A Comarca da Sertã nº77 05-02-1938

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us era ninguém.
DIR EGCTOR, EDITOR :
Cuando Sarata da f lua CRrneia
es PROPRIETARIO
do
a
Ê PUBLICA-sE Os SAsaADOs
j REDACÇÃO E “ADMINISTRAÇÃO.
RUA SERPA. PINTO-
SERTA?.
a
“AMENÇADO.
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
“ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA 0a SILVA CORREA]
É Goat Inara
RMFA DA DA SERIA
emo dg hntari
, SERTÃ
“ANO mo
“Nº 7
Teldomaári regionalista, independente, efencor ins a ta comarca da Sertã: Concelhos le Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e-Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (io congela le ação)
FEVEREIRO
198388
Ná uia quinzena, O SA
mimstro das Obras
Públicas e Comunicações concedeu
à Direcção Geral dos Edifícios
e Monumentos Nacionais, para
obras em diversas capelas, sés ca-.
tedrais, igrejas matrizes e con-
ventos, que constituem uma parte:
imporiantissima . do património.
nacional, muntos malhares de es-.
eudos.
Quando chega a vez de anos: |.
sa. igreja matriz — templo anti-
quissimo, amplo e formoso, de
arquitectura gótica no seu inte-
rior, formado por três naves e
guairo tramos, aquelas separa-
das por elegantes arcaturas sóbre
grupos de pilastras — ser consi-
derado monumento
que tem todo o direito, e conse.
ú entemente receber as beneficia-
ções que na quere, para amanhã
se lamentar a sua
E dee ente
Do burgo atribuir à Co
sa sôbre falta de. higiene, e qu
= mais prontamente fere. a nossa
sensibilidade. ; dh de :
— Estão as ruas cheias do no
zo € as valetas tresandam por |
águas sujas que nelas se laúçams:
Porque. Se não viwrem as ruas e |.
lempam as valetas? Perguntam.
— Mas esquecem-se que são mui- |
tas centenas de pessoas a sujá-las |
“e apenas dois bobres homens a
limpá-las! Acaba de se varrer
agora uma artéria. qualquer,
mesmo de pouco movimento, pa |
ra; passadas umas horas, estar
peada de porcaria.
Tóda a gente se julga no direis’.
to de fazer esterco, desconhecendo
o respeito que deve ter. pelos ou
tros, cainguém olha para Si.
Numa terra, onde a maior
parte dos habitantes. desconhece
os mais elementares preceitos de
higiene, só resta aplicar a as pos.
ulds com todo O ago
mo
A ia a não dades mr
“passado desbercebida a
forma, irregular como, dos sába- |
dos, estão: dispostas, “ entrada:
da rua do Soda junto á
Praça da República, as camione-
tas que transportam o peixe ao
mercado; por vezes há dificulda- |
de em romper aquela muralha,
cheia de tortuosos mendros, fre-
quentemente intransponiveis, por-
que-nos acanhados espaços entre
as viaturas ainda os senhores
sardinheiros colacam as canas-
tras,
Porque não se hão de arrumar
as camionetas, em fila, ao lado
direito da. E. N.º? Desabarece-
riam, assim, todos os obstáculos
– do-trânsito e seim.
nacional, a |,
puado para a atenção do hóspede
da
| TICO, é
tigas pes sertaginenses.
un tudo o que para aí se pas- |
inconvenientes É
“PRESENTA hoje a a aos de
tores a fotogravura do Castelo
da Sertã, e ainda bem para
gâudio patriótico de tantos
em sertaginenses que lá bem longe
e dará que lhe deu o húmilde berço, se |
presam das glórias do ninho paterno.
” Infelizmente, não se trata já da heroica
defesa levantada por Sertório, no ano 74.
(a. €.), por ventura a feição. mais caracteris-|
tica da vila através da sua. “história mile-
nária. Trata-se | apenas dum simulacro, arre-
medo ou simples imitação, “Que, aprovei-
tando “a à tradição local; dã“ao sítio o cunho.
militar das passadas eras, .e à vila: ponto,
urioso, –
e bem cust
sem das ida aquele.
Castelo e vista
PES aes
Mais de que muitas vezes por ali se con-
fundiria, na mesma ânsia de Vitória, o san-
gue de defensores e invasores, e quando mais
tarde lá ecoou o glorioso sartago stermit,
“sartagine hostes — séria pará glorificar não só
o heroismo de Celinda, mas o de muitos ou-
tros FAS nimos, esquecidos pela | história,
RO
À incúria dos homióho: peor que a acção
domolidora do tempo, e que ela mais crimi-
nosa, por representar desprezo e maldade,
deixou cair por terra o que para sempre
era digno de conservar-se erguido.
Destruida a permitiva construcção, cujas
relíquias foram aplicadas no século 18, no
aumento de dois arcos da ponte da Carvalha,
ficou apenas no monte, solitária como uma
sentinela sem armas, a capela de S. João
do antigo Hospital de Jerusalém (Ordem
de Malta) que desde 1195ali tem seu assento,
Como, porém, um mal nunca vem só,
sucedeu que também para sinal dos tempos,
o próprio templo viesse, pelo mesmo motivo,
a cair em ruina.
Alagados os telhados, ficou de pé a Ca-
pela-Mór, garantida pela” abóbada de reves-
timento. Os restantes inatériais — madeiras,
cantarias e telha = foram vendidos em hasta
pública. Dentro continuava a tribuna de boa
talha renascensa, sujeita a todos os estragos
do temporal e do rapazio. |
Confesso: doia-me aquela ruina, pelo.
que representava de grandeza espiritual e
nobreza histórica para as tradições da mi-
nha terra, outrora tão gloriosa.
Como a. capela, seduziu-me também a
ideia do Castelo, e então pensava no intimo
dos meu ‘* devaneios de velho: Será acaso
parcial da Sertã
dum leigo) que sobre elas se poderia erguer,
“com as devidas cautelas, uma torre acaste-
telada que simbolizasse o antigo Castelo
lusitano.
Consultado o Exmo Sr engenheiro Joa-
quim Barata. Correia, nosso ilustre patrício, |
foi S. Ex.” de parecer favorável, guardadas
| que fossem certas precauções para prevenir
consegiências desagradáveis.
Começava a amadurecer o plano para
que me sentia irresistiveimente atraido,
– Trocada correspondência com o malo-
grado P.º Maximiano Rafael Baptista, de tão
saúdosa memória, para obter fundos da |
Colónia Sertaginense na Africa Oriental, tive
em resposta não só o apoio à minha pro-
posta, mas ainda a promessa de que, pos si
só, garantiria. o capital preciso.
