Campeão do Zezere nº1 01-02-1891

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É ANNO
Bodactores
Dr. J. À. ve Sovro Branção É
Dn. 2. Ho F pa Coxcrição
Domingo, 1 de Fevereiro
se se
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NUMERO 1.
Administrador
Francisco Martins GriLLo
SSIGNATURAS PUBLICAÇÕES
(Paga adiantada) No corpo do jornal, linha 80 rs.
PATI safar e o a e 1$260 Annuncios, » 40 »
DIEMERIIO 2 iss Sa s600 SUNT AN ê + NDEN Repetições, RR 20 »
Trimestre .. $300 RENFENO INDEPENDENTE Permanentes, preço convencional.
pipe avuls o E pa Os ars. assignantes tem o abati-
ALE a pa SECO B: Pe TA mento de 25 p. ce. j
PA UNIAO depuis Ex RG Te E 25000 TEGRADO Annunciam-se gratuitamento
Fóra de Pedrogam acresce à ] : obras de que se receba um exem-
cobrança Joaquim Martins Crilão plar. |
dengam Grande pe Bedrogam Grande
Toda a correspondencia dirigida ao director—J. M. Grillo, || || » Os “originaes recebidos não se devolvem quer sejam ou
CERTA. || || não publicados, se à redacção assim o entender.
PEDROGAM GRANDE
EST e
Gamprho Do qotgere
O invento de Guttem-
berg, foi sem duvida uma
das mais gloriosas manifes-
tações do progredimento
da humanidade.
? O pensamento do ho-
| mem apertado até ao secu-
lo KV, por assim dizer,
num cireulo de ferro, com
a creação da imprensa ex-
pandio-se, rompendo-o d’u-
ma maneira assombrosa.
| O verbo de verdadeira
civilisação dos povos en-
contron o meio facil de dif-
fundir-se, rasgando as tre-
| vas da ignorancia, zomo
E diante de formidavel tufão
E vão caindo por terra milha-
/ res e milhares de arvores
seculares.
| ‘ Hoje, que está universa-
, lisada a expressão do pen-
samento, graças ao mara-
vilhoso progresso dos pro-
| cessos typographicós, Pe-
| drogam Grande, o berço
| de Miguel Leitão d’Andra-
| de, não podia, por mais
tempo, cruzar os braços,
| permanecendo no «statu
quo» e deixar de se enfitei-
| rar nas agueridas hostes
| dos apostolos da impren-
sa.
| Com a fundação deste
semanario, — «O Campeão
do Zezere» — não temos
em vista derrubar thronos,
nem puerrear povernos, o
nosso secopo, o fim primor-
dal delle, será advogar os
interesses moraes é mate-
mice do torrão que nos
vijnascer e os de toda a
conarca, dissecando com
o bsturi duma critica, não
viruenta nem cerebrina,
mas conscienciosa e placi-
da, todas as pustulas de
caracter cancerosó que se
tenham manifestado, cu
venham a manifestar n’es-
te nosso meio social.
– Não nos prenderemos,
com considerações de qual-
quer natúreza, quando te-
nhamos de atacar para cor-
tar corce os males que se
forém manifestando dentro
da orbita que traçamos,
apezar de estarmos intima-
mente convencidos de que
se nos hão de antolhar dif-
ficuldades de espantosá ma-
gnitude.
Jamais recuaremos: se-
remos amanhã o que for-
mos hoje e sempre o que
formos amanhã… indepen-
dentes segundo os dicta-
mes da nossa consciencia.
Não nos arrógamos com a
inteligencia e auctoridade
precisas para expurgar es-
te mosso meio dos males
que a pouco e pouco o têm
corroido e vão corroen-
do, mas ao menos anima-
nos a esperança de os ata-
lhar.
Teremos em attenção a
parte htteraria, seiontifica
e artistica que todo o jor-
nal mederno não deve ol-
vidar.
Está longe de ser um
programma o que deixa-
mos escripto, no entanto,
eis em que se resume o
nosso pensamento, o nosso
fim e a nossa aspiração.
Desde já, aqui, deixa-
mos gravada indelevel gra-
tidão para com todos os
cavalheiros que se digna-
rem prestar-nos a valiosa
cooperação de. suas assi-
guaturas € colaboração.
