A Comarca da Sertã nº609 25-09-1948

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Repésentande em L;’nfma ;

João Antunas Ges

[ de S, l’mmlnuu- e sil = Tel. â.*i:!lJE-

Director Editor e Proprietário.

Eduarda Barata da Silva GCorrêa

Publica-se aos sábados

Sertã, 25 da Satembro de 1948

mimmiiªHhHWWÉÉHmW!WWWWMTÚNWMW]
— > Nabdamadário regtonalista, Indopendente, defonsor dos interêsses da Cemarsa da Sartão Concelhos de Sortá, Oiiros: Proonça-a-Nova g Vila-de Rel; e Freguesias de

Ahno XII

GARTA de TIMOR |

DILÍL 582848 :

— Meu Ammigo: Desde ontem que me
Encontio neste lerra, u:rde so exisleim
FuUÍAGS ta ccupuação joponeso é cobds
improvisadas com folhas de palmei-
m, O fribunal fiea à 4) quilónteiros
Hogui, na [ila; de I:q:nçá onde és=
teve o Cámpo de concentração, por”=
que não hó agur, nq velho DUH, edi-
Íféeios aprnpuna’u.t Digse vetha Dili,
perque estão à comstras oulrá crda-
de man zonda fngie alia e mais sa-
lubre, maus pottco foram aiínda alem
de pfcmrm de urbanização : aínda s
casta colovada a canalização da ógua
é dos espoótos.

Depurs de alguns enos de vida
bastunte apradúvel nd simpólica ei-
dadé da Beira para aqui me Irquxe
6 destino, Foi o prémio da pronrtução
E iz Além do desconforto male-
Finh fendo aqgui ceua dizina centena
dêe criminosos, por ertimes comelidos

dm’an.fe U ocupaçõe faponese, para .

joulgar. É uma : pronde. espiga, No
entanto, cónto :Fw.x’m mm em rnfaa’n’:

-‘l’u no ê&; 18

Peçasthe qyue,. df fc&am, TME EM |

me pera dquio sen simpático jfornal,.
Bf.’.lm ainda encontrava gente da
rlúa& tei .-‘rL Agui parecezme que não
TE mng:wm Ao menos que ne tra-
: ga n jornalalgumas aolicias da bog
-L;’t’n.ft” da Serlá e do Progresão da
Dl o

LCom & márimo consideresão,

º Ettbacrevo-me, ete., Matias Farinha,.
X da Hc Em Timor vive. Ad
Mmuitos (nos UM nossó. páleicio, o
sertanente Antórnio Adves Caorva-

thetra,
NA sessão ardmárin da 3
feira passada, a Câma-
ra Municipal resolveu adju-
dicar à firma Duran, Garcia,
& C., de Lisboa, as obras de
elecitrificação da sede do con-
celho e da sede da frequesia
de Cernache do Bonjardim.

Também eu quero concorrer

nara a aquisição da Ambuiância.,.

Silva Porto (Arzgm”a d, G-8-B48

Heu prezado AÁfnigo: Tambérm eu
Quero concorres, embora medesta-
menthe, para q aguisição da Ambiu-
lância, preciosisstimo meio de assis-
fência que mudito honra o espiírito
Lrogressivo de quem porfia em ob-
tê=ta,

Felizmente que « hossa lerra,
tanta femnpo amodorrada em obulica
íRÉrCio, Dal Gcertando o passoo por
DIffras, que, mais bem-fadadas, lhe
formearam, ha muito, a dianteira, tais
viatle tarde do que nunca.

dJurilo um cehegue da inmporloncia
de SOS00, que fará a fineza de en-
tregar d Comissão respectiva, com es
meus melhores votos póra que à cri=

– zada chegue q bom ternmo,

Haá murto que reccbo a nCometioean
com recuolaridade,

Quelrou-se o engmç::-. d não éra
sem tempo, =

Um abraço do em., m.to grato,

Antúnio Noncs Costa.

lmàndua & Gardigos [do concelho de Mação|
ENT SNEAA S E o a RE ac RE SR ES S O RR al oA A í : É : HEREEEIRS
Redacção e admlolstração: Rua Serpa Pinho-— Composição e impressão: — Gnárlc.n CEI.IHDA, Lda. — s ER 1’1

POESIA

1De «Bola de Neves — Grordo)

Fala-me’ baíxo, Rinda mais baixo. Assihm.
Noam maormirio suavissimo de reza

Numa voz de ternara e de tristézo
Cómo, o longe, a do mar. Fala-me ESbÍm

Quero: senti-ta cener déntro de mim
Senti-la em nm eternamente présao,
Sentir cativa a indécil nátorezea
Besse condão magnfiico sem fim,

No sassuarrar dormente dama fonte, — : À
“No murmurar da brisá pelo monte.
Tudo por ti me fala em-meu cominho!

E quantas vézes escuto a melodia –
Do doce gorgear da cotóvia —
Sonhando ouvir a taa voz balxinho:

NA

H’amrrf da Sitea Canha –

ERFIDIA,

O Mundo ficoeu, de rtspu’ngm SUS
peénsa to seber do abomindoci assaess
sinato de Conde- Bernadotio, o medias
neiro escolhido pelos Nações tinidas
para conscgqoir leoar a bomsterino n
paz definitiva entee árabes/ e juodets na
terra mártir da Palestina.

As agêncios telegráficas divalgãram
a notíciáa com celeridade fontástica,
acentoôndo bem o erocldade e h irieza
rsadas. pelo grupo. terrorista, joudaieo
para abater. om homem daá mais ex-
iraordinária envergaduara moral, de co-s
roção gencrosissimo, que vinha cempe-
nhando toda àa soa vlda na deféso da
Faz, nimbado duúria aoréola quecrefol=
qia, prodigiosamente dominadora, moi-
to ecima das paixões hamenas, nam
Mundo lurvo de eqgolsmo e de feróeis
dade.

