A Comarca da Sertã nº560 11-10-1947

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R epresentante em Lisboa-s

João Anitunas Gaspar
L. de S. Domingos ‘8s/I1= Tel. 233953

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Febdomadário regionalista, independente, defensor dos interâsses da Comarca da Serlã Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila-do Rel; a Fregueslas da

M*W%í%%%%%%%ªª%#&%%%%%#&###%&%%#ª%ª&%ª%&%&#ª%K%K%K%%â#*%&%%%%Kf%#%%?#&##%&%â&ª%ã&%&%&&&à&#&%&&uvª,ut
Redacção e administração: Rua Serpa Pinto — Composição 6 impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. —

Ano Xil

Director Editor e Proprietário

Eduardo Barata da Silva Gorrêa

11 de Outubro de 1947

Amâôndoa e Gardigos fdo concelrho de Mação)

Publica-se aos sábados
Visado polá Comissão de Censura

EE f

26 RESN HOROROSOROIOIOROR HOIOIOIOTONOIOROIGKOISOIOROKORCIONOIONOIOIOIOIONOIOIOR AORGIOIOROIORORONOIONHNOIORKNORSÓOIOK « ROIOIOIOIOROR S CGIORSTOIOIOIOIOIOROIOIOSOICIOIOROIOIOOROKOK SOROIORORORORAOIORCICROROROR MORNMORRORSICICIOK

NOTAS

D, Luís, o hom marinheiro

O sr. D. Luís estava em Inglaterra e,

numa cerimónia à que havia de
assistir, logo lhe foi dado olagara que,
çomo rei, tinha direito.

Veio para Lisboa o Toi recebido Tes=
tivameute, por todos € mais pelos des-
contentes de antes, aqueles que anda-
vam de mal com o rei morto e que ti=
nham todas aàs esperanças no rei posto
em seu lagar. Que, no ponto de vista
deles, tinham razão para estar con-

. tentes.

O sr. D. Luís era miito agradável e
liberal. Ao contrário de D. Pedro, não
remava contra a maré, antes procura-
va o favor dos ventos, que para isso
era am grande marinheiro. E soube
condazir bem a barca da navegação.
Foi. de completa bonança o seu reinedo.
—A St* b Mária Pia, zia que elê

— . eraam pouco doido, aludindo a certos

aventaras de amor. Valeram oS prínci-

“pes para consolar a raíinha que só por
eles foi esquecendo a sua ltália e a fa-
Imília de lá, substitaindo=a pela de aqaui,
pelo marido e pelos filhos.

Além das tais aventaras, nada sa-
tisfazia mais o sr. D. Luís que o culto
da arte. Eserevia mauito, traduzia obras
estrangeiras, e desenhava; mas o seu
entasiasmo ia sobretudo para à música.
Tinha uma grande colecção de violinos,

.eumbom mestre-capela, Manael Ino-
cêncio dos Santos, autor do hino do
monarea. ‘ .

Comia muito, e tudo com pão e
manteiga. Servi-co mais duma vez do
mesmo prato, e de todus, conforme me
indicava o sr. Gerschey, um germano
maito alto que se perfilava atrás da ca-
deira do sr. D. Luís e com quem o rei
falava em alemão, tal como fazia com
O sF D Fernando. : :

Findo o jantar, O rei acendia um
&harato maito grande, como os que o
sr. D. Carlos depois havia de famar.

Voltava à fazer música, se não ia
ao teatro, ou dava o seu passeio pela
sala de mármore, até à sala azal, onde
era recebido pelos que haviam comido
na sala do Estado. Na sala azal havia
dois retratos dos irmãos da rainha, um
do rei Hamberto de Itália e outro do
que foi rei Amadeau de Espanha, que
por Portugal havia de passar depois de
deposto.

TInaugurado em I v

Cortejo de

Oferendas

A Caridade, dever social

: é do conhecimento pá-
Como
para o próximo dia 26, o grande
Cortejo de Oferendas do con-
celho da Sertã, em que colabora to-

da a população, destinado a auxi- —

liar as instituições de caridade exis-
tentes na respectiva àrea, :
Tado se prepara para. que essa

parada de amor e devoção pelos

pobrezinhos e desprotegidos da For-
tuna, tarefa, aliás, difícil em que se
lançou a Comissão Maunicipal de
Assistência concelhia, resulte plena
de êxito, verdadeiramente triuntal,
na coroação de esforços que visam

blico, está designado,

tão somente a dotar as instituições
filantrópicas do concelho dos meios
financeiros e recursos necessários
ao camprimento permanente e inte-
gral das suas nobilíssimas missões.

A população do concelho da Ser-
tã, consoante as possibilidades de

que dispõe, não se escusará, disso

estamos ceértos, ao cumprimento do
seu dever para com o próximo, de-
ver que lhe ordena uma prestação
substancial do seu auxílio em dadi-
vas, quer em géneros quer em di-
nheiro, e também dum rasgado con-
curso moral, de tal medo que o con-
: — — (Conºlusão na a.ºpágina)

Em defesa da saúdo pública

Veicriar-seumpostomédico.

()

s.m .
na Madeirê.
Entrevista com o presidente da Di-
recção do Grupo de Amiígus da-
quela Freguesia. :

LISBOA, 30 — (Do nosso Rep. João
Antanes Gaspar).

são, sem dúvida, dignos de registo e
dos mais lisongeiros aplaasos, os me-
thoramentos que vimos constatando, no
país, relativamente à assistência públi=
ca. ;
Porém, maito mas mesmo muito há

ainda a fazer, e se nos voltarmos para

as terras mais isoladas, verificamos que
mauitas há onde se morre sem assistên»-
cia médica.

Conforme dissemos no námero an-
terior, a Direeção do Grapo dos Ami-
gos da Ereguesia de Madeirã, está em-=
penhada.na realização de um posto mé-
dico na sua Íregussia, e como’ o respee-
tivo presidente, nosso amigo sr. Virgí-

lio Dias Garcia, gerente do «Café Lis-

boa», dali acaba de regressar, açhamos
oportuno ir ouví-lo acerca dos projece-
tos daquele Grupo.