E na auctoridade de sens
nomes, que consistirá amais
CHROMOS
LIVRO DE CONTOS
DE
D. Magósleia Mlariina de Garonlho
PREÇO 500 REIS
Pedidos 4 auctora em Reguengos, ou ao editor, Joa-
quim Martins Grilo, na Certã. ]
aléevântada recommendação
a que pode aspirar o
«Campéio do Zezere».
A Bedacção
EE SETE,
No proximo numero pu-
blicará esta folha um ar-
tigo do ar. dr. João Anto-
nio de Souto Brandão,
-—— ep SR SEO pata — ——
Casamento Civil
Na administração deste
Concelho, apresentaram-se
uns pombinhos dum logar
da freguezia da Castanhei-
ra de Pera, a declarar que
queriam casar civilmente.
RCE Ro By ——
Nomeação
Foi nomeado Escriptu-
rario de Fazenda deste
Joncelho, o nosso amigo
Antonio Pires Coelho Da-
vid.
Foi uma nomeação acer-
tadissima, porque recahio
num moço que allia a uma
inteligencia robusta, uma
grande modestia.
or a
Desastre
Nas proximidades desta
villa, n’um sitio denominado
o Valle PAlvares , passou
por cima d’um homem d’es-
ta freguczia, um. carro de
bois cheio de azeitona,
Uma das rodas esmiga-
lhou-lhe o craneo, deixan-
do-o em misero estado.
O infeliz falleceú dias
depois.
ce a e EE E em
Exoneração .
Foi exonerado do logar
de Eseripturario de Fazen-
do interino, deste Conce-
lho, o se. José Correia POh-
velxa.
Sentimos, pois era um
funecionario inteligente e
trabalhador.
Doença
Acha-se um pouco ende-:
fluxado, o nosso amigo Elias
da Costa Carvalho, intelli-
gente secretario P Adminis-
tração, obrigando-o à estar
de cama,
Desejamos-lhe rapidas
melhoras.
mi
Sahida
Retirou-se desta villa
para a Certã, o sympathico
filho do nosso amigo o sr
Joaquim Maria das Neves,
que aqui veio passar alguns
dias em casa do dignisao
escrivão de direito, -o sr.
Antonio Joaquim Simões
David;
David;@@@ 1 @@@
e gm
Fallecimento
Falleceu n’esta villa o
sr. João Nunes Coelho, páe
e sogro dos acreditados
negociantes Antonio Jacin-
tho Coelho, José J. Coelho,
e Antonio Henriques Bara-
teixo.
As nossas sinceras con-
dolencias a todos os seus.
2 cia o
Casamento
Uniram-se pelos laços
matrimoniaes, no dia 22 de
Janeiro ultimo, o sr. Antonio
Simões Diniz, com a ex.”
sr* D, Maria do Carmo
Marques Diniz, a quem en-
viamos as nossas felicita-
ções,
Os noivos sahiram em
seguida para a capital,
ei ED sn
Sahida
Sahiram desta villa pa-
ra Lisboa, no dia 26 de ja-
neiro ultimo, o sr. Antonio
Lopes David e sua esposa
a ex” gr” D. Maria do
Carmo Coelho David.
emitem emenda
FALLECIMENTO
Palleceu em Leiria o sr.
Barho de Viamonte. 8, ax.
era chefe do partido pro-
gressista do districto.
to em eee
E PARA LISBOA
Sahiram d’esta villa para
Lisboa, os nossos estimaveis
assignantes, os srs, Ayres
Simões Ferrugem, João
CAMPEÃO
Eollar à
DO ZEZERE
e Uerolas
eprimei
Quando te dei, mulher,
Andava pelo ar um lul
Nos ramos do arvoredo
Modaulando a sorrir can
Cantando, murmurando
Foi então, foi então, oh
Quando te dei, mulher,
Fernandes Braga, e Fran-
cisco Gonçalves Callado,
acreditados negociantes es-
tabelecidos m’aquella cida-
de,
nc EEDIOE=— —
Extraordinario
Em Dakota, actualm nte, a
temperatura é verdadeiramente
primaveral,
Os homens vestem trajos lo-
vissimos e usam chapeus de pa-
lha, e as senhoras não largam
as sombrinhas para se livrarem
dos ardores do sol.
A presistencia desta tempe-
ratura é tal, que os grandes
estabelecimentos annunciaram,
no fim de dezembro, vendas es
peciaes de fazendas de verão e
Chapeus de palha.
