Beira Nova nº4 08-06-1932
1
ANO I-NUMERO 4 nd
Quarta-feira, 8 de Junho de 1952
QUINZENÁRIO
PRÓ DEFEZA DOS INTERESSES DOS CONCELHOS DA SERTAÃ, PROENÇA-A-NOVA, OLEIROS, VILA DE REI E PEDROGÃO GRANDE
Director e Editor: NUNES COSTA E Propriedade do Grupo “BEIRA NOVA” (em organisação) ASSINATURAS Administrador: GUSTAVO ÁLVES
Redacção e correspondencia: RUA DO DESTERRO, 23, 3.º-E, Anon (2300 Administração : Pedrogão Pequeno (SERTÃ)
? LISBOA Ronigotra eras ros 6400 Corpo Redatorial :
* Composição e impressão: Rua Antero do Quental, 16-—Tel, N, 3097 | (ERIMOSTO. =. 4. 2 oo 3500 | AmERrICO. REBORDÃO, Marto TAVARES E MARTINS MOREIRA
Carta de Lisboa
Festa das Beiras
No dia 15 do cortente maio, reali-
sou-se nesta capital uma grande ho-
menagem ás terras da Beira, promo-
vida pelo Grémio Beirão.
Principion esta festa com uma ma-
tinée no Teatro Nacional Almeida
Garrett para terminar, á noite, com
uma sessão soléne na Sociedade de
Geografia de Lisboa, onde quatro
oradores, Dr. José Alberto dos Reis,
Dr. Campos de Melo, Dr. Alberto
Souto e Dr. Marques Loureiro, com
elegante e douta sobriedade descreve-
ram o valor tetular dessa província
nos fundamentos da nacionalidade
portuguêésa e, registaram além do seu
papel histórico, a sua importância
económica e política, no presente
quadro da vida nacional.
A matinée do Teatro Nacional, po-
rém, foi a expressão deliciosamente
colorida da festa.
Perto das três horas da tarde, com
a assistência de quási todas as figuras
mais representativas da Beira em
» Lisbôa, o sr, Dr. Ricardo Mota, diri-
giu do palco uma alocução de expon-
tâneo fulgor, seguindo-se a este acto
preambular de elogiência persuasiva,
o hino português, entoado pelo or-
feão do Instituto Lusitano, que tam-
bém executou várias canções regio-
nais, sob a regencia do maestro Sil-
veira Pais.
Na segunda parte, foi representado
o segundo acto da peça «Braz Cadu-
nha» de Samue! Maia, onde tanto o
autor, que estava presente, um dos
mais nomeados escritores do regio-
nalismo beirão, assim como a ilustre
actriz D. Amélia Rei Colaço e o seu
esposo, o actor Robles Monteiro, fo-
ram entusiasticamente aplaudidos,
Finalmente, o inedito dessa revela-
dora tarde de primavera foi a opere-
ta em dois actos «A Volta dos Serra-
nos» que os alunos do Instituto Lusi-
tano, em obsequiosa deferencia pelo
autor, o sr. professor José Pedra Mo
reira e director proprietário daquela
modelar casa de correcção, levaram
em scena. À opereta versou um gra-
cioso episódio provinciano com todo
o seu-bizarro pitoresco, alindado com
a ençantadora música de Silverio
Pais e Alberto Fernandes.
No momento em que Portugal ne-
cessita de avigorar as suas forças es-
pirituais e morais para opôr uma for-
te resistência ao embate dos imperia-
lismos ideologicos, saibam em pri-
meiro logar todos os portugueses
amar com todo o respeito os seus
Manes, Penates e Lares, porque só
estes lhes podem inspirar — condi-
cionar o fervoroso brio para um per:
teito nacionalismo lusiada.
Bem haja portanto todo o regiona-
jismo cultivado em terras de Portugal,
Nota de Redacção
Motivos imperiosos, entre. to-
dos avultando as ocupações dos que
fazem este jornal, nesta altura do ano
pouco menos que totalmente impedi-
tivas, teem concorrido para que a
«Beira Nova» não saia com a regulari-
dade que seria para desejar.
Do facto pedimos muita desculpa
aos nossos leitores, e aqui lhes pro-
metemos que a partir do dia 20 te-
rão o jornal a bater-lhes á porta com
a necessária pontualidade,
A MELHOR RESPOSTA
Incidentemente, quasi sem queremos, envolvemo-nos em dis=
cussão com o «Correio da Beira», sobre uma questão do interesse
regional. Ê
A um artigo do director deste semanario, acusando certa fla-
mancia esgrimidora, respondemos nós com imperturbavel sereni-
dade e objectiva argumentação.
Os leitores viram o nosso artigo. Mediram as nossas razões.
Julgaram, finalmente, a nossa atitude.
Poderão muitos não concordar comnosco,
Bem sabemos que a posição em que nos colocámos, discutin-
do a possibilidade da construção de um caminho de ferro na nossa
região, não é de molde a. conquistar-nos simpatias unanimes.
