A Comarca da Sertã nº613 23-10-1948
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Re, resentante em Lisboar:
João Antunas Gaspar
L. àe S. Domingos 18 s/1- Tel. 23393
Auo X
Director Editor e Proprietário
: Eduardo Barata da Sitra corrós — E
Amêndoa e Gardigos (do concalho de Mação)
Publica-se aoã “sª*âbªádes
MNebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da Gomarea da Sartã CGoncelhos de Sertã, Diviros. Prosnça-a-Neva
Sertã, 23 de Ourtubro de 1948
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6 Froguêsias
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o Vila-de Rel;
(Visado pela Comissão de Ceonsuroa)
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Redacção e administração: Rua Serpa Pinto — Gomposição e impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ
e ss
NDN NNN AOLONORNROIOLOE NNBA RORHOLONNROACI AENA EAA AAERCIONROR A JE NAOMNNNNAE WK*K*WK*!&*—WMW”z
NOTAS
8 último dia da Monarquia
XXIV
O sr. D. Manuel não quis iniciar a
retirada sem oavir do tenente Meneses
que cle, em igualdade de eircanstâncias,
faria o mesmo. E todos confirmaram
à resposta aiirmativa € a argência da
resolução.
B. Manuel com fato de passeio, e
as mârqueses do Faial e o conde de
Sabugosa, com as fardes e as conde-
corações do banquete de Belém, saíram
pela Tapada no ponto em que já os es-
peravam dois automóveis e um pelotão
de cavalaria. Ffomaram lugar num dos
“earros, e levaram o outro na hipótese
— de desastre. Subiram pelos Terremotos,
oavindo à artilharia que soava da Ro-
tanda. Na altura da Serra do Monsan=
to caía-lhes perto uma granada, e pou-
co depois afocinhava numa cova um
des automóveis, justificando a previ-
dência de terem levade o oItro, para o
qual logo passou o rei que depois dava
pela falta das jóias que Ievava. Tinham
ficado no local da «panne», e tiveram
“que voltar atrás para as buscar. Às
pertas de Benfica foi dispensado. o pe-
Tetão € o tenente Meneses recebea o
tncargo de dizer àão enefe do Governo
qae telegrafasse ào rei para Maira in-
formando-o do que acontecia.
: E a Maira chegou sem novidade, o
rei, a quem D. Tomás de Melo Breyner
que ali se encontrava em férias, teve.
de oferecer a comida da sua mesa, por
não haver oautra nem cozinheiro que a
preparassce.
No dia seguinte, enquanto em Lis-
boa.era proclamada a Repáblica, chegou
.asrº D, Améliá, vinda de Sintra com
e conde de S. Lourenço e o tenente Fei-
jó Teixeira. E depois o tenente-coronel
;ila’dington e o então comandante João
de Azevedo Coatinho, que traziam de
L.isboa às ultimas notícias e foram es-
cutãdos em sobressalto pelo rei e pela
rainha que, pouco depois e por outra
via, receberam em alvoroço esperan-
ças mais animadoras, mas menos ver-
dadeiras. . ;
O sr. Azevedo Coautinho acedeu a
voltar a Lisboa para saber à verdade;
– mas esta surgia celara quando nos edi-
fícios de Maira foi arvorada a bandei-
ra da República e um telegrama da
Erlecira comaunicou estar ali esperando
o iate «Amélia», com oinfante D. Afon-
so à berdo, e na prãia a Sr.º D. Maria
Pia, vinda de Sintra. Para o sr. D. Afon-
so ir’ de Sintra à Cascais teve que pe-
dir duzentos mil réis emprestados por-
– que os não tinha. E tratoa-se de em-
.bárcar àa tamília real para o Porto—
disse-se-—talvez para justificar a fuga.
— Eeananca máis veria aquela se-
nhora que até então servi no Palácio
da Ajuda, que conheci tão Rainha e,
depois da morte do filho e do neto, vi
quase perder a razão que conservara
após a do marido. Disseram=me que
deseca para à praia da Ericeira quase
de rastos, amparada pelas sr.ºº mar-
quesa de Unhão e condessa de Figuei-
ró, pelo filho desta senhora e pelo sr.
conde da Ponte, que viera de Cascais
no late «Amélia».
(8a «Vital Fartas, Serridor de Heis e de Presidantes»)
Uma grande Excursão Nacional
a Lishoa, com a co!almraçãnr edªaãzãms%reàs”?ªsn%â .camioniglmda, mufa_g; País,
Uma das mais felizes ideias postas ao serviço do interesse páúbli-
co acaba de ser petrocinada pelo Grémio dos Industriais de Transovor-
tes em Automóveis, que promove no próximo dia 24, uma grande ex-
carsão nacional a Lisboa. Assim, as empresas concessionárias de
carreiras de camionetas, que tão altos serviços prestam ao País, asse-
gurando o intercâmbio das populações e estimulando o progresso, pro-
porcicenam, por intermédio do respeetivo organismo corporativo, às po-
pulações das suas áreas, uma oportunidade rara para visitar à capital
€ observar a notávei Exposição de Obras Páblicas, vasto docamentário
da obra feita nos últimos 15 anos.
A capital do Império vai ter, pois, oportunidade de receber dentro
dos seus muros, viajantes de todos os concelhos e, 8ao mesmo tempo, de
presenciar um destile de centenas
de autocarros, movimento que lhe
há-de dar ecolorido e vida, estreitando as-relações entre gentes de todo
o País.
(Conclusão na &a página)
ugusto Fernandes
Um grande Amigo de Oleiros
Prestando hoje homenagem às
extraordinárias feculdades de tra-— ——
balho, iniciativa e benemerência do
sr. Augusto Fernandes, que, em boa
hora, assumia a administração do
concelho de Oleiros, estamos con-
victos de que interpretamos os sen-
timentos de gratidão dos seus ha-
bitantes, que não ocultam a sincera
satistação que lhes inebria a alma
por, a pouco e peuco, lentamente,
Oleiros ressurge
Inauguração do helo edifício escolar
a sade do Goncelho. — ÀA cantina
vai sar um facto
OLEIROS, 16
No passado dia 1 do corrente foi
inaugurado nesta vila um espilêndido
edíficio escular com 4 salas. No dia 3
efectuou-se um gortejo eívico dos Paços
do Concelho para o referido edifíeio que
fica situado num dos melhores locais
desta vila, em que tomaram parte aléro
das autoridades locais e professores mui»
tas centenas de pessoas.Realizou-se uma
sessão solene presidida pelo ex.”º sr.
