A Comarca da Sertã nº742 05-12-1950
A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:
João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505
Director Editor e Proprietário:
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30
Sertã, 05 de Dezembro de 1950
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses da Comarca da Sertã: Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei: (Visado pela Comissão de Censura)
Ano XV Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº742
Tnteresse s freguesias s Comarcal Ao sr. Carlos dos Sa ntos
d a se r I’ a i Úcsle Cá’r]’os Excelente, Sempre alógre e hcm-%spu&m,
| FÁb i = A Como não há ootro assim, ‘ FPrestável como os melhores,
0 nosso Inquérito ans S18. prasidantes das ]HHÍEE*—’UEFDB cantaria, altifoquente, — t;;lão regateia a 111?%;1&7!1;%
j j i F Seus predicados sem fim: Secs sereiços 05 fovores:
hoja o sr. Manuat Farinha, da Ermida, concaiho da Sartá e dedo: : : e
‘ ‘ Í : : Seu porte, sempre distinfo, Bem peqiteno óinda
l i : * 5008 manciras Pondusas, âm ]C]’f]f_l tr’açot[],. é
j ) ; B Ss] : ser miÍsico regoboc
intetotiva do c<Comarca do Sertão, procurando inquirir das necessis %_]têl’iªiªrEfl᪪Jãíggã’êfâ;ã;ªmlºx o FRSSARR É oA
dades actoals des fregiesios da área comarcã, abrengendo os quatro ns : insas.
S eneine i PEriã, Olelros, Proença-n-Nova e Vila de Rei e ainda as frem Com seu ar lão pragenteiro, Toda à gente pôe à cantar
e esidenaigas de Améndoa e Cárdigos, para o que se BEE 0S 555 Dn AA a tadaça qunte, Sob sua experimentada regência
presidentes das Juntas, 2Omo aotoridades administrativas, fol Optimamen= |. Qu É mãgo o feitíceiro, ; É cnA sãa flirme experíência, –
te f’fªíflh!fijd E a próva verificasse pelo recebimento, dentro dam cspoço Q.;;L* à vida leva-eontente. Faz-trilhos divinos calegrrear,
reduzidissimo de tempo—contado da data da expediçõão das cirgularesgo . | ; : ;
dos depolinentos relativos o Ermida, Álvaro, Cabécudo, Várzen dos Cas
valeiros e Madeirã até º do COrrente, em que escrevermnos estas notas.
Haveria algum motivo para não ecolher bem à inicintiva dae <Coe (À
Marcas, se cla, precisamentre, vaj de Eencontro-nos desejos dos srs. presto E
dentes das Juntas, auziliando-os-—dtentro da estera que compete oo. jors ; s
nl da região—na sas imgrata, esplubosa e, quontas pezes, incompreéen-. j
didãá tercfa de resolver 03 mais importantes problemas que . seprendem
com o progeêsso das respectivas freguesias e brm-estár das popalações É
Nentuin, 30 0 cepticisimo e a desconfiança poderlam, determinar iúdifés
renço perônte a nossa-jdeta de ecrdadeira & sincera ctolaboração, indile-
” rênça que não se coadonaária, de modo Slgiin, com a missão ds Sh
presideotes dês Jantas, qdre; aposarde não remoncroda, impõ
| Veres e saerifíoios d RLo0p TPEA E F
TRACTLIODOEE P DorFrae] s.
* ; y : – tonto É dizer, da Hação, que vem evos.
luindo contihoamente para atingir a sitanção próspera a que aspira qual-
quer paiís moderno, pacífico e detentor dê uma glorlosa Hjstória e de um
passado heróico,
D prestaente da Janta de Fregacsia nos actoais têmpos não é sim d
ples figura decorativa, mas o representonce da Câmara Manicipal s que- |
Pertênceo e como tol, pesson da soa másima conflança para pugnar pelo
engrandecimento da Iregoesta qoe administro; para co norir capalmente
– DSc cargo: erá que agir em conformidade com à [lEi, TãS COM A eners.
gis, prudência e saber de quUem, desejando prestigior o cargo quedhoe cons d d
liaram, nanca ESTUERS O8 legitimos direitos e interesses da-popolação, Ao
AncsmO tempo qaoe deve Procarar merceer à confiança dos Superiores
hicrãrmlifux,’ltrã, também, de conquistar à simpaátia c o respeito do pors
du da freguesia, procedendo com dignidade € rectidão, nonca oloidando
ns$ queixas c reclamoções jostas qae tquele Meexponhas :
Dos elementos. que apresentámos como base do Liquérito é fácil ress
ponder, h sãa malor parte, pela simplicidade da matériá e sclo conhecls :
mento, dirécto que deles têm os SrS8, prestdentes des Juntas dado à nata-s”
reza da sua fanção Oficiáal: qganto à oitros que se pedem—no intoito de
ctonhecer a olda das iregueslos sob diversos ASspectos “endelas fazer con-
venicnte propaganda—tembém não é difícil náquiríslos através das pess
SO8S IMais conhecedoras dos factos, quer pelá soo jdade, posição social
e enltura, quer pelo excrefeio de determinedos ecticidades. Be IESTO tSSA
explanação, ainda que devs ser tnnlo quánto possível rigorosa, podera:
Ser desenvolvida e foeada conforme o eritério do déepoente, favendo ins
léira Tliberdade de a reduzir nalguns pontos parã à fmpliar nontros, conr
à Se pôc 038 mágicos dedos Hum É»HEE?Ú’ÉE criança
g No instramento mais banal, Ht_’lfl se 1-,.;mr—*.n
4 [udo dança à saa roda SE Hão tem 111*:.:1[::_
4 Corridinho om coisa iguaál. E tado quer no mão
FPois toda a sãa ambição
Soante OS espectos geris e a estrotaro dos cosos e problemes à troetar, ÉÉ & : —— Nãoéx<la ouira senão.
a posição cespeclal de cada Íregocsia em relação a eles e aindo, quanto, [ É ªª f“’ã.fº ª.âí[ Ǫãgãrà EAcA d-fj ta c aoA h_rl,nqr.rcdu,
à pslcologia da Popolação, bistório, costames e téêndêéncias, ú E E*ªn’rn “‘gu amJn SBP EP eolearaeão
“Quanto mais mMinacioso fór o releto, melhores resultados dele podes | g E Cant & a .
rão resaltar e inajior inttresse n
clar, estaedar e até atender no à
FTeparte, É
: í * F
Ierecérá aqueles que tiverem de o apre- As belezas da Sertã.
