A Comarca da Sertã nº310 10-09-1942
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O| | DIRECTOR. EDITO K EFPROPRIETARIO ea Pesto
: Coluiaro Bonato do Fira Coneia TIP. PORTELA FEIO
ia: 1 ee REDACÇÃO Es ADMINISTRAÇÃO me CASTELO]
m| |RUA SERPA PINTO- SHETI O
> E— mo : E TELEFONE
<| | PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VII | Hebdomadário regionalista, a,itidependente; defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã | a (ÃO Sed
Nº 310 “| Oleiros, Proença-a «Nova-e Vila de Rei; e freguesias de to po e andigos (do concelho de Mação) | | 1942
Rn feita pela “Secção
Policial,
livre.
Não vão, agora, as pessoas
mais abastadas adquirir mais
do que o. preciso para o seu
consumo: ass:ltando impetuosa-
mente os estabelecimentos com
“o intuito de se proverem abn1-
dantemente daguêles géneros,
pois daí poderão advir sérias
consegiiências e graves pre-
juízos e complicações para Os
modestos funcionários que dis.
põem, apenas, dum reduzido
vencimento, que: mal dá para
o essencial e não permite, de
modo aleum, a mais insignis
ficante extravagã
os. ar tistas. e tr
rurais, cujo orçamento é tão
comezinho que exige jogos
malabares e pulso de ferro.
“para se manter em equilíbrio
estável.
Cuidar só de nós, deixando
os.ontros entregues a aflições,
é raim coisa, é intolerável e=
goísmo, que os tempos actuais
não permitem nem admitem.
ESTEVE muito concorrido o
mercado de géneros de sá-
bado passado, o primeiro do
mês, verificando-se novo enca-
recimento dos principais, que
deu um pulo inopinado. Ovos.
a 68 a dázia, que ainda há)
ponto se vendiam a 2850; pa.
linhas, 118 e 128; frangos, 58
e 6%; batata 148 o alqueire
(13, 5 litros) e sardinha, ama
petinga, vor sinal muito sabo-
rosa, a 1850 o quarteirão.
A fruta também subia de
preço, havendo as várias da
época e em certa abundancia.
a LO
Câmara fixou o limite da
“aguisição de carnes no tas
lho, nos dias de venda até às
9 hcras, evitando, assim, um:
certo escândalo que alguns
consumidores vinham pratia
cando, pais.que. sendo os prts
meiros u chegar e a ser servi-
dos, julgavam-Se nó:direito de |:
comprar tôda e qualquer qguans
tidade que “lhes apetecesse e
das imethores qualidades que
lRes apronvesse, deixando aos
cunsumidoremimediatos, gpans
do mhbitor uns restos. da”boa e
tóda “a! de inferipP qualidade,
com nervoe osso à farta! E,
para isto, havia gente que fio)
nha o trabalho de se levantar
às 5 da manhã! Livral
Tanta ganância, que envol-
ve o intuito de prejudicar os
trem acaba de ser evitada pela
(âmara. que procedeu muito
bem.
Depois das’9 horas cada um
leva a carne que quiser e hou-
ver e; dêxte mudo: não se pres
judicirn o arematantes.
O. público com tendencia
para o abuso tem de receber
o’correctivo que merece e de
que nem sempre aproveita,
é feita em mercado e
—. FUNDADORES -—
— Dr. José, Carlos Erhardt. —
ss pq mm o
E Dr. Anúsio Henriques Vidigal – = 1.
| — Antônio Barata o Silva —..
O Da
– Dr. José Barata Corrêa e silva |
Eduardo Barata da Silva Corrêa |
TEMA. OPORTUNO
OM a aproximação da abertura do
novo ano lectivo, volta a apre-
sentar-se e a emergir, no plano
em que gravitam os grandes é
‘transcendentes problemas de interôsse so-
cial para o futuro desta terra e da extensa
região que a serve, 0 da organização duma
escola técnica profissional e dum liceu mu-
nicipal, uma e outro absolutamente neces-
sários é ambos diferentes na sua finalidade.
O maguo assunto, de importância ma-
nifesta, tem aqui sido debatido, variadissi-
mas vezes, por nós e por alguns dos nossos
leitores; se as nossas considerações, neste
capítulo, pecam por falta de discernimentu
diversos amigos, a quem sobram compeiôn-
cia e vastos conhecimentos para se impor
ho debate, para defender uma causa justa,
“que dispensa frases de retórica e emprêgo
de estilo empolado, tão claros e convincen-
tes são Os argumentos expostos em seu
abôno,
” Esses artigos não tiveram, que nós
saibamos, o mais insignificante eco nes
sectores oficiais onde o assunto poderia ser
pouco na opinião pública, não ovstante a
sua considerável e extraordinária impor-
das que lhe sucedem, O público sofre dum
excesso de comodismo e assim se explica o
seu silêncio glacial à volta de caso de tan-
ta monta; deve haver muitos que não se in-
teressam por êle, nem o compreendem em
‘tôda a lautude, nem à consideram nas mais
simples particularidades. Tistes são o me»
nor número; a maioria, ainda que não se
manifeste, dedica-lhe algum cuidado e vê-o
até com uma simpatia que mal sabe disfar-
çar; masa, porque desde o início o conside-
rou talvez como uma utopia e, por conse-
guinte, inteiramente irrealizável, julga pre-
terível e muito mais acertado não vir a ter-
reiro maçar-se a cansar-se inutilmente, tanto
mais que o seú interêsse pessoal—-segundo
cuida — mant jm-se afastado destas coisas.
i : No fim, como se vê, permanece laten-
o, em quási todos os sectores da opifiião
pública, não 0 desinterôsse, mas à inacção,
à inércia própria das massas, que encaram,
com cepticismo, as próprias questões de
magna importância.
