A Comarca da Sertã nº54 26-08-1937
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“desconfiança,
EDUA RDO BARA TA
Pe DBINECILOR E EDITOR -—
DA SIL VA CORREA
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO peida
RUA SERPA, PINTO —
SERTÃ. =
Pronritdado ia, Emprésa Editora UA COMARCA DA SERTÃ (em organização)
AVENÇADO
FUNDADORES
— Dr, José Carlos Ehrhardt —.
Dr. Angelo Henriques Vidigal
António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
DOMPOSTO E INPREGO ER. A
Tip. Portela Fej do)
COSTELO BRACO
TELEFONE 113
“ANO o Rebdoniáónio regionalista, ndo ontáts defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, ne de E
N: 54 Oleiros, Proença» a» Nova € Vila de nei e frequesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) Tear
| a t as…
Nos meios 8 políticos inter-
nacionais causou pro-
funda sensação a interrupção
das relações de Portugal, com)
Checo-Eslováquia, verifican-
do-se que em quási todos êles
há um apoio decidido à nossa
atitude, ou, pelo menos, a
compreensão das razões que
nos levaram a adoptá la.
“Na época actual nota-se que
muitas chancelarias, especial-
mente as das maiores potên-
cias, fogem ao cumprimento
“das suas obrigações, fazem
delàs «gato-sapato», rasgam
os tratados com o maior im-
pudôr, torcendo-os ou calcan-
do-oS como mais convem aos
seus interêsses de momento.
Estas incongruências geram a
de resultados
sempre perniciosos para a vi-
da e tranquilidade dos povos.
A Checo-Eslovágnia, recn-
sando-se a cumprir contractos.
mas a recusa oa maior
gravidade, desde que ela se
fundamenta em razões ofensi-
vas da dignidade da Nação,
pondo-em duvida a palavra do+
“Govêrno português quanto É | tar-se a jogar uma cartada, na qual pouco se-ar-
risca se se tiver presente o objectivo a atingir,
api o do armamento. «
“ Às suspeitas repelin-as, di-
gna:encbremente, o Govêrno
da Nação, que nas suas rela-
ções externas tem usado sem»
pre da mais indiscatível cor-
recção e lealdade, ao ponto de
exigir que os outros govêrnos
adoptem . igual. Arg etimento
para consigo.
– Não devem restar ms de
que a Checo-Eslováguia obe-
deceu à pressão de ontro país,
a quem não convem o comple-
to armamento do nosso; e as
evasivas daquela república são
disso prova segura. .
4 resolução do Govêrno por-
tuguês corresponde, por isso,
com brilho e altivez, ao supe-
rior interésse da Nação.
: eres
“Antonio Ferro, director
do Secretariado da Propa-
ganda Nacional é comissário
geral do Govêrno português
nã Exposição de Paris, a quem
O país deve grandes serviços,
o último dos quais —a repre-
sentação de Portugal naquela
Exposição Internacional —
mostra: eruberantemente os
Seus méritos, o sen espírito de
organização, orientação e dis-
ciplina de trabalho.
4 representação de Portugal
em Paris tem sido um grande
triunfo e uma grande honra
para todos nós.
et Dag
Fi ELA pasta do Comércio e
j “ Inaústria vai ser publi-
cado: um decreto, criando al
Junta Nacional do Vinho e ex-.|
tinguindo a Federação dos Vi-
nicultores do Centro e Sul de
Portugal.
| festas como focos de impaludi
sá dia 21 chegou a o :
| SUA ALMA, SUA PALMA
S povos como. os indivíduos, as nações.
como as simples coletividades teem
o destino que merecem, que é como |
quem diz, que sabem conquistar. E” adágio ve-
lho, que o andar dos tempos dia apoz dia mais
confirma, tanto como se radica no meu espírito
o impressão de que ocasiões ha em que um pou-
co de coragem para dizer algumas verdades a=
margas se faz tão necessária como o ar que se
respira e o pão nosso de cada dia. |
Estas considerações acodem-me ao bico da |
pena ao con’emplar a beatitude com que almas.
que seriam bem-aventuradas se seus corpos não
vivessem com os pés presos à terra, « bservam
e deixam correr coisas que direta ou indiretamen-
te tocam seus interesses próximos ou remotos.
Esses entes não dão o menor passo, não fazem
o mais lígeiro esforço para derivar O curso das
“águas que há uns anos a esta parte banham os
campos ferteis da Sertã, apesar da sua reconhe-
cida inutilidade. — As águas, como todos os ele-
mentos que na terra existem, teem a sua eficácia
e virtude, mas importa canaliza-las em ordem a
“um aproveitamento metódico, racional e inteli-
gente: nem as deixar estagnar, nem as abando-.
porque as torrentes sem govêrni
o que lhes fic. ao aleance da sua fúria brutal e
destruidora.
Pois vale a péna uma pessõa só pelo pra-
zer de ouvir o grasnar de certos gansos, sujei-.
que outro não pode ser senão levar quem, de di-.
reito a reconsiderar sôbre a orient-ção a mpri-
mir àquelas atividades que teem p r missão inas
lienavel curar dos destinos da Sertã, que tem de:
deixar de ser a eterna cobaia para. experiência
das habilidades de ineptos com a mania do pe-.
nacho ou terra de missão de frivolos com pre-
tensões a trabalhadores incansaveis e zelosos.
E’ que nem sempre, infelizmente, as vozes
da razão e da justiça chegam até onde preten-
dem alcançar para poderem ser cuidadosamente
escutadas e apreciadas, senão a poder de esfor-
ços persistentes, porque momentos há em que
trincheiras de arame farpado ou cortinas de fu.
mo levantam barreiras inexpugnaveis aos pri-
meitos assaltos. Mas quanto maior fôr a teimo-
sia de lá, mais ardorosa deve ser a persistênsia,
de cá, até obter a desejada vitória sob cujo es-
plendor rairá uma mavrugada de esperança não
falazes para o concelho da Sertã.
=
| por culpas que,
dem ascatar. Temos, todos ns: portugueses, mi-.
Custa na verdade a crer, chega mesmo a
parecer impossivel, que numa época em que, para
“honra e lustre do Estado Novo (sob cuja égide.
felizmente vivemos e para cuja realização na épo-
| ca já distante da dúvida e da incertesa trabalha-
ram tantos que hoje jazem esquecidos e apare-
– cem até preteridos por outros que seria curioso
“de catalogar por onde a êsse tempo andariam)
pelo paiz fora se vê um fervilhar de energias en-
tusiasticamente empenhadas na conquista de me-
lhoramentos para as sas terras natais ou de
adopção, que o concelho da Sertã de há uns tem:
pos para cá se encontre verdadeiramente a mar-.
car passo, como se vivesse nos antípodas ou vies-.
se na cauda dum cortejo triunfal. — Melhoramen-
tos para aqui, quando algum aparece, é caso de
“toda a gente ficar a apontar com o dedo em ris-
te e clamar — lá vai um !,.., e mesmo assim o
-eproveitamento dêsse dom gracioso assume não
raro foros de empresa de costa acima. — Será pre-
ciso, para crer, nomear ta’s casos ?
Quem são os culpados dêste desatino ?
Há lá o direiro de, seja por que razão fôr,
“se tolerar um tal estado de coisas ?
O Estado Novo não poe ser responsavel
legitimamente, não se lhe po-
em êstes em que campo. imilitarem, a obrigação
estrita de reconhécer que em Portugal, sob o go-
vêrno clarividente de Salazar, se tem progredido
| em muitos domínios a passos agigantados, le=
vanfando-se o paiz, qual outro Lázaro, da tum-
ba rara em que jazia como inexte e putrefacto,
para um futuro que sintomas inequívocos entre-
mostram grandioso e digno do seu passado. Mas
a verdade é tambem que por aqui e por acolá se
observa que há engrenagens na máquiva pública |
que trabalham fora do compasso e afinação ge-
rais no resto do paiz, produzindo notas e disso-
nâncias que ferem a sensibilidade menos delica-
“da.