Com efeito, recebida de S. Ex.º a quantia
de 15:000 mil escudos, a que ainda se jun-
taram outras ofertas particulares, tudo num:
total de 16:584854, foi possivel dar começo
às obras, em que se gastou até ao presente,
(Continua na q.º página)
tempo, com sol brilhante,
acariciador e apetececido, tornou
o mês de Janeiro ideal e se as
andorinhas tivessem regressado
dir-se-ia que estivamos em ple-
na Primavera.
ER TA
oo lavradores teem aprovei-.
tado o tempo magnifico
dus últimas semanas para, inten-
samente, fazerem as suas cultu-
ras. .
CR
E publicações de alguns
artigos nêste jornal, tra-
aem, por vezes, protestos de al-
guns assinantes e leitores, que
discordam da matéria expendida
e fasem- -nos sentir as suas recri-.
minações. á bom. saber-se que,
deste que ês.
| dida por aqueles que não estão so
lTeivados de extrema contumácia.
“Não podemos coíbir ninguem
de expressar o seu pensamento q
a sua ideia dentro da coerência
razodvel, dentro dos limites da
boa educação e do respeiio que,
qualquer «e nós, deve aquele que
pensa de modo diferente. ;
E não é possivel exigir que |
todos pensem, da mesma forma.
O. que é priciso, isto, sem divida
nenhuma, é que sejamos justos,
tolerames e razodvels.
Mas, em vez de nos assacarem .
culpas, que não nos cabem, não é
preferivel rejutar publicamente,
hor escrito, as afuimaçães conti
das nessas “publicações 2
Sim, porque da discussão mas.
ceu dus, a luz perene da Ver.
dade.
E
ECONHECENDO – SE:
“que a curva da estra-
da em o da casa da srº D.
Luiza Mendes é muito estreita,
alguém lembra que o seu alarga-,
mento será facil de fazer, bass
tando cobrir a levada até à altu-
ra da parede próxima da Fonte
da Pinta, construindo um resis-
tente muro de suporte do outro
lado da levada, e lançando, de-
pois, a camada de terra sôbre a
cobertura.
E uma ideia que pode ser
aproveitada, a não ser que haja
alguma outra de melhor realiza-
ção e de resultado mais sati Cs
tório. !
“Teu
cadas.
DRDOMRRERADHA HMA
Sd procedido a peque-
“nas aa das cal-
AAA
A Junta de uia da
Beira Baixa abriu com-
curso, por 30 dias, para o pro-
vimento do lugar de secretário –
de 2.º classe, da sua secretaria.
E e doçura do:
!
:
!
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oem.
Pinturas.
A COMARCA DA SERTA’
Concerto. Musical
“No domingo. Dado. das
13 às 15 horas, a Filarmônica
União Sertaginense executou
um concerto no Ádro com o
seguinte programa:
* «Agradecido», passo- -dobra-
do, de A. Teixeira; «Interrom-
pida», valsa, de O. Metra ;«El-
vira», polka de concerto, em
sax-alto, de A. Teixeira; «Ro- |
“tharia de Santo: Hilário» de
‘ Pina; «Sorhando em Bagdad».
“Foi ouvido com muito gra-|-
to, sendo pena, quea tarde,
demasiado fresca, não. permi-
tisse a presença de muita
gente, com o sempre sucede.
tar aro
Melhoramentos públicos .
RECTIFICAÇÕES |
No
lho de 1936 e 86, 2.º série, de
13 de Abril de 1937, onde se
“Jê a seguinte designação dos |
trabalhos: «Construção de um’
chafariz em Feiteira e chafa-
riz e lavadouro em Sorvel
Fundeiro, freguesia do Figuei-
redo», deve ler-se: «Constru-
-. ção de uma fonte em Sorvel
– Fundeiro.» (Do B. G. de 21
de Janeiro).
No «Diário do Govêrno»
º 151, 2.º série, de 1 de Ju-
fio de 1936, a p. 3215, onde se
lê a seguinte designação dos
trabalhos: «Construção de
chafariz e lavadouro em Naves
e Vale Godinho, freguesia do
Marmeleiro», deve ler-se: «Con-
servação de uma fonte em
Vale Godinho». (Do D. G. de
22 de Janeiro).
AVR
NECROLOGIA
D. Conceição de Jesus Silva
Cavalheiro
“No dia 23 do pretérito mês, fa-
leceu na vila de Proença-a-Nova,
“a Ex” Senhora D. Conceição x
Jesus Silva Cavalheiro, de 73
anos de idade, mãi remos To sie
ma da Exre Sr“ D. Sara da
* Conceição Silva Cavalheiro e do
nosso presado amigo e assi-
É nante sr. Carlos da Silva Ca-
valheiro, agente Técnico de Emn-
genharia, de Castelo Branco. e so-
gra do, também, nosso presado
amigo é assinante sr. João Cri-
sostomo Gonçalves Manso, Che-
Je da Secretaria da Câmara Mu-
micipal daquele concelho.
A extinta, pela sua afabilidade,
qualidades de carácier e coração,
era sinceramente estimada e por
isso a sua morte foi muito’ sen-
tida. O funeral foi muto con-
corrido.
A” ilustre Familia entutada
apresentamos a fiprgos do nosso
– pesar..
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Leva a exames
PENSÃO BRANCO.
Professora
“Advogado SE RTÃ
«Diário do Govêrno».
n.º 152, 2º série, de 2 de Ju-.
Telefone 30
SERTÃ.
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Figueiró, conhecido no pais
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que procuram apoderar-se
da fama desta marca.
– REGEBEM-SE ENCOMENDAS
António Tamagnini
RAIOS X
— TOMAR
BBEGOSDODODODDODoa Ha bancos conoocoDa
ANUNCIO
Q publicação)
Por êste se anuncia que no
dia 6 do próximo mês de Fe-
vereiro, por 12 horas, à por-
ta do Tribunal Judicial des-
ta comarca, se há-de proce-
der à arrematação em hasta
pública dos predios a seguir
designados e pelo maior pre-
ço que fôr oferecido acima
dos valores respectivamente
indicados.