Mas venha a primeira pessvua que nos acuse, com verdade, de
um só deslise de cordura, de uma falha de boas maneiras, ao tra-
tarmos com o «Correio da Beirá»/!
O sr. Dr. Vergílio Godinho tambem leu o nosso artigo.
Apalpou-o, Voltou-o de todos os lados. Mirou-o por dentro e
por fóra.
Possivelmente, reconheceu-o infranqueavel a uma contradita
séria. Havia nele penedos irremoviveis…
Mas era necessario responder, para honra do.convento.
Uma solução salvadora lhe acudiu, a solução a que muitos
recorrem em apuros semelhantes: fazer pilhéria.
Vai daí, não esteve com meias medidas.
Concertou uma atitude de superioridade, fez apelo ás suas fa-
culdades humoristicas, e deitou cá para fora, para embasbacamento
do indigena melancolico, um punhado de graçolas a pingar sensa-
boria. Não enxergou as nossas ideias, para lhes opor outras ideias.
Não atendeu aos nossos argumentos, para os rebater com outros
argumentos.
Entreteve-se a isolar palavras e frases, brincando com elas
como um gato brincaria com uma bola de trapos.
Para mais lhe não deu o fôlego argumentativo. À
A «Beira Nova”, que não é um jornal humorístico, abstem-se
de classificar estes processos, — e marcha é frente.
Por nossa parte, tambem damos por encerrada a discussão com
o “Correio da Beira».
Quanto ao susto que lhe inspirou o titulo do nosso artigo, o
sr. Dr. Vergílio Godinho tomou a nuvem por Juno.
Descanse, que ninguem pensa em apeá-lo do pedestal a que se
guindou, Não cultivamos o prazer sádico de escaqueirar os idolos.
E já agora, antes de terminarmos, ouçam os nossos leitores o
que se segue: ;
O sr. Coronel Pina Lopes, que é alguem na nossa terra, que
conhece a fundo os seus problemas, tambem discordou do
nosso ponto de vista, como se vê pela carta que vai publicada
noutra parte do nosso jornal. Mas essa discordancia é uma
Alunas do Instituto Lusitano que foram as gentilissimas interpretes da opereta
A Volta dos Serranos no teatro Nacional Almeida Garrett, no festival
de homenagem às Beiras
Miradouro, 2
Agradecemos ao sr, Coronel Pina
Lopes as palavras de saudação que
nos dirigiu na carta que publica-
mos noutro lugar.
Palavras de fé e de confiança na
nossa modesta acção na imprensa,
tem para nós um especial valor, por
virem duma pessoa que já exerceu
altas funções politicas no nosso paiz
e que na defeza dos interesses da
Beira ocupa um posto de primeira
linha,
Sobre a construção do Caminho de
Ferro do Sul do Districto de Castelo
Branco, sentimos não poder entoar
pelaopinião des, ex.?, o. que não quer
dizer que ela nos não mereça o
maior respeito.
Tambem o sr, Coronel Pina Lopes
entende que a nossa região é pobre
e é precisamente por isso que quere
o Caminho de Ferro para a trans-
formar económicamente, Ainda as-
sim, parece-nos que se deve colocar
o problema neste pé:
Seria o aumento da riqueza provo-
cado pelo caminho de ferro bastante
para lhe sustentar o tráfego ? Nós con-
tinuamos a duvidar.
De resto, sabes. ex.º muito bem
que as circunstancias actuais não são
as mesmas de ha 10 ou 12 auos. O
que então era aceitavel pode hoje ser
digno de reprovação.
Em todo o caso achamos conve-
niente acentuar que não fazemos do
nosso ponto de vista questão cerrada.
A «Beira Nova» desejaria ver trata-
do este importante problema nas
suas colunas e por isso as põe á dis-
posição dos técnicos ou entendidos
que, para bem da nossa terra, quei-
ram emitir opinião sobre o assunto.
Muito grato nos seria — confessa-
mos — que se viesse um dia a con-
cluir pela vantagem da construção
da linha.
Relativamente á estrada do Cabril,
diz o sr. Coronel Pina Lopes que o
assunto é para ser resolvido por Cas-
telo Branco e não por Leiria,
Será.
Contudo, nós somos de opinião que
não se perderia nada — antes pelo
contrario -—-em tentar uma acção
combinada entre os dois distrietos e
até mesmo com o distrito de Coim-
bra.
Afirmando, que Pedrogam Grande
se tem, especialmente, esforçado pela
conquista desse melhoramento, não
faltáâmos 4 verdade. De facto, sabemos
que algumas individualidades em
destaque naquele concelho, designa-
damente o actual presidente da Ca-
mara, teem realisado laboriosas deli-
gências nesse sentido junto do Go-
vérno Civil de Leiria, obtendo pelo
menos muitas promessas da parte
das entidades competentes.