Sem rodeios protocolares das entre-
vistas, pois prendem-nos laços de ami-
zade e simpatia, dirigimo-nos ao esta-
belecimento daquele nosso amigo, e pe-

(Conclusão na 4.º página)

À ouTuBRO

ETA E E

FAV

‘ (Instalado na Rua de Ourém, entre a Praça e o Terreiro )
À NELE tereis sempra:

res «O Café Nicola» que
também se fornece moido ou em grão.

Chá, cerveja, laranjadas, xaropes, Vinhos
É do Porto, vinhos vêrdes, licores, brandys e.

AANARQUIA

da LUZ ELECTRICA

DE OUTUBRO. Dizem-nos que
nem hoje nem àmanhã haverá
iluminação eléctrica pela neces-
sidade de submeter à rede às repa-
rações das avarias motivadas pe-
los violentos temporais do penáúlti-
no domingo e de ontem. :

“O que não se compreende, o que
se torna inadmissível é intolerável
é ter sujeitado a população da Vila,
dentro de suas casas, a permane-
cer uma semana inteira quase às
escuras ou com iluminação exces-

siva, motivada por corrente fortís- *

sima e de tal modo que grande par-

te das lâmpadas ficaram reduzidas

a estilhaços, pondo-se em risco os
seus haveres pela possibilidade de,
a todo o momento, surgirem cur-
tos-circuitos, enquanto nàás ruas as
trevas eram quase absolutas, com
graves inconvenientes e aborreci-
mentos para os transeuntes.
Porque não se tratou de repa-
rar as avarias, evitando contactos
perigosos « cruzamento de linhas,
(Conclusão na 3.º página)
RESN AENA

O meihor entre os melho= Dos seus amigos e conterrâneos anuncia à.sua abertura no diá 9
O prop.*=gerente, José Ferreira Júnior

dava andalmenteé uma gran

espumosos. Rebuçados, bonbons, chocolates. ÉÉ
— Eolos, sanduiches, tabacos nacionais e estrangeiros, ete. –

AA ArT

Ali se conversava ou jogava e, al-
gumas vezes, aparecia o sr. D. Augas-
to, um militarão, maito alto e maito
louro, vindo do Palácio de Belém, onde
vivia. :

O sr. D. Augusto também gostava
muito de másica, € tocava alguns ins«=
tramentos, detestando apenaás à quitarra
por ser própria dos chamados «Marial»
vas», pois os dois irmãos não transi-
giam com fadistas nem toureiros. E só
iam à touradas quando estas eram de
benificência e, assim mesmo, contra-
riados. Em bem diferente gosto se
havia de manifestar, mais tarde, o sr.
D. Carlos que aprendea a tocar guitar-
ra e até criou touros bravos em Ven-
das Novas. :

D. Luís, além da música e doutros
divertimentos caseiros, alterniando com
os que à rainha chamaáva <«de fora de
portas», gostava apenas da caça. No
outono, € no inverno, ia caçar a Maira,

a Tancos e ao Alfíeite. Em Vila
por convites. A’sr.º D. Maria Pia acom=

panhava-o algumas vezes, com uma es= —

pingarda feita em Toledo e que Ihe fo-
ra olerecida por seu irmão Amadeu,
quando rei de Espanha.

(De «Vitai Fontes, servidor de Rels a

: Presidentes»),
KK SÊ x ox

: € caçarretas, todos
CôÇõdOres andam numa bai-
la, desde o dia 1, tentando alcançar,
com tiro ecerteiro, o coelhito matreiro
ou a perdiz ladina…. :

Nem todos têm sido felizes nas saas
digressões, ainda que lhes sobeje argú-
cia e quase todos sejam dotados daque-
le sexto sentido que torna infalíveis as
pontarias!

Não vos esqueçais eá dos rapazes
da Redacção, que são danadinhos por
uma perdiz de cepbolada eom molho de
vilão e dum coelho com arroz! Depois
até seremos capazes de cantar um poe-
ma heroico às vossas fantásticas faça-
nhas venatórias ! :

H K SE ox

AgUô-péH Já Começou por aí

” .a aparecer c dizem
os apreciadores que não é má de todo.

(Conclusão na 3.º página)

 

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no género: papel de carta, lápis, canetas, má-
quinas de agrafar, borrachas, líquido safa —
tinta, ataches, punaises, réguas, livros de to-

dos aàs qualidades e para 0os mais diversos pammrem

fins, postais ilustrados, etc.
Grandes e variados sortidos de canetas de

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Quem entregar ou indicar o pa-.

radeiro, na Sapataria Proares-
so, de Casimiro Farinha, da Sertà,
dum par de sapatos de senhora, de
côr eastanho-escuro, com solas de
borracha vermelha, que, dentro da
Tespectiva caixa, desaparecea de
cima da placa junto da Agência da
C. V. de Cernache, na manhã de 25
de Setembro, quando a camioneta
de Lisboa estava para partir.

Precisa-se por um ano, juro
à combinar. Nesta Redaccão

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A Comarca da Serta

aaan”

SOBREIRA FORMOSA, 30

No meio de grande entusiasmo €
animação e com a lotação excedida
inaugurou-se ante-ontem a praça de
touros desta Vila que é única em toda
a Província da Beira Baixa.

Correram-se 8 novilhos touros dos
atamados ganaderos Plácido e Antunes
oS quais na sua maioria sairam bravos
e cumpriram.

Foi cavaleiro, o amador da Barquir-
nha, Luís Gomes Faria que deligenceioa
por agradar mas como a montada o
não ajudou o seu trabatho loi quase
nulo. Deixcea colher o cavalo várias
vezes mas todas sem consequências.

O trabalho dos bandarilheiros de-
correu bem destacando-se algumas fa-
ses dos bandarilhas profissionais An-
tónio Lázaro, Manuel Tomé e Eduardo
Malaquias e uma taêna de mauleta exce-
cutada pelo amador Joaquim Lázaro.
Apresentaram-se também os grupos de
forcados da Golegã e Tomar prestando
estes o seu coneurso desinteressadamen-
te. Ambos executaram rijas pegas diri-
gindo a corrida o sr. António Luís Hor-
mem, da Barquinha.