Não podénmios vir fazer causa comum
com a massa anónima; pelo contrário, te-
mos o dever de colaborar com aquêles que
vivem cheios de esperança e trabalham,
sem desânimo, pela vitória das grandes
causas, dus supremos interôsses da sua ter-
ra, num esfôrço, por vezes, não isentu de
abnegaçau e coragem, que os leva a sacri-
tica o seu bem-estar pessoal, a bôlsa e a
própria saúde, Nem assim, consideremos,
poderia deixar de ser. Os grandes empre-
endimentos, as magnas aspirações, não fo=
DE O Ca
e objectividade, já se não pode dizer o mes-
mo dos artigos publicados e assinados port
considerado com alguma atenção, nem tam |
tância para o futuro da presente geração e |
Ec sape RE
ram realizadas por pigmeus, por aquêles
em quem falece .a energia denodada e au-
daz, mas sim por homens de envergadura
moral, persistentes, estuiccs, animados du-
ma fé que resiste a tôdas as contrariedades,
na ânsia de alcançar o triunfo, supremo
ideal das almas nascidas para a luta, por
mais árdua que seja.
Com a vitória apetecida, e dificilmen-
te conquistada, vem o orgulho íntimo, que
embriaga e anima a tentar novas emprêôsas
e a iniciar mais lutas, porventura mais ar-
riscadas, em que o perigo é maior; mas não
se vacila nem esmorece, porque a insatis-
fação sobe de ponto, parecendo que Nada
bá que a domine!
Combater, combater sempre, pelo ôxi-
to das boas causas é a idéia constante que
têm presente no espírito os homens de
acção. Não importa que outros contrariem,
desvirtuem ou calquem a iniciativa gerada
no cérebro de quem se votou todo inteiro
ao bem comum. E“ indiferente a mofa, nem
ela fere o amor próprio, quando provinda
dos espíritos Invejosus e mesquinhos, aglu-
tinados pelo egoísmo sórdido e vil.
A Sertã, dada a sua posição geográfica
e porque serve uma região extensíssima de
grande importância agrícola e comercial e
relativo valor industrial, precisa de uma
escola técnica, unde os rapazes, mal termi-
nado o ensino primário, adquiram os co
nhecimentos TP que carecem para seguir,
sem dificúldades de maior, a profissão que
houverem deescolher para o seu futuro,
permitindo-lhes angariar a vida com decên.
cia e certa mediania, aqui ou em quaisquer
outros meios para onde tenham de se des-
locar. e
Ministrar os conhecimentos técnicos
de uma arte ou ofício a todos os jovens que
os quisessem seguir, por inclinação ou ne-
cessidade, seria abrir-lhes vastos horizontes, proporcionando-lhes trabalho útil e àl-
tamente benéfico, arrancando-os a uma
possivel ociosidade e miséria, causa ime-
diata dos maiorés males sociais e de sofri-
dentos morais. .
Presentemente — atendendo à inoê
distância que Ros separa dos meios onde
existem esculas comerciais e industriais e
ao dispêndio monetário que importa a per-
manência nêles — raríssimos são os moços
que podem receber alguma preparação
técnica e à insirução inerente a esses cur-
s0s. À maior parte fica pot cá, quási ao
Deus dará, sem eira nem beira, marçanos
de mercearia, aprendizes de sapateiro, de
latoeirc, de marceneiro, escravos dum tra
balho insano, explorados até à medula, ga-
nhando o que basta para morrer de fome,
de braço dado com a miséria, que, pelo
(Continua na 4,º página)
… à lápis
O dia primeiro do corrente
passou o 3.º aniversário
da nova guerra mundial, que, :
ao princípio, alguns profetas
proclamavam não dever durar |
mais gue uns escassos meses.
Infelizmente falharam tais pre.
vissões e por ora não se des-
cortina a ansiada hora de Paz
por que os povos ardentemena
te aspiram, flagelados por um
conflito monstruoso, que tem
posto à prova, mais do que o
seu patriotismo e fôrça moral,
um estoicismo verdadeiramens
te extraordinário, que leva a
suportar, com ânimo, os sos
frimentos e desditas e a aeei.
tar tôda a espécie de privas
ções. Se não fóra esta cora
gem das rectaguardas, que
aceitam resignadamente os
maiores sacrifícios, não pode-
riam as frentes manter-se por
tanto tempo; o moral dumas |
agiúenta as outras e reciproca-
mente. Por conseguinte, sõa
derrota, pelas armas, de nm
dos grupos beligerantes, pode
apressar o fim da lata, visto
que qualguer dêles deseja q
vitória completa, segura, in=
contestável e incontestada, Es-
tão em jôgo princípios que
cada qual considera imutáveis,
idéias de que não podem abdi-
car e mais se radiçam à medi-
da que as hostilidades pros-
seguem. é
Valerão a pena tantos sacri-
fícios e tantas amargaras ?
Eis a dúvida que surge. Ha-
verá, depois desta catástrofe,
nm mundo melhor, mais justo.
e eqguitativo, onde caibam, na.
mesma medida, tanto as aspi-
rações das grandes como das
peguenas nações ?
Somos cépticos de mais para
o crer. Oxalá nos enganemos.
O homem é, por natureza maa,
ambicioso, vil, tem instintos
de fera…
PROVÉRBIO — Malher que
passa a vda à janela, fala
de todos e todos falam dela.
ato
pega apago
A grande nação indibha S0-.
fren uma dor cruel com à
morte. ao serviço d& Pátria,
do simpático e heróico daque
de Kent, membro da fhmília
real, que o povo britânico esa
timava e adorava pél s seus
exceisos dotes morais, simple.
cidade de maneiras e virtudes
patrióticas, que o levavaita
encarar 1odos os perigos com
a maior coragem.
A alta sociedade inglêsa
amava profandamente o infor=
tanado príncipe, considerado
o «homem das damas», que
dançava admirávelmente, toca-
va piano, guiava automóvel.e
tinha sempre à flor dos lábios
o galanteio delicado, fino, es-
pirituoso, que vai direito à
sensibilidade e ao coração fe:
mininos.
@@@ 1 @@@
Depósito Central em Tomar
ó
| nos repolhos.
Uomarea da a Sert
E ES. DE SETEMBRO |
Trabalhos dpelediás
Nos campos, pomares e hor-|
tas – Semeiam-se acelgas agriões,
aipo, alfaces, favas, azedas, be-
terraba para salada, cen uras,
chicória, couves, coentros espi-
nafres, nabos pimpinela, raba-
netes, salsa, tetragono, tomilho,
carrajó, erva molar, sanfeno, ser-
radela, trevo, etc.
