A Comarca da Sertã nº256 07-08-1941
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FUNDADORES
—. Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva
S exames liceais, êste ano,
“atingiram um número fan»
tástico de reprovações, baten-
“do o record dos últimos cinco
anos.
No 7.º ano houve 90º; de
reprovações em Matemática, o
gue originou uma nota ofício-
sa do Ministério da Educação
Nacional ea autorização er-
cepcional de um segundo pe-
ríodo de exames em Outnbro
para os alunos reprovados a
— uma cadeira. O 6.º ano seguin
E a
“lhe a peiigada!
O resultado dos exames de
iências aproxima se bastan-
os de Matemática !
m Castelo Branco, de 178
alunos, apenas 20 completa-
am o 6º ano, ou seja 11º de
ações! Em Santarém,
mpreender»s.
tam catastróficos se-
jam, sômente, originados por
— deficiência de habilitação ou
— má preparação ?
* Não pode ser. Temos onvi-
do muitos rapazes queixar-se
de que grande parte dos pon-
tos de Matemática está fora
dos programas e, sendo assim,
verifica-se uma injustiça, arma-
-Se uma ratoeira a todos os can-
didatos, até âquêles mesmos
que estão senhores da matéria,
Compreendemos que se exija
o conhecimento geral das disci-
plinas a quem se apresente a
exame, mas não se impeçam de
Bi
estudar ou corte a carreira
âquêles que provaram ter um
regular aproveitamento e du-
rante um ano inteiro fizeram
uma enorme despesa, que, na
“maior parte dos casos, repre-
“senta um grande sacrifício
para os pais.
“Parece ser da mais elemen-
tar justiça facilitar os estudos
aos rapazes aplicados, tam
certo é que, se a vida se apre-
senta complicada aos diplomas
dos, incomparâvelmente mais
difícil ela se antolha aos que
pouco sabem.
Dagui a admitirmos que se
facilite o prosseguimento e
conclusão de cursos a man»
driões e inaptos – com o que
a sociedade só tem a perder—
vai uma grande distância.
a
POR falta de espaço não pa-
blicêmos no passado nú-
mero a notícia da entrega do
material cirúrgico ao Hospi-
tal e das homenagens à «Co-
missão dos Amigos do Hospi-
tal da Sertã em Lisboa», efec-
tuadas no dia 27.
Ainda que pareça, não é es
tranho o facto: é que a notícia,
preparada com toda a brevi-
dade, chegou à tipografia quan-
do o jornal estava completa-
mente paginado.
A muita estima que nutri-
mos pela ilustre Comissão exi-
gia esta explicação da nossa
parte,
o
Em Coimbra foi, tam
tremenda calamida-
Hospital da Misericórdia da Sertã
ç Entrega do maferial cirúrgico adquirido por subscrição — Homenagem â
«Comissão dos Amigos do Hospital da Sertã em Lisboa»
Sertã esteve em festa no domin.
ge, 27 de Julho. Festa simples,
sem espavento, sem grinal-
“das ou bandeiras, sem ruídos
estrídulos, sem aquela agitação própria de
arraial, em que o barulho das músicas se
amalga com as cantigas das raparigas e a
vozeária de uma multidão ávida de dar lar-
gas ao contentamento que lhe vai na alma,
Mas esta festa, despida de exteriorizações
escusadas e de bulício, provocou entusias-
mo e alvorôço no coração do povo da Ser-
tã, que soube — como sempre — tributar o
seu preito sincero àquêles que são dignos
do tôda a sua gratidão e respeito pelo es-
fôórço abnegado em prol do progresso e
Sa uns bom nome desta terra; que pode orgulhar-|
religiosamente lembrados por todos os
doentes que ali procuram alívio para as
suas dores.
Note-se, porém, que a acção da Co-
missão não terminou; ela prosseguirá, por-
que há mais aparelhos a comprar, indis-
pensáveis ao apetrechamento completo do
banco e sala de operações.
| 4 4
Um pouco depois das 12 horas já o
Hospital regorgitava de gente desejosa de
assistir à sessão solene, que se efectuava
na enfermaria dos homens. Bastantes se-
nhoras e cavalheiros, alguns de Sernache
do Bomjardim e Cabeçudo, e muito povo
iam entrando e acupando os diversos lo-
HOSPITAL
se do amor dedicado de seus filhos e nêle
encontra, a cada passo, em tôdas as épo-
cas, a fôrça do seu ressurgimento o as pera-
pectivas de um futuro digno e glorioso.
A ilustre «Comissão dos Amigos do
Hospital da Sertã em Lisboa» teve, no do-
mingo a consagração de que era crédora
pelo muito que fez em beneficio do nosso
Hospital, consagração extensiva a todos 08
subscritores sem excepção e àquêles que,
por qualquer modo, contribuiram para o
brilhante resultado de uma iniciativa in-
contestâvelmente arrojada. .
Ver, dentro de um espaço de tempo
limitadíssimo, regularmente apetrechado
de aparelhos de cirurgia um hospital que
chegou a extrema pobreza, impossibilita-
do, por isso, de cumprir a sua missão, de-
nota eloqtientemente o valor individual dos
componentes da Comissão, a sua tenacida-
de e; sobretudo, o seu espírito filantrópico;
a Comissão provou exuborantemente pos-
suir tôdas estas qualidades, que se con»
substanciam numa só. a resolução de
vencer!