No finál foram chamados à arena
toureiros, forcados, lavrador, organiza-
dores e o sr. Daniel Cardoso Costo a
quem se fiea devendo à praça de touros,
tendo todos sido lârgamente ovaciona-
dos pelo páblico.

A praça vistosamente embandeirada
oferecia um aspecto surpreendente.

“Dum camarote assistia o sr. dr. San-
tos Cartaxo, Secretário Geral do Gor-
verno Civil, como representante do pri=
meiro magistrado do Distrito o qual foi
saudado com o hino da Maria da Fon-

te pela Filarmónica local.

Assistiu também o Comandante Dis-

.trital da Gaarda Nacional Repablica.

Foi grande o movimento de automó-

peis. e camioncetas vendo-se exeursões,
de Sertã, Procnça-a-Nova,Castelo Bran- .

co. Vila de Rei, Cardigos e de outras
dtocalidades vizinhas que assim nos qui-

séram honrar com a saa presença.—C..

VILA DE REI, 4

Com Pbastante concorrência realizou-
se aqui nos dias 7 e 8 do pretérito mês
dé Setembro a festa em honra de N. S.º
da Guia, outrora uma das romarias de
maior valto nestas cercanias.

Estranhou-se o novo itinerário da
procissão, retirada do percarso usual,
para terras nuncà antes descobertas.

A 8 realizou-se o torneio de tiro aos
pratos, com três taças para OS vence-
dores. :

Ganhoa o 1.º prémio o sr. dr. Pedro
de. Matos – Neves, -0o 2% o sr: António
Feijó e 03.º € Srt. Barreto.

— Abrilhantou esta festa a Filarmónica
Sobreirense.

— Aproveitando a ocasião da festa,

vários conterrâneos visitaram suas fa-
mílias e diversas individualidades seus
amigos, entre estes conta-se o sr. Ma-
nuel Marques, digno Chefe da Secção
de Finanças em Ponte do Sor, acompa-
nhado de suãa esposa.
Pessoas àáe bem, ficaram os seus nume-
rosos amigos radiantes com tal vísita,
tributando-lhes todas aàs provas de esti-
ma, de que é meérecedor, à que se jun-
tou a maioria de inúmeras pessoas das
povoações que aqui se encontravam,
num significativo bom acolhimento.

—Dea à luz uma robusta eriança do
sexo fleminino a sr.º D. Julieta da Silva
Lalanda, esposa do sr. Franeisco Bap-
tista Lalanda, aspirante de Finanças na
Sertã. ;

Ros paiís da recém-nascida às nos-
sas felicitações.

—Pelos naturais de Sobreira For-
mosa, aqui residentes, organizou-se ali
uma excursão no passado dia 28, à as-
sistirem à inauguração da praça de

’touros, recentemente construida.

, —7Estão-se .constituindo às comis-
sões afim de angariarem fundos para a
construção de um hospiteal. :

Na oportunidade relataremos o já
feito e a fazer. ;

— Precedida de tríduo, realizâá-se no
dia 5 a festa em honra do S. Coração
de Jesus. : :

— — Está à ser reparada a estrada que
nos liga com Amêndoa, reparação que
muito necessitava. Procede-se também
em algans pontos ao seu alargamento.

&

VALES 27

Esta laboriosa povoação, uma das
mais populosas do Conceelho de Mação,
com aproximâdamente 600 habitantes,
com uma oficina de sapataria, uma Ser=
ralharia, sete estabelecimentos comer-
ciais, diversos fabricantes de ferragens,
via há pouco realizadas duas obras da
sua máxima aspiração: um lindo cdifi-
cio escolar para os dois sexos, que sum
pomos melhor não haverá no Conceilho,
e a água canalizada, benefício devido
em parte ao bairrismo da sua popula-
ção que não se poupa à esltorços para
a melhorar.

Este laborioso povo conta em breve
com a máxima aspiração ou seja a
constração da estrada que o ligae à Se=
de da sua freguesia de Cardigos, me-
Ihoramento que sabemos estar em vias
de realização e que é patrocinado pela
sua Câmara e bastante vida virá a dar
a esta linda povoação e ainda à Car-
digos.

Sendo esta povoação visitada, cons-
tantemente, por iménsas pessoas que
aqui vêm de automóvel ver saas famí»
lias, só o podem fazer vindo por Proén»-
ca-a-Nova, (acabamos de saber que à
estrada que liga os Vales a Proença-a-
Nova vai ser melhorada ainda este àno
para o que a referida Câmara de Proen-
çà vai dispôr de aproximadamente 300
contos) pois para virem a Cardigos
tecm de ir dar a volta a Proença-a-No-
va-Amendoa-Cardigos, v que represen-
ta 46 Kilómetros, quando com a cestra-
da directa se podia fazer com 8 Kiló-
metros. R

Também precisamos de um telefone,
coisa de pouco despêndio porque aà li-
nha passa a menos de 200 metros da
povoação. :

— Visitantes — Encontram-se entre
nós, de visita a suas famílias, O grande
industrial, em Sá da Bandeira, Senhor
Artur Fernandes e gentil esposa, o Se=
nhor José Martins, grande comerciante
em Vila General Machado e os senho-
res Abílio Luís e gentil esposa e filho,
todos estes de Angola.

Encontram-se também entre nós, de
visita a suas famiílias, o grande indus-
trial Senhor Amaro Sampedro € genti!

esposá e filhos e os Senhures Artar

Alves, David Alves d’Oliveira e Migauel
Alves d’Oliveira, todos estes do Congo
Belga. ;
(De «O Concelho de Mação»)

Posto telefónico público em Estreito
INFORMAÇÃO

No sea número de 12 de Julho de
1947, publicoua o Jornal «A Comarea da
Sertã», de Sertã, uma local em que se
pedia à instalação de um posto telefó-
nico público em Estreito. :

Informa-nos, a propósito, a Aádmi-
nistração Geral dos C. T. T. que para
à instalação de um posto telefónico. é
imprescindível que a entidade interessa-
da formale a requisição modêlo 555,
que para o efeito pode ser facultada pem
la estação telégrafo-postal de que de-
pender a localidade e onde deve ser
entregue. :

No entanto, às requisições apresen-
tadas no momento presente não são
imediatamente atendidas em virtude da
falta de material, ficando porém regis-
tadas para se satisfazerem quando ehe-
gar à sua vez.