E quando com àárces de solene
inbito dos diversos aspectos por quê se
Bava cnfrada nà capela –
Eis aqui, Senhores, Y : Q cícito era mf[giã:?rftl_dª
AÀ todos 08 srs. presidentes das Jantas que ninde não enviaram 638 . Um qgênio, am portento Té chenáeamos à daovidar –
seos relatos pedimos g melhor, atençõo para % que acobamos de expor e Em strompetes foi dos mmelhores e cra homano o seu cantar b
agradecemos cina claboração coidada, é redigida com Clareza, dos de- Em misica, é um Ltalento, Que mais parécia divinal
POolTmentos, É e SEA EE NE RET AAA ES a EA R E
i ; E REA Eb Jas este mestre de fácies brando Enfim. .. um portento
O presidente da Josta de Frcqqcaía da Ermida é o &r, Manoel Pas Tem coração de pombinho branco, U ESte Carlos, sem iquat.
rfinha, quc exteríoriza 6 soo satisfação pela. oportanidade do inquérito 30 pelos emaranhoss… ele perde o siso,
Giíldias
DXT – i 1
flberto pelo- «Comarcos, dizendo qUe, Assim, se lhe apresento:uma óptima 1485 é bom ámigo, leal e franco! !
OESIÃO de cexpor, piblicamente, 63 maiores e mais Prementes neecssidas
des do sua freguaésia, começando por afirmar: : ;
‘ E
aa o Circo»
. — Na sede há um n.elhoramento impreseindível n realizar sem demo- Tintas Ppara canetas de tin “º Grande o a :
ra: & fonte páblica, que deverá ser instafeda no ádro do Igreja’ e tento ta permanenta de Clostermann. SO0- Mil excinplares
falta faz aos hobitantes, dum moódo geral,
mas niaito cspecialinente às SErip,Quink.Parker 51, ParkerQoinm
à õ REEA o O lioro jrancós mais lido nos dúltis
Crifinços da escóla, site al prôximo; é também janto do adro que reside: (_,ii]sm.: [«::_-nL[fl_,ª]-Le_r S’EÉÚHÍW s :1:’!1,—:,1—- E to :
8 Sr, párcco e mais três vizinhos, que são Obrigados 8 ir procorar a agia phã, ózol lixo c oxo fscuro. eM, & á S ENE
ee ds Aeeatl INeiros de distáncia; também acnrretar a úgua de tão lon- dem-se no Gráfica Célinda, Ld. Vendesse na c
iConelosão n 4 pág.) SERTÃ Sertã.
A Comarca da Sertã
a A SEA a
«Ensaio de combarte
à mortalidade infantil do distrito de Castelo Branco»
— tema da conferência realizade no Porto
-pelo sr. dr. José Lopes Dias )
O sr. dr. José Lopes Dias, Dele-
gado de Saúde do nosso distrito, a
convite da Liga Portuguesa de Pro-
filaxia Social, realizou, na noite de
30 de Novembro, no salão nobre do
Clupe Fenianos Portaenses», no Por-
to, uma interessantíssima conferên-
cia subordinada ao tema «Ensaio de
— combate à mortalitade infantil no
distrito de Castelo Branco».
Á conferência presidia o sr. Dr.
Américo Pires de Lima, professor
da CUniversidade, que apresenta àão –
conterente esta perganta:— «Como se
operou o «milagre> da reduzida mor-
talidade infantil em Castelo Bran-
COP…» : S
O sr.dr. José Lopes Dias traça um
quadro vivez da terra beiroa da Bei-
ra Baixa, simaltancamente grandio-
$a e humilde, rica de contrastes orn-
geográficos, na transição da mctadç—
norte acidentada e pitoresca do País,
para a metade-sal, uniforme e monó-
tona, do Alentejo. Exalta o carácter ‘
beirão, rude, maãs leal, destemido e
— franco, amorável é vincalado do mais
inabalável afecto à saa província, Rc=
corda as virtudes tradicionals, a na-
talidade exaberante e sem confronto,
os diminatos índices de criminalida-
de, a beleza e variedade dos seus as-
pectos etnográficos. Mas a par da
fecundidade, esse caudal de vidas Sum
mia-se em grande parte nas vítimas
da Ignorância higiénica € da guase
ubsoluta carência dos meios de pro-
filaxia e medicina preventiva, por ex-
celência, a medicina dos poubres. Há
25 anos, os médicos cram poucos,
—imensos os prejuizos acamalados em
volta dos problemas soclais, onde
— andavam à mercê dos curandeiros
mais de quatro-quintas partes da po-
pulação. Nos tempos heróicos da me-
dicina social o orador relere as di-
ficuldades para-a instalação do «Dis-
pensário de Paericultara» daquela cj-
dade, da Creche, do Jardim-Escola,
das Delegações e Centros de Saúde
rural que se eriaram em vários ponr-
tos do nosso distrito. Exalta o papel
dos médicos que mauitas vezes pen-
sam, como diz Marafion, que o de-
ver não é mais do que dum simples
protexto para inventar novos de-
VEresS…
Sobre a mortalidade infantil, que
anteriormente era de 16º/o nos nas-
cimentos, exprime-se agora no Índi-
ce de 5º/5 € com tendência a baixar.
Cotejando-a com diversas cstatísti-
cas estrangeiras, segundo os métodos
franceses, o índice corrigido baixa
& 4,5º/o € perante os ingleses à 3,3º/o.