Plantam se mor-ngueiros. Re-
gas constantes na couve-flor e
Continua a colheita de frutos. Ê
E” mau costume abanar as árvo-
res, pois os frutos, caindo- no
JOÃO FERREIRA PINHO E
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Dont Se é é pintam- 56 arte religiosa. Douramento em al-
tares, a ouro fino, prata e douradura. Mor: entes é brunides
«- TODA A OBRA DE TALHA – Tiibunas altares case É!
“ ‘tíçais, tocheiros, banquetas, cadeiras pa cquiais. estantes
para missal, cadeiras, guardaventos, etc., eic,. FINGIDOS: a
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Português e na Ncu Portugal. Executam se todos os trabalhos
que respeitam a arte religiosa,
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À csção êste nosso prezado colega,
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e Industrial.
uma escada e cólhê-los à mão, ,
– para pequenos cestos
“- E êsteo mês da vindima e
colheita de cereais, que só de. |
“vem ser feitas quando bem sêcos |
e majuros. Deve estar conve-.:
nientemente-iratado, e pront a
servir, o material que ha-de ser
empregado na colheita da uva e
na vinificação.
Nos jardins — Semeiam-se,
nesta época, para florirem em
Março e Abril do ano seguinte :
goivos, ervilhas de cheiro, petú
nias, papoulas, esporas, perpé-
tuas, etc.
Neste mês Ilorescem em gran-
às quais não devem faltar cuida-
dos, como o corte das flores
murchas, regas com adubos qui-
micos diluídos em água, etc. As
estacas, plantadas no mês an’e-
rior, já devem estar pegadas e,
em tal caso. convém transplantá
“las para vasos e colocá las a
meia sombra, à
Pecuária — Como no mês an-
terior, guardam-se conveniente
do gado, no Inverno.
É SrO
| ANEDOTA
| ‘ Ela — Quando se diz alguma
coisa a um homem, entra por
um ouvido e sai pelo outro.
| Ele—E quando se diz alguma
coisa a uma mulher entra pelos
; dois ouvidos e sai pela bôca !
«Borreio. de rante!
Entrou no 17.º ano de publi-
denod-do defensor dos interês-
ses do importante é progressivo
concelho de Abrantes e que,
‘ também, tem defendido, com va
lor e galhardia, as idéias da Re-
| ar Nacional.
—- Às nossas sinceras felicitações,
úoio os melhores votos por uma
| longa e próspera vida,
oba
Queda morta!
No passado sábado, ao tirar
água para rega da sua proprieda-
de, caiu ão poço, por se ter que-
brado a vara da picota, Margari-
da de Jesus, de 53 anos, casada |
com Manoel Domingos. ‘do Vale
do Porco, desta freguesia. Foi
retirada já morta.
<t0D ga
RECEITA
Fatias anpélicas — Tome fa-
tias de pão de ló, passe-as por
vinho moscatel e depois por ge-,
mas de ovos batidos. Cubra as
com açúcar em ponto de espada
na e Pupa com canela.
Colégio Taz Serra
Lara AMBOS OS SEXOS),
Curso dos licouss.
Admissão aos licaous
“SERNACHE DO BOMJARDIM
chão, pisam se: é melhor subir a js –
de abundância as roseiras chá,
a peasensoa Acaresercentantaa soscasnes
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: 12,45 — Noticiário | CRI..
14,15 — Noticiário GRAZ
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14,30 — Actualidades GRV..
23,00 (*) Noticiário GRÃ…
É E a GSB.-
23,15 (*) Actualidades .GRT.
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tala eo mundo acredita
aci MI Dm (945 m 7/5).
o 24,92 Mm. (42,04 mc/s).
13,88 m. . (24 64 m e/s) :
31,15 m. 9,45 mc/s) à
…. 24,92 M (12,04 m 6/5).
…. 90,88 Mm. (695 m e/8): É
so 31,55m. ( 9,5]m-c/s)
41,96 m (25º m, c/s)
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bém em ONDAS MÉDIAS de 261,1 metros (1 149 k c/s) e
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Norberto Pereira
Cardim
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R » Avureã, 139 2º Dº
Telefone 27111
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Vende se nesta Redacção.
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gad’s, pólvoras nacionais é
estrangeiras e todos os arti
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Seia = lat Rami fibeio E 18,50 :
Alt de Cavilo. 19,25/26,00
Oleir : — Praça da República/20,25] —
Efectuam-se
a sGEBBSOMAse- s“SHERTuREaS
ALVARÁ N.º a2 RR
Secções masculina e feminina êm editícios :
independentes e afastados, tendo cada 3.
uma o seu internato
Ensino primário — Curso de Admissão
ao Liceu — Ensino Liceal completo, — Re
Ss A .
dj de a
Colégio de | Nun’Álvares
tnsosasasado asse z8nBB6a6 Va,
suspEPensass comaerenano) ç
Tratamento cuidado e um. ambiente
Ata da confortável e “Salutar du E :
re Enviam-se regulamentos com todas as normações à Quem as solicitar q
: etlgmens
P os
AVENIDA ALMIRANTE REIS,
> 8 dinssimos A ZEICI
da regão de ce
SERTA E sERNACHE DO BOMJARDIM
ut ralbrena-a 460 E
são vendidos no máximo da pureza,
nor serem salecoionados esgecrupus
losamento da produção. própria
à lnalituto Oomoroial Às boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta – casa
y LIBANIO VAZ SE RRARRA
@@@ 1 @@@
“ (Continuação)
DEPO!S de uma semana de
— – temperatara’ amena. em
que. catram ans leves borrifos
sóbre a terra escaldante, vol-
tou a sentir se o calor.
Se umas fortes báteoas de
água faziam conta, também o
lavrador não deixa de ser be.
neficiado com o bom sol, que
agora é preciso para secar os
milhos e as palhas.
E há um tempo a esta par-
te alguns meninos bastan-
te crescidos transformaram a
Rua Gonçalo Rodrigues Cal
deira em pista velocipédica, in-
comodando e pondo em peri-
go, até os pacatos cidadãos
gue por ali passam. No do-
mingo último as corridas
atingiram o desafôro, o que
indignou várias pessoas que
assistiram às proezas dos ca-
chapos, gue podiam muito bem
escolher, para o efeito. pontos
apropriados onde não fizes-
sem dano, como a Recta do
Pinhal, por exemplo.
