A Comarca da Sertã nº688 10-02-1950
z Es A
DR so in A
NUNY
Director Editor e Proprietário
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Petlódico reglonalista, Independente, defensor dos intorágses da Comarca da Sertã Concelhos de Sartã,
Amêndca e Gardigos [do concelho de Mação) DO DE O e
dno XIV Redacção & administração: Rua Serpa Pinto — Composição E Impressão: Meo HERE DE METHE SEE AE SE ME SE e SE HE EE DOE pe apEseE ape ape aid BRR E sBCHRC Eae ae ao E a EEE ep
Representante em Lishoa.
João Antunes Gaspar
L.de 5 Dómingos 18 81-= Tel, 43303
Publica-se nes dias 5, 10,15, 20, 25 0 3
Sertã, 10 de Fevereiro de 1950
Oleiros. Proença-a-Hova e Vila-do Rol! o Figouegias dg
(Visado pela Cor issão de Consura)
RESENDE SEER E E ME RO
— GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ N. 688
Este desconserto
“das calçadas…
E uma história triste é melancoli=
va, estã, é dos passeios da rh
Cândido dos Reis ec de maitas é vas
rindissimas vias públicas desta no-
bre Vila da Sertã, os primeiros toc
talmente desquarnceidos de calçada
ha um tor de anos c as últimas res
talhadas por salcos irregilaresc a
todo comprimento, com os calhads
soltos espalhados a esmo, desde aque
la Cpoca distante cm que-sc abriram
as valas para*instalar a Lubagem cita
dutora dé água aos domicílios!
Esta desordem nos passelos e nas
ruas allige, impressiona e contrista 0
menos sensível à boa ordem nas cois
sas, à devida arrumação úrbanista,
que pode dispessor jardinse decoras
ces luxdosas, mas exige pavimentos
decentes e segarós, evilando que o
tronscante dis’raido trópece e semas-
gue na pedra solta e corra, ainda, 0
perigo de melhár com os ossos no
chão! ;
Não há ninguém na Sertã que não
seferito com éste desmázelo, perda-
deiramente lamentável pelo aspecto
que oicrece e pelos prejuizos que
cadsa no trânsito e, ainda pior do
que 1550, Porque O nome da nossa
terra Aparece, na boca do visitante
que a demanda, pelas remas.da amara
gura! . Nanca esta expressão se póde
empregar com significado tão prós
prio e tão elacidativo, sem basólins
de lirismo oco à pretender qacbrar o
realismo dos factos, que, nocaso pres.
sente, minguém ousará desment! E,
nen Mesmo os que por coinodidade –
rengnciam à erifica e se conformam
com os laclos pressupostos const
mados, mirando as piores coisas pos
las lentes cor de rosa, com amuela –
pecha optimista inteiramente fvessa
a toda € qualquer rcacção, a qual é
indício de personalidade porque tram
duz opinião desassombrado e [az disa
tinção entro o bem e o mal nb linha
“recta dam critério que assenta em
“dados pstrológicos.
A quem ateibair as calpas deste
deshecrtlo? Não sabemos, nem ago-
ra edidamos de saber, que o limite
das nossas obrigações sé confina à
exposição dos lartos é ocorrências
com clareza c verdade, quer para
elucidar o público quer com vista a
pedir providências—quando é caso
“para tal=a quem as pode dar pora
“que elas sejem da soa alçada é compe-
tência, No domínio da administra-”
“ção pública tudo está dividido celas-
silicado, até à ínfima espécio, tado
“estã previsto, nOS menores porménos
Tea, para ser tratado e caidáado com
U máximo zelo em proveito do Esa
lado € das popalações, já que aquele,
detendendo estas, adquire Prestígio,
ao mesmo tempo que cúlda dos seus
interesses. Pode muito bem ser que.
as. repartições competentes não Bea
nheçõm, Com toda a exactidão, o desa
calabro ear chegaram os passeios
da ron Cândido dos Reis e muitos
pavimentos da Vila e ainda não se
haja reilcetido bem sobre 05 danos
miteriais que resaltam por não se
Ler procedido às reparações em tem-
“po devido, danos que prosségairão
em crescendo contingo € ininterrap-
to até o termo delas.., Que, por cha
quanto, não se vislombra |
Vê-se, aqui € em toda a parte, que
os melhoramentos a cicetosr pelo
Ministério das Obras Públicas, seja
qual for a secção delc dependente,
não soirem delongás é que a com-
petência, 8 pericição c a presteza sé
– Impõem e admiram emtodos os tras
“ balhos -como se via, por exemplo,
na nossa Avenida dos Combatentes
da Cironde Ciacrra, em que o con-
janto de pavimentos da faixa de ro
lagem c passcios se revelaram incas
cedivel obra prima—enquanto que as
ga ar dependentes da Câmara
Manicibal só tarde e q más horas sé
levam à cabo, sobretudo, quando clas, .
“por Questões de ordem técnica e Th-
nanceiros, dependem doutras repáre
tições. E isto mma ctopia que se
afasta Jamentávelmente da compros
vada-c manifesta exc. lência da qua-
se totalidade dos Serviços Públicos,
em que predominam o saber, a orghe
nização técnica, o método, o intaito
de bem servir é o factor tempo, sem
excluir ama coomomia sensata, que
nunca roça pela avareza porgac tem
o tlto sentida da atilidade prática.
No caso de que vimos tratando
hove, provâvelmente, qualquer grão:
de areia boroecrático que fez descar-
rar a máquina quando ela, restole-
gado, se aproximava do termo do
caminho, od seja da solação conves
mienic! Pois que se carrile à má
quina sem mais demoras, que isto
esstm não pode continaar. Arda
principal c a moalor porte da Vila
olerece am aspecto lamentável, de
que qualqaer homilde aldeta se en
-sergonharia.
Acabe-se com isto quanto antes.
Procare a Câmara Manicipal qma sos
lação prático, mas tanto quanto poss
sivel rápida, lembrando-se que à tom
dos os Inconvenientes, já expostos,
um mais há a jantar: à infiliração
dt úpuas nos alicerces das paredes
dos edifícios que têm a fachada prina
cipal para a roo Cândido dos Reis.
