Campeão do Zezere nº10 05-04-1891
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I ANNO
Redactores
Dn. Ji A Dh Souto BrAnHÃO
Di.. xA H. E va Coxcricão
ATSIGN XTLP AS
(Paga adiantada)
APIO S u N CE TE ALA AN
MONIPANEOS RA NAA a ENE ,
NSBA EEA 0 EA
Nuúmero ANulsO 67 o A
BA c aA A EÇAO: 2/ B5BS000
TE o SR o oA UN A RNENA 25000
Fóra de Pedrogim acresee a
cubranea
DedTIgam
SBEMANARIO INDEPENDENTE
ADOALEND —
Birestor
&’xsmxs:xm.’_“Hiwlãlm Gritfo
NUMERO 10
Administrador
Franeisco MarTINS GiriLLo
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, linha . 8BO rs,
Annunfios, Va ARIAO »
Repetições, » 20 »
Permanentes, preço couvenolonal
OS ars. aªªlgnantes tem 6 abati-
mento de 25 pt e
— Annunciam-se gr.nlmtamente
obras de que se receba um exem«
plar.
— Qum Érande
Toã a’corresponidencia divigida to director=5.:M. Grillo, || |
1 || não pnbhcado
CERTA
PEBROGAM GRANDE
EE oc Er a pA ada dcA
«Precisamente na sêmana
“em -que a “Egreja celebra
“aldeificação de Christo (o
alcunhado rebelde, per-
túrbador sedicioto, inimigo
dum imperádor crapuloso)
que teve por patibulo uma
-êruz «que hoje. se eleva
striumphante e que de . pe-
Jlourinho infamante se trans-
formou n’um: pa.draa de im-
marcescivel: glona, preusa-
— mente em identica semana,J
dBcorhdos 19 seculos,. é
> NQWãaAMWWmÉ&
a2hado «d’homens, martyres
d’um” dever, pois se apre- |.
sentaram como apostolós
d’uma idéia —a salvação |
da patria—.
Forám uns loucos —
“chamen-lh/o muito embo-
ta, no, entanto póde muito
bem ser, que amanhã se-
Jani; não deificados, como o
sympathico Jesus, o prega-
dor da Amizade Fraterni-
dade e I]vuahdade, essa
individualidade tam subli-
me, que evangelisara o
amor e o practma,va nas |
– suas doces communidades,
hos seus idyllicos banque-
tes, esse vulto poetico, que
tinha um ideal-—a amplia-
ção.da Lei velha-— ‘uma fé,
—o rêmado da Justiçá—
mas sim encontrem em
cada consciencia de todos
os portuguezes seus irmãos
um altar : onde immolarão
à ultiima gotta de sangue,
pois se deve ella sempre
derramár, quando se trata
de effectivar um ideal tam
sublime tal é a regene-
. ração da patria, a salvação
— duma mãe! :
para as masmórras. á
| sos, mas será impossivel o
| que a não
Decorridos 19 seculos,
diremos ainda, n’uma epo-
cha de prógresso—o secu-
to das luzes, vemo-nos re-
trotrahidos e presenceamos
scenas de intolerancia po-
litica que, pela evolução
dos tempos, hão de ser des-
aggravadas —pelo futuro,
que faz domartyr d’ hontem
o heroe d’amanhã.
Sãudemos — nà memoria
de Jesus a ‘memoria inol-
vidavel . dos nossos irmãos,
“victimas do erró politico. ‘
Conven’cemo-no% que ja-
mais à coragem os ab&u—
donará. :
Assassú&am-se rwolto-
1
fuszlamento dºuma Fdéia.
A
> , Semana Santa
Celebraram-se n’esta vil-
la com toda a solemnidade
e explendor, as scerimonias
religiosas da semana santa.