Presidente da Câmara, tendo usado da
palavra as ex.”* sr.º* D. Maria Gertru-
des Gonçalves Mota, e D. Adélia
Lopes Amoreira Serra e Monsenhor
Aaugusto A. Romão e por fim o ex.*º
sr. Augasto Fernandes, Presidente da
Câmara, que agradeceu aàas palavras
amáveis dos oradores enalteceendo em
seguida a grande obra realizada pelo
Estado Novo: A ex”* srº D Adélia
Tfrisou no seu diseurso a ceriação de uma
cantina escolar paraá & qual o ex.” sr,
Augasto Fernandes abriu à inscrição
com aà avaultada quantia de dez mil es-
cuados. Por fim foi ofereeido pelo sr,
Augusto Fernandes, um lanehe a todas
as crianças e um porto de honra às
autoridedes tecais.—(E) :
mas com inabalável firmeza, verem
ressargir as suas terras duma de-
cadência que entristecia é acabra-
nhava o mais optimista de seus fi-
lhos, sem esperança, até há poucos
anos, de que elas dessem um passo
em frente no caminho do Progres-
so, quer dizer, na realização dos
variadíssimos melhoramentos de
ordem material e social, os quais,
beneficiando cada povoação em or-.
dem particular ou geral, dignificam
todo um concelho, levando-o a enfi-
leirar janto daqueles que conside-
ram o seu resgate a condição prima :
da própria existência, destraldando
com entasiasmo, dia a dia, a ban-
deira das sagradas reinvindicações
colectivas, no duro combate sem
tréguas por um porvir melhor.
Augausto Fernandes conseguiau,
para o seu concelho, numa escassa
meia dúzia de anos, o que ele não
obteve durante um século | Exagero?
São os factos que o afirmam
com uma eloquência tal que subja-
ga e domina o espírito de qualquer
céptico, de qualquer seu inimigo pes-
tConclui na 4.8 pág:)
A LAP|
Desta vez, couberam à Seriã ai-
guns rapazitos ausiríaces, vindos a
Portugal fazer estágio por inicialiva
da «Cgáritas»; mal puseram e pé na
terra da Frigideira, loge algamas
famílias se prontificaram a reeebé-
loes, no seu costumado prepésite de
dispensar cearinhoe e proeteoção a
erianças que sofreram as mais duras
e inauditas provações com a guer-
ra.. Algumas delas, nasceram mes-
mo no adsvento doe terrível eatacelismo
—pois têm 9 anos de idade-e por
isso pode imaginar-se quantas cenas
frágicas e indescriptíveis seus olhi-
tos inocentes terão observado com
aquele terror amarfanhante que dei-
xa na alma um traço indelével de
amargura para todo 6 sempre! O
assassinato dos país e dos irmães
mais velhos? Sabe-se lá!
Cada eriança dessas talvez haja
sidoe figurante de cenas patéticas! Te-
das elas teriam porventara um caso
horrorese à narrar se então fora eu-
tra q sua idade, a idade em que se
principia a conhecer a brutalidade e
a fereza do instintos humanos. Mas –
ainda bem que elas não podem re- ,
cordar esse sudário horrível imposto
peles esearvizadores da sua pátria
E’ que, então, a sua alma ficaria in- –
sensível a todos os sofrimentos, ca-
mo de monstros se tratasse. :
Orxralá que estas visitas a Portu-
gal desses pequenos estrangeiros te-
nham o mérito de, quando forem
homens, revelarem a gua gratidão
amando todos 08 homens de todas as
pátrias, contribuindo para estabelecer
* a concórdia e paz universal,
2E XE
18 de Outubro: Cheveua heje li-
geiramente, o que há longo lempo.
não sucedia. Anseia-se por uma chu-
vada, por que a seca prolongadíssi-
ma tem prejudicado à lavonra.
228 HK 2R
A festa a S. Tiago Maior, na Co-.
Meceira, foi no domíngo. Aiunda mal
se adivinhava o arrebol e já aqui se
ouvia o som forte dos morteiroós e e
estralejar de centenas de foguetes,
como à conjeciurar fesia de ar-
romba, rija e tesa, para nãe fagir é
tradição. E foi boa, dizem os que
por lá se perderam no arraial, pe-
tiscando e hebendo… até ehegar .
com o dedo / :
Enfim, é uma vez no ane € o jus-
to pretexto para rêunir es membros
dispersos das famílias, que se esti-
mam, comeo adoram a pequena terra
onde nasceram e se fizeram homens.
eLs2X%RL
De há um mês para cá lem havi-
do amiudadas sessões de cinema na
Sertã, ao ar livre, vísio que 6 Cine-
Teatro foi feito para estar às mos-
cas.,. esperando-se, contudo, que:
ele reabra lá para o ano 2,000 /
Dessas sessões umas têm sido re-
gulares e outras; de pouco valem,
mas à falta de coisa melhor…
Conclusão 4.º pág)
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IEPTATRO e ç en mn o
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FORD ROADSTER
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A Comarea
— Bancing n.º | da capital
APRESENTA:
Um grandioso programa
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atraceeções selecionadas.
== 2 2= 2.=Â.
|º — Másica constante por duas di-
— nâmicas
ORQUESTRAS
de ritmo moderno.
—
“ Não ficará conhecendo LISBO A
quem ali for e não visite o
ARCADIA.
TúsaMecanica,L.º
Construtores de máquinas industriais. Ven-
da e construção de todas «us máquinas para
ões ias— ita— garlopas e
serrações, topias—serras de fita—gar e .
“ máquinas, de furar. Montagem e reparação
em toda n classe de motores. Todos os traba-
ihos são garantidos e pagos depois dos clien-
tea veriticarem que estão bem servidos.
$9, Rua Direita, 103 — COIMBRA
Maria Fernanda Barata
, MODISTA
; Cnnf%éçáo de t—óil’ettcs de senhora e
— erianga :
– R. Serpa Pinto — Sert8
Fixe bem….
Mármores e granitos polidos só os da
– Sorigdade Alhlcastrense de Mármores
: e Granitos Polidos, Lda.
Fábriea: Estrada da Mina
‘Siand e escritório: Rua das Olarias
nº 14— Telefone n.º 157
CASTELO BRANCO
– ‘..__figglçgdà!..;.’ Portugueses!…
— Em Portugal já se produzem
solas, calles, camurças, pelicas e
: “vernizes, que rivalizam com os
“melhores do múndo, e de que se
FTabrica o bom calçado, que se ven-
— dena Sapataria Brasil.