Se eles sc arrdinarem, quem indes
maiza os proprietários 9
Ut 7 is a
Jesus Cristo
de E. Cristiani.—A! venda na Papa
laria da Grálica Celinda, Leda—Sertã,
Confie os seus impressos à
Gráfica Celinda, Limitada
hospital Misericórdia As primei ras inst-
tuições de beneficência que existiram
nã Sertã foram as Albergarias que
crom anteriores ao reinado D. San-
cho Le, pelo menos, contemporâneas
do fundador da monarquia ports
qucsa.
Um dos deveres das antigas Ora
dens religiosas era fundar alberga
rias, destinadas a hospedar grataitas
mente os transeuntes, pobres ou ri-
“Os C múito necessárias naquele
lempo em que só linvia mcios de
transporte morosos- é caminhos ins o
vlos através de matas espessas €
longas, onde o dobo e o qrso viviam
“à vontade. No sécalo IX fundaram
se inimeras na Europa cristã, mas
em Portugal só comecaram à ser
instituídas à maneira como se iam
alastando os mouros, edificando-se
“especialmente nos sitios ermos e nos
caminhos mais concorridos. Para a
Sua sustentação concorriam os reis,
às Ordens militares cos crentes, en
contrando-se ainda hoje nos arqui=
vos hastantes griginais de testâmen=
tos antiquissimos em que sc legavam
importâncias consideráveis a essas
benemeéritas instituições,
– Em 1195, ano em-que reinaca D-
“Sancho Ifol criado o primeiro hos«
“pital da Viln, agregandonseslhe os
“bens das Albergarias ou irmandades
de 5. João.
(Da A Sertã 0 se Canvelhos
de P. António Loyrenço Farinha)
Para à compra da máquina de in-
pressão da «Gomarça»: Há mescs
iniciâmos
a: campanha para à compra de uma
máquina mais rápida para imprimir
a “Comarca,
ta de quem pretende fazer am perió=
dico melhor c em menos espaço de
tempo para deicsa da região e dos
seus habitantes. A idcia, felizmente,
não cair em saco roto, Maitos pas
trícios compreenderam logo o nosso
intuito, impelidos não só pela simpa-
tin votada a este jornal, que é bem
sei, mas também pela dedicação que
núutrem pela sãa terra é convencidos,
afinal, de que um jornal, por mais
modesto, é um valoroso baluarte da
deiesa dos melhores e mais legítimos
direitos é o porta-voz de todas as
reconhecidas aspirações, au mesmo
tempo que representa o melhor elo,
icito de sentimento, de amor é de
saudade, entre os que modrejam Jon
ge c o torrão natal, Se outras pir-
tudes não oferecesse qualquer gazen
ta da Provincia, esta última bastaria
para lhes dor todo o auxílio de-que
carecem. (Quem há por aí que dese
conheça a alegria ea comoção que
proporcionam ama carta recebida da
lomilia distante, qu: se ama com tom
do o fervor da alma? E que é afiu
nal, pára quem vive. longe da terra
ou da Pálrin, o pequeno jornal, se
não uma carta de família 2
Pois bem! Em consequência da
nossa campanha, recebemos, há temo
po, mil escudos do nosso querido
potrício José Nunes da Silva, de
Luanda c há porcos dias foi=nos en
E” uma ambição jusa
e
r
a
m
a
a E EEE TRESBL AEE EEE EE OMS DO E PE Cd HERE RES DE de ME
tregue, pela espósa do nosso amigo
Raik Alves Nones, de Kilkúgit (Congo
Belgo) 100400, que muito. agrades
Coms,
U Carnaval na Sartá Assim pe
rece, segan-
– promete ser animado ? ao dizem…
às más línguas e até aquelas, pr
dentes, cautelosos e ponderadas, dia
gnas de todo o respeito, consider-cão
e crédito. Se é verdade que o Entram
do deixo de ser o hobo jolião, ridim
culo é atrevido dc há bons 30 ados e
passou a senhor algo cirernspécto,
incapaz de mofas c piadas dc mai
gosto, contido, ele ainda gosta de
nos dar um ar da saa graca, us
cando proporcionar horas de alegria
& quem, de Lodo em todo, não se pol
vca à misantropia c acabranhemento
que são sintomas desta cpoca de desm
pario colectivo cm que se podem
considerar verdadeiramente Gelizos
aqueles que não medem às passos da
vida pelo caminho acidentado das
preocupações de toda à úrdem…
Seja como lor, é preciso que cada
qual, ma vez por oatra, alivele à
máscara do optimismo, voltando as
Cosas dos esgares e farçadas do
vestino. E o Carnaval quer ter essa
pretensão, que, à ser estulta, sc peei-
ta sem relutância porque o calendam=
riv ainda lhe conscrpa alguns direitos!
Posto isto, queremos dizer queino
Grémio Sertaginense sc realizam, no
domingo gordo, uma matiriêe dedim
cada às crianças € uma soirêe sim
ples e, nã 34 feirá, nova soirée, prós
corando-se que esta ditima atinja à
animação deatros tempos; para isto,
tentasse conssgar boa música, hp
vendo, também, completo servico de
batete. No Sertamense Foot+Ball Clab.
haverti bailes; porém, à hora a gde
escrepemos, dali não vos poderam
dar informações precisas sobre os
dias cxactos da sua realização.
Chuva, hendita sejas! Achava fare
“ta e bem cais
da desde há ans poacos de dias tem
sido um alegrão para toda a gente é
muito principalmente para-o lívras
dor, já satirado da gcada e deveras
preocupado com a expectativa duma
nova séca,. cujas probabilidades
agora Se conjecturam ser mendres.