Que contraste enire esse homem,
que secrificos às . saas comodidades e à
própria vidoa para salvar a poz no Pas
lestina e óquelouiros, bandidos e mals
feltores, que, agoilhoados pelo génio do
Mal, sentem o prager, canibalesco. e
pereerso, de semear o terror, à dor eà
miséria, fozendo do Morte à própria
lel da Vida.. « 0 sqa vida abjecta c igno-
miniosa de sicários que não sebem podr
par os5 Inocentzs à morte afrortosal

Maldilos nqnçies que desprezom o
paz para prêgarem a gaérra horríoel e
sem trégoas fora de qualqaer idénl no-s
bre, em que, não. se vislambra um lam-
pejó, de heroísmo ou dê corágém, mês
Apenas o ossassíinio prémeditado e trais
coeiro l

s nações civilizadas horrorizaram-
se da façanha. sinislra porque já em
se respeita. n plda daqueles a quem foi
fonfiada & lorefa abncgoda e sablime
de solenr & Poz; mos ném por i8so à
ofgonização das Noções Unidas depe
CESSAT / O8S Seas estorços de estabeleecr
à epncórdia aniversel

Disponham clos de espirilocde joass
tiça c de iscnção para urdenãr à obscr=
váncia dos soos leis, que forcea não lhe
faltará para ns fozer camprir, E’ que
nem todos 08 povos, felizmente, cstão
dementados pelo ódio, pela psicose da
Querra, peja ambição Prata! do dominto,

Prutera se o palxa das nassas rms
e ribeiras!

Constonenes há dits que em toda à
zoná do nossá ribeirá grande, desde a
Aldéin 60 Muinho du cCabeco, n mon=

tante dá Sertá, pór – consegnifite, se oêm

Cnvenenamdo as ógoos paró aponhar
O petxe,

Supúnhamos qacéste ano não terias
mos nccecssidade de faler no assonto
visto até agora nada nos ter cons-
tado sobrc à prática da pesca criminos
são porém, há dlas, pessoa cóblhiecedos
ra do caso relalouenoelo como expo-
mos e disseenos mais aque-é tal à dese
de produtos ventnosos etirades à ágia,
Gue já via d seperfície dá ribeira, o
sabor da corrente, gróndes porções de
peixe c erngyoias MOortos c que, além dis-
so, 8e fêm verifichdo aparceoerem com
sintomas de envenenanmento moltloas ca-s
bras e ovelhas que bebem dessas águas.

Também: no rio Zézere, nas proxis
midades de Alvaro, se tem registado o
lançamento de explosivos para epanhar
petxe? :

D eSéenlos. tem. felto ma grande
campanhe contrá à pesco criminosaá nós
rios e ribeiras € ôponta. dia a dia, fecs
tos reveladores do mais absolato des=
prezo pela el qoe protege o -nossa faus
ti forcial, A lei é doríissima contra fal
cspecie de crimes, porqaoe não se trata
apents de extingoir o pelxe, sódio € se-
hboroso, que constival porte epreciável e
importante. de alimeéntação € está, por
asSim dizér, ao fácell glebnce das clas-
ses pobresque volocinm próximos desses
cuarsos de ágiua; tratla-se, tambémrm, de
encenenar a ágos corrente em que não
&ó 08 animais domésticos mas até àas
pessoos se dessedentam Ireqoentemente
por, Muitas vezes, não disporem de oqs
tros meios poro o fozer,

Trata-se, pois, dum crime dáplo,
que pode originhr as mais graves com-
sequéncias, inceloindo & própria morte
de serés hamanos.

bamos aqui o nosso alacinc, chas
mando à stencão dos goanrde-rios e da
Giarda Nacional Repablicana, quer de

,l'”cn’u«? d& unm á’n”:mç*fm pfff:ftca .fw

(Vlndn pela Gomissão de Cansura)

.’ 609

TEn ES EE 98 NEM sa E A idaids TE aa e S6 Min e E ME REE RE NE ESPA ESA MNEE R NE DnA SE o ET EHEMH WÉ#HHÉ&HWKHWHÉÉMIH FEA ES S E

Notasa Làms

Wªm
França eslá vibêéndo fórus bem

A formentosas da suo Aisfórida, lão
riea de virludes e de herolemos. Em=
Trouese Run ceirouita oíclogo em quê e
inatabilidade -pu!_r!.rí:u é gerado pffu
ilesóao labro ecónómico é este, conse-
Quenftemente, esta longe de #nfuçan,
pela violência dus luftas de pórtides,
que o videirinhos e peseadores de
dguastnrvaos, a soldo do estrangeiro,

“exacerbam com pertinacia porque so

com qn desorder podém alcançar os
seus . fins, que. se atastam, eslá bem
dê ver, dox inféresses da destocracia

eda próprio nação, que ncompreen-

sivelmente tolera e alté prolege ésses.

“Jfautlores da enorquia d sontbrao de

te que elês sac os primetlros-a des-
respeitar /

t Geidente da fnropo só teria &
luerar com uma França política e
militaritente forte, porque não resta
dúvida de que efa e q Z’igªlm*w V NE

 

os G’ÍDM” ineus [-c:fm.am. pr!an:tt n’”cl i
: o Eur ;

o fm’.. RE

delicada..
:::&::r

o calor fem sido excessivo pera &
êpoca decorrente e & fal ponto
ttte 80 de madrugada começo a senm
titese um agradavel frescor,

PLRELHDRE

o milhos estéo quase todos apá-
S niadus e pode dizer=-se queê à
produção é regular, São, porém, és-
CUSSOS a8 UDOS, QiriMmedos 68 piínhe-
dos pelo mildlam e por ontras doérn-
ços, que um trolamento oportuno e
corStante Não conseguiuo emítor folal=
mimente – porque o fempo decorreu dess
favoravel; de forma gue, neste pro-
XIimo uno, 0 tnsso conceiho téra de
importar à quase folalidode de vinho
Preciso pora setf eofnsumo,

E azeite? Também não Aavera
nada, facto que vem preveupando 05
olivicultores, muilos dos quais neinr
seguer d;;pnc:n de reserba para con-
sumao do ano próximo, Para muitos
deles & sitftuação não é nada agrada=-
vel, pois é com o produlo da venda
o azeite que fazeéem frênie eos en-
COrgos QUue GRerameas suas cosas de
ferporia,

EE MLALLZ

& nova ofensiva dos expecu=
ú f
Lmª tadores, geue vrnfam esten=-

dendo om tentaculos en Darias 2onds
iConclasão n º págo)

Serlã qoer de Olciros, para exerecr ateas:
rada fiscalizaçõo nos fios € ribelies da
região. € jolgamos acertado é de boirnm
AVisO que todãs 65 pessoas dignas Eo=
nhãm a coragem suifieicnte párá de=
nuúrciar às actoridades 05 cóosos de
transgreisão de que tenham conhecie
mento. h

Proecácndo assim, defeéndeih os jn«+
teresses do País, que S0 08 Seus prós
prias € mostram absoldto repódio por
UM Acto qoe mercçe D IAOIS Severo
castigo,

