A Comarca da Sertã nº413 28-10-1944

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) oiRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
Eduaraão Barata da Silva Correia

| — REDACÇÃO E ADMIN!ST’RAÇ’ÃO-‘—’

RUA – SERPA PINTO — SERTA——- :

AVENCADO

‘pusmea ss aos snsabosâ

FUNDADORES. :
= Dr José Cnrlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriquec Vid:gal
— António Barata e Silvn E
Dr. Jo’só Bnrntn Correa e Silvn :
Eduardo Bnratn da Silvn Correa’

Composto e im-

presso nas —
“Oficinas Gráficas
f da Ribeira de Pe-.
ira, Limdtada :

— CASTANHEIRA
DE PERA

Teleforei6 |

H.’ 4!5

Hebdsmadarm regmnahsta mdepsndente defensor dos mteresses da comarca da Serta uoncelhus de Serta Dlelros,
D Proenua – Nuva eVxla de Bel efreguesms de Amendoa Ç Carmgns (dn concelho de Maçae) E

28
— OUVUTUBRO
: 194:4:

Hotas

& ºx INDA tarde

milde.». , certa-
mente o conheceu-um rapaz ar-
— POSO,

contemplativo, destro cavaleiro
duma pleganaa sóbria e fina.
É espmía curioso, muito afei
: çoado as Ldezas gerais, tão pe-

— netrante que campreendeu a m,z—. ;
— nha Defesa de Filosofia Hege- |

“”Nação.

— Desde ha mu;tos anos que se iniciou
jem Lisboa a constitmçao de agremiações
reglonalrstas, que tinham por nome Gré-

na.’ Esta imagem do _]osé Ma-

eor de tnel rozda nos cotovelas

aguardente

. Mas o méu àmigo, numa oca-
siãa que o José Matias parou
em Coimbra, recolhendo do Pôr-

to, ceou com êle no Paço do

Conde ! Até o Craveiro, que pre-
parava as Ironias e Dôres de
Satã, para acirrar mais a briga
entre a Escola Purista é a És-
cola Satânica, recitou aquéle
seu soneto, de tão fiúnebre ídea-
lismo : Na jaula do meu peito o
coração… E aínda lembro o
José Matias, com uma grande
egravata de cetim preto tufada
entre o colete de linho branco,
sem despregar os olhos das ve-
las das serpentinas, sorrindo
pâlidamente àquêle coração que
rugia na sua jaula… Era uma
noite de Abril, de lua cheia. Pas-
seámos depois em bando, com
guitarras, pela Ponte e pelo
Choupal. O Januário cantou ar-
– dentemente as endechas român-
ticas do nosso tempo :

Ontem de tarde, ao sol-posto,
Contemplavas, silenciosa,

A torrente caudalosa

Que refervia a teus pés..

E o José Matias, encostado
ao parapeito da Ponte, com a

meu amt—
go! Estou esperando o
: enterra de ]ose Mafias — do |
jvse’ Matias de Albuquerqzze,ª’
— sobrinho do Visconde de Gar- –
O meu amigo cerfa-.-

louro como uma *espiga; 1

com um bigode crespo de pala-
: dmo “sôbre uma bôca indecisa de —

;aíade I 865 parque aderra- :

».“f-ç

e cheirava abammàvelmente —

“BASA DA CÚMARCÁ DA SERTA”

D O homem sÔ, embora seja muito tnteligente, nada Tm
mda aprmde sem o auxilio dos outros» —A. F1ºue1r1nhas

s POVOS segundo a remodelação
0Z porque vêem passando e aspiram

passar dia a d;a, necessitam de

‘melos orgâmcos, para por seu intermédio, –

fazer eco das necessidades e asplraçoes fe-

— gionais, que mteressam não só aos benefi-
– ciários locais, como

v1*da evolutl_va_ da

s, mas úultimamente em virtude da cria-
de organismos corporativos ofíciais com
esse nome, foram crismadas <Casas», às

— quais são conferidas inúmeras funções de

interêsse à localidade a que dizem respeito
e entre outras citarel as principais, que são:
cultura e solidariedade, a propaganda turís-
tica, o intercâmbio comercial, agrícola e in-
dustrial, por meio de exposições e confe-
rências, a cultura intelectual e artística, por
meio de prelecções sôbre os principais vul-
tos históricos. da região, bem como, sôbre

. individualidades que se tenham evidenciado

nas letras, artes, indústria, etc. e ainda pro-
movendo excurções, afim-de tornar conheci-
das as suas belezas naturais, não só dos fi-
lhos da mesma circunscrição, como até de
estranhos.

Ánimados num ideal de bairrismo, que
são dignos do nosso reconhecimento, pulu-
lam isoladamente iniciativas de alguns dos
nossos mais dilectos conterrâneos, para que
a organização da «Casa da Comarca de Ser-
tã», seja uma realidade, tanto mais que o
regioralismo está na ordem do dia. Não
queiramos desvirtuar das tradições legadas
pelos nossos avós, que levaram a efeito duas

obras que honram o balrnsmo o HosPItal
e o Clup Sertagmense Como sertanense,
apelo para todos os seus conterrâneos, a-fim-,
«de se agruparem ao pequeno núcleo que
vem lutandó pela difusão de idéias tenden-
tes a levar a efeito a realização duma obra,
que é sem dúvida a maior necessidade para |
condução do progresso de toda a Comarca.
Chegou o momento de se coligarem tôdas
as fôrças vivas da região para o bem comum:

e êste exemplo há de frutificar e ter a natu-‘
ral continuação das sinceras intenções. =
Nos últimos meses, o regionalismo lem |

lançado fortes vínculos dentro da Capital,
com a fundação da Casa do Ribatejo, Casa
do Distrito do Pôrto, Casa dos Estudantes
Coloniais, Grupo dos Amigos da Madeirã,
etc.. A última é testemunho vivo do fervor
regionalístico que opera na colónia comarcã
em Lisboa. Por isso aproveitamo-lo, enca-
minhando-o a uma coesão, a-fim-de suprir
uma falta que se vem notando desde há
muito. E se falta a culpa a muitos cabe,
Chamo culpados àqueles que falando-se no
assunto, dão como resposta um encolher de
ombros, atitude que por vezes produz um
efeito bombástico no expositor, no capítulo
moral, porque êste, fá-lo isento de qualquer
interêsse mercantilista, somente animado
num ideal de bairrismo, que todos nós de-
vemos acolher com o carinho e respeito de
que nos são dignos. .

Sertanenses ! Oleirenses! Proencenses!
Vilaregenses |,

Ergamos bem alto o nome da terra que
nos foi berço. E o melhor porta-voz que se
poderá encontrar, será, sem dúvida, uma
CASA REGIONAL—CASA DA COMAR-
CA DA SERTA!