À Sertã, goza, entre poucas outras terras
do paiz, do triste privilégio de desalinho no con-
cêrto geral, pelo que urge que entre na formatu-
ra a voz dos seus verdadeiros representantes; e
para que assim seja terá que, por intermédio das
“suas fôrcas vivas, erguer a sua voz, reclamando
justiça para o abandôno a que tem sido votada,
pois que: não é de aceitar que um concelho da
sua categoria seja havido. como quantidade des
prezivel. no conjunto que ora forma a Província
da Beira Baixa.
Quem não chora, não mama, diz o povo,
e tambem que quem não aparece, esquece, — Se
“(Continua na 4.º pagina)
PAISAGENS DA
COMARCA
OLEIROS — UM LINDO TRECHO DA RIBEIRA GRANDE
jem homem, .
! beleza da sua terra adoptiva,
| manifestasse o quanto era pres
joa lápis
VEM, raras vezes é certo,
artigos ou correspons
dências publicadas nêste jor-
nal, que suscitam da parte das
pessoas visadas ou a que tal.
se julgam, um desforço ime-
diato, replicando em artigos,
quási sempre muito longos.
Reconhecemos a essas pese
soas o direito legítimo de se
defenderem sempre que o jul .
guem preciso, e sobretudo
quando se trate de repôr a
verdade no seu logar; por is=
so, daremos sempre guarida à
essas réplicas, e fá-las-emos
publicar com a maior urgência
porque não queremos ser acu=
sados de parcialidade, ainda
que sôbre alguns assuntos nos
compita dar a opinião que jul-
| onemos razoável.
Mas nota-se em muitos ca-
sos que, os que são ou se jul»
sam atacados, ripostam com
violência demasiada, e que não
é mais aconselhável para deri-
mir. questões, par, esclarece
aqu des a quem,
nos, elas podem inferessai
procuram, quási, sómente fe-
eir o antagonista, pô-lo ford:
da contenda, de forma que à
discussão passaa ter um cas
rácter pessoal, que se devia evi-
tar, mesmo porque perde o
interêsse que primeiro provo-
cara. Entendemos que não é
desta forma que se deve fazer .
a defesa, mesmo porque o ódio
é uma triste condição da infe=
rioridade humana,
Em conclusão: julgamos
gue todos podem defender seus
brios empregando uma linguas.
gem comedida, correcta e cla-
ra, apresentando argumentos.
fundamentados, não se des
viondo do assunto discutido e
resumindo as alegações a tal
ponto que se comportem Jácil-
“mente adentro do acanhado es
paço do jornal.
As expressões violentas, que
às vezes se usam, são motivo
suficiente para que se não per=
mita a publicação dêsses arti-
£0S.
Boto Gb GG
DIAS antes da festa a D.
Nuno Alvares Pereira,
em Sernache do Bomjardim,
promovida pelo Grêmio Re-
creativo procedeu-se ali com
afan à caiação e pintura de als
guns, poucos prédios, que ain-
da não tinham sido alinhados,
tudo isto, no desêjo legítimo
de deixar aos visitantes a me-
lhor impressão — sinal de que
ali se compreende que um dos
melhores meios de propaganda
de uma terra está precisamente
no aspecto do seu casario, na
sua higiene, condizendo com
os hábitos de limpeza dos
seus habitantes.
E não foram: precisas inti=
mações da Câmara; bastou que
interessado pela
ciso enveredar-se por aquele –
| caminho, que todos compreens
deram inteligentemente.quele –
| caminho, que todos compreens
deram inteligentemente.@@@ 1 @@@
2
A Comarca da Sema
O atentado contra o st. Pre-
sidente do Gonselho
E
Prisão de cinco implicados
A notícia da prisão de cinco
dos implicados no atentado con-
tra o sr. Presidente do Conselho,
Dr. Oliveira Salazar, foi recebida
na Sertã com justificada satisfa-
ção, e o relato trazido a lume pe-
los grandes diários sobre a pre
paração e execução do crime, pro-
duziram no nosso meio uma pro-
funda emoção.
Os verdadeiros nacionalistas
que, como nós, presam acima de
tudo a Ordem e a Paz na nossa
Pátria, factores indispesáveis para
a sua prosperidade, os verdadei-
ros portuguêses que estão dis
postos a sacrificar se pelo en-
grandecimento e pela honra dela,
conscientes de que esta peque-
nina faixa de terra desempe-
nha um papel de altíssimo valor
dentro da Civilização Latina Cris-
tã, terão sentido uma impressão
de alívio, um júbilo sincero, ao
saberem do bom resultado das
investigações levadas ao cabo,
com tanta felicidade, pela Polií-
cia de Vigilância e Defesa do
Estado, satisfação que maior se
torna pela certeza de que a ten-
tativa criminosa não ficará im-
pune.
Para nós é ponto assente de
que se conseguirá deitar mão aos
agentes que delinearam e conce-
beram o atentado, de que foram
executores os miseráveis que se
encontram a ferros, recrutados
nas esferas mais baixas da socies
dade portuguesa.
Está, pois, de parabens a Poli-
cia de Segurança e Defesa do
Estado que, superiormente orien-
tada descobriu e capturou os cri-
minosos e inteligentemente reco-
lheu elementos que lhe permitem,
talvez dentro em breve conhecer
todos os meandros da organiza.
ção terrorista, que se preparava
para abater um homem sábio e
ilustre, estadista de rara enverga-
dura, com o fim único de lançar
o país na anarquia,
: tea ag
Capitão José Joaquim Lourenço
Por proposta do sr. governa.
dor civil de Portalegre, foi no-
meado sub director do Asilo da
Infância Desválida do sexo fe-
mino daquela cidade, o nosso pas
trício e bom amigo sr. Capitão
José Joaquim Lourenço, oficial
distinto do Exército, rapaz inte-
ligente, modesto, de belas quali-
dades de carácter, alma boníssi-
ma, que O tornam altamente con-
siderado nos meios militares, de
que é prova a distinção que, com
tanta justiça, lhe acaba de ser
conferida,
Daqui enviamos um grande
abraço de felicit-ções ao sr. Ca-
pitão Lourenço, cuja amisade
muito p esamos.
Srs
Homenagem ao sr. dr. Jaime
Lopes Dias
Subscrição para a aquisição
das insígnias da Comenda
da Ordem Militar de Cris-|
to com que o ilustre bei-
rão foi agraciado pelo sr,
Ministro do Interior:
x Transporte. . 2:565800
Grémio Sertaginense—Sertã 160800
Pela Associação dos Bombeiros
A Voluntários da Sertã :
“António da Silva Lourenço . 5800
Aleino Martins Barata . 5800
Celestino Pires Mendes. . 5800
José Nunes Miranda 5300
Manoel Antódio ; 5800
António Barata e Silva. 5800
A transportar , 2:695800
x
Encerrando-se no fim do mês
corrente, impreterivelmente, a
presente subscrição, rogamos a
todas as entidades a quem enviá-
mos listas, e que ainda não no-las
devolveram, o favor de o faze-
rem imediatamente, quer estas
estejam, ou não, em branço,
hos Bx,”” Assinantes residen-
tes em Africa e Estrangeiro
que até hoje ainda não liquida-
ram as suas assinaturas, vimos
avisa-los de que suspenderemos
a remessa do jornal a partir dos
fins de Outubro próximo a todos
os que, até então, directamente
ou por intermédio dos nossos
cobradores, não façam o compe-
tente pagamento; e ainda que os
pagamentos sejam feitos em da-
ta posterior, não nos obrigamos
a enviar Os jornais suspensos.