O nosso amigo Alberto
Leitão, reitor da irmandade
do S. 8., à cargo de quem
estava a fÇêMVIdádº esme-
Tou-se para que tw]o cor-
resse —bem: Os oradores
portaram-se á altura, sendo
osg “sermões do mandato e
resurreição “pregados pel«o
novel sarcêrdote 0 rev.º pa-
dre Antonio ” Fernandes da
Silva Martins e os da Pai-
xão e enterro pelo nosso
patricio padre Antonio dos
Santos C. e Caástro.
A Phylarnonica Pedro-
guense tanto nas muzicas
de egieja. como nas mar-
chas das procissões . nada
deixou à desejar. Ha muito
ouviamos to-
car tão magistralmente.
Óonc011*eu sem duvida
Os originaes recebidos não se devolvem quer sejam ou
se & redacção assim o entender.
Chromos |
LIVRO DE
CONTOS
DE
; ,ãâl.argãmflma uriins de ECuronlho
PREÇO 300 REIS
Pedidos á àuctora em Reº’uengos, ou ao edltorr, Joas
quim Martins Grillo, na Certã.
para o abrilhantamento da
festividade e principalmen-
ta das procíssões, os dias
lindos tanto de 5,º como de|
6.º feirá o que “fez afluit |,
muitissima genté dos arre-
PDT EN o AENA
A’ fésta dá Passhoa con-
correu muito pouca gente, |
em virtude do dia se apre-
sentar carraneúdo, todavia
ainda poude salhir & procis-
são, que fez todo o tra:
jecto sem que chovesse.
Parabensenmos o festei-
ró por ver coroado de bom
exitó os-.estorços que em-
“pregou para que tudo cor-
resse bem.
Louvamos o administra-
dor substituto d’este “con-
celho, o st. dr. Brandão, pe-
la maneira acertada / como!|
dirigiu/a policia nas pro-
cissões:
S SNIE T BNA
Desabamento
Na noute de domingo
para segunda feira desa-
bou, por effeito do tempo-
ral, parte d’um muro d’uma
das ruas d’esta villa. O res-
to delle está. ameaçando
ruina, sendo portanto um
pou(ro para os transeuntes.
À quem competir, pedi-
mos providencias, afim de
evitar qualquer desastre.
I’ª.llepxmente á
F»;Ileceu “emví’tasl?qa. o
pae do, mnosso ass:gnanto
Manoel,Antun?a d.A],n;çgda.
commerciante estak ççn do
n’aquella cidade.
Os nossos pésames.
—ESRVTIE WN=
Nomeação
“Foi nomeado escriptura-
rio da’ Repartição de””Fa-
zenda d’este concelho, o ‘sr.
Antonio Augusto F. arla e
Castro.
TOTA EEA
Visita
Acham-se n’esta villa, de
visita, a ex.” sr.º D. Maria
Preciosa Moraes da Cruz
.e suas gentis filhas, e o sr,
I*nmusoo Xavier Pereira
de Carvalho.
. Regresso
Regressoú do Porto, on-
de esteve: em trataménto
dum padecimento na Vlsta
o nosso presado asmgnan—-
tee abastado capitalista o
sr. Augusto José David.
Foloamos que . venha
clompletamen’re restabelecis
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Luz electrica
Produziu grande sensa-:
ção em Jerusalem a instal-:
lação da luz electrica na,
fabrica de moagens. xste
edificio está situado proxi-
mo do Calvario,-e cêrca da
porta de Damasco.
O -assombro dos -arabes
e indios não tem kmites,
pois não ha quem seja ca-
paz de os convencer de
. que possa dar luz uma lam-
pada em que senão dei-
ta azeite. :
Não se atrevem a appro-
ximar da luz electrica.
— EE DeEEEEAAA——
Melhoras
Vae experimentando sen-
siveis . melhoras do incom-
modo que soffreu nos olhos,
o nosso amigo Alberto Eu-
.genio de Carvalho Leitão.