JOSÉ PEDRO

atma’ e os olhos perdidos na lua!

— Por que não acompanha o
meu amigo êste moço interessan-
te aão Cemitério dos Prazeres ?
Eu tenho uma tipóia de praça, e

enterrar era um grande espiri-
ritualista !

(«Josê Matias», por Eça de Quei-
roz; dos «Melhores Contos

Ccom-úmero, como convém a um Portugueses»).
professor de filosofia- .. O quê? S
‘ 208

Por causa das calças claras 2!
ORh! Meu caro Amigo! De fôdas
as matrializações da simpatia,
nenhuma mais grosseiramente
material do que a casimira pre-
ta. E o homem que nós vamos

NOSSO colaborador e ami-

gox José Pedro fala-nos,

hoje, da criação da «Casa da
Comarca da Sertã» em Lisboa,
como elemento indispensável de

coesão moral de tóda a família

da comarca que vive na grande.

capital. O assunto não é aqui
tratado pela primeira vez ; Já al-
guns patrícios se ocuparam dêle,
Justificando e defendendo a or-
ganização dêésse centro regiona-
lista com larga cópia de argu-
mentos, todos baseados no amor

devotado à terra-mãe e na expe-
riência da vida decorrida nessa

urbe formosa e famosa, que é

Lisboa, onde variadíssimas «Ca-

sas»> do mesmo género exercem
multipla e proveitosa accão em

benefício das regiões que repre-
Sentam e dos seus naturais com

.0 interêsse que se confina, ape-

nas, em erguer bem alto o estan-
darte das sagradas aspirações
colectivas, mantendo a ligação
permanente de valores que resi-
dem nessas regiões e na capital.

Cuidar do engrandecimento
constante das fÍferras que repre-
sentam, animando e robustecen-

a _I,a piç_

do tôdas as iniciativas úteis, es-
treitar os laços de camaradagem
que devem unir todos os homens
da mesma região, estender a
mão amiga àquele que, por tnfe-
licidade, está prestes a despe-
nhar-se na miséria o ate no

“opróbio, facilitar a instrução e

a educação dos menos favoreci-
dos, por meio de reiiniões e con-
Fferências, advogar, jJunto dos
Poderes Públicos, « defêsa de
Interésses materiais e morais co-
lectivos, eis o esbôro dum pro-
crama que as instituições exis-
tentes têm realizado, no fo-

.do ou em parte, com o esfôrço e
| boa vontade de quem as orienta

e dirige, não esperando outros

: lozzros além da íntima satisfa-

cão de honrar o nome da terra
onde, pela vez przmezra, vzmm a
Z 0 RIE — = :

s.
BM%
os naturais da Comarca da
Sertã, residentes em Lis-
boa não téêm ainda hoje n

sua « Casa» regionalista, porquê?
Por Jalta de elementos de valor
na alta financa, na advocacia,
na medicina, no comércio, na m-
dústria, no funcionalismo, êm
qualquer ramo de actividade?

Não, porque éles abundam e
alguns são sobejamente conheci-
dos pela sua capacidade de tra-
balho e iniciativa privada, pelo
bom nome que disfrutam e, até,
bastantes, porque nunca esque-
cem a sua terra quando cla ape-
la para o seu auxilio material e
lhes fala ao seu coração de bons
Íilhos e amigos.

Estamos convencidos de que
a única razão impeditiva dessa

— realização é o facto de não ter

aparecido alguém de valor re-
presentativo com a influência
precisa para se fazer ourvir de
todos os patrícios, expondo-lhes
claramente e sem rodetios, a sé-
rie de benefícios que as suas ter-
ras e para elas próprios, em
comum, resultariam da organi-
xação da sua «Casa».

Vive, hoje, muita gente agar-
rada a certos preconceitos, que
não têm razão de existir e há .
um arraigado comcdismo que
entorpoce fóda a accão em prol

» da comunidade. Mas, mesmo as-

sim, nós queremos crer que bas-
tária alguém de certo valor to-
car o clarim a reitur, para que
surgissem, em fileiras compac-
tas, a mator parte dos paátriícios
residentes na capital, dispostos,
de alma e coração, a dar o seu
esfórco para elevar a sua região

(conclue na 4. página

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A Comarcea da Serta

COLÉGIO

” ARTIGO PE PAÁRMA = | –
COMPLETO 1

ESCOMVASCDIAS

ARAME DE AÇO
PARA CANTARIAS =
ETC.: & I

Sernaohel do BOmJard:m :

—DE,
a E o
gulfftecm,íno da Silva ôo[na&o

Espemahdade em VaSsouras e Escovas
de plassaba a

CURSOI LICRAL.
e 2º CICLos

ADMISSAO AOS LIGCEUS

D = Matnculas .a partir
: ‘—ALÍSBGA de 25 de Sªtembro
— : —l Mais informes:
: Dirigir-se à Direcção

: TtaVessa de. Campo de Ounque 45 :
T Telefone Chamada 61060 . –

|VAZ SERRA |

Representante na Serta — CAMILO DA SILVA

Vulcamzaâom

EM VAGÕES E A RETALHO
JSriunfonte = ACEITAM-SE
: encomendas para
E EXECUÇÃO
: COSTA MATEUS & IRMAO E $ . IME(PIATA :
— Executam todos os trabalhos de Vulcanização em Pneus , 2o preço
e Câmaras de ar, com a máxima regurança e rapidez TABELAM?EZ íec IAL
Golocam-se arames em pneus de todas_ E qualquer quanuãade

as marcas e medldas —— E

ENCARREGAMO-NOS DE RECAUCHUTAGEM —
Campo dos Mártires da Pátria, 113 Tel. 4 4588
o Ts1 sbOa : ‘

: , em sacos .-
Venda a retalho no

Armazém do fraplche
Costa & Silva

Largo do Carvão, 17-1. Telf. 49

AG DA FIGUEIAR

FIGUEIRA DA EFuZ

SECULO

al olrf

: c : mS e
LLRL LRLR S SStodte ôfeàêãfe%âêââ %Sí’ê%íoà% â%âí%âiêôêãfê &&a%%&%
A Companhia de Viação de Sernache, L.%, avisa o |

albalisthalhahalhaaoalhabslhalhailhaladlhalhalhala

Lisboa-Sertã de:

Lisboa-Sertã para:

A’lvaro —Ãos Domingos *

– EMISSÕES.DOS ESTADOS UNIDOS
“ EM LINGUA PORTUGUESÁ
(Recorte esta Tabela para referencia futura)

