Campeão do Zezere nº37 27-03-1892
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ANXO T
Dominge, 27. de março de 1892
NUMERO 537
ASSIGNATURAS
S fPisa AVontada)
mid ii E 1E20
Samboatrve. a2 a cva Sul o ms s)
Ladineatrêgia eec e s300
Numere avulso. 11200 e , 2 S0
RÉR e eA e o F SU0O
Qu
Afriea’
Fóra de, Pedrogim asresee a
*obranea
CERTA’
PEDRSGAM GRANDE
s P f = £o
LOPO VAZ DE SAMPAIO
— EMELLO
E’ em hreves , palavras
que temos de , consignar
aqui a dôr profunda que
nos dilacera o coração ao
recebermos a notícia da
moite (aquelle grande, e
bom, e nobilissimo ho-
mem, que tão dolorosa e
prolorgada agonia teve, e
que tanto padeceu no mun-
do para servir os outros. À
indole especial do nosso
numero de hoje, que faz
com que elle esteja quasi
todo composto e prompto
para a inpressão, não nos
deixa ampliaf 0 nosso arti-
go. Quiz: Deus, que Lopo
Vaz morresse a0 domingo,
o dia setimo, o dia / do Se-
nhor, o dia em que e se-
gue o descanço ás fadigas,
e foi o eterno descanço que
veiu n’esse dia refriverar a
aua fronte fatigada por
tantos e tão incomparaveis
soffrimentos.
À perda enorme que o
paiz soffre sentem-n’o to-
dós, “aâmigos e adversarios.
Era no dia 19 a sensa-
ção da camara quando ap-
pareceu a noticia faisa- da
sua’ niorte, procursora da
verdadeira. Os — homens,
que mais combatidos, que
mais calumniados foram na
vida são exactamente aquel-
les diante de quem mais
ÚUnanimemeate se eurva o
respeito de todos na hon-
ra em que desapparecem.
Junta-se ao reconhecimen-
to da perda um vago sen-
timento de remorso, e so-
bretudo percebe-se que os
” $ – . %
“Loda-a corvespondencia dirigida . ao director—J. M. Grillo;
E S :
EAODO
SEMANAÁRIO
INDEPENDENTE
eAA
Birereior
Jonquim MNartins Griito
Ororugnm GCrinde e
que levantaram na vida es-
se immenso rumor de inju-
rias é de applausos eram
os que tinham excepcional
valor, e que a patria deve
cobrir-se de lucto quando
elles desapparecem do seu
firmamento, cemo mais um
sol que .se eclipsa, como
mais uma estrella, que, se
apaga no constellação que
ainda pode guial-a nas tor-
mentas que atravessa,
Pobre Lopo! Que mar-
tyrio o seu! Ha quasi um
anno que as suas doenças
) se tinham aggravado, e foi
este anno comtudo para el-
le o de Ilucta mais cruel, e
fatigadora. O descanço, as
melhoras que encontrou em
Mondariz toram-lhe amar-
guradas pelas preocenpa-
ções da politica, em que
não estava agora senão pa-
ra ser. fiel, para ser Jral;
para-ser – obsequiador nos
seus amigos.
Chamou-o de Mondariz
a Lisboa a fatalidade da
pelitiea, fêl-n ‘ preeipitar a
sux couvalescenca ainda à
vnolitica, obrigou-o a esqui-
vár-eo ao repouso que lhe
prescerevian senípre à po:
litiea.
Politica de ambições? di-
TÃão. Ah! como se. ulude
quem assim.o jJulgar! Nin-
guem houve menos ambi-
cioso, que mais tivesse co-
mo ideial .supremo o des-
canço modesto da fainilia,
que menos. se imporstasse
com as pompas ecom as
honrarias do poder. AÀA po-
hitiéa piúra elle era pura e
simplesmente a «dedicação
aos seus aniigos,» E ante-
punha isso a tudo, e a isso
tudo sacrificava, e foi isso
que o matou, pobre e bon-
doso amigo, que ao menos
terá o seu tumulo reg’ado
de . lagrimas —verdadeiras,
como não teriam os que
mais apparatosamente hou-
vessem querido percorrer
a carreira publica.
