a beijar, É
voluptuosa, entre illu

fosse de leve!)
zões e alvores,

como um raio dóirando a neve!
como um perfume sobre um mar de flôóres!. . .

receber os séus emolomentos.

Antono Fogrça

GOAST QE IDOQD BB im

paiz, noutras desce á mais ab-

Em quantoe À jmirrensa, di-ljecta aduleção ao mesmo rei.

zem muitas vezes ts periodicos |

imnonarchicos «cue n imprensa,

republicana tem usado de uma:)
linguagem e-candalosa, 1Z isso:

Pela nossa parte entendemos
que se não deve faltar no res-
peito ao rei, por ser o chefe
do estado, como respeitariamos

em parte verdade; mas tam-jo presidente da republica: nem
bem é verdade gue n imprensa , bajulal-o servilmente, como es-

monarchica 110 lhe tem . fieado
a dever. cousa sleuma em
desbragamento de linguagem.

Até muitos dos periedicos
monarcbiços que ag.ra censu-
ram hascfteramente e com à
maior violencia essa linguagem,
já & empregaram, tanto ou ain-
da mais desbragada,

Nem 0 proprio rei tem es-
capado á imprensa monarchica,
dirigindo-lhe as injurias mais
affrontosas.

Que fez el-rei D. Luiz para

& imprensa «moutarchica» lhe

dirigir

tos?
Que fez a ráinha a srº D.

Maria Pia para ser, por parte

os mais infumes insul-

de certa imprensa «aregenerar-|

dora»r e a«progressistar, infa
memente insultada?

Que fez uma outra senhora,
altamente collocada na scceieda-
de, para ser tratada pela im-
prensa. «monarchico-progressis-
ta»r, de um modo que hem a
mais vil rameira?

A respeito de abusos da im-
prensa republicana, os quaes na
verdade tem havido, o melhor

que pódem fazer certos periodi- |

cos monarehicos, é .estarem .ea-
iados.

-A imprensa monarchica em
quanto umas Yvezes insúlia o
rei, e proclama à revolução “nº

tamos vendos :

Toódo o cidadão lívre deve
manter aº sua propria dignida-
de; e para isso nem deve ser
insultador do monarcha, hem
nojento e desprezivel palaciano.

Resumindo o que temos di-
to: – O principal meio do evitar
revoluções e revoltas, é não
dar motivo, nem-ao menos pre-
texto para ellas.

Os Catões incitadores das
«vigorosos repressões» e dos
«rigorosos castigos», leiam a
historia de todos os povos, an-
tigos o modernos, e digam de-
pois se é com esses meios que

xam de se repetir..
Esta gente parece estar eega
de todo.

na torre de S. Julião da Barra
eem Lisboa, 11 martyres – da
liberdade; e contudo a revolu-
ção liberal realisava-se em todo
o reino em [1820; sendo, além
disso, os enforeados e queima-
dos de 1817, declarados pelas
côrtes em 1821, benemeritos
da patria.

Em Fervere.ro de 1828 “che-
ga D. Miguel a Portugal e.co-
meça logo o seu implacavel
systema de perseguições con-
tra os liberaes—perseguições
que duraram 6 annos=< masem

as revoluções e revoltas dei- |

Em 1817 tormmn cnforcados

1 de jurho de 1834 sabia D,
Miguel para sempre do paiz.

Costa Cabral estabelece co-
mo norina de goveirna a Violen-
cia, à compregsão ea reprossão,
Não obstante 15so, em amaio de
1846 era expulso do poder e
do reino: m o

O mesmo Costa Cabral volia
ao poder em 1849, renova ahi
o mesmo systema de governo;
e por fim, em abril de 1851
vê-se obrigado pela segunda
vez a expatriar-se.

De tudo o que temos dito
não queremos conéluir que os
governos deixem de”manter
a ordem publica, porque é essa
a sua obrigação; mas queremos
mostrar que as medidas de re-
pressão hão de ficar completa-
mente inutilisadas, quando os
goveinos, pela sua má admihis-

1 tração, peles abusos, pelas. in-

Jjustiças e pelos aggravos que
pratiquem, auctorisem, ou con-

-sintam, provoquem a reacção

geral, ;

Pouco viverá quem: não vir’
a improficnidade das inedidas
de repressão que se estão a
adoptar, se não forem acom-
panhadas por uma completa e
radical reforma nos differentes —
ramos da administração publica,
de módo que façam cessar os
Jjustos motivos de queixa que
tem a nação, õ