: :Horas

Estaçoes Ondas Est. Olndas’ Est. Ondas Est. Ondas
19,45: WRUS 9,8 WRUA 524 WGEA 25,3 WGEX 16,8
20,45 WRUS 19,8 WRUA 254 WGEA )5 3 WGEX 16,8
2[,45 WRUS. 1098 WRUA 254 WLWR 03 I
02,40 “WRUS 3o WRUA. 39,6 WLWR 23 1 WGEX 31,4
ssA (1/2 hora de programa especial) à : :
P= : —Por .êste Sé anuncia que no
2’3“45 -“*’WLW p51 W’GEX«V $4 dia 4 do próximo mês de No-

vembro, por 12 horas, à porta do
Tribunal Judicial desta comarca
se há-de proceder à arrematação

Mela hora de not coment e Música

24,45 WOOC 31m * : : WOOW 38,4 WGE)& 314
1,49 — WOOC.. 31[ WRUA. 39,6 WOOW 38,4

A «VGZ da AMERICA» em portugLee pode ser também escutada
—por intermédio da «B. B. C.>, das 19,45 às 20 horas.

É:m:!.ssões GAlãrins

OIÇA a VOZ da
AMERICAemMARCHA

A N A AA A A o AA o AÇ _._’-“T-—;”‘—ª-._’ : —_-—
ºJp?º.lltººJ&“J.qxªºjltººJlW[xº%gê%g?ºjltººjlkº%l?ºjí?ªjltº%akººJl?ºJIkº?íkººJ[kººííkººJlPºjlc’JJ;P ee

Antiga Relojoaria : : =
Jos6 Fernandes Gaseiro

— , Cardim
LUIZ INACIO PER? CARDIM

— Fazendas, Mercearias,
Vinhos e Miiidezas

seguir designados e pelo maior
“lanço que fôr oferecido acima
dos valores indicados,

N.º 1— Terra com castanhei-
“ros, mato e pinheiros, no sítio do
. Hervedal, limite das Pedras
Brancas, freguesia de Sobreira
Formosa, inscrita na matriz sob

Conservatória do Registo Pre
dial sob o número 30.357. Vai
pela primeira vez à praça, no va-
lor matricial de 1574%70,

N.º 2 — O direito e acção a
metade de uma terra de mato e
pinheiros, na Cór da Velha, limi-
te das Pedras Brancas, inscrita
na matriz sob o artigo 38,578 e

Predial sob o

gisto número
Relógios de parede e desperta-
dores. Consêrtos em ouro e pra–
><— .ta. Secção de óptica. —><

Lar—go«d;o Cnafar.iz — Sertã
Aproxima-se o Inverno!
Os fogões «ALASCA» asse-

guram o perfeito aquecimento dos
Vossós lares, Podem ver-se nesta

praça no valor matricial de
I47:084.

N.º 3— O direito e acção a
metade de uma terra com olivei-
ras, no sitio da Vergonte da l’a-
pada, limite das Pedras Brancas,

inscrita na matriz sob os amgos

Máquinas de costura em 2.º
mão maica «SINGER»

crita na Conservatória sob o nú-
mero 29.688. Vai pela primeira
vez à praça, no valor matrícial

PROENÇA-2-NOVA

Redacçao ALUGA-SEnum de 197327)[2.
— Quarto dos melhores N.º 4— O direito e acção a
Ag_entel na Sertã—EDUARDO pontos da Vila. Diz-se nesta Re — metade de uma terra de cultivo,
BARATA: dacção. no sitio da Barroca dos Abru-

: Olelros—Dlarla—excepto aos Dommgos

| A’Ilvaro – A’s Segundas-Feiras — –
Pedrógão Pequeno -A’s 2.*, 5. e Sábados
Proenca-a-Nova — AÀ’s Seguandas e Sextas

Oleiros — Diária — exepto aos DOmmgos

Pedrógão Pequeno —A’s 4.º, 6.” e Sábados
Proença-a-Nova—A’s Qumtas e Sábados

em hasta pública dos prédios a.

o artigo 38,7098 e descritas na

descrita na Conservatória do Re-.

29.689. Vai pela primeira vez à.

02465 1/2 € 0A857 1/> é des

Ex” Público que em 15 de Julho de 1943 começaram a vi-
gorar as seguintes carreiras: : ‘

Esta Companhia pede ao Ex.””º Público o favor de se fazer acompanhar de um nús
mero de volumes o menór posswel pela dxfxculdade em adqumr pneus

Anuncno

2º PUBLICAÇÃO

nheiros, limite das Pedras Bran:
“cas, inscrita na matriz sob os ar-

tigos 40.247, 1/2. é 40240, 1/2
e descrita na Conservatória sob o
número 29.687. Vai pela primei-
ra vez à praça no valor matri-
cial de 236$00

N.º 5— O direito e acção a

metade de uma terra de cultivo –

e videiras, no sitio da Batecova,
limite das Pedras Brancas, ins-
crita na “matriz sob os artigos
SS GÓ 1/2 e so.77, 1/2 e dc&
cr tta na Conservatória sob o nú-
mero 29.685. Vai pela primeira
Vez à praça, no valor mateiciul
de 59%I15.

N. 60 —O0Odireito é acção a
metade de uma terra com uma
oliveira, no sítio da Barroca,. lt
mite das Pedras Brancas, inscri-
ta na matriz sob & artigo
40 615, 1/2 e descrita na Conser-
vatória sob o número 29.684.
Vai pela primeira vez à praça,
no valor matricial de 197912

N.º 7— O direito e acção a
três mtavos de uma casa de ha-
bitação, no povo das Pedras

Brancãás, inscritas na matriz sob

o artiso 362, 3/8 e descrita na
Conservatória sob. o número
29.683. Vai pela primeira vez à
praça, No valor matríicial de
4483h0o.

Penhorados uos autos de exe-
cução Fiscal Administrativa, que
a Fazenda Nacional move contra
Jaime de Almeida, e mulher Ma-
ria da Conceição de Almeida, resi-
dentes na cidade do Rio de Janei-
ro. São por êstes citados quaisquer

Cas telo Branco-—Seria—Fzguezró
dos Vinhos-Coimbra:. |

A’s Têrças, Quintas e Sabados |

Ooimbra—Fzguezro dos Vinhos
Serta Castelo Branco:

A’s Segundas, Quartas eSextas * –

“l Serta- Oolmbra As3º
e volta) nêstes dias.