Esto facto, é tanto mais ex-
traordinario, quanto em Dakota
o inverno. costuma ser muito
rigoroso.
to bri
o meu primeiro beijo
brico desejo…
Havia commoções electricas, nervosas. ;.
Abriam-se febris os calices das rozas.
arredondados, tumidos,
Trocavam entre si beijos bondosos, humidos,
tigas guthoraes,
Os passaros gentis, alegres, sensuaes.
Passava, a nossos pés sereno, docemente
uma canção dolente
Um regato de prata: e 4 sombra da ramagem
Lambia demorado o areal da margem,
Havia em tudo ali de nós em derredor
Desmaios de prazer, fermentações d’amor.
! ubrico desejo!
o meu primeiro beijo.
Adelino Silveiras
ema meme
IMPORTAÇÃO
Em 1890 a importação
feita por Portugal, foi no
valor de 34:304 centos de
reis; mais 8:178 contos do
que em 1889.
Ro mesmo tempo expor.
tou 15:968 contos de reis,
decrescendo 1:481 contos
em relação ao anno ante-
Flor,
Deere,
CORRESPONDENCIA
Ei ie e a
Cuimbra, 18 de janeiro de
1891.
Reunio no dia 16 em assem-
bleia geral, à academia com O
fim de dirigir uma satidação a
Azevedo Coutinho, o heroe do
“hire eg um agradecimento a
Guerra Junqueiro, auctor do
interessante posmeto ==«Pinis
Patriae» Presidio o nosso
amigo e patreio dr. Augusto
“| Barreto, imtelligentissimo alum-
| no do 5.º amo de medicina.
Depois de terem uzado da
palavra varios academicos, fo-
ram apresentadas pelo estudan-
te de medicna antonio José
Almeida é enthusiasticamente
approvadas, as seguintes pro-
| postas:
1.º-Proponho, que a atade-
mia de Coimbra dirija a João
| d’Azevedo Coutinho uma san-
dação, que será um. testemu-
| nho bem elognente e bem alto
de quanto alla admira a ex-
| traordimaria bravura e q gran-
de dedicação à Patria do heroe
do Úhire, que em Africa tão
audaciosa e brilhantemente com-
bateu pela manutenção dos
nossos direitos e pela integrida-
de dos nossos territorios.
2.º Proponho que a acade-
mia de Coimbra agradeça a
Guerra Junqueiro o offereci-
mento do seu poemeto «Finis
Patriae» apradecimento em que
a academia traduzirá a ilimi-
tada admiração que tem pelo
lustre poeta e o despreso pra-
fundo que sente por. aquelles
que tem calumniado o glorioso
homem de lettras que no «li-
nis Patriae» interpretou magis-
tralmente nos sous desalentos e
uas suas esperanças os nobres
sentimentos da grande tam
portugueza. ,
3.º-Proponho que tante no
agradecimento ao grande pos-
ta, como na saudação ao heroi-
co marinheiro se lhe faça ao
mesmo tempo um convite para
virem assistr à um sarau, que
a academia dará em sua honra
e cujo producto, oferecido à
Sociedade da Craz Vermelha
será destinado a socorrer o
corpo expedicionario, que em
Africa se vae bater pela honra
da patria.
Foi nomeada uma commis.
são; que promoverá o sarau,
(Do nosso correspondente)
FOLHETIM
QUATRO DIAS…
EM
Bedrogam Grande
Não foram bem quatro dias,
mas sim curtos instantes que
nesta poctica e encantadora
filha dos Herminios me surri-
ram, deixando em minh’alma
essas gratas e indeleveis re-
cordações que nos acalentam
os descuidados sonhos da mo-
cidade.
Gentil e surridente povoação,
edificada sobre vasta planície,
offerece de qualquer lado para
“spraiamos a vista, o vas-
suas montanhas sem fim, ora
talhadas a pique, indo desapa-
recer no fundo de estreito des-
filadeiro, ora reclinando-se in-
dolentemente, até se confundi-
rem na suavidade da sua incli-
nação, com os ferteis valles
que, em abundancia, lhes offe-
recem, em suavissimos murmu-
rios, o frescor de suas aguas
crystallinas que vão perder-se
ao longe, em caprichosas cur-
vas, sob o puro azul dum ani-
Jado ceu.