Por outro lado, a chava teve o cons
dão de amenizar à tenperatore: o
frio é agora maito menos intenso,
por conseguinte, mais saportável,
No sábado, de manhã, caiu gras
nizo por duas vezes; cra tão miido
que não consta ter originado pre
JUÍZOS. = pos ma
Padíco do casamento
Pelo nosso amigo sr. Ergénio
Ferreira de Matos c suo esposa, foi
pedida, para sea filho se. dr. Eugés
nio Ferreira de Matos, distinto mé
dico em Sobreira Formosa, a mão dé
mademoiselle Maria Adélia Ferrcia
ra de Matos, gentil ce prendada ilha
do sr. Júlio Ferreira de Matos é de
Sima esposa se” D. Adélia Ribeiro de
Matós.
O casamento deverá realizar=se
brevemente.
Novo regime
fig fabrico e venda para a Indistria
de panifigação no distrito de Gas-
“o cololo Branco
O subdelegedo do 1, N. T. P. pes
de-nos a pablicação da seguinte nota:
Por despacho de 7 de Janeiro de
1930, de Sua Excelência o Sabsecre-
tário de Estado das Corporações. pu-
bhcado no-Diário do Governo H- sé
rie, de 4 do corrente, joi determina-
do, à titulo experimental, o seguinte
horário de trabalho para a indústria
de panificação deste distrito :
FABRICO — 1. Scgonda à Sextas
teira— Amassador, entrada às O ho-
ros. soido às & horas; iorneira, cn
trada às 2 horas, saída às 10 horas,
com descanso de uma hora à indicar
no mapa horário.
Outro pessoal: sete horás de tra»
balho, com qma hora de descanso, à
fixar no mapa horário, não podendo
a entrada ter lugar antes da do amas-
sador.
SABADO — Haverá dois periodos
de trabalho, sendo O primeiro ignal
dos restânics dias da Semana EO sç-.
gando como segue: amassador, En-
trada às O horas, salda às 16 horas;
torneiro, entrada às 11 horas, saída
às 12 horas, com descanso de meia
bora, & indichr no mapa horário,
Oatro pessoal: seis horas c trinta
minutos de trabalho, com início uma
hora depois de terminado 0 1.º pe-
ríodo, e meia bera de descanso a in-
dicar no mapa horário.
O forno só poderá scr aceso de-
pois da hora da entrada do forneiro.
E’ antorizada & permanência n& pa-
daria, durante uma hora, do empre-
gado encarregado do refresco dos is=
cos. Essa hora déve scr remantra-
dn nos termos legais e deverá scr in-
dicoda, Assim como o nome do eme
pregado, no mapa do horário de tro-
balho,
VENDA 1º período; Abertora às
7 Horas; Encerramento às 12 horá
c 50 mimitos. –
2.º periodo: Abertura às 17 hóras
€ trinta minutos; Encerramento às
19 horas, di
PR entrada dos caíxciros de pado-
ria terá lugar às 6 horas. No 2.º pe-
riodo é nas padarias própriamente
ditos a venda acrá assegurada por
um ajudante de padaria, dentro do.
sea horário de-trabalho, devendo q
enlxciro comparecer no estabeleci-
mento às 19 horas, para fecho de
contás. Nos depóslios é o respectivo
ehixciro que assegara a venda nos
dois períodos.
Ros sábados o encerramento do
2.º período será às 21 horas, poden=
“do q calxciro de padaria intervir na
venda. dorante todo o 2º periodo
“deste dia.
Devem os industriais da área
desta Subdelegação elaborar novos
horários, em conformidade com o
“disposto no presente despacho,
Este despacho entra em vigor no
dia 6 de Fevereiro, .
Castelo Branco e Sabdelegação do
Tastitato Nacional do Trabalho e Prem
vidéncia, em 6 de Fevereiro de 1050,
O Saubdelegado, Antônio Ferreira
Falcão, E
EA
Visitas
Tivemos O prazer de cumprimen»
tar na Sertã, na 3 feira, Os nossos
amigos srs. dr, Antônio Barata Sala
gueiro, dr. José Nunes da Silva, João
Antunes Gaspar, Augusto Maleus,
Joaquim Mateas, João Lourenço, An=
tónio Alves, Virgílio Dias Garcia,
Aeárcio Rodrigues Barata e Antônio
Alves Neves, de Lisboa e P. José
Corrêa, de Alvega.
A Comarca da Sertã
MARMORES E GRANITOS POLIOOS
para todos os fins, tais como:
Construção Civil
“ Jazigos-—Campas
Lava-Loiças |
Lava-Copos Bacias
“Chapas para baleões 8 masas, ete,, ate,
Preços razoáveis! Mármores de excelente qua-
lidade 1 Optimo acabamento
Consaltai o agente da Sociedade Albi-
castrense de Mármores e Granitos Po-
lidos, L.da na Seriã:
Pedro de Oliveira
Rua Gonçalo Caldeira
“ANUNCIO
1º Praça
For estese onumcia, que no dia 25 do
próximo mês de Fevereiro, pelos ii horas,
cg porta do Tribunal Judicial desta cúmor»
casge há-de proceder à arrematação em
hasta pública do prédio n segidr designado
e pelo muslor preço que for oferecido net
ma do seu valor a seguir imticedo.
PRÉDIO
Terra com ollvelras e mato, no: sitin
do VALE DO LOBO, dimte da Giesteira,
hrequesia de Sobreira Formosa, ingorito
na matriz
Sobreira Formoso sob o arilgo 2.540€ des
erito na Conservatória do Registo Predial
sob o número LB ;
Vai 4 primeira preço pelo calor ma-
trivial de 2250840. Sobre este prédio peso
so usutrato eltalicio de metade n letor de
Justa de Almeida Franco ou Justa de Al-
melda Franco de Matos, video, residente
em Sobreira Formosa. Penhorado nos ad
edlal rástico dn freguesia de
tos de exerição por castas que o Ministé-
rio Público move contra dálio Franco de
Potes e muolher Olinda Ferro de Motos,
residente no vila de Sobreira Formosa.
Sertã, 25 de Janeiro de 1450.
VERIFIQUEIS
á O Juiz de Direito,
Améindio dos Santos Cruz
O Chefe de Secção,
dose Nunes
‘ Calçado
TEM BOM GOSTO?