Secta—Caste!o Branco——Aos Sabados
GCastelo Branco-Sertã— A’ 2.º*Feiras

e dias 23 (ida e’_

AUEEA FEHREIHENSE

F. MOUGA & MOUGA.

llª Everard, 17 (ao lado da cígência
da (,ompanhza de Viação de Scrnache)

TOMAR

VINHOS TDITOS E BRANCOS –
DA REGIAQ DE ALMEIRIM –

; Vendas por grosso e a retalho

aos melhores preços. :

‘Tôda a espécie de bebidas nacio–

nais e estrangeiras..
Petiscos, sempre belos petiscos,

“servidos a fôda a hora em retis

ros cómodos e discretos.

‘Faça V. Ex* uma visita ao nosso es-.

tabelecimento e temos a certeza
de que ficará com as melhores
impressões, –
Divisa inalterável desta casa: ganhar
pouco para vender muito é do meíhor –

: que há no género da sua especialidade

Extintores de Incêndios “FAGTO”

Os que garantem seguros
. resultados

Podem ver-se nesta Redacção :
z Agente na Sertã :
““EDUARDO BARATA
tica de escntu-

Guarda-Livros _

cial, OFEERECE-SE, Diz-se nesta
Reda:ção.

com longa prá-

credores incertos para assistirem
à arrematação neste anunciada,

Sertá, 9 de Outubro de 1944.
Ver1f1que1

: O Juiz de Direito

Eduardo Muarques Coelkho

Correia Simões
O Chefe de Secção José Neves

 

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«Falar por falar»

Por Olavo d’Eça Leal—Par-
ceria. A., M. “Pereira— Lisboa

“Falar por falar, que o au-
tor sub-intitulou de Ensato de
teairo radiofónico, é um volume
de 263 páginas que encerra vá-

rios contos, em forma de diálo- –

do, Oos quais, destinando-se à
rádio-difusão, nem por isso per-
derâm à vivacidade e o inte-
rêsse que tiveram ao microfone.
Léem-se com muito prazer é,
no geral, têêm substância, ideias
e moralidade.

Em «nota do centro», Olavo
d’Eça Leal explica a razão do
“volume e diz «a literatura ra-
diofónica, lenha para queimar,
que arde e fica reduzida a cin-

zàs que nem para adubo ser- –

vem». Ora, isto não é verdade,
pelo menos enguanto se refeére
ao presente volume. E’ verdade
que não se trata duma obra
imortal, mas tem o valor sufi-
ciente para merecer a publici-
dade e despertar a atenção de
quem Iê,

” «Solar desabitado»

Por Augusto da Costa — Paree-
ria A. M. Pereira—Lisboa

— Augusto da Costa é um ro-

mancista que soube fazer-se
querido do público, sobretudo
com. a sua notável série de ro-
mances ÀAs Inocentes, Gralo dow
do e Solar desabitado, que dei-
xará iainuda matéria para a Ve
rónica. — —

– Os três primeiros romances
contam já várias edições de vá-
rios milhares de exemplares—o

que não é vulgar no meio lite-.

rário português, tão acanhado

e… tão mesquinho pelo que
tóca ao auxílio prestado poí so-

lertes potestados a tantos me-

diocres — — —

— Augusto. da Costa «criou»
uma extensa galeria de figuras,
umas de moralidade inconcussa,

outras de moralidade duvidosa,

e esforçou-se por pintar uma

época que parece ir já afasta-

da no Jdescer da encosta histó-
rica. :

E’ que o autor não fêz roman-
ce histórico — é bem de ver —
— mas fixou numa época as suas
histórias romanescas,. :

— No Solar Desabitado, Augus-
to da Costa fecha já a cúpula
do seu. edifício onde «seriam
menos as mulheres levianas se
não fôssem tantos os homens

indignos |» (págs. 163-16+). Esta

ligeira e despretenciosa crónica
refere-se já à 2,º edição da
obra, pena sendo que ao autor
destas linhas não seja dado
conhecer outras facêtas do au-
tor como novelista e satírico —
julgo—em Miquelina, Lélé, etc.,
pãra um estudo que prepara sô-
bre o romance actual.

. s sssEEntES
Imposto do Trabalho

Em 31 do corrente termina
O prazo para pagamento do im-
posto de trabalho, que se deve

efectuar nas tesourarias das:

câmaras municipais. –

Pólvoras para caça e minas –
Rastilho e artigos para caçadores
— CASA BEMJAMIM
RUA SERPA PINTO, 111 . TOMAR

Brevemente! .
Grande e linda Lexpósíçãa
da EAMTS AÀ marea
Samaritana.,

padrões exclusivo,
ao preço oficial,

50$00!!!
Rua Serpa Pinto, 32
a

A Comarca da Serta

pelo sr. eArnalido Leite (Rábula
desempenhada pelo actor Jfoa-
quim Prata, na revista «Ó meu
rico 5S. foão», no Teatro Varie-
dades ). : :

Mosquicida—(Entrando) Esta
já está-! E’ a 3755! Mais outra,
zás! E’ a .3756! Não se mexa,
não se mexa ! Pronto! 3757 !

Compere— VFadinho! Deu-lhe
p’ra boa!

Mosquicida—P’ra boa não!
Deu-me p’ra má ! GCaço môscas,
arrebento môscas, esborracho
môscas..,

. Compêre—-Mas você não era
da Protectora ?

Mosquicida — Era e sou! Os

. animais são como a gente! E’?

preciso lavá-los, acarinhá-los, es-
cová-los, esfolá-los, trincá-los e
amá-los !

Zacarias — Ora vá pentear
macacos !

Mosquicida — É vou sim se-
nhorj-A nossa obrigação é pen-
tear macacos, fazer a barba aos
Uursos e aparar os calos aos ele-
fantes !

Compêre — E
munN … :

Mosquicida—kEu cá sou inca-
paz de fazer mal a uma môsca!

Leitão—O’ seu grande aldra-
bão! Então. você diz que não
lhes faz mal e anda a matá-las ?

Mosquicida—Ando, sim, se-
nhor, porque assim morpediu a
Câmara de Cascais! Batalha às
môscas ! Guerra ás môscas | Pra-
ça da Liberdade às “môscas!!
Sou inimigo da môsca número
um! Cem por cento anti-mos-
quiteiro! Não se mexa! Quieti-
nho! Já está ! 37581 :

Zacarias — Mau! O’ amigo,
ohe que eu não quero abusos!

Mosquicida — As môscas é
que devem dizer umas para as
outras : «Uma vez a Cascais para
nunca mais !» :

Mosquicida — Lá em minha
casa está tudo em pé de guerra |
A sogra, .a mulher, os cunhados,
andam todos numa labutat Até
os filhos da criada já matam

olhou para

môscas ! Com paus, com vassou- .

ras, com bengalas… Ah,Yrapa-
zes! Já matámos 3.000 môscas,
dois espelhos, cem varejeiras,
quatro terrinas, quinhentos: mos-
quitos, três jarras e dois lavató-
rios ! :

Zacarias — Só escapou à mé-
sa de cabeceira e o inquilino!