 

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Colégio VAZ SER
Admissão — 1.º e 2.º ciclo dos liceus

aprovações no ano lectivo
‘de 1947 – 1948

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A Comarca da Sertã

Br. António à. de Mendonça David
Na sua casa de Alvaro, falecéu an=
tes d’ontem o sr. dr. António Aaugusto
de Mendonça David, viávo, de 91 anos,
importanie proprietário, pessoa àlta-
mente considerada pelas suas inexeedi-
veis qualidades de carácter e firmeza
de convieções.
O extinto formara-se em Direito aos
20 anos, na Universidade de Coimbra,
dedicando-se, desde 1ogo, à administra-
ção da sua grande easa agrícola, uma
das melhores da região.
Dera à sua filiação.ao partido rege-
nerador, do qual foi deputado em mais

-duma legislatura, havendo também

exercido o cargo de governador civil
do distrito. Após a queda da Monar-

– quia, abandonou, por completo, a polí-

tica. Exereeu também, com muaito aprú-
mo e elevada competência, o cargo de
Juiz de Direito, substituto, desta cor
mareca. j

O sr. dr. Mendonça David era pai
da sr.º D, Maria Eugénia de Mendonça
David, de Soror Maria Madalena Chanr-
tal, da sr.º . D. Maria Augusta de Men-
donça David Barata Corréa e do sf.
Alíredo de Mendonça David, sogro da
sr.º D. América Antaunes de -Mendor.ça
David e do sr. engenhetro Joaquim Ba-
rata Corrêa e avô da menina Maria
José Corrêa de Mendonça Baviá e dos
srs. Alíredo e António Eduardo Corrêa
de Mendonça David é António, Edusr-
do é Joaquim de Mendonça Barata
Corrêa.

Precedido de missas e ofício, o fa-
neral realizou-se no dia imediato, nele
se encorporando, além de pessoas de
família, grande parte dos habitantes da
vila e freguesia de Alvaro e muitos
amigos da Madeirã, Oleiros, Sertã, ete.
Condazia à chave do caixão o sr. Gene-
ral António Gorjão Couceiro de Albu-

querque, direetor dos Altos Estudos.

Militares.

Á ilaustre farnília entutada apresenta
«A Comarca da Sertã» sentidas con-
dolências.

AGENDA

Encontram-se: na Sertã, os srs. dr.
Alexandre À. Veiga da Gama Viceira e
Norberto Pereira Cardim; no Carva-
Ihal (Troviscal), os srs. Joaquim dos
Santos e Joãe Fernandes; e em Sánto
Estêvão, o sr. Franeisto António da
Silva, de Lisboa. :

—RKRetirou para a Parede mademoi-
selle Maria Palmira Machado Vicente.

— Estiveram: na Sertã, os srs. Adrião
Morais David, Reinaldo Alves Costa,
Manauel Peres e Manuel Marques da
Silva, de Lisboa; em Pedrógão Peque-
no, o sr. Angelo Pereira, de Lisboa; e
no Outeiro da Lagoa, e sr. Henrique
Domingos da Silva, de Lisboa.

—Empbareoa para o Congo Belga,
em 20 de Agosto, acompanhado de sua
Esposa, o sr. Joaquim F. Alves, do Ver-

.. gão, que sabemos ter feito boa viagem.

— =A bordo do vapor «Pátrias, par-
tia, na 2.º feira pretérita, de regresso
a Bandula (África Oriental), o egricul-
tor naquela localidade Sr. José Antu-
nes, 8o qual desejamos boa viagem €
todas as prosperidades. —

Agradecimento

Manuel Peres, residente em Lis-
boa, e família, vêm por esie meio,
€ na impossibilidade de o fazer pes-
soalmente, apresentar os seus sin-
ceros agradecimentos a todas as
péssoas que se dignaram acompa-
nhar à última jazida sua saudosa
mãe, sogra e avó, Maria de Jesas
Peres,falecida na Sertã; oatros sim,
apresentam também os seus agra-
decimentos a todas quantas Ilhes
apresentaram condolências.

A todas, pois, o seu inolvidável re-
conhecimento,

——

Câmara Munícãpa_wlj’do
concelho de Proeênça-
a-Nova –

Concurso público para a ar-
rematação da empreitada de
<«construção da rede de es-
gotos e absrttura e enchi-
mento das valas prra à rede
de disiribuicão de águas da
vila de Proenca-a-Nova»

Faz-se público que no dia 13 do
próximo mês de Qutubro, pelas 14 hos
ras, na Câmara Manicipal de Proença-
a-Nova, conforme deliberação tamada
por este corpo. adiministrátivo em sua
reanião ordinária do dia 16 do corrén-
te mês, perante à Comissão. pára esse
fim nomeada, se procederá ào concur=
so páblico parà a arrematação dos
trabalhos do «Construção da rede de
esgotos e abertura e enehimento des
valas para a rede de distribuição de
águas da vila dêe Proença-a-Nova»s,

A base de licitação para a obra em
referêrcia é de Esc.* 701.530800 e O
depósito provisório é de 17.538$23, —

Para ser admitido aão concurso é
necessário aprescntar docamento comr-
provativo de haver sido ieito na Caixa
Geral de Depósitos, Crédito e Previs
dência oa Suas delegações, o depósito
provisório, mediante gquia passada na
sSecretaria da Cêmara Manicipal de
Procnça-â-Nova, todos os dias úteis,
das 11 às 17 horas, até à vespera do
Cconcurso. : : —

O depósito definitivo será de cineo
por cento do preço da, adjadicação.