.. Rua da Madalena, 208-212
“Telelone 30 206
) Zig-Zas
O papei de fumar que
| satisfazobomfumador
CABECUDO
Vende-se propriedade denomi-
nada «Quinta de Santa Teresinha».
“ Tratar com o doneo.
— MOBILIAS
Usadas, em bom estado, de
quarto, de casa de jantar e de es-
critório, compram-se.
Nesta redacção se informa.
modelo A €
— Vende-se barato, motivo reti-
rado. : à :
Tratar. com Eerreira da Silva
Pampilhal-—Cernache do Bonjar-
dim
LISBOA,
G E
da Sertê
Árcàâdia DDT VEIGH. —— —
SARÓOL
PARA TRATAMENTOS LIQUIDOS E EM PO’
Carteiras de 120 gram’cfrs )
Pacotes de Í quilo — )
com 5, 10 e 20º/, de D DT
Insecticida orgânico de centacto e Inge:râo, que não
contém arsénico nem é venenoso para 8s pessoas e ani-
mais domésticos.
Depositário geral na Região:
: Antómio da Silva Lourenço — SERTÁ
Representante de CARLOS CARDOSO .
Rua do Banjardim, 551 — PORTO
António Lopes …
ESTABELECIMENTO de BEBIDAS e COMIDAS
“ Denominado
157, Rua dos Correeiros, 159
Telef.: CARTAXO 96
S LISBOA
A Covalense, Lda.
Telefone 29767
Colégio Vaz Serra
Admissão — 1.º e 2.º ciclo dos liceus
80”/, de aprovações no ano lectivo
del1947-1948 :
Matrículas a partir de 20 de Setembro
Cernache do Bonjardim
Inquérito
sobre melhoramentos
no distrito de Castelo
“ Branco
Precura o Governo Civil do dis-
trito conhecer com exaciidão o nú-
mero e a natureza das obras de inte-
resse público de que carece toda a
sua árca, desde.as terras importan-
tes às povoações mais humildes e,
para esse fim, distribuiu uma série
” de impressos, bem explícitos e devi-
damente ordenados, pelas câmaras
municípais e juntas de freguesia,
que as habilitam a responder, satis-
fatória e concretamentie, ao que se
preiende, com viísta a elaborar um
inquérito que nos parece vir oferecer
o mérito duma ordenação rigorosa
quante à distribuição de auxílios fi-
nanceiros e comparticipações do Es-
tado, tomando em linha de conta as
— necessidades locais e a natureza das
obras, com primazia, possivelmente,
das que mais se prendem com a saú-
de das populações.
Há, peis, toda a conveniência em
fazer o preenchimento com uma tal
preeisão que não só exprima a irre-
futável verdade, mas também habili-
te a orientar devidamente no cami-
nho fuluro quem tem por missão ve-
lar pelo bem estar material e físico
das pepulações do nosso distrito, das
quais, muitas das aldeias ainda vi-
vem em estado pouco menos que pri-
mitivo; é para cstas que há, em pri-
meiro lugar, que volver os olhos, tão
confrangedora é a sua vida sob al-
guns aspectos.
Transcrevemos, dum desses im.
pressos, esta parte bem elueidativa
do que se pretende;:
«Algumas povoações pertencem a
concelhos com mais possibilidades
e já beneficiaram de algunes melho-
ramentos, mas muitas, por falta de
recursos das respeciivas Câmaras
Mauniciíipais, víivem ainda ignoradas.
Com este Inquérito não se preten-
de modificar rápidamente o panora–
má descrito, nem fão pouco que aàs
necessidades de segunda ordem du-
ma povoação esperem pela realiza-
ção das que se considerem de pri-
meira, nas outras povoações.
— O rigor do resultado depende da
boa vontade dos colaboradores e se
ele for tão bom como se deseja, po-
“ derá então ser levado ao conheci-
mento superior, e assim todas as en-
tidades cficiais poderão saber qusis
as obras mais necessárias nas povoa-
ções rurais do Distrito, através da
parie designada por Aspeeto téenico.
Será então fácil elaborar Planos de
Estudos e organizar Planos de Rea-
lizações. ; :
— No que respeita ao Aspecto Sani-
tário algum proveito se pode conse-
guir do facto de se levar ao conhe-
cimento das entidades sanilárias su-
períores, as condições de vida das
Ppovoações rurais».
As obras disiribuem-se em 7 ca-
tegorias: Abastecimento de àguas;
Esgotos; Estradas; Cealçadas; Cemi-
térios; Igrejas; e Obras diversas.
Novos horários de trabalho para os
serviçes públicos —
— 11 partir de 1 de Novembro pró-
ximo, o trabalho de secretaria em
todas es Direcções Gerais dos Mi-
nistérios e nos serviços destes de-
pendentes, com eu sem autonomia,
será de 6 horas diárias completas,
compreendidas entre as 9,50 e às
1%7, com=o intervalo de 150 dás
12,5 às 14, para almoço ou repouso.
Nas cidades de Lisboa e Porto
scrá de duas horas o referido in-
tervalo, correndo o primeiro perío-
do de trabalho das 9 às 12.
0 custo da vida
E’ aumentado, a partir do pró-
ximo dia 1 de Novembro, o suple-
mento de custo de vida dos funcio-
nários civis e militares na cfectivi-
dade, relormados, aposentados e
pensionistas.
a :— Rua dos Douradores, 113-4.º ,
Atravês.»comarca
Decorreu com grande animação a
reparação do caminho que sai da EPs-
trada Naeional n.º 112 na Portela da
Paiágua até esta povoação. Mais de 50
homens se juntaram, durante alguns
dias a trabalhar neste melhoramento.
Este caminho de três:. quilómetros de
comprimento. foi feito à eusta do nos-
so bom povo € sem reécursos algans da
nossa Câmara. A Cardosa, povoação
de 110 habitantes tem sido uma povoa-
ção isolada no concelhe de Oleiros, pois
até esta data ainda nunca teve o prazer
de dizer: «Este melhoramento foi- -feito
pela Câmara .Múanicipal ou com com-
participação – do.: Estado». A -Cardosa
tem entre si alguns melhoramentos, tais
como aà escola, que também .foi.. feifa
pelo nosso bom povo, hábil e trabalha-
dor; tem este caminho gránde utilidade
para à nossa povoação para diversos
transportes, pois já hoje fomos visita-
dos pela camioneta do-sr.. José dos
Santos, do Roqueiro, sendo este o pri-
meiro a passer neste eaminho. desde-o
Alto do Atalho até-à povoação da Car»-
dosa. Era cerea de uma hora da noite
quando a camioneta deu entrada.. nesta
povoação € todo o povo se levantea
para ver chegar este veículo, pois havia
-nesta terra algumas pessoas de idade
já bastante avançada que nuncea tinham
visto um carro daqueles. Na altara da
chegada subiram ao ar alguns fogaetes,
organizando-se logo uma dança. que
durou até ao nascer do sol. Ficamos
muito gratos à todas .as pessoas que
contribuiram para este bem páblico, as-
sim como aos srs. José e. Manael dos
Santos que foram os que conduziram
o primeiro carro até esta povoação.