Mosquicida — Quietinho!

Quietinho! Não se mexa! Pron-
tol R LD 325091

— Compêre— Nada de brinca:
deiras! Não vale cascar, ouviu?

Mosquicida -— Vale cascar,
vale Cascais, vale tudo ! :
Leitão — Ai vale? Então

toma (dá-lhe um murro nos quei-
xos) Pronto ! 37601

Biblioteca Popular da Seríã

Crónica publitifír – 0 WOSQUICIDA Breves..

No meu peito anda o ciúme
como lume

À queimar-me o coração.

E contudo het-de sorrir,
a fingir,

À esconder a inquietação…

Custa muito amar-te assim,
que no fim :
Déste amor só colho abrolhos.
Vou calar a minha alma
que se acalma.
Na luz pura dos feus olhos…

H

Não quero pensar em fl…
se fe vi
Logo vi o sofrimento…

ÀA loucura do meu mal

nada val
E eu nem sei doutro tormento…

Cante embora a natureza
que a tristeza

Veste a minha mocidade-

Amor que assim faz sofrer,
que me fer:

Não é amor… é crueldade!

11

Nunca mais te quero bem,
nem também,
Quero ver-te. Hei-de firar-te
Do fundo do coração
sem paixão
Mas desejo de olvidar-te.

… E depoís pesso sorrir
sem Írair

O mêdo de te perder.

Ninguém pode adivinhar

Que só por fanto te amar

Acabei por te esquecer!…

Gastanheira de Pêra — 1944

MARIA DA SAUDADE

Mosquicida-— O brigado! Mas,
diga-me cá..,. Era môsca?

Compere — Era e é| Então o
que é que você traz ‘aílno queixo ?

Mosquicida — Ah, mas é ou-
tra espécie moscal. Não” é “môs-
ca-môsca, é môsca-pêlo, é môsca
nata neste sitio.

Zacarias — Mas é môsca.

Mosquicida — 3 Tem razão!
Vou rapá-la! Abaixo a môsca!
Não se cubra ! Não se mexa ! Já
c estál 3701! Viva a Câmara
de Gascais! Morram*as môscas !
Abaixo a môscal (sai),

(De «Móscas e Mosquitos»
Campanha da Câmara
Municipal de Cascais)

À Redacção de «A Comarca
da Sertã» pôs já à disposição da
«Biblioteca Popular da Sertãy as
seguintes obras literárias, de que
lhe faz entrega gratuíta: «Cora.
ção altivo», de Helena de Ara-
gão; «Chiang Kai Shec ;» «Galo
doido», de Augusto da Costa;

— «<O país e o povo romeno»; «Con-

tos búlgaros»; «A cantadeira»,
de Bento Moreno; «Contos chi-
neses», «Deus não dorme», de
Suzanne Chantal; «Assuntos re-
gionais», de Jorge Vernex: «À
Polónia bate-se»: cA bordo do
navio chefe», de Mauríciode Oli-
veira; «O Japão visto por um
francês»; «As minhas memorias»;
de Winston Churchill; cAmores
€ viagens de Pedro Manueb, de
Joaquim Paço de Arcos; «Há
quem se esqueça de viver», de
E. Correia de Matos ; «Uma his-
tória da Província», de João
Gaspar Simões; «Falar por fa-
lar», de Olavo d’Eça Leal ; «Ain-
da há estrêlas no ceu», de Luiz
Forjais Trigueiros ; «O solar de-
sabitado», de Augusto da Costa;
«A batalha continua», de Mauri-

cio de Oliveira; «Do diário de
José Maria», de Ramada Curto;

«A herdade dos Castros e calca-
—nhar do mundo», de Virgilio Go-

dinho; «Mussolini», de Giorgio
Pini; «O orgulho de Felícia», de
Condessa de Sêgur; «Dize tu,
direi eu», de Oliveira Guimarãis;
«Etnografia da Beira», 1.º a 6.º
volumes, de dr. Jaime Lopes
Dias ; «Olivença», de Matos Se-
queira e Rocha Júnior; «Ausên-
cia» (poesias), de João Frade
Correia; c«Aliança Inglesa», de
Armando Marques Guedes ; «Re-
volta» (novelas), de Luiz de Qua-
dros ; «O castigo corporal peran-
te a Pedagogia e o direito portu-
guês», «Enfermaria, prisão e ca-
sa mortuária», de Domingos Mon.
teiro ; «Não há amor como o pri-
meiro», de Fernanda de Mates
Silva ; «Pasteur»; «A expansão
da té na África e no Brasib, 1.º
volume, de P. António Lourenço
Farinha ; «Toulon», de Maurício
de Oliveira.

Qualquer dêstes livros pode
já ser requisitado, para leitura,
por quem o desejar.

À Corporação
dos Bombeiros

vai ter, dentro em breve,
O seu estandarte ?

Há patrícios que nunca es-
quecem tudo o que de bom e
útil existe na sua terra e êsse
carinho parece recrudescer na
ausência, mesmo quando os im-
perativos da vida impõem fadi-
gas constantes, que é preciso

. suportar com ânimo, serena-

mente, na esperança dum me-
lhor futuro.
José Miranda foi para Fer-

— nando Pó e em tôdas as cartas

que nos escreve fala-nos da
Sertã, com carinho e entusias-
mo, com um interêsse pelas
coisas mais belas que ela pos-
sue, provando que a sua alma
ficou prêsa a elas, como se fi-
zesse parte do seu próprio ser.
Outros, que não nós, se impres-

: sionariam com essas cartas se

lessem; mas nós recebemos
muitas do mesmo género, en-

“ viadas por patrícios espalhados

pelas sete partidas do Mundo.
Isto não quere dizer que não
as tomemos no devido valor.
Pelo contrário, procuramos des-
tacá-las, publicando-as, sempre
que o niereçam, para que essas
palavras de ternura e devoção
incitem outros patrícios a tomar
na devida conta tudo o que,
por qualquer modo, eleva o
nome da nossa terra,

Diz-nos José Miranda, em
carta recebida em 18 do cor-
rente:

«Então como foram as fes-
tas dos nossos bombeiros? O
que interessa é o fim, E’ possí-
vel que tenhas tirado algumas
fotografias do cortejo-e das
barracas ; agradeço que me
mandes uma de cada. Sabes
quem foi o anónimo dos 5.000
réis em ouro?