Mas, o que mais nos prendeu
a attenção, foi o grandioso es-
pectaculo que tivemes occasião
de admirar do cimo d’uma elé
vada emminencia a que os na-
tusaes dão o nome de Cabril,
Parece que ainda n’este mo-
mento sentimos n’alma a com.
“eestoso panorama de
meção profunda que então ex.i
perimentamos. À nossos pés,
no fundo de vertiginoso abys-
mo, escoavam-se magestosas as
aguas do Zezere, por entre o
erriçado d’agudos rochedos ta-
petados de negro musgo; vagos
romores, similhando o. soffuca-
do rugir do leão moribundo,
acordavam tristemente os echos
das montanhas, indo perder-se
ao longe n’um suspiro plangen-
Ló;
Às aguas, espadanando rolos
d’alvacente espuma, umas ve-
zes se levantavam em enorme
cachão, outras se espraiavam
mansamente ho remanso de
negro nógo, para, dahi a pou-
co, iradas se lançarem de novo
em ruidosa queda. Do lado es-
querdo do rio, em enorme zig-
zag, como que tazendo prodigios
de equilibrio, por entre alcan-
tilada penedia, desce um mará-
vilhoso primor d’arte— a estra-
da districtal, subindo em segui:
da a encosta fronteira com as
mesmas voltas e reviravoltas,
depois’de atravessar uma ele-
gante ponte construida sobré
a aresta de solidos rochedos.
Este quadro surprehendente;
que nós com pallidas côres, ten-
tamos descrever a largos traços,
completavam-no algumas aves
de rapina cruzando magestosa-
mente o espaço com seu vão
cand:nciado, ora elevando-se ds.
nuvens, ora precipitando-se
d’aza fechada, no fundo doa
valles, com a rapidez do rela a.
pago É,
(Continiá(
18288 Vê
4 ErandãO Vê
4 ErandãO@@@ 1 @@@
LITTERATURA
Ea Des arena apa a e
4 nceaaceno
À ESTRELLA
(Po Tr omaz Camacho)
Envolvenlo-se n’um olhar
em que se lia toda a historia
d’um amor inextinguivel, ella
perguntou-lhe:
«Nunca me esquecerás?)…»
—aNtncas! afirmou Luiz.
E havin uma tristeza enorme,
– profunda, no seu olhar demora-
do e meigo,
Nem a mais leve nuvem em-
panára atê então o céu d’aquel.
“la felicidade, que então termi-
nára, ;
Só quando a noticia d’uma
“proxima separação, os desper-
tou do sonho em que jaziam,
poderam comparar a ventura
do passado e a tristeza do fu-
turo. Lei mysteriosa da natu-
reza que só nos deixa conhecer |
o goso quando nos offerece a
taça do soffrimento.
Era preciso sacrificarem-se
por algum tempo, deixarem de
se ver e de se ouvir.
Quando pela ultima vez se
despediram, Mariá apontando
para o ceu, exclamou:
—aJuto-te por essa estrela,
que maior que as outras se
destaca no ceu, juro-te que
nunca te esquecere: e que ella
será a muda testemunha das
minhas lagrimas como agora
o é do meu juramento».
E elle estreitando com phre-|
nesi a pobre creança respon-
deu:
-— «Eu juro-te que. será tão
eterno o meu amor como essa
estrella… como essa estrela
que nunca desapparecerá do
sitio que hoje oceupa» !
*
* *
Decorreram dois amnos..
Uma moute em que Maria
contemplava como sempre o
firmamento estrellado, deu de
repente um grito e caiu des-
maiada; a estrella não estava
lá!
No sitio que d’ante oceupava
havia agora a mais profunda
cerração, as trevas mais com-
pletas.
Aº enfermidade da alma jun-
tou-se a enfermidade do corpo,
Aquele delicado organismo foi-
se debilitando rapidamente. A
morte da materia era a conse-
“quencia logica da morte das
suas illusões.
Uma tarde, com essa energia
precursora do ultimo suspiro, a
enferma chamou a mãe, fela
sentar a seu lado, e dendo lhe
um caiinhoso beijo na testa,
– pergiuntou-lhe:—«O que é uma
estrella?»
A anciã surprehendida pela
pergunta e hão podendo dar
uma explicação scientifica, res-
pondeu: :
«Uma estrella, filha do
“meu coração, é a alma d’um
justo a quem Deus concede a
eterna bemaveinturança.
