Campeão do Zezere nº14 03-05-1891

@@@ 1 @@@

 

TANNO

Redaciores
Dn. J A. né Souro BraxDÃo
Dh o B DA GONTENÃO

TURAÃS,

ATSIGN
(Pagu adiantada)
ETA ac aa E dSA 18200
Senestr s60)
Trimes s5oo
Nomere?avulso. . S0
GTA cc e E suoo
EBA A uh a e alDo o o

Fóra da Pedrogaum acrósee &

sobramça
j

iE E

SEMANARIO

BD

Direstor

INDEPENDENTE

Joaqruim Hariins Grillo

NUMERO 14

Administrador

FranciscoMarTtINs Gnicro

d — PUBLICAÇÕES
” Nof-corpo do jornal, linha / 80 rs.
Annunvios, ” 40 »
Repelições, » 20 »
Peranentes, preço convencional
Us ars, assignantes tem o abati-
mento de 25 p. & ;

A nnunciam-se gratuitamente
obras de que sê receba um exem –
plar.

Drdrugam Graxde

. Toda’a correspondencia dirigida ao director—dJ. M. Grillo, || |

CERTA.

PEDROGAM GRANDE

 

A CAMINHO
DO

DEGREDO

Deve estar ainda bem

gravado no espirito de to- |
dos nós, a catastrophe de Y

31 de janeiro, catastrophe,
diremos, e mui principal-
mente paraá as victimas que
a estas horas vão atraves-
sando os mares em cami-

nho. das plagas Africanas,
onde tem de cumprir as,

pennas applicadas pelos
Tribunaes marciaes do Por-
1;6, é confirmadas pelo Suf-
premo “Tribunal de Mari-
nha e guerra.

São bravos que prova-
ram á evidencia não terem
tibleza pois se exposeram
a todas as consequencias,
attentando contra as ins-
ULituições visentes, contra
a fórma governativa, pores-
tarem inbuidos na convic-
ção firme einabalavel de que
sóuma transformação de ins-
tituições poderia debellar o
estado- morbido do seu
paiz.

Serão uns criminosos ?

Sem duvida que sim, di-
rão, pois que estando-esta-
belecido na lei fundamen-
tal do Estado que a forma
‘do governo em Portnugal é a
“Monarchica Constitucional,
qualquer individuo ou gru-
po de individuos que por
meios violentos, revolucio-
narios a procurem substi-
tuir ipso facto ficam sujei-
tos á saneção dailei penal,
que garante juridicamente
essa tndividualidade offen-
— dida.

Evidenciado está portan-

Os originaes recebidos não se devolvem quer sejam ou

|| ]] não publicados, se a redacção assim o entender.

to que todos os implicados
nos acontecimentos de 31
de janeiro, por que attenta-
ram contra as instituições

| por vias revolucionarias,pre-
tendendo implantar a Re-
‘ publica entre nós, são cri-
minosos — auctores
ícrime que classificaremos

d’um

de Leza Constituiíção.

À natureza do crime
de que vimos fallando
é, sem duvida, mui differen-
te da dos crimes communs
e tanto que se estabelece-
ram tribunaes de excepção
para o julgamento dos ceri-
minosos, porisso, à4s penas

“que lhes appliearam, pare-

ce-nos não rorresponderem
ao. crime, não traduzindo
a intenção do legislador
quando exarouluma pena
para repressão de qualquer
facto eriminoso.

Attentaram contra os insti-
tuições, é verdade, deu-se
o fac*o material da revolta;
mas poderá só este elemen-
to material ser o sufficien-
te para incriminar e punir
os revoltosos ? Pela fórma
como foram punidos pare-
ce-nos que não.