—— DA AIDADGR-=–— —
Estadas ó
— Afim de assistir á festi-
vidade da Semana San-|
ta, estiveram entrenós os
rev.ºº Eduardo Ferreira do;
Amaral, Francisco Fernan-
‘“des, Antonio Martins Dias, |.
“ Antonio Nunes Correia e
“ Marcellino Correia.
RBetiradas
Para Coimbra retiraram-
se us academicos Manoel
Marques Pereira, Antonio
Erancisco, Eduardo Tho-
maz Davide Arthur Car-
valho, filho do nosso presa-
do amigo Elias da Costa
Carvalho, dignissimo secre-
tario da Administração.
Para meda o sr. Antonio
de Souto Brandão. :
CAMPEÃO DO ZEZERE
dollar de Verolas
Morreste, meu amor. E a bocea prectiosa,
Perfumada, gentil, pequena, virginal,
Em que nunca Sentiíste -n faissa d’um?beijo,
O coriseco a ferver d’um beijo sensual
—Beijal-a vai agora a terra langoros&
*Storcendo-se lasciva em morbido-desejo;
Essa bocea gentil, pequena, preciosa
Beijal-a vai agora a terta langorosa!
Morreste, meu amor. É) essas formas felizes
Do teu corpo infantil de linhas ‘sculturaes,
Que ningem abraçou febril, convulsamente
— Dos vegetaes viris, dos gordos vegetaes
Cingil-as vão agora às lubricas raizês,
N’um abraço tenaz, de ferro, impertinente;
Dou teu corpo infantil essas formas felizes
Cingil-as vão atora’as lubricas raizes!
ng É
Morreste, meu amor. É uns ammaes immundos
À rir um riso máu feito de impiedade
— Os vermes na mudez da treva impenetravel,
Impudicos irão roubar-te a virgindade,
A casta virgindade, os lirios pudibundos,
Que tu guardaste em vida, altiva,imquebrantavel;
E a rir hão de roubar-te uns animaes immundos
AÀ casta virgindade, os lirvios pudibundos!
Morreste, men amor. E soffres socegada
‘Os beijos sensuaes da terra dissoluta,
“Os braços febris das tumidas raizes! …
— E dos vermes brutaes tu és a prostituta! …
Tul… tu que sempre foste em vida immaculada ! ! |
Ai! mentidas visões ! oh! sonhos infelizes!!
Antes tu, meu amor, sorrindo das chimeras
Deixasses saciar de meu desejo as fér.
Adelino Silveira.
b FD
Confissão
O segredo da confissão
serviu para um cáso curio-
so em Cindad-Real.
Uma senhora desconhe-
cida, entregou.no zonfes-
sionario ao seu confessor
umas valiosas fivelas de
prata e ouro com obrigação
de serem entregues a outro
conhecido e joven sacerdo-
te da mesma capital.
AÁssim se fez, e todos
aquelles que teem visto as
mesmas fivellas, inclusiva-
Tmente os ourives, são de
opinião que são preciosissi-
mas eque não ha outras
j eguaes em toda & 10gião
manchega,.
. e
Curioso
– O facto da Paschoa» ter
cahido este anno tão cedo,
j inspiroú a um amador d’es-
ta especie de estudos, as
7 seguintes observações:
Em 1883 a Paschoa ca-
hiu a 25 de março, succe-
dendo isto de novo, h’este
suculo, em 1894. Nos tres
seculos seguintes, succede-
3 rá isto apenas oito vezes,
d ou seja em 1651, 2035,
2046, 2057, 2108, 2183, e
12198.
A data do anmo mais
proxima, em que a Paschoa
pode cahir,’/é em 22; de
março, * isto sómente no
caso de ser lua cheia em
21 do mesmo mez; :sendo
ao mesmo tempo sabbado.