CAMPEÃO DO ZRZERE
== quando uma estrolla
desapparece do ceu o que é
que isto significa»? A velha in-
elinou a cabeça e permaneceu
callada.
Não lhe oecorria nenhuma
resposta que podesse satisfazer
a moribunda.
Entretanto Maria mnimnra-
va amãrgamente:
—« Minha mãe não tem ra-
zão. Uma estrella não é uma:
alma; é um juramento de cari-
nho; e quando el’a, lesapparece
é que o juramento se :ompeu
e o amor terminou».
Poucas horas depois Maria
era um cadaver,
E á mnoúte, com a razão
transformada por aquela im-
mensa desventura, a pobre
mãe gritava, cravando os olhos
na estrella nais brilhante que
havia no firmamento: «E! a al-
ma:.. a alma de minha f-
lhast…
Reguengos.
(Trav.)
Magdalena Martins de Carvalho.
– ——— comes e —
EXPEDIÇÃO
Chegou à Beira, sem no-
vidade, a expedição militar
que saíu de Lourenço Mar-
ques. À força compunha-se
de 2 alferes, 4 sargentos, 2
corneteiros, e 50. soldados
e cabos. Foi armada de es-
pingardas Kosptschek,
– Para a Beira foi tambem
na canhoneira «Zaire» uma
força de caçadores 4, indi-
genas, commandada pelo
alferes Bettencourt.
ope oo E
CORPO EXPEDICIONARIO
Não havendo determina-
ção em contrario, partirá
para Moçambique, no dia
7 do corrente, a bordo do
«Loanda», o restó da expe-
dição militar áquella pro-
vincia.
— — maggie
Fora Bruto!
Diz um telegrama de
Huesca, que os parochos
d’aquella zona fizeram uma
predica negando a sepul-
tura em sagrado a todos os
que votarem em Castellar,
nas proximas eleições.
Ao ouvir o anathema um
ouvinte gritou-lhe cà de
baixo:
—Fóra bruto!
“E, francamente, gritou
bem.
Variedades
me
Um medico, quo sempre af
fectava de saber à lingua latina,
uma vez em que estavam mui-
tos e queria mostrar-se, disse
para um preto que estava no
quarto do doento à quem 1a
curar. «Oh Ethiope, elaudica
lá essa femestra para que o
furibundo Boreas com 6 sau
arrebatado flato não exaspere o
vulures d’este egrote.
Um massador encontrando na
rua um sujeito que lhe conhe-
cia a prenda:
Ola! como estás?
Com muita pressa muito obri-
gado,
Às mulheres porque não tem
barbas?
Diz Alexandre Dumas que
Deus na sua divina providencia
não deu barbas ás malheres,
porque ellas não poderiam es-
tar calladas o tempo preciso,
para a faserem.
———————— GO ——
INDEMINISAÇÃO
Os sr.º Paiva d’Andrade
e Manoel Antonio de Sou-
za, instauraram, em Lon-
dres, processo contrá a
«South African», pedindo
perdas e damnos pela vio-
lencia da captura que soffre-
ram,
ICS MS pr
Ebromos
SO Oto A —mereriênçõe
Exercitos
Segundo as ultimas noticias
estatisticas as nações europeas
temorosas da guerra, teem os
seguintes exercitos em tempo
de paz.
Allemanha tem, 538 bata-
lhões de 526 homens; à Austria,
450 batalhões de 335 homens;
a França, 561 batalhões de
518 homens; a Ttalia, 344 ba:
talhões de 413 homens e a
Russsia, 1:026 batalhões de
488 homens.
Daqui restilta uma propor-
cão, por 10:000 habitantes, de
112 na Alemanha, 85 na Aus-
tria; 159 na França, 95 na Tta-
ha e 96 na Rússia, tendo a
Alemanha, como parece, 41
milhões d’almas, a Austria 40,
a França 40 altala die a
Russia 104.