Muitas dessas pessoas desconhe-
cem a soma de sacrifícios que
representa a publicação de um
pequeno jornal e os encargos que
advêm da expedição, que até a-
gora tem sido feita com a maior
regularidade,
À todos os que estão em atraso,
ou que nada pagaram, enviámos
circulares no sentido de tratarem
da regularização das suas assi-
pedido na merecida consideração.
a
= [FESTAS DOS ==
Bombeiros Volunterios da Sertá
Prosseguem com grande acti-
vidade os preparativos para as
festas de 19 e 26 de Setembro e
3 de Outubro próximos em be-
nefício da Associação dos Bom-
beiros Voluntarios desta vila.
O rancho iniantil entrou já em
ensaios devendo constituir um
dos mais interessantes numeros
do programa. Está tambem asse-
gurada a passagem de curiosas
fitas cinematográficas de reco
nhecido sucesso. A parte preen
chida por variedades teatrais pro-
mete geralmente satisfazer os es-
pectadores, tanto nas peças de-
clamadas como musicadas. O de-
safio de Íutebol, as corridas de
fitas e pucaros, a parada e de-
monstração técnica do corpo acti-
vo dos bombeiros, os concertos
pela banda local, as rifas, tôm-
bolas e as barracas bem sortidas
de comestíveis, vinh:s e chá se-
rão outros tantos atrativos que
levarão ao Adro da Sertã, naque
las noites, uma multidão ávida
de se divertir e passar umas ho-
ras com alegria,
Os programas vão ser distri-
buidos muito brevemente.
HS
CGONSTA-NOS que a As-
sociação dos Bombeiros
Voluntários da Sertã vai
adquirir uma casa para, pro-
visóriamente, servir de recreio
aos seus associados,
6 ED pap
SENHORA DE COUCEIRO
DE ALBUQUERQUE
No passado dia 20 foi operada
de apendicite a Ex.” Sr. D. ju-
dite Pinto Tasso de Figueiredo
Couceiro de Albuquerque, espo-
sa do Ex.,Ӽ Sr. Brigadeiro An-
tonio Conceiro de Albuquerque,
de Lisboa A operação decorreu
satisiatoriamente.
A” ilustre Senhora desejamos
rápidas melhoras.
ad o a
fnspecções militares
Terminaram, no dia 21, as ins-
pecções militares do nosso con-
celho, sendo muito elevado o nú-
mero de mancebos apurados.
À Junta de Recrutamento com-
punha-se dos srs. Tenente-coro-
nel Francisco Passos, presidente;
tenente Manoel Dias Catana, se-
cretário e médico dr. Fausto Sea-
bra d’Almeida, de Caçadores 6.
No próximo número daremos
informações detalhadas do resul-
tado da inspecção.
FRANCISCO MATEUS
Solicifador Judicial
SERTÃ
naturas, esperando que tomem o.
Cantares
para as raparigas da Certã
Adeus vila da Certã,
Cercadinha de ribeiras;
Tu és a flor mais louçã
De toda a terra das Beiras.
Certã, terra de belezas.
Que Deus lhe deu, naturais;
E” a for das redondezas,
Faz a inveja das mais!
O’ Certã, dos ovos d’ouro,
(Tenho-te amor, acredita |;
Já tens o teu Miradouro,
Cada vez és mais bonita !
Nossas fontes têm virtude,
E a da P.nte que não “aqueça,
Que a uns dá vida é saúde,
E a outros casa-os depressa…
O” Certã, das cinco pontes,
Cinco cousas te dão graça:
| São as ribeiras e as fontes
4 Carvalha, o Adro ea Praça.
Rabeirinhos que possaes,
A suspirar, entre frágoas,
Não têm fim, ai nunca mais,
Às nossas penzs e mágoas!
Fonte da Pinta e do amor,
Das tentações do demónio…
Valha-me o meu protector,
O’ meu rico Santo Antrnio!
Certã, minha simpatia,
Inda cá tenho amisades,
Ao ver-te sinto alegria,
E ao partir levo saudades!. ..
S. Nuno danhou se, outróra,
No seu pêgo, além, do açude;
Por isso, as aguas, agora,
Vêm cheinhas de virtude,
Vou casar p’ró S. Martinho,
Quem me dera fôsse agora,
Será 8. Nuno o Padrinho,
Madrinha Nossa Senhora,
Adeus Pêgo Coreção,
Adeus “strada de Boses,
Num perdi minha ilusão,
Noutra perdi meus ais…
Tragoste em meu pensamento,
Certã minha e “a Celinda,
E quando um tempo me ausento,
Inda pareces mais linda!
O” trades de Santo Antonio,
Sulvai a honra ao Convento,
Que, por artes do demónio,
Mora a maldade lá dentro…
Foi se o Senhor de Bonfim,
Que era a nossa devoção,
Já não me acode, ai de mim,
Quando eu tenha umu «flição,
4” Virgem Nossa Senhora,
Prometi pesar-me a trigo,
Se Ela fór intercedora,
Do meu noivado contigo,
S. Nuno, Santo Guerreiro,
Eu por mim antes queria
Que fosses casamenteiro,
Não vá eu ficar p’ra tia, ..
Certã rainha dos montes,
Que as ribeiras vão beijar,
Chora a água, junto ás pontes,
Com saudades de a deixar…
Nossa Senhora e Mai,
Que os R-médios tem na mão,
Não os recusa a ninguem,
Se os pedir com devoção…
Certã, da minha amisade,
Ceo do primeiro amor,
Tu és a minha saudade,
Ande eu lá por onde for…
Se cá voltasse a Celinda
Ver a terra su: mã»,
Ao ver a Certã tão linda
Cantava, agora, tambem,
Luiz da Silva Dias
RUY PUGA
DOENÇAS DO OLHOS
Especializado nos hospitais de Lisboa,
Paris e Madrid 1
CONSULTAS EM TOMAR
às 22se 5.2s (das 11 às 17)13,28 e G.as
(das 9,30 às 12,30 h)
AVISO.
José Farinha Tavares —
Presidendente da Cos
“missão Administrativa
– da Câmara Municipal
‘ do Concelho da Sertã.
Tem a honra de convocar
os Excelentissimos Senho-
res: Padre Sebastião Mar-
tins Alves, Joaquim Pires
Mendes, Padre Augusto An-
tonio Ribeiro, Izidro da Con-
ceição Lopes, Dr. Ausgusto
Henriques David, Dr. Car-
los Martins, Antonio Coslho
Guimarães, Libanio Vaz
Serra, Alcino Martins Bara-
ta, Francisco Pires de Mou-
Ira e Padre Antonio Bernar-
do — Vogais do Conselho
Municipal do Concelho da
Sertã—para so reúnirem em
sessão Extraordinária no
dia 30 do corrente, pelas 13
horas, na Sala das Sessões
da Câmara Municipal, a fim-
de serem discutidas e apro-
vadas as bases do orçamen-
to suplementar (1º) de re
ceita e despesa da mesma
Câmara para o corrente ano
A bem da Nação
O Presidente, — José Fa-
rinha Tavares.
Er
Anuncio
(2.º Publicação).
No dia dez do proximo
mez de Outubro do ano de
mil novecentos trinta e sete
pelas doze horas, à porta do
Tribunal Judicial desta co
marca, se ha-de proceder &
arrematação em hasta pu-
blica dos predios abaixo
mencionados, penhorados
nos autos de execução por
custas e selos, em que é exe-
e executadcs João da Silva
e mulher Maria Antonia
Viana, agricultores, morz-
dores em Vila de Rei, a sa
ber:
Primeiro; uma casa de ha
bitação, em Vila de Rei,
confronta pelo norte e poen-
te com a viuva de J. sé Ro
drigues Matos Silva, nas-
cente com Joaquim Martins
Rolo, sul com a rua publica
Vai pela primeira vez à pra-
e cincoenta escudos, BbOBOO
Segundo; uma terra de
cultura com duzs oliveiras,
no sitio da Fonte Fria, limi-
tes do Lavadouro, confron.
ta pelo norte com a viuva
de Manoel Aparício, sul é
poente com Joaquim Pracá-
nha, nascente com Inácia Ro
sa. Vai pela primeira vez à
praça pelo valor de quatro-
centos e cincocenta escudos,
450300.
quaisquer credores incertcs
para assistirem à arremata-
ção.