Para o assunto chamamos
a atenção de quem competir.
Nas «Bodas de Quo»
do Rey. Cóniego Jocquim Mendes
Piso — Dez do mês de Agosto.
ho colega e amigo querido.
Felicitações cordeais,
hi, vão, com imenso gísto,
Por Deus lhe ter concedido, 0,
Em afectos paterais,
De Graças farto tesouro:
Festiva comemoração
De mais óste aniversário –
Da sagrada Ordenação, –
Ou sejam as «Bodas de Quo»…
Um favor extraordinário,
Com jus à ampla gratidão 111… .
o Que as -<Bodas de diamantes,
—-Finda a terrona misaão
De Apostolado fecundante,
À que se votou com esmero,
E conquistado O troféu
Da Glória, fmorredonra,
5 Deseja do coração,
ÃO esembsecular> colebrante,
= Belo, ornamento do clero,
“eo D6 estojo, Já, mo céu…
o Ma terra não lhas aguia!
Por ser excessiva ambição). « »
O amigo grato e sincero.
Padrê Artur Mendes de Moara
“CINEMA –
«O: filho do Gonde de Monte
1 Gristo»
No próximo dia 14, pelas 21
h.ras, exibe-se na Esplanada do
Castelo êste interessante filme,
verdadeiramente arrebatador e
comovente, *presentado pelo Ci-
nê-Sonoro da Beira, ; de Castelo
Branco, : a É
Os bilh:tes-São do preço único
dé 2800, tevertendo parte da re-
ceita a favor do cólre da Asso-
ciação dos Bombeiros Voluntá-
rios. an
prá É :
Entre cs caçadores da região
reina o maior entusiasmo pela
abertura da caça no próximo dia
15.’Todcs se aprestam para a
gtande batida à perdiz, à lvbre
e- ao coelho, que vão ver uma
fona,: pagando, com língua de
palmo. a doce tranguilidade em
que:têm vivido e as razias nas
propriedades do infortunado la-
vrador, feitas a coberto duma
trégua que não podia: durar
sempre.
Notas lápis
dnomórei dé
Nos Diários do Gevérno de’14,
as Posturas relativas a automó-
veis ligeiros de aluguer, nos con
celhos de Leiria, Viseu e Figuei
ra da Foz, com a actualização de
preços para 1870 e 2820 o quiló
metro tendo por base o preço do
litro da gasolina a 4810,
Consta extra-oficislmente na
Secção Policial de Sertã que os
motoristas dêste concelho estão
exigindo preços muito superiores
âquêles, e por isso avisa-se o pú-
blico de que não deverá pagar
preços acima dos seguintes, es-
tabelecido com base no preço de
4870 o litro da gasolina: .
Carros com menos de À lugares, 2$00 o quilômotro
Carros de À lugares ou mais, 24500 >
Os preços superiores aos indi-
cados serão considerados abusi
vos, Sendo relegados ao Tribu-
nal Militar os motoristas que os
exigirem.
Recomenda se ao público que
avise a Secção Policial sempre
que um moto:ista de praça se re-
recuse a fazer qualquer serviço
que lhe seja peaido.
Estas instruções estarão em vi.
gor até que o Conselho Munici-
pal delibere sôbre a actualização
dos preços indicados na Postura
dêste concelho, publicada no Diá-
rio do Govêrno de 16 de Janeiro
de 1939,
(Da Secção Policial da Câmara)
Ba
NASCIMENTO
Teve o seu bom sucesso, dan-
do à luz uma menina, em 24 de
Julho, a’sr.º D. Maria da Costa
: – | Gonçalves, espôsa do nosso as-
sinante st. Augusto João Ferreie
fa, cantoneiro do quadro da Di-
recção de Estradas, residente em
Paço de Arcos.
| – Mai e filha estão bem,
Matriculas liceais e nas es-
colas primárias
As matrículas dos alunos in-
ternos do ensino liceal, devem
sem multa; de 15 a 20, com mul-
ta de 15$00, E desde 20 do cor.
rente até à abertura das aulas
com a multa de 20080, median-.
te autorização do Sr, Ministro da
Educação Nacional.
As matrículas dos alunos ex-
ternos fazem-se, sem multa, de 1
a 20 do Outubro e com multa de
200300, de 21 a 31 de Outubro,
Depois desta data não se podem
lazer nos liceus matrículas de
alunos externos, eo
No ensino primário as matri
culas dos alunos externos conti-
nuam a fazer-se em harmonia
com o despacho ministerial de
14-11-941, a saber: de 20 de Se-
tembro a 10 de Outubro, sem
multa; de 11 a 31 de Outubro,
com multa de 50$00,
Go Baja
hos: nossos grezados assi-
nantes residentes fora do País
De S.-Tomê, Congo Belga,
Congo Francês e Fernando Pó
directamente a importância das
suas assinaturas ou encarregarem
alguém de efectuar o pagamento,
dada a impossibilidade de po-
dermos fazer a cobrança pelo
correio ou por intermédio de
qualquer casa bancária.
Os do Brasil, não podendo
ou não querendo fazer a remessa
de fundos a esta Administração,
; deverão enviá-los ao sr. Adelino
Ferreira—-R [João do Rêgo,
213 229 — Recife (Pernamba-
Co), que lhes passará recibo.
A todos. agr decemos, desde
já, a melhor atenção para o nos.
so pedido. Ee
A Administração
CORA
15 e 18 de Agosto corrente vêm
publicadas as Portarias aprovando |
fazer-se de 5 a 15 do corrente, |
pedimos o favor de nos enviarem
à comarca da Sertã
(Noficiário dos nossos Correspondentes)
RAMALHOS, 6 —- Realizou-se
no día 16 de Agosto a tradicional
festa de N. S. do Ampato, e nela
teve lugar a comunhão das crian.
ças, que revestiu dum certo bri-
“ho peia forma com que o Rev.”