PREDIOS
1.º-—Uma terra de cultura,
nos limites da Ribeira Sar-
deira. foreiro a João da Silva
Serdeira, de Milheiroz, em
três alqueires de trigo digo, em
três quartas de trigo e uma
franga. Vai pela segunda vez
tá praça no valor de cento e
cincoenta escudos-—150800 |
2º-—Uma propriedade ve
terra de cultura, com olivei-
ras, arvores de fruto, um po-
ço com engenho e casa de re-
sidência de altos € baixos, na
Estrada, freguesia do Cas-
telo, foreira a D. Georgina de
azevédo Bártolo e marido
Dr. Bernardo Ferreira de Ma-
tos, residentes em Lisboa, em
cinco alqueires de trigo e um
frango. Vai pela segunda vez
à praça no valor de novecen-
tos escucios.— 900800.
Penhorados na execução
por custas e selos, em que é
exequente o Ministério Pú-
blico e executado Manuel Lo-
pes, casado, proprietário, do
logar da Estrada, freguesia
do Castelo, como consta da
carta precatória vinda da co-
marca de Vila Franca de Kira.
São por êste meio citados
-| quaisquer crédores incertos
para assistirém á arremata-
ção nêste anunciada,
Serta, 24 de Janeiro de 1938.
– Verifiquei.
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O chefeda 2.º secção,
José Botelho da Silva Mourão
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uma nova carreira, além da que já está estahelecida entre Lisboa — Oleiros e vice versa
AOS DOMINGOS
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Chegada a Santarem 9-15
Saida 9-20
» Pernes “10-00
» Torres Novas 10-35
» Tomar 11-20
» Ferreira do Zezere 11-00
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» Sertã. 13-20
Saida 14-00 1
» Cesteiro. 15-05
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H.M.
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Chegada ao Cesteiro .. 15-50
» Sertã 16-55
Rd Saida 17-30
» Sernache
Saida 18-00 |
>» – Ferreira do Zezere 18-55
“ Saida 19-00
» Tomar 19-40
» Torres Novas 20-25
» Pernes 21-06
>» Santarem 21-40
» Cartaxo 22-10
» Vila Frânca er -10
». Lisboa o 10
Foram estes Marais estabelecidos de harmonia com as mebndes ia região, gvi-
tando assim um menor dispendio de tempa ás
pessoas que 0s seus afazeres chamam à Capi-
tal, pelo que esta Companhia espera que OS-seus clientes correspondam a mais esta vantagem, –
não deixando de utilisar os seus carros.
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CARDIGOS PORTUGAL É
Premiada em tôdas as exposições a
que tem concorrido:
Universal de Paris em 1900; — Palá-
cio de cristal – Porto em 1903-1904
=S. Luiz, E. U. da América do Norte
em 1904; — Rio de Janeiro, E. U. do
Brazil, em 1908 e 1922; Grande Pré-
mio de Honra Grand Prix na Exposi-
ção Industrial Portuguesa 1932 – 33
Recomendada por alguns Ex.mos, e,
“Reverendissimos prelados, mencio»
nada honrosamente nos Boletins Eclesl
siasticos de várias Dioceses e delos
giada por muitos respeitaveis, virtuo=
sos e dignos Sacerdotes do Continen-
te, Ilhas e Ultramar
Talent & Ramalho, É
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Mosnanora Das Ávemoas [HLBANO LOURENÇO DA SILVA
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Sertã a Lisboa
Lisboa a Sertã (regresso)
Localidade Cheg.- Parag. Part. Localidáde Chem. Parag. Part. Localidade
Sertã : O 7,45 | Lisboa. . — — 10,00 |Pedrôgam Pequeno
Sernache do Bomjardim 8,05 0,05 8,15] 2antarém. 13,00 0,15 13,15 |Ramalhos ..
Ferreira de Zêzere 9,05 0,05 9,10]Torres-Novas. 14,35 0,05 14,40 |Póvoa R. Cerdeira
Tomar . 950 0,10 19,00kTomar . ; 15,30 0,10 15,40|Sertã . ..
Torres Novas. 10,50 0,05 10,50]Ferreira de Zêzere . 16,20 0,10 16,30 |Pivoa R. Gerdeira.
Santarém 12,15 0,20 12,35! Sernache do Bomjardim. 17,10 0,10 17,20 |Ramalhos
Lishoa 15,90 — — islã . E 17,40 — — |Pelrógam Pepuena –
NÃO SE HFECTUA AOS DOMINGOS
CAMIONETES ENCARNADAS—A «Companhia Viação de Sernache, Lar
oa a responsabilidade de eso OS seus serviços.
NÃO SE EFECTUA£AO DOMINGO
Entre Pedrógão Pequeno, Sertã e Vice-Versa Entre Sertã — Oleiros
Gheg. Parag. Part, Localidade Cheg. Parag. Part,
o — — 6,30] Sertã ac — -— 8,00
. 650 0,05 Ti5lMaxal. 18,15 0,05 18,20
+» 110 0,05 6,55 Alto Cavalo . 19,00 0,05 19,05
– 230 10,80 7,15] Cesteiro 19,15 0,05 19,20
. 1820 0,05 18,25] Oleiros So do
– 1840 0,05 18,45 ÀS 2.º E SEXTAS FEIRAS
– 19,00 — — loiros o E GOD
Cesteiro 6,10 0,05 6,15
Alto Gavalo . 6,25 0,05 6,30
Maxeal mos 110 005 21,30
dera . o. 70 — us
a’S TERÇAS E SABADOS
1750750@@@ 1 @@@
re Ens eEad Geseiede ros
Rail não deixe de pu
Em defesa da “Pe-
‘quena Imprensa”
 rapresentação entregue ao ilustre Ghe-
fe do Govêrno, Sr. Doutor Oliveira Salazar,
pela «Liga Regionalista Portuguesa»
Escelentissimo Senhor Doutor Oliveira
Salazar, ilustre Presidente do Ministé-
rio e Ministro das Finanças
EXCELENCIA;
A «LIGA REGIONALISTA POR-
– TUGUE. A» organizadora do I CON-
GRESSO NACIONAL DA IMPRENSA
REGIONALISTA vulgarmente chama-
da PEQUENA IMPRENSA, apresen-
tando a Vossa Excelencia as suas res-
peitosas saudações, pede vénia para
expor ao alto critério de Justiça de
quem tão ptrióticamente dirige, hã
– uma década, os destinos de Portugal, o’
“q seguinte:
Do norte ao sul do País, denodados
“apóstolos do REGIONALISMO, aglo-
me-rado de regiões que compõem a Pá-
“tria, votaram-se ao nobre ideal de, pela.
augusta tribuna da IMPRENSA, con-
– fribuirem para o progresso das respec-
tivas regiões, reclamando quanto nêsse.