Sertã, trinta e um de Ju-
lho de mil novecentos trinta
e sete, :
Verifiquei —O Juiz de Di-
reito— Lop-s de Castro
O Chefs da 2º Secção, —
Angelo Soares Bastos
quente o Ministério Publico |
ça pelo valor de quinhentos |
São por. este meio citados:
aaa mes o SEADE panos enero eo : : er = = Ê :
ANUNCIO |
(2º Publicação)
No dia dez do proximo
mez de Outubro do ano de
mil novecentos trinta e sete,
pelas doze horas, à porta dy
Tribunal Judicial desta co-
marca se ha-de proceder à
arrematação em hasta publi-
da, do predio abaixo men-
‘ cionado, penhorado dos au-
tos de execução fiscal admi-
nistrativa, em que é exe-
quente a Fazenda Nacional
e executado João Dias, dos
Conqueiros, freguesia de So-
breira Formosa, a saber:
Uma morada de casas da
habitação, e um forno deec-.
ser pão junto á mesma, no
logar dos Conqueiros, fre-
guesia de Sobreira Formosa,
que confronta do nascente,
poente e sul com a rua, e.
norte com Manuel Freixoei-
ro descrita sob o numero
duzentos-e quinze da matriz
de Sobreira Formosa e ins-
crita na Conservatória do
Registo Predial destacomar-
ca sob o numero vinte e seis
mil oitocentos e quarenta 8
sete; vai à praça pela pri-
meira vez pelo valor de dois
mil quatrocentos e quarenta.
“escudos, 2.440000.
São por este meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à arremata- .
ção. Le
Sertã, trinta e um de Ju. :
lho de mil novecentos trinta
e sete. a
reito,— Lopes de Castro :
O Chefo da 92º Sreção, —
Angelo Soares Bastos
AUGUSTO JUSTINO ROSSI
Solicitador encartado:
SERTÃ
ANUNCIO
(2* Publicação)
No dia 10 do proximo mês
de Outubro, pelas 12 horas, à
porta do Tribunal desta comar- —
ca, se ha de proceder á arrema-
tação do predio abaixo descrito,
penhorado nos autos de execu-.
ção por custas e selos, em quê é
exequente o Ministério Publico
e ex:cutados João Diogo Ju-
nior e mulher Prazeres Ribeiro,
proprietários, moradores no ly-
gar. do Pucariço, freguesia de
Sobreira Formosa, desta comar
ca, a saber:
Mad
+
Uma casa com andar « lojas,
no logar do Pucariço Descriga
na Conservatória sob o numek
vinte e seis mil oitocentos e trin-
ta e trez. Vaipela primera vez
á praça no valor de mil e qui»
nhentos escudos, 1 SuOBOO
São por este meio citados
quaisquer credores incertos pa-
ra assistirem á arrematação,
Sertã, 28 de Julho de 1987
Verifiquei: — O Juiz de Di-.
reito,—Lopes de Castro
O Cheto da 2º Secção —
Angelo Soares Ba-tos@@@ 1 @@@
Ligações aéreas cotas colónias!
– portuguêsas e dentro delas
Está projectada uma linha cir-
cular, ligando o Congo Belga
com a Africa do Sul, por Ango-
la; esse projecto tende a fazer a
ligação por aviões entre Johan-
nesburgo, Luanda, Leopoldville, |
Kisantu, no lago Vitória e Johan-
nesburgo; por tal motivo estive-
ram no Lobito e em Luanda, re-
– centemente, o ministro Piron, da |
União Sul-Africana e o coronel
Holhouse, director da «South
African Airways».
x
Diz-nos um nosso presado as-
Sinante da Colónia de Moçam-
bique :
« «Sabe que já temos em Mo-
cambique as carreiras aéreas pau
ra a Europa e na Colónia? As
carreiras para o Europa são fei-
tas por aviões de cinco motores,
doze passageiros e bagagem. Es-
tão estabelecidas em toda a Co-
lónia por uma companhia inglêsa,
São hidro-aviõcs. Saem de Que-
limane às quintas e domingos vía
Beira-Lourenço Marques-Cabo-
Marselha e demora oito dias de
Quelimane e Marselha. Custa ca-
da passagem, ida e volta, bilhe-
te válido por 6 mêses, 15 contos.
E” mais barato que a primeira
classe nos vapores da Castle. E
tambem as temos para todas as
localidades da Colónia por aviões
bimotores do Estado Português,
felizmente; estão a cargo dos ca-
minhos de Ferro de Moçambique.
Os hidro-aviões da carreira da
Europa, estudam agora a possi-
bilidade de fazerem a carreira de
noite tambem, o que encurtará
para 4 dias a viagem entre Que-
limane e Marselha. São aparelhos
magnificentes, com todas as co-
modidades, e é muito possivel
que, quando os côcos me permi-
tirem ir fazer uma viagem até à
nossa Sertã, a faça… pelos ares!
Não ha possibilidades de máqui-
nas daquelas se despenharem, a
não ser, é claro, qualquer desas-
tre que tanto se pode dar num
avião como num navio. Os cinco
– motores, um dos quais chega pa-
ra manter o avião nos ares, vão
todos a trabalhar e basta haver
um leve desarranjo em um para
êles descerem logo a reparar a
avaria. Pararem os cinco ao mes-
mo tempo (e só então o aparelho
viria a terra), é caso muito ex-
traordinário. E eu, meu amigo,
que sinto tonturas de subir a uma
cadeira, estou muito resolvido a
ir à Europa pelo caminho das
águias !> é
É Do
«O mais elevado objectivo das
Missões Estéticas de Férias, co-
mo no decreto de instituição se
afirmou, é precisamente O de mo-
, bilizar a energia espiritual da Na-
ção contra doentias concepções
do que seja a originalidade e con-
tra desnacionalizadora infiltração
de exóticas teorias que a um ma-
terialismo geométrico, frio e in-
característico, sacrificam o realís-
mo plástico, humano e portu-
guês..
; Para tanto, procura-se colocar
os’ cultores do belo em contacto
com a terra portuguêsa como fon-
te de inspiração, para que nas
suas faculdades criadoras se im-
piima o sentido lusíada e, por
êste, eles se tornem capazes de
fixar, a exemplo dos grandes
predecessores, a fisionomia da
noya resnascença.
E que melhor miradouro para
verdes os longes da vocação ar-
tistica de Portugal do que dêste
Convento de Cristo, à
Atentado contra Salazar :
VARZEA DOS CAVALEIROS, 14 — Ainda não ces-
saram as manifestações de repalsa indignação contra os
vís traidores, que, ás ordens do «Komintern» e da Es=
panha «vermelha», perpetaram o ignóbil atentado, de
que foi alvo o sr. dr. Oliveira Salazar.
Em todo o país, de norte a sul, tôdas as classes som
ciais, desde as mais cultas ás mais ignorantes, têm rai-
dosamente repudiado a doutrina comunista, doutrina
terrível que pretende sufocar na alma todos os senti-
mentos de aiecto, de amor, doutrina daqueles, cuja ideia
única é a destruição universal e completa.
Este facto é duma eloquência cruel para os faato-
res do imperialismo russo : demonstra cabalmente que o
povo português, essencialmente nacionalista, não con-
sentirá nanca que se difanda em Portagal qualquer dou»
trina que contrarie os nobres sentimentos que lhe en-
chem a alma — o amor da iamília e o amor da pátria.