Bem hajam, pois, os era, Adrião Mo-
rais David, Reinaldo Alves Costa e Raúl
Lima da Silva. Se os dois primeiros não
sã. nascidos na Sertã, ela orgulha-se de
os considerar seus filhos dilectos; e o Hos-
pital inscreveu-os, a todos, no «livro de
ouro» dos séus mais dedicados protectores
e amigos, Os seus nomes ficarão gravados
para sempre nos anais da história daquê-
le estabelecimento de assistência pública,
DA SERTÃ
garos, Entretanto chegava a Filarmónica
e um piquete de bombeiros com o pronto-
socôrro, que gentilmente se associavam à
cerimônia,
Nos topos da sala, ao lado da mesa
da presidência, postaram se o piquete de
bombeiros e o estandarte da Filarmónica
empunhado por um dos seus componentes.
O Provedor, sr. Manoel Milheiro Duar-
te, convida, para presidir à sessão, o ilus-
tre Presidente da Câmara, gr. dr. Carlos
Martins, que, por sua vez, convida para o
secretariarem os srs. drs. José Carlos
Ebrhardt, médiec municipal aposentado e
venerando fundador do Hospital e Albano
Lourenço da Silva, distinto advogado da
comarca, como representante, neste acto,
da freguesia de Sernache do Bomjardim,
O gr. dr. Carlos Martins explica que a
finalidade desta sessão é fazer entrega, ao
Hospital, do material cirúrgico já adquiri-
do pela «Comissão dos Amigos do Hospi-
tal da Sertã em Lisboa», exposto na sala
de operações; elogia os esforços da ilustre
Comissão, que se acha preseute, ressaltan-
do o êxito da sua iniciativa, digna de to-
dos os louvores pelos intuitos que a orien-
taram e que tam bem calam no espírito de
todos que buscam minorar os sofrimentos
alheios. Eista sessão constitue indefectível
homenagem a quem tanto trabalhou por ele-
var o Hospital da Sertã à posição que deve
ocupar,
(Continua na 4 página)
O DIRECTOR, E ao E PROPRIETARIO o
o + Eoluando Barata da TFilua Comeda TIP. PORTELLA PEÃO
s = REDAÇERO É ADMINISTRAÇÃO RARO!
m| |RUA SERPA PINTO-SERTÃA da.
> || ———— – eee | TELEFONE|.
« PUBLICA-SE AS. QUINTAS FEIRAS 112
ANO VI. | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã pve Er a
Nº 256 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; é freguesias de Amêndoa e Cardigos ( do conselho de Mação) | 1944
oco da lápis
Sertã, nesta época, com os
seus passeios pitorescos
e bem tratados, farto arvore-
do, bons ares e explêndidas
águas, tem encantos especiais,
oferecendo aos visitantes, sa-
turados do bulício da cidade, –
óptimas condições para repoa-
so do corpo e do espírito, tam .
necessário depois de um ano
de canseiras e de constantes.
preocupações.
Além disso, a nossa terra
dispõe hoje de alojamentos’
para os mais exigentes, exis-
tindo pensões que nada têm
que invejar, em comodidades,
boa alimentação e asseio, às
congéneres doutras terras da
mesma categoria. .
ogegpegage-
QUEM hoje passa pela Sertã, .
Co por pouco tempo que ses
ja, não deve deixar de visitar
a Alameda Salazar, o Mira:
donro Caldeira Ribeiro, o Adro
da lereja, onde existe um ma-
gnífico jardim, o parque e.
mata do Hospital, o castelo o
alto de Santo António ea Fon
te da Pinta, aproveitando a
curta digressão para ver, tams..
bém o edifício do ( lnb Serta-
ginensee Teatro Tasso, a lgres
ja Matriz, os Paços do Gonm=
celho e o Hospital.
E depois de tudo isto ficará
com uma agradável impressão
da Sertã, ao contrário de quan=
do se limita a passar na rua
Gonçalo Rodrigues Caldeira,
ponto obrigatório de trajecto,
onde quási tôdas as casas de
moradia apresentam um con. .
junto detestável, num debuxo
rústico que só seria admissi=
vel na época dos afonsinos…
GDI
ADRIANO GASPAR ISIDO-
RO,novo colaborador poé-
tico dêste semanário, de que
publicâmos uns lindos versos
no penúltimo número, revela-
-se um primoroso e sentimens
tal cultor das musas, inspiran»
do as suas produções nos mais
belos temas.
Como aguéles, outros nos
reservamos para publicar à
medida que o espaço no-lo
permita.
Á guerra na frente oriental
entrou numa fase em que
facilmente se compreende não
terem os alemâis alcançado as
vitórias e objectivos tam insis-
tentemente espalhados. À des.
fesa rassa, a extraordinária
resistência moscovita, estava,
porventura, fora de todos os .
planos germânicos, que até
agora, nos outros teatros da
guerra, lograram alcançar o
melhor êxita.
Cotejando a envergadura da
ofensiva com os meios de re=
sistência que se lhe deparam,
acabamos por conclair que o
exército russo não é uma hor-
da indisciplinada, sem coesão
e sem espírito mititar, indisciplinada, sem coesão
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sAvosasaseaaconas aaa
PENSÃO BRANCO.
“a,
%
Serviço privativo de automóvel,
QUOBUBUNADDLESCNERA SEDEES SVO STEDaD,
e
(ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)
A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
sita, pelo seu Ótimo serviço de mesa e magníficos quartos,
INSTALAÇÕES MODERNAS, AMPLAS E BEM ILUMINADAS
Ão visitardes a Sertã, que tem belos passeios e lindos
pontos de vista, não deixeis de procurar esta pensão.