Serafim Serra que a contento de
todos os habitantes desta fregue
sia, a vem servindo, e a tinha
preparado, e organizado. Não te-
ve aquêle tradicional brilho pa-
gão, mas nem por isso deixou de
ter grande afluência de povo, por
ser só de carácter religioso, pelo
qual não houve o menor protês-
to, correndo tudo na mais perfei-
ta ordem e respeito,
—No dia 21 manifestou-se um
incêndio na casa de habitação de
António Vaz, do lugar do Casal
do Bispo, desta freguesia, que,
felizmente, pela muita afluêrrcia
de povo que acudiu, foi lego ex-
tinto, havendo ainda bastantes
prejuízos no recheio da casa, co-
mo a morte aum suíno, queimado
pelo fogo por se ter propagado
a um curral que ficava contiguo;
o proprietário também correu
grave perigo por s=: entrêvado e
se encontrar de cama; com di-
ticuldade dali foi tirado. O-fogo,
por se ter manifestado com vio-
lência, propagou-se a uma casa
que servia de palheiro, que fica-
va contigua, pertencente a José
Gomes, com o-seu recheio de
palha, madeira, e outros objectos
que ali se guardavam e de que
nada foi possível salvar-se,
e.
SOBREIRA FORMOSA, 6 —
Faleceu nesta localidade a Sr.
D. Maria Ribeiro, mãe dos srs,
P.º Manuel Vaz, pároco desta
freguesia, José Dias Naves e
António Ribeiro Vaz, Chefe de
Conservação de Estradas e avó
dos srs. Humberto Laia Rosa;
| empregado comercial e José Ri-
beiro da Cruz, industrial.
A lalecida completava hoje 91
anos. . –
A seu funeral que se realizou
de tarde constituiu um sentida
manifestação de pesar.
4º família enlutada enviamos
as nossas sentidas condolências.
i E.
«A: Comarca da Sertã» apresenta a
tôda a família entutada, designada-
mente ao seu bom amigo sr. José Ri-
beiro da Cruz, sentidas condolências:
ee
Legislação |
Foi publicado o regulamento
das Caixas de Abono de Família,
que estabelece as condições em
que os trabalhadores têm direito
a essa regalia e estipula as re-
ceitas dos novos organismos.
«pos bag
Inauguração da Casa do Povo
do Pêso
Caso não surja qualquer obstá-
culo de maior, é no próximo do-
mingo, dia 13, que se procede à
inauguração solene da sede da
Casa do Povo da freguesia do
Pêso, que fica instalada num
sumptuoso edifício, construído
para tal fim.
Dignam-se assistir ao acto, a
que se seguem diversos outros
números festivos, S. Ex.’* o
Subsecretário de Estado e Core
porações, Governador Civil, Pre-
sidente da Junta Provincial, De-
legado do I. N. T.e Previdên-
cia Sccial e ainda outras entida-
des da mais alta representação
oficial do distrito.
Reina o maior entusiasmo en-
tre os habitantes da povoação do
Pêso e da freguesia, esperando-
-se a comparência de muita gente,
incluindo muitos dos naturais re-
-sidente em Lisboa e noutros pon-
tos do País. As festas são
abrilhantadas pela Filarmónica
de Vila de Rei,
Investigações Policiais
O autor do furto a José Mar-
tins Carnapete, da Calvaria, An-
tónio Leitão, da Portela do Ou
teiro, pagou lhe a indemnização
de Esc. 7.613$00, importância
do dinheiro e dos objectos de
ouro surripiados. concordando,
ainda, em pagar as despesas com
a vinda do agente da P. I. C. de
Lisboa, sr. Alberto Antão da
Cruz, à Sertã.
E? digna de todo o elogio a
acção desenvolvida pelo sr. agen-
te no decurso das investigações,
inicialmente difíceis e complica-
das, tal a série de entraves que
surgiram e se acumularam, obscus
recendo as maquinações do cri-
minoso, que, talvez, contasse fi-
car a coberto do castigo mereci-
do… Todos os obstáculos, um
após outro, foram derrubados,
para que surgisse a verdade e a
descoberta de tôda a trama; e
não foi preciso recorrer à violên-
cia, como já uma vez aí sucedeu
com outras investigações,
Não se provou, até agora, a
culpabilidade de João Pires Mor-
gado na morte do Gregório da
Silva, que esteve ao seu serviço
como criado de lavoura. Em pros-
seguimento das investigações sô-
bre êste caso, o st. agente Cruz
procedeu à apreensão de todos
os bens — dinheiro e semoven-
tes— considerados como espólio
do Gregório, nomeando fiéis de-
positários os respectivos deten.
tores até se apurar se essa posse,
por parte de tais indivíduos, é
ou não legal.
Ea
Cobrança de assinaturas
Estamos a proceder à cobrança
de assinaturas na área da Províns
cia e localidades da Comarca
onde é possível fazé-la pelo
correio, esperando de todos os
nossos amigos a atenção de li-
quidarem os recibos logo que
lhes sejam apresentados, visto
que qualquer devolução só nos
traz prejuízos e origina a impos-
sibilidade de uma segunda co-
brança imediata pelo aumento
extraordinário que sofreram as
taxas.
A Administração
CHrOIO
Escolas do imagistério primário
Vai ser publicado um decre-
to-lei que reorganiza as escolas
do magistério primário, as anti-
gas escolas normais, reabrindo
as de Lisboa, Porto, Coimbra e
Braga.
Os exames de admissão come-
çarão em 15 de Outubro, os pro-
gramas serão os que constam do
regulamento aprovado pelo de-
creto n.º 30.968, de 13 de De
zembro de 1940 e os documentos
com qe terão de ser instruídos
os requerimentos são: certidão
de idade que mostre que o can-
didato não tem menos de 19 anos
nem mais de 28 certidão pela
| qual prove que tem pelo menos
o 2.º ciclo dos liceus, certificado
do registo criminal e-policial e
declarações a que se referem a
lei n.º 1901 e o decreto-lei n.º |.
21.003.
“Seda
Subscrição para a construção
da estrada Mardeirá-kito
da Cava
Lista n.º 4.
Transporte do n.º 308, 7.0508;
srs. Manuel Rodrigues, Lisboa,
50800; Leopoldino da Silva Mor=
gado, Sobral, 5$00; P.º Bernardo
Prata. Alvaro, 5 $00; Antônio
Barata Dias, Lisboa, 50800; José
Mendes Jorge, Lisboa. 50$00; Jo-
sé dos Santos Brazuna, Lisboa,
30300; João Lopes Barata, 30800;
João Lopes Barata Lisboa, 30800;
António Lopes Marmelo, Lisboa,
30800; sr ? D. Emília Conceição
Gaspar. Lisboa, 25$00; sr. Alfre-
do Mendes Jorge, Lisboa, 25800.