A iregaesia da Várzea dos Cavaleiros, cujas aspim
rações se integram tôdas no mesmo pensamento de se
tornar cada vez mais próspera e progressiva e que tem
acompanhado o movimento nacionalista, desde o sea
início, também no pretérito dia 8 quis exteriorizar 0 rem
gozijo pelo malôgro do atentado.
“Tendo-se celebrado de manhã uma missa cantada,
ás 17 horas foi cantado por numeroso clero am «Te
Deum> em acção de graças por ter sido frustrado o pla
no que os «vermelhos» tinham traçado com o objectivo
de nos conduzirem a um retrocesso miserando, tirando
a vida A’quele que do Portugal desprezado e desacredi-
tado fez um Portagal respeitado e admirado. .
Finda a cerimónia religiosa, a que o povo assistia
com profundo respeito, por iniciativa da autoridade ad.
ministrativa da ireguesia, queimaram-se numerosos fox
guetes e morteiros. Foram momentos de intensa vibra=
ção nacionalista.
+ 4
Resposta provocada ;
CASTELO, 15-8-937 — No penultimo numero de «A
Comarca» vem exposto um laborioso parto do seu corres-.
pondente, neste freguesia, atirando-se a nós como Sansão
aos Felisteus, servindo-se embora, de armas diferentes e
processos diametralmente opostos…
Hábitos adquiridos no stado velho a irromperem,
teimosamente, no Estado Novo! Por isso, não merecia o
insígne correspondente a honra da nossa resposta, mas
antes o nosso maior desprêzo.
Todavia, vamos dar-lha para restabelecer a verda-
de — que prezamos acima de tudo — e evidencia o estôfo
e o caracter do mísero difamador que, por triste condão,
sempre que põe o nariz, fora do seu harém, e se manifes-
ta, recolhe mosca ou deita asneira !
O despeito, a sêde de vingança e a raivosa impotên«
cia que, numa promiscuidade hedionda, coexistem e proli=
feram na sua alma vil e desprezivel, impelem-no — sem
respeito pela dignidade alheia, que afere pela sua — à
prática de esgares e atitudes, reveladoras de uma insensa-
tez e imbecilidade horripilantes !
O parto em causa — aleijão de cinco mêses — con-
tem afiiírmações tão nitidamente tendenciosas e falhas de
verdade — como adiante se verá — que nos obriga à ne-
cessária e indispensável rectificação, ao menos para edifi-
cação das gentes e glorificação do seu autor. |
Não nos surpreendeu a arremetida : esperavamos-la.
O que, em parte, nos surpreendeu, foi a ignorância e a in-
Ge reveladas nos factos e numeros apresenta-
ostilio
Mas, como, «nemo dat quod non habet», aqui esta-
mos, de alva e corda ao pescoço, e, só não vimos descal=
ços, porque a hipocrisia do nosso algoz o não consentiria,
certamente !? De resto, pressentimos a arremetida, na ga-
galopinagem e pressão feitas junto dos pais de alguns alu-
nos destas escolas, para que os retirassem para a escola
do Mourisco; manifestou-se depois, a toda a luz da evi-
dência, na autorização para tal conseguida — diremos
mesmo, extorquida — e temos à vista a sua plena e for-
mal confirmação. Se não fôra aquela autorização que, à
face do que vamos expôr, fica plênamente justificada, os
resultados seriam bem diferentes. Porquanto os dois me-
lhores alunos em que foi desfalcad a 4.2 classe destas
escolas — a mais de meio do ano lectivo !!! — teriam elex
vado de 6 para 8, 0 total de aprovados destas escolas e,
conseguêntemente, descido de 10 para 8, o total de apro»
vados pela escola do Mourisco !
aces cem
Esta diferença, que ainda não é tudo, já se nos afi-
gura de poddesar Ou não ? :
Depois, por feliz coincidência, os nossos alunos
fizeram exame nos mesmos dias e júris que os do Mou-
risco e, na sua apresentação no decorrer das respectivas
provas, a que assistimos com a maior circunspecção, não
brilharam menos do que os do Mourisco, a=pesar-de se en-
contrarem em manifesta situação de desigualdade perante
êles, pelo facto de a sua ilustre professora fazer parte do
Juri que examinou uns e outros /
Mas hã mais: dos 8 a que ficava reduzido n.º de exa-
minados do Mourisco, 5 frequêntaram a 4.º classe da es-
cola da Passaria, regida pela abalizada professora, que foi
Amélia Costa.
Nestas condições e sem, de forma alguma, pretender=
mos diminuir o trabalho e méritos profissionais — que com
o maior prazer reconhecemos — da mui digna ex-profes-
sora do Mourisco, não podemos todavia, visto que a isso
nos coagiram, deixar de frizar que — sem o apreciável au-
xilio que, em alunos de exame, à escola do Mourisco tive-
ram de fornecer as escolas de Castelo e Passaría, os re-
sultados obtidos nos exames, pelas escolas desta freguesia
eram rigorosamente os seguintes :
Escolas do Castelo — 8 alunos.
Escola do Mourisco — 3 alunos.
Que diz agora o ilustríssimo, à eloquência dêstes nu-
meros ?
E” elucidativa, não é2!…
Então é bico ou é cabeça ?
A Cesar o que é de Cesar.
A* face dêstes factos e numeros, que oferecemos a
desmentido, o ignóbil assalto à nossa dignidade, de longe
preparado com a cumplicidade de enigmática criatura, mui-
to conhecida pelas suas tendências absorventes e egoistas,
não se teria dado ou morreria de inanição !
Mas, são assim as curvas desta vida, e são tantasl!…
Diz o insigne escrevinhador :
“o. <0n,º de matriculas... foram: sexo masculino
“21, sexo feminino 25, totalidade 56». O que?
21 X 25 = 56 ? Que grande ratão, êste foragido da
Serra !
A seguir: «A frequência foi de 48». Sim? Então
uma escola com 46 alunos matriculados, pode ter de ire-
giiencia 48 ?
- E' fantástico !... Mas, como, aceitar a frequência
incógnita seria admitir o inadmissível e ultrajar a verdade
e a inocência, temos de concluir pela inconsciência ou pela
perfidia que derivam da estólida imaginação do famigera-
do correspondente.
Outro passo: «Devemos acentuar que nestes nume-
ros não vão incluidas as crianças dos lugares de Povoa,
Arnoia...»
Isto é que é perspicácia !
Perspicácia e competência ! !
Então, nos 10 aprovados pela escola do Mourisco,
não estão incluidos os seus 2 vizinhos, alí da Povoa. — o
Gonçalves e a Adélia —, que deviam ter feito exame pe-
las escolas do Castelo e foram levados pela do Mouris-
co ? Não os conhece ?
E levanta-se o padeiro à meia noite!!!
Evidênciada como fica, a revoltante parcialidade e
intuitos reservados do escrevinhador de pechisbeque; pul-
“verizados um a um os dislates e mentiras, contra nós bol-
sadas, não hesitamos em acreditar — tão flagrantes elas
são - que o Exm.º Director de «A Comarca» lhe deu
guarida, de boa fé; pois que, de contrário, teria arremes-
sado o laborioso parto, bem para o fundo do caixóte do lixo
— glorioso fim das coisas inuteis | — como coisa venenosa,
nociva aos interesses da colectividade e ao bom nome do
seu jornal,
Mais adiante: «Nisto de instrução, como em tudo o
mais, não basta um diploma mas competência e sobretudo
vontade de trabalhar>,
Desta vez, fugiu-lhe a boca para a verdade !!!…
Em regra, os que mais falam dos supostos defeitos
alheios, são os que os possuem no mais elevado grau…
Todavia, pela transparência da alusão, somos leva-
dos a perguntar-lhe: porque motivo, não tirou o ilustris-
simo, um diploma de valor igual ou superior ao nosso ?
E’ que, para se obter um díploma, é preciso ter com-
petência e, sobretudo, muito trabalho!