“E COMPRAR NA
Sapataria Brasil
208, Rua da Madalnna, 212 — LISBOA –
Telcionc — 30206 CER
Filarmónica União Sertaginense
Aos Sertanenses Amigos:
A Direcção da Filarmónica União Sertaginense, não pode como
cra q Seu maior desejo, arcar com à pesada responsabilidade de
manter como até aqui, o centenária Colectividade que, por um feliz
acaso ainda existe, pois Os seus encargos são de tal ordem grandes e
bem onerados que muitas vezes nos falta a coragem de continuar à
testa da sua Direcção.
Mantém-se ainda, mercê de diversos factores que maito tém
contribuido para à sãa sustentação e reilexão do seu Corpo dirce-
tivo que tem sobre os ombros pesada cruz,
Chegou a altura de todos que se dizem Amigos da sua Terra —
quer naturais quer adoptivos—c simpatizantes com & Velha Colecti-
vidade, corresponderem às necessidades imperiosas que tem, atribain-
dolhe o seu donativo para à auxiliarem na compra de instrumental
que tonta falta lhe jaz € bem assim na aquisição de um fardamento
de pano azal.
Sertanenses, filhos dilectos e adoptivos da SERTÃ!
Está em jogo o fataró da Sociedade Filarmónica União Sertagi-
nense, Colectividade que tem de existência 117 anos; acudir-lhe, é pois
um dever vosso, porque acima de tudo há aquele velho lema—um por
todos e todos por um—e diremos como Camões «outro poder mais
alto se levanta» À SERTÃ.
O bom nome da Terra que é berço da vossa infância c torrão
acolhedor para os adoptivos; que acalenta em sea seio, como filhos
queridos, todos aqueles que sabem avaliar as suas necessidades,
Chegou a hora de tocar a anir!l!
Pela SERTÃ, terra bendita que nos insuíla na alma a coragem
precisa para levarmos à bom termo à nau que promete sossobrar ;
pela SERTÃ, terra acolhedora e meiga para quem dela se abéira, €
Pela SERTÃ — cumpramos o nosso dever — auxiliando à Velha
Colectividade.
Sertã, 30 de Janeiro de 1950.
A Direcção
SCEINO
u o há l
pao dede ma ide
mação de lt
ver conclaido o earso em Ciências
Econômicos e Financeiras este sim
pático e excelente moço, iilho do
“ nosso amigo Manage! Joagaim Nos
gatira, importante industrial do Vale
do Pereiro. O Constantino, que com
nhecémos desdc 0S tempos em que
frequentava à escola primária, é um
rapaz inteligente c mostrodg-se- sema
pre um aluno distintissimo, alcan=
cando classificações que denotávara,
alérr dama aplicação exemplar, O
imntaito lonvável de consejair oma
posição independente na v’da.
Esta, presentemente, empregado
no Instituto Nacional de Estatistica É
tado leva a Sapor que, pelos Seus
| méritos, penha a conquistar uma in»
pejnvcl posição de relevo. São estes
05 polos sinceros de quém, como
nós, tem nã decida conta as quálidas
des dos ie pretendem singrar, no
rade caminho da vida, pelo próprio
ESTONÇO,
Ao Constantino € A seu pai, apre=s
sentamos os nossos parabens.
Começar Hospital da Vila de Rel; comecar
obras de constração deste Hospital.
O caso des «Três Grandes da Fre-
guasia do Sobral»
Esiá marcado para o dia 30 de
Maio, pelos! horas, continuando
no dia imediato, o prosseguimento
da audiência. de julgamento do
caso dos «Três Grandes da Fre-
guesia do Sobrab, que se iniciou
ne feira, dia ?, em que depuse-
ram todas as testemunhos de acusa
sação e apenas uma dé dejesa;na-
queles dias, por conseguinte, serdo
ouvidas as restanies de defesa.
Os réus — direclor deste periodi-
co e representante do mesmo na
capital, Jodo Antunes Gaspar— têm
airono q sr, dr. José Nunes
da Silna, ilustre advogado ent E is-
boo va Junia de Freguesiado So-
“bra! escolheu pora a representar q
sr dr, César Abranches, distinto
caustdico de Coimbra,
Nascimento
Teve 0 seu feliz gucesso no dia
18 do mês finds, dando à duz uma
robusta menina, a srº D. Afaria
Luisa Diga, esposa do Nosso amigo
João Dinis Nunes, do Froviscal.
Mae e filha estão hem.
Transferência de presos
Por faltu de lotação na cadeia
desia comarca, foram transferidos,
tendo já seguido: para a codeia
civil de Coimbra—dniónin Ramos,
chefe da quadrilha do Mosteiro;
Marnel Antônio, dos Silveirinhas
(Trovisent); Joaquim Farinha, do
Mosteiro da Senhora dos Remé-
dios; José Pereiro, da lelva da
Louça (Proença-a-Nova); Manuel
Martins Lopes, que fazia parte da
referido quadrilha do Mosleiro; e –
Jesuino OQogresma da Silva, de
Aldeia de Ana de Avis (Figueiró
dous Vinhos); € para as cadeias ci-
vis centrais de Lisboa-Cartos dos
Santos, do Roquerrinho (Mosteiro),
um dus elementos da mesma qua-
drilha. Dentro em breve, os dois
filhos deste último, lambém julza-
dos e presos como componentes da
quadrilha, de nomes Angelo e Sil
vino, deverão ser iranferidos pera
uma colônia agricola.
od e RT
Selecções do Reader’s Digast
Vendem-se na Papelaria
da Gráfica Celinda L.da.
Novo regime
fig fabrico e venda para a Indistria
de panifigação no distrito de Gas-
“o cololo Branco
O subdelegedo do 1, N. T. P. pes
de-nos a pablicação da seguinte nota:
Por despacho de 7 de Janeiro de
1930, de Sua Excelência o Sabsecre-
tário de Estado das Corporações. pu-
bhcado no-Diário do Governo H- sé
rie, de 4 do corrente, joi determina-
do, à titulo experimental, o seguinte
horário de trabalho para a indústria
de panificação deste distrito :
FABRICO — 1. Scgonda à Sextas
teira— Amassador, entrada às O ho-
ros. soido às & horas; iorneira, cn
trada às 2 horas, saída às 10 horas,
com descanso de uma hora à indicar
no mapa horário.