A transportar, 7.440800.
Pela Comissão
José da Silva .
ES a ar Cs,
à AGENDA £
4, Ed aa q ps a + e + E ça “
Encontram-se: no Cabegudo,
com sua espôsa, o sr, José
António-Martins, de Lisboa;
na Sertã, as sr.“ D. Gertrã-
des Pinto Serrano, de Evora,
D. Maria Madalena P. Dias
Ferreira e filha, de Amoreira
da Tórreeo sr. Amaro Mars
tins e família, de Lisboa; em
Monte Reaí, o sr. José Ferrei.
ra Fontes e família, de Lis.
boa; na Rolã, o sr. José à.
Alexandre Júnior, de Lisboa;
na Aldeia de João da Tira, a
s7.º D. Maria dos Prazeres Dela
gado Lourenço, espôsa do sr.
José Lourenço e sna sobrinha
menina Maria de Lourdes; de
Lisboa. age
— Esteve na Valada, com
sua família, o sr. Joagaim
Nunes. e
— Saíram: para a Figueira
da Foz, o sr. Celestino Pires
Mendes e família; para Mone
fortinho, o sr. dr. Carlos Mar-
tins.
— Regressaram, da Figaei-
ra da Foz, os srs. Fraricisco
Pires de Moura e espôsa, D.
Lígia de Moura Martins, es. ‘
pôsa do:sr. dr. Carlos Martins,
efilha e o sr. Acácio |. Soares
Ribeiro, espôsa e filhinho.
Hospital da Sertã
Subserição aberta pela «<«Go=
missão dos Amigos do Hos»
Pital da Sertã,» em Lisboa,
para a compra de material
eirúrgico : . . e
Transporte (do n.º 301), 15.180840 |
Exm.”º* Srs. Adrião Morais
David, Reinaldo Costa, Raúl Li.
ma da Silva e anónimo, 100800
cada; Engenheiro Lima da Silva,
50800. Sema, 450800. .
À transportar, 15.630840.
Dre
Estação provisória dos
Bombeiros da Sertã
A necessidade absoluta de re.
colher o pronto-socôrro em ga-
rage própria e exclusivamente. |
sua até à construção do projecta- .
do quartel, levou a Direcção a
firmar um contrato com as sr.
D. Ema e D. Judite de Sande
Marinha Guimarãis, desta vila,
para a cedência de parte do quin-
tal duma casa que possuem em
frente do Largo das Acácias, on-
de será edificada uma estação
provisória. As referidas senhoras
fazem o aluguel até o fim de
1946 e gratuitamente, pelo que
são dignas dos melhores encó. .
mios e do sincero reconheci-
mento da Associação dos Bom-
beiros Voluntários. E
Aguarda-se, agora, simples.
mente, a aprovação do orçamen-
to do corrente ano para efectuar
as obras em referência. :
A Sertró dia à dia
Na 5.º feira, de manhã, ‘decla-
rou seum pequeno incêndio na co-
zinha da casa habitada pôr Ben-
jamim Marcelino; nesta vila, pro-
duzido pelo lume que da lareira
se propagou a um molho de les
nha de eucalipto, ardendo partê-
do travejamento. O fogo loi rà-.
pidamente extinto pelos bombei-
ros, sendo pequenos os prejuízos.
é g
As irmãs Margarida e Elvira.
Peres, quando, na 6.º feira, se
ocupavam no fabrico de rebuça-.
dos, na casa da primeira, acen-
deram, para tal efeito, um foga-
reiro de carvão ; por inadverten.
cia fecharam a única porta que
dá para o exterior e, momentos
depois, sentiram-se aflitas, cor=
rendo o rsco de envenenamento
mortal, sendo chamado o sr. dr.
Angelo Vidigal. que lhes prestoy
os socorros necessários.
@@@ 1 @@@
“ao desprêzo e ostracismo dos do-
Tt
Preparação Tócuica à Fi-
o aim Secundário o Sertã
(Continuação da 1.2 página)
trajo a cair aos bocados e pelo
aspecto físico, mais parecem pe-
dintes do que operários que mou-
rejam de sol a sol. E assim se es-
tiolam e embrutecem esses rapa-
zes; muitos dos quais, porque
têm vocação, habilidade e com-
petência para a arte, poderiam vir
a ser prolissionais consumados se
houvessem adquirido a prepara-
ção precisa.
Dando boa conta de si, garan-
tiriam o luturo das famílias, cria-
riam lar próprio em boas condi-
ções materiais e morais e tornar-
Sejam, por consegliência, meme
bros valiosos numa sociedade
que carece dos necessários ele
mentos para se engrandecer e pro-
gredir. so
é Que futuro se antolha, actual-
mente, aos rapazes que, saídos
da escola primária, tiveram a
pouca sorte de haver nascido
pobres?
O trabalho duro e rotineiro,
ainda que honrado, na oficina,
na loja, na lavoura, quási sem-
pre ingrata ou -a inépcia innata |
que.os pais não conseguiram res
rimir por falta de educação. In-
elizes, muitos deles, que vêem
desfeitos os seus melhores sonhos
da meninice, quando, ao entrarem
na vida. em contacto com a bru-
tal realidade da existência, não
encontram o mais pequeno am-
paro moral, sentindo-se relegados
nos e senhores, que’os conver-
teram em servis instrumentos da
mais sórdida ambição. –
E assim seguem pela vida fera,
prêsos às grilhetas, como conde.
nádos às galés; de que só, um
outro, menos submisso, se con-
segue libertar.
À criação duma escola técnica
mudaria, radicalmente, ss condi-
ções em que se executa tôda a
actividade profissional; valoriza-
ria o trabalho e dignificaria o
comércio, a indústria e a sgricul-
tura, dando ao artista a posição
de independência e destaque que
deve ocupar ea que tem pleno
direito. A
4.
Independentemente da escola
profissional, podia também abrir-
se, na Sertã, um liceu municipal,
onde se ministrasse o ensino se-
cundário até ao 2.º ciclo.
-Só“por um feliz acaso se prde-
rá fundar, aqui, um colégio par-
ticular com a mesma finalidade.