.. , dosé Lourenço..
(De «Beira Baixa») S
Construção da estrada
entre Portela, nas proximidades de
Vila de Rei, 6 Amêndoa –
Na Junta Autónoma das Estra-
das realiza-se, no dia 17 de No-
vembro, o concurso reierente- À
construção do lanço da estrada na-
cional n.º 348, entré Portela, nas
proximidades de Vila de Rei, e
A mêndoa. D o
As modificações que se projec-
tam verificam-se na sua quase to-
talidade, sobre a estrada municipal,
excepção feita a duas pequenas va-
riantes que houve necessidade de
prever, uma entre perfis O e40o,
para evitar a passagem da estrada
dentro da povoação da Portela e
encurtando muitoe o traçado, € ou-
tra compreendida entre perfis 91 e
111, por não ser fácil o aproveita-
mento do troço da estrada maunici-
pal, dado o elevado nâmero de cur-
vas de pequeno raio, algumas em
sentido contrário de outras, sem o
alinhamento recto. preciso para as
respectivas concordâncias. regaula-
mentares. : ES
‘A directriz desenvolve=-se sobre
uma cumiada com vistas interessantes
para uma vasta região muito arbori-
zada e cheia de pequenas povoações,
que dão uma nota alegre ao panorama
€ fazem com que esta via de comanis –
cação tenha também certo intéresse
turístico. : SA
Construções hospitalares da região
O sr. ministro das Obras Pá-
blicas concedeu, pelo Fundo de De-
semprego, as seguintes comparti- .
cipações às Santas Casas de Mise-
ricórdia de: Vila de Rei, para à
construção de um posto tipo hos-
pitalar com 16 camas, 150.C00$00;
e Sertãà, para ampliação do edifício
onde cestá instalado o hospital,
112.5GU$OO
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cc—— Asooçeo Teça * .
== D eem
—— A Comarca da Sertã
Iluminação electric
A continuação do fornecimento de energia
para consumo público e particular após a cessação
do conlrato entre à Eléctrica Sertaginense e a Cô-
“mara Municipal
Termina hoje o contrato entré à
Eléctrica Sertaginense e a Câmara Mau-
nicipal para o fornécimento de energia
eléctrica à vila da Sertã.
Em 153 do corrente, a Câmara ofi-
ciou ao gerente daquela empresa nos
seguintes termos: : :
“<Afim de se tratar da prorrogação
“do contrato de fornecimento da luz elécr-
trica, tanto para usos públicos como
particalares, na vila da Sertã, pelo tem-
po necessário até à entrada em fancio-
—namento do novo sistema de distribui-
ção de energia, digne-se V. Ex.º com-
– parecer à próxima reunião ordinária
desta Câmara, que deve realizar-se no
dia 19 do mês corrente, podendo fazer-
se acompanhar de quaisquer acessores
que auxiliem à prestar escelarecimentos,
que possam tornar-se necessários, pa-
ra uma melhor apreciação do tema
“em debate. A bem da Nação.,—O Presi-
-dente da Câmara,—Flávio A.F. dos Reis
e Moura». : :
Entendea o gerente da Eléctrica que
o assunto exposto naquele ofício deve-
ria ser submetido à Assempbleia Geral
dos accionistas da empresa para ela
decidir o que houvesse por conveniente.
— A Assempbleia Geral, reanida .na noite
-de 18, depois de largas considerações
“ acerca da possível prorrogação do for-
necimento de energia a títalo precário,
– resolveu, por aunanimidade, aprovar à
“seguinte proposta do accionista Joaquim
— Pires Mendes, de que foi dada comu-
nieação à Câmara no dia imediato, 19:
«Que terminando éem 23 do corrente
o contrato entre a Empresa Eléctrica
Sertaginense e a Câmara Maunicipal pa-
.ra o fornecimento de energia eléctrica,
à Emprésa, em virtude de estar a tra-
bpalhar em regime defieitário, termina-
rá a sua missão na referida data.
– . Mas porque se trata de um serviço
“de interesse público, e não querendo
– eriar difiecaldades à Câmara e ao pá-
— blico, a Empresa põe à disposição da
Câmara Municipal a sua central térmi-
ça e respectiva rede de distribuição pa-
ra directamente fazer à saa exploração
– durante o tempo necessário à monta-
gem da nova rede de distribuição, pa-
gando a Câmara uma taxa a determi-
nar pela Direcção Geral dos Serviços
.Elélctricos ou por uma Comissão arbí-
trab. :
A Câmara, reunida no dia 19, depois
. de apreciar desenvolvidamente a refe-
rida proposta, que.foi objecto de pro-
longada discussão, primeiro na presen-
ça do gerente da Eléctrica e dos seus
. acessores Eduaardo Barata e Joaquim
Crisóstomo e depois em conferência
privada entre o presidente e todos os
. pogais— Adelino Farinha, António Coe-
-lho Guimarães, António Lopes e José
— Farinha—resolveu: Não aceitar à pro-
posta em virtude de não ter serviços
téenicos e administrativos preparados
“para fazer auma exploração convenien-
te do actaal sistema produtor e distri-
– “*baldor de energia eléctrica; Dar conhe-
cimento à A. G. da Eléctrica de como
está no propósito de entrar em nego-
. elações com a empresa, sob as condi-
ções: de nenhuma compensação poder
ser deda anilateralmente; do forneci-
mento de luz se prolongar até à 1 hora,
tal como se verificava antes da alte-
. ração ao primitivo regime contratual e
” por que o fornecimento se faça com a
devida regularidade; Para conduzir es-
tas negociações, em ordem a se estabe-
leeer em modus vivendi até a entra-
da em fancionamento do novo sistema,
delegoa poderes nos seus presidente e
vereadores António Lopes e José Fa-
Frinha; A compensação a dar à Eléce-
trica deve abranger apenas o forneci-
mento de energia para fins públicos e
em hipótese algama os consumidores
particalares suportarão qualquer agra-
vamento do regime actual de preços;
Se as negociações concelairem de
comum .acerdo, a Câmara comunicará
OS S&us termos à Direcção Geral:dos
Serviços Eléctricos para obter a sanção
ministerial e só depois de cumprida es-
fa tormalidade é que se iniciará O pa-
gamento pelo novo regime de tarifas
a partir de 24 do mês corrente,
A Assembleia Geral da Eléctri-
cça Sertaginense, reunida antes
d’ontém, 21, para apreciar à con-
traposta da Câmara, resolvea por
unanimidade: Autorizar a Direcção
a prorrogar a sua laboração até o
dia 31 do corrente, prazo que julga
suliciente para se ultimarem as ne-
gociações necessárias para resola-
ção dos interesses mútuos;
Nomear os accionistas António
da Silva Lourenço, Francisco Ra-
facl Baptista e António Lopes Man-
So como seus representantes para,
com os da Câmara Manicipal, alti-
marem as respectivas negociações;
e Que esta Comissão comparecerá
na Secretaria da Câmara às 16,30
horas do dia imediato (ontem), pa-
ra se iniciarem os trabalhos.