Outro pessoal: sete horás de tra»
balho, com qma hora de descanso, à
fixar no mapa horário, não podendo
a entrada ter lugar antes da do amas-
sador.
SABADO — Haverá dois periodos
de trabalho, sendo O primeiro ignal
dos restânics dias da Semana EO sç-.
gando como segue: amassador, En-
trada às O horas, salda às 16 horas;
torneiro, entrada às 11 horas, saída
às 12 horas, com descanso de meia
bora, & indichr no mapa horário,
Oatro pessoal: seis horas c trinta
minutos de trabalho, com início uma
hora depois de terminado 0 1.º pe-
ríodo, e meia bera de descanso a in-
dicar no mapa horário.
O forno só poderá scr aceso de-
pois da hora da entrada do forneiro.
E’ antorizada & permanência n& pa-
daria, durante uma hora, do empre-
gado encarregado do refresco dos is=
cos. Essa hora déve scr remantra-
dn nos termos legais e deverá scr in-
dicoda, Assim como o nome do eme
pregado, no mapa do horário de tro-
balho,
VENDA 1º período; Abertora às
7 Horas; Encerramento às 12 horá
c 50 mimitos. –
2.º periodo: Abertura às 17 hóras
€ trinta minutos; Encerramento às
19 horas, di
PR entrada dos caíxciros de pado-
ria terá lugar às 6 horas. No 2.º pe-
riodo é nas padarias própriamente
ditos a venda acrá assegurada por
um ajudante de padaria, dentro do.
sea horário de-trabalho, devendo q
enlxciro comparecer no estabeleci-
mento às 19 horas, para fecho de
contás. Nos depóslios é o respectivo
ehixciro que assegara a venda nos
dois períodos.
Ros sábados o encerramento do
2.º período será às 21 horas, poden=
“do q calxciro de padaria intervir na
venda. dorante todo o 2º periodo
“deste dia.
Devem os industriais da área
desta Subdelegação elaborar novos
horários, em conformidade com o
“disposto no presente despacho,
Este despacho entra em vigor no
dia 6 de Fevereiro, .
Castelo Branco e Sabdelegação do
Tastitato Nacional do Trabalho e Prem
vidéncia, em 6 de Fevereiro de 1050,
O Saubdelegado, Antônio Ferreira
Falcão, E
EA
Visitas
Tivemos O prazer de cumprimen»
tar na Sertã, na 3 feira, Os nossos
amigos srs. dr, Antônio Barata Sala
gueiro, dr. José Nunes da Silva, João
Antunes Gaspar, Augusto Maleus,
Joaquim Mateas, João Lourenço, An=
tónio Alves, Virgílio Dias Garcia,
Aeárcio Rodrigues Barata e Antônio
Alves Neves, de Lisboa e P. José
Corrêa, de Alvega.
A Comarca da Sertã
MARMORES E GRANITOS POLIOOS
para todos os fins, tais como:
Construção Civil
“ Jazigos-—Campas
Lava-Loiças |
Lava-Copos Bacias
“Chapas para baleões 8 masas, ete,, ate,
Preços razoáveis! Mármores de excelente qua-
lidade 1 Optimo acabamento
Consaltai o agente da Sociedade Albi-
castrense de Mármores e Granitos Po-
lidos, L.da na Seriã:
Pedro de Oliveira
Rua Gonçalo Caldeira
“ANUNCIO
1º Praça
For estese onumcia, que no dia 25 do
próximo mês de Fevereiro, pelos ii horas,
cg porta do Tribunal Judicial desta cúmor»
casge há-de proceder à arrematação em
hasta pública do prédio n segidr designado
e pelo muslor preço que for oferecido net
ma do seu valor a seguir imticedo.
PRÉDIO
Terra com ollvelras e mato, no: sitin
do VALE DO LOBO, dimte da Giesteira,
hrequesia de Sobreira Formosa, ingorito
na matriz
Sobreira Formoso sob o arilgo 2.540€ des
erito na Conservatória do Registo Predial
sob o número LB ;
Vai 4 primeira preço pelo calor ma-
trivial de 2250840. Sobre este prédio peso
so usutrato eltalicio de metade n letor de
Justa de Almeida Franco ou Justa de Al-
melda Franco de Matos, video, residente
em Sobreira Formosa. Penhorado nos ad
edlal rástico dn freguesia de
tos de exerição por castas que o Ministé-
rio Público move contra dálio Franco de
Potes e muolher Olinda Ferro de Motos,
residente no vila de Sobreira Formosa.
Sertã, 25 de Janeiro de 1450.
VERIFIQUEIS
á O Juiz de Direito,
Améindio dos Santos Cruz
O Chefe de Secção,
dose Nunes
‘ Calçado
TEM BOM GOSTO?
“E COMPRAR NA
Sapataria Brasil
208, Rua da Madalnna, 212 — LISBOA –
Telcionc — 30206 CER
Filarmónica União Sertaginense
Aos Sertanenses Amigos:
A Direcção da Filarmónica União Sertaginense, não pode como
cra q Seu maior desejo, arcar com à pesada responsabilidade de
manter como até aqui, o centenária Colectividade que, por um feliz
acaso ainda existe, pois Os seus encargos são de tal ordem grandes e
bem onerados que muitas vezes nos falta a coragem de continuar à
testa da sua Direcção.
Mantém-se ainda, mercê de diversos factores que maito tém
contribuido para à sãa sustentação e reilexão do seu Corpo dirce-
tivo que tem sobre os ombros pesada cruz,
Chegou a altura de todos que se dizem Amigos da sua Terra —
quer naturais quer adoptivos—c simpatizantes com & Velha Colecti-
vidade, corresponderem às necessidades imperiosas que tem, atribain-
dolhe o seu donativo para à auxiliarem na compra de instrumental
que tonta falta lhe jaz € bem assim na aquisição de um fardamento
de pano azal.