“ja vultoso periodo de vigência da nova
doutrina, se tem feito, mercê da-fórça
impulsora que V, Ex, tem insuílado
pelo nobre «xemplo a quantos, nas va-
rias autarquias concelhias, contribuem
com o seu estôrço para tornar grandio-
sa a obra do E tado Novo. E’ a gran-
– de «Pequena Imprensa», Excelência,
que tem propasado a vossa, doutrina,
a aos mais recônditos lugares do
aís, onde a «Grande Imprensa» não
chega. tem levado o vosso nome ilustre,.
como principal orientador da grande
obra já realizada, tornando conhecidos.
todos os melhoramentos que têm !evado.
o progresso até aos mais obscuros lu=
garejos, toda a colossal obra de reno-
vação social realizada depois da Revo-
lução de Maio de 1926, e
– Sabeis, Excelência, quão precária é
“a situação económica das empresas
-que se abalançaram a editar os peque-
nos jornais da Provincia, ultimamente
agravada com o enorme aumento do
: preço da sua principal matéria prima.
-— o papel: sabeis quão exigua é a
contribuição dos assinantes que a aúxi-
* liam, sendo impossivel elevá-la, pois
tal medida acarretaria a diminuição de
leitores; o que seria até inconveniente
para o Estado, pela restrição da pro-
paganda; sabeis igualmente, que a re-
eita provenfente dos anuncios dos jor-
” mais da província, é, em regra, uma |
protecção
a região, e ainda, que o ANÚNCIO
– JUDICIAL, muitas das vezes publicado
GRATUITAMENTE, ou com reduções
que vão até 7 ,/º do preço à linha, nos
termos da legislação em vigor, quando
-pagos, têm as empresas que esperar
* por êsse pagamento, doze, dezoito e
quantas vezes mais meses, para a en-
trada em caixa dêsse numerário.
“Lutando ainda com a concorrência
dos órgão da «Grande Imyrensa» que,
a titulo de inquéritos, entrevistas, pro- |
– pagaudas especiais e, quási sempre,
impondo-se por altas protecções, con-
seguem das autarquias locais e do co-
mércio indigena, o que deveria perten-
cer, por direito, ao jornal local, –
E’ nestas penosas circunstâncias,
Excelência, que vem o Decreto n.º
22822 tornar «inda mais ‘critica e an-
ustiosa a vida do jornalismo nas al-
feias |
Tal decreto chega a tributar, contra
“todos os preceitos do Direito Fiscal,
“ onde não há incidência, nem matéria
tributável, ou ainda quando não é co-
nhecida a importância que virá, num
futuro ignorado, a ser cobrada pelos
anúncios judiciais e outros, como os de
Execuções Fiscais Administrativas que, |
de ordinario, não chegando o produto
das arrematações a cobrir o crédito da
“Fazenda Nacional, não recebem as em-
presas jornalísticas por êles, um
centavo !.
E de ponderar, será, Excelência, ve-
– rificar-se que os órgãos da «Grande
Imprensa», que tão fartos réditos pos-
suem, não publicam anúncios judiciais,
isto é, não contribuem com essa publi-
cidade a favor do Estado, e, se algum
publicam, é o chamado anúncio de in-
– terêsse de partes que, é pago integral e
– adiantadamente, :
Esperando, pois, como é de Justiça,
que ordeneis a suspensão do que, na
parte respeitante à «Pequena Impren-
sa», quanto a anúncios preceitua o
Decreto n.º 28222, temos a honra de
vos apresentar, Excelência, os protestos
da nossa mais elevada consideração.
— ABem da Nação
Lisboa, 5 de Janeiro de 1938,
Pel’ A Liga Regionalista Portuguesa y
O Presidente
(a) Gilberto Marques
D’O Regionalista
G0020600009905989008D0OBGA DOGDDOG500D0D
Instrução
Regressou à Sertã tendo
reassumido o exercicio das
suas funções no dia 1.º do
corrente, a professora da es-
cola masculina, sr? D. Delfi-
na da Ressurreição Tavares,
OMARCA DA SERTA!
(NOTISIARIO
Divarsas Noticias
» CUMEADA,27— A invernia rude dêste ano, produziu,
como era natiral, os seus efeitos, Taivez devido à isto e 4
incúria dos homens as e-tradas desta terra encontram-se
num estado miseravel. du e
retórica, –
– – E’a reilidade, a triste realidade, Sobretudo a estrada
que liga esta terra com a Sertã encontra-se úum estado
confrangedor, de
Ultimamente várias famílias que de Lisboa ou doutros
pontos do País se dirigem para aqui, passam os transes mais
angustiosos, No sede do concelho os automobilistas dificul-
tam-s., com muita razão a vir aqui.
| ‘Pode-se dizer sen exagero que esta estrada encontra-se
intransitâvel; or isso os nossos azeites, resinas e cortiças,
madeiras, etc. estão sendo muito desvalorisadas.
O médico, em caso de necessidade, não pode prestar
portuguesa. se no
No Vale de S, Gião encontra-se uma curva que causa
calafrios, . :
Um pouco de descuido do motorista pode provocar uma
«tragédia. Ora é contra isto que vimos levantar a nossa
voz. Temos direito a fazer parte do mundo civilizado com
uma estrada moderna, Apelamos para a nova junta e sobre-
tudo para o actual Presidente do Câmara, Exm’ Sr, Dr.
Carlos Martins, espírito moderno, aberto às ideias alevan-
votados amigos, muito dado aoculto ‘de Santo Humberto.
Nao «e julgue que é força de expressão ou flor de
tadas, grande amigo desta terra onde tem numerosos e de- |
OS NOSSOS CORRESPONDENTES)
Chegaram elementos oficiais a examinar de perto o
assunto: Pensámos que fôsse o principio, Enganámo-nos,
Infelizmente estamos como estâvamos. Esta é das poucas
freguesias que ainda não recebeu coisa nenhuma do Esta-
do Novo. E no entanto também os Cumeadenses pagam as
as suas contribuições agora e com que cara… Santo Deus,
— Os lagares encontram-se em plena laboração. À
colheita do azeite é abundante mas não vem compensar a
falta dos últimos anos, . Ê
— Regressou de Lisboa o sr, Albano Marques Nazaré:
— De visita ao nosso Rey. Pãroco esteve aqui o quar-
tanista de Direito, sr, Matias Farinha,
— De regresso da Sertã também aqui vimos o sr. P,.