Câmara Municipal da Sertã
Sessão de 21 da Selemiro
—Presente um ofício do chefe da 4.º Sec+
ção da Direcção dos Serviços de Urbanização
do Centro, de Castelo Branco, devolvendo os
documentos respeitantes à obra de «Alarga-
mento da Praça Angelo Vidigal e reparação
da rua de ligação da E. N. 2 com a estrada do
Cabril, em Pedrógão Pequeno, na superfície
de 3657 m.a—fase única» e informando que
por aquela Secção já foi elaborado o estudo
referente ao reforço a conceder para a eita-
da obra em face da única proposte apresen-
tada. Tomado cenhecimento.
—Outro do Delegado Escolar do conce-
lho, comunicando que, para a criação do 2.º
lugar masculino de Pedrógão Pequeno, há
necessidade de fazer um novo edifício esco-
lar com uma sala de aula e anexos respecti-
vos, para o que roga os estorçyos da Câmara
com vista à incluir no «Plano dos Centenários»
o pedido respectivo e sugerindo, entretanto,
a consecução de uma sala onde funcione. pro-
visoôriamente, aquele lugar até que haja edi-
fício próprio. Resnlvido transmitir o assunto
ao direetor escolar. —
—Outro do presidente da Comissão Mu-
nicipal de Higiene, da Sert&ã, transérevendo,
em resposta ao ofício da Câmara de 14 de Ju-
lho, a parte da acta em que foi aprecíado, por
aquela Comissão, o projecto respeitante ao
abastecimento de água à povoação do Sesmo,
Ireguesia do Carvalhal, do qual ccnsta o pa-
recer respectivo, que é desftavorável. Resol-
vido transcrever o aludido parecer em oftício
à enviar à entidade competente.
—Foi resolvido por unanimidade:
à) Nomearr-se, nos termos do disposto na
. alínea a) do ert.º 5.º do Decreto n.º 37.021, de
21 de Agosto último, para fazer parte da co-
missão permanente de avaliação da proprie-
dade urbana, neste concelho, Aníbal Dinis
Carvalho, desta vila;
b) Incambir o fauncionário zelador mani-
cipal de elaborar um relatório completo re-
lativo à petição feita nesta reunião pelo re-
gedor e Junta de Freguesia do Marmeleiro,
deste concelho, com vista a prolongar por
mais 15 metros a mina da obra de abasteci-
mento de água à povoação de Vale Godinho,
da dita freguesia, já concluida e que foi com-
participada pelo Estado.
DESPEDIDA .
Anitónio Farínha, retirando para
Lisboa, com sua família, onde fixa
residência, dada a impossibilidade
de se despedir pessoalmente de tedos
os seus amigos e famiíilias das suas
relacões, fá-lo por este meio, ofere-
cendo ali os seus préstimovs, na Ave-
níida 5 de Outubro, 254-5., E.
Agradecimento
Os fune&ionários de Finanças da Ser-
tã, por si e pela família de Adriano
Manael Rodrigaes Nogueira, vêm, por
este meio, agradecer a todas as pessoas
que tiveram a gentileza de se encorpo-
rar no funeral.
Sertã, 20 de Outabro de 1948
SN eqenttn
a Defesa da Terra
(Tese apresentada pelo Eng, Agrónomo Alvaro Martins da
X Silva no VIIl Congresso Beirão)
(Continuação)
Qae infinidade de pequeninos inte-
resses e resistências a veneer e quan-
tos milhões de palavras não seria
necessário proferir para cOonvencer
maito peqaenos e pequenos proprie-
tários à aceitar à colaboração e inte-
grarem-se nam plano comum de defesa
do solo ? 1 :
Perguntar-se=-á : não é violência
tentar que os donos se desfaçaimn de
propriedades, embora pequenas, legal-
mente herdadas, ou laboriosamente ad-
quíridas ? Não tanto como, por exem-
plo, isolá-lo por tempo indeterminado a
cle, ou ao seu povoado em caso de epi-
démia ; ampautar-lhe ama perna ou pri-
vá-lo de uma vista, se com à medida
19 mac SSAmA T o ee uc e
Causou muita censternação nesta vila e
inesperado falecimento do 5sr. Aériano Manuel Rodrl-
gues Nogueira, rapaz na força da vida e que pare-
cia vender saúde; sucumbia no hospital local,
na pretérita 2.º feira, para onde fora condu-
zido dois dias antes, violentamente atacado
por uma lebre tifoide de carácter falminante.
Exercia na Sertã o lugar de aspirante da See-
ção de Finanças; contava 25 anos, era soltei-
ro e natural das Caldas da Rainha, filho do
sr. Mauael Francisco Nogueira, já falecido e
da sr.º D. Olinda Rodrigues Noqueira, irmão
do sr. Franeisco Rodrigues Nogueira e canha-
do dos srs. António Alberto de Sousa e João
de Almeida Ca’vpos.
Do hospital até ao largo Ferreira Ribei-
ro realizou-se, no dia seguinte, à tarde, o fa-
neral, em que tomaram parte sua mãe, seid
irmão e oatras pessoas de família, o chefe e
colegas da Repartição onde trabalhava e inui-
tíssimas pessoas de todas as eategorias sociais,
com larga representação de funcionários pú-
blicos, tendo a Câmara Maunicipal suspenso a
sessão durante à passagem de funerai nas
proximidades dos Paços do Concelho e com-
parecido, à varanda principal, OS seus presi-
dente e vereadores, em sinal de respeito e
homenagem.