O que se passará,.no
momento em qúe Cscreve-
mos, n’essa casa, onde cho-
ra a mais devotada das es-
posas, rodeada de um ban-
do de creanças? Dalorosis-
simos quadros que repro-
puzem a cada instante aos
olhos de que soffre as suas
tristezas pessoaes!…*
* *
Lopo Vaz morreu ás 10
horas e meia da manhã de
domingo, no momento em
que sua esposa sahira do
quarto! para / tomar uma
chavena de chá. Pedia um
copo d’agua e quandos n
érenda lh’o / deu, elle ainda
o levon à boca, depois dei-
xou-0 cahir e à sua eobeça
nenden tauambem. Teve en-
tão um estretor – de segun-
dos, e ficzou.
Deixa sete filhos. Pobres
Crennças que começam ago-
ra a comprehender todas
as tristezas da orphandade:
À celles e sua ez.”* mãe, es*
posa carinhosa como pon-
cas, 08 nosso sentumentos.
*
* *
O funeral. realisou-se ter-
çá feira às 4 horas da’ tar-
de, sahindo o — prestito da
sua casa ciarua Forinosa.
O corpo até á noite conser-
VOl=SE UM CAMAa, ACOMpPa-
nhado por alguns — amigos
pessoaes e parentes.
Lopo Vaz era conselhei-
ro de Estado, par do reino,
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, linha 8A rs
Annunrios, » 40 »
Repetições, » 20 »
Permanentes, preço convencioral
Us 6rs. assigoante tem e nbati-
mrento de 25 p. c
Anmunciam-se gratuitamente
obras de que se receba um exem,
plar.
drdrogam Crande
Os originaes recebidos não se devolvem quer sejamou
|| | não publicados, se a redacção assim o entender,
vogel do Supremo . Tribu-
nal Aministrativo, e furma-
do em direito. Aos 30 an-
nos velu Á camara « como
deputado reformista, sendo
depois eleito pelo — partido
regenerador que ;acompa-
nhou sempre. Foi pela pri-
meira vez ministro no ga-
binete presidido por Sam-
paio, occupando à pasta da
fazenda, occupando depois
a da justiça sobre a presi-
dencia de Fontes /. Pereira
de Mello, no ministerio que
se seguia ao de,Sampaio.
Depois voltou novamen-
ao ministerio da justiça, no
gabinete Serpa de 1890, e
ro ministerioo do reino no’
ultimo gabinete João Chry-
sostomo.
(Do Correio da Manhã)
Pomada humana
N’uma aldeia da Polonia
foi preso um individuo cha-
mado Plotzk que operava
curas maravilhosas – com
ma pomada, enjo segredo
não divulgava à ninguem.
Ultimamente veio a des-
evbrir-se que Plotzk ia nos
cemiterios durante a noite,
desenterrava os – cadaveres
ainda frescos e tirava-lhes
as partes. gordurosas, que
lhe serviam para a fabrica-
ção do seu famoso especi-
fico.
Com- a mesma substan-
cia fabricava tambem ve-
las, que vendia dizendo es-
tarem bentas pelo Papa e
pelo presidente da republi-
ca franceza,
Os pobres e ignorantes
camponios comiam aquel-
las iptrujicês e iam largan-
do o dinheirinho, cóm que
se regalava o finorio.
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CORRESPONDENCIA
Ferrgira, do £fezere
Finou-se no dia 19 d’este
mez, Manoel Cotrim, no — Ou-
teiro. da . Frasoeira; dizia-se
que tinha muita «bagalhoça»s.
“ -De que lhe serviu nos ulti-
mos momentas? À terra lhe se-
ja leve, e que us seus herdei-
ros limpem as «lagrimas» com
os «guardanaposr que lhes
deixou,
s O tempo, tem corrido com
entermitentes, o que foi vate-
cinado pelo sabio Noherdersom
e por José Férreira de Ave-
“Casta; aquelto- guiado “pelo 0b
servatorio, e este por certas
estrellas, em cnjo absedario
leu túdo o que se tem passado
a resperto do tempo n’este mez
em que certos ‘ sujeitos se cos-
tumam tosquiar.
Fstes «dois» tem sido infa-
Tiveis, é muito superiores ao
antigo Borda d’Agua, e mesmo
á uma árca de pon de choupo
d’uma pessoa cá do concelho,
.; que ao dar’tres estoiros (a ar-
“ ca) indica agua tres dias de
L. *
O tal Zé Ferreira, tem tor-
Tiado conhécido o logar onde
vive, Ave-UCasta, — não por lhe
dar o noime, mas porteralio
seu «consultorio» sobre cousas
futuras.
