A Comarca da Sertã nº359 02-10-1943

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sw FUNDADORES

= Dr josé Curlos Ehrhards
Dr. Angelo Henriquos Vidigal
antónio Barata a Gilgm
José Baruta Corrka e Silva |
Edunrtdo Baráita da Silva Corrãa

Dr.

Etuirdo

Et E rg

DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO
2] — Ve
Barata da Situ Correia
RRDADÇÃOE ADMINISTRAÇÃO —-

RUA SERPA PINTO – SERTÃ

dm pf

“AR ENCADO

PUBGICA-SE AOS

SÉBADOS

ANO VIII
=. 359

Hebdomadário regionalista, independente,
ema Prganga-a=Ngva 8 Vila de Rei, e freguesias de Amêndoa q Cardigos (do conçelho da Mação) =

A Fiat ar

ofensor dos

Comarca

eta

ja Sertã:

concelhos da Seria, Olgir

Compósto e jm
presso nar
Chficêros. Cráficas
da Ribeira do Pe
cea Linitado o:

CASTANHEIRA
DE PERA

en

Tetafona LE

El ar mo E
O on E ea

OUTUBRO
1943

is,

E AS cotas são necesiirias
-* mina serenidade que se ride
Perca e uma firmeza qué te não

“mbalo,

Se mão temos no presente us
perigosos dererer da guerra, té:
mos deveres de paz ndo menos
drduos o cumprir.

+» fhrei mesmo, haver obriga
ções que são ais, dificeis: na
Paz, sem a excitação e a emmbria-
mer das batalhas, e uma delas
de estar sempre pronto, pro
to a cumprir, o que pode querer
crEr:= = DEODIO a PNOFrer, os

A honra a digudade, a inde-
Peudência não se meantemo por
PRETO. PrÉÇo.

o Amaledicência é a falsifica-

são de crítica e do resto. juizo

dus homens é des coisas: o der-
iPoltanetre culpados cobardes..

SALAZAR
ao

URCA dulou mais
una reg na Câmara dos
Comuns, pastando em exame os
“Fages mais importantes da guer-
va desde a campasho do Norte
de Africa, O sem discurso pro-
duçin grande sensação e for ou-
E sido mu ido por indus aquéles
desejam ter conhecimento
Exu da
cpettito, –

O vPremiero é um grande

orador. Tem o dom da palavra,
“elegância e clareqa ds estilo,

us maravilha pelos conceitos e
deduções e a que não pura certo
gabar a donorismo. Os seus dis-
Cursos não apresentam fFaqes
empoladas nem excessivo apl
misamo, Jolvez porque, sendo fo-
mem de accdo, sobre quem re-
caem as pesados responsabilida-
des de gorérno, entende que é seu
dever suboredind-los ao paroreda-
dino dus jacios, para que o po-
ro do Imgório britânico não aca-
– Tente a esperanca duma vitória

Fácil, mms antes se conrenca de
que ela não pode ser conseguida
sem grandes sacrificias.

As suas palavras de agora
revelam a posição favordral dps
Aliados perante o adversario,
mas aublinia que o futuro está
sujeito wu duras lulas, que para
se. pencerem, demandam q conju-
gação perfeita de esforços mau
ÊMPrTEs & DAS 2 MURO fe toques
brantárel na vitória :

Constituem Os principais de-
mas dejsua notável oração:
campanha do Norte de pps
a iurasão e a luta da Júlia, ns
peripécias quê precederam ese
seguiram à rendição déste pais,
o aumento progressivo dos ata-
guardo Ro A Fe da aviação
à edlemanha e erritórios dem
pados, as rifúrias a leste, a sem
sivel aiminuição dos efeitos de
da. guerra submarina é a nova e
crestento actividade da luta con-
ira o Japão-

situação actual do

LIPERACURA.

‘AHerdade dos Castros’

Pur Vergílio Godinho

(Excerpto do Hit Capítulo)

% LMOÇO engolido a correr.as festas co-
JEM meçaram por maré do meio-dia.

Primeiro, deu entrada na Herdade,

com forte rumor, à duo musical mais patusco
do orbe. Gaiteiro e tamborileiro atamados,
os mais peritos nos toques respectivos, eram
certos em festins ou romarias, eleitos pela
excelência dos serviços. Perpretaram às pri-
meiras solias em iréente do palácio por de
usança as primícias musicais caberem a-julz
ou maioral. Em seguida, iniciarant q ronda Ã
parte urbaya da Herdade,

Não tardou se vissem escoltados por far-
ta cachopada jubilosa, a soltar uivos de pra-
£er ante as caretas super-cómicas do gaiteiro
e às momices siímiescas do tambor. Eram pân-
degos de truz os musicantes,

Malvas—o da vaita, caraça de lua, sem .

um pêlo nos corutos, ao soprar o canudo para
encher o fole do vento, de tal modo inflava
as bochechas « esbugalhava os olhos que a
todo q instante se esperava estoirasse como
um balão. Fole atochado, retirava os lábios

“do bocal, e sempre a mexer os dedos ágeis

cousoarite as exigências da mazurca, ja espa-
lhando em volla as graças mais absurdas ol!
dirigia ao camarada. os mais estranhos esti-
mulos, tudo prosa de lazer as pedras reben-
tar com riso.

Não lhe era sómenos o parceiro, Duro
de apslido. O instrumento em que batia com
Tutor crescente, mau grado o seu meio metro
de cachaço, mal se aglientava escorteito em
tão árduo serviço. As mãos do rulador, ne-
gras como breu, terminavam em dedos re-
curvos, semelhantes a dentes de iorquilha.
Néêles sustinha 0 mestre com vigor as baque-
tas ceríleas, talhadas decerto em caules de
choupo, tal o tamanho. A’geis, mau grado a
corpolência, as baquetas bailavam loucamen-
te sôbre as peles castigadas, fusças, º arran-
cavam lhes ora roncos irados ora queixas
Rm entes. Ao tempo que massacrava as pe-
es, Duro revolvia os olhos e contorcia os lá-
bios: de tal arte que infundia mêdo e suscita-
va O riso ao ntesmo tempo.