Quass foram as suas in-
tenções, qual foia causa
primaria, o motor que os
impelliu a isso ? ;

Estamos convictos de
que só a esperança de en-
direitarem,deixem-me dizer
assim, o estado lamentoso
em que se encontrava o
seu torrão natal, tanto no
meio financial eomo admi-

nistractivo, foi o que os for-

çou a sublevarem-se contra
a forma governativa,

Não eram individuos que
queriam assassinar as ins-
tituições apenas pela mera
razão de quererem implan-
tar a anarchia.

1 Foramem summa reus
de erime politico.

Preseguidos hontem
condemnados hoje, pode-
mos vel-os proclamados
heroes amanhã.

Adeptos d’uma ideia po-

nós, aos mais tyrannicos ad-
versarios, um respeito sa-
grado.

Ninguem a sangue frio,
desprendido de qualquer
odio ou vindicta contra es-
ses desgraçados que ora
partiram para Africa, dei-
xará de ver revoltar-se a
consciencia.

sassinos, ladrões, incen-
diarios, um punhado de
homens que se expozeram
à morrer pela patria, ani-
mados de generosos senti-
mentos!

Acceitando as opiniões
| auetorisadas de distincetos
eriminalistas, taes como

sejariamos que, aos implica-
dos nos acontecimentos de
31 de janeiro, fossem ap-
plicadas penas muais leves,
penas que não representas-
sem um castigo que nunca
faria vergar a altivez de
caractes promptos a todos
os sacrificios, mas que se
limitassem à um affasta-
mento ou relegação tempo-
raria dos, delinquentes —
Ter relegado temporaria-
mente os implicados nos
acontecimente do Porto, e
não atirar com elles para
aà Penifenciaria ou costa
d’África, é o, que nos pare-
cia ter sido um acto de
Justiça.

—H É ES y AMNA ——

litica devem merecer-nos a |

| Condemnados como as-| ,,, e

Lombroso e Laschi, nds de- |

No proximo numero pu-
blica esta folha um artigo
do sr. J. M. Grillo.

—— — w
EE EE

Apontamentos histori-
co-economicos do concelho
de
Pedrogam Grande
Sob esta epigraphe vamos

| dar publicidade a uns estudos
‘feitos ácerca da nossa terra nas

tal e que, com as indispensaveis
alterações, são a dissettação que
nvs foi mandada apresentar na

cadeira de Economia : Política,

quando frequentavamos o 2.º
anno da Faculdade de Direito

À . . .
” na Universidade de Coimbra.

.O thema d’essa dissertação
alumno —
uma memoria historica é eco: ‘
nomica do concelho a que per-!
tencesse cu que mais de perto
conhecesse. Nós que não pos-
sulamos nem possuimos recur-
sos intellectuaes e porque nos
falham livros onde podessemos
beber os elementos indispensa-
veis para o emnpleto desenvol-
vimento d’urma — memotia, histos;
rico-economica do concelho, a
que pertencemos—o de Pedro-
gam Grande, apresentamos ô
nosso trabalho debaixo da epiº
graphe «Apontamentos histori- –
coO-eCNnNomMICORI.

Principiaremos por, à traço
largos, esboçar a vrigem histo-
rica d’este concelho, seguindo-
se depois, distribuidos por capi–
tulos, os seguintes pontos:—1:º
cap. Distribuição da proprieda-.
de antes é depois do regimen
liberal— 2.º cap. Distribuição.
da população antes e depois
d’aquelle regimen, immigração é
emigração, se as hovve e ha,
suas causas e effeitos. —3.º cap.
Industria antes e depois do re- –
gimen liberal, seu progresso,
decadencia e causas.-—4.º cap.
Misericordias, sua bistoria e
disposições principaes de seus,
compromissos, capítues que pos: .
auem e modo porque os empre-
gam-—B5.º cap. Confrarias, sua
fundação,estatntos, capitaes que
possuem é modo porque 03 em:º
pregam.

Antonio da Conceiçãoam.

 

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CAMPEÃO DO ZEZERE

Estadas

Durante a semana finda
tivemos o prazer de ver en-
tre nós os srs. Joaquim
Martins: Grillo, director
d’este semanario.