REA
“Avonida Baiama do Bastos – SERTÃ
PREÇOS MÓDICOS
RE
&
nmapasa?
Atitude tobilissima
Todos os dias, depois que re-
bentou a guerra, se registam tra=
gédias horrorosas no mar, que os
jornais, lacónica ou desenvolvi-
damente, relatam sempre.
Esses episódios não passam
despercebidos ao leitor, nem dei-
xam de ferir a sua sensibilidade
mesmo à fôrça de serem repeti-
dos. E” que o coração humano
não pode deixar de se impressio-
nar perante as angústias de tan-
tos náufragos, vítimas do torpe-
do traiçoeiro, da mina ou do
bombardeamento…
Consumada a acção do inimi-
go, resta, quando muito, o frágil
batel ou a jangada, recurso ex
tremo para quem, apegado à vi
da, alimenta a esperança de um
feliz salvamento. Mas o mar é
imenso; só Deus pode socorrer
os desgraçados exaustos, desia-
lecidos, torturados pelo desespê-
ro, que há muitos dias nada têm
de comer, depois de partilhar a
última bolacha e o derradeiro
gole de água!
“E sentem-se suores frios de
uma lenta agonia. Os lábios pa-
– Tecem ter emmudecido, para sem-
pre, depois de uma longa e fer-
vorosa prece! Na retina do náu-
frago perpassa, pela última vez,
o quadro da despedida dos entes
queridos no momento dilaceran-
te da partida!
Depois… depois… quando
parece ter sossobrado o último
raío de esperança, surge o barco
salvador |
de
w
Foi assim, também, a odisseia
dos 16 náufragos do vapor in-
glês «Hadwvid», salvos pelo bar-
co português «Saiidades>.
O estado de fraqueza dos ma-
rinheiros ingleses era tal que o
sr, comandante Joaquim Andra-
de Raínho, capitão do «Saiida-
des», começou por dar-lhes no
primeiro dia uns goles de conha-
que com água e no outro uma
alimentação fraca de bolachas e
água. Ao terceiro dia foram-lhes
fornecidos alimentos mais subs-
tanciais e tabaco de que há tan-
to tempo estavam privados.
Os marítimos do nosso vapor
ofereceram roupas e calçado aos
seus camaradas. O sr, comandan:
te Raínho deu um dos seus far-
damentos ao comandante britâni-
co, capitão Norman Coullield, e
o imediato sr, Carlus Morais deu
igualmente a sua roupa a um ou-
tro oficial.
O cônsul inglês que, no cais
do Jardim do Tabaco aguardava
o «Saiidades», agradeceu muito
reconhecido a generosidade do
sr. capitão Raínho, dos seus ofi-
ciais e marinheiros.
Quando aquela autoridade con-
sular e o comandante Coulfield
preguntavam ao capitão portu=
guês quanto lhe deviam pelo for-
necimento de géneros, roupa e
tabaco aos sobreviventes, res=
pondeu com a maior nobreza :
—Nada me devem ! Eu é que
me considero bastante feliz por
ter pago na mesma moeda o que
devia aos ingleses desde a outra
guerra.
O comandante Rainho recordou
então que na Grande Guerra o
seu barco foi também torpedea- |
do e que andou perdido no mar
durante muitos dias, até que êle
e os seus camaradas foram sal-
vos pela tripulação dum navio
inglês,
Estrada do Cabril
O correspondente do nosso
prezado colega «O Castanhei-
rense», de Castanheira de Pera,
em Pedrógão Grande, a propó-
sito daquela estrada, que é uma
parcela da E. N. 54-22, afirma
num dos últimos números:
A” volta da projectada obra
da estrada do Cabril, tem-se fei-
to mil e um projecto como se
costuma dizer, entre os quais
alguns muito dispendiosos. E”
este facto, talvez, um dos moti-
| vos porque tão útil obra se não
tem levado a efeito.
Quanto à nossa opinião, . já
manifestada por vezes, aligura-
-se a construção desta obra sim-
ples e de relativamente pouco
dinheiro, pois construindo – se
apenas 3 kilómetros de esiraua
no Cabril, já esta vila ficava li-
gada com Pedrógam Pequeno, e
seguidamente com Sertã, e todo
o alto Alentejo, etc. pelo modo
seguinte :
Esta terra possue já uma es-
trada até às imediações da N.S.
dos Milagres. Deste local à pon-
te do Capril que s: alcança a pé
em pouco mais de 5 minutos,
teria a estrada segundo julgamos
atendendo ao terr.no de grande
inclinação um desenvolvimento
de máximo 2 kilómetros. À p n-
te até tal qual se encontra servia,
mas com um pequeno alarga-
Imento, à semelhança do que se
fez na Ponte de Pera, cuja cons-
trução se não compara, ficava
uma passagem magnilica,
Da Ponte do Cabril à projec-
tada Central da C.º de Viação e
Electricidade, de onde já há uma
boa estrada encascalhada para
Pedrógão Pequeno, pode ser o
máximo um kilómetro,
Deste modo com 3 kilómetros
de estrada, e conforme nos vi-
mos referindo, o traçado da es-
trada de Lousã (Foz de Arouce)
a Belver, ficava ligada, embora
depois tivessem de ser feitas al.
gumas modificações na estrada
daqui: à S. des Milagras, e da
projectada Central da C. V. E. a
Pedrógam Pequeno. Entretanto
com os 3 kilómetros de estrada
já ficávamos servidos.