Já tenho algumas promessas
de dinheiro para adquirir um
estandarte; logo que seja possí-
vel a transferência livre, pois
creio que estão os meios ofi-
ciais tratando do caso, recebe-
rei e enviarei para se mandar
fazer um em bom, enviando ao
mesmo tempo a relação das
pessoas que contribuíram, para
puúblicares na «Comarca» e ao
mesmo tempo, se assim o en-
tenderem, a Direcção agrade-
cer. Pesetas para mil e tal es-

cudos já tenho prometidas e

garantidas ; querendo, podes
anunciar tal, pois de qualquer
maneira se há-de conseguir a
transferência ; se não fôr livre,
pedirei a um amigo que das
suas divisas me coadjuve».

Se alguém tiver e nos quiser
ceder algumas fotografias do
cortejo e das barracas, para en-
viarmos ao nosso amigo José
Miranda, muito lho agradece-
mos, visto que, nessa altura,
por falta de películas adequa-
das, não tivemos possibilidades
de as tirar.

Espingardas para caça
CHEGOU NOVA REMESSA
—à CASA BENJAMIM

Rua Serpa Pinto, t11— TOMAR

2. Encorporação
de Reerutas

A encorporação dos mance-
bos recenceados em 1943 e des-

tinados ao 2.º turno, deve rea-.

lizar-se de 3 a 5 de Novembro

e de 15 a 17 de Dezembro pró- .

ximos, conforme consta das re-
lações mandadas já afixar nos
logares públicos do costume
das freguesias por onde os man-
cebos foram recenseados.

Êste número foi visado pe- –

la Comissão de Censura de
Ca:telo Branco.

DS TumBrimenos

ao novo Governador
Civil do Distrito

A população do distrito de
Castelo Branco, por intermédio
dos seus representantes oficiais,
apresentou cumprimentos,. no
passado dia 18, ao novo Gover-
nador Civil do Distrito, sr, dr.
Antão Santos da Cunha.

Esse acio não foi uma sim-
ples formalidade Dburocrática,
antes se traduziu numa home-
nagem eloqgilente e expressiva
aos dotes que exornam o novo
magistrado administrativo e nu-
ma manifestação de simpatia
ao Govêrno da Nação,

O coração do bom povo
dêste distrito estava presente
nessa parada de devoção pa-
triótica, batendo unisono por
um só ideal: o engrandecimen=-
to pátrio.

Damos a palavra ao nosso
confrade «Beira-Baixa», de Cas-
telo Branco, transcrevendo a
introdução da extensa notícia
da homenagem tributada com
tanta singeleza e sinceridade ao
sr. Governador Civil:

«Uma linda parada naciona-
lista teve lugar no passado dia

– 18, quando o sr. dr. Antão San- –

tos da Cunha, recebeu, no Sa–
lão Nobre dos Paços do Con-
celho, os cumprimentos da po-
pulação do nosso distrito. De
Belmonte a Vila de Rei, de Ida-
nha-a-Nova a Oleiros, de todos
os lados acorreu gente pressu-
rosamente e da melhor para.
saiidar com sincera satisfação o
novo Magistrado que S. Ex.º o
Sr. Ministro do Interior, em boa

“hora, nomeou para presidir aos

destinos do nosso distrito, As
boas-vindas —fôram-lhe dadas
pelo sorriso alegre do povo tra-.
balhador e pelas palavras bem .
sentidas dos oradores e não
foram esquecidos os nomes dos
grandes obreiros da Revolução
Nacional — Carmona e Salazar.

O vasto Salão da Câmara
Municípal e as salas adjacentes
encontravam – se totalmente
cheias de nacionalistas — muli-
tidão constituída pelos Presi-
dentes e Vereadores das Câma-
ras Municipais, pelos Directo-
res dos Grémios, Sindicatos e
Casas do Povo, por gente das
profissões liberais — médicos,
advogados e engenheiros, petos
representantes da Lavoura, por”
muitos trabalhadores do Comér- .
cio, da Indústria, por deputados
à Assembleia Nacional e por.
Procuradores à Câmara Corpo-
rativa. : :

O Salão Nobre estava ofna-
mentado sobriamente com fes-.
tões de louro, estandarte e plan-.
tas decorativas num belo con-
junto de solenidade elegante,
Sôbre a mesa duas jarras de
dálias sôbre folhagem de oli-
veira a simbolizar a Paz.

A chegada do novo Gover-
nador Civil subiu na alriça cen-
tral do edifício o pavilhão mu-
nicipal. Cá fora junto à escada-
ria era S., Ex.º esperado pelo
Presidente e Vereadores da Càâ-
mara, os Bombeiros Voluntá-
rios do Fundão, com estandar-
te, fizeram, sentilimente, a dguar-
da de honra». :

Para uma <«toilette»

distinta ? /
Simples para de manhã,
Distinto para a tarde,
«Chic» para a noite
Prático para <«sport»

só na CASA
Samaritana!
Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR &tOMAR

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…

.a lâpis

(Conclusão da r.ºpágina).

às culminâncias do Progresso a

que sincera e ardentemente aspi-

ra, animados por um ideal que

excede o simples sentimento re-
gionalista para se guindar ao .

plano do amor da Pátria.
FaiRoo -‘“3&?’

Úilúãtie Ministro da lfduca—
/. ção

dr, Caeiro da Mafa, en-

viou para o «Diário do Govér-

no», o decreto, duma imporlán-
em excepczonal .que estabelece
as provas orais nos exames de
admissão ao liceu-e as restabele-

ce nos exames liceais, revogando

o regime de anonimato, que o
decreto de agora classifica, mui-
to justamente, de «Regime de ex-
cepção, que não prestzgza os ser
viços do Estado».

“O novo decreto deve ter cau-
sado a melhor impressão no. es-
pírito do público, sobretudo dos

estudantes brzosos, que até ago-.

ra piam o seu futuro comprome-
tido. por. uma classificação fmal

que nem sempre correspondza 4o.

valor dos seus mérites, já que,

excluzda a prova oral, lhes era.

.vedado o meio mais seguro e
evidente de comprovar as Suas
habilitações, e dos país,

sacrificando-se pelos filhos sem a
garantia duma. possíivel aprova-

£ão nos seus exames quando as’

notas de freqitência eram intei-
ramente Savoráveis,

A volta dêste complexo. ei-.

magno assunto gastaram-se rios
de tínta; não houve catedrático
ou. szmples professor do liceu
que não se ocupasse déle, conde-
nando o sistema por anti-peda-
gógico, apresentando a série de
Braves inconvententes que resul-
tavam do uso exclusivo de pon-
tos escritos ; e todos pela INesmna

voz, afzrmavam ser injusto o re-.
gime de anonimato, que punha.

em cheque tóda uma classe de
fanczonarws

Com todos os seus inconve-
m’enies,,o’ exame tem de facili-.
tar, dentro do possível, a de–

monstração de conhecimentos ge-
rais; e esta é mnais fácil fazéla
Ppela prova oral do que escrita.