: Duarte Calheiros
Administrador

 

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GUN

— o on

CARDIGOS

Agricuiiura — As vinhas não ehe-
– gam a ter meia produção.

As oliveiras estão carregadas mas
só às que se encontram nos vales.

As chamadas <+oliveiras do monte»
. pouca azeitona teem.

Sucede o mesmo com os milharais.
Só estão bons os de regadio. Os de se=
queiro quase nem deram pasto.

Masl rubra—Como nos anos ante-
riores continaa a ser grande O número
de porcos que merrem com esta epide-
mia. :

E” pena que não seja fornecido sôro
em abundância pois que todos os sui-
nos atacados deste mal, se salvariam.
Isto acarreta graves prejuizos para a
economia doméstica.

« —Com 34 anos faleceu o sr. José
Martins, de Casais de S. Bento. Deixa
viúva e filhos menores. Fora a docnça
que o vitimoa—perfaração do estômago
—tinha uma curiosa anomalia que con-
sístia em ter o estomago no peito, do
tlado esquerdo chegando quase à claví-
cula, o que lhe obrigou o coração a deês-
locar-se para o lado direito e invertido!

O coração estava tão deslocado que
Jaácilmente se podia sentir à ponta, aci-
ma e por fora do mamilo direito.- C.

(De «O Cenceiho de Mação»)
: 7 EEA

DOENTES

— — Tem estado doente a sr.º D. Luci-
ja Manso da Gama Viceira, esposa do
sr. dr. Alexandre A. Veiga da Gama
Vieira, de Coimbra, motivo per que pa-
ra ali partia saa mãe, sr.º D. Virgínia
Baptista Manso.

— em passado incomodada de saúde
d ND -ara Lourenço, Ceéerveira – da
—Costa, esposa do sr. Adolifo Cerveira
—da Costa, do Porto, que, com sua filha,
se encontrâam na Sertã.

—De Tomar, rearessou à. Álvaro à
menina Maria José Corrêa de Mendon-
çaà David, filha do sr. Alíredo de Men-
donça David, que, recentemente, por
ter caido duma muauar, fractarou o braço
esquerdo. O seu estado é satisfatório.

Fazemos sinceros votos pelo resta-
belecimento rápido de todas aàas en-
fermas.

Novo Dicionário
de Sinónimos

A aTertúlia Edípica», Grupo Cha-
radístico da Sociedade de Geografia
de Lisboa, está editando um novo
dicionário de síinónimos da língua

— portuguesa, obra de mérito tndiscu-
tível e de grande utilidade, para pro-
fessores, escritores, jornaliístas, cor-

” respondentes, elc. :

À timpressão vai no 6.º tomo e a
obra abrangerá 10 tomos de 80 pá-
ginas. :

ÀAs condições de assinatura, in-
ecluindo as despesas com o correio e
cobranças são: Tomos mensais, esc.
12850; & tomos, enirega imediaia,

57850; 10 tomos, pagamento adean- :

tado, esc. 1008$00,

Pedidos à Tertília Edípica— Cai-
xa Postal 386— LISBOA.

Um cantro de transfusão de sangua
— — foicriadona Sertã

Entre algumas nutras terras do dis-
trito, foi eriado, na Sertã, um centro de
transfasão de sangue, que ficará insta-=
lado no hospital e para o qual o sr.
subseretário de Estado de Assistência
concedea o donativo de 20 contos. Se-
rá inaugarado lodgo depois de estar
completamente apetreshado.
FSSERSCTINANOS PE . _.’A-x::-,:v’*’.kt:’. ET EA REEA S
Prefira a Gráfica Gelinda, L.da

The imprimir os seus Irabalhog

E

= A Comarca da Sertãà

(Conclusão da 1.º pág.)

Há mesmo quem se obstine em desco-
brir o poiso dos melhores pipos, fare-

JjJando a prova dentro dos próximos

diaSce.

Com castanhas assadas, então, a
água-pé é uma delícia, à que nem o
mais pintado consegue resistir |

NE SE X R

O tempo deu uma reviravolta brasca.

A Vila e toda àa região, mais ou
menos, têm sido fustigadas por persis=
tentes aguaceiros de mistura com tro-
vocdas violentas e temerosas, que não
poucas vezes lançam o pânico na po-
pulação. E’ que aos trovões bratais,
que tudo iluminam com estranha inten=
sidade, sucedem-se descargas, que, fe-
lizmente, não causaram vítimas, mas,
contado, produziram avultados danos
na rede de iluminação e nas linhas te-
Iagráficas e telefónicas.

;&’;&’%%m

A OLIVEIRAS, de prometedoras que
S se ofereciam, dentro em breve não
terão fruto : é que apareceu uma lagar-
ta pequenina no píncaro, que faz cair a
azeitona, mal cuja proveniência parece
desconhecido e de que até hoje nuncea
ouvimos falar.

w É E

: na 3.º feira, dia 7, àSs €S-
Abnrôm colas primárias, cuja
frequência vai aumentando de ano para
ano, não só, certamente, porque à es=
cala populacional sobe em crescendo
contínuo, apesar do Índice da emigração
acasar aumento constante, mas também
porque, ainda que tardiamente, se re-
conhecea que o analfabetismo É a man-
cha negra da Civilização, é obstáculo
intransponível à marcha progressiva
dos povos, é parreira que veda’ao indi-

‘ ví’ao a emancipaáção a que tem direito,

reduzindo-o, não raras vezes, à catego-
ria de ser inferior, quando não, des=
prezível.

Hoje, mais do que nunca, a instru-

ção e a educação são tão necessárias
como o pão para a boca. E’ por isSo

que se diz que a instrução é o alimento
do espirito.