E ea e
Férias Judiciais
Principiaram no dia 1.º do cora
rente, prolongando-se até 30 de
Setembro inciusivé, as férias ju-
diciais,
epa
OS AMIGOS DA «COMARCA»
Pelo nosso amigo sr. Alíredo
da Silva Girão, da Cava, foi-nos
indicado para assinante o st.
António Antunes Júnior, do Bar-
reiro.
Agradecemos.
= ri
INSTRUÇÃO
Em obediência às disposições
do art.º 2.º do decreto n.º 20.274,
de 31-8-931, Íci autorizada a en-
trada em funcionamento, por des-
pacho cado até 20 de Julho findo,
da escola masculina do Troviscal.
— Encontra-se va a a escola
masculina de A’lvaro.
ESTUDANTES
ACEITAM SE em Tomar. Casa
de confiança, tratamento familiar.
Informa-se nesta Redacção.
A Comarca da Sort ã
Venda de pão, na Sertã,
ás 5.º feiras
Inconveniente a remediar
Por virtude do descanso se-
manal, está a padaria fechada às
3º feiras. A-pesar disso, para
que o público não fique privado
de pão, que, na véspera, por es:
quecimento, deixou de comprar,
ela abre, parece, duas vezes ao
dia, o que julgamos muito acer-
tado.
Contudo, talvez fôsse preferi-
vel que a padaria escolhesse pa-
ra depósito e venda de pão, du-
rante as terças-feiras e até nos
outros dias, depois do encerra-
mento, qualquer dos estabeleci-
mentos de venda de bebidas, não
abrangidos pelo descanso obri-
gatório. A trôco de um comis-
são mínima, a padaria efectuava
venda maior, proporcionando
grande vantagem ao consumidor,
que já sabia onde comprar qual-
quer quantidade de pão à hora
que lhe apetecesse.
Não é raro, durante a 3.º feira,
ver andar por aí gente aflita em
busca de pão, sem que consiga
encontrá-lo.
O inconveniente evitava-se da
forma que expomos.
ANUNCIO
(1.º publicação)
Faz-se saber que pela ter-
ceira secção da Secretaria
Judicial desta comarca, e
nos autos de prestação de
contas na insolvencia a qu:
passcu a herança de Joã:
Mateus, morador que foi no
Ligar do Carvalhal Cimeiro,
freguesia do Troviscal, cor-
rem éditos de oito dias, »
contar da segunda e última
pablicação do
anuncio, citando os crêdo-
res e os interessados da he-
rança para no praso dos édi
tos, dizerem o que se lhes
oferecer àcêrca das contas
apresentadas pelo adminis-
trador da mesma insolven-
cia.
Sertã, 28 de Julho de 1941
Verifiquei—O Juiz de Di-
reito, Armando Torres Paulo.
O Chefo da 8 * Secção, int.”,
Armando António da Silva,
EDITAL
Lúcio Amaral Marques, Che-
fe da Secção de Finanças
do Concelho de Sertã
Faz enber que são convidados
os contribuintes industriais do
grupo O de cada uma das fre.
guesias dêste concelho, & indica-
rem até so dia 31 do mês de
Agosto de 1941 e de harmonia
com o parágrafo 1.º do art. 6.º
do Decreto-Lei n.º 24,916 de
10 1.985, o Delegado escolhido
pelo respeotivo grémio ou por
classe de contribuintes a fim-de
constituirem a Comissão de que
trata o mesmo artigo para a fi
xeção do rendimento tributável
para o lançamente da referida
contribuição do próximo ano.
E p ra que chegue ao conhes
cimento de todos, se passou O
presente e outros de igual teor,
que vão ser afixados nos lugares
públicos do costume,
Secção de Finanças do Cono–
lho de Sertã, 30 de Julho de 1941.
O Ohefe da Secção, — Lúcio
Amaral Marques,
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7800
respectivo | ER
CASTELO BRANCO-COIMBRA
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidade para o público.
AS 2%, 4 E 6% FEIRAS | AS3.º, 5.º E SABADOS
Cheg. Part. Cheg. Part.
11-50 | Castelo Branco . 9.15
14 25 | Sobreira Formosa . 11-00 11-10
Proença-a Nova . 11-30 1140
Sertã. . 1230 13.00
Sernache do Bomjar-
dim . 13-20 13.33
Figueiró dos Vinhos 14-15 14-25
Coimbra. ..,
Figueiró dos Vinhos 14
Sernache do Bomjar-
dim . 15.03 15-10
Sertã, .« E. . 15:30 1530
Proença-a-Nova . 16-25 16 35
Sobreira Formosa . 16-55 17-05
Castelo Branco – 18-50 Coimbra . = . 16-35
Castelo Branco— Coimbra |. . . Ese. 40850
» » ida e volta . » 72850)
Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira
Aceitam-se encomendas para o PORTO, RÉGUA, S. JOAO
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Figueiró — Coimbra, têm os seguintes horários:
Ás 2.º, 4.º e 6.º A’s 3.º, 5.º e sáhados
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Eleueiró dos Vhs De E Sertã… 13.00
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Sao Pê 15.20 Sernache Bom. 13:20 13-33
Segue a G. Branco 16-35
AS lorcos feiras o dias 23 de cada mês
salvo se o dia 23 fôr domingo, pois neste caso
efectua-se ao sábado
“eso
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Cheg. Partd. Cheg. Partd.