O mesmo se não pode dizer do vi-
sinho concelho da Sertã, onde— que
nos conste — não se arriscou ainda
um passo para tal fim,
discordancia que quasi nos hon-
ra, tal a forma corretissima co-
mo foi exposta.
Pelo visto, o sr. Coronel Pi-
na Lopes não achou o nosso
jornal folgazão, nem viu no nos-
so artigo motivo para chalaças.
E’ esta a melhor resposta que
podemos oferecer ao «Correio
da Beira».eira».
2
Beira Nova
Uma carta 4 “Beira Nova”
Ex.”º sr, Director. da «Beira
Nova»
No “Correio da Beira» de 19
de maio e com a a epigrafe
«Postal Lisboeta», o sr. José da
Sertã faz várias considerações
sôbre um futuro caminho de
ferro, através a nossa região.
Diz muitas coisas bonitas que
nos alegtam como Proencenses
e amigos de toda-a nossa região,
mas a seguir vem com a triste
realidade, é êle que o diz, «Não
será nos nossos dias». Sim sr.
José de Sertã e pode acrescen-
tar, que na presente ocasião,
falar em tal assunto é gastar
energias que bem melhor po-
dem ser aproveitadas. O sr. Jo-
sé da Sertã, confessa, no entan-
to que não leu o artigo da
«Beira Nova?; ora este jornal
não ataca esta aspiração; o que
êle reconhece e muito bem, é
que temos de ser mais realistas,
mais praticos e que não deve-
mos conscientemenie enganar-
nos. Defendamos «a outrance»
como bons regionalistas o que
está no «mot d’ ordre».
Estradas, mais estradas e de-
pois, nós ou nossos filhos,
quando as palavras não sirvam,
como agora, apenas para se per-
derem no espaço, unamos filei-
ras e defendamos o que então
nos parecer convenientes. E até
lá sr. José da Sertã, procuremos
não dispersar ou desgostar os
elementos de valor da nossa re-
gião, pois quem tenha lido a
sua local, e não conheça como V.
Ex.* o artigo do Ex.Ӽ director
da «Beira Nova» ha-de julgar
que este senhor é menos ami
go da sua terra e que se opõe
a um caminho de ferro para os
nossos sitios com a agravante
de ser director dum jornal re-
gionalista.
Conhecemos bem o sr. Antó-
nio Costa, e sabemos quanto
êle quere à sua região, motivo
porque não achamos bem, e co-
nosco muitos patrícios residen-
tes em Lisboa, o protesto for-
mulado no «Postal Lisboeta»,
Leia, sr.J. da Sertã, pelo menos
o referido numero da «Beira
Nova? e verá que não há rasão
para receios e protestos.
António de Proença
Aniversários
Passou no dia 18, 0 aniversá-
rio do nosso amigo e assinante
sr. José Farinha conceituado co-
merciante em Lisboa.
VIAÇÃO
Levamos ao – conhecimento
dos nossos leitores interessados
que a empresa de camionetas
de Pedrógão | Grande acaba de
estabelecer carreiras directas
entre esta localidade e Lisboa,
as qual se realizam-se às segun-
das, quartas e sextas. A partida
de Lisboa é às i0 horas e a
chegada a Pedrogãoas 6 da
– tarde.
As nossas felicitações à em-
presa,por taoútil melhoramento.
OS SEUS AMIGOS
O sr. carona Pina Lopes saúda
o nosso jornal
Ex;Ӽ Sr. Director do jornal
“Beira Nova? :
Recebi e tenho lido com
imenso agrado, os primeiros
numeros do jornal «Beira Nox
va», que V. Ex.º distinctamente
dirige. E
Porque se apresenta como
paladino esforçado em defeza
da nossa formosa e querida
Beira, seria, já por esse facto,
motivo mais que suficiente, pa-
rá merêcer os meus maiores e
mais sinceros aplausos.
Outros titulos, porém, o re-
comendam e impõem à minha
admiração: a maneira desem-
poeirada e independente como
encara os problemas que ao
Sul do nosso districto — parti-
cularmente interessam.
A «Beira Nova» defende
ideias novas, processos novos,
mas racionais, que são, afinal,
os unicos que podem e devem
impôr-se á consideração e ao
respeito dos homens que sabem
o que valem e para onde cami-
nham a passos seguros e firmes.
E’ um jonal em cujas colunas
transparece sangue novo, de
novos -beirões autenticos, que
de maneira nenhuma pode con-
fundir-se com a d’alguns jovens
na idade, mas prematuramente
envelhecidos pelos exemplos
de comodismo, senão mesmo
egoismo, que tão nefasta in-
fluencia vêm exercendo na mo-
cidade portugueza 2, contra os
quais, os beirões — raça forte,
heroica e decidida, que mesmo
na guerra se soube impôr —
precisam reagir por todas as
formas.
Esta carta estava começada
ha mais de quinze dias e, não
pôde seguir, por motivos de
falta de saude do seu signatario.