Esta combinaçãode cir-
) enmstaneia é summamente
rara; ‘suceedeu em 1083,
1761 e 1817, e não torna-
rá a succeder até 1990::
mED
fabida
Sabia da Ceitã para
Santarem, o administrador
| d’este jornal, sr. Francisco
Martins Grrillo.
Boa viagem,
ta id a o AA
(!I’l]rotúng
FDLHETI M E as lagrimas appareceram
nos olhos dos homens que ro-
deavam o cão, ;
$ & De subito—Marche ! disse o
: w o | sargento, mostrando o extremo
DA da estrada.
A 1 A
TNiA onda negra aproximarv:
(Sean Nicolai)
( Conelusão )
Viu então à trouxa que o
cão tinha’ nos dentes. Pegou
nella. )
—-Ah! malicioso! Roubastes
isto aos prussianos, não é ver-
dade? 5
Arrebatadamente se endirei-
teu e com voz forte, desfazen-
do a trouxa:
—A bandeira! o 6ão salvou
a bandeira!
se; já se ouvia o ruído súrdo e
cadenciado dos passos. O cor-
neteiro lavantava o cão.
— Não – à devemos deixar
morrer aqui em presença dos
prussianos, disse elle:! Todos
quatro olharam uns para os ou-
tros. é
O doente disse:— derxae-me
levai o cão. :
O sargento examinou o bra-
ço e experimentou se o pode-
ria movers, mas uma dôr fortis-
sima lhe demonstrou o contra-
sio! ;
=—E tu! disse elle ao corne-
teiro. Este havia retomado as
armas.—Sim, mas terei de dei-
Xar as espingardas. :
— Deixar as “espingardas
francezas a estes… e o sar-
gento proferiu uma blasfemia.
— Não. .. isso não!
O ruido cadenciado dos pas-
S0S aproximava-se,
O sargento abaixou-se e aca-
riciando o cão, que respirava
com esforço.— Não serias tu
que às deixarias, não é assim ?
—Adeus, Trmuec, tu és um
bravo.
—Adeúus, Truc, tu és um
bravo, repetiram os soldados e
retomaram oºseu caminho.
O corneteiro foi o ultimo;
abraçou o animal solusando co-
mo uma creançu:-— Dijl-o-bei
ao imperador, fica certo, é
hão de louvarte em ordem do
dia.—Crê, meu brejeiro! Ou
então já não ha francezes |’
E retirou-se por sua vez.
d À
*o % ;
Passados alguns minutos o
exercito allemão desfilava, de
asmas no braço em frente da
valêta, fazendo estremecer a
terra. ÀAo longe começavam a
tocar os clarins francezes. e,
dertado na lama, o cão dà com-
panhia fixava os olhos, que já
não viam, sobre o estrada pot
onde os soldados haviam desas
parecido. :
Trad. dê & ES
José frogo de Lemos.
(Pedrogam Gande)
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fitteratura
QUADROS HISTORICOS
DA
“Tiberdade Portugueza
Ataque da vilia da Prain
na Bha Dereeira em
11 de agosto de 1839
(Transeripção)
(Continuado dê n.º )
D. M’guel em um só dia
Sommeétteu dúis horrorusos Eri-
mes, um contra Deus, e vatro
“ contra. as leis dos homens3 e
declarando-se rei contra o que
estava disposte nas leis, contra
a vontade dos povos, é OS
principios de suceessão por que
se tinha regido a Hação sete se-
culos completos, deu testemu-
nho de s1, e reprehendê a ge-
— nerosidade com ‘que o irmão
lhe tinha dado a corõa ea f
lha. : :
N’um momento Portugal, que
era uma campina alegre, mati-
zada de esperanças de mil cô-
res, se tornott em um sombr’le
e ermo desérto: o riso da pri
mavera, que respiravyam na face
todos, foi trocado em lucto, e
‘os cantos de alegria. e benção,
que ainda faziará echo, foram
substituidos pelo chôro inno-
““cente, pelas lagrimas da espo-
sa, é pelos lamentos da viuva :
qual sentia à falta do braço
alimentador do pai: qual acóom-
“ panhia do esposo: e qual a
. perda do corsorte! Portugal
trocou a gala em luto, e páre-
teu que toda a sua gloria ti-
nha descido aos abysmos da
eternidade, que & espada do
usurpadador tinha aberto d’uma
só vez.