Setlã cos 5-15 Coimbra …….. 16-00
Sernache Bom. dim 5.35 5-38| Figueiró dos Vh.º 18-25 18-30
6-20 6 25| Sernache Bom.” 1912 1915
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+: ARVORES DO ::
PARQUE DA CARVALHA
Vota a sr. D. Guilhermina de
Portugal Durão Gid
«..St. Redactor de «A Co-
marca da Sertã»
“Raras vezes tenho ocasião de
visitar a minha terra, mas nem
por isso a aprecio menos.
“Muito desejando ver o lindo
passeio da Carvalha melhorado,
mas arborizado como está.
‘ Com os meus agradecimentos
me subscrevo
Mt. Att.” Obgd.*
Guilhermina de Portugal Dn
rão Cid
Lisboa, 19 de Julho de 1941
dd
“x
Vota o sr. Emesto de Carva-
lho Leitão
Lisboa, 19 de Julho de 1941.
»ceSr. Redactor de «A Co-
marca da Sertã»
SERTÃ
“Meu Ex.”º Amigo |
“O Sr. Presidente da Câmara
Municipal da Sertã num gesto
digno de todo o louvor e que o
impõe à consideração de todos
“nós, não quis substituir a arbo-
rização da Carvalha sem ouvir |
a opinião de todos aquêles que
livremente a quizessem emitir,
“<A Comarca da Sertão, na de-
Tesa dos interesses da nossa ter-
ra pôs as suas colunas à dispo-
sição de todos aquêles que, so-
bre o assunto algo tenham a dizer.
– Sentiu o Dg.”º Presidente da
– Câmara e, muito bem, que àque-
“las arvores seculares estão pre-
s:s as mais gratas recordações
de infância de milhares de ho-
f e, em crianças se aco-
” lheram à sua sombra amiga. E’ um
“bem comum, um pouco de nós
‘ todos, uma velharia que nenhum
“Sertaginense verá desaparecer
sem a impressão de lhe terem
tirado um pouco da sua terra,
Algumas arvores da Carvalha,
– poucas, estão velhas, caruncho-
“sas, falta-lhes aquela beleza que |
nos dão as árvores em plena pus
jança mas, se destruirmos tudo o
que na Sertã é velho o que res.
tará que nos lembre os nossos
“avós?
A sua velhice atesta o trabalho
e o bom gôsto dos nossos maio
lha é comprometer grâvemente
o conjunto harmônico com que a
natureza dotou as margens da
ribeira.
Destruir o que levou séculos &
crear é um crime e uma falta de
gôsto deveras lamentável. Bem
basta o que já se destruiu.
Perdoe meu caro Amigo o ser
tão extenso mas, será com viva
mágoa que verei destruir essas
árvores centenários e, sobretudo,
não quero que o meu silêncio
fosse interpretado como indife.
rença. Pena é que todos aquêles
urbanistas de lareira que hoje
se não dão ao incómodo de exe
teriorizar a sua opinião nas co-
lunas do seu jornal, chorem em
volta de fogão, nas longas noi-
tes de inverno, quais velhas ra-
melentas, ao contemplar os tron-
cos calcinados das pobres árvo-
res que não quseram ou não
souberam defender.
Com um forte abraço de agra-
decimentos. creia me meu caro
Muito amigo e obrigado
E. Carvalho Leitão
o
Vota o sr. João Albino, de
Moura
Moura, 20/7/941
-.« Snr, Director de «<A Co-
marca da Sertã» É
SERTA
Cstadcants qse Boots CODES
No seu jornal n.º 250 vem uma
local em que a Ex.”* Câmara ex-
põe o seu pensamento, aliás já
aprovado’ em sessão de 18 de
Junho p. p., do que deseja fazer
na Alameda Salazar, ou seja a
antiga Carvalha (árvore que lhe
deu o nome e de que me lembro |
por ter em volta, a resguardá-la,
um muro de pedra).
Acho muitíssimo bem o que a
Ex.”2 Câmara tenciona fazer, isto
é, alindar o melhor passeio pú-
blico, aquêle, precisamente, que
é mais visitado, não só pelos nas
turais, mas por estranhos, por
ser passagem obrigatória entre
Tomar e Castelo Branco.
Pena é que a Ex.”* Câmara
não inclua no seu projecto o pro-
longamento do muro até à pon-
te de pedra, expropriando a hor-
ta do edifício da escola Conde
de Ferreira.
Feito o parque, impõe-se o al-
catroamento do largo de S. Se-
bastião e da estrada que liga à
ponte da Carvalha; rebocado e
caiado, depois, o muro da cêrca
res e OS seus ramos apodrecidos
e sêécos o desleixo e incúria de
todos nós. |
“Não soubemos tratá-las é cui- |
dá-las convenientemente e daí
sentirmo-nos envergonhados e
desejosos de as fazer desaparecer.
Os arboricidas estão a fazer
escola em Portugal, uns tentan-
do copiar o que mal viram e
compreenderam no estrangeiro,
outros pelo simples prazer de
destruir.
. De facto, no estrangeiro, prin-
cipalmente nos países do norte
da Europa não se vêem arvores
de grande porte pelas ruas ou
Avenidas. Países com um regi-
men de chuvas superior ao nos-
so, submetidos a nevoeiros cons-
tantes e quási permanentes, não
é de sombras que necessitam
mas de sol, que raros dias no
ano, LR aparecer-lhes, ao
contrário do que sucede no nos-
so pais.
No entanto todas as cidades
e vilas teem os seus parques de
árvores Írondosas tratadas cari-
nhosamente e ninguém se lem-
bra .de cortar uma arvore pelo
simples facto de ser velha,
Tratam nas e conservam-nas
como relíquias que são.