Joaquim d’Araujo La-
cerda abastado proprietario
e Joaquim Fernandes Lo-
pes, pharmacentico, nossos
presados assignantes de Fi-
gueiró dos Vinhos.

——A 5— —
Exames

Fizeram ” éxame de mns-
trueção primaria. no lyceu
de Coimbra e ficaram . ap-
provados, os seguintes exa-
minandos, nossos patricios:

Adelino” Lourenço dos
Santós, Adolpho Pives, Do-
mingos Favas e Deoclecia-
no Caetano, filho do nosso
assionante Manoel Caeta-
no.

Os nossos parabeéns.

— — — HEeer——

Presos

Chegou a esta villa uma
força de caçadores n.º 6,
composta de 6 praças com-
mandadas por um cabo,
que acompanhavam 3 pre-
sos que, vão cumprir penas
de desterro nas comarcas
da Certã e Fundão.

—H EG
Licença

AÃo sr. Anastacio’ Rodri-
gues Portella, digno conta-
dor d’esta comarca, foram
concedidos mais 60 qdias
de licença.

———€ DOOFRFOCADD—— —
A’ ex.”* Camara

À’ ex.”* camara pedimos
mande reparar as calçadas
do Largo do Encontro, que
se acham em lamentavel
estado. Por occasião das
chuvas torna-se quasi in-
transitavel a passagem por

alli.
Doença

Tem estado bastante-
mente incommodada de
saude à ex.”* sr.º D. Maria
Amalia David. Leitão, tia
do nosso collega n’esta re-
dacção o sr. dr. Bandão.

y8. ex.” vae em via de
Completo restabelecimento,
Com o que nuito tolgamos.

COLLAR DE PEROLAS

Ouvel

Não te mereço, não, irmã dos anjos

. Branco.

Tu é; a luz d’esta alma solitaria,

O sol no meu exilto, e meu sofíror,
A erença d’este peito lecerado,
Minha aurora nas trevas do viver,
Tu és, anjo do cêo, à inmagem pura,
Amada neéste mundo à mais hão ser.

Amar-te, como olnpauta a praia amiga,
E como o encarcerado o àzul dos céos,
Amar-te como o arabe o deserto
Amar-te como o crente a luz de Deus,
KE o credo d’esta alma, a idéa fixa,

O continuo lidar dos sonhos meus.

Suguir-te como segue a borboleta

AÀ luz que a fascinou,fe a queima alfim;
Seguir-te embora pobre, homem sem xome,
E escravo da paixão, meu cherubim;
Seguir-te e não mer’certe é o fadario

Da triste maldição que pesa em mim!

Fallecimento

Falleceu a semana pas-
sada, em precarias cireums-
tancias,o ultimo descenden-
tê da famigerada familia
dos Boreias:

Era Dom Alberto Calix-
to de Borgia. Duvante os
‘l’lltllTlOS 20 annos (LL sua
vida, cheia de peripecias,
teve de recorrer /à tirar
photographias para não
morrer de fome.

LBE ——
Exercito hespanhol

O projecto de forças
permanentes do exercito
hespanhol, apresentado ao
parlamento é de 124:646
soldados, distribuidos pela
seguinte fórma: Peninsula,
90:916; Cuba, 20:414: Pu-
erto Rico, 3:126 e Fillipi-

nas 10:190.

EDA D ——
Regresso
Regressou do Bollo, on-
de tinha ído passar alguns
dias em caca de s. ex tia
D. Maria Preciosa Moraes
da Gz a ex º t oD.
Belmira Moraes David.
PGNA a O ME —— ——

Congresso

dSacintho Caldas

Duque de Aocsta
Diz-se que está justo o
casamento do duque de
Aosta com a princeza El-
vira da Baviera.