205

Q UANDO passaremos a te
luz a horas conventientes,

deixando de sofrer osabor-
— recimentos duma interrupção do
trabalho, que temos enire mãos,
até que a electricidade apareça,
quando já é noite escura ?
Fazemos esta pregunta, con-

tinuamente e sempre, até que nos –

déem uma resposta.

SM 2
NW S

Z TM peralta Úsava na grava-
ta um alfinete represen-

tando a cabecinha de um

burro’,.primorosamente modelada,
obra mesino artística, Encontra
um amigo no «Colete Encarna-
do» — o melhor retiro cá da
Sertã, com o qual esteve de con-
versa,

A certa altura,
alfinete e diz-lhe :

— Tens um Bonito alfinete,
palavra de honra/ E o teu re-
trato? :

éste nota o

Nacional, sr. prof.

que vi-
viam numa permanente tortura,

D ontarnda

AGENDA

— Encontram-se na Sertá a
* D. Guilhermina L. Portugal
Durão, de Lisboa e o sr. Adolfo

Cerveira da Costa, espôsa e fi-;

lho, do Pôrto.

— Tem estado em serviço de
policiamento no distrito o nosso
patrício: sr.. Anibal I*arinha, ; de
Lisboa,,

—— Esteve em Lisboa o sr.’

Antônio Barata e S1lva

j — Sairam : para Faro, 2 .me- ..
nina Maria Delfina Barata ; para,
Lisboa, o sr. Artur Ribeiro Toss

pes e para o Carvoeiro, o sr, dr,

“Casamento
No pretér.ito’ dia 12, efectuou-
-se, na freguesia de Santo Agos-

tinho, da vila de Moura, o enlace
do sr. António Rafael Baptista,

Pedro de Matos Neves e família,:

empregado da Agência do Banco

: Espirito Santo, naquela vila, na-

tural do Bailão, freguesia do Ca-
beçudo, . dêste concelho, com a

* D. Elisa Conceição Valente,
filha do sr. Joaquim António Va-
lente e da sr.º D. Maria Patáca

Valente, proprietários na referida .

vila de Moura. o

“Fôram padrmhos por parte
do. noivo, os. srs. José Miguel
Farinha e José Miguel Cortez e,
por parte da noiva, o sr. Marce-

lino Sameiro esespôsa, sr.º Di”

Albertina Pataca Sameiro.

Depois do enlace foi oferecr-
do, em casa.dos pais da noiva,
um copo de água, a que assistiu
o Rev. Prior Correia, Foram ofe-
recidas aos noivos muxtas e va-
liosas prendas.

Na igreja matriz desta “vila
celebrou=-se, no pretérito dia 1I7,
o enlace/matrimonial de «Mride-
moiseller Maria Emilia Barata,
gentil e prendada filha da sr.º

D. Maria Cândida Barata e do|

sr. José da Glória Lopes Barata,
já falecido, come o nosso amigo
sr José Farinha, simpático e ac-

tivo comerciante da nossa praça,’
sócio da firma Henrique Pires dc’

Moura, Suc., Ltds.
Foram padrinhos :
da’ nolva, A sc

Baptista,/pároco desta Írêguesia,

por parte.
D. Maria José .
Correia e Silva e o Rev. P. José

e, por parte do noivo, a sr. D*

Laura Morais Carneiro: de Mou-
“ra-e:o srº Dr. EGarlos Martins;

advogado nesta comarca.
Em casa da mãi da noiva foi
servido. um magnífico copo : de

água, retirando, depois, os noi-.

vos, em viagem “de núpcias, para
o Luso, Buçaco e’norte do País.
Na corbelha viam-se lmdas € va-
liosas prendas.

Aos novos casais deseja «Ã
Comarca da Sertã» tôdas as feli-
cidades de que são dignos pelas
suas qualidades de carácter e
coração, ‘

— Não é. Éste alfinete tem
uma historia. Era de meu par. E
éle, em vida, pelo merecimento
que tinha éêste objecto,
ceu-mo !

— Mas onde está o mereci-

mento ?
— E que é fezto de vidro

igual ao dos espelhos,
20&
UANDO deixarão os gran-
des diários de se ocupar,

em longos relatos, de tan-
tas mazelas e misérias humanas,

— como são as cenas de ciúmes, ao

ponto de dissecarem tódá a vida
particular, expondo à doentia
curiosidade pública, sem robucço
e pudor, cenas vergonhosas, que
apenas deviam ser conhecidas da-
quelas que tem a infelicidade de

– Ihes sofrer as consegiiências ?

A Imprensa tem uma nissão

. muito mais alta e nobre a cum-

prir; e ela não se. coaduna com
a exteriorização dessas badixe-

Ras!

ofere-

&

Necrologia —
D. Gonceição’ da Silva =
Baptista

Faleceu, na 6.º feira da pre-
térita .semana, nesta vila, a sr.º
D. Conceição da Silva Baptista,
solteira, de 79 anos de idade,
natural ‘da aldela do PêsO, conce-
lho de Vila de Rei, que, na Ser-

tã, pode. dizer-se, iníciou a sua”

carreira de professora de instru-
ção primária, pois para. aqui vêeilo
aos 18 anos, exercendo-a durante

40 anos com a mais alta compe-.

tência e dignidade, ensinando e
educando algumas gerações de
meninas, que lhe ficaram” deven-
do não só o ensino mas uma só-
lida formação moral.

Tôdas as suas discípulas, e
foram centenas, fregqientavam a
escola com alegria, saiam dela
com amarga tristeza e ficavam
tributando à excelsa professora,

pela vida fora, uma afeição ver-.

filial,

dadeiramente correspon-

dendo à estima que a sua mes-.
tra lhe dedicara durante todo o

período escolar.
Quando da aposentaçao da
Sr.º D. Conceição Baptista, há

cêrca de 20 anos, as aántigas dis-,

cipulas tributaram-lhe uma ho-

menagem de respeito e carinho,.

que evidenciou a profunda e sin-
cera afeição que ligava as alunas
à professora amiga.

A Sr.º D. Conceição Baptlsta
pertencia àquela ge-ação de. pro-
fessores em que o desempenho

da funcão era um Verdadelro sa- .
cerdócio, porque não se era sim–

plesmente funcionário cumpridor

e mestre exxgente mas CdUCãdOf”

e pai afeiçoado, unindo-se, pro-
fessores e alunos para sempre,

pelos laços indissolúveis de uma”

verdadeira e sincera estima.

A extinta.era tia das srº* D.’