A Carvalha é o nosso modes
to parque que a boa vontade e o
comprovado bom gôsto do actual
Presidente da Câmara pode trans-
formar em local aprazível, mo-
desto embora mas, de que só te-
nhamos razões para nos orgu-
lharmos.
do antigo convento, ficaria assim
um conjunto explêndido e digno
do nome de «Alameda Salazar».
No seu n.º 253 vejo um de-
poimento de uma pessoa que
muito respeito, porque, não sen-
do da Sertã, muito tem feito em
seu benefício, permitindo-me,
porém, dizer que, quando foram
plantadas as árvores e ainda por
largos anos, os mercados efectua-
vam-se onde hoje existe o mata-
douro e agora podem os mesmos
prolongar-se até ali, utilizando a
ala direita da Alameda, salvo se
a Câmara não encontrar uma mes
lhor solução, como, por exemplo,
aproveitando algum terreno no
Pinhal de Baixo, para o que pros
curaria um entendimento com o
proprietário, A transferência do
mercado de gados para o Pinhal
de Baixo seria o ideal.
O progresso exige que se po-
nham de parte velharias e pre.
conceitos, fazendo todo o possi=
vel para tornar óptimo aquilo que
se nos afigura bom; é isto que
devem desejar todos os naturais
e amigos da Sertã, Haja em vis-
ta o que sucedeu na capital, com
o Rossio; houve sérias oposições
ao corte das árvores e à sua subs-
tituíção, mas hoje todos concor
dam com o plano executado; se
então os vereadores hesitassem
tudo hoje estaria na mesma,
Desculpe, sr. Director, estas
mal alinhavadas linhas.
Seu amigo, mut.º obrigd.”,
Destruir as arvores da Carva-
Ê
João Albino
A Gomarca da Sertã
Missa Nova do Rev.º P.º José
Hgostinho Rodrigues
ORVALHO, 25 — A gente desta nobre
e encantadora terra da Beira viveu, no
passado dia 20, momentos de alegria e
emoção. E tal entusiasmo e sentimento
emotivo eram bem justificados, porque
a celebração duma missa nova é sem-
pre um acontecimento digno de presen-
cear e principalmente nesta povoação
em que a última se realisou hã cêrca
de 50 anos, :
Subiu pela primeira vez os degraus
do altar um dos seus filhos o rev.“ P.e
José Agostinho Rodrigues.
O novo sacerdote que freqientou o
Seminário de Alcains durante o curso
de Preparatórios e o dos Olivais du-
rante o de Teologia, foi sempre um se-
minarista exemplar, estudante inteligen-
te e aplicado, muito estimado pelos
seus superiores e condiscipulos, impon-
do-se a quantos com êle privavam pe-
las suas excelentes qualidades e irre-
p e-nsível conduta.
A prova está no grande número de
pessoas que a ela assistiram, vindas
não só das povoações visinhas, mas
também de pontos muito distantes do
país e que neste dia porfiaram prestar-
lhe as suas condignas homenagens.
Cêrca das 9 horas foi distribuída a
Sagrada Comunhão às crianças da Cru-
zada Eucarística e a muitas pessoas
convenientemente preparadas, sendo
neste momento entoados variados cân=
ticos apropriados ao acto. A’s 11 horas
e 30 minutos, indo à frente as crianças
das escolas, Cruzada Eucarística com
o respectivo uniforme, clero, padrinhos
do neo-presbitero, srs. Francisco Vaz
de Azevedo, professor aposentado e
Francisco Martins da Silva, proprietá-
rio, de Cardigos, pessoas da família,
convidados e muito povo, dirigiu-se o
cortejo da sua residência para a nova
igreja paroquial.
Durante o trajecto entoou-se o «Hino
Sacerdotal», composto há pouco tempo
por Francisco Serras e Silva, semina-
rista dos Olivais e musicado pelo rev.º
Pe João Baptista SS. CC., professor
do Seminário.
Dedicado ao rev.º P.e Manuel Lou-
reiro Fernandes Carrega, foi executado
pela primeira vez em 13 do corrente
por ocasião da sua missa nova.
À igreja que se encontrava primoro-
samente ornamentada, foi-se enchendo
a pouco e pouco de fiéis, ansiosos pot
presenciarem uma cerimónia que para
muitos dêles era desconhecida, Cantado
o «Veni Creator», começou a Santa Miss
sa, sendo o novo sacerdote acolitado
pelos rev.os P.e Joaquim da Mata, de
Diáccno e o P.º António Domingues
Fernandes, de sub-Diácono.
Serviu de presbitero assistente o
rev.º Pe Tomaz d’Aquino Vaz de Aze-
vedo, pároco da nossa freguesia e de
mestre de cerimónias o rev.” Pe Au-
rélio Granado Escudeiro,
Além daqueles sacerdotes assistiram
também os rev.os P.es José Ferreira,
pároco de Sobral do Campo, Luiz Gon-
zaga Martins Gama, pároco de Borba,
Joaquim da Graça Grave, pároco de
Cambas, Ernesto Martins Salgueiro,
pároco de Sarnadas de S. Simão, Ma-
nuel Loureiro Fernandes Carrega, Fran-
cisco Saramago, João Gonçalves Ceci-
lio, minorista do seminário dos Olivais,
os seminaristas Adriano António To-
maz Garcia e Américo Barateiro, do se-
minário de Coimbra, Luiz Alves Dias
de Carvalho, do seminário do Fundão
e António da Graça Henriques, do se-
minário do Gavião. E
Ao Evangelho subiu ao púlpito o ilus=
tre orador rev.º P.e José Ferreira, que,
com grande proficiência, discorreu lar-
gamente sôbre a dignidade e missão do
sacerdote.