TAA EN NA NEE ——

O incidente
DA
BEIRA

O telegramma que em
seguida publicamos, rece-
bido pela Havas, prova que
as ordens de lord Salisburv
foram cumpridas, e que os
esforços da nossa diploma-
cia foram coroados de bons
resultados.

Eis o telesramma:

CIDADE DO CABO, 80.

(Serve da ÁAgencia Reuter)
— Ãs tropas portuguerzas ocen-
param, Massikesse. Os repre-
sentantes da «Sonth Africa»
retiraram para Mutussa depois
de terêm entregue os utasteci-
mentos pertencentes à Compa-

inhia de Moçgambique «e que es-

tavam confiados à guarda d’el-
les. »

(Havas)

O sublinhado é nosso, e
fizemol-o para chamar a
attenção dos nossos leito-
res. para o final do tele-
gramma, que chega a ter

Está marcado para 10/|graça. Confiados á sua guar-
de junho, em Grenoble, a:da, diz a Reuter, informada
reunião de um congresso: pela South Africa; pois nós,

de taballiães.

com o seguinte. trecho do

feve-

U ao no-
joão de Re-
zende, j ne=
gocios indigenas de Mani-
li:lª vamos dizer o que signi-
fica guarda no vocabulario
dos agentes de Cecil Rho-
des:

d():—’«

«Os armazens da companhia
de Moçambique, onde se con-
servava uma força de trinta a
quarenta homens estão comple-
tamente vasios, por que os sol.
dadoes e prospectores arranca:
ram palha das coberturás e por
abj se introduziam para rou-
bar o que havia de fazendas,
conservas, ferramentas, ete,
ete e que os officines , depois
abriram ou arrombaram as pou-
cas portas que estavam . fecha-
das para fazer a mesma cousa
que os seldados faziam.»

E é por este processo que à
companhia vae «guardandos a
Atrica austrol,

FODADCD ——

De Irui, referem o se-
guinte caso ali occeorrido:

Na quinta-feira ultima,
ao dar a primeira badalada
da meia: noite, appareceu
de subito nas immediações
da alfandega uma fogueira,
e junto d’ella um individuo.
que se conservava. perfila-

do como se fosse uma esta- .
tua, emquanto uma mulher .
dava saltos e piruetas ao
redor Mella, ao. mesmo
tempo que a alimentava
som algum , combustivel,
que parecia ser petroleo.

Dois individuos que nos
primeiros momentos / se. a-
cercaram no local, attrahi-
dos pela curiosidade, e que
não obtiveram resposta ás
perguntas, tomaram o par-
tido de se retirar, em pre-
sença da attitude nada
tranquillisadora, que tomou
o mysterioso individuo, a
quem não pederam conhe-
cer.

À farça durou emqnanto
estiveram soando. .as doze,
badaladas, extinguindo-se
a fogueira e retirando-se a
coirer os dois protogonis-
tas de tão ridicula comedia
ao dar a ultima badalada.

AA TPS ERN HI+

Folheto

Em Dresde publicou-se
um folheto em que é ata-
cada violentamente à Aus-
tria.

Este folheto attribue-se
ao principe de Bismark.rk.

 

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PA PN AA S

Editiccaturca

QUADROS HISTORICOS
DE
Liberdade Portuzueza

Ataque da villa da Praia
na Liha Terceira em
11 de açosto de 1829

(Transeripção)

“Sonm forças do usnrpador
eram, nuitas, não podiam tanto
como o V:LEÍH’ (lUS POUCDS qne
as espçmvnm, pnl’q.l’lª estes erim
soldados da: liberdade, e aqul.
les eseravos: do tyranno: 330
bocea: de fogo, e 5.880 eram
os combatentes contra 11 ca-
nhões, e 102 soldados.