O corpo foi trasladado em auto-flúnebre
para ns Caldas da Rainha.
A toda a lamília enlutada apresentamos
as nossas sentidas condolências.
Em prol da Ambulância para os
nossos Bambairos
Caracas (Venezuela), 5 de Outubro
—Sr. Eduardo Barata: Junto tenho o
prazer de lhe remeter um cheque de
60 dólares, que peço o favor de fazer
chegar à Direcção dos Bombeiros Vor-
luntários, para ajuda da compra de uma
ambalânecia, feliz iniciativa e velha as-
piração dessa prestigiosa Corporação.
o produto dama colecta feita en-
tre rapazes amigos € conterrâncos, ten-
do eontribuido todos por igual; são eles:
Alíredo Leitão de Melo, Nesperal; Joa-
quim Leitão de Melo, idem; Virgílio N.
Coxo, Maxial; Lino Nunes, Pedrógão
Peqaeno; Acácio de Oliveira, Visea e
este seu eriado, Joaquim da Silva Leu-
renço.
À reda de esgotos em Prognça-a-
Neva
O sr. Ministro das Obras Páblicas,
pelo Fundo do Desemprego, concedeu,
à Câmara Maunicipal de Proença-a-No-
va, o reforço de 184.100$00 para cons-
trução da rede de esgotos na sede do
concelho. :
Agradecimento
Joaquim Gomes, dos Calvos, vem,
por este meio, patentear o seu protan-
do. reconhecimento e à mais sincera
gratidão ao ex.”º sr. dr. Angelo Henri-
ques Vidigal pelos extremos de carinho
e inexcedível competência profissional
que obraram o milagre de salvar da
morte sua malher, vítima dum terrível
mal, de que se ehegou a desesperar.
Mais testemanha os seus melhores
agradecimentos ao grande náúmero de
pessoas de Sertã, Calvos e Outeiro que
visitaram a doente no hospital e se in-
teressaram pelas suas melhoras. :
A todos, o seu inolvidável reco-
nkecimento,
resulta mais de que bem individual,
vantagem geral. Bem duras foram, com-
parativamente, as reformas agrárias
dos países bálticos, da Hungria, da Ale-
manha, da Espanha, étc,, e fizeram-se,
É’ pem mais dura.e inexequível à ac«
tual tendência para as nacionalizações
e, contudo, estão, mais ou menos, a
aplicar-se em muauitos países do mundo.
Deixar depauperar um doente pelo fac-.
to dele afirmar que lhe sabe mal o re-
médio prescrito pelo médico e com o
qual alcançaria am grau de bem este e
e saúde nunca atingido, não é dispara-
tada bondade, é desumanidade. Não é o
caso de «perdoar o mal que faz pelo
bem que sabe» e, sim, de «aguentar e
mal que sabe pelo muito bem que faz»a.
Portugal tem hoje três Organismos
que podem contribuir profícua € segu-
ramente para o estudo da questão, seu
projecto e execução prática, Em coope-
. ração com os Serviços Agrícolas e Fle-
restais. São à Junta AAutónoma das
Obras de Hidráulica Agrícola, a Janta
de Colonização Interna € Instituto Geg-
gráfico e Cadastral. :
A Junta Autónoma das Obras de
Hidráulica Agrícola, deve-se um, já
vasto, conjunto de obras, notâvelmente
docaumentado na Beira com o valioso
aproveitamento de Idanha-a-Nova, bá
pouco inaugurado, O projecto, que já
foi aprovado pelo Conselho Saperior
de Obras Páblicas, para o rio Monde-
go, Ceira e Vouga, é valorosa afirma-
ção da capacidade téenica.com que os
problemas de hidráulica agrícola podem
ser grandiosamente concebidos. Para
se ter uma 1Ideia, bastará dizer que Q
orçamento deste projecto, no ano de
1941, era de quinhentos mil contos. A
este organismo se deve mais, 6 ter sido
uma magnífica escola técnica, que mui»
to contribuia para o avanço da hidráu-
lica em Portugal e, hoje, tem experiên-
cia e doutrinà científies, ceriada e cem-
pilada a respeito, que permite tomá-la
como árbitro e entidade com direito a
intervenção directa em questões que
respeita á lavoira, :
A Junta de Colonização Interna, de
igual maneira, será indispensável em
. todas as questões que à terra respei-
tem, em Portugal. AÀ sua obra também
tem nas Beiras—a Colónia de Martim
do Rei, no Sabugal—padrão altamente
representativo. O Instituto Geográfico
e Cadastral e Serviços de Agricultura e
Florestais são velhos organismos com
muaita experiência e obra icita a bem do
pais e sobejamente conhecida.
Tanto à Junta Autónoma das Obras
-de Hidráulica Agricola, &omo à Junta
de Celonização Interna, pará estude
económico-social dos seus projectos,
têm de conhecer intimamente a agri-
cultura da região onde aqueles serão
realizados: à economia da obra assim
o recomenda. Em hidráulica agricola,
sem uma carta de pormenor, 8o menos,
na escala de 1:2,500, não é períeito o
estudo de qualquer aspecto do preble-
ma àa resolver, com especialidade a
instalação de uma rede de distribuição
de rega e enxugo. Para apreciação do
rendimento, com vista à determinaçãe
da taxa à pagar pelo regante em troca
da valia recebida, faz-se o cadastro na
base desta carta, que satisfaz perfeita-
mente. Os Serviços Agrícolas e Flores-
tais têm, certamente, para aàs zonas em
estudo e obràs, cartas com & mesma
grandeza de escala, ou possibilidade de
as executar. Qrere dizer, o cadastro
geral da propriedade rural portuguesa
pode começar a ter andamento (e, sal-
vo erro, assim está correndo), sob a
orientação do Instituto Geográfico e
Cadastral, aproveitando a colaboração
dos trabalhos efectuados e àa ciectaar
pelas outras entidades.
A partir da carta cadastral, indis-
pensável, teria lugar O estudo e é co-
meço da reorganição da saperfície éco-
nómica da propriedade, prineipiando
nas regiões de mais reconhecida urgên-
cia, com o propósito da defesa do soólo
cujo estudo e projecto, também, só é
– períeito trabalhando sobre estas cartas,
(Contínua)
@@@ 1 @@@
. AuGusTO FERNANDES U ma SOran de excursão TRANSPORTE COLEGTIVO BE“
(Conclusão da 1.º págino)
soal, que Augasto Fernandes hon-
ra-se em tê-los como todos os ho-
mens de valor pela sua acção crite-
Tiosa, dinâmica e construtiva.