A algazarra dos catraios em tôrno dos gp-

“tistas era de molde a atordoar os surdos.
«Cirtitava-se:

= tio Malvas, assopre lá isso, olhe gue
se lhe acaba o vento! ,. bp

Maivas. inquieto, deitava os nlhos ao so-

vaço esquerdo onde suslinha os foles, e do
ver que à aviso era maidoso simulava enfure-
cer-se é punha-se a correr sóbre os brincan-
tes. Por sta vez, refartos de saberem lhe as
manhas, os garotos fingiam susto c espalha.
vai-se, rúmorosos e felizes, em todos os sen
tidos. Não passava disto, 0 ronflito. Em bre-
ve manos de novo, gaiteiros e mocitos acama-
radavam ruas fora, atraindo às portas e jane-
las as carinhas bonitas das môças e os jaça-
nhudos bigodes paternos. É

“arrastavam um por um à sua roda, peitos em

= tio Duro, bata mais rijo . Demode
tambor, ninguém o ouve!., —-mofou alguém.
Graça pesada, esta, para o sensível Duro.
Entiado, medonho, olhos gigantes como esfe-

ras de rolêta, um esgare arrepiante nos lábios

a lembrar o dos asnos ciosos, o tamborileiro
empunhou com raiva as baquetas e espancou
duramente as tristes peles. Fez tal arruído
que logroi cobrir as vaias da turba e os pe-
regrinos guinchos da gaita parceiral, Desespe-
tado por sua vez, mal ferido nos seus brios
artisticos, o Malvas debalde berrava 20 com»
panheiro se acomodasse. Por fim, jogou-lhe
pontapé velho às canelas, e, cêna freqiiente, os
dois acabaram por engalfinhar se.
cra de morrer vê-los trocarem sõcos e injúrias,
sem que, mercê dos sobejos do vento armaze-
nado, a gaita deixasse de ganir a mesma nota
estrídula, trágica, qual semido de gato enfrio-
rado, Separados a custo, os dois compadres
permutaram ainda alguns prenomes. Não tar-
dou, porém, que, emparceirados e amigos, vol-
lassem a desfiar à compita o consabido reper-
tório de chistes. Riram com êles novos é ve-
lhos, por hm já tôda a Ferdade na rua a cor
tejar Os gaíleiros s a gozar o dig capitoso.

Confraternizava se, esquecidos os peque-.

nos dissídios e impossíveis os grandes ranco-
res. As raparigas sorriam como sóis aos gru-
pos moços que as toscavam de longe. E assim
como o iraco imã atrai o forte ferro, assim os

transe, sangues a ferver.

Os velhos sentiam-se voltar aos áureos
tempos, aliviados de anos e dando barata a
própria experiência, Asseados, risonhos, com
um lustro novo nas rugosas faces, incarnavam
em despique a saúdáve! alegria de viver.

Terminada a ronda, gaiteiros é escolta de
novo comiluíram aos paços condais. Ali, a
multidão abriu alas à esperou respeitoso os

seus senhores,

РṆo tardou que, de ṃos dadas, venturo-
sos, 08 condes de Castro se mostrassem ao
povo, com basto séquito, entre a larga porta
de carvalho velho. Só laltava a veneranda du-
queza, impedida por anos « achaques de par-
tilhar das diversões do dia. Lá vinha Diogo
Moniz, jubiioso, remoçado, pelo formoso bra-
ço da nora. A seguir o rosto sério de Gon-

galo é O buço gaiato e refilão de Cesar, sem- |

pre juntos, sempre. amigos, intelizências e
feirios complementares Não faltava c velho
médico, sogro de Gonçalo, personificação do
optimo, com o ar distraído dos sáhins, Do-
pois, & turba dos convivas, tudo pessons de
bem sem distinção de fortunas ou Hihagens.
No couce, alguns servos do paço de quem se
tunas domésticas haviam podido contudo
prescindir. Entre os servos negrejnva a meo
desta sotaina e alvejava o marfínico rosto do
padre, Nem ordens nem rogos haviam logrado

(Continua ca da pago

E então, –

«A lápis

A’ GUMAS pessoas de fora,
que agiu vieram passar
mma temporada, tiveram q sim
páfica imiciativa de promorer
um baile em beneficio a Haspi-
tal, ouve quem a interpretas-
se de forma diferante, alegando
que eta mascarara u simples pre-
texto para dançar umos horas…
Sempre os inbecis procuram
depririnar as melhores ideos!
Foda a gente pode dançar e
divertir-se, pondo de parte tra-
bulhos e cungeiras que só apra-
seitam a ouros. ;

E fregiiente ver galinhas por
ABAS Fuds, dos dendos.
comno se Sertã fivesse retrócedi.
do algunas dezenas de auos,
compurandose, agora, a vales
aldeia tertaneia !

té já uma peço por quira
aparecem: dácoros no seio da
rua, saturados do isolamento da
possilea ! R

to o crimulos

E dal
Fr vei sendo leonpo de pemo-

ver, da via pública. o cas

calho inútil que nela permanece
e prejudicar o trânsito e a im
pedir a passagem das dquas plu-
vigis, a ponto de alguns mora
dores terem de fazer cuafosos
eguilibrios para entrar em casa
e correndo 0 risco da inundação
das cares, onde ddo há coxa al
SUNII que se encinite segura,

se:

E absrrecido que a luz par-
Co Yricular só apáreça de-
pois da noite fechada.
lh resultam fransiórmos e
nrrelias para foda a gente é ne
nina vantagem para a Electro
ca, antes pelo contrário…
Sabejhos que os nossos pros
féstos são inuigis, mas Falamos
por deter de aficio é descargo
dE CONSCLÊNCIA
РNesta ferra cada um fa̤o
que quere e crestelie tempo!

AE

f PMA criança que eim Viseu
É andara a cacar pombas
nua telhado, cotit à rag e merren,

Triste lembrança andar em
digressão Pendtória pelos telha-

dos!
am E q
0
C ep apresenta-se de jam,
cariço formóiso demasia
damente fresco, não sendo raro,
Err isto, ver fá qnnita gente de
subretudo, pullorver e enbardine.
“Coma trmada de 3.º feira
da semana passada, que originia
muitos prejuizos, como noutro
fogar muticiamos, vieram chuvas
torrencidos, que se profongaram
pelos dois dias mediados.