As despezas militares por
habitantes ascendem a 19 fran-
cos na Allemanha, 11 na Aus-
tria, 30 em França, 13 na Tta-
lia e 9 na Russia. Nos ultimos
quinze annos essas despezas
apresentam augmento de 19
por cento na Allemanha, 17
por cento na Austria, 24 por
cento em Franta, 48 por cento
em Italia e 20 najRussia,
Receita
AGUA DE BELLEZA
Misture-so 7 deciltros dé
agua corrente com 4 de agua
de rosas de primeira qualidade,
junte-se-lhe 4 oitavas de bolsa-
mo de Tolu, 2 de balsamo dê
Peri, e ôutro tanto de benjoim,
e vascóleje-se a miudo, o que
tambem se deve fazer todas as
vezes que d’estã agua se quizer
fazer uso”
———— ti
Emigração
Em Coimbra fói affixas
do um edital do governo
civil, em que, entre outras
medidas muto sensatas,
tendentes a pôr dique ao
escandaloso engajamento
de emigrantes, ha a seguin-
te:
À pessoa que induzir in-
dividuos á emigração, pa-
gará a multa de 1008000
reis a 4008000, ou será
condemnada na prisão de
um até ilois anos; é no
caso de violencia or. coac-
ção pagará a multa de
5008000 ate 1:0008000
Reino via
Começa. a. estar má a
«profissão» de, engajador.
Ee eeeros
1 ANNUNCIO
– PELO Juizo de Direito da
O omarca de Pedrogam Grande
8 cartorio do terceiro officio,
correm editos de trinta dias,
em cumprimento e para os
efeitos do art.” 696 do. codi-
gº do processo civil, citando
para asistirem aos termos do
imventario orphanologico a que
se procede por falecimento
de José Henriques do Poial,
morador que foino logar de
Pera, frepuezia da Custanhei
ta; todos os credores é lega
torios desconhecidos ou resi-
dentes fóra da Comarca,
Pedrogam Grande doze de
janeiro do 1891.
=0 Escrivão==
alberto Eugenio de Carvalho
Leitão.
Venfiquei a exactidão
: — Motta
PHARMACIA
MANOEL SIMÕES QASTÁ-
E NHEIRA
PEDROGAM GRANDE .
eat
Esta pharmacia está muito
bem sortida de drogas 6 medi-
camentos, achando-se, por isso,
o proprietario habilitado a sa,
tisfazer todas as exigencias da,
sciencia,a,
sciencia,@@@ 1 @@@
CAMPEÃO
CHROMOS
Mibra de Contos
De
‘ D. Magdalena Martins de Carvalho
O livro que brevemente vãe vera laz da publicidade sob
o titulo de CHROMOS, e onde se reune uma admivavel e va-
losissima collecção de contos, vãe ter um grande suecesso por
ser uma obra de merito, onde o leitor vacila no que mais de-
verá apreciar: se o elevado do estylo, se o burilado da phrase.
A sua auctora e uma escriptora distintissima, como o attes-
tam-as suas producções que são muito procuradas e lidas, es-
pecialmente no Alemtejo; e o livro que ora vão aparecer terá
uma larga extracção não só ali, mas em qualquer parte onde
appareça algum exemplar.
Condições da assiguatura
O livro CHROMOS, formará um elegante volume que, em
Reguengos e na Certã, pode ser adquirido pelo modico.
Preco 300 reis
e nas demais localidades por 320 reis.
Pedidos 4 auctora, em Reguengos, o» ao editor Joaquim Mar-
ins Grillo, na Certa.
Joãv Antonio Caetano
Rna do Eirádo
Loja de mercearia, tabacos, ca-
bedal, sóla, ferragens e outros artigos
Preços convidativos
ERA RSS TO Rir
Abilo Nogueira David
me geme
Mercearia e Tabacaria
QMiberto 6.6 .Feilho
“ Escrivão e Tabellião
Pedrogam Grande
ESCRIPTORIO
Rua deMiguel Leitão d’Andra-
gemer ums tro
) s
Advogado
J. A. de Souto Brandão
ESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja
Pedrogam Grande
— o sndiggna-o—
N’este escriptorio toma-se
conta de qualquer causa civel,
crime ou prommoções quer
dependam dos tribunaes da Ce-
marca de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-
bunaes do paiz; e tambem de NITIDEZ
outros quaesquer negocios civis E
das repartições publicas d’esta
villa, ou fora d’ella. Bom papel
ERES PE POSSAS
Mercearia e Tabacaria
DO ZEZBRE
Companhias de Nnvepação
Hamburgueza Sao Ex
MALA REAL = ES
Portuzueza di SB | Messagereis
Lloyd Bremen (À A > Maritimes
Fte. Bite, Ete. Etc.