Maria de Jesus Baptista, de’S.
Martinho do Pôrto, D. Lucinda e
D. Laura da Silva Baptista, do
Tojal, D. Vn’gxrua da Silva Bap-
tista, espôsa do sr. António À.
Lopes Manso, da Sertã, D. Lidia
Baptista Manso, da Serta, D. Lu-
cília Bapmta Manso da Gama
Vieira, espôsa do sr. engenhelro
dr. Alexandre A. da Gama Vieri-
ra, de Cotmbra, do Rev. P. Má-
rio da Silva Baptista, do Tojal,
do Rev. P. José Baptista, Vigá-
rio desta freguesia e do sr. An-
tónio Baptista Manso, de Coim-
bra,

O funeral efectuou-se no dia

imediato, de manhã, nêle se en-

corporando os alunos das escoias
locais e da Codeceira com os seus
professores, um numeroso .grupo
de senhoras, muitas pessoas de

tôdas as categorlas sociais e a

Filarmónica Sertaginense.

A’ familia enlutada apresen-*

tamos os, nossos sentidos pêsa-
mes. :

al MHREEM DH GUERRA

da -Sertã

Uma cartia

do sr. Dr. Carlos Martins,
ex-Presidente da Câmara
Municipal dêste Concelho

… Sr. Director do jornal
«A Comarca da Sertãr — Quero

agradecer a V… algumas pa- :

lavras amigas, a meu respeito,
publlcadas no seu conceituado
semanário, uo último núnmiero, e

aprovelto o ensejo para de ma-
neira especial tributar a V…

os meus agradecimentos pelo

concurso que êsse jornal deu

às duas Vereações a que preê-

sidi.
Boa ou má a mmha acção

polmco -administrativa findou, e,

sem procurar descer a porme-
nores, quero recordar um pas-
so do meu Relatório, lido em
sessão do Conselho Mumctpal
de 4 de Setembro último, o

. derradeiro acto da minha acti-

vidade administrativa:

« -. «Ninguém tenha a pre-
tensão de administrar a conten-
to de todos».

o

Também quero salientar ou:
tro passo, êste da carta de des-
pedida, dirigida aos meus ilus-
tres Colegas na Câmara : —

“.. «No que me respeita,
não posso ocultar que a minha

acção, igual para todos, (den-

tro da justiça, sem atender à di-
versidade de pensares) foi ex-
traordinâriamente facilitada pe-
la leal e incessante cooperação
de todos ós Senhores Vereado-

res que comigo partllharam das
responsabilidades na Adminis- –

tração, nas duas Vereaçoes a
que presidi, Para todos vaio
preito da minha gratidão, e a
afirmação insofismável de que
nada poderia ter feito de útil
se me faltasse o seu concurso»,

E

Por último, releve-me V..,,

Sr. Director, transcrever uma

passagem do ofício que em 19

de Setembro último dirigi, ao
Ex.Ӽ. Sr. Governador GCivil,
com o requerimento a pedlr a
minha demissão:

« «. «Uma longa expenencta
de mais de seis anos ensinou-
me que o Presidente da Câma-
ra, sobretudo nos concelhos
rurais, nada pode fazer de pro-
veitoso se não tiver a acompa-
nhá-lo a boa vontade e o apoio
decidido do. seu Governador
Civil. Sob êste aspecto, o con-
celho da Sertã fica constituído
para com V. Ex.º numa grande
dívida de gratidão, pois se mais
obras se não fizeram (nas mi-

W. ;%M&;_x’

ERETERÇEE? U
E

Um prisioneiro alemão, capturado pelos americanos
em St. Lo. quando dos ferríveis combates que ali
sSe feriram, aguarda transporte para um campo

de pristoneiros em Inglaterra.

nhas duas gerências), foi por-
que as circunstâncias financel:
ras do Municxpío não nos per-
mitiram ir mais além… Basta–
rá recordar que a este Munici-
pio foram concedilas, nos últi-
mos anos, várias compartlcipa.
ções que não puderam aínda
ser utilizadas por causa das
obras de vulto em curso»,. :

A Justiça fica dest’arte mais —
bem servida, toca a quem de

– direito

= ll — :

E; para evitar. que aqul ou
além possam ser desfigurados .
os factos, recordo ainda que no
requerimento dirigido à S., Ex.º
o Ministro do Interior, em 1%
de Setembro, a pedir a demis=–.
são, escrevi:

«Só’ a necessidade de des-
cansar é retemperar a saúde é
a razão determinante da minha.
decisão, que foi acordada com
o Ex.** Governador Civil dêste.
distrito em Julho último»,—mui-.
to antes da modificação gover-.
namental, facto que, aliás, é do .
conhecimento de V…, sr. Di-
rector.

Com os meus melhores cum-
primentos, subscrevo-me .

De V…, ete.

CARLOS MARTINS

Professor diplomado

de ensino primário, aceita alunos
para instrução primária. e admis-
( ‘ são aos liceus. :
Dxz-se nesta Redacção

====I=

BOAS VINDAS. .

Vindos do Congo Belga no
paquete «Serpa Pinto»,. encon-.
tram se no Pampilhal, com sua
família, o sr. António Joaquim
da Sxlva sócio da firma comer-.
cial A, J. Silva & C.º, de Lisala-
=-Businga, e na Calvana, o sr.
Joaquim Martins, também comer-
ciante naquela colónia.

Apresentamos-lhes os nossos
cumprimentos de boas-vindas e
folgamos saber que se encontram
de saúde. :

Feira dos Santos

EM OLEIROS : :
Realiza-se em Oleiros, no dia

1: de Novembro, a grande e tradi-

cional Fexra dos Santos.

 

Visita Tomar?

Não se esqueça de visítar a
CASA BENJAMIM
Rua Serpa Pinto, 111 – Tomar
onde tem à venda muitos

artigos que lhe podem
interessar.

5— m—
“EXAME

Ficou aprovada no exame.
para regente de postos escola- –
res a sr.º D. Illda Leitão, da
Codeceira (Sertã).

Os nossos parabéns.

 

Dia de finados

No dia 2 de Novembro, con–
sagrado aos Fiéis Defunto, have-
rá Ofício das Almas e Sermao,
na igreja matriz e missas nalgu-
mas capelas.

Duraute o dia, como é costu=”
me, muita gente visitará o cemi-
tério, depondo flôres nas campas .
e orando pelos seus mortos,

 

MEIAS!!!
Meias!!! Mesas!!l
Marcas novas e exyclus»ivías
da «Samal_-lt._a’.nva» que
oferece como brinde ás Ex.**s

clientes a “reparação gratuíta» |
de apanhar as malhas caidas

Rua Serpa Pinto, 32 .. TOMAR 34