(Continis nata pág)¡g)

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A Comarca da Serta

ro

Lisboa-Sertã de:

Lisboa-Sertã para:

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QUES, Chefe da Secção

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com o disposto no artigo 12838 do
Decreto-Lei n.º 16731, de 13 de Abril
de 1929 e dentro do prazo de 15 dias
que se: começam a-contar da data do
presente edital, podem os contribuintes
dêste concelho sujeitos ao imposto pro-
fissional-profissões Iberais tomar co-
nhecimento da distribuição dos con-
tingentes fixados às suas classes’pela
Comissão -c apresentar no mesmo pra-
zo quaisquer reclamações para a mes-
ma Comissão, sôbre essa distribuição.

” As reclamações lavradas em papel
selado. devam ser assinadas pelo inte-
ressado, ou a seu rôgo dado perante
Notário quando não souber escrever.

E para que chegue ao conhecimento
de todos, se passou o presente edital e
outros de igual teor que vão ser afixa-
dos nos lugares de estilo.

“Secção de Finanças do concelho da
Sertã, 24. de Setembro de 1943.

“O Chefe da Secção de Finanças,
| LÚCIO AMARAL MARQUES.
ES roRrsrogrs Fire serao

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“Nesta redacção se diz.

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gorar as seguintes carreiras:

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| Allvaro—A’s Segundas- -Feiras

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Proenca-a-Nova—A’s Seguandas e Sextas

| Oleiros — Diária — exepto aos Domingos

| Pedrógão Pequeno —A’s 4.º, 6.º e Sábados
| Proença-a-Nova — A’s Quintas e Sábados

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mero de volumes o as a e dificuldade em adquirir lis

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Castelo Branco-Seriã-Figueiró
| dos Vinhos-Coimbra:

A’s Têrças, Quintas e Sábados

Coimbra=Figueiró dos Vinhos
Sertã-Castelo Branco:

A’s Segundas, Quartas e Sextas
Sertã-Coimbra — À’s 3.º dias 23 (ida e
e volta) nêstes dias,
Sertãa-Castelo Branco—Aos Sábados
Castelo Branco-Sertã–A’ 2.-Feiras

opor ape Re

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Horas: Estações Ondas Estações Ondas Estações Ondas
745 WRUL 384m. , – WRUW 49.6 m. WKLI 39.0m.
845 WRUL 384m. – WKELJ 307 m.. WKTS 3%W6m.
9,45 NWKLI’ 307 m. WKTS. 39.6 m. ?
12,45 NWKLJ | 19.6’m, WGEO. 195 m.
a) WRUW 255 m. WILI 19.6 mi
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A Comarca da Sertã

Cartas certas

com destino incerto

ao “Serta–Junho |
E Meu Caro Amigo :

Cá tenho mais uma carta
ta. :
Vejo que vais recuperando

o perdido de tantos anos de.

“inacção epistolar, e ainda bem
que te chegou essa éspertina
cuidadosa, sinal da boa dispo-
sição que seadivinha nas tuas
palavras e recordações.

Tudo o que dizes do Adro
de tempos idos, é assim mes-
mol a
Às .sebes de buxo e.os ca-
tamanchões que: envolviam o
modesto jardim com o lago ao
centro, onde, em noites estivais
as serenatas e guitarradas pu-
nham vida nas ilusões môças,
tudo desapareceu, ficando em
seu lugar, duranteímuitos anas,
apenas 0 lago e as árvores que
o tempo, pouco a pouco, foi
carcamindo-e destruíndo.

Felizmente, em 1959, a Cá-
mara passou por ali. viva ruí-
na e não tardou em removê-la.

Hoje o Adro está renovado
e alegre, Re
. As antigas árvores fôram
‘abatidas e substituídas pot ru-
bineas é tilias, ligadas umas às
“outras, por festões de roseiras
de várias matizes, num desen-
volvimento que, dia a dia, se
acentua e torna o recinto mais
aprazível,

“E o lago lá ficou sem q re-
bôrdo de pedras soltas que o
cingia, encaixilhado, agora, nu-
ma “moldura de relva bem pro-
porcionada e tratada.

“ Algumascplacas de igual “na-
tureza e revestimento, aqui e.

além, são como que alegretes
a salpicar o solo, servindo, duas

delas, de fundo a uma grande :

cruz de Cristo e às armas da
Sertã em vegetação de tom di-

ferente.
“ “Enfim, de todos 9s miradou-
ros da nossa terra, o Adro é
hóje um dos que mais encanta
ma vista, nomeadamente nesta
quadra do ano em que está
“exuberante de viço e côr.
*- “Mas o antigo Adro, o Adro
“de 1900, também teve o seu es-
“plendor na indumentária à mo-
-darda época,
Possuía o seu quê de re-
mâmtico com’o quatro pequenos
-caramanchões de madeira ripa-
da e pintada, engrinaldados de
trepadeiras, sob os quais, em
Aúda a sua largura, corriam dois
bancos laterais.
– Erguiam-se êstes caraman-
– chões nos ângulos dum quadra-
do feito de buxo alto e espês-
so, a que a tesoura do jardi-
“meiro dava forma regular, e à
volta «do lago referido, disper-
sos canteirinhos de flôres ani-
amavam aquêle interior. onde se
-pódia estar sentado sem ser
nisto dos que passavam pelo
lado de fora.
“Assim o conheceram as me-
ninas casadoiras que alitiveram
».seu picadeiro de derriço sob
os olhares discretos e pruden-
tes das mamãs, como era d
uso nessa época.
“Assim o conhecemos nós
nas noites quentes, quando lá
iamos em procura da brisa re-
frescante, ou por lá-nos queda-

vamos em ranchada fraternal.

com outros, desferindo cantigas
“ag somda guitarrado David e
«ta; viola do António. Barata,
companheiros inseparáveis e
sempre certos,

“Uma vez em que êste can-

tarolava uma quadra que metia
“ptr- «af» indispensável ao pre-
enchimento da música dum fado
então muito em voga, o Dr. Er-
nesto, estudante universitário
-em férias; também no grupo, pe-

“Giu com insistência que o «ai»
na suprimido na gorja do. can-
tador.

| —O? rapazes, cantem mas
não digam «ai», solicitava o
bondoso companheiro, como se
tal coisa o ferisse profunda-
mente.

Nunca cheguei a perceber,
nem éle explicou, o motivo da
sua antipatia pelo «ai» do An-
tónio Barata.