‘O nome d’Ave-Casta den-o-
lho am tio de Santa Iria, na-
tural e morador em Thomar, e
que, por vezes, vinha visitar
uma sobrinha denominada Cas-
tas e que o bom do tio sauda-
va da seguinte mateira:— ave
Casta.
Deus te salçe Casta. segun-
do a traducção feita pelo «lati-
nos Narciso Gravito do mesmo
sitio.
«Cuúrrapto vocabulo» ficou a
povoação, em virtude da sau-
dação do tio à sobrinha, deno-
minada Ave-Costa,
Não & só o consultorio. de
Z Ferreira que ali tem atra-
hido muitos visitantes mas tam-
bem uma “lapa, obra da natu-
reza, que parece artificial, com
um arco, de pedra em forma
d’arco Turquesco por onde se
entra para aquella concavidade,
tão espáçosa como o salão de
S. Bento, e digna d’vma reu-
nião de pares e deputados, que,
sem difficuldade, ali podiam ser
«empedrados» para bem d’esta
infeliz nação.
No domirngo, 20 d’este mex
roubaram ao mosso amigo dJa-
cintho Soares, do Becco, vinte
e dois «coelhos manços, sendo a
coslheira escalada pelos gatu-
nos, com elles (coelhos) fizeram
uma potuscada – na novite da
sserração da velha».
O: Dias Ferreira, deu ha dias
; um lanto jJantar aos eollegas do
miniaterio, emquanto: a5 des-
CAMPEÃO DO 7 EXERE
graçados operarios sem traba-
lho «cabiam» de fome nas pro-
ximidades do pateo do Pimen-
ta.
Diz um jornal que o sr.
Marquez de Franco, para com-
memorar o anniversario de S.
Alteza o principa; Luiz Filippe,
para as suas «enecessidades» (de
quem?) dera 1003000 reis à
um albergue.
E’ possivel que esta noticia
offenda a modestia de sua ex.º
que, segundo o Christianiamo,
havia que rer oceultur á mão es-
querda à caridade da direji-
ta… E’ esta a opinião de
Manoel Mendes Camão
PRISÃO
N’um dos dias da sema-
na passada, foram presos
em Coimbra, dois indivi-
duos de Castanheira de
Pera, que vinham do Por-
to onde foram comprar al-
gumas fazendas para nego-
cio, pelo motivo de traze-
rem comsigo dois retalhos
de 1ã e alguns lenços de lã
e seda, sendo-lhes tudo ap-
prehendido.
Apesar de haverem che-
gado as facturas devida-
mente legalisadas, que ti-
nham ficado no Porto, pa-
ra acompanharem as res-
tantes fazendas que haviam
comprado, não se julgon a
sufficiente prova de inno-
cencia para se eximirem de
qualquer responsabilidade
criminal; vae-lhes ser feito
o ‘respectivo deposito e
aquelles pobres homens te-
em de responder perante o
tribunal do eontencioso fis-
cal. ;
A
ARVORES CORTADAS
Na estrada districtal de
Castanheira de Pera, foram
cortadas na noute: de 93
para 24 do mez passado, as
arvores que alise encon-
travam.
Seria bom que se desco-
brissem os auctores de tal
proeza
— .”F TIT MN —
CONTAS
Pelo tribunal Admimnis-
tractivo de Leiria, foram
approvadas as contas da
Santa Casa da Misericor-
referentes ao ‘ anno de
$9 a 1890,
ITiTiamentos
historicos e economicos
– do concelho de
PEDROGAM GRANDE
(Continuação)
*
Na cuminda da montanha es”
tão as ruínas da capella dedica-
da à Virgem dos Milagres. D’es-
te logar goza-se uma encanta-
dorá vista. Ao fondo corre ver-
tiginusamente o Zezere, arre-
messando-se em indômita relu-
ctancia contra os penedos que
apertam a corrente, como se
fôra o collete de forças estrei-
tando os braços da um Jlonco.
Da margem ovpposto levanta-se
ontro onteiro quasi á altura
d’este que vimos descrevendo.