Força que, comparada á que
atacava, só podia ser equilibra-
da pela superioridade que ó
dá o santo amor da patria e da
liberdade, e a consciencia da
justiça, mews inapreciaveis,
que sobrepujavam nos peitos dos
heroicos defensores. Comman-

dava n’este porto aos volunta-)

rios de Dona Maria Segunda o
major Manoel Joaquim Men-
des, de caçadores n.º 9, e àaos
artilheiros da costa o capitão
de infanteria 10, Manoel Joux-
quim Simões. Tul era o estado
de deteza em que se achava a
bahia da villa da Praia, na ma-
nha do memoravel dia 11 de
“agosto d 1829.

— Sempre houve difficuldade

menteê n’esta época, em que as
paixões das parcialidades tudo
desfiguram, muito mais cresce
a difficuldade; porêm o granae
desejn, que temos, de deixar
a68 vindonros um documento
importante, nos tornou arroja-
dos n’esta empreza; e para que
não seja pobre de noticias esta
pequena obra, damos em se-
guida o que podémos colher.

Pareceu à esquadra por el
gum tempo bloquesr a ilha Ter-
ceira, ou esporar que sua pre-
sença excitasse discordia, que
lhe proporcionaase 0 insresso
dus que a pejavam, apparecen-
do algumas vezes nos que oc
cnpavam a ilba. Amanheceu o
dia 11 d’Agosto nublado, e de
salseiros,, atravessou a néo D,
João IV em fronte da cidade
d’Angra, no bordo do Sul, e
em boa distaneia os5 mais na-
vios navegando pela pôpa pe-
las 4 haras da manhã. Desde
esxsa hora se oceupou a esqua-
dra em manobras para cobrir
e preparar o seu designio, afas-
tando-se da sua primeita post
ção pelas 6 horas e DO minu-
tos.

A’s 10 horas e 35 minutos
estava a não abra aberta com
a bakia da villa da Praia, e às
11 horas tocaram as embarca-
cções da esquadra dentro da
buhia os pontos que lhes ha-
viam sido assignados pelo seu
cominandante; pouco depois co-

— meçouo fogo dos fortes, que foi
immediatamente respondido po- |

er notícias, é desgraçada-.

– do Mosteiro,

CAMPEÃO DO ZEZERE

lá ndo, e mais embaárcações,
que fumlearam a pequenas dis-
tancias dos fortes, feando a
não em meêénos diataneia
duas amarvras do forte do Espi-
rito Santo; aà Diana se collocon
em frente do . forte de Santa
Catlwiarina; à corvet. Princeza
Real nº ponte da Mamerenda;
e à Perolafna prôs da não.
(Continúa)

Ão

a
– EGE – 1 o – —
Gamara onisiosl

n
PEDROGAM GRANDE
Sessão orlinaatãode 9 de abril de
1891
Vereadores. presentes

Domingos Alexandre (vice-
presidante) José .alves Callado,
AManovel Henriques de Carvalho
e Joaquim Thomaz da Silva,

Faltu com motivo justitica
do o presidente, sr visconde da
Castanheira de Pera,

(Cuntinúudu do numero anterior)

À câmara resolveu qua se
ennvidasse à professora Maria
de Jesns Neves Ferreira a
apresentar <nOvos doecumentos;
que o secretario procedesse a
acquisíção de seis tubos de lym-
pha de primeira qualidad3 (pol-
pm e d’elles fizesse entrega àuo
digno facultativo municipal; que
se pozesse em praça para se’