O programa de coneursos, caderno
de encargos e orçamentos enconiram=
se paténtes, para consulta dos interes-
sados. todos os dias úteis, das 11 às 17
horas, na Secretaria da Câniara Muni-
cipal de Proença-a-Nova,

Câmara Municipal de Proença-as
Nove, 17 de Setembro de 1948, Í

:O Presidente ;
Aifredo Lopes Tavares
Gaixa Sindical de Previdência dos
Profissionais do Gomércio

SEDE-— Rua Nova-de S$. M.amede, 76-LISBOAR
” AVISO
Pagamento de contribuições

Chamarse à atenção dos contribains
tes deste Organismo de que, nos.ter=.
mos do Decreto-lei n.º 35.410 de 29
de Dezembro de 1945 e do despacho
de Sua Excelência o Suab-Scceretário de
Estado das Corporações e Previdência
Social de 15 de Janciro de 1946 o pa-

gamento das contribuições deverá ser —

efectuado de 1 a 10 de cada mês, –
relativamente às contrtbaições caleula»
das sobre os ordenados ou salários paãs —
gos no mês anterior, : :

Os contribuintes que não efecetuarem
o pagamento dentro deste prazo, ficam
sujeitos às multas previstas no Deceres
to-lei .n.º 33.535 de 21 de Fevereiro de
1944.— À Direcção. RS

Electricidade
: para todo € País

«Como primeira e principal me-
dida, o Governo vai dividiro País
em zonas. Depois, cada concessio-
nário tem que fornecer energia d zo-
na que lhe competir, pelo sistema de
compensações, Quer dizer: será obri=
gado a levár a energia a sítios dis-
tantes e pouco poputlosos mesmo com
sacrifício económico, cobrindo esse
prejuizo com lucros conquistados nas
localidades de maior consumo. Des-
ta maneira haverá, dentro de breves
anos, energia eléctrica em todos o3
recantos de Portugal».

Eng.º Daniel Barbosa,
(em 21/7/1048; no Portó)

 

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— DESCORTEZIA

— Quando do Cortejo de Oferen-
das em Pedrógão Pequeno, realiza-
do no domingo, 12 do corrente, houve
muita gente na Sertá que estranhou
e sentia que a nossa terra não se
Tizesse representar, nele, condigna-
mente. Teria sido bonito, por exem-
plo, que essa representação consis-
tisse núm carro alégórico, rechea-
do de ofertas da nossa Misericór-
dia, da Câmara Maunicipal e do po-
vo da vila que quisesse esponta-
neamente concorrer; e esse carro
poderia ostentar, bem destacado, o
escudo da Sertã e qualquer outro:
motivo lecal. Também se tornuu
reparado que à Filarmónica União
Sertaginense não comparccesse no
dito Cortejo, o que teria sido possí-
vel se o caso losse estudado e pre-
visto com a antecedência necessá-
ria, visto que nesta época há con-
tratos lirmados, todos os domingos,
para tomar parte em festas religio-
sas, maitas delas iora do concelho.
Consta-nos. que -a nossa Mise-
“ricórdia deu qualquer donativo à
sua congénere de Pedrógão Peque-
no, mas isso ficou muito aquém
das nossas possíibilidades e do queê
seria aconselhável fazer como pro-
va de cortezia e, até, de gratidão,
que Pedrógão Pequeno, apesar de
tertambém a sua Misericórdia, não
esqueceu a nossa no Cortejo de
Olerendas do ano passado nem com
O Seu interessante carro, reprodu-
zindo a capelinha de N. S, da Con-
— liança, contendo algumas ofertas
— valiosas, nem com a sua Filarmó-
nica, que se apresentou com todo o

garbo, dando colorido e animação

– à nossa parada de Caridade.

-À oxperiência álíeia
Debalde .a história nos mostra
que foi das inundações dos grandes
rios qué saja à iniciação dos gran-
des progressos humanos:; que fToi
– das inundações do Nilo que proce-
deu a civilização do Egipto, das
inundações do Hoang-Ho que pro-

cedea à civilização da Ghina; das :

inandações do Euirates que nroce-

deu à civilização da Caldeia, da Ba-

— bilónia e da Síria.

— — Povos na infância, desprovidos

— daslições da experiência, desarma-
dos dos instrumentos. da análise
moderna, souberam fundar à sua
vida histórica na previsão econó-
mica das cheias dos seus rios.

Nós, portugueses, em pleno sé-
calo XIX, na posse dos mais impor-
tantes segredos da m<cânica, da
astronomia, da física, da química,
nós, tilhos de Kepler, de Galilea, de
Newton e de Franklin, nós, con-
temporâneos de Mayer, de Helmhol-
tz, de Virehow, de Haeckel, de Hum-
boldt, de Wurtz, de Ampére, de Le-
verrier, nós não sabemos tirar das
inundações sucessivas de um rio
que vem de anos a anos, periodi-
camente, contra nossa vontade, Ter-
tilizar 0S nossos campos, nenhuma
das lições que a experiência devia
sugerir-nos para regularmos e úti-
lizarmos em nosso proveito a ac-
ção violenta desse fenómeno.

Ramaiho Ortigão

ma—=o papel—por. preço. razoavel

as a LáNIS

(Concelasão da 1.º .pág.)

do País, não encontrou desprenida
a Fiscalização. que imediatamente
lhes. surgiu pela frente com energia
e.no momento preciso de lhes fazer
encolher as garras aduncas…

Essa rápida acção por parte das
brigadas da [.G.A. merecen o aplau–
so unánime das populações a quem
os danados especuladores tinham pro-
metido, uma vez mais, arrancur d
camisa…

Já se sonegavam muitos génerus
alimentícios para os encarecer. .. tor-
nando mais difícil a vida para quem
ela só tem abrolhos!

222 ÁH B RL

N Porto, álguns ilustres fígaros
o preparavam-se para elevar os
preços do corte do cabelo e da barba,
mas a Fiscalização impediu a ousaá-
dia e prendeu o presidente do Gré-
mio Distrital dos Industriais de Bar-
beiro e Cabeleireiro de Lisboa por
ser o principal incitador daqueles au-
mentos na cíidade Invicta. E agora,
que está na cadeia o tai dito sr. pre-
sidente, figaro n.º 1, é, para castigo,
não lhe fazer a barba nem cortar o
cabelo durante um ano!

Ao fim desse tempo, em vez de
fígaro ilustre, há-de parecer-se com
um leão saído da selval

c ezE22

amanhã, 26, que se realiza o
Cortejo de Oferêndas em Mação.

222 HÁ 2R2

CONTINUA M muitos colégas nos-
sos a queixar-se da falta de papel
para impreêssão própria, o que vem
tornando dificilima a vida da Im-
prensa de Província. Temos, porém,
esperaunça de que o Governo, pelo Mi-
nistério competénte, virá a lomar as

‘ medidas necessaárias para pór cobro

às presentes preocupações,. exacia

mente como fez no grave periodo da

guerra, em que aos pequénos jornais
nunca faltou a principal matéria pri-
,
pois que houve a prudência louvavel
de o pôr ao abrigo de miserâveis es-
peculações. – a A
-A pequena Imprensa, dada a ma-
greza dos seus recursos, nãe pode
importar directamente quantidades
avultadas de papel; de modo que,
não devendo, por justiça e por direi-

lo, ser abandonada à sua sorte, tor-

na-se essencial facilitar-lhe o abas-
tecimento desse artigo.