Sertanenses, filhos dilectos e adoptivos da SERTÃ!
Está em jogo o fataró da Sociedade Filarmónica União Sertagi-
nense, Colectividade que tem de existência 117 anos; acudir-lhe, é pois
um dever vosso, porque acima de tudo há aquele velho lema—um por
todos e todos por um—e diremos como Camões «outro poder mais
alto se levanta» À SERTÃ.
O bom nome da Terra que é berço da vossa infância c torrão
acolhedor para os adoptivos; que acalenta em sea seio, como filhos
queridos, todos aqueles que sabem avaliar as suas necessidades,
Chegou a hora de tocar a anir!l!
Pela SERTÃ, terra bendita que nos insuíla na alma a coragem
precisa para levarmos à bom termo à nau que promete sossobrar ;
pela SERTÃ, terra acolhedora e meiga para quem dela se abéira, €
Pela SERTÃ — cumpramos o nosso dever — auxiliando à Velha
Colectividade.
Sertã, 30 de Janeiro de 1950.
A Direcção
SCEINO
u o há l
pao dede ma ide
mação de lt
ver conclaido o earso em Ciências
Econômicos e Financeiras este sim
pático e excelente moço, iilho do
“ nosso amigo Manage! Joagaim Nos
gatira, importante industrial do Vale
do Pereiro. O Constantino, que com
nhecémos desdc 0S tempos em que
frequentava à escola primária, é um
rapaz inteligente c mostrodg-se- sema
pre um aluno distintissimo, alcan=
cando classificações que denotávara,
alérr dama aplicação exemplar, O
imntaito lonvável de consejair oma
posição independente na v’da.
Esta, presentemente, empregado
no Instituto Nacional de Estatistica É
tado leva a Sapor que, pelos Seus
| méritos, penha a conquistar uma in»
pejnvcl posição de relevo. São estes
05 polos sinceros de quém, como
nós, tem nã decida conta as quálidas
des dos ie pretendem singrar, no
rade caminho da vida, pelo próprio
ESTONÇO,
Ao Constantino € A seu pai, apre=s
sentamos os nossos parabens.
Começar Hospital da Vila de Rel; comecar
obras de constração deste Hospital.
O caso des «Três Grandes da Fre-
guasia do Sobral»
Esiá marcado para o dia 30 de
Maio, pelos! horas, continuando
no dia imediato, o prosseguimento
da audiência. de julgamento do
caso dos «Três Grandes da Fre-
guesia do Sobrab, que se iniciou
ne feira, dia ?, em que depuse-
ram todas as testemunhos de acusa
sação e apenas uma dé dejesa;na-
queles dias, por conseguinte, serdo
ouvidas as restanies de defesa.
Os réus — direclor deste periodi-
co e representante do mesmo na
capital, Jodo Antunes Gaspar— têm
airono q sr, dr. José Nunes
da Silna, ilustre advogado ent E is-
boo va Junia de Freguesiado So-
“bra! escolheu pora a representar q
sr dr, César Abranches, distinto
caustdico de Coimbra,
Nascimento
Teve 0 seu feliz gucesso no dia
18 do mês finds, dando à duz uma
robusta menina, a srº D. Afaria
Luisa Diga, esposa do Nosso amigo
João Dinis Nunes, do Froviscal.
Mae e filha estão hem.
Transferência de presos
Por faltu de lotação na cadeia
desia comarca, foram transferidos,
tendo já seguido: para a codeia
civil de Coimbra—dniónin Ramos,
chefe da quadrilha do Mosteiro;
Marnel Antônio, dos Silveirinhas
(Trovisent); Joaquim Farinha, do
Mosteiro da Senhora dos Remé-
dios; José Pereiro, da lelva da
Louça (Proença-a-Nova); Manuel
Martins Lopes, que fazia parte da
referido quadrilha do Mosleiro; e –
Jesuino OQogresma da Silva, de
Aldeia de Ana de Avis (Figueiró
dous Vinhos); € para as cadeias ci-
vis centrais de Lisboa-Cartos dos
Santos, do Roquerrinho (Mosteiro),
um dus elementos da mesma qua-
drilha. Dentro em breve, os dois
filhos deste último, lambém julza-
dos e presos como componentes da
quadrilha, de nomes Angelo e Sil
vino, deverão ser iranferidos pera
uma colônia agricola.
od e RT
Selecções do Reader’s Digast
Vendem-se na Papelaria
da Gráfica Celinda L.da.
e 1———aesêeo
À questão
O sr. Domingos Roque Laia,
referindo-se ao inconveniente, pa-
ra q população dos meios rurais,
de o cômércio das sedes de fre-
guesia estar encerrado aos domin-
gos, conclui:—«aCom a nova mo-
dalidade ninguém ganhou, antes
pelo contrário, todos perderam».
Sr. Director de «A Comarca da
Sertã» e mea prezado amigo.
“ Q jornat a «Beira Baixa», de 5
de Dezembro último, pabliea ama
notícia do seu correspondente dos
Cungueiros (lagar da freguesia de
Sobreira Formose), que, depois de se
referir ás últimas eleições, ao péssi»
mo estado em que se encontra a Esm
cola olicial, á abundância da ezeito»
na, pastos para OS gados e água, alu-=
áia mais ao seguinte: «Causa bas-
tantes inconvenientes aos habitantes
dos povos estarem os coméreios ten
chados aos domingos nas sedes das
freguestas ; era neste da que iam tam
zer as compras e assistirem à missa;
assim têm: de dispender am dia por
semana e as classes operárias, mat-
tas delas vão trabalhar sos domin»
gos». Na «Comarca da Sertã» de 15
do mesmo mês, sob o título «Notas
a lápis» vem o segainte: «Diz O cor=
respondente de «Beira Baixa» em
Canquehros (€ transereve a “notícia a
que acima se alade na parte que se
refere ao descanso aos domingos»).