E ainda bem que não seguiu
logo, porque o n.º 3 de a «Bei-
ra Nova? que acabo de receber,
sugere-me umas considerações
que a bondade de V. Ex.* des-
culpará. É a sta não concor-
dancia com a construção do
Caminho de Ferro que ha-de
ligar Castelo Branco com a li-
nha do Norte em Pombal, liga-
da por um ramal da Sertã a
Tomar já classificadas e apro-
vadas superiormente,
Deus me livre de pretender
entrar em polemicas sobre este,
ou outro qualquer assunto, res-
peitante á nossa terra que, to-
dos nós beirões, afinal, deseja-
mos ver prestigiada, engrande-
cida e dignificada por todas as
formas, Mas não posso estar
de acórdo, de maneira nenhuma,
com o criterio de V. Ex, na
parte que diz. respeito á cons-
trução do caminho de ferro
que deve servir a zona sul do
nosso districto, por que nesse
sentido tenho feito tudo aquilo
que possivel me tem sido.
Na discussão do “orçamento
Geral do Estado de 1916-1917,
fiz aprovar, no Senado, uma
moção em que se consignava,
em princípio, essa construção,
tendo antes já defendido-o mes- –
mo critério no antigo jornal <A
Pátria», em artigo que foi trans-
crito, entre outros jornais, no
«Notícias da Beira>, «O Povo
de Idanha» e em os <Echos da
Beira», com palavras calorosis-
simas do seu Director e meu
saudozo amigo Dr. Abílio Mar-
çal. Critério identico, defendi
na comissão nomeada pela O.
P. para apreciar o plano ferro-
viario do País e, o mesmo cri-
terio ainda consegui vêr una-
nimente perfilhado no Conse-
lho Supeior dos Caminhos de
Ferro, quando toi convidado a
pronunciar – se ditinitivamente
sobre o assunto.
V. Ex.º labora, possivelmente,
em erro, duma maneira geral,
no que diz respeito ao caminho
de ferro da Beira Baixa e, por
isso, lhe cito aqui alguns nume-
ros tirados das estatisticas da
C, P. e referentes aos anos de
1929 e 1930, ultimas publicadas.
Movimento entre as estações
do-Fratel e Belmonte
19201950
Passageiros (as 5 cias.) 701.129 710284 | 1,5º/a
Mercadorias (tonel.) 152,550 157157 = 5,6%],
Diz V. Ex,’-e isso é uma
verdade, infelizmente— que o
sul do nosso distrito não tem
industrias; que poucos frutos
cultiva e que as florestas breve
se extinguiriam, se não fossem
repovoadas,
Mas é exactamente para se
modificar a presente situação e
crear o necessario incentivo,
que se pretende a construção
de vias de comunicações faceis
e trapidas. E, construídas que
elas sejam, tudo se transforma-
rá com relativa facilidade, julgo
eu.
De resto,
modamente o Concelho. de
Sertã com Pedogão Grande, Fi-
gueiró dos Vinhos, ete., terras
verdadeiramente beirôas e da
Beira já fazendo parte antes de
1.527, conforme no-lo dizem as
Actas das Comarcas Dantre, Te-
jo e Odiana e da Beira, do fa-
lecido professor de direito Dr.
Magalhães Collaço, ou seja
quando ainda Penela, Coimbra,
Figueira da Foz, e toda a zona
litoral até ao Douro, á provin-
cia da Extremadura pertenciam.
Sobre a estrada do Cabril,
creio que V. Ex.“ tambem não
está bem informado. O assunto
não será possivelmente resolvi-
do porLeíria, mas por Castelo
Brancoe, para o conseguir, não
se tem o Grémio Beirão poupa-
a esforços.
Posso mesmo atirmar-lhe que
tanto a Junta Autonoma das
Estradas como a Direcção de
é preciso ligar co-
ROREXCNDO O PASSADO
Sobreira Formosa e o sem foral
Recebemos do sr. P Alves
Catarino uma carta, já quando
o nosso número 3 estava na má-
quina. Por tal motivo a ela não
pudemos fazer referência, e ho-
je, cabalmente, não podemos
ilucidar – Sua Ex.” por uma ra-
zão:
Todos quantos trabalham nês–
te jornal são estudantes dos di-
versos cursos superiores, 6…
os exames bateram-nos á
porta.
Releve-nos o reverendo mais
“um forçado compasso de espera. –
Por hoje damos aqui um ex-
tracto do Portugal Antigo e
Moderno, de pag. 420, 1.º col.,
por Augusto S. A. B. Pinho
Leal.
<E’ povoação muita antiga.
D. Constança Sanches, filha
bastarda de D. Sancho 1, lhe
deu foral, em fevereiro de 1222
(Maço dos forais antigos, n.º 17)
«O rei D. Manuel, lhe deu
foral novo, em Santarem, no 1.º
de Junho de 1510.