Vicente Mendes da Silva, do Vilar do Ruivo, o
eSom
PEDROGÃO PEQUENO, 50 — A Junta de Freguesia
urgentemente os seus serviços, E assim voltaremos á antiga. desta vila nomeou uma comissão de senhoras para angariar
donativos para os pobres, | :
Ja foram distribuidos, parte dêsses donativos à &pobres.
Casamento
– Realizou-se, ontem, na Capela da Nossa Senhora da
Confiança o casamento do sr. João Nunes Roldão, funcio-
nario público, em Luanda, coma sr? D M ria Augusta
Fernandes, do lugar da Arrochela, desfa freguesia.
Foram p idrinhos, por parte do noivo, o sr. dr, António
Acúrcio Montarcoio Farinha e a sr.à Maria do Larmo David
apropriada
a desconheço, mas também |
não menos pungente, São as fontes.
gente sabe como exprimir-se.,.
* Infelizmente Cumeada não tem fontes, Tem… nem a
Há tempos falou-se muito em duas fontes de bica no
“Casal do Calvo e Castanheiro Grande, –
— E já que tocamos numa chaga mostremos uma outra Martins, e pela parte da noiva, o sr. Daniel F rnandes e a
srà Maria Leitão Antunes. É
A noiva é irmã do sr. Alfredo Fernandes, importante
comerciante de Luanda,
Os noivos devem seguir brevemente para aquela cidade,
desejando-lhes um futuro próspero,
O terceiro olho
Eia pois meu caro leitor!
Faça favor de não botar cá
para esta banda olhares assas-
sinos. O assunto que hoje
me traz à barra do jornal é
puramente científico. Tem si-
do tratado pelas mais resnei-
taveis Academias e ainda não
há muitos meses dois cons-
picuos jornais, um francês e
outro português, LE MIROIR
| DU MONDE e o meu querido
NOTICIAS de Leyrenço Mar-.
ú Ea
AR as e as LN DN
GUes, O Maio! € Mars dinrot!
tante diario da Colónia de
dele
E possivel que os senho-
res cientistas de anatomia
“me chamem atrevido por vir
meter a minha colherada na
sua sopeira. Fezem êles mui-
to bem. Realmente a igno-
rância é atrevida, no entan-
pleno direito de saber os
(olhos que lhe vão pelo cor-
po sem que isso posso ferir
susceptibilidades.
Pois é verdade! Olha para
aretaguarda—olha mas não
vê— o terceiro olho da hu-
manidade. Perdão, ainda dois
dedos de conversa preambu-
lar: Desde já declaro que, no
limitado espaço que me con-
cede a nossa «Comarca da
Sertã» não tratarci o assunto
com a tecnologia que lhe é
não só porque
porqueembirro com palavrões
que ninguem percebe, Isso é
bom lá para os sábios. Eles as
“fazem, êles as leem, êles as en-
tendem… quando entendem.
Creio que o meu leitor se-
rã da minha opinião, mas, se
o não é, deixeesta humilde
prosa e agarre-se ãos maçu-
dos tratados da especialida-
de que êles lhe dirão do que
se trata.
Eis o caso. Hã no nosso cé-
rebro uma glândula, do ta-
manho e forma de uma ervi-
lha que tem dado: que fazer
aos mais pintados sabios dês-
te globo sublunar aonde, por
mal dos nossos pecados, an-
damos arrastando a misera
existência. k
E’ a glândula pineal e em
redor dela têm-se debatido
as mais serias questões cien-
tíficas chegando até a afir-
mar-se que essa glaudula é a
propria alma ou, pelo menos,
a sede da alma (Descartes).
Pois descobriram agora os
senhores sábios que essa er-
vilha é nem mais nem me-
nos, o que resta de um olho
Moçambique, se ocuparem.
to, acho que cada um está no
da Humanidade
cujo passado misterioso se
perde na noite dos tempós!
Numa época que fica para
além de todas as possibilida-
des de cálculo ds iempo a hu-
manidade teria um orifício
aberto no parte posterior do
crânio, provido de nervo ópti-
co, um olho enfim, de que
hoje só resta um vestígio —
a glandula pineal.
Teriam então os nossos an-
tepassados três olhos ? ou um
A historia de Polifémo na.
Odisseia de Homero não te-
ria por base qualquer lenda
remota dum passado desco-
nhecido ? Existiria realmente
o nosso avô Ciclope com um
só olho na testa ?
E ainda hoje, em certo pe-
riodo da existência do ho-
mem, numa fase do desenvol-
vimento do féto o tal orificio
do cerebro provido de nervo
óptico se pode observar niti-
damente.
O orgão atrofiou-se, natu-
ralmente, por desnecessár.o |
ou por motivos que nos não
é dado conhecer mas a Mãi
Natureza, sempre previdente,
s2 o privou do sentido visual
encarregou-o, contudo duma
missão não menos impor-
tante. : É
O ex-olho da humanidade
segrega uma substância qui-
mica, que espalhada no san-
gue da criança, mantêén na
inactividade certas giândulas
até que um individuo atinja
uma determinada robustez,
Retarda também a maturação
do cerebro enquanto as ou-
tras partes do corpo não es-
tejam suficientemente desen-
volvidas.
Se por qualquer circuns-
tância, um obcesso por exem-
“plo, a glandula pineal se de-
teriora deixando de exercer a
sua açção sôbre a criança ve-
mos então um ser anormal,
um cerebro de homem a fun-
cionar num corpo de meni-
no e certas aberrações das
crianças felizmente bem ra-
ras.
São os «meninos prodigio»
que, ordináriamente, ou mor-:
rem ou acabam em parvos.
“Sea glândula não tem o
desenvolvimento necessário
o individuó fica… idiota.
E agora sabemos nós por
que é que osespanhois não.
gostam de ver «bons princi-
pios» aos filhos!
E porque se diz dos esperia-
lhões «êm lume no ólho» ou
que «têm o ólho muito aberto»!
Não se trata, evidentemen –
te, dosolhos da cara pois hã
muitas pessoas que vêm
mais com êles abertos, mas
sim do tal olho misterioso,
G terceiro olho de humani-
dade.
E aqui tem o meu leitor o
suficiente para saber pela
rama o que mais lhe intercs-
sa acêrca do seu olho n.º 8.
Os sábios têm feito expe-
riências em homens, mulhe-
res, criancas e animais e di-
zem que é possivel curar va-
rias doenças e até «o amor
sem esperança», ailail… in-
jectando às doentes o liquido
segregado pela glândula pi-
-neal.