Analisa os fenómenos da mortalida-
de precoce ou neo-natal e àa morta«
lidade, em que os especialistas pre-
sumem uma citra de abortos, nos
países civilizados, não inferior à dos
nasciturnos vivoS!l…
Defende às consaultas pre-natais,
a criar é desenvolver, especificando
a saúde dos progenitores, à higiene
da gestação, à assistência obstétrica,
€ a organização técnica da medicina
preventiva. Sobre o descenso da na-
talidade e às suas causas, cita os fac-
iores do urbanismo e da industria-
lização, o trabalho nocturno, a crise
da habitação, às doenças sociais, o
emor do laxo e da vida cómoda, à –
insaficiente.protecção.às famílias nu-
merosás, a noção errada e defeituo-
sa do conforto da riqueza e da capi
laridade sorcial. —
Compara os índices de desnvol-
vimento das crianças . portuguesas
com as estrangeiras para estabelecer
que «o desenvolvimeto flísico da po-
pulação É originâriamente um pro-
s
blema de Paericaltura». Quando se-
ja levada a todas as populações, por-
dem salvar-se mais de 16.000 vidas
anualmente, um cidade parcecida a
Castelo Branco, à Covilhã e à Viseu,
o que é francamente possível pela
recuperação de duas-terças partes
das actaaís vítimas da gastro-ente-
rite e da bronco-pneumontia e de uma
terça parte da debilidade congénita
(10.000 vidas), além dos resultados
” mais que prováveis da intensificação
da lata contra as doenças infecto-
contagiosas, 6 a 8.000 vidas.
A média das crianças sub-alimen-
tadas e actaelmente sajeitas aos mais
diversos atropelos da ciência da nu-
trição, deve computar=-se entre a um
quarto a um terço de todos os nado-
vivos. Sobre a oposição à esta polí-
tica de população da parte de certos
econumistas que. defendem o ebirth
control» e a «&iinseminação artificial»,
consoante a inflacção vu dellaeção
da mão-de-obra € do consumo, no
momento económico considerado,
sustenta que andamos muito longe
de atingir a saturação populacional
do território metropolitano, podendo
aumentar-se a comanidade nacional,
de alguns milhões, além dos espaços
africanos ao nosso alcance, dos defei-
tos da economia rural e das insúfi-
ciências da nossa industrialização. .
A higiene da infância exigé prê=
viamente à preparação dos téenicos,
dos médicos da infância e dos auxi-
liares, a remodelação da indústria
leiteira, a elaboração de programas
de trabalho em relação a cada meio
populacional e à colaboração dos af- |
tistas em soluções aliciantes, simples,
eonforiáveis e belas, E A
E’ que não há, nem pode haver |»
exemplo de melhor significação e mais,
incomparável beleza do que a própria
Ionteda criação—a Mãe da Criança. .
Natal dos Carlos
Para comemorar não só o XX
aniversário da sua fundação mas,
também, a Natíividade de Cristo,
o Grupo onomástico mais antigo
do Pais vai realizar, com fins de
assiíistência, o «Aatal dos Carlos»,
contando, para isso, com a cola-
boração dos seus consócios e
amigos,.
MNesse sentido a Direcção do
Grupo enviou a todos os seus fi-
liados da Província uma circular,
solicitando dinheiro, géneros, rou-
pas, tabacos e, se for possível, tam-
bém brinquedos, pois os Carlos miú-
dos também desejam ler na qua-
dra mais festiva do ano a sua «Ar-
vore de Natal».
AÀ iniciativa, digna do aplauso
geral vai encontrar certamente eco
em todos os corações bem forma-
dos e ninguém, por isso, deixará
de enviar aos «Carlos», com sede
em Lisboa, na rua Augusto Rosa,
14, quulqguer donativo em dinheiro
ou gêneros.
| Gongresso Nacional dos Homens
Gatólicos
Como está anunciado, é dos pró-
ximos dias 7 a 10 que se realiza, na
capital, o I Congresso Nacional dos
Homens Católicos, em que serão
apresentadas e discutidas teses sobre
as responsabilidades pessoais, apos-
tólicas, familiares, Sociais, profissio=
nais e cívicas, efectuando-se, tam-
bém, diversas cerimónias religiosas,
sessões de cinema e saraus de arte.
Da Sertã deslocam-se alguns ho-
mens para assistir ao reíerido Con-
gresso.
A Comareca da Sertê
] Garlos dos Santos,
PASTELARIA :
CAÇADORES
Acabamos de receber Espingar-
das das seguintes marcas:
UNION ARMERA, LIEGEOISE, BERGE-
RONW, BAYARD, AGUIRRE E Nde 2 e 5
tiros, ete., ete. ELOBERTS de 1 e 2 canos.
CARABINAS de «pressão de ar». Sempre
existência de armas asadas. o
— Cartuchos carregados
pelos sistemas mais modernos com as melhores pólvoras nacionais e es-
trangeíras para todes as modalidades
DORES AOS MAIS BAWXOS PREÇOS.
DESCONTOS PARA REVENDA
ANTERO LOPES, I.IMITA DA
R. EUGÉNIO DOS SANTOS, 27— Telel. 530405—LISBOA
; € todos os artigos para CAÇA-
TE
IMPERIO
=D
Fasé Faaquim Termandes
BOLO REI)
FABRICO ESMERADO)
Aceitam-se encomendas
Serviço de Pastelaria e Lanches pare casamentos e baptltizados
hábilregente
da Filarmóni-
nica, pelo engrandecimento da qaal
« tem pugnado desde menino e mo-
ço, quer pelo seu saber musical,
quer pelo respeito e disciplina que
– sabe manter com aquela afabilida-
. de tão própria dos homens calmos,
ducados e simpáticos, elemento
imprescindivel— por isso mesmo—
numa associação cultural e edu-
cativa daquele género, viu premia-
do o seu esforço de bem servir a
colectividade — um modo, como
. muilos oubros, de contribuir para
o bom nome e prosperidade da nos-
sa lerra—com a inauguração do
seu reirato, na sede associativa,
no passado dia 1, data de mais um
aniversário da Filarmónica, a que
assistiram o director Aníbal Nunes
Corrêa e alguns amigos.
Apesar do acto se revestir de
simplicidade, nem por isso deixou
de exteriorizar um alto significa-
de: admiração sincera por Carlos
dos Santos, que, como simples mú-
sico, contra-mestre ou regente da
Filarmónica, tem provado, em
mais de 50 anos, grande compe-
tência e incomparável amor pelá
arte musical e, através dela, a sua
. nunca indesmentível afeição à ter-
ra natal,
A nosso pedido, um poeta de
rara sensibilidade escreveu os ver-
sos que noutra página publicamos, |
dedicados a Carlos dos Santos,
acompanhados da sua fotografia,
precisamente igual à inaugurada
na sede da Filarmónica,.