E” pena que os comércios estejam fem
chados aos domingos, mas mais pes
na seria que estivessem abertos, por
que o domingo é O dia indicado par
ra o descanso de todos quantos tram
balham durante a semana, inclaindo.
os próprios empregados do comércio,
“que também’ são de carne e osso.
“Foi Deas que o disse «Ao 7.º dia des=
cansarás». Era absurdo que cada
“concelho disPusesse dum dia especial
para descanso, á saa eseolha. De-
“erctoa-se O domingo como dia de
descanso geral, dentro das melhores
normas sociais é morais e por isso
essa determinação foi bem recebida |
por todos os trabalhadores com ex»
“cepoão apenas de alguns ganancio-
“sos-gque pretenderam: mistarar Os
OS
“sesis intcrêsses com as obrigações :
“religiosas dosserentes:
Estes dispõ:m- de
– trabalhar € do domingo pará descan=
sar e cumprimento dos deveres im»
«postos pela Igreja. Assim é que es-
tá certo.
Hoave uma natural e compreen-
– siva reacção nas localidades onde os
“mercados eram eos domingos, que, –
«pela nova lei, hoave que mudar para
outro dia da semana, mas o povo.
– acabou por se adaptar às novas dis»
posições sem qualquer protexto, vis=
“fo que não lhe traziam prejuizos mem |
-teriais; continga a dispor de seis
para obter O que precisa, como os
comerciantes continaam a dispor de
seis dias para ejectuar o seu negóm
«cio. E” inátil, pois, continuar a insis-.
tir nom assanto que está resolvido .
o mais satistatóriamente possível. .
: «Em 20 do relerido mês pablica <A,
sob o título.
«Através da Comarca» a já citada.
notícia do correspondente dos Can-= k.
queiros apenas com à nota de ser.
transcrita de «Beira Baixa» sem,
Comarca da Sertã»
emais qualquer comentário…
» Mas, em:5 de Janeiro: corrente, .
– pablica «A Comarca da Sertã» ama |
“carta do Troviscal, assinada pelo sr.
, Virgílio Costa, que diz o «seguinte:
éx.7º gr. correspondente da:«Beira
– Baixo» em Cangqaeiros, declaro-lhe-
-em nome dos habitantes da. minha.
freguesia que fiquei abismado com o.
– que escreveu sobre o descanso sem
-1m8nal ao domingo. Vê-se que não *
conhece o ássanto e a prova é que
na 2.º parte deita por terra o que &
seis dias para
“descanso dominical seja transferido .
para qualquer outro dia da semana, |
principio defende. Qual será mais
justo? O povo fazer as sues com
pras ao domingo e trabalhar de sem
mana, ou ir de semana fazer as com»
pras, e trabalhar ao domingo, como
V. diz que muitos fazem ? Sc os emu
pregados precisam de descanso, con»
cordamos, mas já dantes tinham o
seu dia de descanso € nesse caso
deixassem trabalhar o correrciante,
Não era absurdo, como diz, que ca-
da concelho tivesse o dia de descan»m
so á sua escolha, acho até justo que
calda freguesia tivesse o direito de
escolher o dia de descanso, pois de
fregaesia para iregacsia madam mui-
to as circunstâncias, conheço fregue-
sias cujas povoações são 3 e 4 qui
lómetros de distância, enquanto na
minha freguesia há povoações a 12
quilómetros do centro da freguesia,
ou seja de onde podem adquirir cer-
‘ tos artigos. Não deve ser jasto, que
pelos seus sentimentos religiosos
de
‘ vinham ao domingo á missa, e-te-.
“nham que voltar outro dia de sema-
na fazer as compras, ou então fr»
– cam como o tal sr. diz trabalhar ao
domingo e ir jazer as compras de
semana. Nada pois seria mais justo
que na minha fregacsia e noatras
em igaais circunstâncias o povo vies-
se à missa é fosse aviado no comérn
elo para dispor dos outros dias para
trabalhar, que todos são poucos da»
da a pobreza do meio, e aquele sr.
defenda «os interesses da saa terra e
não. se meta a.jalar do que não com
nhece, e no que toca a religião, eston
certo que se os srs. Padres fossem
consultados maitos Concordavam
com a liberdade do comércio ao do-
mingo, pois muito povo deixa de vir
á missa ao domingo, -e talvez tram
balhasse para voltar outro dia fazer
as compras. Com respeito à adaptam
ção está muito longe de.ser obtida,
pelo contrário, o povo da minha fre-
guesia aspira todos os dias pela li-
berdade do comércio ao domingo».
O D. de Notícias, de 6 de Janeiro,
sob o títalo «O descanso dominical»
pablica o segainte: Castelo Branco |
5. No Governo Civil foram hoje re-
“ecbidos pelo Cheie do distrito, sr. dr.
José de Carvalho, representações do
coméreio” dos -côncelhos da Sertã, –
Proença-a=Nova, Vila de Rei e Olei-
ros, que lhe foram solicitar que o
alegando que o facto de o comércio
se encontrar encerrado ao domingo
prejudicava o seu movimento, dada
a circanstância de os habitantes não
poderem deslocar-se.à sede daqueles
concelhos nos dias de semana».
Também «A- Comarca da Sertã» À
de 10 de’ Janeiro sob O título «Dia
de descanso semanal» publica o sen
gainte: «O Diário de Coimbra» de 7.
do corrente’ em notícia originária de
“Castelo Branco diz: (Transereve a
notícia acima citada e pablicada peu
fo Diário de Notícias) acrescida da
segainte «Nota da Redacção» — «E”
“Curioso verificar que no Concelho da
Sertã nunca demos pela” existência
de representaútes do comérciu, pois
nem sequer existe ama Associação
Comercial é também. não ouvimos
dizer que eos comerciantes da sede
do concelho conviesse a alteração
do dia de descanso, visto que O prin-
“cipal mercado semanal se realiza e
“realizou sempre aos sábados. Terão –
Os comerciante da Vila da Sertã sido.