Para todo os poutos do
Brasil, GMirica Gridental e Oriental aie,
SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em
15 de cada mea. à ;
As creanças de passageiros, ate dois annos, gratis: de tres a quatro an-
nos, um quarto dê passagem; e de cinco à dez annos meia passagem.
Para os diversos pontos do BRAZIL, em difierentes dias dos mezes
Passagens gratuitas para o Brazil
Nos magníficos paquetes da Companhia Charguers Reunis que sahem
de Lisboa em nm dose e vinte e dois dois de cada mez dão-se passagens gra-
tuitas as familias, de trabalhadores que desjeem ir para qu asquer Provincia
do Brazil, d’esde Lisboa ate ao Rio (la Janeiro. A’sua chegada ali, o Go-
Verno congede-lhes transporte gratuito ate a Provincia a que se distinem,
se ahi são livres para empregarem a sua actividade laboriosa trabalho
que mais lhe convenha não contrahindo nenhuma divida pelos beneficios re-
recehidos.
Na redacção d’este jornal prestão-se esclarecimentos.
Agente na
– Cextã
Joaquim Alartins Grill
Ofirias hemenderiadar
DE
Maxonr Ânronio frio
Travessa Pires NE ar
Pero e
Nesta officina confeciona-se todo e qualquer trabalho
| Trrocmm À
Piz
Josquir Marmss Qricio
Travessa Pires N.º 1-2 e Becco da Imprensa N.º’2
CERTA
: : : /
Nesta typographia confecionam-se com rapidez quaesquer
con-
ternente a esta arte. ;
Joaquim Pircs €C. David
LARGO DO MUNICIPIO
iLoja de Mercearia, tabacaria,
ferragens e fazendas bran-
cas etc, etc.
Marcelino Lopes da Silva
Largo do Encontro
Mercearia e Tabacaria
O RECREIO
Bevista semanal, Litte-
raria e CTharadistica
RAPIDEZ
E
X E O: ie duvidas a
Preços modicos ecreio= é sem duvida ú
das publicações litterarias mais bara-
tas do paiz e que tem unicamente
em vista proporcionar aos seus aBsig-
nantes leitura amena e ulil, mediante
DE
Angusio Thomaz Barreto
na
Rua de Miguel Leitão d’Andrade
é 4
mea erra
ESTA creditada casa acaba de
receber fina manteiga e bons assuca-
res, chá e calé, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como esta à
espera de magificos charutos e outras
qualidades de tabacos.
Silnnosl Castano
Largo do Município
Estabelecimento de ferragens
louças ecabedal. Agente
da Companhia de
Seguros Tagus
livros, impressos para Juizes de Direito, Delegados, Escrivães,
Juntas de Parochias, Juizes Ordinarios, de Paz e Municipaes,
cobrança de congruas, diversas Confrarias, Camaras, Adminis-
trações, Recebedorias, Repartições de Fazenda, Escolas, Corpo
fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, Depositos de tabacos, e
quaesquer outras repartições, corporações publicas ou parti-
culares, etc.
Anlhetes do umisibápc ata dd ad +… 20 de 100 a 300 reis
RED CER a PRE pi Eri DOCA O] DRT LDO)
« Ad ERES ER O AÇÃO 100 de 250 a 900 «
« Wc NG Pretos ah als ris “.» 25 de 200 a 500 «
« [RR « A va aa sis DO dEUS OQ a JDM
« EE EE AE ROS 100 de 500 a 1200 «
Partecipações de casamento de 800 reis para cima.
– 12X O
O proprietario d’este estabelecimento encarrega-se de quaes-
quer serviços, na Certã.
Compra livros e encarrega-se da venda d’outros, ete.
uma modicissima retribuição, isto 6,
cada numero —20-réia, com 16 pagi-
nas à duas columnas e em optimo pa-
1 À
pel.
Está em publicação a 10 “ serig.Ca-
da série de 26 numeros formam um
volume completamente independente.
Em Lisboa a assignatura paga no ácto
da entrega, Para a provincia, a assig-
uatura e festa ás series de 26 numeros
e custa 580 reis, Refsapeá,
Toda a correspondencia deve
ser dirigida a João Romano
Torres rua do Diario de Noti-
cias 93-— Lisboa. À
SEP E
SEDADE=
==Albano Nunes Roldãio=
Typagraphia e impressão
Travessa Pres, N.º 1692
==CERTA=-ERTA=-