E’ esta a homenagem daaçÇo-
marca» a um dos nossos patrícios
de maior tulento e cujos méritos
nem sempre são tomados em devi-
da conta porque está largamente
demonsirado que «na sua terra
ninguém é profeta»…
t Cila) comemorou,
AÀ Filarmóniça comemorouw no
União Sertaginense zemoro, mais
um aniversário da sua fundação.
No largo fronteiro à sua sede exe-
cutou o lindo hino da Sociedade
após o termo da alvorada festejan-
do a data histórica de 1640.
e Silva.
CERNAGHE DO BONJARDIM
À «Dbra das Mães pela Educação
Nacional» conferiu prémios a duas
famiílias do concelho da Sertã
Na próxima 67 feira, 8, dia da
Imacalada Conceição, a «Obra das
. Mães pela Edacação ‘Nacíonal» dis=
– tribai prémios pecuniários a duas fa-
mílias numerosas deste concelho,
. realizando-se, para esse fim, uma
sessão nos Paços do Conceelho, que
está marcada para as 14 horas, ten=
do sido convidados para usar da pa-
lavra o rev.º Arcipreste Manuel Mar=
tins e a sr.”‘”D. Maria José Corrêa
Cabem esses prémios, os 2.º e 5º*
do distrito, respectivamente, de
2.000$00 a Joaquim Cotrim, jorna-
lJeiro e sua mulher Jáúlia da Concei-
ção, da Portela de Oliveira, fregue-
sia de Cernache do Bonjardim; tive-
ram 12 filhos, sendo 11 vivos; e de
500%$00 a Joaquim Nunes Salta, jor=
naleiro e sua mulher Maria de Jesas,
Ireguesia de Pedrógão Pequeno; ti=
veram 10 filhos, sendo 8 vivos.
Dr. Laurgano de Almeida Martins
: Ferreira ‘
Concluiu, com óptima classifi-
cação, o curso de Ciências Econó-
micas e Financeiras, depois de
uma carreira brilhante de estudos,
em que pôs à prova grandes qua-
lidades de trabalho, sensatez e in-
teligência, este simpático moço da
nossa terra, filho do nosso amigo
José Ferreira Júnior e da sr.º D,
Ema Maio de Almeida Martins
Ferreira. à
Ao Laureano Ferreira, bem co-
mo a seus pais, apresentamos as
nossas muito sinceras felicitaçõea,
augurando, ao novo licenciado, um,
futuro próspero e a melhor saúde,
FALBERTO TeIXEIRA FORTE
ADVOGADO
Taelel, 13 FIGUEIRÓ DOS VINHOS
Duplicador «Gondel»
Novce, vende-se,
Aqui se diz,
A Comarca da Sertã
A FREGUESIA-DE. :
Vilar Barroco
Com & nova Jonte de Freqguesia
de Vilar Barroçco, moto virá a be-x
neliciar & nossá freguesia, Compos-
ta pelos ses. José Louís presidente;
iinoel Marlia de Almeida, tesoorel=
ro; Manacel Lopes, secrectário; sem
dúvlda forom bem cscolhidos para o0s
Lugares quêe ocapam,
Fico deitando votos pelas prospe=
Tidades dã nova Jaonta e espéro que
esta encare com olhos de vcer o5 as-
suntos mais argentes das necessidas
des da Ireguesia, e que dela depen-
dem.
-As Jountas transactas, quanto à
mim, não delxam nodo & desejar,
Hunca deram sinal de si, consequen-
Aemente,. mutto .perdea à nossa fre=
gquesia com G sonó etéerno em que
cstiveram sempre adormecidos, Não
quefto- ferir 8 honcstdade de qual-
quer. ex-membro das Jantas, mas,
quanto a trabalhos ou dispéndio de
Iempo em prol do emprecnádimento
da nossa frenocsia;, node se lhe deve.
A minhãa irégaesia, deitada na tol
doa da Scrra do Moradal, parece que
esqueeida desde sempre nonco teve
quem por ela, fizesse olgunma coise,
E” uma freguesia paopérrima, sem
tomércio, sem indústria c sem los
voara & csquceida por equeies que
lhes competia desenvolvé-la, pode
com facilidade Imeginarase como se
vive ali, ‘
Escolas tem só uma, e um posto
escolar, Estos feitos quesé à costa
dos scus habitantes, não quero dizer
que o Estado não tivesse dado à sao
fjuada, mos nunca, 6li houve quem se
Preoceoposse em expor às entidades
competentes, à5 necessidades da nos=
&6 [reguesia,
E’ csta Ireguesia limitada com à
freguesia do Estreito per uma ribel=
ra noma extensão aproximadamente
de 10 quilómetros, Não existe em
toda esta cxtensão ama ponte sequer
€ que garania & acésso de Gmbas ás
partes. : ;
Lé-se todos os dins nos jorneis
diários grandes obras é grandes diss
pêndios da parte do Estado para
cicetivação de melhoraméntos, é com
tristeza que nanca vi nem oó nome
da minha ireguesia nem aoaálqgaer po-
vonção que dela láça poarte, incloida
nessas obras. Se me disserem que é
o Estado que tem . à calpa não acre-
dito, pols qoe É ão representante o
representantes de qualqoer terra om
freguesia que compete fazer chegar às
entldades competentes o conhecimens
to das necessidades de cada terra,
Orá saponho que compete à Jonta
pugnar peélos melhorômentos & exe=
citar. dentro da fregouesia. E’ isto o
qoe nanca se fez!
s habitantes da minha Irégocsia
são amigos, honestos e sinceros, é
portanto uúma obra de caridade fes
zer-lhes chegar alfguma coisa qoe cles
possam dizer: tambérm cá temos als«
gumaá cóixh de bom,
Da minha porle, embora ausente,
que à minho vida àssim o permite,
fieo esperándo pelos bóns êxitos da
nova Joantoa, qUe, 80 Meds ver, não
havio no frégoesia quem melhor poss
sa desempenhar tal fanção.
Quero também declarar desde já
que estoua às ordens da nova Janta
pára tado quanto estióer o meu al-
tonce e lico esperânçado que 6 nova
Junta hbá-de olhar pelos pobresinhos
da mossa Írequesif, com interesse
hbastante digno.