* x SE x o

O sismo, que, no dia 2, se registou
no País, provocou pânico em Lis-
boa c em diversos pontos da Provín-
cia. Na Sertã, poucas pessoas notaram
o abalo instantâneo das casas, obser=
vando-se o fenómeno às 12 horas me-
nos 23 minatos.

nuúncio

(1.º publicação)

Faz-se saber que no dia 29 do cor=
rente mês, pelas doze horas, á porta do
Tribanal Jadicial desta comarca, se há-
de proceder á arrematação em hasta
pública do móvel adiante indicado, pe-
nhorado nos autos de execução sumá-
ria, em que é exequente José da Cruz,
casado, marceneiro, residente em Cas-
telo Branco e executado Jálio Franco
de Matos, casado, comerciante e pro-
prietário, morador em Sebreira Formo-
sa, desta comarca.

MÓVEL A ARREMATAR

Uma camioneta de cárga, marca
Ford-—núámero A-D=-19-11, que vai pela
primeira vez à praça no valor de quin-
ze mil esceados.

Sertã, 8 de Qutabro de 19047.

VERIFIQUEIL
O Júiz de Direito,

; Ántónio da Costa de Nazaré Falcão

; para –

O Chefe de Secção, :
Armando An” o da Silva

organizou-se uma Gomissão para
fundar uma GCasa de Recreio na sede
de freguesia do Troviscal

FORAM dirigidas cirealares a&os na-
turais e amigos da freguesia, nos se-
guintes termos: :

Prezado Conterrâneo: As mais
cordiais e amistosas saudações para Y.
Ex é SuA Ex * Fanílio.

Um panhado de intrépidos e varo-
nis cidadãos da Colónia da Freguesia
do Troviscal em Lisboa, de peito entu-
mecido pelo mais fervoroso e ardente
bairrismo, abstraidos completamente das
dificaldades do momento e indifentes a
todas as vicissitudes— aos daros e qua-
se ingentes obstáculos a transpor—âàni-
ceamente, de olhos bem fitos no engran-
decimento, pregresso e prestígio daque-
la tão idolatrada terra que lhes deu a
subida honra de os ver nascer e de mãos
dadas com os membros da Junta da
mesma freguesia, decidiram promover
uma subscerição páblica cajo produto re=
verterá em benefício da fundação e or-
ganização duma Casa de Recreio na se-=
de da freguesia.

Em face disto e como sabemos que
no peito de todos OS nossos caros con-
terrâneos fervilha uma vontade inaba-
lável de auxiliarem tão útil e imperiosa
iniciativa, eremos que V. Ex.º não fica-
rá impassível perante àa avultada obra
que delineamos € à acarinhará com in+
vulgar desvelo. :

“Na impossibilidade de o fazer pes-
soalmente como seria o nosso veemen-
te desejo vimos, por meio desta circu-
lar junto de V EX.º para que se digne
subscrever abnegâdamente com o vos-
so donativo para a construção da nos-
sa Casall!

A Comissão, Dr. Manuel-Farinha
da Silva, Prof. José Diogo da
Conceição, José Barata do ÁAlto
e Manuel Dinis Nogueira.

Os donativos poderão, desde já,
ser remetidos a : José Barata do Al-
to, R. Rodrigo da Fonseca, 93, loja
ou Manauel Dinis Nogueira, R. Ilha
Terceira, 2,58 r/c, ambos em Lisboa.

Foi estabelacida a permuta de enço-
mendas-avião entre Portugal
8 a França

A partir do dia 1.º do corrente, são
aceites nas estações dos C.T.T. enco-
merdaás postais para França, à trans-
mitir por via aérea.

As expedições são feitas pela «Air-
France> às quantas=feiras e sábados.

Às taxas aplicáveis são as seguintes :

Peso, do Continente, e dos Açores
ou da Madeira, respectivamente: 1 kg.,
60$00, 65$00; 2 kg., 66$00, 71800; 3 kg.,
86800, 92$00; 4 Kkg., 113800, 119800;
5 Kg., 135$0Q0 é 140$00.

As encomendas-avião dos Açores
ou da Madeira transitam por via marí»
tima até Lisboa. ‘ ! |

Ás cerienças

A graça das crianças consiste na
plena expansão da sua vitalidade; o lu=
xo delas está no doce aroma de infân-
cia que de si exalam, e que fala de as-
seio, de pureza, de carinho materno,
que revela—aos que sabem ver—as ma-

tinais € frescas alegrias do banho, aàs

risadas cristalinas como pérolas que se
desfiam, os gritinhos infantis, as fugi-
das sábitas, todo esse poema, que nin-
guém traduz, de leite e de rosas, com
cabeleiras louras ipor auréola que uns
braços amorosos amparam, susteem,
acariciam, enquanto um sorriso meigo
e pensativo ilumina, em clarões de lim-
pidez ideal, uma boca que só sabe aben-
çoar, uns olhos de mãe, que nunca de-
samparam nem desfitam o tépido ninho
das suas doces aves implumes..
M, A. Vaz de Carvalho

aA ie o
Areipreste P. José Baptista

Vitimado por uma angina pectoris,
faleceu, antes d’ontem à tarde, inespe-
ràdamente, na sua casa, nesta Vila, o
Rev.º Arcipreste P. José Baptista, de
62 anos de idade, natural de Sesmarias,
fregaesia do Peso, concelho de Vita
de Rei,