Logo: se o não tirou, foi porque não teve competen=
cia para isso!
Portanto, é um incompetente.
E, se o tirou e o não utiliza, é porque não tem von-
tade de trabalhar, e, neste caso, é…
Nestas condições, ante o ridículo em que deve ter
caido a seus proprios olhos, pela bonita figura que
fez com o seu desastrado «A titulo de curiosidade…», a-
conselho-o a que abandone o jornalismo para que revele,
não ter «competencia», e a que substitua a caneta pela ra-
biça ou mesmo pela «alcôfa-, entretenha os Ócios a manu-
factutar pinos para… a arte!
Percebeu !
Quanto ás «mirambulices>» ?, de que fala no ultimo
periodo, e ás pimponices com que o encerra, afóra muitas
outras coisas acabadas em «ices», são mero produto da
sua imaginação doentia.
à De resto, devo confessar que senti a maior relutân-
cia em responder, por este meio, aqueles ou àqueles a
quem voto o maior e mais acrisolado desprezo. E que, se
a tanto me abalancei, foi, tão sómente, para dezfazer
qualquer impressão menos agradável, que as suas diatri-
bes hajam, porventura, causado na opinião pública.
Peio que, e para terminar, daqui lhes envio um mi-
sericordioso :
— Perdoai-lhes Senhor… :
ALBERTO RIBEIRO
DESPEDIDA
José Luiz, tendo sido trans-
1 Congresso da Imprensa Regonaisa, Marco Postal
A falta de espaço obriga nos a
adiar, ainda hoje, os votos e cons !
Er.Ӽ Snr. Adelino Ferreira
ferido para esta cidade, e fal-
tando-lhe o tempo necessário
a 26 de Julho, em Sintra, Mafra,
Ericeira, Cascais e Estoril,
«ter
INSTRUÇÃO
O sr. ministro da Educação
Nacional autorizou a adopção
para o ensino primário, durante
o próximo ano lectivo, de todos
os livros usados na época esco-
lar finda,
clusões deste Congresso, reali- | .. Recife— Pernambuco: Rece-| para se despedir de todas as
zado com tanto êxito nos dis 22 bemos a sua presada carta de 9
‘ de Julho, que muito agradecemos
e que vamos publicar por a achar-
mos muito interessante. Como
patrício nosso, que é, pedimos-
lhe o favor de renovar a sug as-
sinatura e adquirir novos assi-
nantes; só assim, se pode fazer
progredir o jornal.
FRAVIO DOS REIS MOURA
“Advogado — SERTÃ
pessoas das suas relações e
amisade, vem fazê-lo por êste
meio, e aqui ficará ao inteiro
idispôr de todos.
Covilhã, 21 de Agosto de
1937.
gde 6) dp
FUTEBOL
No dia 5 de Setembro deve
defrontar-se em Ferreira do Zê-
zere, com o grupo daquela vila,
o «team» local — «11 Unidos da
Sertão,
ss O) ED ua, Ss so
Cd RL DSP, Cd ss
| O o fa Co? fa? am? a
AGENDA
E E dE SS Ss a
ta a as? Cao? ta é ta nº
qSUunuaa
dana
Partiram: para Espinho, com
sua familia, o sr. Angelo Soa-
res Bastos, escrivão de direito
desta comarca; para Coimbra,
a Senhora de (iaetano Lopes;
para Caldas da Felgueira,
acompanhada de sua filha D.
Maria do Carmo, asr.º D. Ma-
ria da Luz Farinha, esposa d
sr. Antonio Farinha. “a
— Seguiu paraa Covilhã, on-
de vai exercer o logar de es-
crivão das Execuções Fiscais,
o nosso assinante sr. José Luiz,
que nos veio apresentar as
suas despedidas, atenção que
muito agradecemos.
-—Tivemos o prazer de ver
nesta vila os srs. Capitão Raul
Vidigal de Carnide e Rui do
Vale, de Coimbra.
—Encontram-se: em Oleiros,
o sr. dr. Francisco José Romão,
chefe da Secretaria Judicial de
Alcácer do Sal; em Sernache,
os srs. Túlio Vitorino, de
Coimbra, e Jaime Bravo Serra,
de Castanheira de Pera.
— Com sua família, regressou
da Figueira da Foz, o sr. Amé-
rico R. Sousa, tesoureiro da
Fazenda Pública.
—De passagem para Alvaro
estiveram na Sertã, o sr. An-
tonio Augusto Neves, esposa e
filhos, e a srº D. Maria Caros
lina N. de Mendonça, David.
-—Retirou para a Figueira
da Foz, com sua esposa e fi-
lhas o sr. Henriques Pires de
Moura.
Francisco Martins; da Capa-
rica ao Pampithal, com sua fa-
mília, o sr Adelino Lourenço
Farinha; a Lisboa, a sr.º D.
Guilhermina L. de Portugal
Durão.
e
Fazem anos: âmanhá o sr.
“dr. Albano Lourenço da Silva,
nache); em 29, 0 sr. dr. Frans
cisco Nunes Correia, de Lisboa.
Parabens.
nto apa
Mais Notas… a lápis
duos que, nada tendo
para guardar, possuem câis
se quer haverem sido regista-
dos, ao passo que outros em-
pregam, para guarda, cãis de
caça absolutamente inúteis pa-
ra o efeito, pagando a tara
dos primeiros por ser a mais
barata, ou, o que é mais fre
quente, não pagando qualguer
tara.
Logo que nos seja possivel
publicaremos o decreto n.º
18.725, fundamentado na obri-
£gatoriedade do registo dos ani
mais de espécie canina, sem o
qual não é possivel assegurar
a profilaxia da raiva — neces=
sidade cuja satisfação ê de
verdadeiro interêsse público,
Bege AD ep
relógio da torre da igre-
ja matriz, afadigado pe-
las vigílias de longos anos;
tem-se negado, ultimamente,
la servir o público, dormindo
bastas horas durante o dia…
Ele, como todos nós, tem direi-
to a umas fêriasitas, mas não
está bem que algum seu dele:
gado colocasse no «placard»
te: «Aviso-Devido a várias
reparações exigidas pelo relos
gio, encontra-se parado do dia
18 em diante».
Que o relógio precisa de
descanço, ninguem o pode nes
gar! Mas não deve fazer exi-
gências, que vão alem do li-
mite da boa educação.
Parar do dia I8 em diante,
: Sem dizer até quando, tambem
lg um pouço forte…
– Regressaram: de Pedrogão:
Pequeno a Moscavide, o srt..
da Quinta das Aguias (Ser.
NA nossa região há indivi-
gue vagueiam sem açamo e sem
da Farmacia Lucas o seguin-
ar
a
a
a
a@@@ 1 @@@
Em
4 “ Comarca da Gerta . a
Ais Sesfas da Senhora da Confiança! assinaturas em divida Câmara Municipal da Sertã –
e Pedrógão Pequeno
Há dezassete anos que vejo passar umas após outras as fes-
tas anuais da Confiança.
E como me pediram que as contasse, aqui vão, simples e
crentes. como as tenho visto e sentido, para que possam recordar,
como eu as recordo, com alma e emoção que não sei bem trans-
mitir, mas que a vossa inteligência saberá descortinar e com-
preender…
Ad dt do
DARÁ
Começara o mês de Setembro quente e sugador dalgum
resto de água que ainda se perdia por êsses vales e montes. Todos
sonham com a sua festa querida, com a romaria encantadora.
Os velhos matando a saiidade em reminiscências do passa-
do, os novos ardendo em desejos de uma continuidade de usos e
costumes que, não obstante, se vão a pouco e pouco transformando.
a À primeira semana é a dos preparativos do arraial.
Constroem-se e levantam arcos em que se baralham as suas
formas, mas metem vista e ficam bem no dizer simples e pouco
exigente do povo das serras.