As crianças da Cruzada Eucarística
cantaram muito bem a Missa dos An- –
Através da Comarca
(Noticiário dos nossos correspondentes)
jos, dirigida pelo st. João Cardoso Vaz
de Azevedo, professor oficial em Olei-
ros.
Finda a missa cantouuse o «Te-
Deum», deu-se a bênção do Santíssimo :
Sacramento, terminando esta encanta-
dora festa com a tocante cerimónia do
beija-mão e recebendo todos os assis-=
tentes lindas estampas alusivas ao acto.
Organizou-se de novo o cortejo para
a residência do neo-presbitero, tendo-
se entoado cânticos em todo o percur-
so e foram vitoriados o novo presbite-
ro, O Santo Padre, o Senhor Bispo de
Portalegre, a Igreja Católica, o Clero,
etc.
A’s pessoas da família e aos convi-
dados, em número superior a 80, foi
servido um abundante jantar,
Aos brindes usaram da palavra os
srs. Sebastião Natátrio, rev.º Pe Tomaz
d’Aquino, Francisco Martins, P.e Luiz
Gama, P.e Ernesto, João Cardoso, P.e
Carrega, Ricardo Barata, administrador
da importante fábrica de papel do Pra-
do e primo do rev.º P.e José Agostinho
Rodrigues, Albano Dias de Carvalho,
Adriano Garcia, José Domingos Rodri-
gues, professor oficial da localidade,
P.e António Domingues é Luiz Dias de
Carvalho. Ê
Todos foram unânimes em frisar as
excelentes qualidades do novo sacerdo-
te e fizeram votos pelas felicidades no
desempenho da sua nobre missão.
Visivelmente comovido o homena-
geado agradeceu as palavras que lhe
ioram dirigidas, especialmente àqueles
que lhe prestaram qualquer auxílio du-
rante o seu curso,
Não podemos deixar de felicitar seus
bons pais sr, Joaquim de Jesus Rodri-
gues e sr.? Maria Isabel Gil pela graça
que Deus lhes concedeu por um dos
seus filhos ser escolhido para ministro
do Senhor,
Ao novo levita as nossas felicitações
e sinceros votos de um longo e profi-
cuo sacerdócio, a
id
“Ww
ERMIDA, 27 — São prometedoras as
colheitas dêste ano, principalmente mi-
lho e azeite, mostrando-se as vinhas
com produção regular, bastante limpas
e no melhor estado de conservação co-
mo poucos anos se tem observado,
Não há mal que não traga algum bem
e, após a tempestadê, vem a bonança.
Também, assim, o ano que tem cor-
rido, depois de nos devastar os campos
com terríveis vendavais, nos perseguir
com as maiores irregularidades, trocan-
do-nos a risonha primavera num triste
e carrancudo inverno, veio, por fim,
dar-nos um verão mais agradável, tem-
perado, fazendo deslizar por sôbre os
vales, frescas brisas, abundantes ápuas,
que são o regalo dos milharais e o alí-
vio para muitos braços que a esses mi-
lharais têm de dar de beber à custa do
próprio suor,
Ainda as chuvas, têm-nos visitado
regularmente, poupando esforços de re=
gas e alimentando as correntes que per-
mitem regar sem represas, sem esse
trabalho extenuante das picotas,
As questões de águas desapareceram,
Onde, mesmo, se suspeitava elas a-
parecerem, lá estão as hortas mais fres-
cas, verdejantes, mais bem tratadas e,
até aumentadas |
Na abundância não se sente o direi-
to. Tôda a gente se satisfaz e tudo cor-
re bem. Não se medita, não se provi-
dencia, nada se prevê, Chega a ocasião
da falta, tudo clama. O direito entre
certas gentes do povo é mais uma ma-
nha. Tem mais direito o que se julga
mais esperto e pensa em enganar os
outros. A manifestação dêste direito. é
uma verdadeira batalha de insultos,
baixezas, ameaças, etc,
O direito à moral assenta num con-
ceito especial, Comer uma fruta doutra
Carta das Caldas da Rainha
Celebrou-se ontem no famoso
parque do Hospital Rainha D.
Leonor, uma míssa campal, em
acção de graças pela feliz via-
gem de um batalhão de infanta-
ria 5, que em breves dias partirá
para os Açôres, a reforçar a
guarnição militar,
Logo de manhã se notava gran-
de movimento e entusiasmo en-
tre a população civil, que em
massa assistiu à missa.
O regimento de infantaria 5,
na sua máxima fôrça, foi assistir
à missa
À sua marcha e aprumo du-
rante o percurso, era magestosa;
de um aprumo e disciplina di-
gnos de louvor.
Terminada a missa, fêz uma
brilhante e patriótica alocução
aos militares, que vão partir, o
Rev.” P.º João Soares Guima-
ráis, pároco na freguesia de Fa-
malição.
O distinto orador, que foi de
uma grande elogilência, ençora-
jou os militares ao cumprimento
dos seus deéveres, defendendo
com o seu próprio sangue a so:
berania portugueza, esta Pátria
de D. Aionso Henriques.
Portugal, que tem páginas glo-
riosas na sua História, está bri-
lhantemente guiado por Carmo-
na e Salazar que impõe ao Mun-
do o respeito a que tem jús.