O extinto frequentara os estudos nos
seminários de Cernache do Bonjardim
e Portalegre; após a ordenação, foi no-
meado pároco de Amêndoa, no conce-
lho de Mação, funções que desempenhoa
durante 9 anos, sendo, depois, escothido
para exercer o magistério no seminá-
rio do Gavião, onde apenas se conser-
vou um ano. Em 1923 foi nomeado
coadjutor da freguesia da Sertã, de que
era pároco o Rev.º P.º Francisco dos
Santos e Silva, cargo que desempenhoa
cumualativamente com o de capelão da
Santa Casa da Misericórdia, abando-
nando aquelas funções, em 1938, por
falta de saúde. No mês de Maio de
1944, por falecimento do Rev. Arcipres-
te Santos e Silva, foi designado para o
substitair e a sua acção concentrou-se,
não apenas no exerceício rigoroso do
manas espiritual, eheio de elevadas
obrigações e responsabilidades, mas no
estorço tenaz e bem orientado de con-
séguir a restauração das capelas de
santo António e de S. Sebastião, desta
Vila, que estavam em ruina, o que lou-
vàávelmente conseguiu, auxiliado, em
parie, pelas entidades oficiais e pelos
católicos naturais da Sertã ou aqui re=
sidentes. Por morte do Rev. P.º Gui=
lherme Nunes Marinha, capelão de N.
S. dos Remédios, mete ombros à difí-=
cil empresa de restaurar aquela capela,
em ruina quase completa, obras só há
pouco terminadas, após pouco mais de
um aàno de exaustivo trabalho; estava
agora animado em conseguir a com-
participação do Estado para o doura-
mento dos altares da aludida capela e
arranjos € alargamento do respectivo
adáro. : : :

Darante este gurto período, do pou-
co mais de três ànos, empenhoda-se, ze-
losamente, por que todas as solenida-
des do culto voltassem ao esplendor
dos antigos tempos. ‘

O Rev.º P. José Baptista eviden=
ciou-se como pregador de grandes mé+
ritos é pelas suas qualidades morais,
popularidade e espírito conciliador era
muito considerado pelo Clero do Arci-
prestado e respeitado por toda a popu-
lação da Vila e freguesia da. Sertã.

O fauneral realizou-se, no dia ime-
diato, após missa e olício de corro
presente e constitaiu uma grande ma-
nifestação de pesar, encorporando-se o
C_lcro do Arciprestado e doutras terras
vizinhas, centenas de pessoas de todas
às categorias sociais e muito povo e
tazendo-se representar aàs Irmandades
da Miscricórdiae S. S., associações lo-
caãis, Filarmónica, ete,

Paz à sua alma.

Agenda

—Esteve na Sertã, de passagem
para o fMadeirã, para onde foi no-
meada professora, à sr.º D. Laísa
Pinto Soares.

—sSaia pera Castelo Branco o
sr. João Lopes Chito.

—Encontram-se na Sertã às
sr.º* D. Francelina Marrafas, sua
nora D. Emília Ribeiro de Oliveira,
esposa do sr. Amílear Erancisco
de Oliveira e filho e sua neta Maria

Cândida da Conceição Perdiz, de
Lisboa.

Filarmónica União Sertaginense
Reassumia as funções de regen-
te da Filarmónica local, o amigo
sr. António Teixeira, que durante
algauns meses ocupou o mesmo car-
go em Alegrete (Alentejo).
Camprimentâmo-la,

 

@@@ 1 @@@

 

CORTEIO DE OFERENDAS

iConciasão da 1.º pág.

-celho não fique, nesta competição,
diminaido perante os de sua catego-
ria, antés rivalize em entrisiasmo e
espirito de gencrosidade cotm aque-
les que, inteligênte eanbnegãdamente,
téêm evidenciado critério c supeérior
1ormpreensõo pelo objeciivodos Cor-
tejos de Olerendas. –

““A Comissão fanicipal de As-
sistência deseia, muito legitimamen-
te, -oriar condições de vida próspe-
ro é dessfogada às institoições de
peneficência do concelho: seria in
jasto € desamaáno qeoe elas conti-
huassem à margem do interésse ae
todos quantos poderão repartir por
elas umas migaihãs da maior ou
nenor, aboundância com que o Des-
tino 05 rodeéoa, i

Vai longe o tempo em que o atr-
xilio ao desamparado dependia, ape-
nas, do. espírita generoso e eondof-
dore, quanias vezes, do capricho

é da vaidade—do oierfante, auxilio
contingente. e incerto e sem garan-
tia dc continoidade, como, por con-
segainte, crá, também, inçerta, di-
mindta e sem ciicácia à protecção
prestada àa quem dela carecia o ano
inteiro e mo só de tempo à termgo!
À assistência têeve de ser fundida em
iovos moldes;, encarada como pro-
blemãa de primacial importância so-
cial/ em que: invxorávelmente; 65
mais favorecidos de bens têm deco-
loborar cm ordem ciectiva e não
apenas. por. provável mandato. de
consciência.

“Nunca à tfome toi boa consclhei-
ra e ninguém de poa lé poderá acre-
ditar que possa haver prosperidade
geral em qualguer país sem que pri-
meiro se debele e extingue a misé-
ria, Enquanto. está 8e MmMantiver, o
rico € mesmo o remediado hão-de
sofrer os reilexos de seas desastro-
sos. efleitos em inaior oa menor es-
cala. À Felicidade humána só po-
derá: ser úmãa realidade no dia em
que tado 6 homem, seja qual for à
raça, á cor € o ercdo religioso à que
pertencçã e à latitade em que habite,
disponha do reputado suficiente pa-
rasemanter com dignidade; no abri-
o de tódaos às privações, encaran-
àão o dia scguinte com uma tal con-
ança. e tranquilidáde que o sea
pensemento óblitere o mais insi-
onilicante resquício dêé revolta ou
LESCSPERO,

E quando um dia os povos do

“mundo inteiro consigam institair
como lei obrigatária o seguro de fi-
nalidade social, pondo-se ào abrigo
da miséria, terão, porventara, rea-
fizadoa à mais extraordinária con-
quista moral de todos 05 têmpos,
Até lá, porém, ceaumpre nos Estados
civilizados estabelecer às normas
directivas. do complexo probplema
da assistência, que já excedea o
plaro da simples caridade indivi-
dual-—melhor ou pror compreendida
— para alingir o circalo dos tagra-.
dos deveres houmanos € sociois,

ámaro Mariins

Fixou residência va sertã, onde se
vai dedicar &6 comércio de fazendas,
merccarios c vinhos, o nósso 6migo sr,
Amiro Marttins, qUe-1eomeu ce trêspeésse
o estóobelecimerto dos herdeiros de Jos
sé Tóvares Monta, na rua Gongõlo Cals
úeira,

o o a aa o aa d

Em defesa da saúde pública

(Conclasso dáã 1.º página)

dimos-=lhe as suas impréessões para A
Comairca da serião,

Com certa constéernação cestampada
no rosto, o nosso entrevistado dissoe
nos logo:

—==É’ «auma tristeza, Imeu: amigo, o que
veritfiqoei na Madeirã-.. Emboraá isso
poreça absardo a maitos,à verdade pals
púável e insofismável, é que semorre
ali sem assisténcia médica c sem qials
quer trotamento ainda por muito rodi-
tncntar quo Sejâ.s 1

SEA

—-Pois. é assim imesmo-acenteoa,
E’ da maicr urgência acoúdir a todo
aquela qente, Five oportoanidade de vem
rilicar casos positivos de decntes que
nada. podiam fazér para debelar as
suss cnféermidades, olgumes das quais
de visífoel cara, ou pelo menos dêe ecens
tuada melheria nos seus padeciimentos,
— EM fTaitos caosos. sem [ão podtco ess
tar feito o diagnóstico do mal…

—Nessé caso ?

—Uroc que próvidências sejam pos-
tas em prática quanto antes, é 0 Giraso
de que sou presidente não pode ficar in
diferente, visto o mesmo: ter sido conss
tituido para elevar 6 condiçõo moral e
malcrial dos séems eonterrâncos.

E continaando :

— E” necessário o concorso de tos
dos, embora com carácter provisório.
Entqiuanto não estiper coneclaida à es-
trãda, cajo iníeio tee lugar ho possas
do dia 38, temos que contrater o médis
co de Pedrógão Pedqiéno que se desio=-
cará semanalmente-à Madeirá e el das
rá 0 saas consaltãs e cioetiará os nes
cessários. tratamentós. Urge, por cón-
sequéncia que ponhamos esta formali-
dade em prática. o mais rápidamente
possíeel.

Prosseguindo :

—Conelaida à estrada secssa- a nos=
sã eomLtribaiçõão, passando então – assr à
Madciráã o facaltafioo de Qleiros. Beovo
fcentuaar o incondicionalapoio do disgno
pároçoda nossa freguesta, se. B. Edaor=
do Eilipé Fernandes. que se encontra
de alma & córação com a nossa jdeia,
prometendo=-nos todo O fúáxilio e boa
vontade. TFrata=se pols de mmn elemeénio
do maior calor paraãa o melhor êxito <
rápida cxecação do nosso objectivo,

“ —Razões das docnçõs : Algamãa eple
demia? —pergontamos ? –

—A availar pela intéensidade dé câs
sos. de doença, nãs quais imperam às
temperataras. elcvadas, estoo em afira
máar que se trata de tifo com carácier
cpidêémico. Muitas pessos chegam a rês
sistir pooco tempo, minúdas por inténs
sos febrões. Tal anóomaltia deve resiáir
em orande parte, na falta de água que
al se faz sentir.

E com veemência :

— Ermbora à álgans se afigare de fra-
ca aceçõão, o Grupo de Amigos da Fres
quêsia de Madeirã está longe de ser
Uma forçao vaga; Alqomãs colsos de
baslante valiosas tem felto para o bpem
dã. sa térra, e compenetrado: de que o
mal que sli grossa angalmente, é motis
vado pela felta de áqua, não hesitou, e
contribui já com cerea de &,0008060
para a cxploraçõo de dqogas que tem
estadoem carso, Estamos apostados à ir
até ao fim, com àa ajoda dosnossos nus
mMmerogos amigos e associados, e com à
ajuda das entidades competentes,

NASCIMENTO

Bonãôá laz um menino, 606 dia 5, 4
sr. D. Beltnira da Conccição, esposa do
sr. António Máriins, de Aldeia Cimeira
da Ribciro. Mãe e filho estão bem.

EXAMES

—Concloia 0 7º eno des Clências;
com 16 válores, sendo, por isso, dise
pensoado – das provos de optidão, o sF
Artur Caldeira. Ribeiro, que 6i fres
queêntar. a Escela de Midicina. Veteri-
nRário,

—Completoa 6 Caorso Comerceial o
menino José d’Almeida Maártins Fers
reira, filho do ar. Jesé Ferrcira: Júnior.

As nússos felicitações,

A Comarca da Sertã

Póvoa de Gàmhas

O seu atraso e o 5eU
progresso

Mais nma vez volto a fatar da mi=
nha ferra. Só no pegar da pero po-
ra falar dela, já fico sotísfeito. E €
um ditado antígo; quem não DAl ú
missa não ouve Deus, Acompanhan-