As bandeiras de papel multiplicam-se por entre as de pano,
multicores, representando por vezes nacionalidades bem desconhe-
cidas para a assistência, não representando mais do que uma
simples bandeira, outras.
No cimo da Capela vê-se a Bandeira Nacional como a que-
rer testemunhar nos que à sua sombra encontramos lenitivos no
tempo de festa e coragem junto das batalhas.
Estrelejam os foguêtes e os morteiros anunciadores da
grande festa,
A frontaria da Capela ilumina-se quando o sol no acaso desapa-
rece, como a chamar e a traduzir o nome da Santa.
Ali a acuidade incessante da saudade apura e requinta o sen-=
tido da beleza e «a alegria de viver
Estamos na ante-véspera da Festa.
À noite que se segue passa veloz e o dia mal chega para
acabar a azáfama em que anda p ra estar tudo lindo-e vistoso para
receber os romeiros.
O fogueteiro da Sertã lá vai fixando aqui e além as peças,
o castelo e a latada que deleitará a assistência com a combinação
gracil das várias côres que se intercedem, sobrepõem e esbatem
umas nas outras, aparecendo os foguêtes a coalhar o espaço sobre
nossas cabeças, numa subida apressada, para dourar e pratear O
ceu que faz arrancar exclamações de bem sentir e apreciar.
A música em seu corêto todo engalanado, solta os acordes
que tanta alma dão às romarias.
O arraial vai agora em mais de meio.
– A garotada apinha-se em volta do muro que está fronteiro
à ermida. Há curiosidade. Depressa se dívisa o balão a encher, a
– encher. Os homens tiram-lhe com cuidado, as últimas rugas. Acen-
dem agora as mechas que tem em volta, ficando as luzinhas a
cintilar.
Ata-se o cordão bem fornecido de morteiros e luzes dive sas no
colorido e na intensidade, por de-baixo do fornel que alimentará
na subida sempre crescente, o balão de gomos, estrelas, enfeites e
arabescos que será seguido por milhares de olhos ávidos de en
canto a prescrutar-lhe os segredos da marcha, onde irá ter… que
bem que subiu… que lindas luzes deita..
E logo que êle se eleva no ar, a filarmónica solta apressada
a marcha que seduz e entretem os que vão conversando, Breve
chega a madrugada. Romorejam ainda sinfonias diversas pelo ar.
A manhã enche-se de poesia e tudo brilha ao aparecer do Sol,
numa objectividade de singular relêvo.
Os fieis vão pejando a nave da capela recolhidos em suas ora-
ções, lenitivo de suas promessas, esperanças bem cabidas ás vezes.
Segue a missa, a missa da Festa que é cheia de solenidades
e grandezas. Depois desta vêm pobres, remediados e ricos, e sen-
tam-se à sombra das sobreiras frondosas que povoam a montanha,
abrem os farnéis, comem, bebem, gargalham com vontade, tradu-
zindo assim a alegria e satisfação que lhes vai na alma.
Ouve se no espaço, incessante, canções diversas de grupos
de romeiros que vão chegando acompanhados ao harmónio, flau-
tas’e: ferrinhos. Aquí e além, em grupos, reunem se os rapazes e
moças casadoiras, intercetando-se os olhares de uns e outros na
busca de um amor sincero que em dia combinado irão ao civil
emar sério e nervoso, e dali à igreja da vila onde a benção do
padre os unirá eternamente.
Os pais, lá de longe, sentados ao longo dos muros por ci-
ma de pedregulhos dispersos nos arredores do arraial, espreitam
as filhas do seu amor, ou os rapazes tagarelas e atrevidos, e con-
tam a ousadia da gente moça de agora que já nascem com mais
azougue do que nos tempos idos.
. Pela tarde realiza-se a procissão com milhares de pessoas.
Duas intermináveis filas de fieis de todas as idade e dos dois se-
Xxos, com vel:is na mão, lá vão cumprindo o voto de adoração.
Alguns, por entre as filas, de joelhos, sacrificam-se num doce
agradecimento do milagre feito.
O clero domina na sinceridade dos lugares que lhe cabem.
A santa é levada em rico andôr e seguida pela música e
pelo povo que se comprime.
= A? sua passagem pelo percurso em volta do arraial tudo se
ajoelha, como bons cristãos que são no fundo. Sim, porque o povo
português é profundamente cristão e crente.
Terminada a grande volta da romagem há o Adeus da Santa.
– Uso antigo, muito antigo mesmo, a perder-se pelos tempos
fofa, chegou até hoje, inalte ável na sua simplecidade
Em frente à Capela os homens que pegam no andor, vol-
tam-no com a Santa para o povo, descrevendo uma circonferência.
lágrimas e lábios que rezam com fervor. Agitam-se lenços no ar.
dh di dá
“> 4
: Agora uns após outros vão deslizando estrada fora, na des-
cida apressada da montanha, os peregrinos, cantando e rindo em
busca dos seus lares.
dezassete anos. E” assim que eu antevêjo todos os snos.
Agosto, 1937.
Juno
| 24/3/937
: Aqui e alêm ouvem-se comentários irónicos polvilhados de |
fino humorismo, e muitos, leves graciosos, ingénuos. São assim .
as festas e romarias de Portugal. Foi assim que eu a vi e senti há.
Pedimos às pessoas, cujos no-
mes mencionamos, o favor de
mandarem pagar as assinaturas
em dívida a êste jornal, directa-
mente, ou por intermédio dos
nossos cobradores gerais, con.
forme passamos a indicar:
Cândido Goncalves, Luanda,
8%, Américo da Costa, idem, 388;
Joaquim David, idem, 368; Joa-
quim André Nunes, idem, 388;
Aníbal José Gonçalves, Mossã-
Sessão de 17 de Junho
Deliberou entregar ao sr. Administrador do Concelho o sub=
sidio de mil e duzentos escudos para auxiliar as obras de reparas
ção da fonte de Santa Apolónia, freguesia do Castelo, que por ini- .
ciativa particular se vão executar. nã
Sessão de 1 de Julho
Toma posse do logar de vogal da C, A.; em substituição do:
vogal sr. Adelino Lourenço Farinha, que se encontra de licença, o:
sr. Isidro da Conceição Lopes.
— Presente um ofício da Direcção Geral dos Edifícios e Moe –
medes, 16%; Alexandre do Rego numentos Nacionais, comunicando que à projecto de construção de:
Bayam, Calulo, 288; António
Garcia, Luandã, 68; Manoel Rita
da Mata, idem, 428; Acácio Vaz
Rebordão Corrêa, Sá da Bandei-
ra, 445; Laura Marques Ferreira,
Benguela, 32800 — ao Ex.”º Sr.
Aníbal Alves Branco, c. p. n.º
29, Lobito.
Raúl Duarte, Santa Isabel (Fer
um novo cemitério na sede e freguesia de Palhais, só poderá ser:
tomado em consideração no- futuro ano económico de 1938, se as
disponibilidades do Fundo do Desemprego assim o permitirem. To».
mado na devida consideração, deliberou oficiar á Junta, transcres.
vendo o ofício em referência.
—pPresentes um ofício da Direcção Hidráulica do Tejo, re
metendo as autorizações para abrir caboucos na construção dos
pontões da Codeceirinha, Azenha e Venestal. Inteirados. E
— Deliberou conceder o subsídio de trezentos escudos á Jun-
nando Póo), 488 — ao Ex.”º Sr.
José Nunes e Silva, Santa Isa-
bel.
Afonso Lourenço da Silva, Pa-
rá, 423; Joaquim Fernandes da
Silva, Belém-Pará. 428, Silvano
Barata da Silva, Pará, 428; José
Pires Rei, Belém-Pará, 42%; Ver-
gilio Garcia, Pará, 42%; Pires
Franco, Pará, 128 — ao Ex.”º Sr.