A capella é de remota antigni-
dade, etema sna lenda, um
pouco similhante á da Virgem
da Nazareth,
Cunta-se que antes. da famo-)
sa ponde de Cabril estar cons-
truida ‘ não havia ontro meio de
atrevessar o rio Zezere senão
uma . estreita’ tabua, ou como
ontros pretendem, um pau.
Certa noite tempestnosa e es-
cura, um viajante si ehegóu, e.
pressa tinha de atravessar s
corrente. Ignorando o perigo
que corria abalançando-se a
tão escabrosa empreza, 1netten-
se ao qne suppun3a ser vuma
ponte, não podendo medir o
horror do vau porque a tene-
brosidade da noite ‘ lhe vedava
o3 olhares,
O viajante montava uma do-
cil burrita; o animal obdecen
e seguiu madeiro fóra, chegan-
do á margem opposta sem sof-
frer o minimo aceidente dese.
gradavel. Quando o vinjunte
conheceu o que podia suece-
der-lhe tomou se de í](-,vu(:,ãn, e
mandou erigir a ermida da Se
nhora dos Milagres, mnito con-
veneido que a Virgem guiára
os passos da pobre borrinha,
heroina principal d’esta piedo-
sa historia.
Desmantelada como está, 2in-
da à ermida affluem muitos
devotos.
À ponte Cabril á um dos ma-
is arrojudos emprehendimentos
do seu genero. E’ obra de um
dos Filippes, segundo se diz, e
liga os8 dois Pedrogãos em um
amplexo magestoso. Tem um
só arco, em toda a largura do
leite do rio, e a cada lado nm
arco mais pequeno, Só tw
consummado engenheiro podia
conceber tão maravilhoso risco,
e a cirecção como a execução
das obras provam exuberante-
mente que n’aquelle tempo ha’
via artistas e cbreiros nada
inferiores aos do nosso seculo.
Vinte e dois metros. de vau
domina o arco! E’ em verdade
de assombra similhante * obra,
que nacionaes e estrangeiros
tem devidamente elogiado. :
Alermm da ermida dos Milagres
outros templos ha na povoação
e subnrbios, sendo u mais anti-
80 talvez o da Senhora da Luz,
pertencente ao mosteiro da or-
dem dos prégadores. Neste
convente existia o erúdito e
virtuoso (todos es frades: eram
virtuosos) frei Luiz de Grana-
da:vulto de nome nas lettras
patrias. Costumava o douto re-
ligioso escrever e meditar em
um apraviuel logar da cêrca
do seu mosteiro, junto de um
grande penedo que está a ca-
valleiro dos dois rios; pois é
n’este sitio que as aguas do
Lezere edo Pera sº/ confun-
dem, perdende o ultimo . o seu
nome para não falhar jámais a
«lealdade» com que os grandes
procuram a alliança dos peque-
nos. : ;
O. penedo ficou- conhecido
pelo noxe de Penedo do Gra-
nada. . Ahi foi, encontrada, não
sábemos por quem em que e-
poca, uma inscripção que dizia;
Vita Honestá,
Domus quiata,
Fareulta certa,
Dona Crelestia,
… (Continúa)
ESTADAS
Esliveram’ entre nós o
nosso amigo Antonio Ja-
eintho David, commercian-
te estabelecido em Lisboa,
eo sr. Álberto Marques,
do Porto,DUAS FERAS
Em Madrid passon-se ha pou-
cos dias um caso que denoia
da parte dos sens auctores a 1na-
ia requntada perversidade.
Na passada segunda-feira a-
presenton se no hospital pro-
vincíial um velho de 62 annos,
chamado Miguel Escobar, com
o corpo crivado de féridas.
Às averiguações a que pro-
cedeu a políeia deram em re-
snltado saber-se que Miguel
Fscobar fôra ferido por seu
proprio filho. ;
Éis como as coisas se passa-
ram:
No dia 19 do. corrente en-
contrava-se Miguel Escobar em
companhia de sna mulher, no
lavadeiro chamado do «Tio Pa-
co» na Ponte de Toledo, onde
residem, quando se.lhes apre-
senton seu filho Antonio exigin-
do o pagamento de dois reales
(noventa reis) que lhe deviam.
Os pobres”velhos não tinham
n’aquella occasião dinheiro, e
assim o declararam ao filho,
que, irritado, 08 injuriou, che-
gando a pegar n’uma telha pa-
ra lhes bater.