Bem hoja e nova Jonta por todo
queanto posse fezer, que, trabálhan-
do peoraá à Ircgucsia, é trabalbar pora
€tles Mesnos.
Não mecessita à nova Jonta dos
mes, conselhos nem quem 1he Jem-
brc des necessidades mais orgentes
do nusso Íreguesia, maos em todo o À
: – A Comarca da Ser:ã a
Interesses das freguesias
da Comarca da Sertã
(Conclasão da 4.º página)
Se ver é venceror & Imagem da Senhora, sem necessldade de ebrir o tem=»
plo de noite ou mesmo a qualqoer hora do dio.
Havia na mesma época outro reprovávcl costome de «fazerem os
mancebos e moços certos feltos paro que pediam esmolas pela freguesio,
os quais gastavam em ajantamentos de noite na dita Ermido, onde cos
miain e beblam e mais folguedo em que se ofendia a Deus e Nosse Se=
nhora»s, abaso que fol jastamente proibido, sob pena de excomunhão foeso
facio, pelo citado Visitador, que permitia o peditório, com 8 condição de
uma parte das esmolas ser aplicada em missas e obras plas c o restante
cm jogos só nente honºsstos, feitos de dia e sempre forá dos templos,
Arreigados, porém, como estavam estes costanes, nain loçal onde
à fiscalização paroqutal cra difícil, pela aa distãoicia e isolamento, não
acabaram npesar de todo, tão depressa como era pora desejar; pols em
1657 oinda o Visitador determinoa de novo que na capelo não dormissem
humens oa malheres, quando á fossem cuomprir romarias, nem ‘4o pods
co dançassem dentro e, pãrã Serem mais cliicazes às proibições da aqtos
“ ridade eclesiástica, acabando de vez com estés abasos Ccriminosos, cons-
trulram-se casas poro reeolher 03 devotos, que já existiam em 1730,
Acabaram, é certo, 098 danças, Comezalnas c brinquedos dentiro da
enpela; mas 038 mordomos ainda em 1734 faziam grárnde bodo, no diá da
festa onual, em que se emborrachavam como calres, não só 05 habitan=
têes da Ireguesin, mas os Jdas paróquias limiítrofes, .0 que era motipo de
muitas desordeos e imoralidades, chegando à perturbar=se as solenida»-
des religiosas com 8s algazarras e descantos profanos, no som de jnús
meras vpiolas, que tinham loagór no adro, bodo que o Visitador também
proibia depois de informado pelos bons cristãos da Vúrzea, o que alnda
cntão pertencia à Ermida, |
À Ermida tinho joiz de Vintena em 1823, :
Em 1907 tinha 9 freguesia 253 prédios arbanos e 11337 rústicos
com o rendimento colecetável de 1.0658507 te
Existem na Ireguesia três capelas: de . S. Marcos, no Caston heira,
de N. S. da Guia, na Dona inaria, páblicos, e da fomília Fernandes, na
Ferna do Golego, semi-páblica,
A freguesta de Ermida compreende às povoações de Cabrieira, Cars
valheira (D, Maria), Castanheiras Cimeira e Fondeira, Donos “arios, D,
Maria Fondeiro, D, Maria d’Além, Ermida, Monte Fundelro, Perna dos
tínicgo, Perna do Galego Cimeiro, Perna do Qalego Fundeiro, Relva dos
Casas, Ribeira, Sipote, Vale Tilorta.
(Dt tà Sertã e o seu Conéclhos, de P. António Loarenço Farinha).
Pela último censo (1940), à Ireguesta da Ermida apresenta 130 fos
gos € 702 habitantes, assim distribaidos; Carvalheira, 52 18′ Castanhel-
ra Cimeira, 316 158: Castanheira Fandelra, 11 € 35; Dona – Maria, 9 e 47;
Ermida;, 8 c 58; Monte Fundeiro, 7 c 28 Pernado Galego, 7 e 31; Relvas,
25 € 131; Sipote, 22 e 152. Isolados e dpisersos, 8 e $4.
Caso, por dor n minha opinião. – Os
assantos mais argentes o tracar se=
riaim :
1.º—O estdo Imedieto do abastes
cimento de águns à todas 08 povods
ções que, é pem conhecido não bas
ver um só chafariz digno de regis=s
t, € deal provém (possivelmente) a
doenço das sezões que se verifica tos
dos o5 ános em todas a8 terras com
bastante abondáncia,
2. — N construção de um edifício
cscolar ou posto, no Vilarinho pará
assim cuitar 6$ crianças terem que
percorrer diáriamente . algans quiló-
mretros atropés de ama serre que, em
dias de vendaval, ninguém all pode
Ppassar.
3. —A constração da ponte em
Malhadonxa c de FPóvoa, daas ligãs
ções indispensáveis para o correio é
com a scde do concelho, e ainda com
o8 haveres que extstem de ama e ouas
tra margem.
4.º— À reporaçõo imediata do es«
cola do Vilar e do Posto Escolar de
FPóvoa que, dêntro em podeo, não ess
tnrão em condições de al noder
EXETOCET à cscola,
Estcs são os principais e tantos
vutros sãe de orgêncio tois como: à
reparaçãõo da igrejo, e reporação dos
caminhos, ete.
Á fico ansioso por ver a actoa-
ção da nove Jonte. E para todos os
inéembros, meus conhecidos e amigos
aqui ficam cxpressos os meus paros
bens c o descjo do bPon sadde e en-
grandecimento da nossa iregoesia,
Lisboa, 25-11-050
Jooguim Maria d’Almeída .
& » Não se pablico no pró=
l Í:ÉHHEÍÉH ximo dia 10,
‘ lhsrruções sobre
o Recenseamento
da População
Vaí renlizar=se, às O horas do
próximo dia 15, 0 9.º Recenscamens
to Gieral da População. Dada o ex=
traordinária importáncia deste acons=
lecimento, poderia, à primeira vista,
parcecr desncecssário chamar para
elena atenção de todos os5 portaguges
ses. No entanto, nunca será demais
pór em relevo o valor transcendente
do nceto, à obrigação que q todos cas
bc de o auxiliar e os bencíícios que
dele resultaim para a vida da Nação.