Ninguém pode esquecer os servi-
ços que ela presta aão País e às re-
giÕes que serve em extremos de abne-
gação, além de que emprega nume-
rosos trabalhadores e é fonte de acii-
vidade permanente de muitas tipo-
grafias.

SE

À avertura da caça é no dia 1 de
Outubro

No dia 1 de Outabro inicia-se o pe-
ríodo da caça às espécies indígenas:
perdiz, coelho, lebre, abetarda e sisão.

DOENTES

Tem. estádo bastante doente à sr,º
D. Maria Eugénia de Mendonça David,
de Alvaro.

—Também esteve muito doente a

menina Olélia Ferreira, gentil filha do

sr. Manael António, desta vila, que des-
de há dias, felizmente, vem experimen-
tando melhoras.

—Continaga alcançando algumas
melhoras o sr. Demétrio Carvalho, que,
como noticiámos, caia e fracturoa auma
perna.

O que desejamos, de todo o coração,
É o restabelecimento rápido de todos
o8 enfermos, :

A Comarca da Sertãà

j BESASJRES csirada Pedrógão Pequens

Há dias, caia da maar em que via-
java, o sr, Manuel Pires Janior, do Six
pote, ficando .com uma costela partida
€ recebendo ainda ferimentos nos ma-
xilares e contusões pelo corpo.

Lamentando sinceramente o desas-
tre, fazemos votos pelo seu restabele-
cimento.

Maria Dona, I9—No dia 16 do
corrente, na rua de Pedrouços, em
Listoa, diante do nº 12 daquela ar-
téria, deu-se um desastre que custou
a vida a um condutor da Carris. Es-
tacionada junto do passeio, encontra-
va-se uma camioneéta de que era mo-
torista Armando Francisco de S,
Marcos, morador na rua dos Cordoei-
ros, 28,r/e, a Pedrouços, quando por
áli passou um carro elécirico que se
dirigia para Cruz Quebrada. O guar-
da-freio António Francisco dos San-
tos, residente na rua Aliança Operá-
ria, 14-1º, |
como é de uso em casos tais, visto
tratar-se de um carro aberto, mas o
condutor Teotónio Rodrigues, naiu-
ral do Troviscal, concelho de Seritá,
morador na rua Aliança Operária,
25, porta 1!, não deu pelo aviso e,
inadvertidamente, na sua faina de
cobrança, contíinuou no estribo sem
reparár na camioneta ali estacionada.
do passar de um balaustre para o
ouiro, o condutor do eléctrico, sem se
aperceber do periíigo, ficou entalado
enire o carro e a camionelta; cor_-í%uf
zido Imediatameme ao hospital de
3. José, onde se verificou ter sofrido
fractura da coluna vertebral, faleceu
pouco depois de ali ter entrado.

O Teotónio Rodrigues erá casa-
do com a srº D. Rosa da Silva Fer-
reira e irmão dos nossos assinantes
srs. Manuel Rodrigues e David / Ro-
drigues e to dos, também, nossos as-
sinantes srs, Daniel Luís e Flaviano
Aunes Rodrigues. (E).

«A Comarca da Sertã» apresenta

sentidas condolências a tóda a fa-

múília enltutada.

Próximo de Oleiros foram colhidos
por ans barris de resina, que estavam
àa descarregar e que resvalaram da ca-

. mioneta onde se encontravam, o pro-

prietário António Simões da Silva, de

43 anos, casado, da freguesia de A’lva-”

ro, daquele concelho e António Afonso,
de 25 anos, casado, cesteiro, de Oleiros,
que ficaram em melindroso estado,
Transportãdos aos hospitais da Univer-

sidade de Coimbra, verificou-se ter o

primeiro sofrido traumatismo craniano
€ fractara do maxilar inferior; e O se-
gundo, fractura exposta do braço direi-
to, além de outros ferimentos, sendo
internado na 4.º enfermaria C.H. depois
áe, no banco daquele estabetecimento,
lhe prestarem os primeiros socorros.

— REEA O oc ee ÇÕS:

Alravés da Comarca
FUNDADA, 16

De regresso da India, já se encon-

ira cntre nós o Rev.º missionário P.º
Sebastião Rodrigues dos Santos.

— Felicitamos € apresentamos aà saa
reverência os nossos caumprimentos de
boas-vindas.

—Realiza-se no próximo dia 26 a
festa tradicional ao Sagrado Coração
de Jesus, havendo missa cantada, ser-
mão e procissão, e aàinda comunhão so-
lene às crianças. Nos dias 23, 24 e 25
haverá tríduo.—C.

Nova viatura
ao serviço público

Ámanhã, domingo, das 11,30 para
às 12 horas, no Largo do Chafariz, des-
ta Vila, é inaugurada uma excelente
viatura da C.YV,.de Cernache, marca
«Mack», de mais de 40 lugares, tendo
sido convidados a assistirem às auto-
ridades locais, representantes . da Im-
prensa, cte.

O novo autocarro entra ao serviço
público na 2.º feira, na viagem da Ser-
tê à Lisboa. :

E., deu sinal de alarme’

Dm — m— aaa
o aa DS lan « SR

— Madeirã

A Comissão de Melhoramentos da
Freguesia de Pedrógão Pequeno pede-
nos à publicação de seguinte :

Já se levou junto do sr, presidente
da J. F. P. Pequeno, e do presidente da
C. M. da Sertã por meio de ofíeio en
viado pela Comissão de Melhoramens
tos da Freguesia de P. Pequeno pedin-
do a estas entidades os esforços janto
do sr. Governador Civil do Distrito afim
de se dar termo aà esta velha quão jas=
ta aspiração,. :

Presentemente sabemos gue as di».
ficuldades que 26 povecções entre P,
Pequeno .e Madeirã atravessam perens
tê o grande progresso que o nosso.
País regista nama vasta colecção de
melhoramentos sem igual devemos com-
preender que talvez a ignorância de
certas pessoas que sdmente pretende-
ram o sea bem-estar, abandonâándo por
completo aàs aspirações que outrora se
Ffizeram sentir estas povoações que alfiás
contam a linda soma de mais de 3.000
habitantes abandonados ào conjanto
das felizes localidades que graças ao
Estado Novo, se têm erguido râpida-
mente dos velhos casebres às mais pi-
torescas e importantes povoações deste
tindo Portugal |
— *+-.Mas tenhamos ceragem e fé nos
nossos destinos, dando OS passos ne-
cessários junto das entldades compe-
tentéês p.º ver se não chega & contar meio
século que se inicioa a constração des-
ta malfadada estrada que pereceu a
meio caminho como um pinto que mai
chega a partir a casca do ovo.