Às observações que os paes
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cederia. –
tetirouse então voltando
pouco depois com à amasta,fa
“quem disse, apontande-lhe a
pobre velha: — ‘
—Não t’ n+ vergonha, ‘ se a
gora mesmó’ não — matas minha
niíte. Ahi a tens.
“A infame precipiton-se então
sobre a desgraçada, em quem
descaregou uma ‘“saraivada de
* “murtos é pauladas. á
“ * VYendo isto, Miguel Escobar
quiz interpôri-se, mais o-filho,
puxando d’ama arma, arremet:
“teu conira o pae, ferindo-o re’
petidãs vezes.: j
* Q vedhó ainda quiz evitar
a prisão do filho, curando se
occeultamente em casa, mas à
gravidade dos ferimentos obri-
gouio à dirigirse ao hospital.
-. As duas feras toram já presas.
Vérdadeiro manual das
” Sinas í
pelo dontor
Bartista RiBpriRO JUNIOR
Livro precioso que habiíhta
todas as pessvas a conhecer a
propria sina e.a alheia pela
epoca do nascimento e pola li-
. nhas da palma da mão. Preço
DO réis.==Está à venda nas lo-
jas de livros.º Pedidos a Y. da
“ Silva rua do Telhal, 10, Lisboa
VIDa
DE
LORD BYRON,
POR
EMILIO. ASTELAR.
VERÃO DE
AFERNANDES KEIS
2,* Edição.
Com os retratos de i mlllo Cas-
relar e-de Lord Byron.
Tvyol: br. ..ã00o rs
Cureo
de Grammatica Portugueza
PUR
Ábilio: David
EN E
Fernando Mndes
* “IProfessores d’ensino livie)
o y1 Qbra ridigida em harmo-
nia com os programnias
dos lvceus edos candidatos
ac mªngiáterio elementar e
complementar nas escolas
normaes.
“Com unia carta— prefa
cio do, sr. João de Deus.
— 1,vyolume, brochado 400
réis, cartonado 500 réis.
« NA CERTA á venda em
casa do sr. ManocÍJoaquím
“Nuúnes.
jant
lhos, p , voius, dôces, 1iu
etas de valgas, ete, com um
desenvolvido – formulario — para
licôres, vinhos finos e artificia-
es, refrescos e vinagre. Ensina
a conhecer a pureza de muitas
generos, a concertar louças, o
evitar o’bolor e maus cheiros,
à limpar os objectos de zinco
e de esmalta, a afugentar as
formigas e contem muitos se-
gredos . de importancia para as
donas de casa, creados e cosi-
nheiros. f
Neste genero é o livro me-
lhor e mais barato que se tem
publicado.
Preço 200 géis,
Está á vendo nos kiosques
e livrarias do reino, ilhas e
Africa.
Os pedidos,: acompanhados
da respectiva importancia em
cedulas, devem ser dirigidos ao
editor— F. Silva, rua do – Te-
lhal. 8 a 12, Lisboa.
Ultima ncvidade em peças
theatraes!
GAUDENCIO GABRIEL
GREGORIO—trapalhbada n’um
acto, (para 4 homens), repre-
sentada am varios theatros pu-
blicos e particulaves, preço 100
reis. : : ;
AÀ MINHA BARBA — mono-
logo em versos, por Magalhães
Fonseca, representado em sa-
las e theatros particulares. Pre-
ço 60 reis,,
UM CONCERTO DESCON.
CERTADO— s. ena-comica de-
sempenhada pelo auetor Nunes
do thestro da Avenida. – Preço
60 reis.
A CASA-DA TIA 3 =éan-
tonera de Ramslhão Ortigalho.
vepresentada em fimilia 40 rs,
EFEEITO DO CHUCOLA-
TE-— cançoneta cscripta e re
presentada per um – velhote de
chinó. Preço DO reis. :
TOMATES!-— cançoneta
Lopes Barreto e pelo auctor
representa a na cosinha, com
os applausos das ereadas. Pre-
ço 5DO reis.
Grande collecção de dramas
magicas, . comedias, operetas,
etc. Encommendas a F. Silva,
1ua do Telhal, 8. a 12, Lisboa.