do o barrismo e baseado neste dilado,

volto de novo e por intermédio do
nosso porta-voz, c das nossas al>
detas, a felar um pouco dasterra onde
nasci, Desta vez o meu pediído é bar
seodo na construção da ponteé o bre
o rio. Povoa de Cambas, é banhada
por um pegueno rio afluente do Zêze-
reeapovoacão fica de uma é eutra
nIINFém sendo por (88o0 NMecessária &
sua fravessia constante a todos 68
haobitantes, sendo lambém &a mator
passagem do alto concelho de Oleiros.
O rio nesta passegem é murto áspero
e o resultado qualquer volume de
úbua 0 fóéz seir do seu fleito resul-
tando varias Vezes no IMHerno e pe-s
gueno pontoo desaparecer com es
enxurrados. Conmo é bom de ver, uma
Dez sem pontão fica & povodção sem
ligaçãõo, caunsando daí vários prejui-
20 8, CoNO O gado E oufros yr:m’rs.::*
Jdá se lentou por interméódio dos mais
bairíistas da terra tirar uma subserio
Ção para a suq construzão, mérs todos
alegam e com razão, que são poebres
E que não podsn o auriiar embora a
voRntade seja boa, e, sSe Fepararmos
bem, salurados estamos nos fodos
POl8qUe, AA d anos, consirufmmos ma
cscolo sómente à custo do povo, fize-
mos. um caminho. que. nos . fícou
bastante dispendicão e agora conse-
Luímos o correio, naca o qual
se flem trabolha:to. afincada nente e
que tiudo 18to só fem sido. financiado
G custa dos seus pobres habitantes,
Se o Eslado À obo lemvauxiliado tan-
ta terra, se tanto se tem feito no nos-
so país, 2e todosa 68 pedidos têm sido
tão hem alendidos, porque não Rás-de
ser utendido 6 nosso pedido 2 FTanio
H’I-I’I.ELK ‘I?’LI’E’ nuncao à Eâ’!ªfjo nosx Ccom-
templou comegualguer melhoramen-
to, € 7HOS, ENboOra sejamos pobres, pa-
gamos honrddamente sem regalear
COS MOSSAS CoNTrihuições; é claro a t3306
somaos obrigados é é jfuslissimo que
GST REfO, O QUEe nos parece ser fuá-
to também, é que vejamos alguma
coltao feita. Em tempos chegou-sse a
fazer n estudo jeara & capiação das
dguas para a terra, 6 assunto ficou
arguiívado para não mais se falar.
Mais tarde fem 1945) voltei q saber
o que se postava, forme dito que fi-
cOou sem efleilo à sua captação por
não Roaver quem abornasse a Derba
paera a construção do chafariz, ofe=-
recíocine para essa abontção, é alé
esta data nada se sabe, Que havera
resoloidos Em devido tempo dirígio
me an nosso Brispo de Portalegre à’m
Í1943) para noz qauailiar na constru-
ção duma capetitnibia ; foteme dito por
Un carta, nessa qutura, que não nos
podiam aurifíiar em virtude de não
hupver verba disgsponiível, não nos po-
deria o Estado quíitiar na sua conse
truçãõo 2 Esta paácaila gente, religio=
so, muitos domingos fica em missd,
por não podeér pereorrer os8 à quito-
meiros. que é a disfancia maizs peérlo
que lemos pord ira missa.

Estamos esperançadas que em
breve receberemos & visita de um en-
genheiro para estudar Iodas ou parte
das nossas espirações e em especiol
a ponte que se lorna uma obra &
construir com grande necessidade. E
em nome de todos os povoenses des-
de já agraodeço tudo quanto nos pos-
sa fazer n Estado Novo.

Jonquim Maria de fAlmeida

À Dslegação Concalhia da 1. & À,

miudou 8 soa sede pôra partê da casa
de habitação de José Martins Manso
(antiga casa de José Ventuata), com en
trado pela travessa da fochada poste-
rior. :

À anarquia da luz electrica

(Conclasão ná 1. página)

togo após o primeiro temporal, de
38 de Setembro? Forque se résol-
veu, com uma Inconsciência e esta-
pidez que brada àos céas, tançãre
mão dé panos quentes para pór em
ordem de funcionamento. a rede,
que, salvo erro, soireu sempre 65
efeitos duma péssima instalação,
quando. o remédio-—e isto surge à
mente do mais leigo na matéria!=—
seria verificá-la, percorré-la e ana-
lisá-la vagarosamente e com todo
o caidado, restabelecendo à encrgia
particular somente depois de ela
olerecer todas às garantiás de cli-
ciência € segurançao ? : ;

Claro , que à Direeção da Eléc-.
trica não tem calpa que à lúria dos
elementos se obstine em procarar
destruíir uma cóisa que ela nenca
soube, por desleixo ou incompetén- .
cia, conservar e valorizar. flas do
que a bDireeção da Eléctrica tem
culpa é duma tão prolongada falta
de ilumináção na via pública ede –
se permitir, leviana e insensáta-
mente, ligar aos domicílios umãá cor-
rente irregularissima e, quiçã, perl-
gosa, pondo em sério risco à vida e –
haverces dos moradores.

Taivez a Dircceção da Eléctrica Ser=
taginfnsn ElÉ.S’CDnhÉ’EH que à suo ÍHHÇÉÚ
não se poáeraá limitar a receber honos
rários peélo sea mais oa ménos discatis
vcl. trabalho de geréncia, moas que dlie
Cumpre, Gcimo s de tudo, conservare,
sendo possível, ealorizar am palrimó»
nio que é de tódos 05 accionistas c por
cojá administraçõão terô um dia de apre»s
sentar contaás!|

Não quéremos agora diseatir se é
legitimo o sem mandato. Legal oa dies
galmente, por vóntade dos acclomistas

“ou merçê da indiferença coleciiva, à.

actual Direeção emponha o bastão do
mando de há mu tos ànos € tem gover= *
nado à emprésa em poro régime autos

crático, de que taloéez ningadm se queis.
xasse—atendendo o comodismo dos

que nela investiram seos capitais e da

maáioria da popialaçõo—se à ele présis

disse ama boa orientação administratis

va e indiscotioel espiírito de bernesereir

uma população. inteira, que, lamentôs

velmente, tem permitido todos 605 vexas

mes, desmandos e atropelos, déixondo

que o estorço de algoens bem intencios

nados filhos desta terró, maitos dos

quais já não pertencem 60 rol dos vis

vos, sê haja transmadado em fonte, não

de loz pora, brilhante é Gril,mas de

dores de cabeça, malqaecrenças, prejats

zus de toda à cespécie e aviltamento pó-

ra o’nonice da Sertãá, que, para senmal,

de Draços, ceruzados, aceita imposições

a quem nonco devcria ter consentido

que tocasse rabecão, .c

Feira

RKéaliza-se, ho próximo dia 13, ness
ta Vila, uma das arandes feiras óndais,

CURIOSIDADES

Qual é o modo de amar das mu’lh_afas
dos diferentes países

Aqui está o que diz & esse respéito
um observador conscicnçioso :

«As espanholas amam com ddelidas
de, O seu coração apolxong-se sineeras
mente, mas trágem quase Semmpre am
punhal sobre o coração. As-ilelianos
são lascivas. As inglésas são cxelios
das e melanceódicas, mas insípidas e etés
reas de mais, As alemãôs sáo meigos
€ ternas, porém, monótonas e insipidos.
As francesas são espiritaósas, mas
mentem como demónios,* ; ‘

E s portagócsas ? Respondam à
consciência. das leltoras € o cofação
dos leitores