(Livro dos forais novos da
Beira, fl, 18 v., col, 1,º)
O padre Carvalho, diz que
foi seu irmão, Gil Sanches, filho
tambem bastardo de D. Sancho
le data o foral de 1213. (que é
mais digno de crédita) diz o
que se lê no texto.>
Obras Publicas do nosso dis-
tricto, estão empenhadas em
resolve-lo e, nessa conformida-
de, ao Gremio foi afirmado,
por escrito, que breve ali irá
uma brigada estudar a ligação,
da Madeirãá com Pedrogam Pe-
queno. E julgo que tambem
não será descurado o caso da
ponte do Cabril, embora exista
uma grande dificuldade a ven-
cer. E” que o perfil longitudinal
do canal das aguas para alimen-
tar as quedas da Companhia de
Viação e Electricidade, está no
mesmo nivel do perfil transver-
sal da estrada, no ponto a atra-
vessar. Isto, importará, natural-
mente, o estudo de uma variante,
sem duvida despendiosa e difi-
cil, em presença da configura-
ção de terreno.
Mas agora reparo que, sem
querer, me estou afastando do
fim principal que me determi-
nou escrever-lhe: — Sauda-lo e
ao seu jornal, fazendo sinceros
votos para que, por uma accão
inteligente e — porque não di-
ze-lo ? — audaz, consiga impô-
lo ao respeito e á merecida con-
sideração de todos os beirões.
O momento que passa, per-
tence aos novos e, por isso,
saudando — os novos dá minha
terra e encorajando-os a produ-
zirem uma obra digna de todos
os beirões, julgo cumprir um
dever, elementar é certo, mas
muito grato ao meu coração de
beirão.
Com a mais distincta consi-:
deração me subscrevo
De Vox
– Mt? At. e Venr.
F. de Pina Lopespes
3
Beira Nova
Companhia ie le Viação de Sernache, L.’
q SERNACHE DO BONJARDIM
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——— — e8 AGENCIA EM £o mm
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pen Sertã—Amaro Vaz Martins, Ferreira do Zezere-— Augusto da pap nn
oo na Carolina, Tomar-—Julio Quico (Flor do Nabão) Telefone T. 69 LOSUIDADOS dr Ed
k Chegada] Paragem | Parti + arolina, : — Julio Quico (Flor do Nabão) Telefone T. k Ulead | Parega | Po
E ! Nicho (Alcorrio])— Antonio Galinha, Torres Novas-— Tabacaria ——
Bottã oo | 8,00 E : É do Lisboa. .-e ES 10,00 –
Sernacho …… | 820 | 10, | 880 Pessoa Amorim, Pernes—Farmacia Vidal, Santarem-—João neta E Men iso
Sdo dezere… ) : í â ir | 1420) 10″ | 14,50
oa 1010 | 107 [1020 Antonio da Costa, Praça Sá da Bandeira Rats iHo ras lo io | ea
Torres Novas .. | 11,10 | 10′ | 11,20 ? J Fo do Zezere .. | 16,10) 10 | 16,20
Santarem – 2…) 1255 | 100 [12,55 EE ACE emo Sernache …. . | 17,10) 10º | 1720
Lisboa… . … | 15,40, 20! E Sortã ai RE 17,40
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4
Beira Nova
DE TODOS OS CANTOS DA REGIÃO
ERES RS DR O O OR A SS RO ERROS ROS
Sertã
Estão concluídas as obras do andar
nobre dos Paços do Concelho. Este
edifício honra sobremaneira a Sertã,
devendo-se uma parte ao arcipreste
sr. P.e Francisco dos Santos Silva
e outras entidades em destaque no
rosso meio.
*
Esteve em Castelo Branco de visi-
ta a seus estremosos pais, a ex. Ma sra
D. Felicidade M Gomes, esposa do
nosso particular e bom amigo sr.
Abilio Augusto Gomes.
*
Foi a Setubal assistir ao Congresso
das Misericórdias, tendo já regressa-
do à Sertã, o sr, Eduardo Barata Cor-
reia e Silva ÁAcompanhou-o sua filha
sra D Maria José Barata,
*
Foram a Coimbra a-fim-de assisti-
rem á queima das fitas — tendo já
regressado a esta vila, — o sr, Justi-
no Augusto Rossi, ex.ma esposa e fi-
lhinha.
Pedrogam Pequeno
Por se ter dissolvido a sociedade
que aqui mantinha a Carreira de Ca-
mionetas, foram estas suspensas ten-
do terminado já. Consta que servira
esta terra a Companhia Viação de
Sernache, Ld.*
Chamamos a atenção de quem de
direito, para o acabamento do fron-
tespicio da Escola Primaria, que
ainda se encontra incompleto, pois
falta-lhe a figura «Minerva» que o en-
cimava, encontrando-se tambem mu-
tiladas duas pirâmides.
Tem estado doente a esposa do
nosso presado assinante, sr. Dr. Au-
gusto Henrique David.
Desejamos-lhe as boas melhoras.
Para consultar um especialista de
olhos, partiu para Coimbra a srº D
Madalena Pereira Sequeira.
Acompanham-na sua filha sr] D.