NOVO DICCIONARIO
DOS SONHOS
por
Frri Bniz ve Fhuas Rotocnto,
Esta publicado e exposto á
venda nas livrarias e kiosques
das prinsipaes terras do reino,
este iaterresante livrinho que
é o muais verdadeiro e coméle—
to Diccionario dos sonhos e da-
visões.— Preço 60 reis—Res
quisições a F. Silva, rua do
Telhal, 8 a 12, Lisboa.
& lestrnda
ura de 20 réis
encia escólhemos para esta Obra Popular é a
ovada, e da qual existe em exemplas archivado
n Bibliotheca do Porto, sendo esta a trudueção, pelo Padre
Antonio Pereira de edo, da Vulgata, ou versão latina, dos originaes
hebraico e grego, feita pea Primitiva Egreja- Christã. ;
As «Novecentas & mil gravuras» finissimas, aão identicao á collecçãe
que serviu ultimamente nà edição italiana (Milão 18892, e mais recente-
mente a edição hespahola que se está imprimindo em Barcelona, Ha tam-
bem uma edição ingleza com estas gravuras, uma cbra franceza intitulada
«La Bible INustrée histoire populaire», a qual se tem aproveitado, em paí-
te, d’esta escellente colieção. A édição portugueza que presentemente se
está editando, e mais completa do ‘que algumas obras acima menciónadas,
porque além das gravuras que foram: «espressamente estereotypádas de no-
vOô» para esta obra, contém tambem uma collecção de «mappas que foram
feitas de proposito para esta Biblia lilustrada. R
O PRIMEIRO VOLUME e o segundo que ja estão bastante adeanta-
dos constum do Velho Testumento, contendo & historia dos tewpos primiti-
vos, e dos livros historicos, poeticos e propheticos do povo hebraico. O ter-
ceiro volume occeupar-se-ba do Novo Testame to de Nosão Senhor’ Jesus
Chnsto, e o quanto e ultimo volume dos livros deutero-canonicos. * »
Este primeiro tomo contém 748 paginas Cou 93 1/2 fasciculos) illustra-
das com 400 gravuras explicativas de testo e 12 mappas. O preço do volu-
me completo em brochura para os não assignantes é de 28500 encadernade
38900 reis; idem dourado 48000 reis. t
reimprs :
O preço para assignatura E A
20 reis por fasciculo de 8 pagins ou 180 reéis por
cadernetns de 10 fasciculos. À 2 :
PAGAMETO ADIANTADO OU NO ACTO DA ENTREGA
de maneira quo o assignante que tem recebido e “asciculo n.º 100,
pagon em prestacções.o diminuto preço de 18800 (sendo -por caderneta),
ou 2:000 (Csendó por fascicnlo) por este magnifico primeiro volume “alem
dos primeiros numeros do segundo tomo.
ESPECIMEN E PROSPECTO: G1ATIS
EMPREZA DA BIBLIA SAGRÁDA ILLUSTR_ADÁ
“191, Rua do Mousinho da ilveira, 1.º–PORTO
As enpas especiaes de percalina com letras em relevo custam 18000 e
a encadernação do primeiro volume 300 reis—idem com folhas douradas 600
1eis; tamb;in pode-se fazer uina forte e hoa “neadernação porem sem luxo
pir 600 . reis. ;
Assigna-se tambem nas livrarias e nus agencias auctorisadas.
Os my
40 S
tsrios do Berte
POR
GERVASIO LOBATO
Komance de grande sensação, desenhos º
Manoe! de Macedo, reproducções
phrototypicas de Peixoto & Irmão
CONDIÇÕES D’A ASSIGNAITURA
— Em Lishoa e Porto distribui-soe semanalmente um fascieule de 44 [
ginas, ou 40 e uma phototipia, custando cada fascteul> a modica quantis de
60 & pagos no acto Jda entrega.
Para a provineia a expedição será feito quinsenshnente com .a maxima
regularidade, avs fasciculos dess$ paginas e uma phototypia, custando cada
Jascieulo 120 réis, franco de porte. /2 B0
Para fóra de Lisboa ou Porto não se envia fascieulo algum sem queo
prevlamente se tenha recebido o seu importe que poderá serenvisde em
estampilhas, valles do cerreio ou ordens de facil cobrança, e nunca em sellos
forenses .