O Concelho de Oleiros ainda es-
tá no início da sua reacção contra:
a «apagada e vil tristeza» àde déca-
das que pareciam interminaveis ?
Sim, mas o muito já realizado nes-
ta meia dázia de anos € os projec-
tos em caurso dão-nos pálida amos-
tra do faturo grandioso que se con-
jectura e que, como teia, persistente
e hàbilmente urdida, há-de envol-
ver, nas maravilhosas e subtis ma-
lhas, todas aàas tervas do concelho,
desde a vila sede aão povoado mpís
pequenino perdáido na inacessível
serrania ou na abrupta fraga do
Zêzere, rio que rosna à seus pés EM
ânsias dominadoras… orgulhoso
da sua força e do seu valor, impan-
te do seú real mérito na economia
nacional! :
E surgem, como em «Ecran»,
obras portentosas, dmas executadas
e outras em projecto; a bela estra-
da a ligar Oleiros à sede do distri-
to; a electrificação da sede do con-
icelho e dalgumas ireguesias, para
que o sr. Augusto Fernandes dará
de seu bolso a avultada dádiva de
300 contos ; mais 50 contos, há tem-
vpo, para as obras-de rcsthuração
da igreja matriz de Oleiros; o alar-
gamento dae rua que val do.largo
da Deveza à Praça da República; a
readaptação do Hospital Barata Re!—
vas:; a construção da avcnidq a lg—
gar a vila à E. N. 238-2.º; o ajardi-
namento da ampla Deveza, o Mais
– belo recinto páblico da sede do con-
celho; outra grande avenida em di-
recção ao cemitério a construir na
Torna, em terreno gentilmente ofe-
recido pelo grande benemérito dr.
Franeisco Rebelo de Albaquerqgae;
o lanço de E. N. 258-2.º, Oleiros—Foz
tiralido, ete., ete. E inaugarou-se, ago-
ra, em Oleiros—onde não havia edifís
eio próprio—-ama belíssima e cómoda
eonstrução escolar, que dispõe de qua-
tro grandes salas, tonfortáveis, com
1uz e ar a jorros, em ponto lindíssimo
€ nada obsta a que, dentro em pouco,
ali fancione uma cantina escolar— pois
que-—e com este argamento quebram+-
se todos o$£ despeitos1-— o sr. Augusto
Ecrnandss inicioa a sabscrição em prol.
ãàda mesma com o donativo de 10 con-
tos.
E que mais? Espere o leitor, que
os oleirenses, com ama paciência de
€hineses, iam desesperando de tanto
esperar!
Roma e Pavia não se fizeram nam
dia.
Comunicações postais com a Ale-
manha
A Administração Geral dos C.T.T.
informa sobre as comanicações postais
com a Alemanha o seguinte; ;
* 1—5São admitidas correspondências
agrapadas, com excepção de impressos
de carácter político, até àao limite de pe-
so de B quilos para a zona de ocapa-
ção Iranecesa na Alemanha.
1-—O peso máxinmo das impressões
em relevo para aso dos cegos é eleva-
do de 5 para 7 quilos, na permata com
a MESMma Zona.
2— O peso máximo admitido para
oOS impressos na zona de ocupação
américo-britânica na Alemanha é de 3
quilos ou 5 quilos tratando-se de um
S$U voluame.
(Conclusão da 1º páginas)
A Exposição de Obras Páúblicas, iniciativa altamente meritória do
Sr. Eng.º José Frederico Ulrich, Ministro das Obras Páblicas, receberá
dessa forma à apoteose de toda a Nação, jantando-se aos inúmeros
testemunhos de elogio prestados por altas personalidades nacionais e
estrangeiras os dos portugueses da nrovíncia, directos beneficiários das
obras realizadas e ali documentadas.
Para além de mera viagem, a excursão do dia 24 tem, pois, o si-
gnificado de ama lição objectiva que há-de encher de orgulho todos
quantos nela tomarem parte.
Ao mesmo tempo, essa excursão traduz
o grau de aperfeiçoamento e extensão que os transportes automóveis
tomaram no nosso País.
Esta ampla visão das realidades, que o Grémio interpretou e os
industriais acolhéeram entusiâsticamente, marca uma iasº de nítida
compreensão entre o Governo que promovea a Exposição, o Grémio que
tomou a iniciativa da excursão e os indastriais que a possibilitam e
permite à muitos milhares de portugueses a oportuninade única de irem
à capital apreciar tão elacidativo certame. É
Serão pois, de exaltação, as nossas palavras para esta iniciativa,
como—estamos certos—o serão, os comentários desses milhares de
portugueses que no próximo dia 24 se deslocarão a Lisboa.
E até parece que foi de propósito:
duas ou três empresas esperaram
que o tempo arrefecesse para aqni
virem dar sessões ao ar livre L.
Nem cá vieram no pino do verão,
nem víiriam agora se o cinema pu-
desse funcionar na casa adequada !
Anda tudo ao contrário !
228 KÁÁ RR
A iroupe musícal constiluíida por
Angelo Mendes, que a dirige, Ma-
nuel António Martins da Silva €
Joaguim Dinis, prestaram-se a locar
gratuítamente no Café «Favorito» na
noite de 9 do corrente para abrilhan-
tar uma festa de que se relirou par-
te da receita em benefício do seu
camarada Írra, o pobre pintor, que,
por doença grave, se enconitra Im-
possibilitado de ganhar a vida,
Do esforço e boa vontade conjun-
tos da troupe e do proprietário— ge-
rente do Café, o amigo Zé Ferreira,
conseguiu obter-se a importante dá-
diva de 552800.
222H222
E íntuito de novo miínistro da
Economia, dr. Castro Fernandes,
promover, à semelhança do seu ante-
cessor, conferências com a Imprensa
para tratar de assuntos referentes ao
.abastecimento público.
Como a Imprensa é porta-voz das
populações de todo o País e está, por
18so, ao facto das suas constantes e
Justas queixas, compreende-se mui-
to bem quanta utilidade e proveito
encerram aquelas conferências, que,
Inversamente, téêm o mérito de fa-
zer . transmitir ao público, por inter-
médio da Imprensa, as instruções e
conselhos dimanados do ministro
em tudo quanto se relaciona com o
Importantissimo proeblema, que nas
últimas semanas vem sendo objecto
de aturados cuidados em consequên-
cia da nova vaga de desaforadas es-
peculações, extorsões e manigâncias.
as a Lá|
(Conclausão da 1.º pág)
SS
Informações úteis
— Durante os meses de Novembro
e Dezembro é obrigatória a conferi-
cção de medidas de capacidade,
— — Durante 30 dias, a contar de 1
do eorrente, está aberto o cofre da
tesouraria da Câmara Municipa! pa-
1a pagamento voluntário de Imposto
de Consumo respeitante ao 4.º tri-
mestre do ano decorrente sem Juros
de mora e com eles durante mais 15
dias, relaxando em seguida.