“ouvidos sobre o assunto a que alude
+
aquela rotícia»?:
Discordo da opinião do sr. Diree-
tor de «A Comarca da Sertã», man
“nifestada nos seus comentários, por-
que, se á Sertã convém a nova mo»
-dalidade, por sér já um ccntro de
relativa importância, comercial € in»
dustrial, e contar na saa popalação
A Comarca da Sertã
do descanso semanal
mena
MAR ALTO.
O sol tomboa… O mar é mais escuro…
Amontoam-se as nayens pelo ar…
Olho o navio; e, num silêncio daro,
Vejo os homens de bordo vigiar…
Trágica marcha a nossa, perscrutando
O mar, com um cuidado que arrepia….
Ingênaamente, os homens vão sonhando.
A noiie é deasa—e vem tão longe o dial…
Aparo o ouvido:—Oaço cantar o vento
Uma triste canção, como um lamento,
Que a ananciar viesse o vendaval…
Com violência, fere a água a proa…
E na saudade atroz que me magoa,
Rezo, digo baixinho: — Portagal.. .
A. Baralá da Rocha
Névoa das Flandres
razoável número de fancionários
públicos, que, vivendo na Vila, não
precisam deslocar=se darante a se-
mana, para fazerem as saas com
pras, e garantem assim ao comércio
local, o sea consumo normal. Mas,
o mesmo não se pode dar nos ou-
tros concelhos de menor popalação,
e maito especialmente a sede das
fregaesias, caja clientela reside em
povoações muito afastadas.
Também, o autor da carta do
Troviscal, foi maito injasto para com
o correspondente dos Canquaeiros, a
àtribalr-lhe frases que ele não esgreu
veu! E, se lesse com mais atenção
a notícia publicada na «Beira Baixa»
teria verificado, sem espanto, que.
ambos delendem o mesmo:princípio.
E, para mostrar que o corres
pondente des Canqueiros estava den»
tro da boa rezão, provamo & reprem
sentação de todos os concélhos do
distrito (excepto o de Vila Velha de
Ródão) pedindo ao Sr. Governador
Civil de Castelo Branco a madancça
do dia de descanço. Oxalá, sciam
atendidos porque, embora o remédio
não venha já curar todos os males,
pode ainda salvar agacies que estão
em maior crise e que só vivem do
negócio.
E” certo, que a crise do poder de
eompra. é geral, mas, a nova modam
lidade veio agravar, ao máximo, ese
“sa já crítica situação. :
Quando o comércio estava aber-
to aos domingos, sucedia que’os cam
sais rurais, acompanhados pela sua
prole, principalmente as raparigas,
costumavam, depois de sairem da
fhissa, percorrer os váriós estabele-
cimentos, fazendo as compras, pre-
“viamente combinadas. Mas, quantas
vezes, essas compras eram aumen-
tadas pela cobiça de qualquer tecido,
em exposição, e ainda por verem
um lenço igaal ao que tem a Anita da
ti Zela, uma ehiteélha igual ao aven-
tal da Jaquina do Zé da Tapada…
é, quando o chefe da casa não estam
va disposto a gastar mais, a malher
disparava-lhe logo esta: Porquê?
“Eles não são mais do que nós, nem
“teem mais oliveirão… E assim lex
vavam tudo quanto lhes apetecia e,
quantas vezes, para satisfação de
“caprichos…
Hoje, quem. vai durante a seman
ha lazer as compras á vila?
Vai por grande necessidade a dom
“na da casa ou algam dos filhos, que
ainda não vai trabalhar, bascar as
Sardinhas, que (mesmo caríssimas)
são indispensáveis na casa dos pom
“bres, “algum carro de linhas, para
coser a roupa, e pouco ou nada mais
“se compra.
* Em conclasão: Com a nova mo-
-dalidade ninguém ganhou, antes pelo
contrário, todos perderam.
A própria Igreja, deve ter notado:
o decréscimo dos fieis nos seas tem-=
plos aos domingos, razão por que
aceitaria de bom grado o regime de:
abrir o comércio aos domingos, nas
freguesias rurais, onde isso conve-
nha méeis-ao povo.
E, com o pedido da publicação
desta mal alinhavada prosa se con”
fessa muito agradecido o velho ami-
go mt.” obrg.º. Ee
Lisboa, 20.de Janciro de 1950.
omingos Roque Laia
Entendemos que o interesse das:
classes trabalha loras impõe a vigên=
cia dum dia de descanso geral e ánl-=
co na semana e outro melhor não
pode haver-—até por princípios de
ordem: religiosa—do que vo domingo.
Há quem discorde desta ideia e
nós achamos bem que, quem quer
que seja, exponha livremente, nestas.
colunas, a sua opinião, como agora:
fez o nosso bom amigo sr. Domin-=
gos Roque Laia. Temos por norma
respeitar as opiniões contrárias em
qualquer campo € por isso as traze-
mos a lume sempre que se oferece
ensejo. E
‘ Não há homens nem ideias infam
líveis: a perieição só reside em Deus.
De facto, como expõe o sr. Roque
“Laio, a carrespondência dos Can-
queiros e a carta do sr. Virgílio
Costa-—aparentemente antagónicas—
convergem para a mesma finalidade: –
a abertura do comércio aos domin»
gos nos meios rarais,
Quanto à reabertara aos domin=
gos, solicitada pelos concelhos desta
região, soúbemos que, de facto—con
mo alinal havíamos conelaído loógi=.
camente-o comércio da ireguesia
da Sertã não estava incluído na pes
tição pelo simples motivo de que,
sendo o sábado o dia do seu maior
mercado – semanal, é-lhe indiferente
o encerramento ao domingo.
=
EQ e
Arcádia
O Dancing n.º | da capital
“BPRESENTA:
Um grandioso programa
de
atracções selecionadas.
= =* =
“*-Másica constante por duas dinã-
micas –
ORQUESTRAS
de ritmo moderno.
Não ficará conhecendo LISBOA
sos quem eli for e. não visite o
ARCÁDIA