Sucedia, de quando em quan-
do,as notívagas digressõestermi-
natem em patuscada na Angeli-
na ou em casa de algum dos
parceiros.

Uma vez era o Deniz que ti-
nha lá quatro perdizes que lhe
haviam dado, ou o Rossi que
lhe ficara do jantar mais de me-
tade de um bucho recheado.
Outras vezes era o Aníbal Car-

valho a ir buscar seis chouri–

cas à despensa, ou o Adrião a
aparecer com um tacho cheio
de arroz de pato que não che-
gara a ir à mêsa naquêle dia.

E tudo marchava na voragem
da gúela. desejosa da gente do
grupo.

Uma.noite foi o Dias a fazer
a frangueza.

Tivera jantar grande de ani-
versário, e ficara intacta uma
galinha tostada e loura, um au-
iêntico amôr de galinha, como
Hoje se diria.

Solteiro, o Dias tinha casa
posta, e para lá levou a rapa-
ziada que entrou para O rez-do-
chão, enquanto êle foi acima
buscar a penasa que trouxe,

envôlta cem batatas, dentro du-

ma travessa que depôs sôbre
uma mêsa, com a mesma satis-
fação com que teria ali coloca-
do o melhor poêma da sta pro-
dução poética, ;

O momento foi solene após

a visão real e palpável que sur-

diu pelas mãos bemfazejas do
Dias; e êste, radiante pelo su-
cesso dO seu gesto generoso,
ficou a bemdizer a hora em que
se Jembrara de chamar os ami-
gos.
Fez-se silêncio por instantes,
mas não tardaram as louvami-
nhas ao Dias e à cozinheira.

— OQ assado — diziam uns-—
era digno de Vatel, e as mãos
ae o haviam preparado e con-

imentado podiam, sem favor,
ser consideradas uma das.gran-
des maravilhas da natureza.

– Tal magniticência culiná.
ria-—afirmavam outros–merecia
um sonêto laudatório do seu
dono ou ser cantado-em senti-
das odes da sua inspiração li-
rica. Só o Dr. Ernesto não
abria o bico. Puxara da inse-
parável lunêta que acavalava na
ponta do nariz, e, aproximan-
dose mais da travessa, quási a
beijá-la, abservava em porme-
nor a defunta que ali jazia.

Esta cena não se prolongou.
Excitadas pelo cheiro penetran-
te do pitéu, as narinas dos pre-
serites não paravam nos seus
movimentos olfativos, e as glân-
dulas salivares, como torneiras
abertas, enchiam as bôcas do
seu humor aquoso, pondo tudo
em ânsias de rápida investida
da prêsa ali à mão.

E já aguardavam, impacien-
tes, o instante de avançar sôbre
eta, quendo o Dias se lembrou
de que não havia na mêsa faca
nem garfo, nem viera o pão e
o vinho indispensáveis ao fes-
tim,

–Eh rapazes… um momen-
to, que-eu vou lá acima buscar
tudo, disse o Dias solicito e ob-

sequiador.

—Figuem-se aí às escuras,
mas vejam lá não vá aparecer
algum gato que abale com a ga-
linha. Ponham-se à roda da

mêsa, bem juntos e guardem

isso que eu não me demoro.
“pegando no candieiro, de-

sapareceu na escada.
Fez-se um escuro compacto.

Não se viam uns aos outros não
obstante tocarem-se.

Como quem quere atugentar
um perigo que pode vir, desata-
ram a falar alto atirando chala-
ças e fazendo espírito.

Os ditos alegres vinham de
todos os lados como um «aler-
ta está» de sentinela vigilante,
menos do lado do Dr. Ernesto
que não pronunciara mais pala-
vra desde que sevira mergulha-
da na espêssa cetração.

-—()” Ernesto, diz alguma coi-
sa, pedia o Frutuoso, prazentei-
ro e coniiante na réplica. Mas,
o silêncio icontinuava-como se
êle tivesse caido. em letargia
profunda. é

Sucediam-se os minutos na
treva impenetrável, e já uma
pontinha de contrariedade prin-
cipiava a picar alguns, quando
o Dias apareceu carregado co-
mo ouriço. ;

Numa mão o candieiro, e na
outra um garrafão de vinho,

servindo-se dos braços para

estomago,

Dr.

apertar contra o tronco um em-
brulho com pão e um bom ca-
cho de bananas. Atrás, a-criada
com uma bandeja repleta de co-
pos, e, a lusir num-asseio im-
pecável, uma porção de garfos
e facas.

A recepção foi estrondosa.
“Todos correram para o Dias a
abraçá-lo «e a aliviá-lo da carga.
e num repelão brusco de fôrça,
que era o seu fraco, O Sebas-
tido arrebatou a bandeja das
mãos da criada, quási que par-
tindoclhe às dedos.

-— Arre bruto, exclamou a vi-
tima, deixando ir a bandeja e
sacudindo as mãos como que
querer áliviarse de apertados
torniquêtes.

Estava-se nisto nestawlegria
doida, quando, repentinamente,
como bomba que ali tivesse re-
bentado, um facto assombroso
pôs termo ao entusiasmo.

Enquanto o Dias fôra esvie-
ra, e sem que ninguém de tal-se
apercebesse até âguêle insian-
te, ‘a galinha voara da-travessa,
não ficando dela um resquício.

Atónitos e sob a impressão
dum pesadêlo imenso, entre-o-
Hharam-se-todos numa interroda-
tiva inquieta.

-——Como-tôra aquilo?

Ninguém o dizia;e o descon-
sêrto era geral.

O Chico Moura perdera, de
súbito; o equilibrio elegante de
seu jeito, atirando-se para cima
duma cadeira.

O Henrique exteriorizava o
seu pasmo:em tremeliques ner-
vosos acumulados no queixo.

O Barata acotovelando tô-
da a gente na faina de não sa-
ber explicar o estranho fenómeé-
no, fungava ruidosamente- como
baleia ferida,

O Zeferino, esgroviado-e pá-
lido, a chispar de todos ‘os.ner-
vos, deambulavapelo aposento,
mastígando em sêco asua esttt-
pefacção. E, sucessivamente,
cada um dos presentes ia mani-
festando, a seu modo, a feac-
ção que lhe causara a insólita
fuga galinácea.