Desde.o momento d’csta úsur-
pação, que fôra preparada por
erros e caprichos apoiádos por
braço estrangeiro, à religião e
s leis não serviram senão de
instumento do erime, não tanto
do principe desvairado como
de seus idomitos e mal in-
—tencionados validos, e foias-
sim que úm povo pacifico, e
desejoso da liberdade, vio &-
; bertas às masmorras pára o
receber, e levantadas as for-
vas para o punir do delicto de
querer gosar de seus direttos,
vêr observadas as leis, e feliz
. a sua terra natal !
Custa-nos ter que legar n’et-
te escripto á posteridade um
documento horreroso. dos deli-
ctos que esta épocha testemu-
nhou; porém o caracter de
historiador impõe nos .este de-
ver, é oxalá que o lugubre
quadro, que vaiios apresentar,
sirva de aviso aos que se nos
hão de seguir, afim do que não
confiemi a puarda de suas li-
berdades, que tanto nos tem
custado a cornservar, a viãos
fracas ea espiritos interessei-
ros, que cuidem de seus inte-
resses e paixões, abandonando
à causa do povo, quasi sempre
saerificada pela ambição e ve-
nalidade !
(Continúa) X
RESURREIÇÃO
A Esreja, a esposa do mar-*
tyr Divino do Golgotha, des-
piu o crepê ephemero da sua
viuvêz para retomar à mnanto
de &ãrminho e ouro das suas nup-
cias eternas: enxugou as lagrr-
mas é cálou a lamentação, que
lhe gelava os labios, para en-
toar arroibadamente 0 seu su-
blime cantico de triumpho —
allelnia.
Iioje, em todos os angulos
do universo, cireulam as «boas
festas» atravez do telegrapho
e dô wundo jornalistico, dão-se
em milhares de cartas e irrom-
pem espontaneas dos labios de
todos os descipulos do Kvange-
lho desde o homem da theara,
do baculo, do diadéma, da espa-
da… e até se ouvem d’aquel-
les: que juram bandeiras entre
os inimigos de Christo Deus.
—Este regósijo, em que se
alágam todos vs peitos, e esta
viva alegria, em que se desa-
tam todos ós corações, e este
fervido enthusiasmo que alenta
e rejuvenesce imais de duzentos
milhões de espiritos, desde as
regiões sêpteúntrionaes atá às
regiões do tropico, desde às
muralhas da China até aos lá-
gos do Canadá, prende W’uma
pálavra, que compendia . acon-
tecimente 03 mais extraordi-
harios, que uma vez se gravoú
na tampa d’um. tumulos para
não poder ser apagada nem
pela mão do koihem, nemi. pe-
la esponja do tempo: n essa pa-
lavra que todos sabem ler e
que todos comprehendem, que
enche a historia déluz e o mun
do de civilisação — crestiseitou!!»
Se a gloria do pae não pode
deixar de reverter a gloria do
filho, náda mais justo e digno
do que o mundo catholico ap-
plaudir com toda a expansão
da sua crença o trimnpho de
Christó Deus: uada mais justo
e digno do que acompanhar de
seus cultos, dos seus cantos,
das suas ovações o transmontar
do extelso Restiscitado, que se
ergue sobre a synagoga pros-
trada no pó de quasi vinte se-
eulos; sobre o nôvo mundo e
sobre a civilisação moderna por
Elle conquistada eom o preço do
seu sanguê.