arrematar, a limpesa das, ruas
d’esta villa, duas

vezes * por.
merz, e que .se mandassem re-
parar as grades indicadas, Fo-

” ram, presentes dois requerimen-

tós: um do reverendo padre
Domingos da Encarnação Coe-
lha, da — Custanheira, de “Pera;
reclimando se lhe attestasse
sobre o seu comportamente mo-
vale eivil; e outro de Albano
Nunes Roklão, official de – dilil-
gencias da administração, quei-
xanlo-se de que se lhe não havia
incluido ná folha dos emprega-
dlos, respeitantê .ao quaito tri-
mestre do anno findo, o orde-
nado à que tinha direito pelo
tempo em que interinamente ha-
via desempenhado o seu cargo,
e indicado à forma porque de-
via ser pago o ordenado pelo
fallecido official da dita admi-
nistração, tesolveu-se emquan-
to ao primeiro, tendo-se em
vista o que prescreve o para-
grapho segundo do artigo 25
do codico administrativo, que
o requerente Domingos da En-
carnação Coelho, durante o
tempo que reside n’este conce-
lho, sempre tivera bom com-
portamento moral e civil; e em-
quanto ao regundo de Albano
Nunes KRoldão, que se.aguar-
dasse na secretaria afim de se
tomar conhecimento em ocea-
sião opportuna. Foi presente
José Leitão Junior, do logar
e requereu para
que se lhe arrendasse uma es-
trumeira situada é Bocea do
Alqueves do seu logar, na ex-

tensão de vinte e um metros
de cumprido por dois de largo
& pegar com casas de João Si-
mões de terra IFrancisco
Nunes,

ventario orphanologico à& que
se procede por fallecimento de
Joto Pires Coelho, morador
que foi nesta villa, todos os
credores e legatarios desconhe-
vidos residentes fóra da comar-
er e designadamente. os inte:
ressados Antonio Pires Coelho
Darvid, solteiro, maior, e José
Antunes, “ solteiro, menor, pu-
bere, auzentes em parte incer-
ta

(Continta)

ANNUNTIOS

ANNUNCIO
(1.º publicação)
ELO Juizo de Diréito

da Comarcea de Pedrogam
Grande e cartorio do primeiro
officio, correm editos, de trinta
dias, em emnprimento e para
ns effeitos do artigo 696 do co-
digo do processo civil, citando
para assistir aos termos do in-

.Pedrogam Grande, 21 de
abril de 1891.

—O Escrivão=—
Antonio Joaquim Simõdes
David. :
Verifiquei a exactidão:

Motta.

s CHROMOS ãc ;
=—Livro de contos==
AurIs Simies FYerrngem
421., Rua des Fanqueiros. 43— Lishon

DEPOSITO * DE CHAPEOS E BONETS
EM 1ODOS Os FEIVIOS E QUALIDADES

Variado sortimento de fazendas de algodão, 1à e seda, colla-
rinhos, gravatas, meias, chales e l% s para vestidos, boa e va-
rtiada collecção de roupas feitas para homens, senhoras e crean-
ças assim como ensemiras pretas e de cores para roupas por
medida. — Preços limitadissimos. — Tambem se encarrega
de vestidos e ronupas para senhora.

MERCEARIA PEDROGUENSE
sB DE E ‘
Jost Woarenço Mertias

Eoneros alimenticios de primeira qualidade
VINHOS FINO“ E DE PASTO :
Chanpague, Gen“bra e Li(!_()l’t’l
ESPEIIAL CHA E CAFE
Farinhas peitoraes, bolachas e biscoitoós
Fructas seccas e conservas :

2. 47, Ras de 8. Julião, 47 (Vulgo A!gibebes)=—Lisboa
s Úl e Em Biss

CONT.OS PEASAS, TUMGOS E OEINCZES
POR ‘
: DERVIS MOCLES
Obra illustrada com bellas gravuras
WEA SA NÇO) — EDA

Oscar en R

: E’ uma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia de sol
e de vivos aromas, banhada por uma luz saliente e mysteriosas
a obra com que esta KEmpreza inicia uma seria de publicaçõue
destinadas à causar sensações, obrás-primas devidas à pena als
thorisadu de “escriptores de “primeira grandeza. Esta, que no-
faz passar. pelos olhes deslumbrados, como n’um sonho produzi-
do pelo opio, toda a phantastica vida oriental, é, sem duvida
muito ‘superior aos dcontus que existem traduzidos por Galland
pois que encerra os mysterios, a4s – reminiscencias do Oriente,–
desdv a litteratura d India até aos poemas traçados nos confins,
da Asia, como a litteratura: persa, arábe e japoneza,.