Havia, porém, um parceiro a
quem o caso não fizera mossa,

Era o Dr. Ernesto que, como
estátua: pregada ao chão, ficara
junto da mêsa, e, numa-sisudez
esfíngica, assistia impassível à
cena que estava decorrendo a
seu lado.

Para êle começaram, então
a convergir as atenções e sus-
peitas dos companheiros:

-—(O Ernesto, que é isso:
Pareces de pau. Saberás tu
para onde foi a galinha?

E o Gustavo, dirigindo-se-

lhe em sondagem diplomática:

– —Se lhe conheces 0 para-
deiro, apresenta-a, e comerás o
melhor bocado,

—Para brincadeira já chega,
diziam outros, meios convenci-
dos da sua acção directa na
surtipiadela e a nascer-lheê no
ao mesmo tempo,
uma esperança quási perdida.
—Pois bem, tartamudeou o

Ernesto num tom de voz
mal segura. Bu vou dizer onde
está a dSalinha mas prometam
não ficar zangados comigo.

5 de Outubro

Na: próxima 3,º feira come-
mora-se mais um aniversário da
implantação da República Por-
tuguesa, regime sob o qual vi-
vemos, felizmente, em Paz e
com a vida nacional em ordem,
pelo menos tanto quanto. nos
permite o terrível conflito que
assola o Mundo.

Depois do adventa da Repú-
blica são extraordinários os
progressos conseguidos em to-
dos os campos da administra-
ção pública. Em trinta e três
anos o País renovou-se por
completo, a população atingiu
um mais alto grau de desenvol-
vimento e uma maior consciên-
cia dos seus direitos e deveres
cívicos, esforçando-se por acom-
panhar os demais povos civili-
zados na senda do progresso.
Este facto tem a sua origem na

larga diusão da Isntrução, a
que todos os Governos da Re-
pública, e especialmente ode
Salazar, dedicaram somas avul-
tadíssimas e o mais criterioso
cuidado.

– Batendo-se pela defesa do
regime republicano, que saiu
triunfánte o povo conquistou a
sua carta de alforria.

Ao relembrar êste grande
acontecimento da nossa Histó-
ria, é nosso dever prestar sin-
cero tributo de homenagem aos
esforçados ‘paladinos da causa
republicana-que se bateram he-
roicamente pela defesa do no-
vo regime e tudo sacrificaram
—quantos dêles a própria vida
—para que a Pátria retomasse .
alento para uma vida nova, se-
guindo, sem vacilar, o caminho
da Honra, :

—Pois claro que hão, clama-
tam todos em unísono num al-
vorôóço justificado.

—Então ouçam lá… Eno
ambiente de espectativa e an-
stedade que à sua roda se for-
mara, como se da sua palavra
pudesse vir a salvação ou con-
denação eterna, o Dr. Ernesto
concluiu:

-—jà galinha… comia.

No mesmo momento, apon-
tava para os seus pés, junto dos
quais, como prova irrefragavel,
se viam os óssos humidos e mal
descarnados pela pressa com
que os’passara pelos dentes nos
curtos minutos da escuridão em
que estivera.

——Arre’bruto, voltou a excla-
mar a criada do Dias, que ainda
não arredara dali pé, mas, desta
vez, vociierando, colérica, con-
tra o Dr. Emesto, e batendo
com os calcanhares escada aci-
ma, como bicha assanhada. E
já da cosinha, a ouvír-se:

-—Vã comer erva.

Em baixo tudo mudara de re-
pente. Reinava agora ali uma
consternação irrepreensível,

O Dias estava passado.

Ninguém se lembrará da pos-
sibilidade do catastrófico desfe-
cho, antes havia o convenci-
mento geral de que o Dr., tendo
escondido a galinha, iria repô-
«ja na travessa depois de gozar
a cará dos companheiros.

“Foi por isso gre a reatidade,
como se apresentou, teve foros
de tragédia.

Num levantar de feira, como
sé nada ali já os interessasse,
todos se aprestaram para a saí-
da em ar de quem vai levar
amigo ao cemitério; e já na rua,
após sêcas e breves frases de
despedida, cada um seguiu o
caminho de casa, com a ideia
fixa, de procurar, em armário ou
gaveta, o esquecimento do de-
sastroso fim daquela noitada.
E o Ernesto, — já me ia a es-
quecer —, coimo alma penada
que não pudesse ter descanso,
tomava a direcção da praça
onde, até madrugada, —colete
desabotoado e chapeu para a
nuca, andou e desandou na
tarefa ingente de amanser as
procelas duma digestão tumul-
tuosa- :

F, mais não disse por hoje,
meu velho. Serecordar é viver,

não desgostarás de passar os.

olhos por êste trecho da nossa
mocidade, que me lembrei de
mandar-te com um grande
abraço-

F, até à próxima carta em
que te falarei de avisos mais
recentes e, porventura, menos
monótonas para os novos de
hoje, nados e criados ao pon-
tapé à bola, num mundo di-
ferente do nosso-

E, bem diferente—

Ê
Teu amigo velho,
Z.
(ESSES ES ES
Êste número foi visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco. E

Jtália

Agora, que a Itália está em
foco em consegiiência de uma
nova evolução da guerra, é
oportuno apresentar aqui um li-
geiro esbôço da história da sua
formação :

A Itália, que por muito tem-
po esteve fraccionada em di-
versos estados, constitue hoje
um só reino, tendo por forma
de govêrno a monarquia cons-
titucional.

A peninsula Itálica consti-
tui na antiguidade o centro po-
lítico do império romano, que,
depois de ter submetido a sua
dominação quási todo o mundo
então conhecido, foi, no século
V, destruído pelos povos deno-
minados bárbaros, saídos das
florestas da Germânia.- Depois
disso a Itália fraccionou-Se em
um grande número de estados,
e só contemporaneamente pôde
reconstituir a sua unidade. Es-
ses estados eram de mui diver-
sas organizações: as repúblicas
de Génova, Veneza, Pisa, eic.;
os principados do Milanez, Tos-
cano, etc.; o reino das Duas Si-
cílias; o reino da Sardenha, que
compreendia a ilha dêste nome
e o Piemonte; e os Estados da
Igreja, na antiga região do La-
tium, que foi o berço do povo
romano… o

– Napoleão 1 submeteu a Itá-
lia à hegemonia da França, for-
mando ao S, o reino de Nápo-
les (antes a república Partenó-
pica) e ao N.o reino da Ilália.
Porém, em 1815,0 congresso de
Viena restituiu aos anteriores
soberanos a posse dos seus es-
tados, extinguiu as repúblicas
de Génova e Veneza, e formou
ao N. o reino Lombardo-Vene-
ziano, que foi dado ao impera-
rador da Austria.