O tempo mostrará se nos en-
gahámos,

Joaquim ManTINs DE CARVALHOS*

: Cemiterio

Consta-nos que está defini-z
tivamente escolhido o tetreno
para 0 novo cemiterio, . É

No orçamento municipal foi
incluida à respectiva vefba
para a expropríação do têrreno
e sua costrucção: S

E’ um melhoraumento que
d’esde ha muito reclaimáva a
attenção-dos corpos gerente do
municipio; pois que o actual
cemiterio está longe de satisfa-
zer ás mais rndimentares “con-
dições da hygiene publica. —

ENVGAA ——
Sahida

Sahiram’ para ‘Coimbra, onde
frequentam as aulas do Semi-
nario, osfilhos dos nossos presa-
dos amigos, os sr.º Ántonio
Joaquim Simões David, e Ma:
noel Caretano. &

tEM EE —
Regnlamento

Vae ser submettido à appro-”
vação superivr, o compromisso,
ou lei regaladora da irmandade –
do &. Sacramento d’esta villa.

Foj elaborado e apresentado,
para ser discutido pelos irmãos
da cenfraria, pelo nosso amigo
Alberto Eugenio de Carvalho
Leitão, que actualmente «stá & –
testa d’esta corporação,esta corporação

 

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tilieratura

EE a aaa = a emán =
QUADROS HISTORICOS
DA
Libardado Fortuguesa
Ataqgue da Vilio da Pruaiía
na LEha Derceira em
11 de agosto. de 1829

d (T runseripçoão

Ou a nactureza operou
prodigios & favor d’tun pô-
vo, ou no fim de sete secu-
los parou a feliz . carreira
dossdias, parasque os por-
tuguezes — igualassem com
feitós grandes c pasmosos,
os Ppóvos nizas :u-:*’ 2s do
TOTÉBUO A dera

Victorias sobre victorias,
feitos distinetos nas arfes e
nas sceiencias, descobertas,
em que transluz tanto O va-
lor como a sciencia, e à m-
trepidez, cbhamaram sohbre
esta terra, batejada pela
ventura, o respeito e a ve-
neração de quantos con-
templam as pagivas das
historias que as relatam;
mas a fortuna, sempre pro-
picia áquelile, que na prati-
ca das virtudes cultiva o
espirito, preparava aos lu-
zos um campo de gloria, em
que, ganhando novos lou-
ros, elles chamassem sobre
si a admiração dos presen-
tes, e se constituissem o
mesmo tempo modelos , de
valor. q de mansidão . para

os vindoúros, Por um ex- |

forço ousado tinha este
povo manso sacudido o gri-
lhão, e proclamado os seus
direitos: aquelles, com que
$e constítuiu nação e com

que se snbmetteu ao domi- |
nío d’um rei, que escolheu, |

e em cujas nãos depositou,
debaixo de muitas condi-
ções, o poder de o reger e
bem governar; jaziam esses
fêrros a um lado, e do ou-
tro curvado o’ absolutismo,
que na frente d’uma horda
gem virtudes, ajudados da
intriga, e favorecidos pela
ignoranceia, espalhada por
frades . prevaricados, e de
más intenções, tinham op-
primido o povo pacifico,
disposto de seus bens e de
seu trabalho, derrainado o
seu sangue.como convinha
aos Seus iliteresses, zOm-
bando da submissão’ e da
paciencia com que elles
snpportavam o’seu tormen- |
R0

Htraetada a g;mnrh& operação

: Paris».

rios, com a usual garantia

i ver um só padrão de titu-

| probidade do’ paiz no cum-

CAMPEÃO DO ZEZERE

Emprestimo

erar-se coun-

Póde consi

de 36:000 a 40:000 contos
de reis, entre o gnverno e
o grupo representado pelo
«Comptoir d’Escompte de

O emprestimo é repre-
sentado por obrigações e-
mittidás pelos concessiona-

do Estado.
Assim, continuaré à ha-

los da divida publica por-
tugueza, séem consignações
especiaes e unica, garantia
da ainda não desmentida

primento fiel dos scus con-
tractos.

,_..___W’___ Abica s
Regresso

Regressaram do Bôllo, aonde
foram passar os dias de carna-
val, os srs. Antonio Joaquim Si-
môões David, Alberto Eugenio
de Carvalho Leitão e s. ex.”*º
GSPÚSH.