Em todos os paizes onde OS MIL E UM DIAS tem
feito a sua apparição, nur erosas edicções se tem logo esgotado
em resumido espaço de tempo.

CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA
LISEOA
Duas folhas, por semana, de 8 paginas, em 8.º gr:nde, alternadas com
bellas illustrações Pagas no scfo da enteega,. .. ..2tos.iitecciiv, . .$0 reis
: PROVINÇCIAS –
Um fasciculo quinzensl de quat1o folthas, de oito paginas, uma gravure
inpressão nhida, pagamento adiantado. . 1.l ccc . … 120 reis

EMPREZA EDITORA DO MESIRE POPULAR
2,º— 273 Rua da Magdalena, 273—2,ºLISBOA

 

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“CAMPEAO DO ZEZERE

CHROMOS
Yibes de Contos
DEe

D. Magdalena Martins de Carvallo

“O livro que brevemente váe ver a luz da publicidade sob
o titulo de CHROMOS, e onde se reune uma admirável e va-
losissima collecção de contos, váe ter um ‘grande suécesso por
ser “uma obra de merito, onde o leitor vacila no que’mais “de-
werá apreciar: se o elevado do estylo, se o burilado’da phrase.

A sua auctora e uma escriptora distintissima, como o attes-
tam as suas produleções que são muito procuradas e lidas, es-
peci almenteno A emtejo;’ e o livro que ora váe aparecer terá
uma larga extracíãonão só ali, mas em qualquer parte onde
appareça algum exemplar.

“Condições da assignatuira

F O livro CHROM(S, formará um elegante volume que, em
Meguengos e na Ceriã, pode ser adquir.do pelo modico.

Vrerco 300 reis

nas demais localidades por 320 eis. *
Pedidos á auctora, em Reguengos, ov aoeditor Egcaquim Mar
tins Grillo, na Certã. :

Dlberto E. G. Leitão

— João Antonio Caetano
Rna do Eirádo

. Escrivão efTabellião Lója de mercearia, tabacos, ca
Pedrogam Grande bedal, sóla, ferragens é outrus «rtigo
ESCRIPTORIO Precços convidatitos
j : ã SEEERZDARISTONESEIRENNSITSSTTTNAATENDADS —
“Rua deMiguel Leitão d’Andra- j
de Abilo Nogueira David
AEN TS ENTA ZZE NTNA BT ecA

Companhias de Únveracão

Hamburgueza Chargeure
MALA REAL REUNIS

Portugueza H Messagereis
Lloyd Bremen (A Maritimes

Ete. Ete. Ete. Ete.

Para todo os!postos do
Brsil, Dirica Ocidenial e Oriental ste.
SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em

5 de cada mez.
As creanças de passageiros, ate dois annos, gratis: de tres a quatro an-
nos, um quário de passagem; efde cinco a dvz annos meia passagem,
Para os diversos pontos do BRAZÍIL, em differentes dias dos mezes
Passagêns gratuitas para o Brazil
Nos magnificos paquetes, da Companhia Charguers Reunis que sahém
de Lisboa emºum dose e vintejeídois duis de cada mez dão-se passagens gra-

iftuitas as familias, de trabalhadores que desjeemir para quasquer Provineia
“F do Brazil, d’esde, Lisboa ate ao Rio ta Janeiro. A’sua chegada aliz o Go-

Verno conçede-lhes transporte gratuito ate a Provineia a que se distinem
se ahi são livies para empregarem a sua activídade Jaboriosa trabalho
qué mais lhe convenha não contrabindo nenbuma divida pelos benefíicios re-
recebidos.