AÀs pessoas que, | ara economisar porte do correio enviarem de cada vez
a importanceia de cinco ou mais fasciculos receberão na volta do correio avise
de recepção; ficando por este meio certos que não bouve extravio. =
Acceltam-se correspondentes, que deem boas referencias, em todos aw
terras da provineia. —
Toda na correspondencia relaliva áos «Mysterios de ‘ Porto» deve ser
dirigida franca de porte, ao gerente da Einpreza Litteraria e Typographiea
80,Aua de D Pedro 184— Porto.
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Os TUl e lm Jisso
CONTOS PERSAS, TWPFGOS E Qs Til
S é; TPOR: 1:1 | :
DERVIS MOCLES
Obra íllustmda com bellas gravuras EAA
TYIDISA L AaÇO EE
f . H >
Gscar tevr
E úma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia de soi
€ de vivos arumas, banhada por ma luz/saliente e mysteriosas
a obra com que esta Empreza iniéia uma seria de publicações
destinadas à cuusar sensações obras-prmmas devidasá — pena alo
thorisada de, escriptores de . primeira orandeza. Xsta, que nos
fazipassar pelos olhos. deslumbrados, emo n’um sonho produza
do pelo /opivo.toda” à phantastica vida oriental, é. sem duvida
Í Hiburgasza CaomaBrey
MALA REAL REUNIS
rturuneza Í — Messagereis
FLA Bronein ALLES, > — Mattines
ES AIRE E a Ete. Ete.
“ == .
Para todo os postos ds
Beusil, Qfcics Oribenisl e Orienind ete,
SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em
15 dé cada.mezs.
inúito superior 4os contos quê existem traduzidos por, Galland
pois que encerra os mysterios, as reminiscencias do, Orierte,
desde-a litteratura da India até aos poemas traçados nos eonfins
da Ásia, como a litteratira persa, avabe e japoneza.
Em todos os paizes onde OS MIL E UM DIAS. tem
feito a sus apparição, nun erosas, edicções se tem logo esgotado
As creãiiças de passageiros, ale dois annos, gratis:: de tres a quátro an-
npos, um quarto de passegim; e de cipco .a dez 81nNOS Weja passagem. ,
Para 05 divertos pontes do BRAZIL, êm differentes dias dos mézes
Parssa gens egratuitas para o Brazil
Nos namificos ; asvetos da € en parhi Charfuers Reunis que sahém
de Listoa en vm dese « Vinte é dois deis ce cuda We7Z ão-se passagens: gra-
tuitas às familias; de Irabhalhadores que desjoem b para quasquer -Provincia
do Brazil, d’tsde tasbeos, ate no Rie cadizeno, A’tua ) cpaoa aliçco Goe-
Verno conçede-lhes tifbeporte galvito alé « Frovncia à que se distinem-
em resumido espaço de tempo.
CONDICUES DA ASSIGNATURA
LISBOA
recolidos.
Dúuas folhas, por semana, de 8 paginas, em 8.º grande, alternadas com s
bellas illustrações pagas no scto da entreg:
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Um fascieulo quinzenal de quatro folhas, de oito paginas, uma gravura
mpressão nivida, pagamento adiantado, . –
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LISBJA
ENn o rEre
* a Agente na
o EE al cn aa etelata o a 2A 20 TÊ
DO MESIRE POPULAR
se abi são livies para tenpretanóm a sux relividade Iaboriosa
qué mais lhke couve nha não * contrabindo nenhuma” divida peloa “beneficios
trabalko
Na redacção d’este jornal prestão-se esclarecrmentos.
Cextá
Jongquim Martins ECrillo….
aiberto E. E. Fsitio
Escrivão e Tabeltião
Pedrogam Grande
« . ESCRIPTORIO
à&ua de Miguel Leitão d’Andra-
e
J. Acostinno DE MaceDO
=====—
Os burros,
OU
O REINADO DE S ANDICE,
Poema beroi-comico, satyre-
€co, EM Seis cantos,
reproduzido m-externo
com todas as liberdades o
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Pelo ecorreio franeo de porte
a quem enviar a sua impartan-
cia em estampilhas ou vale do
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deireiros, 18 e 20— FPorto.
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ESTA acreditada casa acaba — de
recebfina manteiga e bons assuca-
res chá calé, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como reagifi-
ar charutos é outras qualidades de
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— da Companhia de
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fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, “Depositos de tabacos, e
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Cunpra livros e eucarrega se da verda d’ontros, etc.
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Nesta offiema confecionase todo e qualquer trabalho comn-
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Esta pharmacia está muito
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