Das Varzeas,
&o de Lemos.

osr. José Dio-

P Cinpera SA UENEET —
Doenças

Tem estado gravemente en-
fermo, o pae do nosso assig-
nante o ‘sr.: Joaquim – Fires
Coelho Darvid.

Tem cstado de cama, cm
virtude de tex dado úma queda,
o dignissimo delegado d’esta
comarea. o o

Prompto réstabelecimento. é

mos.

Désordem

Houve n’um d’estes “dias de-
sordem entre os prosos da ca-
deia d’esta vilta. :

Estabeleceu-se a ordem devt-
do á mtervenção da ” auctorida-
de. ;

ANNUNCIO
2.. Pulí_)lii:qção’

Comarcá de Pedrógam Grande
e cartorio do terceiro: officio,
se hão / de arvrematar e vender
em hastá publica, à quein mai-
or lanço offerecer acima do
seu valor pela avaliação, no
dia primeiro do proximo mez

e (Cnmíhúa.)

o que sineeramente lhes deseja- |

PELO Juizo de Direito da |º

Judícial. d’esta Comarea, (

guintes bens, enja venda foi

auctorisada pelo respectivo con
te f invent

A
prue

de no Juizo Direito
primeira vara da Cidade de
Lisboa por fallecimento de Jo-

Ge ta no

sé Quarestia Valle do Rio,

inorador que foi nasdita Cida-
de, e em que é inventariante
Dona Mariaido Patrocinio Diás

| Quaresma Valle do Rio, a sa

ber :=-Metade d’úuma proprie-
dade composta de vinha, olr-
veiras e castanheiros, sifuada
no’ Carejal, avaliada em qui-
nhentos e cincoentaá mil reis,
sendo o valor correspondente
á reterida ,metade, a * quantia
de dozentos e setenta e cinco
mil. réis=Uma quarta parté
d’uma terra de semeadura, com
agua de roteiro, casa, oliveiras

€ mais arvores, situada à Ri-

beira, aávaliada em.um conto
e quatrosentos mil réis, sendo
por tanto o valor correspon-
dente à referida quarta parte
a quantia de tresentos e cin-
coenta mil reis==Metade d’uma
testada de matto, situáda 4
Larangeira, avaliada em cento

tanto o valoricorrespondente
á referida metade, a quantia
de oitenta mil reis.=Uma quar-
ta parte d’um souto e sobrei-
ras, sito – do Zereiro, av.liado
em dozentos e setenta mil reis,
sendo por tanto o. yalor . .corres
pondente à referida quarta. par
te, n quantia de sessenta & se

olival, situado aos Oliváes, ava-
lindo em cento e noventa mil
reis.—Um clival, .situado / aos
Oliváes, avaliado em -trinta e
cinco mil. rcis.==A quarta par-
te d’um: olival: e pinhál, si
tuado ao Chavelho, avaliado
em quatrocentos imil reis, sen-.
‘do por tanto o xvalor corres-
pontente á reforida quarta par-
te;: d. quantia: del, com mil
terra * amanhadia,

arvores, situada à Fonte’do
Velho, avaliada em tresentos
mil reisss=Um olival e” pinhei-

baidas, avaliado ém trinta. e
seis mil reiss=E mwma: quar:
ta — parte! dumá ) testada – dej
mato e pinheiros, situhda ao
aldrão, avaliada em quatro-
centos mil reis, sendo por tan-

tia de cem mil reis.: À

Pelo presente annuncio são
dores invertos quese julguem
com direito ás deseriptas. pro-
‘priedades, ahm de o deduzi-,
rem, querendo.: — :

Pedroguim
Févereiro de 1891: .

—O Escrivão—

Alberto. Eugenio de Carválho
Lieitão.

Verifiquei a exactidão:

det março, à porta do Tribunal |

Motta. –

e sessenta mil reis, sendo porfF

Y : : Tt-primento .ª’, 3
te mil e quinhertos’ Yeis.==Um f art.º REA

e castanheiros, sobreiras é mais |’

ros, situado ao Valle.das ALl-F

to 6′ valor correspondehte á
referida. quarta parte, à quan-kt.:

Grande seis def

ANNUNCIO
(1.* publicação).