AÀ imnesma natureza parece
festejar a resurreição do Salva-
dors À piimavera, 4 maneira
de artista, faz tapetes da selva,
e bórda sobre ella inatizes .das
mais risonhas flores, que em-
bnlsamam os áres: nuvens scein-
tillantes de avezinibas
sam das suas transmigrações,
com às fgargantas cheias de
cantoõs, que tornam sonoroso O
espaço, d’onde, se despenham
torrerites de harmonbia e de luz.
Tudo acorda, tido sorri, e a
terra inteirá, amortalhada no
sudario. do inveruo, resuscita
cóm o seu Auctor, e do templo
ckristão como do templo do
universo, parecê rebentar uni-
sono; harmonioso, incxprimivel
regres-.
CAMPEÃO DO ZEZERE — *
um immenso hymno de — Boas
festas: Nó3s àas damos á illustre
redacção do «Campeão do Ze-
Zere» e ais.seus numerosos lei-
tores. á
S. Correta.
E’ do nosso amigo dr. Edu-
ardo Pereira da Silva Correia;
este bem elaboraàdo artigo, que
publicamós sobre a epigraphe
— Resurreição, Devia ter sido
publicadó n&o “numero anterior,
mas não o poude.ser, ipor
nos chegar às mãos quando já
estava prompta a cumposição
precisa.
— ANNONCIOS
Carros
No bem conhecido estabele-
cimento de Adriano Francisco
Dias, rua do Visconde da Luz,
n.º 107 a 113, em Coimbra;
vende*=se nor preço convidativos
dors. Bonitos phaetons . Tanto
um como outro servem para um
ou – dois cavallos; tem lança e
varaes; são bons e garante-se à
boa tonstrução. Tambem vende
muito em conto um carro deé
dúas rodas / para um só tavallo |
Y4arinhas peitoraes,
s dl ;
DERVIS
desde a litteratura da India até
Em todos os, paizes onde
em tésumido espaço de tempo.
CONDIÇOES DA
inpressão nixvida, pagamento adiantado
MERCEARIA PEDROGUEN
s a E aBDRES
— Si Winrenço Mectios —
– ” Generos álimenticios de primeira qualidade
VINHOS FINOS E DE PASTO.
Genebra e Licores
ESPECIAL CHA E CAFÉ
S LISBOA
-. VPtas folhas, por semana, de 8 paginás, em 8.º grande, alternadas com
bellas illustrações pagas no acto da entrega……..
: PROVINGIAS :
Um fascicnlo quinzenal de quaizo folhas, de oilo paginas, uma gravurg
assith como vende baratissi-
mo uma carroça muito segura;
serve para jumento ou cavallo
pequeno. :
Tem tambem arreios novos e
uzados para parelha e para um
só cavallo, assim como arreios
de cavallaria. :
Venle muilo em conta.
PHARMAGIA
DE
MANOEL SIMÕES CASTA:
NHEIRA
Pedrogam Grande
Esta pharmacia está muito
bem sortida de drogas e .-medi-
camentos, achando-se, por isso,
o proprietario habilitado a sa-
tisfazer todas as exigencias dá
sclencia.
& Í
-PILULAS-
Gontra a tenia ou solitariá
Preparam-se inteiramente ve-
getaes e inoffensivas
SÃO INFALLIVEIS
“Enviam-sê pelo correio.
Preço 1 $000 réis.
SE
bolachas e biscoitos
í Fructas seccas e conservas ;
47, Raa ce &. Julião, 47 (Vulgo Algibebes)—Lisboa,
Em Dias
GON: OS PERSAS, TURGOS É CEINEZES
POR
MOCLES
Obra illustrada com bellas gravuras
Oscar Meyp ,
E’ uma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia de sol
e de vivos aromas, banltada por úma luz saliente e mysteriosa,
à obra coin que esta Kmpreza inicia uma seria de publicações
destinadas à causar sensações, obras-primas devidas á pena. au-
thorisada de escriptores de primeira grandeza. idsta, que nos
faz passar pelos olhos deslumbrados, como n’um sonho produzi-
do pelo opio, toda a phahtastica vida oriental,, é, sem duvidaá
muito superior aos contos que existem traduzidos por Galland;
pois que enceria os mysterios, as reminiscencencias do , Oriente,
aos poemas traçados nos confins
da Asia, como a litteratura persa; avabe e japoneza.