Sempre fai bom filho da minha ter-
ra—Ce nunca à esqueci um só momento,
por saber os ineonvenientes do isolax
mento em que fai erindo- mas.sinto a
paixão e à vaidade pelos que, analfabe=-
tos por infelicida*e, não podem solici-
tar esta importante obra pedindo-me
na última vísita qué fiz ao Bravo em
Setembro —que fizesse tido quan-
to pudesse em prol desta justifica-
díssima cause, Onde alguns mais ido-
SOs que ainda se lembram dos três pro-
jectos que se fizeram, do início da
actaal E, N. 350-2,8, que continua dor».
mindo o seu pesadíssimo sono que a
domina há 46 ànos.: Mas esteu como
sempre confiante que àa nossa aspira»
ção é decerto atendida como merece–—
€ acarinhada pelo Estado Novo porque

— nós sômente solicitamos o que os nos-
. SOS avós € pais solicitaram e não po-

dem mais fazer por estarem à espera
da conclusão do resto da estrada à
sombra da Cruz.

: Cpcgon O momento de acordar cons=
ciências adormecidas e de camprir o

nosso dever, :
JOSE EIRÃO

GonStrúção de um ramal de estrada
Gabeço das Eiªzís para Sarnadas da
: Varo

Desmentido categórico feito pe-
tos membros da Junta de Fregue-
sia de Álvaro ao José Antunes

Na «Comareu da Sertã» n.º 605, de 28 de
Agoósto passado, um tal José Antunes, vinde
de Africa, onde foi tirar Carsolegia «à la mi-
nate», num artigo intitalado, «Constmção de
um ramal de estrada Cabeço des Eiras para
Sarnados de Álvaro», diz ter ido a Oleiros
«acompanhado dos membros da Junta de Fre-
guesia defender auma tese».

Não pode ser grande defensor de teses o
reles filósofo que desconhece o axioma popau-
lar «mais depressa se apanha um mentiroso
que um coxo».

Y. José Antunes, já antes de mandar es«
crever afarsa que assina como sendo sua, por
dia ter visto que mais cedo ou mais tarde se»
ria desmascarado e tido por todos como im=-
postor aventureiro?!

Qaue fale o sr. Augusto Fernandes a quem

foi expor a célebre tese, que falem os revers

rendos párocos de Alvaro e Maaeirã que por

coincidência assistiram ao debate da sua tese,
que digam se alguma vez es que abaixo assi-

nano acompanharam.a Oleiros ou lhe servi-

ram de caudatários. —

Agora vemos que os régulos têm muita
razão quando apontam para V. e dizem entre
eles: «Azungo úio maning cunhépera, na ma-
nhasco afâna né»—Aqueles brancos mentem
muito e não têm vergonha nenhama.

O Tesoureiro— Abel Barata
O Secretário— José Cristóvão

 

@@@ 1 @@

 

“Gongresso Eucarístico

EM CERNACHE DO BONJARDIM

foi a mais imponente cerimónia
religiosa que se tem ali celebrado

Cornache do Bonjardim, 13— Com grande
entasiasmo, celebrámos, nesta finda e
risonha aldeia beirã, terra natal do
Beato Nano de Santa Maria, o nosso
primeiro congresso eutarístico € O pri-
meiro também realizado na Diocese de
Portalegre. À presença dos dois ilastres
príncipes da Igreja, D. António Ferrei-
ra Gomes, Bispo Coadjutor da Diocese,
e D. Manauel Maria Ferreira da Silva,
“grande Missionário em terras da nossa
India e actual Saperior da Sociedade
Portrguesa das Missões Católicas Ul-
tramarinas, deu grande esplendor aos
“trabalhos e cerimónias relíigiosas do
Congresso. Realização do reverendo
pároco P.º Luís Acgusto. Rocha, que
em boa hora o concebeu e em melhor
o tornoa realidade, esta grandiosa ma-
nilestação de fé na presença real de
Jesus no Santíssimo Sacramento, deve
ter marcça.lo ama data nova, na devo-
ção e culto da Santíssima Eucaristia
já tão arrcigados neste povo. Os dias
11 e 12 foram, de facto, dias de gran-
des graças. : h

‘No primeiro destes dias, consagra-
do às Cruzadas eucarísticas, tudo foi
devoção e unção religiosa, de mistura
<com a alegria e certo desassossego das

300 erianças que, compreendendo à sua
missão de Crazados, queriam mostrar
à Nosso Senhor que de facto o eram.

Logo de manhã, aos acordes do car-
rilhão de 8 sinos que e /todos convida-
ram para à festa com aà execução de
cânticos religiosos, se vêm misturar às
vozes argentinas das criancinhas da
Crazada de Procnça-a-Nova, que ehe-
gam ao adro da lIgreja proclamando
208 quatro ventos: NÓs Somos, Cruza-
dos de Nosse Senhor. Segue-se o ran-
cho de Sertã e Várzea, depois Castelo,

““Cabeçudo, Nesperal ete. As. crianças
são assim; travam logo os seus conhe-
cimentos e são aàs primeiras a realizar
o «Cor unam eét anima anas. Os mes-

. mos cânticos, à mesma inocéncia de
vída.

Daquie dalém vutros grupos de Cru-
7zados de Cernache que, depois de pal-
milharem algans mais de 2 léguas por
montes e vales, chegam apressados
porque disciplinados não querem faltar

.à hora.

São 10 horas. A igreja está cheia
de crianças que se preparam para as-
sistir à Missa, celebrada pelo Senhor
Bispo de Gurza que antes.da Comu-
nhão lhes faz uma tocante alocução
naquele estilo que lhe é tão peculiar e
tão adaptãdo ao seu naumeroso auditó-
rio infantil. ;

Amor a Jesus, no Santíssimo Sa-

cramento, amor pela Cruzada, que os
torna tão amigos de Nosso Senhor,
– amor pelo sacrifício, imitando o exem-
plo da pequenina Jacínta a quem apa-
reeeu N.º Sechora, eis o que o Senhor
Bispo lhes prêgou.