ELO, Juizo de Direito
da Comaren de Pedrogam
Grande, cartorio do primeiro
“officio e no inventario de me-
: nores feito à herança aberta’
por fallecimento de Joaquina
– Maria, moradora que foi no lo-
gar do Vermelho, correm edi;
“tos de trinta dias nos termos
do artigo 696 do Codigo do
Processo Crvil, eitando os cre-
dores e legatarios desconheci-
dos e designadamiente os cre-
dores domiciliados fóra d’esta
commarca José Caetano d’Olivei-
ra e Munoel Nunes & Filkio, de
Beja, Múnoel Henriques, de S.
Sebistião de Buenos Ayrés, e
Albano Baetta Byssaia Barreto,
da Vuba para deduzirem seus
‘direitos no imesmo inventario,
sem prejuizo do, seu andamen-
to. Pedrogam Grandé 16 de
‘fevereiro de 1891.

O Escrivão,
| António Joáquim!Simões David
Verifiquei’ a exactidão:
O Juiz de Direito; — .,
‘ Motta. .

, TANNUNCIO – >

— (1.º publicação)
“ÉEELO Juizode Direito da
Comurea de]Pedrogam Grande
e cartorio do 3.º officio correm
editós de trinta dias em cum-
08 effeitos do
. 696 ‘do ‘aàax&õkiaªã%ªb’%%éâ:
só civil, citando .para assiste
‘rem aos termos do inventario
torphanologiço a que se. proce-
‘de por fallecimento de Luiz
iAlves .de Carvalho, morador
ique foi no logar dos Rapos
‘Cimeiros, todos os credores e
Hegatarios — desconhecidos ou
residentes fora da Comarca 6
designadamente o interessádo
‘Auntonio Alves de Carvalho;
auzente em paárta incerta. —
Pedroegam Grande sew de
Fevereiro de mil oito centos
1 “Aps?A.

noventa é um.” . .

– 0 Eserivão
Albérto Engenio’ de Carvalho
Leitão ‘ : E
Verefiàhé&l᪒éiàctídâe” :

— Motta

S
” NHEIRA

Pedrogam Grande

— PILULAS

“Preparam.-se inteiramente ve-.
getaes e inoffonsivas

Enviam-se pelo .correio,

Freco 1$000 réis —

PANAMAÁCIA |||

MANOEL SIMÕES CASTA’ .

também citados quaesquer cre-t,

contra a tenia ou solitaria |

“SÃOINFALLIVEIS.

.FALLIVEIS.

 

@@@ 1 @@@

 

EANMNFEAO
CHROMOS
— Wibro ds Contos
de

D. Magdalena Martins de Carvalho

O livro que brovemente váe ver a luz da publicidade sob
a titulo de CLHROMOS, e onde se reune uma ndmiravel e va-
liosissima colleeção de contos, váe ter um grande snecesso por
ser uma obra de merito, onde o leitor vacila no que mais de-
verá apreciar: se o elevado do estylo, se o burilado da phrase.
AÀ sua auctora e uma escriptora distintissima, como o attes-
tam as suas producções que são muito procuradas e Jlilas, es-
pecialmente no Alemtejo; e o livro que ora váe aparecer terá
ema larga extracção não só ali, mas em qualquer parte onde
appareça algum exemplar.

Condicões da assignatura

O livro CHROM(S, formará um elegante volume que, em
Reguengos e na Certã, pode ser adquir.do pelo modico.

. Mreco 300 reis

e nas demais localidades por 320 reis.
Pedidos à auctora, em Reguengos, ou ao editor Joaquim Mar-
tinsg – Grillo, na Certã.

AHibesto E. . Ttio

Pedrogam Grande

” ESCRIPTORIO
“Rua deMiguel Leitão d’Andra-

João Antonio Caetano
Rna do Eirádo

& Loja de mercearia, tabacos, ca.
bedal, sóla, ferragens e outros «tigo,
Precos conmvidativos
EERERA GEAR TTNA o ô nm 4 SRA
Abilo yNoguiira David

DO ZEZERE

Companhias de Unverpacão

Hamburgueza Chargeure
MALA KEAL REUNIS

Portugueza Messagereis
Lloyd Bre nen ( Maritimes

Éte. Jite. Ete. Ete.

Para todo os postos do

Mlesati EGlipo ‘j |

Brazsil, f Orideinl : Oriental sie,

SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d Africa, em

15 de cada mez.

As creanças de passageiros, ate dois annos, gratis: de tres a quatro an-

nos, um quarto de passagem; e de cinco a diz annos meia passagem.