‘ E não direi mais nada. Se
alguma das minhas leitoras
(se as tiver, o que é proble-
mático) padecer de «mal de
amores» não lhe direi eu
como se há-de curar, mas di-
rija-se ao nosso Doutor Ro-
gério Marinha Lucas e êle,
com certeza, lhe dará um re-
| médio infalivel.
Experimentee… verá.
Quelimane, Julho de 37,
Zé PINTO
HDV EO
GRALHAS
Ex. Sr. Redactor:
A minha péssima forma de letra
tcaligrafia dum hipertenso) de ha tem-
pos que me vem co prometendo na
opinião dos leitores da «Comarca».
Permita pois V… que, em nome
dos créditos do jornal, eu resalve al-
gumas gralhas, entre as muitas caçadas
no artigo Estunte Putricia publicado
no n.º 72,
Assim, prosadores, por “presado-
res das glórias mo permitira, por
me permitira; Dicisines por Decisio-
nes; João Batista de Cortes, por João
Batista de Castro; Juiz dos presi-
dios, por Juiz dos Residuos: impo-
sição da carta, por imposição da tôrte;
onde passou, por donde passou, chegou
a desempenhar, por não chegou a de-
sempenhar, alem de muitas outras.
Com os mais respeitosos agradeci-
mentos, me subscrevo
Mt? Att? e Obg?
A. P. RAMALHOSA
ELEGTRIGA SERTAGINENSE
ASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA
Convida os seus accionistas
a reunirem-se no escritório da
sua emprêsa, pelas quinze ho-
ras do dia 16 do corrente, para
aprovação de contas de 1937;
e se não houver número fica
convocada para o dia 3 de
Março á mesma hora.
Sertã, 1 de Fevereiro de 1938
O Vice-Presidente
Demêtrio da Silva Earvalho
“Revolução de Maio”
sos do nosso público a exibi-
ção deste fono-filme nacional
no domingo pretérito, por-
que êle lhe falou à alma,
tratando, num portugues
puro, a fidelidade dos co
mes da gente nortenha, as
paisagens maravilhosas o tra-
balho e o esforço bem orde-
nados que tóriaraum o Portu-
gal dos nossos diasuma nação
próspera e respeitada.
Há alia luta tremenda en-
tre duas ideologias— uma do-
letéria, procu:ando na força
destrutiva a essência do ceu
dominio e outra profun-
damente nacionalista, subor-
dinando tudo à grandeza e
prosperidade da Nação —
acabando por triunfar a últi-
ma para o que contribue
decididamente a ucção da-
queles que se julga ser fácil
corromper,
Na sua estrutura, o filme
e uma das mais belas concep-
ções do cinema portugêés my-
derno. E E
Dor estas razões e porque
vinha precedido de aura po-
pular, a casa teve farta con-
corrência,
Para conhecimento da Divisão
Hidráulica do Tejo
Num número de «A Co-
marca da Sertã», publicado
em Dezembro último, en-
contrei uma longa e interes.
sante reportagem sôbre as
[minas da Panasqueira. Esse
artigo suscitou as seguintes
considerações que passo a
expôr.
A Secção de Pesca da Di-
visão Hidráulica do Tejo,
tendo notado que a quanti-
ramente, tomou um certo
número de medidas destina-
das a pôr termo a um, pos-
sivelmente, total desapareci-
mento do peixe nêsse rio. E
essas disposições limitativas
das formas de pescar legal-
mente estabelecidas, têm si-
do postas em prática, embo-
ra o peixe do Zêzere conti-
nie a ser pouco. .
– Os técnicos indicam, como
causa provável dêsse despo-
voamento, o seguinte facto:
há na Panasqueira três de-
pósitos para a àgua resultan-
te das lavagens do minério
e é expressamente proibido
lancar essas águas ao Zêzere,
porqueelas destroem o peixe
que nêle vive.
Ora S. Ex.* o Chefe da Pes-
ca da respectiva Divisão
Hidráulica, numa visita que
fez a essas minas, teve oca-
sião de ver um dêsses depó-
sitos aberto e as suas águas
correndo para o Zêzere, facto
de que tive conhecimento por
um cantoneiro que açompa-
nhou S. Ex.?, po
“Ao mesmo tempo que.se
tomam medidas proibitivas
da pesca ilegal e limitaiivas
da pesca legal, não seria viã«
vel fiscalizar eficazmente a
proibição existente quanto
ao destino a dar às águas
das lavavens do minério? Não
| se conseguiria, assiim, que es
águas do Zêzere deixassem
de ter a côr mais ou meno;
azul — cinzenta que apresen-
tam durante grande parte do
ano, e que é, creio, precisa-
mente resultante do que aca-
bo de expôr?
Janeiro de 1938. Ss.
900000 900920000000 ininlalaluinfolnfolniaio uu lata joao)
ROUBO .
Antônio Marques Louren-
ço, comerciante, de Alvaro,
queixou-se às autoridades de
que lhe foi roubada de casá
a importância de nove mil
escudos, teúdo sido captu-
turades, por suspeita, e se-
guido para Oleiros, uns joz-
naleiros que serviam em sua
casa,
ar
ires
Mereceu os melhores aplau-.
9000000D0099200090000 ecoDGoOSDO Co vAnaEa |
dade de peixe existente no.
Zêzere descrescia assustado-@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTA’
Da Do Do Do DO
S Rs S SY S* S %
Ss SS € 0 Go GP “B
É E
8 o es r
o Do, DO, Do o,
Va so S » S y S 0 S
E CS AS CS US Co
Com sua Ex” esposa partiu
para Coimbra, donde seguirá
para o Porto, o sr. dr. José
Carlos Ehrhardt.
uu De passagem para Lisboa,
esteve na Sertã o sr. dr. Antônio
de Mendonça David, de Alvaro.
wu Fez anos: em 17 de Ja-
neiro, o sr. Francisco Martins da
Silva Carvalho, do Cuango (Con-
go Português). Fazem anos: em
zo sr. Joaquim Nunes da Silva;
10, o sr. Pº José Farinha Mar-
tins, de Sernache.
Parabens.