Na redacção d’este jornal prestão-se Psclarecimentos,

Ageénte na
Cexrta
Jinquim Fsriins Grillo

Ofcinas Wensadernsdor

DE

MANOEL ÃNTONIO GRILÍLO

Travessa Pires N.º 2

Certã

Mercearia e Tabacaria

Advogado

—J. A. de Souto Brandão
TESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja
Pedrogam Grande
—— o o ——

N’este escriptorio toma-se
*onta de qualquer causa civel,
erime ou prommoções quer
‘dependam dos tribunaes da Co-
marca de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-

Travessa Pires N.º 1-2 e

Dunaes do paiz; e tam”pem .d.e NITIDEZ
outros quaesquer negocios civis

«las repartições publicas d’esta E

villa, ou fora d’ella. Bom papel

ERRSEPRENTAEN TTA ETNTCORAD

IrrocamÃ

. DE ;
JOAQUIM MAR*I”INS cRl’LLO

CERTA

Nesta officina confecióna-se todo e quãlâuer trabalho . con-
cernente a esta arte. : ‘
Jonúquim Fircs C. Daviád
LARGO DO MUNICIPIO
iLoja de Mercearia, tabacaria,
ferragens e fazendas bran-
‘cas “dio, ete.

Searceiiino Lopes da Silva
‘Largo do Encentro
Mercearia e Tabscaria –

O RECREIO

Bevista Femanal. Litte-
raria e Charadistica

Becco da Imprensa N.

RAPIDEZ
E s
NS O —Reereio=: é em duvida uma
Preços modicos “das publicacões litterazias mais bara-
tas do paiz e quetem Unicamente
em vista proporcionar aos s, eus assig-

Mercearia e Tabacaria
DE

Augusto Thomaz Barreto

Rua de Miguel Leitão d’Andrade
—seoos —

ESTA acreditada casa acaba de
receber fina manteiga e bons assuca-
res, chá e café, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como esta á
espera de magificos charutos e outras
qualidades de tabacos.

ãêlmmll Gatans

Largo do Wunnicipio
Estabelecimento de, ferragens
louças ceabedal. Agente
dá Companhia de
Seguros Tagus

, . J . & . .
: 1:1 esta typographia confecionam-se com rapidez quaesquer
ivros” impressos para Juizes de Direito, Delegados, Escrivães,
Juntas de Parochias, Juizes “Ordinarios, de Paz e Municipaes,
cobrança de congruas, diversas Confrarias, Camaras, Adminis-

fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, Depositos de tabacos, e
quaesquer outras repartições, corporações publicas ou parti
culares, etc.

DIhetes D: ViAc eAA o d. … 25 de 100 a 300 reis
» E e aleniaá e ee 0 de TOO0 aa DO: A
« RE REE S a REEA é 100 Je2DOia 200 «
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“ SAA E A EAA NSAA SS LANEA 4 y « 1D0 de 300 a 9OO «
« A EÓA a AA o SDA DA a 100 de 5CO a 1200 «

Partecipaçõ es de cassmento de ECO xe para cima.
A SUS RA SDA o a

REA ENGA : :
O proprietario d’este estabellecimento encarrega-se de quaes-
quer serviços, na Certã.
Compra livros e encarrega se da vernda d’outros, ete.

trações, Recebedorias, Repartições de Fazenda, Escolas, Corpo :

navtes leitura ameva é wil. mediante
Unis modicissima retribuição; ,sto e
cada numero — 20 réis, com 16 pagl-
lrní a duas columnas e em optim o pa-
pel.

Está cm publicacão a 10 *seri.Ca-
da série de 26 numeros formam um
volume completamente independente.
Fm Lisboa a assignatura pega no à O
da cntrega. Para a provincia, a assig-
vatura e leita ás series de 26 numeros
e custa 580 reis.

* s j
Toda a correspondencia deve
ser. dirigida a João Romano
Torres rua do Diario de Noti-
cias 93— Lisbova.
EDA TECADAR 97 ENRENRRRTESTNNHTKTUNRCENTAN
E R R AA A
—EDITOR——A
==Albano Nunes Roldão==

Travessa Pires N.% 92

==CERTA —