Para os diversos pontos do BR AZIL, em differentes dias dos mezes
Passagens gratuitas para o Brazil

Nos magnificos paquetes da Companhia Charguers Reunis que sahem

de Lisboa em um dose e vinte e dois deis de vada mez dão-se passagens gra-

tuítas aàs familias, de trabalhadores que desjeem jr para quasquer Provincia

do Brazil, d’esde TLisboa ate ao Rio ta Janeito. A’sua chegada ali, o Go-

Verno ev nçede-lhes transporte gratuito ate a Provincia a que se distinem,

se,.ahi são livies para empregarem a sua activídade laboriosa trabalho

quéê mais lhe convenha não contrabindo nenhuma divida pelos beneficios re-

recehidos.

Na redacção d’este jornal prestão-se esclarecimentos.

Agente na

devta
dJunquim ariins Exillo

Oficina Wenendeenador

DE

MANOEL ANTONIO GRILLO

Travessa Pires N.º 2

Certá

Mercesria é Pabavaria

Fm

v

Advogado
J A. de Souto Brandão
— TESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja
Pedrogam Grande
——nA o ——
N’este escriptorio toma-se
conta de qualquer causa civel,
erime ou prommoções quer
dependam dos tribunaes da Co-

marca de Pedrogam Grande
“quer de outros quaesquer tri-

bunaes do paíz; é tambem de NITIDEZ
outros quaesquer negocios civis

das repartições publicas d’esta E
villa, ou fora d’ella. Bom papel

Mercearia e Tabacaria

POGRAPEI

DE
JOAQUIM BÍARTINS CRILLO

Travessa Pires N.º 12

CER

Nesta typographia confecionam-se com rapidez quacsquer

Nesta officina confeciona-se todo e qualquer trabalho cor-
cernente a esta arte. :
Joaquim Pircs C. David
LAKGO DO MUNICIPIO
Loja de Mercearia, tabacaria,
ferragens e fazendas bran-
cas’efo, ete.

ETELREPETS ETA TTNA EETICVNTEROS
Marcellivo Lopes da Silva
Larço do Encontro
Mercearia e Tabacaria

D RECREIO

Revista semanal. Litte-
raria e Charadistica

Becco da Imprensa N.º2

RAPIDEZ
E
PD AA 08 [) —Fecv’eío= é sem duvida uma
ç MOgIoos das publicacões litterarias mais bara-
tas do paiz e que tem unicamente
em vista proporcionar aos seus assig-
nautes leitura amena e uiil, mediante

DE

Augusto Thomaz Barreto

Rua de Miguel Leitão d’Andrade
o

ESTA acreditada casa acaba de
rteceber fina manteiga e bons assuca-
res, ehá e café, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como esta 5
espera de magificos charulos e outras
qualidades de tabacos.

cMstO) Cuano

Largo do BNunicipio —
Estabelecimento de ferragens
louças ceabedal Agente
da Comyanhia de
Scgvlrãn Tagns

livros, impressos para Juizes de Direito, Delegados, Escrivães,
Juntas de Parochias, Juizes Ordinarios, de Paz e Municipaes,
cobrança de congruas, diversas Confrarias, Camaras, Adminis-
trações, Recebedorias, Repartições de Fazenda, Escolas, Corpo
fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, Depositos de tabacos, e
quaesquer outras repartições, corporações publicas ou parti
culares, etc.

EMNOLCS: MMA o en e o ÁRA 25 de 100 a 300 reis
» EA NS NS NEE SNEAA SA 50 de 150 a 450 «
« REE D a AN SAOAN A A aa aa 100 1e 250 a 900 «
« NA DS a A d n aA ú.20 1 200 a DO0 «
« ENAA RSADAO GEA MAA ESA e « DO de 300 a 900 «
« EA MPA RAA ) 100 de 500 a 1200 «

Parteepações de casamento de 800 re para cima.
cAAESO IaDCg 2.

O proprietario d’este estabellecimento encarrega-se de quaes-
quer serviços, na Certã. j

Cumpra livros e encarvega se da verda d’outros, ete.

vma modicissima retribuição, 18to é,
cada numero —20 réis, com 16 pagi-
nas a duzg columnas e em optimo pa-
pel.

Está em publicação a 10 * serie.Ca-
da série de 26 numeros formam um
volume completamente independente.
Fm Lisboa a assignatura paga no áeto
da cntrega. Para a provincia, a assig-
valura e feita Ás series de 26 numeros
e cnsta 580 reis,

Toda afcorrespondencia deve
ser dirigidáa a João Romano
” a :
Torres rua do Diario de Noti-

cias 93— Lisbova.

=EDYTOR=
==Albano Nunes Roldão==
Typagraphia e impressão

Travessa Pires, N.º 1e2