Nota-se muito mais a feita de ini-
ciativa qne de dinheiro, esta re-
sultante do desinterêsse da popu-
lação local que não consegue
compreender os benefícios ger is
que adviriam da organização dum
bom colégio. .
O liceu municipal traria ex-
traordinárias vantagens: à Sertã,
que: não só as económicas às fa-
mílias dos estudantes, pois que,
um sensível” aumento de popula-
ção, mesmo flutuante, contribuíria
para: o desafogo financeito do
meio, a reflectir-se, sensivélmen-
te, nas pensões e nas casás co-
merciais e também não ficariam
sem compensação os proprietários
de algumas moradias, qué Hoje
as têm às móscas ou alugalas
por uma renda pouco menos que
ridícula. FE f
Fº. esta a nossa opinião.
Mas se a idéias do liceu muni –
cipal não for realizáve!, conside
rando se como mais uma famosa
utopia, então que apareça por aí,
quanto antes, um diplom:zdo em
Letras, activo, empreendedor e
metódico e se lance à tarefa; en-
tão ver-se-á que nem nós nos te-
remos de arrepender de tenta te
mosta nem êl. por ter aportuail
a esta terra, que desde há muit «
anos não consegue passcr
cepa torta !
A Vomaroa da Boriá
SERTÃ — Trecho da ribeira grande.
Quem com SERRO MATA…
CRÓNICA DA ALDEIA
por José Pinto Duarte (Sertório)
Nº 4
CAPITULO 11
(Continução do n.º 308) |
— Mas o teu Coronel referia-se a
Portugal, à nossa Pátria à nossa Ter-
ra, a todos Os portugueses nossos ir-
| mãos. E ouve, Manoel: se tu tivesses
| vinte irmãos e padecessem todos por
causa dum bocado de terra que te per-
tencesse, não o vendias para que os
teus irmãos deixassem de sofrer ?
– -âbertos, exclamando :
— Vendia, sim, senhor, mas quando ,
isso fôsse necessáio.
— Pois, aqui é a mesma coisa, ho-
mem | Por que vocês, que são meia dú-
zia, não querem vender isto, perdem
dois ou três distritos! :
— Não senhor, se é preciso o cami-
nho de ferro, façam-no a carvão como
os outros, ninguém se opõe a isso,
mas para tal não é preciso uma re-
prêsa no rio; quando muito, uma ponte.
— Olha, Manoel, não há nada mais
difícil do que convencer um teimoso
“que não está disposto a deixar-se con-
vencer! — ou um bruto, acrescentou
mentalmente o Administrador.
Enfim, eram quatro ho.as da tarde,
os visitantes tinham esgotado a paciên-
cia e a taberna, sem adiantarem muito
na sua deligência.
A única coisa com que os homens
concordaram, depois de muito instados
— e só para fazerem a vontade a Sua
Senhoria — é que viesse-ao Rio um en-
genheiro estudar até que nível se po-
deria fazer uma barragem, sem prejudi-
car a terra. Mas que viesse estudar;
lá mexer no rio, isso é que êles não
consentiriam de forma nenhuma,
Já a caminho do alto da serra, o
Admiiiistrador disse ao companheiro;
— Afinal, creio bem que perdemos as
passadas. e
— Sabe você o que eu lhe digo, meu
amigo ? esta gente, o que mais precisa
é de educação, € a principal e mais ur-
gente obra de prooresso que o Govêr-
no tem de fazer no nosso País, é abrir
escolas onde se ministre a instrução
primária.
— Tem razão — respondcu o outro
— aqui tem você uma área enorme,
com cinco ou seis povoações, que, reii-
nidas, formam um núclco apreciável de
indivíduos é cuja escola mais próxima
fica a 15 quiiômetros de disiância. E,
picando de esporas, os dois homens
apertaram as montadas, pela seria aci-
ma.
CAPITULO III
Do carro-automóvel que faz as car-
ria pediu e obteve cólocação em Cas-
reiras entre Castelo Branco e a Sertã,
apeou-se, à chegada a esta vila, um
único passageiro. ; ;
Eta um rapaz alto, moreno, de olhos |
castanhos e figura varonil, que trazia ‘
na mão uma pequena mala de couro e
uma capa de borracha.
O seu olhar franco e leal inspirava .
simpatia, e o melhor fisionomista não .
lhe daria mais de vinte e quatro anos ‘
de idade. Depois de pagar ao condutor, ,
dirigiu-se para o estabelecimento pró-;
ximo e, vendo alt apenas um pequeno
marçano, colocou a mala -ôbre o bal-
cão e assentou-se numa cadeira Pouco
depois entrava na loja um rapaz de”
mediana: estatura, muito trigueiro, de
farto bigode preto, que, ao encarar com
o viajante. correu para êle de braços
— Oh! José Maria! Tu, por aqui,
meu velho?! há mais de dez séculos
que te não via! Salte de lá esse abraço,
velho amigo. E
E o recém-vindo, que se chamava
Alberto Silva e era filho da dono do
estab>lecimento correu para O nosso,
viajante. Os dois rapazes estreifaram-,
se afectuosamente.
José Maria tinha nascido numa pe-
quena freguesia do concelho da Sertã,
donde era natural sua mãi e onde tinha
ainda uns parentes aiastados.
Fiiho dum oficial do Exército, que ao
tempo da sua meninice residia na capi-
tal do distrito, tinha-o o pai deixado
na Sertã, em casa de sua avó, e foi ali
que fez o seu exame primário. Por
morte da boa vaihota retirou-se para a
companhia dos pais, matriculando-se
no liceu de Castelo Branco. Mais tar=
de, com a transferencia do pai para
Lisboa, José Maria acompanhou a fa-
míilia, continuando os estudos na capi-
tal.
Não esquecia, contudo, a terra onde
passara a sua infância e onde tinha os
seus merhores amgós e, de tôdas as
vezes que o pai lho consentia, vinha
passar férias à Sertã.
Cursava engenharia quando um de-
sastre numas manobras vitimou o autor
de seus dias, deixando-o com os estu-
dos incompletos. A família não era ri-
ca, mas a pensão que foi dada a sua
mãi e algumas economias deixadas por
seu pai permitiram-lhe acabar Oo curso
sem grandes sacrifícios.