Da Sagrada mesa aproximam-se
cerca de 400 pessoas enquanto o enor=
me coro de çcrianceinhas em reboadas
de vozes inocentes vai cantando os lou-
vores do Senhor. ;

Terninada à Missa segue-se à de-
jejaa, olerecida, como aàs restantes re=
teições tanto do dia 11 como do dia 12

. pelo Apostolado da Oração local, coa-
djuvado pelas boas vontades das se-
nhoras de Cernáche. Nova expansão
de alegria, que a todos enche de con-
tentamento.

A’s 15 horas, como anunciava o
programa, foi a Hora de Adoração das
crianças, presidida pelo Rev.º Pároco

. de Procnça-a-Nova, que, em palavras

“repassádas de unção, explicou aos me-
ninos os mistérios dolorosos de Santo
Rosário.

Primeira sessão do Gongreso

Depois de um intervalo, começou
às 18 horas a primeira sessão do Con-
gresso, presidida pelo Senhor Bispo
Coadjutor e com à assístçncia do Se-r

nhor Bispo de Gurza. Faloa o Rev.
pároco da freguesia, P.º Rocha, sobre
«a cruzada cacarística e o culto ào
Santíssimn Sacramento». Disse da pre-
dileeção de Jesas pelas eriancinhas,
historiou a origem das Cruzadas cu-

‘ carísticas, o seu fim e meios de que se

Serve peéra a consecução desse fim,

apontendo como principal a Comanhão.

bem feita, que realiza a unidade de vi-
da pelo víncalo da caridade, como Nos-
so Senhor pediu.na noite da sua Pai-
xão. Encerrou à sessão, durante à qual
a «Schola Cantorum» -«dos . Seminários
de Cernache e Tomar executou cantos
eacarísticos a polifonià, o Senhor : Bis-
po Coadjutor. E com a sessão de cine»
ma e projecção que por avaria da má-
quina não floi bem o que devia ser, e
a hora de Adoração às 22 horas ter-
minoa à primeira parte do Congresso.

As cerimónias do Domingo

Quando julgávas:os as erianças can-
sadas pelos trabalhos da véspera, veri-
ficamos, com ‘ alegria, que são elas tam-
bém as primeiras à acorrerem às iyre-
jas Matriz e do Seminário, para adora-
rem o Senhor. O dia é destinado às
Contrarias do Santíssimo e às nove e
meia, na missa da Comaianhão Geral,
encontramos já ema boa centena de
confrades, enquanto outios graupes de
terras mais distantes vão chegando
mesmo durante a missa, que é celebra-
da pelo “Senhor Bispo Coadjator da
Diocese. Os cântiecs anuniciam à che-
gada desses grupos.

É verdadeiramente festivo. o dia. O Se-
nhor Bispo faz eloquenté alocução antes da
Sagrada Comunhão, de que participaram
mais de mil almas. Agora São às vozes varo-
nis que, de mistura com as das crianças e
mulheres, em toada de cantochão, vêo can-
tando com unção religiosa, o Bendito, Santus
Bnjos e Arcanjos, ó Anjos cantai comigo, etc.

Pequeno intervalo e às 12 horas começa
a solene missa campal celebrada pelo Pároco
P.º Luís Rocha que comemora o 11.º aniver-
sário da sua ordenação. E acolitado pelo pá»
roco de Proêénça e P.º Albertino, do Seminá-
rio de Tomar.

A «Schola Cantorum» dos Seminários
cantá as partes variáveis em perfeito fábcr»
dão no oitavo tom e os restantes a poliíonia.

Ao Evangelho fala o Senhor Bispo de
Gurza sobre o preceito da Caridade. Jesus
eucaristia dá-nos o exemplo de virtude, dan-
dorse-nos inteiramente na Sagrauia Comuanhão.
Fala do valor da Missa, convidando a todos à
cumprir o primeiro preceito da Santa Igreja.
A missa é lonte de graças. É Jesus que se ofe-
rece cada dia pelo ministério do sacerdote,
como vítima de exriação e propiciação, afas-
tando da hamanidade os castigos pedidos per
lus seas pecados.

“A missa campçal foi celebrada no largo da
Escola, grande 1€eclângulo à que aigumas ór-
vores de Jardim emprestam alguma beleza.
O altar, criação e execução uo P.º Antéro
Gomes, do Seminário, era mais uma manifes-
tação do seu génio de Artista. O aliar sobre
o qual se leventava grande dessel, encimado
por um cális e uma hóstia, era absojutamente
dominado por um lindo eruc;fixo. Os castiçais
e às grandes jarras de prata emprestavam-lhe
singular beleza, 1

Às 16 horas, principia a sessão Jedicada
às Confi arias. É presidida pelo Senhor Bispo
de tiurza, ladeado pelo Senhor Blspo de Por-
talegre, Keitor do Seminário e Prior da ire-
guesia. Falam o senher P.º Beato sobre «As
tLonirarias no calto ao Saniúíssimo Sacramen*
to», e P.º Soares, do Seminário de Cernache,
sobre a «Sagraga EGccaristia, fonte de vida
Cristã». Ambos desenvoltveram com inteligên-
cia os seus temas. O primeiro historiando as
contrarias, fala do pouco que têm feito e da
sua reorganização para serem o que devem,
incitando tudus 0s irmãos a cumprirem os seus
deveres e à imporem-se à consideraçêo das
outras pessoas pela integridade da sua vida
cristô. U segando fala da necessidade que te-
mous de ir à lonte de vida procurar à verda«
deira vida que só recebemos e em nés é ali-
mentada pela Sagrada Comunhão.

A «Sckola Cantorum» faz-se ouvir cantan-
do à polifonia «Laro mea vere est cibus» ete.

Encerra a sessão o Senhor Bispo de Gur=
za, que aproveita a ocasião de fazer um ape-
lo veemente àa todos os presentes, sobre a
necessidade de encaminharem os seus filhos
para o Santuário, terem como grande hunra

e aaxiliarein à pocação sacerdotal, dos filhos:

que beas lhes deu.

Com grande entusiasmo pede à todos que
o ajudem num €ântico de souvor ao Santíssi-
mo Sacramento, entoando por duas vezes O
tão religioso «Benditos português.

A Comarca da Sertãà

Foi engraçadíssima a récita a favor
do hospital da Misericórdia de Pe-
drógão Pequeno :

PEDRÓGÃO PEQUENO, 14 —
Realizou-se ontem, como foi anun-
ciado, um espectáculo de beneficên-
cia a favor do Hospital desta vila.

O palco Toi improvisado no par-
que da casa do sr. eng.º Raál Vidi-
gal pelo grupo dos novos actores
amadores, dirigidos pelo nosso pre-
zado amigo sr. dr. Fernando Fon-
tinha, que soube insinuar-se como
amigo e ensaiador dum grupo de
amigos e estudantes moços que
souberam ao mesmo tempo com-
preender os seus papeis.