Maria da Natividade S. Alves, seu
genro sr. Francisco Alves Santos,
nosso presado assinante, e sua prima
menina Maria dos Anjos Alves.
Desejamos-lhe os melhores resulta-
dos.
O povo de Pedrogam mostra-se
agradecido pelos beneficios que vai
recebendo devido à acção persistente
do nosso amigo sr. capitão Raul
Ferreira Vidigal que apesar não ter
nascido nesta terra, a ela criou pro-
fundo amôr,
Prestando-lhe esta homenagem, re-
gistamos o esforço e a atenção que
para Pedrogam vai tendo. —C.
Estiveram nesta vila de visita a sua
familia, o sr, Abilio Augusto Gomes
e esposa, o sr. Antonio Mendonça e
esposa a sra D, Maria Cândida Men-
donça, digna professora nas Sarna–
das de Alvaro.
EM LISBOA
Tambem vimos em Lisboa ultima-
mente os srs. dr. Morais Cabral, Me-
retissimo juiz na Sertã; Dr. Henrique
Craveiro Feio, ilustre delegado desta,
comarca; P, Francisco dos Santos;
Dr. Antonio Vitorino da Silva Coelho,
mui digno Conservador na mesma
comarca e dr. Jorge Marçal, médico
em Sernache do Bonjardim.
A todos, o nosso cartão de cumpri-
mentos.
Veio a esta cidade o nosso amigo
José da Silva Calado, ha poucas se-
manas regressado de Angola, unde
residiu 15 anos consecutivos, e-que
actualmente se encontra em Pedro-
gão Pequeno.
Apresentamos-lhe os nossos cum-
primentos.
Tivémos o prazer de cumprimentar
ha dias o nosso estimado conterra-
neo, sr. dr Angelo Vidigal, que já
regressou à Sertã, onde é ilustre mé-
dico municipal,
-Acompanhavam-no, na sua visita á
capital, s. exma esposa e sobrinha,
Avisitadosr.Governador Clvil
ao concelho de
De visita a este concelho, esteve
no dia 15 nesta vilas. exà o Gover-
nador Civil deste distrito sr. dr. An-
tonio Afonso Salavisa que se fazia
acompanhar dos srs. capitão Guedes,
presidente da Junta Geral; engenhei-
To Andrade e Sá, director das Obras
Públicas; drs, José de Oliveira, Roba-
lo Cordeiro e Rosario Marques, pro-
fessores do liceu. Foram esperar s,
ex.º ao limite do concelho. os srs,
administrador do concelho, vogais
da Comissão «sdministrativa Munici-
pal e representantes da União Nacio-
nel,
S. exa foi recebido á entrada da
vila pelo funcionalismo público, cle-
ro, comércio, muito povo e pela ban-
da da Filarmonica Proencense que
tocou a «Maria da Fonte», sendo quei-
mados muitos foguetes e morteiros,
seguindo entre vivas para a Camara
Municipal onde se realisou a sessão
solene dando-lhe as boas vindas o
administrador do concelho sr, capi-
tão Farinha Mateus,
Também discursaram os srs, Alfre-
do Lopes Tavares, presidente da
União Nacional concelhia, João Ri-
beiro da Cruz, presidente da Camara
Municipal e sub-inspector de saúde
sr, dr. Acúrcio Castanheira.
O sr, Governador: Civil agradece-
ceu as manifestações de simpatia
com que foi recebido, manifestações
que considera dirigidas à Ditadura
pela obra reaiisada.
Encerrada a sessão, s. ex.? dirigiu-
-se a uma janela dos Paços do Con-
celho e ali agradeceu ao povo as ma-
nifestações que lhe tributaram. Se-
guiu-se o Porto de Honra onde fala-
ram os srs. cónego Sebastião José
Alves e dr. Nunes da Silva, oficial
do registo civil. Em seguida organi-
sou-se um cortejo, acompanhado da
filarmónica, que se dirigiu para os
novos marcos fontenários atim de
proceder à inauguração; finda esta,
foi s, ex? visitar as escolas oficiais,
sendo recebido pelos professores e
alunos, cantando estes, acompanhados
pela filarmónica, o hino nacional que
produziu um belo efeito. O professor
sr. João Mateus Bartolo apresentou
as saudações do professorado e elo-
giou a obra do Governo da Ditadura
Fez ver ao sr. Governador Civil as
péssimas condições higiênicas e pe-
dagógicas em que se encontram as
escolas e o esforço dos professores
em prol da instrução, pedindo o va-
lioso auxílio de s. ex,2 para a cons-
trução de um edifício escolar de que
esta vila tanto necessita, A menina
Júlia Gonçalves e Silva ofereceu em
nome das alunas, um lindo ramo de
flores ao sr. Governador Civil que
agradeceu, beijando-a. “a
O ilustre visitante dirigiu-se em se-
guida para o hospital da Misericór-
dia onde o sr. inspector de saude lhe
mostrou o estado de abandono em
que este se encontra. pedindo-lhe
providencias. S. ex. entregou, na
sua visita a esta casa de caridade, a
quantia de 50800 para os pobres da
Misericórdia,
O sr. dr, Robalo Cordeiro, vogal da
Junta Geral do Distrito, que acom-
panhou o sr. Governador Civil na vi-
sita ao hospital, disse perante s. ex,“
ea Mesa Administrativa que, exami-
nando o orçamento e contas desta
Misericórdia, teve o ensejo de verifi-
car a boa aplicação do dinheiro à sua
guarda, propondo numa das últimas
sessões da Junta Geral que esta cor-
poração fosse elogiada.