A unidade italiana, realizada –
em proveito da dinastia ptemon-
tesa (Casa de Saboia), foi uma
obra laboriosa, e para a quai
houve de lutar contra muitas di-
ficuldades: em 1859 a aquisição
da Lombardia, mediante o auxílio
militar da França; em 1860 a ane-
xação voluntária da Toscana, Mo-
dena e Parma, e a conquista do
reino das duas Sicílias; em 1886
a aquisição da Venecia, mediante
o auxilio militar da Prússia; e fi-
nalmente, em 1870, aproveitando
a ocasião da França estar empe-
nhada em guerra com a Prússia,
a tomada dos Estados da Igreja,
que trouxe ao novo reino de Itá- .
lia (1861) a posse da capital his.
tórica da peninsula, Roma. :

ER

:
No próximo. número nos ocu-
paremos das suas mais importan-
tes cidades, algumas das quais,
pelos seus belos e maravilhosos
monumentos, constituem rigquis-
simos museus.
EXTSA Cosa RSI RSA ISA SA

PAPEL

Para embrulho, miúdo e fô-
jhas grandes, pardo e de jor-
nal, vendem-se grandes por-
ções nesta redacção.

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…

“(Continuação da 1º pág.)

aco por ai mu.

e ed a pedir 7450
por um coelho bravo !

Um rico negócio, tanto mais

que a maior: parte déles pouco
mais tem que a pele e o osso!
Mas como estâmos no tempo de
estfoladela . grossa, não é para

admirar!
Ae

A TAS múnobras militares do
Outono estão enquadra-
dos exercícios de Defesa Civil
do Território.

— Os jornais de grande tiragem
apresentam as instruções que de-
vem ser seguidas, de forma a li-
“rar-se o máximo proveito dos
exercícios: orientar a atitude
da população em caso de guerra
ou de grave emergência, espe”
cialmente quando se trata de
ataques aéreos. à

-— O Goprêrno vela pela segu-
rança do Pais e todos têm o de-
ver de seguir rigorosamente. as
instruções que lhes vão sendo da-
das, com a calma e consciência
com que devem ser encarados os
magnos problemas oa defesu na-
cional,

devoto Loo riseça
Dr. José Numes da Silvia

O nosso prezado patrício e
amigo sr. dr. José Nunes da Sil-
va, distinto advogado em Lisboa,

comunica-nos ter mudado o seu

escritório para a Rua do Cruci-
fixo, 31, sôbre-loja,

a serenesliiorases
ASertã á vista…

EA Sertã tem necessidade de

se’fazer conhecer melhor, de se

mostrar, de apresentar tal qual

é, exactamente como dantes fa-

zia, mostrando às pessoas edu-
cadas e ilustradas que a visitam
“que é generosa, hospitaleira,
acolhedora, amiga de receber e
que sabe receber bem, com a
fidalguia e lhaneza que dantes
a impunham ao conceito dos

estranhos, não só daqueles que,

aqui tinham de parmanecer no
exercício das suas funções mas
também dos que a visitam por
indicação doutros ou por mero
acaso. :
E” preciso atrair tôdas essas
pessoas, prendê-.las ao nosso
meio para que se sintam bem,
propotcionando-lhes divertimen-
tos e a vida alegre e sadia que
aqui podem encontrar e que é
justo que encontrem, sobretudo
quando escolhem a Sertã para
as suas férias anuais. E se nós
o não quisermos fazer, outros,
mostrando tacto e inteligência,
se saberão aproveitar do nosso
comodismo e indiferença…
– À aproximação que se deve
fazer, em obediência a êstes
princípios de educação e de
hospitalidade, não deve partir
somente dos cavalheiros, mas
também das senhoras da Sertã,
porque as pessoas do mesmo
sexo entendem-se melhor, estão
mais à vontade. As senhoras da
Sertã vivem um pouco afasta-
das, isoladas entre si, de forma
que não é pata estranhar que
não se aproximem das senhoras
que aqui vêm de visita, Mas é
forçoso modificar êstes hábitos.
procurando todos .os ensejos
“pata conviver; e essa convivên-
cia é um passo da io para orga-
nizar passeios, pic-nics, bailes e
reliniões e quantas vezes 3e
criam relações de amizade, que
tão úteis são pela vida fora.

separe lererosãs
Reabertura das aulas

‘ Os liceus e as escolas pri-
márias reabrem no próximo dia
7-é as escolas comerciais e in-
dustriais e o Instituto de Odi-
velas no dia 6, .

“A-Gomarca daiséria

o a rado Irquada
«a lapis

que desaba sôbre a
Sertã e região limítro-
fe, causa grandes
prejuizos

Na 3.º feira da pretérvita sema-
na desabou, sôbre a Sertã e re-
gião limítrofe, uma grande trovoa-
da acompanhada de fortes báte-
gas de água.

A breve trecho, as ribeiras

“atingiam um volume apreciável;

mas foi sobretudo a ribeira pe-
quena que irrompeu com uma fú-

* ria medonha e nunça vista, tão

inesperada que muita gente ficou
surpreza e boquiaberta quando viu
enormes vagalhões entrar pelas
hortas das margens, arrazando as

– culturas e levando na voragem

quantidades apreciáveis de milho,
amontuado para ser conduzido às
eiras, e outros produtos, estrumes
e as mais variadas coisas que nes-
ta altura do ano ainda permane-
cem nas terras, :

Há dezenas de contos de pre-

Jjuizos; perderam-se. muitas carra-
J 1 P

das de milho, de palha e’de estru-
me, destruíram-se culturas exten-
sas e ruíram paredes sólidas, que
pareciam inexpugnáveis à acção
violenta e corrosiva e das cheias.