0 ilustre Governador Givil
do disirito foi condecorado pelo sr.
Presidente la República
Quando da sua recente visita a Cas-
telo Braneo, para assistir à inauração
da Barragem «Merechal Carmona»>, de
Idanha, o venerando Chefe de Estado
condeeorou o ilustre Governador Civil
do nosso distrito, sr. dr. José de Car-
v1lho, com a Comenda da Ordem de
Cristo em apreço às suas invulgares
qualidades de homem páblico, compro-
vadas de modo particalarmente bri-
Ihante no que se relaciona com à As-
sistência pública da sua jurisdição, cuja
obra atesta já, iniladivelmente, a alta
envergadara profissional € moral do
grande médico.
Tão merecido galardão—por cor-
responder a um acto de pura justiça—
despertou verdadáreira alegria em todos
os amigos e admiradores do sr. Gover-
nador Civil, dos quais sairá um grupo,
que, interpretando os sentimentos ge-
rais, promoverá uma subscrição para
adquirir as respeetivas insígnias, que
serão oferecidas ao alto Magistrado do
distrito numa cerimónia que há-de trà-
duzir, com toda a sinceridade, o apreço,
admiração e respeito que lhe tributa,
todo inteiro, o povo do distrito de Cas-
telo Braneco.
A
núncio
(1.º publicação)
Por este se anuncia que no dia 30
do corrente mês de Outubro, por 11
horas,; à porta do Tribunal Judicial des-
ta comarca, se há-de proceder à arre-
matação em hasta pública do prédio a
seguir designado e pelo maior preçe
que for oferecido acima do valor abai-
xo indicado.
PRÉDIO
Uma terra de cultivo com três oli-
veiras, no sítio da Fonte Nova, povoa-
ção de Maxiais, Ireguesia de Sobreira
Formosa, descerito na Conservatória
seab o n.º 32.204, de Livro B-oitenta e
quatro, à fls. 108, e inserito na matriz
no art.º 12.781, com o valor de 14.9098$66.
Penhorado nos autos de execução
por custas que o M.º P.º move contra
Jálio Franco de Matos, nos autos de
carta precaiória vinda do Tribunal, di-
go, do, Sexto Tribanal Civel da comar-
ca do Porto. :
Sertã, 8 de Outabro de 1948.
VIRIFIQUEI,
O Juiz de Direito,
António da Costa de Nazareth Falcõo
O Chele da 1.º Secção,
José Nunes
PASSAGEIROS
OUÇA-SE O APELO DA GENTE DAS
SERRAS
Todos os sábados € dias de Tfeira,
à noitinha, que é quando a camienctá
ou camionetas da carreira partem para
Ofeiros, no largo do Chafariz se assis-
te ao espectáculo trágico— cómico de
uma grande multidão de homense mu-
Iheres, portadores de eestas, mantas €
embralhos os mais variados, por entre
insultos, emparrões e gritos estentóri-
cOs, querer à viva força centrãr para
OS carros como sc eles dispusessem,
não de 30, mas de 100 lagares! Vêéem-
se os empregados em palpos de afa».
nha para conter à vaga impetaosa, queé
só conseguem dominar .com à ajada
da força páblica! e
E pergunta- se: mas então não Ká
carros para toda essa gente? Essa, afi-
nal, é a ánica causa de tanto borbori-
nho! Pode muita gente ter vindo à pé
do Alto da Serra, José Dias, TroviseA
e Moaxial para beixo, mas, no regresso, .
parte dela com os maehiínhos carre-
gados, noite escara como bred, quer
ir em grande cavalage, «tem ali o seu
dinheirinho para pagar»,-afirma à pés
jantos, barafastando, com toda à forea
dos seus pulmões! ;
Ora, essa gente– mauito . espeeiat=.
mente à de longe—tem direito à trans-
porte, que não é exclusivo de uns tan-
tos; mas se a Companhia de Viação
de Cernache não dispõe, por ser ma=
terialmente impossível, do número de
camionetas suticientes para transportnr
dama assentada um ror de gente, que
das bandas da serra cai na Sertã nos
dias de feira e grandºe mercado, talvez
se pudesse resolver o caso, com inteirá
satisfação, comseguindo dividir a carrei-
ra em daas, n&$liando à partida entré
à primeira e à segunda—vcaàda qual com
os veículos considerados necessários—
o tempe correspondente à ida até e ter=
mo das carreiras—se fosse preciso—.
€ O Fegresso a-scria. :
Em concelasão: com juas eu três ca.
mionetas, utilizadas em duas carreiras,
seria possível escoar as dezenas de
pessoas que aqui vêm tratar de seaus
negógios nos dias de grâande movimen+
to comercial. — :
Nestes dias, também seria jasto que
de Oleiros partissem para a Sertã dois
carros, provado que um é insuficiente: –
é desumano obrigár pessoas da Madei-
rã e doutros pontos longínquos a fazer
O percurso a pé à falta de lagares.
Exercício ilegal da profissão de en-
fermagem =
O Sindicato Nacional dos Profissie»
nais de Enfer magem, solicitou. à inter=
venção da Inspeeção de Trabalho do
Instituto Nacional do Trabalho e Pre-
vidência para alguns casos de exerei=
cio ilegal de enfermagem do sea co=
nhecimento,. : :
Dando satisfação ao pedido, briga-
das de fiscais daquela Inspecção estão
neste momento a proceder. à efectiva-
ção de diligências no sentido de reprim=
mirem o exereício ilegal de entermagem
não só por parte dos simples cariosos.
como também dos ajudantes de farmá»-
cia, proibidos por lei de exereerem a
reierida profissão. ;
Modificação ministerial
Tendo o sr. eng. Daniel Barbosa.
apresentado o sea pedido de admissão
de ministro da Economia, foj designado
para o sabstitair 0 sr. dr., Castro Fer-
nandes, que tem exercido as funções
de subseeretário de Estado das Cerpo-
rações. Este áltimo cargo será ocupado
pelo sr. dr. Mota Veiga. :
Para subsceretários do Estado do
Comércio e Indústria e da Agricultura
foram nomeados os srs. eng. Jorge Jardim c eng. Antônio Pereira Caldas.