0200000000 9600000000000000000d000000D0 |
Aurora Boreal
No dia 25, às 19 horas, isto É
no fwn do crebúsculo, começou a
verificar-se para as bandas do
norte um clarão de côr vermelho-
sangiúinca, com amarelo nas ex-
tremidades, que despertou a aten-
“ção de tôda a gente da vila, pro-
duzindo nos espíritos mais timo-
ratos um terror mal contido, pá-
nico verdadeiro e entre a gente
do povo o bremúncio do fim do
mundo… Na Senhora dos Re-
médios, o povo juntou-se na ca-
pela, rezando e soluçando peran-
te a eclosão de catástrofe próxi-
ma e fulminante. Na vila, bara
os lados da Portela, por êsses ca-
salórios próximos, houve mm re-
doliço medonho, faziam-se as
conjecturas mais disparatadas a
probósito do fenómeno, soltavam-
se lamentações, expressões de dôr
e de mágua, pretendendo todos
reconciliar-se com Deus.
Uma grande parte dos mete-
reologistas declarou tratar-se de
uma aurora boreal, e só depois
“disso voltou a haver trangiinhda- |
de. Afirmaram os sábios que o
que agora se passou foi excep-
cional, porquanto as auroras são
vulgares perto do polo, mas pou-
cas vezes para além de 40º de la-|
titude.
600000000000000000000000500000020D00
ACIDENTE NO TRABALHO
Augusto Fernandes, casado,
de 486 anos, do Pêso (Vila de Rei),
quando procedia a escavações nu-
ma mina para exploração de
águas, pertencente ao sr. Manuel
Parinha Porta, foi atingido
pela explosão de um tiro de dina-
nute; ficando ferido no rosto e
nos olhos.
Bog0o0a4000060 n9GD95000068 000000900D00
Pedido oportuno
Pedimos aos nossos colabora-
dores para tirarem tódo o carac- |
ter pessoal aos seus escritos, não
se deixando dominar pela paixão
aoentia, pela má vontade de mo-
mento, que obsta à apreciação
clara dos factos e deturpa o sen-
tido das realidades.
4 discussão que não tenha co-
mo objectivo O esclarecimento pu-
ro esimples do tema proposto,
gera o ódio e torna nefasta, e
por isso condena, a sua se
quência.
Não estamos nós dispostos a
subortar os arremêssos dos que
têm a razão turbada e por isso
desde já declaramos que, tôda a
prosa que cá apareça nésse géêne-
ro, será atirada para o caixote
do lixo, sem que fiquemos obri-
gados a dar uma explicação.
Pão, pão… queijo, queijo!
2000020060006 000000000008 sao0GGUGRDDS
Julgado Municipal de Oleiros
| JULGAMENTO
Respondeu Francisco Dias,
do Vale Tomé, freguesia de
Amieira, por transgressão do
regulamento dos serviços hi-
dráulicos, no cantão de Al-
varo. Foi condenado na mul-
ta de 138800, no – minimo de
imposto da justiça e acrés-.
cimos legaise em 15$00 ao
defensor oficiosos-
|
A Capela de S. João da Sertã e o seu Castelo
(Continuação
incluindo alguns reparos, a importância de
15:128855, como se pode ver pela conta-cor-
rente em meu poder.
Sendo o saldo existente — 1:455499, in-
suficiente para custear as despesas com o
muro de suporte pelo poente, com as res-
pectivas ameias para garantia do aspecto mi-
litar exterior e embelezamento do terreno
anexo, obtido por compra, julguei bem es-
perar melhores dias, até que novos recur-
sos surgissem.
À meio de tantos sertaginenses que cor-
rem fortuna, em terras de Africa e Brasil,
.
não haverá um ou mais que, à semelhança
do saudoso P.º Maximiano, queira ter a hon-
ra de ser útil à sua terra fornecendo Os
meios para a conclusão desta obra ?
Muito bem ficaria ao patriotismo serta-
ginense, que, tendo sido a obra começada com
o impulso do dinheiro de Africa, fôsse ainda
de lã ou do Brasil que viessem os recursos
necessários à sua conclusão.
Serã utopia de visionário esperar-que
algum patrício ao ler estas palavras tome a
iniciativa de, ao menos colectivamente, obter
5000 escudos para engrandecimento da sua
terra ?
“Creio que não.
Ai fica o apêlo, para que se não alegue
desconhecimento do assunto.
Sertaginenses que lerdes estas palavras:
lembrai-vos da vossa terra e tende a certe-
za de que querer é poder.
Sertã, 14-1-1938.
António Pedro Ramalhosa
“iCA: OCASTELO: EN- “HVALTO –
RR -MATRI S: DAVÍLA-DAS- |
ERTAN: AQVALTEM: 300VEZÍNHOS EF-
da 1.º Página
o primeiro num domingo de Maio de 1231,
gundo em 1228 e o terceiro em 1403. (3)
Parece que o castelo ainda se conserva-
va integralmente em 1618. À planta da vila,
feita nêste ano pelo arquitecto Pedro Nunes
Tinoco, abrangeu infelizmente só parte da
fortificação, pois o seu objectivo era a
igreja paroquiai; no entanto desenhou o su-
ficiente para fazermos actualmente uma
ideia do que era êsse monumento da anti-
guidade e do seu bom estado de conserva-
ção nessa época.
Em 1730 já tinha derruido em parte, se-
gundo o testemunho do Padre Manso de Li-
ma; em 1758 achava-se «por duas partes
arruinado até o fundamento, ficando so-
mente por três partes levantando como dan-
tes era (4)»; em 1791 «restavam fracos ves-
tigios em os fragmentos duma torre e, da
sua fortificação, em um pcortado de cantaria
tosca» (5); e em 1860 «o velho castelo estava
quási inteiramente demolido». (6)
Era bastante espaçoso o recinto do ças-
telo; nêle estava edificada a Capela de S.
João Baptista, primeira Igreja matriz da
vila, a cadeia, o grande armazém em que a
Ordem recolhia os cereais e o azeite, ainda
existente em 1736, e as habitações, com
vam foros ao Alcaide-Mór. No citado desenho
de Tinoco ainda se observam perfeitamente
parte de dois edificios situados dentro dos
muros, Construido certamente, em parte,
com material da região, onde se não encon-
tra pedra de muita resistência, sofreu, como
era natural, as injúrias do
tempo não havendo hoje quais-
quer vestigios.
Os restos das suas canta-
rias, porventura com inseri-
ções que lançariam bastante
luz para se cónhecer melhor a
: : as
A Sertã em 1640 (á direita o primitivo
Segundo a tradição o castelo da Sertã
foi construido por Sertório. Fazia parte duma
rede de fortificações em volta da Serra da
Estrela e «era a chave dessa imensa forti-
ficação natural, a qual, começando no Mu-
radal, na distância de mais de quatro qui-
lómetros, chega até aquela vila (Sertã)» a).