Depois destas visitas, dirigiu-se-s.
ex? e comitiva para o palacete «Mi-
nas», onde às 20 horas teve lugar um
banquete de 60 talheres. Findo o
banquete, trocaram-se afectuosos brin-
des, agradecendo, por último o sr,
Governador Civil, testemunhando
mais uma vez o seu reconhecimento
pelo carinho com que foi recebido.
ex.à e comitiva retiraram para
Castelo Branco às 2 horas do dia 16,
Também assistiu ao banquete a sr.?
D. Encarnação de Bastos Afonso Sa-
lavisa esposa do sr, Governador Ci-
vil, bem assim as srs.ºs D, Sara da
Silva Cavalheiro, D. Maria do Carmo
Alves Catarino, D. Aurora Alves Pe-
Proença-a-Nova
reira, D. Leopoldina Amélia Calado
e D. Adelina Fernandes.
Na receção ao sr, Governador Ci-
vil fizeram-se representar as Juntas
de Freguesia de S. Pedro do Esteral,
Peral, Montes da Senhora e Alvito
da Beira,
Vieram assistir á recepção os nos-
sos conterraneos sr, José Alexandre
Cardoso, funcionário aposentado do
Banco de Portugal; José Pereira Da-
masio, Carlos Queiroga Tavares e
Francisco Farinha Tavares, este in-
dustrial em Fundão e aqueles comer-
ciantes em Lisboa.
Também quizeram dar-nos o prazer
com a sua presença nestas festas os
srs. Estevão Afonso Pinto, tesoureiro
de finanças em Idanha-a-Nova; Joa-
quim Nunes Campino, notario em
Vila de Rei; Abiiio Tavares e .º João
Crujeiro, de Castelo Branco; P.e Ma-
nuel Fernandes, pároco em S. Pedro
do Esteral e Joaquim Faia Rombo,
professor primário no mesmo lugar.
E’ digna de todo o elogio a actual
Comissão Administrativa Municipal,
principalmente o vogal sr. Joaquim
Antonio Tavares pelos esforços que
empregou para que esta vila fosse
dotada com tão grande melhoramento
(abastecimento de aguas), como taia-
bém é digno de todo o louvor o en-
genheiro sr. Carlos da Silva Cavalhei-
ro, pelo trabalho que teve com o pro-
jecto de abastecimento das aguas. de-
Pósito, canalisação e sua distribuição
pelos marcos fontenarios e bocas de
incendio,
Neste grande melhoramento os ha-
bitantes de Proença não devem es-
quecer o sr. Joaquim Dias Bernardo,
que iniciou as obras da mina donde
vem a agua para os marcos fontena-
rios que o sr. Governador Civil inau-
gurou. — €,
A sua passagem por Sobroira Formosa
Mez de Maio, mez de flores!
Dia 15, domingo. Apezar do ceu
por vezes se nublar e por veses tam-
bem cairem uns ligeiros chuvisquei-
ros, Sobreira Formosa,—formosa de
nome e formosa pela conducta e pela
leal hospitalidade dos seus habitan-
tes, vestiu-se de gala naquele dia,
Porque ?
E’ que aguardava a visita do ilustre
Governador Civil do Districto, Ex.mo
Sr. Dr. Antonio Afonso Salaviza.
—Do alto da velha torre, o velho
relogio bate as onze badaladas. O es-:
talejar de um foguete avisa-nos de
que é o momento oportuno para nos
reunir-mos, e seguimos para o local
aonde se deve aguardar a chegada de
Sua Ex.
—A’s 1] horas e30 partem em auto-
movel alguns membros da Comissão
Administrativa da Junta de Freguezia
e da União Nacional para a ponte do
Alvito ao encontro do Chefe do Dis-
tricto.
A massa do Povo aumenta cons-
tantemente,
Do alto da Portela da Lameira, ou-
ve-se ás 12 h, e 50 m, um foguetão
anunciando-nos que se aproxima o
ilustre visitante, Chega o automovel
e Sua Ex: é cumprimentado pelas
pessoas mais categorisados da Sobrei-
ra, Começam os primeiros «vivas» ao
Governador Civil, Chefe do Estado,
Liga 28 de Maio, etc. etc.