José António Beirão, Largo:
da Penha, 198, Pernambuco,
Desnecessário é dizer que a-
chamos pouco correcto o proce-
dimento de todos êstes srs., a
quem nos vimos obrigados a sus-
pender a expedição, porque re-
-cusaram faze: o pagamento dos
recibos, quando lhes foram en-
viados pelos nossos Cobradores,
isto depois de terem recebido
uma grande quantidade de núme-
ros; e essa atitude é ainda mais
vergonhosa para aqueles que são
da nossa região, e todos êles nos:
podiam ter evitado despesas e
incómodos aos Cobradores se
devolvessem o jornal logo que
receberam o primeiro número. O
que todes podem ficar certos €
que, se não pagarem o que de-
vem, os faremos inscrever num
quadro de honra que temos na
Redacção, tornando públicos os
seus nomes como: adeptos do
calote.
60 Dag
Ellaraógica de Sobreira Formosa
Com destino a Sernache do
Bomjardim, aonde foi tomar par-
te nos festejos em honra do San-
to Condestável, passou na Sertã,
no sábido passado, a Filarmóni-
ca de Sobreira Formosa, tendo
cumprimentado a sua congénere
local; nas ruas do percurso tocou
dois passos-dobrados, que se fi-
zeram ouvir com muito agrado.
4-6) 4
CARTA DE
Niteroi == Estado do Rio (Brasil)
«««Sr. Director do jornal «A
‘ Comarca da Sertão. Tomo a li-
berdade de lhe escrever, expri-
mindo a V… quão grato estou
por me ter enviado o jornal que
tam sabiamente dirige. Sou do
Pêso, e como tal pertenço a essa
Comarca; sinto-me orgulhoso por
constatar que a minha terra tem
um orgão que brada bem alto
para defender os interêsses dessa
bela e pitoresca região beirã, que
me serviu de berço e que eu tan-
to estremeço, Afastado da Mãi-
Pátria, em terras longínquas e
estrangeiras, longe do carinho
dos meus, sinto-me comovido ao
ler as linhas elegantes do seu
n lescre G I | jornal, pois elas me falam dêsses
Faz-se então um profundo silêncio. Há olhos marejados de
pitorescos vales e serras, trans-
| portando-me, além dos mares, a
êsses logares queridos e para
mim inolvidáveis.
De V, etc.
José Augusto da Silva Pires
A sa mereça
Este numero foi visado pela
Comissão de Censura de
ta de Freguesia do Marmeleiro após a reparação do edifício esco-
lar da sua sede.
— Presente uma circular do Governo Civil de Castelo Bran-
ico, transcrevendo a circular da Direcção Geral de Administração.
Política e Cívil (publicada no n.º 49). :
Sessão de 8 de Julho
Presente uma circular da 1.º Secção da Inspecção de Seguros. :
que trata da liquidação e distribuição do imposto para o serviço de
incêndios e fixa as regras a adoptar na execução desses serviços.
regar 0 vogal sr. dr. Correia Botelho de se pronunciar sobre o ase
sunto da mesma circular. .
— Presente uma circular da Secretaria des Serviços de Tu-
rismo, pedindo: um exemplar da tabela reguladora dos preços dos.
serviços de automoveis de praça, aprovada pela Camara, e no caso.
de não existir chama a atenção da Camara para o facto, aguardan-
do a satisfação do seu pedido. A, C., depois de informada que tal.
tabela não existe, deliberou convocar para o dia 12 do corrente, . .
pelas 12 horas, os motoristas cu proprietários de veículos automó- ..
veis de praça, para que, dé harmonia com êles e interesse dos mu- .
nicipes, se organize a tabela reguladora, a-fim-de dar satisfação ao. –
solicitado na circular. A . de Ri
-—Deliberou oficiar ao sr. Director do Distrito Escolar de. .
Castelo Branco, pedindo-lhe a reabertura das escolas primárias do. .
Outeiro da Lagoa e Amioso, encerradas há muito tempo p r falta. .
de professores.
Sessão de 22 de Julho |
Presente o oficio n.º 4 da C. A. da Junta de Freguesia dé. .
Pedrógão Pequeno publicado. E
-— Presente uma carta de Francisco Alves dos Santos, de Pe-
drógão. Resolveu não se pronunciar sobre o referido projecto (re- .
reconheça que é absolutamente louvável a iniciativa tomada pelo ..
requerente, porque a Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno já..
deu de empreitada a reconstrução do referido Pelourinho, delibe=
rando chamar a atenção da Junta para o Dec. 23.122 art.” 4º,
que, relativamente ás aspirações dos povos de Amíoso e Outeiro .
da Lagoa, quanto ao restabelecimento das suas escolas, encerradas. .
por falta de professores, diz serem justissimas, debaixo de todos. |
os pontos de vista, as pretenções dos 2 povos, mas só poderá de=…
porque ambas só por professores dêste quadro podem ser providas.
convencida de que S. Ex.º o ministro da Educação Nacional aten-
meação de professo es auxiliares, que vai oficiar ao sr. Delegado ..
Escolar deste concelho para informar se as referidas escolas estão…
em condições de poderem funcionar no próximo ano lectivo ou se |
necessitam de algumas reparações.
— Presente um ofício da Junta de Freguesia do Cabeçudo,,
pedindo um subsídio para reparação da fonte do Tojal, que se en-…
contra em péssimo estado. Para ser atendido na primeira oportu=. .
nidade. eso
— Presente um oficio da Junta de Freguesia do Carvalhal em: .
que expõe a necessidade urgente de reparar todo o material esco=.
lar da escola oficial daquela freguesia, reparação computada em |
650800, pedindo. o necessário auxilio. Deliberou oficiar ao presi- .
dente da Junta para prestar declarações sobre o orçamento que as |
presenta.
“Isõas abúlicas então não terá que: |
Sua alma, so palma estranhar que continue a ser q”
E Go Hp É eterna esquécida, enquanto. ou- ..
(Continuação da 1.º pagina) tras. terras caminham para ums
as circunstâncias assim o acon- futuro cada vez mais risonho é
selharem, faça a Sertã uma re– grandioso. — B’ que nêste vale…
presentação junto de quem de,; de lágrimas e campo de batalha.
direito, a solicitar por maneira acesa em que o mundo dia a dia.
cordata e inteligente remédio mais se está volvendo, cada um.
para o seu mal, e é ponto de fé jtem a sorte que merece e por
para mim que, uma vez esclare-, suas próprias mãos talha: SUA.
cidas as autoridades do distrito, ALMA, SUA PALMA, 5
acêrca da razão que à Sertã Ar Flávio dos Reis e Moura
Sete dg
siste, estas, que não existem pa- | a
CULTURA POPULAR
ra servir a política de A ou B,
cuja missão é bem mais nobre
Tomada na devida consideração, deliberou afixar editais e encar= -,
construção do Pelourinho da vila de Pedrógão Pequeno), embora…
-—Presente um ofício da Inspecção do Distrito Escolar em. .
feri-las se forem nomeados alguns prof.ssores para o Q. Auxiliar, .
derá ás necessidades dos povos do nosso distrito na próxima nos.
porque deve apenas procurar ;
servir a Nação, darão à Sertã a
satisfação que sem favor lhe é
devida e vai já sendo tempo de
resgatar.
Ao contrário, se a Sertã des-
curar d> que primeiro que qual-
quer outra coísa a deve ocupar,
remetendo-se a um cómodo indi-
ferentismo, se se limitar apenas,
Castelo Branço
a sonhar o sonho íntimo de pese:
Por iniciativa do Sertanense
Foot-Ball Club, começaram os:
ensaios dos elementos inscritos. .
para a organização de uma or-…
questra e de um «jazz-band>,
cuja admissão é limitada aos só-
cios e filhos de sócios daquela
colectividade.
A regência está confiada aq
sr. António Teixeira, |, |