OS MIL E UM DIAS tem
ASSIGNATURA
ES
w REE
120 reis
EMPREZA EDITORA DO MESTRE POPULAR
2.º— 273 Rua da NMagdalena, 218—28
LISBOA :
feito a sua apparição, numerosas edicções se tom logo esgotado
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CHROMOS
NWibro de Contos
de
D. Magdálenaà Martins de Carvalho
O livro que brevemente váe ver a luz da publicidade sob
o titulo de CHROMOS, e onde se reune uma admiraável e va-
liosissima collecção de contus, váe ter um grande sunecesso por
s r uma obra de merito, onde o leitor vacila no que mais de-
.Werá apreciar: se o elevado do estylo, se o burilado da phrase.
? AÀ sua auctora e uma cscriptora, distintissima, como o attes“
– tam as suas produleções que são muito procuradas e Jilas, es-
* pecialmente no Açemtejo; e o livro que ora vãe aparecer terá
uma larga extracião não só ali, mas em qualquev parte onde
. appareça algum xemplar.
Condições da assaghatura
– LQ livro OHROM(GS, foimará um elegante volume que, em
u Reguengos e na Ceriã, pode ser adquirido pelo modico.
Mreco 300 reis
mas demais localidades por 320 reis.
Pedidos á auctora, em Reguengos, ou 4o editor Joaquim Mar
risina! Grillo, na Certã.
Aberis E O Tridão
‘lyªhcrl.vâo;e Tabellião
— Pedrogam Grande
“ ESCRIPTORIO
Múemguel Leitão d’Andra-
João Antonio Caetano
Rna do Eirádo| 4.,Loja de mercearia, t: lacers. cs
edaál, sóla,ferragênstecuidcatito
Precços convidaíivos
TEAA TERIAIENEOS EEDITAETBREINSA c 0E S
Abilo Nogueira David
ENAA o t
SR ENAA E id A
Companhias Incão
Hamburgueza Chrzrgcur?
MALA REAL’ : RhL—Nlb’
Portugueza fessagereis
Lioyd Bremen Maritimes
Ete. Ete. Ete. Etê.
Para todo”os/poatos. du
Prasil, Dícica Osideninl e Oriental eie.
“SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em
15″de cada mez. eA
As creanças de passageiros, ate dois annos, gratis: de tres a quatro an-
nos, um quarto de passagem; e de ceinco à dez annos meia passagem.
Para os diversos pontos do BRAZIL, em differentes dias dos mezes
Passagents gratuitas para o Brazil
No3 magnifico” paquetes da t.ompanhia Charguers Reunis que Sahéra
de Lishoa em nm doee e vinte e dois deis de cada mez dão-se passagens gra-
tuitas as familias, de trabalhadores que desjeemir para quasquer Provincia
do Brazil, d’esdê Lisboa ate so Rio ua Janeiro. A’sua . chegada ali, o Go-
Veino cunçede-lhes transporte: gratuito ate a Provincia a /que se distinem,
se ahi-são livres para empregarem a sua aclivídade laboriosa – trábalho
qué mais lhe convenha não contrahindo nenhuma divida pelos beneficios re-
recebidos. ó Í
Na redacção d’este jornal prestão-se esclarecimentos.
Agénte na
Cevta .
Juaquim Llariiza EGrillo
Oficina Wencadiensdor
15 D E ó
Maxorn Ântonito Grizzo
Tya’*’véssa. Pires N.º 2
.HQEEÍ[Í f aaa ds
Merceuria e Tabacaria
Advogado
]J’ R de Souto, Brandão
ESCRIPTORIO FORENSE .