Rapaz sossegado, inteligente, hones-
to e trabalhador, vivia com sua mãi e
sua irmã, mais nova quatro anos do que
êie, se não com: abastança ao menos.
nunia razvável e decente mediania. Não |
unha mais parentes, a não ser, como já
se disse, uns primos afastados, na al=
deia onde nascera,
Logo que concluiu o curso, José Ma-
SERES
teto Branco, onde, à data da nossa his-
tória, residia com a mãi e a irmã.
Alberto Silva, puxando o amigo por
um: braço, levou-o pela escada acima.
— Anda daí meu velho, vieste em
magnífica ocasião — dizia-lhe êle inti-
mamente satisfeito — vamos almoçar.
Depois dos cumprimentos do estilo à
família do Silva, e do almôço que de-
‘ Correu na maior intimidade, os dois
‘ amigos retiraram-se para o gabinete do
Aiberto, a-fim-de fuma:em e conversa-
rem à sua vontade.
– E? verdade — dizia losé Maria —
há perto de quatro anos que não vinha
à Sertã. Não sei se te lembias que de-
pois da minha colocação na capital do
| distrito núnca mais aqui voltei.
— Porque não ficaste em Lisboa ? —
preguntou Aiberto Silva — não terias
lá melhores probabilidades de futnro ?
— Bem sabes, Alberto, que nunca
gostei da capital. A vida ali é fictícia,
convencional, sufocante | Antes mil ve-
zes a provincia. É digo-te, mesmo na
província não me agradam as cidades
Para mim o ideal seria poder viver nu=
ma vila, ou mesmo numa pequena al-
deia, onde se respirasse o ar puro e
embalsamado dos campos, se gozasse
a tranquilidade e paz do espírito, a
franqueza e sinceridade dos homens.
— Parece-me que estás um pouco
bucólico.. – J
— Que queres ? fui sempre assim.
— E tencionas” qemorar-te muito na
Sertã ? :
— só até amanhã à tarde. Vou des-
terrado para o Rio Fundeiro.
— Oh! com mil’aemónios — disse Al-
berto Silva, levantando-se — para O
Rio Fundeiro ?! :
— Sabes onde é? preguntou O enge-
hheiro, sorrindo. :
— (O) Rio Fundeiro ? sim… creio que
sim… E? uma coisalá para os lados
da Mandchúria,.. i
— Ora, francamente, Alberto | Deixa-
te de brincadeiras. Bem vês que pre-
ciso conhecer umas certas particulari-
dades da terra onde terei que estar
quatro ou cinco meses e da índole dos
habitantes com que naturalmente terei
de lidar. Não podes informar-me a ês-+
te respeito ? :
— Da índole dos habitantes ? sim,.
sei alguma coisa. Ja não praticam, creio
eu, a antropofagia, contudo, nos seus
hábitos, não se diferençam muito dos
selvagens da Nova Caledónia ! |.
— Já vejo que contigo não há manei-
ra de de obter informações! Terei de
bater a outra porta,
: É (Continua)
este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
Com a boca na botija.
Às propriedades rústicas en
tre nós, estão quási todo o ano
à mercê dos ratoneiros e vânda-
los, que tudo furtam e destroem,
desde o fruto das árvores aos
ferros das fatadas e engenhos,
crimes que em geral ficam impu-
nes porque não se faz o polícia-
mento conveniente e é impossí:
vel aos donos, salvo quando vi-
vem nelas, manter a vigia ne:
cessária,
“Nesta época são as vinhas as.
soladas pelos maraus, que auda-.
ciosamente nelas penetram du
rante a noite, furtando “as uvas
p-ra satisfazer a gula insaciável, .
esquecendo que o pobre lavra-
dor, sempre sacrificado, espera,
obter, com a venda do vinho, .
alguma receita que permita equi
librar o seu orçamento, desfal- |
cado durante um ano inteiro por
mil e uma despesas que a terra
absorve e geralmente não com+
| pensa.
Sucedeu que há dias o comer»
ciant: desta vila, sr José Martins
Barata, possuidor de uma vinha .
no Chão da Forca, verif-cou que
os larápios tinham feito grande
desbaste nos cachos. Calou Se,
muito bem calado, e encarregou
três homens de confiança para,
nas últimas n ites, ficarem de
atalaia; os bicos, felizes no pri |
meiro assaito, não sé lembraram
que a segunda tentativa lhes:po-
deria trezer amargos de bôca…
E irouxe mesmo: mal entraram
na vinha, surgiram-lhes pela fren-
te os guardas, dispostos a fazer
justiça pelas su:5 mãos, O que
não foi preciso porque os; lará
pios se zenderam ; são êles Se-
bastião Rodrigues e José Rodri-
gues. do Montinho e António
Luiz e José Luiz, das ‘Ladeiras.
O sr. José Barata exigiu lhes,
e vá lá que tiveram mu’ta sorte.
o pagamento de 220800, com gue –
não quis ficar e, louvavelmente,
distribuiu: 100800 pelos Bom-
beiros, 50800 pela Sopa dos ‘Po-
bres e 70800 pelo Hospital. –
Uv:s bem amargas, a-finial!
Oxalá que a liçã lhes aproveite .
e sirva de exemplo a outros do
mesmo jaez. |
BAPTISADO
No dia 30 do mês findo bapti-
zou-se, na igreja paroquiál do
Cabeçudo, o filhinho do nosso
amigo. Antero do Vale Santos,
e de sua espôsa sr.? D. Maria
da Conceição Silva do Vale San-
tos de Oleiros, que recebeu o
nome de Alexandre Rúben, Po-
ram padrinhos seus tios mater-
I nos, sr.? D. Clotilde das Dores e
Silva e osr. José Francisco da
Silva, de Santo Estêvão (Cabé-
cudo). E Ê
-<ngo ES ou o
Eis
INSTRUÇÃO E
Foi transferida, do posto esco»
lar da Azinheira, freguesia do
Marmeleiro, para o de Trísio,
freguesia de Palhais a regente
sr.2 D. Laura Rosa da Silva.
A M ARGEM DA GUE RAA
Eduardo Barata
Soldados alemães ocupam este abrigo, avanigando cuidadosamente g
«Artilharia de D Ç À alemã nas margens do Mediterraneo