Tinha cinco quinas, o que era rarissimo
nas. fortalezas do Pais. Só temos conheci-
mento de ter traçado pentagonal o castelo
do Sabugal, construido no reinado de D.
Deniz. Nem sempre, pois, teve razão o povo
do Sabugal cantando a seguninte quadra:
Castelo de cinco quinas
Não no há em Portugal
* Senão à beira do Côa
Na vila do Sabugal (2).
Pertencia aos Alcaides-Móres que nêle
habitavam e nêle se realizaram Capítulos
EA E RT ENE e da EP pa 3 A SS
sua origem e história, foram
aplicadas no concerto do arco
duma ponte da vila e pos-
sivelmente noutros edificios
da terra.
Rs no Lourenço Farinha
(Do Livro “A Sertã o o seu Concelho!) |
Em Euil RR Ea e
Ruinas do Castelo! quanta saiúidade,
Não sentireis agora dessa era
Das conquistas da vossa hberdade…
Voltar atrás ainda, ai quem pudera!
Mas quando a gente lembra a moci-
“Ida le,
É voltar nôvamente à primavera…
É tu esquecido e só, meu S. João,
Fazes lembrar meu pobre coração.
De “A Sertã”
L. Silva Dias
“eco doc q. Cons co son cn coro» dae:
O Castelo há pouco ergui-
um panorama deslumbrante,
de grandeza admirável, lem-
castelo) bra as remotas eras perdidas
outro ali existiu, qual baluarte inexpu-
“gnável, para defesa dêste glorioso pedaço de
terra portuguesa, em que os lusitanos em-
penharam a honra e à vida e Celinda se nas
apresenta como o exemplo vivo de sagrado
patriotismo, quâsi lendário…
Pocos. qa eso… “eo? *0cac. os. nsDe . e
E. Barata
(Da “Sertã, minha Terra Natal”)
(1) «Memórias de Oleiros».
(2) Castelos de fonindel, por Humberto Beça.
(3) N. Malta, t. 1, pag, 510e t.3.º, pag. 92 6 «Sertã
Ennobrecida»,
(4) Informações prestadas pelo pároco dêsse tempo
(Dicionário Geográfico da T. do Tombo.)
Gerais dos Freires da Ordem do Hospital,
5) Pe Claudio de Menezes, Relatorio citado.
6) Cidades e Vilas de Portugal, de V. Barbosa,
CGalendarios
O nosso estimado assinan- | ano.
te sr. José Antunes, de Lis- E
boa, teve a apodprig À de nos
enviar 2 lindos e úteis ca-|
lendários para
Muito agradecidos,
Este número foi visado pela
Comissão de Gonsura *
E Castelo Branco –
a ha
o corrente |
convocado por D. Mendo Goncalves, o se- |
quintais, de mais três moradores que paga-|
do, de cujas ameias se avista |
Movimento demográfico do com É
na noite dos tempos, em que|
| che, 26; Sertã,
O Conselho Regional reú-
nido sob a presidência do
sr. Coronel Lópes Galvão e
com a presença do Presidente
da Junta de Provincia da
Beira Baixa, resolveu: acei-
tar o convite feito a todos os
sócios da Casa das Beiras pa-
ra, como hóspedes da cidade
de (Castelo Branco, assisti- |
rem à inauguração oficial
das obras de irrigação das
campinas da Idanha, a rea-.
promover .
conferências culturais em Fe-
vereiro, Março e Abril, sendo
| conferentes os srs.
lizar em Junho;
Almeida Moreira, dr. José
Lopes Dias e dr. Joaquim
Manso; entregar o projecto .
das bases para uma lei de
policia rural que lhe foi re-
comendado pelas Juntas Pro-
vinciais das Beiras;
cher os cargos estatuários e
fixar para as suas sessões Or-
dinárias a primeira quarta-
feira de cada mês pelas 21,30
horas.
Pede-se a fineza da publi-
cação desta notícia.
José Lopes Dias
B902009900000000070090000 000000000008 a
31 de Janeiro
Em 31 de Janeiro de 1891 re- |
benta no Porto uma revolta,
que tinha como objectivo der-
rubar as instituições vigentes;
reconheciam os patriotas que só .
a proclamação da República po-
dia pôr côbro à pusilaminidade –
dos govêrnos perante as extor-
sões à que a Inglaterra nos que-
ria sujeitar, contestando a Por-
tugal o dominio e posse da Afri-
ca Austral e dos territórios ser- |
tanejos de Mocambique. A Mo- |
naíquia achava-se impotente para
liquidar honrosamente um con- —
flito latente de há muito, e que
teve o seu desastroso epil.go |
com o ultimatum de 11 de Janei-
ro de 1890. O vexame sofrido
despertou a consciência nacio- .
nal para a rebelião, pronta e ‘
energicamente debelada,
A derrota levou os revolucio-
nários ao degredo, ao exílio e à
prisão; os vencidos foram es-
tigmatizados com todas as infá- .
mias, a maior das quais era a.
acusação de estarem ao lado da |
Inglaterra!
Mas dêsse movimento glorio-.
so, alguma coisa de bom resul-
tou para a Nação: o sangue der-
ramado pelos mártires fajia de-
saparecer as manchas do opró-.
brio e envelecimento que cons-
purcaram a honrada Pátria, con=
duzindo-a aos seus e É
destinos.-
DGODAnDao DOGooanas Sonnaa vas panoonpno
celho da Sertá
| CASAMENTOS, 116, assim –
distribuidos:
“Carvalhal, 6; Castelo, 11; Cus
meada, 11; Ermida, 9; Figuei- E
redo, 9; “Marmeleiro,
‘lhais, 4 Pedrógão, 12; Serna-
38; Troviscal
Cabeçudo, 12;
3; Pas
10; Varzea, 15.
NASCIMENTOS, 712; OBI-
TOS, 366; Legitimações e per»
filhações, 4 Transcrições, 7.
Club iai
No o do mês de Janeiro
tomaram posse dos cargos.
para. que foram eleitos, cujo
mandato termina no fim do .
ano, os srs:
ASSEMBLEIA
GERAL: Presidente, dr. An-
tónio Vitorino da Silva Coe-
lho; Vice-Presidente, dr. Al-
| bano Lourenço da Silva, DI-
RECÇÃO: Presidente, dr. An-
tônio Ferreira da Silva: dr.
José A. da Silva Girão;
tônio Coelho Guimaráis,
Ans
Capitão .
preen. –