Um grepo de gentis senhoras
quis também dar a suá nota de tra-
balho e pom gosto, ornamentando
o palco com flores artiliciais e lo-
lhas nataurais. que produziam um
belo efeito.

Muito antes da hora anunciada
já norecinto do largo parque reboa-
vam gargalhadas e notava-se um
certo movimento de alegria. Da

Sertã, Cabeçudo e Pedrógão Gran-

de chegavam os últimos automó-
veis cheios de pessoas amigas que
quiseram dar-nos, mais uma vêz, O
prazer inconfundível da sua velha
amizade.

Anaunciou-se a abertura do es-
pectácaulo e o sr. dr. Fontinha fez a
apresentação sendo muito aplaudi-
do ao terminar. E

O pano levantava-se e abria-se
ao público num cenário movimenta-
do com a peça—«Um julgamento…
no Casal dos Butos».

O papel de juíz—feito pelo nos-

“so amigo Sanches, amigo dedicado

desta vila—Tfoi… integérrimo.

O José Vidigal, exibia-se com
entusiasmo no de «dr. Delegado» e
tomou um tal cator que até lhe pas-
sou a «constipação».

Dr. Fontinha, como advogado

de defesa.,. floi magnífico na sua
peça oratória… e ia cansando o
«olicial de diligências»—Dr. Raúl.
Lima que estava muito bem no papel.

Rogério Silva—«escrivão moa-
co»—fez um papel grandioso.

A bruxa, uma autêntica brauxaá,
em que só havia sombras negras
e luziam olhos faiscantes, era bem
feita pelo Adelino Vidigal que lez
rir à assistência no papel de ré
inocente,

As testemunhas António Jorge
e Amadeua Rodrigues, arrancaram

gargalhadas constantes à plateia,

que os aplaudiau por vezes.

No acto de variedades colabo-
ram os mesmos e ainda Alvaro da
Silva e Raál Vidigal que desempe-
nharam bem os seus papeis.

Viveram-se momentos de ver-
dadeira alegria | :

Ouvimos dizer ao decano dos
médicos, natural do Casal dos Bu-
fos, que uma cadeira deste espec–
táculo valia bem 1C0$0O:

Este era o velho amigo € sr. dr.
Francisco Henriques David quecom –
outro amigo Carlos David, grande
sarprezal—mas é verdade, estava
lá—assistiram entusiasmados, ri-
ram e relembraram os seus tempos
de meninos e moços em que tam-
bém fizeram as suas teatradas.

O José Henriques Santana, pa-
ra rir com mais entasiasmo emais
gana, nos intervalos, ia comendo
umas iscas deliciosas que lhe fica-
vam ali mesmo ao tado.

Seriam imensas e óptimas aàs
impressões se as tivéssemos de re-
gistar todas, mas por hoje basta.

A todos aqui deixamos expres-
so & preito sinecero da nossa
gratidão.—C.

Descanso Bominical |

Começa a vigorar, no dia 1 de Ou-
tubro, no cencelho da Sertã, a lei n.º
2.029, que estabelece o descanso domi-
nical,

À procissão eucarística

Vai terminar o Congresso com a maior
de todas as manifestações de flé até hoje pre-
senciadas em Cernache: a procissão Euca-
rística.

Além de algumas centenas de crianças,
também centenas de Irmãos das Contfrarias,
bon centena de seminaristas e 15 sacerdotes.
Estão representadas as contrarias de Cerna-
che, Proença-a-Nova, Castelo, Cabeçudo, Nes-»
peral, Várzea dos Cavaleiros, Figueiredo e
Fundada.

A procissão sai da igreja do Seminário.
Leva o Santíssimo Sacramento em preêciosa
eustódia de prata dourada, pertença da Ire-
guesia, o Senhor Bispo Coadjutor de Porta-
legre. Acompanha à procissão o Senhor Bis-
po de Gurza. À’ irente do pálio, o clero com
capas branças; seguem-se aàs sobrepeliz-s dos
seminaristas, as opas das Confrarias e à Iren-
te às crianças da Comunhão solene e Cruzada
encarística. imponente, e & coro enorme
voi cantando sempre «Bendito e louvado seja».
As casas vistosamente engalanadas, pendendo
das janelas ricas colchas de tons variados.

Na torre o carrilhão centinaa a lançar
nes cres os seus acordes religiosos. E porque
à igreja é pequena para conter os milhares
de pessoas que acompanham tão luzida pro-
cissão em altar improvisade em irente da
igreja paroquial terminam os áctos.do nosso
Congresso com a bênção do Santíssimo que é
recebida de joelhos e com profundo respeito
por toda a multidão. Mais uma vez o «Bendi-
to». E, ditas algamas rpalavras de agradeci-
mento pelo Rev. Príor à todos os que contri-
buiram com o sea trabalho ou com a sua as-
sistência para o esplendor do Congresso, eu-
meça a debandada dos mais distantes que,
com a alma cheia, vão continuar, na sua vida
de cada dia, o seu cântico de louver ao San-
tíssimo Sacramento.-—(E).

Estradas do concelho da Pmonça-a-
Nova

Á Câmara Maunicipal de Proen-
ça-a-Nova Toi concedida à compar- ”
ticipação de 150 contos para cons-
trução da E.N. 241 a Cardigos,
lanço até o limite do concelho, 1.º
Tase; terraplanagens e obras de ar-
te, na extensão de 4.479 metros; &
igual. comoarticipação para cons-
trução da de Fadagosa à E.N. à.
servindo Bairrada: terraplenagens,
obras de arte e acessórias, ne ex-.
tensão de 3.295, 68 metros (1.º fase).

Dr. Natias Farinha

Só agora soubemos ter sido
promovido a Juiz de Direito e co-
locado na comarca de Dili (Timor)
o nosso prezado amigo sr. dr. Ma-
tias Farinha, que, com grande dis-
tinção, cxerceu, durante alguns
anos, o cargo de Delegado do Pro-
curador da República na Beira
(A’frica Oriental).

Felicitamos vivamente o ilustre
magistrado e formulamos os me-
lhores votos por que contindi go-
zando a melhor saúde e às maio-
res prosperidades por terras do
Ultramar. : a

Muito prazer nos deu a sua
última carta e oxalá que. nunca se
esqueça de nos dar àas suas preçio-
sas notícias.