E’ Portagal; felizmente, um pais
que neéste capitalo das estatisticas
pode justamente enfileirar. ao . Jado
das Nações mais civilizadas., Nos
anteriores recenseamentos, ce, sobres
tado, no que se cfectinmou em 10:10,
apesar das dificoaldades resqitantes
da anormal sitiração do Meando, rees
lizomese um cxcelente trabalho de
estalistica que meaito contribaia rvara
um cxaclo ceonhecimanto dos grons
des problemas da NWNação.
Uma vez mais, a popolação é
úgora chamada à cumprir esse des
vecr cívico e patriótica, solicitando-se
à todos que preentham com verdade
os questionários do Censo. Em todo
o País começam à sor distribuidos
no próximo dia 7, o cBoletim de Fa-
miliar c os restantes docamentos res
lativos 80 9,º Recenseamento Geral
da Popalação. :
Postais da Serrtã
ma noso einteressente colecção,
à cenda na Gráfica Celinda.
7 —
F a AA acA MDA ,
Instruções sobra o-preenshimeanto
do «BOLETIM DE FAMILIA»
A cada família existente no cons
tinente e ilhas caberá am ecBoletim
de Família». E’ ao chele do agregas
do. familiar que compeie o preenchis
mento desse boletim, devendo cuidar
em fazé-lo no momento indicado &
com verdade.
O eBiletim de Família+—que rês
prodiz, pora excmplificacÃão, dm mos
delo de impresso já preenchido—cons
tém todas as indicações considerades
necessáriasó. ào esclarecimento dos
questionários. —
Como todos os boletins estarão ens
tregues até ao dia 10 4de Dezembro,
cada chele de família terá moito para
estudãór a forma do sea preencehis
meénto, Além disso, qualqaer dávida
que sarja poderá ser esclarecida,
quer dircetamente pelo Institoto Nas
cional de Estatística-—Repartição do
Censo — que orienta este acto; o ains
dãá peias sejaintes entidades: presis
dentes das Câmaras Monicipois, ade
ministradores de bairros é regedores,
(3s ogentes recensceadores, no mo-
mento em que farão à entrega dos
boletins poderão também prestar
qua’isquer eselarecimentos que Ihes
sejarm pedidos.
—A recolha dos boletins cfectuars .
se-á no dia 15 e Dhezembro, pelo que
o precnchimento destes doeamentos,
de acordo com a8 instrações que nes
les figuram, deve fazer-ãe às o horas
do diá 1.3.
Informações úleis –
ATÉ RO DIA 10 — FPagamento do ims
posto poara o fundo de desemprego,
ATÉ RO DIA i8—-Entregar na Repors
tição de Finanças parlicipações de prédios
00 anderes desvolalos.
Deposilar na Caixa Geral de Depósitos —
n impourtáncia .«oe descontos efecldados &
favor da «Cq[xn Regional do Abono de
Familiás:
ATÉ AO DIA 20–Envior à sCaixa Res.
nional do Abono de Famílias 6 triplicado
da quia do depósito efectundo na Caixa Ces
ral de Depúsitos, relerente ãos descontos
teitos no mês anterlor, bem comodg mes
paz dús ordenados ou férias ª& as.
CONTRIBOIÇÕES E IMPOSTOS
AtÉé ào dia 30 do correonte mês devem
ser pagas Acrescidas de joros de mora e
sob à pena de relaxe ns terceiros & Quars
tos prestações crimestrais dos colectas de
comtribuição industrial, predial e imposto
profissional.
Na mesmo prazo, sob pená de relaxe
é acrescido de juros de móra, depe ctecs
tuar-se o pagemêento da segunda prestação
da imposto complementar que esteve em
cobrança à boca do colre durante o méês
de Outabro findo,
LICENÇAS CAMARÁRIAS
Durante esle mês encontroasse & pogos
mento acresceldo de furos de mora esob
pena de cobranço coerçioa n 2.º Prestação
da licença comarária de estabelecimentos
comerciais pu industrigis yue esteve à pas
gamento à boca do colre no mês de Qu
tubro,
FUTURO AK
Deve proceder=se à renovação das lls
Ctnçoas porá venda de tabacos por grosso
e a retaiho, aso de isqueiros, venda de
Hguas minerais, venda de fogo deartifício,
venda de lotarias e venda de armas, e dé
porta óberta para hoteis, casas de pasto,
leitarias & ootros estabelecimentos,
EEA STS AN A meETA
À arrancada hberóica do 1,º da
: — ENM que Um
Dezambro de 1641 aa e R
dalgos porlugueses, neesa manhã
gloriosa, proclemou q independên-
cia da Paátria, após 60 anos de ca-
tiveiro, de afrontas e insidias, que
tronxe a Portugõ! tantas desditas
e desgraçoõs, sem excluír o perda
de vastos territórios de Afém-lar
—foi comemorado n Serlá com
alvorada pela Fitarmónico, que
Percorreu oa ruos focendo o Hino
da Restauração, é lançamento de
muitas dezenas de morfeiros, sen-
do içada q bandeira nacional, 4o-
lenemente, nos edifícios dos fFaços
do Coneelho e do posto da G.À M1,
RENOVAÇÃO DE LICEH%HS FPARA O
A Comarca da Sertã
Esperança
; (Inádiro)
n Esperonça é à Lei Mivina
H enche a aima de Tuz :
Presmo sendo, peqeaeniria
Ilimina a nussa cras)
D, Maria Júlia de Sá Mosusira
Nos rudes pTSS0OS que dermos
Nesta constante roftrrua,
Sejrn onde for que celivermos
«A Esperançao é a Lei Divina»,
Pode vir a escurisão
A flegria que 8eduz ;
ÀA Esp’rançao tem un corndao
adue enche a alma de luz o
Ter esp’tança, é ler & vontade
De fer sêmpre boa siMT7, ,,
Detem & Eotalidade
albfesmo sendo pequenino L. .p
Se Gualguer forca Inier Reeira
À? escravidão nos reduz
Logo a Esprança iAfensagerira
e llgolínao o nogsea cruz la
Novermbro/1930
Alonso Nunes Ciomes
tho lixro «sangire Novos a editar),
EAA ETA RTA E S
FPartií então, com muita qlegiia,
ara a miínha apetecida rormegem
às Gidades dao Eurapa,
ta viajar!.. Yiojei trinta «
qualro vezes, d pressa, bufando,
corm todo o sangue na face, desfiz
e refiz o mala, OQOnze vezes pas=-
set o dio nn Imagon, envollo em
poeirada e fumo, sufocado, q ar=
quejar, a escorrer de suor, saltan-
do em ceda eslação para sorver
desesperadamente ÃI’HÉDJMEÍLM mor=
nNoS Que me cescongolnadoam a en-
Iranha, Caolorze vezes subi derreá-
damente, atrás dum criado, a és-
cadaria desconhecida am hotel;
e espalhei o olhar incerto por ti
quarto desconhecido; e estranhe:
uma cama . desconhecido, donde
me erguia, estremunhado, para pe-
dir em línguas desconhecidas nm
cafe com leile que me sabia & je-
DA, UMm bonho de lina que me chei-
rava a lodo, Oifo vezes iraver tn-
f68 abominâveis na rua cçom cos
Cheiros: que me espoliavanm, Per-
di uma chapeleira, quinze lênços,
três ceroutas, 6 duas bolas, anma
branca, ouitra envernizado, ambeas
do pê direito, Em mam de frinta
meses redondos esperei fristonha-
mente que me cehnegasse o bocale-sfs
la-maode, fá frio, com moihro couo-
lhkhado—e que o copeiro me frou-
Tesse a garrafa de Bordéus gue
eu provana e repelia com desdilo-
aa carantonaha. Percorri, ta fres-
ca pernumbra dos granitos e dos
mmármores, com péê respeiloso &
abafado, víinte e nove Catedeais.