-A primeira vaga de água barren-

ta, espumante, rumorosa, erguen-
do-se à altura de alguns metros,
parecendo porvir de mar furioso e
revôlto, ia colhendo na sua diabó-
lica corrida algumas mulheres que
tranquilamente lavavam ronpa per-
to da ponte das Vinhas; por um
triz se salvaram, mas muitas não
puderam deitar a mão às roupas,
que se perderam. E depois da-

quela vaga, outra e mais outra se |

sucederam, até que a ribeira en-
grossou brutalmente, a ponte de
cá mais para baixo alcançar uma
elevação muito aproximada à gran-
de cheia de 1914, chegando a

água à fonte da Boneca, A ribeira,

pequena assemelhon-se, durante
horas, a um grande rio. o

à, ribeira grande, ou porque
sôbre os seus afuentes não se sen-
tissem tão violentamente os efei-
tos da borrasca ou porque é ex-
tensa a largura do leito, demorou
muito máis tempo a encher é mes-

mo assim não chegou, muito lon-,

ge disso, a atingir as proporções
da pequena; se a cheia, numa é
noutra, se verificasse simultanea-

mente, as extensas hortas que fi- –

cam a juzante da coniluência esta-
vam sujeitas a inevitáveis destrui-
ções, ve ‘

Além disso, se a tempestade
se desencadeasse de noite, teria-
mos, possivelmente, a registar a
perda de vidas, visto que nesta
época muitos lavradores dormem
nos molnhos ‘ e: nas hortas para
guardarêm o milho.

MR

Em Oleiros caiu, no mesmo
dia, graniso de estupendas di-
mensões, que fustigou impiedo-
samente oliveiras e videiras e
triturou hortaliças.

Afirmaram-nos que muitas
casas sofreram danos importan-
tes porque o graniso partiu te-
lhas e vidros, tal a sua densi-
dade e violência com que se
projectava. e

Os prejuízos são incalculá-
veis, reinando desolação geral
porque as olivsiras prometiam
boa novidade.

erre po rr ori tpaão

AGENDA

Regressaram a Lisboa: da
Sertã, os srs. Ricardo Reis e
Joaquim dos Santos e espôsas;
do Maxialinho, o sr. . Cônego
Antônio Martins da Silva; dos
Calvos, o sr. Albano Ártunes
Costa e espôsa e da Curniada,
o st. Jacinto Pedro.

eme Retirou para Coruche, onde

“foi assumir as funções de chefe

da Secretaria da Câmara Muní-
cipal, o sr. dr. António Caldeira
Firmino.

-—Retirou para Lisboa Made-
moiselle Maria Antónia Tibúrcio
Mantins, filha do sr. Antônio
Dias Martins.

O baile em bene-

fício do Hospital
decorreu
animadíssimo

Como noticiamos, realizou-
-se um baile, no passado sába-
do, no salão do Grémio Serta-

ginense, em benefício do Hos-.

pital. :

A: iniciativa—altamente lou-

“vável pelo fim a que se desti-

nava, sobretudo por ter partido
de pessoas de fora, que esco:
lheram a Sertã para passar as
suas férias de verão-—mereceu
o mais rasgado elogio aos ser-
tanenses que têm pelo hospital
um bem merecido carinho e que
estão sempre dispostos a auxi-
ilar as festas destinadas a fins
cartitativos. RR

Assim se explica que o baile
tivesse invulgar concorrência.
Via-se no belo salão a quás! to-
talidade das famílias desta ter-
ta e numerosas senhoras e ca-
valheiros de Pedrógão Pequeno,
Sernache do Bomjardim, Próen-
ca-a-Nova e Sobreira Formosa.
Dançou-se até às 6,50 horas da
manhã em constante animação
e os dois grupos musicais da
Sertã—a troupe de Angelo Men:
des e o Jazz-Band «União Ser-
taginense» —alternavam-se con-
tinuamente. sendo, militas ve-

-zes, levados a visar as compo-

sições de mais agrado, que, fin-
da a execução, eram aplaudidas
com entusiasmo. FR

O serviço de bufete estava
primorosamente montado. nada
faltando do essencial; a sala,

onde funcionava, tinha magni-

fica apresentação,
muito simples.

ainda – que

nizadores da simpática festa
sr,* D, Himilta Marques da Sil-
va e os srs. Manuel Vitale Levy
Gonçalves-—pata que tudo de-
corresse na melhor ordem; e po-
dem sentir-se satisfeitos pelo
êxito ‘que ela alcançou ‘e pela

alegria e boa disposição que .

sempre reinava entre a assis-
tência: Áquêles senhores mos-
traram-se de uma cativante gen-
tileza, timbrando em agradar,
procurando, por todos os meios,
que a assistência ficasse com as
melhores impressões. Foi uma
festa elegante, cuja recordação
agradabilíssima há-de perdurar
por longo tempo no espírito dos
que a ela assistiram.

Dara a distinta comissão
vão os nossos elusivos para-
bens pela feliz lembrança, rea-
lizada’ sob tão bons auspícios,

“e porqué ela marcou por uma

distinção, graça e beleza inex-

“cedíveis.

Cabe aqui referência espe-
cial à menina Maria Manuela,
interessante filha da sr.* D.
Humilta Marques da Silva,
que, com a sua alegria, encan-
tou os frequentadores do bu-

fete; andava numa roda viva.

para que todos fôssem servidos
prontamente, para que nada
faltasse;, alguns, enleados, gas-
tavam mais do que queriam,
deixavam-se ir na conversa.»
Era o que se pretendia, a-final!
O’ baile a favor do Hospi-
tal foi uma festa encantadora
“é marca o fecho dos diverti-
mentos da época na Sertã.

atrprort lero capas

Sabão .
Chegaram à Sertã algumas
caixas de sabão na semana pas-
sada e só alguns dias depois

foi posto á venda, em manifesto
prejuízo dos que. precisam de

o. adquirir para gasto de suas

casas e cujas necessidades não

se compadecem, de forma algu- .

ma, com tais demoras. Ora, se
êle se destina a Zonsumo públi-
co, quanto mais depressa for
posto à venda, melhor é para

todos. Além disso, a pobre den-.

te da terra não pode andar to-
dos os dias a calcurriar o cami-
nho da vila para comprar um
naco de sabão, pois que, saben-
do quezêle chegou, desconhece
o dia em que lho podem forne-
cer.

Fóram incançáveis os Orga-.