—As janelas dos predios que cir-
cundam a estrada, como por encanto,
são ornamentadas com lindissimas
colgaduras e, todas essas janelas es-
tavam apinhadas de senhoras que
Jançavam sobre Sua Ex, verdadeiras
nuvens de flores, a tal ponto, que a
estrada ficou literalmente coberta de
petalas.
Os «vivas» eram constantes e o en-
tusiasmo aumentava cada vez mais!
— Chegamos ao largo da Devesa :
Da escadaria que dá acesso ao belo
edifício escolar até à entrada do largo
(mai- conhecido por boca da Devesa),
os alunos dos dois sexos das cinco
aulas, formados em duas fileiras, em
numero superior a 500, aguardavam
Sua Ex.: cantando a «Portuguesa», O
chão entre as duas fileiras formadas
pelas criancinhas–verdadeiros sim-
bolos da inocencia-era um lindo
tapete feito por petalas de rosas.
Entramos no edificio escolar, e,
numa das suas salas foi oferecido um
Porto de Honra e Sua Ex.’ e Comiti-
va, sendo-lhe dadas as boas vindas
pelo digno Presidente da Comissão
Administrativa da Junta de Fregue-
sia, Ex.m» Sr, Claudio Dias Lourenço,
que no seu belo discurso, expoz a
Sua Ex.: as necessidades mais urgen-
tes de que carece a freguesia cuja
administração lhe está confiada.
Seguiu-se no uso da palavra o digno
Presidente da Junta Geral do Distri-
cto, sr. capitão Guedes da Silva que
agradeceu a forma carinhosa como
fora recebido, prometendo o seu
concurso para as justas aspirações da
Sobreira, e, enalteceu as boas quali-
dades do Povo Sobreirense,
A seguir, Sua Ex.: o Governador
Civil, um brilhante discurso, analisou
detalhadamente afórma honesta como
o Governo da Ditadura tem dirigido
os interesses do País, agradecendo a
grande manifestação que lhe foi feita,
declarando que a considerava como
se tivesse sido feita ao Governo
Central.
—O Exmo Sr, Dr. José de Oliveira,
professor do liceu de Castelo Branco
com palavras cheias de entusiasmo,
tambem agradeceu o carinho como
fora recebido e enalteceu as qualida-
des de trabalho, disciplina, e hones-
tidade dos Sobreirenses.
Todos os oradores foram colorosa-
mente aplaudidos.
A seguir, Sua Ex, visitou as salas,
amplas, da Escola; e, no largo corre-
dor do edificio um grupo de meninas
cantam o hino «Maria da Fonte» e ao
mesmo tempo lançavam flores sobre
Sua Ex.’, tendo Sua Ex. beijado algu-
mas dessas criancinhas.
O entusiasmo aumentava cada vez
mais ! Apesar de ter caido uma forte
batega de agua, o povo não arredou
pé do large da Devesa.
Sua Ex. depois determinada a vi-
sita ás dependencias do edifício es-
colar, dirigiu-se ao seu automovel
afim de seguir para Proença-a-Nova,
passa por entre áquela grande massa
de povo que estacionava no largo da
Devesa, que respeitosamente se des-
cobre e a aclama.
Sua Ex.? já no estribo do seu carro
e querendo fechar com chave de ou-
ro a grande manifestação que lhe
fora tributada deu um «Viva á So-
breira» que foi correspondido com
delirio; depois, o povo dispersa na
melhor ordem,
Povo Sobreirense!
Eu já sabia qne és hospitaleira,
trabalhador e bom,
Para demonstrar o teu civismo, na-
da mais é preciso do que ver a fórma
como espontaneamente acorreste pa-
ra saudar o Chefe do Distreto!
Bem hajam dignos leitores e di-
gnos sucessores do Grande Pastor
que se chamou Viriato!
D. Maria Amélia Ferreira Vi
menina Judite Vidigal Marinha.
Tambem vieram a Lisboa: o sr.
Abilio da Paz Medeiros e sua filha,
ex.ma sra D, Dulce Medeiros, e o sr.
Francisco da Silva Barata e esposa, —
nossos prezados assinantes,
Cumprimentos da «Beira Nova».
Tivemos o prazer de cumprimentar
e corresponder à sua amavel compa-
nhia, o nosso amigo sr. Manuel Car-
doso Ferreira de Matos, socio das
conceituadas firmas Abel L. Martins
Lda e Matos & Matos, a primera com
a sua séde em Lisboa; a segunda em
Sobreira Formosa. / E
Acompanhava-o o seu primo Simão
Pires de Oliveira
Tambem abraçamos, dias depois o
nosso amigo Lino Ferreira de Matos,
socio das mesmas firmas,
Aos três desejamos uma feliz via-
gem de regresso,
Tem estado em Lisboa, acompanha-
do de s. ex.ma esposa, a tratar dum
empréstimo na €,G. dos Depósitos,
para a Empresa Electrica Sertaginen-
seo sr. Antonio Costa, Director da
mesma empreza. Oxalá que consiga
tal emprestimo e que muito em breve
vejamos iniciadas as obras para a
barragem.