Trilheí malemente, com uma dor
SUrdo noa Nuco, em coforze museus,
cento e quarenta selas revestidas
olé aos tectos de Gristos, ferois,
santos, Ainfis, princesas, batolhas,
arquitecluras, verduras, nudeges,
mMoTDIIOR mManchos de belame, tris-
tezas das formas imóveis … E o
dia mais doce foi qguando em Ve-
neza, onde chovia desebaladamet-
rê, Cnconíirel um velho inglês de
penta flamejante que hobitara o
BParto, conhecera o Riceardo, o dos
seé Duarte, o Fisconde do Bóm S=
cvesso, é às Limaos da loa Vísia.. .
Gosteí seis mil francos, Tinha
Diajado,
t«h Gidáio 0 às Sarfass- – Eça de Qualros)
— , GUSTODIO DOS SARTOS
ADVOGADO
Caixa Postal 342
Luanda — Angola
— A Comarca da Saftã mee
Interesses das [reguesias
—da Comarca da Sertê
[Gontinuação da primeira página)
g paro gastos de case e animais domésticos é am incómodo fseil de É
avaliar, Para o bois e enimãis de tiro poderia constridrase om bebedoa-
vó próximo do ndro, para onde convcergissem os sobejos da fonte de que À
iãlo. E ama necessidade imperiosa, como está ecndo, sr, director,
—Quanto à caminhos, sr. Farinha, sel muito bem que à su fréguco À
sia está moito mal serelda. Pade dareme informoções concretas ?
—ha melhor vontade : Posso dizer que é sob esse aspecto que o Pres” À
guesta dá Ermida se encontrá em plores condições, quase como há cem
ahos… Eu esplico: o Sipote, om povo comrimnais de vinte foqos, apenas
dispõe de om ceorreiro para a sede de Iireguesia, por onde não se pode
Ppassor com am animaol à rédca, nem . com am deionto; impõós-se À conse
tração dum cominho com a lorgura saficiente pará o tránsito, pelo m-
nos, de veícalos poxados por animois. Dêepos informoar que todos o5 cami-
nhos da freguesia estõo intransitáoeis, e na óltima miséria os das Castes
nheiras Fondeira e Clmeira c de fqusl forma os que ligam à Erinida e É
Reloos, Dona Maria, Carvalheira, Monté Fundeiro e Perna da Gnlego; es-
tás porvoações estão todas (gadas, por ramãáis, à estroda quedigã o Vale
do Pereiro à Cruz do Sclxo; por todos Gqueles ramals poderm transitar
veícalos automóvcis, mesmo camionetas de grande tonclagem & foram
tibérios à custa, em grande parte, do capltol e prsços dos habilantes dese B
sSEs povoações, mas aocede que agora também csscs romais estão intrão-s É
Sitávéis ! :
–Como solacionar então o problemo $
— Verdadeiramente não sci, por nielhor vontade que tenha em o re-s
solver! Como pode a Janta coidar a valer da reparação de tantos comis
nhos, recebendo 6penos 200 escoados da Câmara&?
—A cscola do sede de fireguesia esté-em bom cstado de conscrvação ?