“Diário Popular,

Gompletou, em 22 de Setem-
bro, o 1.º ano de publicação,
êste esplêndido jornal da tarde,
dirigido pelo dr. António Tino-
co, de cuja Redacção faz parte
um escol de jornalistas que,
desde o primeiro dia, o soube
impor à admiração do público
pelo recheio de precioso noti-
ciário, pela variada e excelente
colaboração e pelo modo, inte-
ligênte é claro, como tem foca-
do e debatido alguns dos-mais
importantes casos da vida na-
cional.

O «Diário Popular» é, na
verdade, um jornal moderno,
que veio dar à Imprensa coti-
diana. uma nova directriz, não
emparceirando na ratiia qué
outros seguem por comodismo
ou incompetência. :
Uma das suas atitudes mais
simpáticas foi, mal surgiu pata
a vida, aproximar-se da Impren-
sa periódica, mesmo a mais mo-
desta, oferecendo-lhe senerosa-
mente os seus préstimos e todo
o concurso ao seu alcance.

Pois que conte muitos anos,
para bem do Pais e na defesa
das mais belas causas, são Os
nossos votos mais sinceros.

esperret lusa papad |
Casamento.

– No passado dita 19, efeclmou-
-se, em Lisboa, o casamento do
nvsso estimado assinante sr. Ama”
deu Marinha David, empregado
do comércio, natural de Pedrô-
gão Pequeno, filho do nosso pre-
zado amigo sr. Carlos Ferreira
David, notário, aposentado, des-
ta comarca e dasr* D. Maxi-

mina Amélia Marinha Daprid,
residentes naquela vida, coma

sr D. Felizarda de Jesus Pa-
checo, testemunhando o acto, por
parte do noivo, sua irmã e seu
cunhado, sr* “D. Ilda Marinha
David Lopes e marido, sr. Ma:
nuel Lopes e, por parte da noiva
a sr. D, Maria da Conceição Ro-
sae o sr. Marcelino Rosa.

«4 Comarca da Sertã» fuz
sinceros votos pelas felicidades
dó novo casal. a

areotaso festas

Dr. José Carlos Erhardt

Acompanhado de sua esposa,
chegou à Sertã o nosso bom armt-
-go sr. dr. José Carlos Ehrhardi,
depois de larga vilegiatura pelo
Norte.

“Os nosses respettosos cumpri-

mentos de boas-pindas.

votre Do rsnpado
Agressão

Na 5: feira da semana finda,
quando, da Sertã, se dirigia pa-
ra as Pombas, ao passar no sí-
tio do Vale da Vinha, limites da
Aldeia Cimeira da Ribeira, foi
agredido à aguilhada, por Firmi-
no Martins, solteiro, do Casal
da Estrada, o carpinteiro desta

vila, Manuel Fernandes da Silva-

Entre êles, segundo diz o agte-
dido, não se irocou qualquer
palavra, supondo que a causa
agressão reside no tacto de ha-
ver exigido ao Firmino a liqui-
dação de uma divida ou por lhe
ter assentado uma coima o ano
passado. EE

O Fernandes ficou ferido na

cabeça e com equimoses nos

ombros e numa perna. .

se rreporilrrronas +
Orientação :
– pedagógica

Sob a presidência do Direc-

tor Escolar do Distrito, sr. Sil-
vestre de Figueiredo, efectua-se

hoje, nesta vila, uma conferên-
cia de orientação pedagógica, a.

que assistem os agentes de en-
sino dos concelhos de Sertã e
Oleiros. En us

Ontem teve tugas a de Proen-

ça-a-Nova. |

“A Herdade |
dos Castros…

(Conclusão da 1.º pág.)

“disauadí-lo de enfileirar entre

os humildes. Por tal se tinha
o mais infímo em prendas e o
mais rico em pecados.
O cortejo passou per entre
alas compactas de povo. À um
gesto de Afonso, os represen-
tantes do trabalho no con-
selho da Herdade destacaram-
se do adjunto e vieram eb-
grossar o séquito dos noivos.
Entre êles, Tobias, provido em

tais honras pelo seu hercigo

trabalhar, brilhava no: fato
garrido e no mar de ventara
que lhe ia no rasto.

-——Vivam os noivos! Vi.
vam!.. gritava a multidão
de novo electrizada,

“O adjunto aderiu à cauda

do cortejo, estuziante, rumo»

roso. Tódo a Herdade estava
ali presente, constituída em
bloco espiritual indestrutívei.

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td

Beneficência

O sr. António Rodrigues, de .
Lisboa, entregou-nos 2500 para
o Hospital; o sr. Eduardo Mar-
tins, do Porto, 20%00 para 6s
nossos pobres; o sr. Mário Car
doso, de Lisboa, rotoo para os
nossos pobres e sotoo para am
xílio da «Comarca».

“As importâncias entregues pa-
ra os Bombeiros constarão da
lista especial à publicar operta-
mumenes

Os nossos agradecimentos.

Forragens todo

o ano

Produzir e poupar é, além de
– um dever, uma regra de bom
senso. CO
“Para garantir a existência de

carne, leite, peles e estrume
“é necessário cuidar da ali-
mentação do gado. E
preciso guardar a forragem
que sobra nos períodos de
abundância para com ela ali-
mentar o gado nas épocas da
fome Ed
“Por meio de ensilsgem os dii-
mentos verdes são conserva-
dos neste estado, e com redu-
zidas perdas, até ao momento
em que fôr necessário forpe-
ce-los aos animais. | o
Quando as geadas queimam es
campos, é o silo que salva
os animais da fome. –
Não esqueça que defende o seu
lar e a sua Pátria, produzia-
” do e poupando. . E

– Explicador

Para os exames de instrução
primária é admissão ao liceu,

Preparação para os exames de
regentes dos postos escolares.

Lições de escrituração comer»
cial e de aritmética comercial,

Explicação de tôda a matéria
do 1.º e 2.º anos do liceu.

Nesta redacção se diz.

Estucador :
Oferece-se pata executar qual-
quer trabalho da especialida-
de, dentro on fora do concelho
da Sertã. a
— Dirija-se a Carlos de Oli-
veira — Palhais – Sernache do
Bomjardim » Sertã.
+ Êste número foi visado pe-
la Comissão de Censura – de
Castelo Branco.