Largo da Igreja
Pedrogam Grande
AAAA o
UN este escriptorio toma-se
“Teonta de qualquer causa civel,
erime ou prommoções quer
ependam dos tiibimaes da Co-
marca de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-
Joaquim Ri
Travessa Pires N.º 1 2 e
bunhaes do paiz; e tambem de NITIDEZ
cutros quaesquer negocios civis
das repartições publicas d’esta E
villa, ou fora d’ella. Bom papel
m
— Mercearia e Tabacaria
Su DE
Y%GEÉAPHIÃ :
ARTINS sRILLO
CERTA
4E É :
; N esta typographia confecionam-se com rapidez quaesquer
livros, impressos para Juizes de Direito, Delegados,
N’esta. officina ‘confeciona-se todo e qualquer trabalho““çpfª
cernente a esta arte. ‘ SE
NJoaquim Pircs € Davia
/”LAKRGO DO MUNICIPIO
Loja de Mercearia, tabacaria,
ferrageus e fazendas bran-
Cas “etey ete.
lino upe.s da Silva
Largo do Encontro
Merc
Harcer
Beceo dà Imprensa N.º2 earia e Tabacaria
D RECREIO
HRevista sgemanal, Litte-
raria e Charadistica
RAPIDEZ
E
EE E a _ mn
Preçºs modicos O —Recreio== é sem duvida, u
das publicações litterarias mais bara-
tas do paiz e que lem unicamente
êm vista proporcionar aos seus assig-
nuntes leitura ameva e util, mediante
viva modicissima retribuição, 1s8to €
– “hugusto Thomaz Barreto
Ílhl de. Miguél Leitão d’Andrade
” ESTA acreditada casa acaba de
, téceber fina manteiga e bons assuca-
u , Xes, ehá e calé, que vende por preços
muito rasoaveis, assim tomo esta á
— — espera de magificos charutos e outras
— . “qualidades de tabacos.
Wlanosl Cuartans
: Largo do WFunicipio
— , tEstabelecimento de ferragens
: louças ccabedal Agente
, da CTomyanhia de
Juntas de Parochias, Juizes Ordinarios, de Páz e Munici ,
cobrança de congruas, diversas Confrarias, Camaras, Adminis-
trações, Recebedorias, Repartições de Fazenda, Escolas, Corpo
fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, Depositos de tabacos, e
quaesquer outras repartições, corporações publicas óou parti
culaáres, ete. :
25 de 100 a 300 reis
p ENAA oA 2éh o . 0 de 190 a 450 «
« QRAA A A AENA 100 e 250 a 900 «
« ENEA 5 5 aA 2NS anA 25 le 200 a 500 «
« € NS ANcA d b co ÁTc d DO de 300 a 900 «
« o AN a SUA a BOR R NEE a MU 100 de 500 a 1200 «
Partecipações de casamento de 800 re para cima.
EE s UT EEA e LA
: . u ; o
O proprietario d’este estabellecimento encarrega-se de quaes-
quer serviços, nã Certã. 5
Seguros Tagus
Coumpra livros e encarrega se/da venda d’outros, ete
cada número —20 réis, com 16 pagi-
vas a duas columnas e em optimo pa-
pel – ;
Está em publicacão a 10 * serie.Ca-
da série de 26 numeros. formam um
volume completamente independente,
Em Lishoà a assignatura pega 1n0 à. O
da. cntrega. Para a provincia, a assig-
ualura é feita Ás series de 26 numeros
e custa 580 reis.
Tóda a correspondencia deve
ser: dirigida a João Romans
Torres rua do Diario de Noti-
cias 93— Lisbva.
F& o –
DITOR=” ——
== Albano Nunes Roldão=”/ –
Typagraphia e impressão
Travessa Pires, N.º 162
==CERT A=