Pergamtamos,
—Isso sim; está cm péssimo estodo, bastendo elacidar que de Inver- |
no choec tanto na roa como dentro do edifício! : 3
E com desalento, gcrescenta:—A [reguesia da. Eriniído é; taloéz, à
mals esqueeida do concelho, dado, como creio, o seo grande alostamento
da Serthá c a sãa sitaação, moito afastada durma estrada nacionnol de mos-
vimento. Fica numa cova funda, é difíeil vê-lo, E reflectindo no que afir=
mara de Hilcio:— En bem sei que dão podemos ter tantos e tão bons cas
minhos, fontes e pontes como às cidades, vilas e importantées aldeias,mas
tombérm não nos querlamos ver dão esqoscidos! Pois nós tanbém paga-
MOs às nossas contriboições e todos 08 mais encargos que nos cxtgem,
incinindo & imposto braçal, que é, como todos sebem, bastante eclevado,
Concloindo; =<Tenho esperança de qos nain fotaro não miito ajlas-
tado & nossa Cârnara olhará pela fregaesia da Ermido com todo o cari-
: nho, pojs que o sqa gente, trabalhadeiro, caompridora da Jei c disposta sem-
Ppre à todos os sacrifícios pelo bem comam, meérecé esse carinho e toda à
protecção do manicípio é do Estadh: e-como se tem Obscrosdo, correntes
mente, o Estado vem: realizando desde há maitos Anos amo obra de en
grandecimento por todo o País, tomando nã maior consideraçõo 68 nes –
cessidades daos popolações rurais, Espéros Gssium, que à minha. fregucsia
sejo tratedo como merece. :
MNotas históricas
1 Ermido tem por oroago N. S, da Esperançao, ‘
sDista 20 km. de Scrtãoe Tu de Tomar. A capela de N. S da Esprs
rança, anterlor à igreja paroquial e quededonome à freguesla, era moito
ântiga, existindo já em 1394, como se mostra do lioro das Visitações dao
Várzca dos Cavaleiros. Também à ela se refers em 1647, no seo testa-
mento, o padre Pedro ÁAlvares, da lênh de &. Carlos. As sans romarias,
nos dias de Natividade e Assonção de Nossa Senhora, foram moito im-
portantes nos sécalos XVL e XVIlL c alnda em 1768 era trónde à afloéêns
cia do povo, ;
O Infante D, Pedro, como Grão-Prior do Crato, atendendo à petis
cão dos moradores das Castênhoiiros, Pernas do Cinlego, Ermida, bona
Maria da Carvoalheira, Monte Fondeiro, todos da Ireyesta da Várzea, os
quais alegavain cstar a grande distância da igreja paroquial e térem ccas
minhos ásperos, de frogas e matos, entre Fribeiras, que 08 mais dos dias
de preeeilo Acavam sem missa, prelncipalmente Meninos, muaulheres e vezs
lhos, em tempo de Inverno, sendo preciso aãos robeostos lecanitoremese de
madrugedoa, € serém de grande pobrezo c viperem em casas fárcirass,
concedeo-lhes, por alvará de 3 de Setembro de 1752, a graço de téerem qm
câpelão nº Ermida, que servia de Coadiator, nessas PuvoaÇçÕeS, do páro-
co da Várzea eE.com a obrigaçõão de aplicor on5 misses dos domingõs e
santificados péelo Grão-Prior, pelo qaãe recebia aoaalmente 00 alqueires de
trigo, págos pêlo Almoxaárifado da Sertã..
Não satisfozendo às necessidades cspiritanis da Popillação e capela”s
nio eriada em 67r62, foi crecta úma fregucsia pelo imesmo GrãosPrlor em
1795. Q primeiro pároeo foi / António Fcrnandes Cardoso, natoral do
Gilisteu, Procnça-a-Nova. que tinha servido na Yárzea, como coadjolor,
até 31 de Setembro do referido de 1705 — 00 ;
Logo que foi erinda a iregacsia da Ermida, fol ecressentado o core
po do antiga capela, ficando, porém, 6 capela-mor relotivpamente PEQUENA,
sem elegóneia c também sem espaço para às solenidades religlosns em
dias de festas, pelo que foram autorizadas obras em so de Outabro de
1827, que ecabaram em 1850. 1
A cóngraa de. pároco erá em 1831 de Sagaoo r&., 120 alqueires de
trigo, 60 de eenteio, 20 almodes de mosto é 33$000 re. de pé d’altare, des
pols da extinção do Infontado, passou à ser de to6$00 rs. ancais,
Tambérm no aântiga capeéela de M S daá Esperançãa se cometeram em
qronde cscalo lastimáveis abusos; sendo costame dormirem, comercim e
peberem nela os romeiros, o Visitador do Grão Priorado do Crato prois
bia já em 1594, sob pena de excomanhão e malta de & arrobas de cera,
que Csse costame nada cristão eontingssse, ordenando, paoro tal Tim, que
na porta principal do capela fosse aberio om Postigo, de modo o poder-
(Conclosão na 3,º púg.)
| Obra das Mães pela Edu-
do Naciona|
O Dia da Mãe
Nos renlizações da Scmana da
Fãe, que h Obra das Mães pela Eduas
cação Nacionol crioa no país cm
1855 e desde centão eem promovendo
com inquchrantávcel interésse, sem
dúvida à moais tocante é & comermos
raçãõo do-DJis dae Mac á tão radis
cada entre nós como tradicão fami-
lifir, que por certo não passará des=-
perechbida ou lembrada com indifes
rençáo em cenhiam lar da nossa ter=
rá, onde, ror garaça,de Deas, ainda &
mãe pontifica, ou ntê naqueles de en-
dea morte já n lévoo.
No entanto, nonca aera demois o
nosso apélo páre que Seja sempre
aquela data solentzada com ternora
Ppor quantos seibam compreender €
Sentr o seu significado espirítual,
E também que tódos 65 edacados
res. da infáncis—da famiília ào pros
fessorado—, contribaam . para à fore
meçdo cícetiva deas crionçãas sagerins
dos=lhes & carinhosa Homenagem o
prestér & soa mãe’ no dia é de Des
zembro, 6 data escolhidaa paro aques
le preito precisamente por ser 6 fles-
ta da limacaladá Conceéição da Sentíss
Sima Viryem,—-a mais gloriosa de
todas as Mãêes, :
ÀA Direcção da Ohra das Nães
pela Educação Nacional,
Arcádia
O Dancing n.º | da capital
AFRESENTE:
Um yrândioso proyramo
de
oiracções selecionadas.
Música constante por doas dinôs
micas
OEFEOGUESTRAS
de ritino moderno,
Não ficará conhecendo LISBOR
quem ali for e não visite o
ARCÁDIA
Café Vitória
Resiaurante
Pasislarla 8 Confeitaria
Encarrcega-se do fornecimento de
tada a espécie de pastelaria e ceon=
Ícitario
FROENÇA-A-NOVA
Pensão Castela
Exccelente. comida e óptimos
quartos; asseio irreprecnsível.
Rua do Sertório— Scrtã.
Retra-
ª:gagzê?*ª ªf tos phs
Eb E EE fA dos
Ú-ff,ªg” dos oOs8
lins; cesmaltes e
reproduações,
Dc todos 03 retratos an-
tigos fazemos. ampliações
de todos os tamanhos.
Casa especializada em trobalhos
pára amedores, qe nos mereçem à
melhor atenção.
. dox Remedros, 99— Lisboa
Impressos para esco-
las e postos de ensino
Mapas do movimento de
alunos, vendem-se na Pap.
da Gráfica Celinda, L.da —
SERTAÁ,