Parti, soldados, e, no vosso
regresso, cobertos de glória,
voltaremos a este local e aqui
agradeceremos a Deus a graça e
protecção que nos concedeu.
Durante a brilhante oração,
viam-se muitos olhos marejados |
de lagrimas,
Em seguida procedeu-se à
bênção de uma bandeira que a
Cidade das Caldas ofereceu ao
Batalhão expedicionário.
Nesta cerimónia falou o sr.
pessõa, uma melancia, umas peras,
umas uvas, umas cerejas e simples-
mente… apanhar uma barrigada e…
fartar de rir.
Colher uma árvore a mais num viso,
numa extrema, num terreno mal divi-
dido, isso é apenas… uma esperteza,
Enganar, enfim, o visinho, num negó-
cio, num contrato e se cheoa a arran=
jar assinatura em documento, dêsse vi-
sinho… isso então é… ter grande ca-
pacidade sôbre os outros, sentindo-se
no direito de os escarnecer em tudo e
em tôda a parte.
Apanhar uns peixes a dinamite, a sul-
fato ou qualquer ingrediente proibido,
isso é… ser um grande pechincha.
Achar um objecto doutro, um valor,
maior ou menor, arrecadá-lo, disfarçã-
lo, vendê-lo, isso é apanas… saber-se
arranjar.
Enfim, pedir coisas emprestadas, não
as restituindo porque o seu dono se
descuidou ou se esqueceu, apropriá-las,
disfarçá-las, ete., isso é, simplesmen-
te… ser pássaro fino.
Dar prejuísos aos outros com os seus
gados procurando encobrir com teste-
munhas falsas e lançar culpas e suspei-
tas sôbre os gados dos outros, isso é,
apenas… não se deixar apanhar.
Assim por diante.
E* esta, duma maneira geral, a moral
da gente dos campos.
Dois casos se deram na freguesia da
Ermida dignos de menção e de todo o
louvor, atento o predomínio da moral
que acima fica ligeiramente referido.
Maria Celeste, filha de Manuel Lopes
Casaca e de Maria da Conceição, do
Sipote, achou um lenço com algumas
moedas atadas, numa ponta e foi entre-
gá-lo imediatamente ao rev.º Pároco
para anunciar à míssa conventual a-fim=
de ser entregue ao dono se aparecesse,
Amor Lopes d’Almeida, filho de Li=
bânio Lopes d’Almeida e de Maria de
Nazaré Farinha, achou um canivete,
entregando-o nas mesmas condições e
para os mesmos fins, ao rev.º Pároco.
Actos que parecerão insignificantes
pelo valor dos objectos, mas não o são
de forma alguma em todo o seu signi-
ficado, devendo inferir-se que também,
valores grandes, estariam salvos nestas
mãos de rapazes e é mostrar um ver-
dadeiro sentimento da honra, boa edu-
cação e, até, sentimento religioso.
+ ses
“Menor afogado
MARMELEIRO, 1 — Foi encontrado |
morto, num poço, o menor de 5 anos, .
Manuel Cardoso, filho de Ventura Car-
doso e Maria do Rosário do lugar dos
Pisões, desta freguesia,
Exames
Pela Exm.? Sr? D. Ana da Glória
Lopes Leitão, que desde Outubro vem
regendo com muito zêlo a escola desta
freguesia, foram propostas e ficaram
aprovadas no exame do 2.º grau, à me-
nina Maria José de Oliveira e Silva, fi=
lha do sr. José Nunes da Silva, rege-
dor desta freguesia e de D. Maria de.
Oliveira e a menina Irene Augusta da
Conceição Cardoso, filha de Augusto
Pedro Marçal e de D, Amália da Con-
ceição Cardoso,
Ghegadas e partidas
Dos Olivais, onde no seminário fre-
qienta o 1.º ano de Teologia, chegou
a esta terra o seminarista sr. António
Ferreira Miguel que vem em gõzo de
férias,
— Para os Escalos de Baixo partiu
a Sr.2 D. Maria Amélia dos Santos dig
na regente do Posto Escolar dos Pi-
| sões.
EEsss Rae nc
Manocl Pereira
No concurso para os logares
de secretários de finanças de 2.º
classe ficou classificado em 2.º
logar tendo obtido 14,75 valo-
res, o nosso amigo sr. Manoel
Pereira, distinto Sub-Chefe do
3.º Bairro Fiscal de Lisboa.
Daqui lhe enviamos um gtan-
de abraço de parabens, com os
melhores votos pelas suas pros-
peridades. É
Coronel Damião, comandante do
regimento, que proferiu também
um brilhante discurso, cheio de
patriotismo.
Quási no final das cerimónias
desencadeou-se, uma trovoada
com pequenos aguaceiros, que
apressou a debandada dos assis-
tentes.
L.
Caldas, Julho 10es.
@@@ 1 @@@
Dospifal da Misericórdia da Sertá|
‘AComarcada Sertã
O sr. Raúl Lima da Silva,
membro da Comissão, descreve,
visívelmente impressionado, as:
causas da iniciativa, de todos co-
nhecidas, expõe a marcha dos
trabalhos de princípio até agora,
as dificuldades que foi necessá-
rio vencer, afirmando que a idéia
não Jograria êxito se não tivesse
a impulsioná-la a vontade. firme,
a perseverança e extraordinária:
actividade do sr. Reinaldo Alves,
Costa, a orientação prudente e a
palavra animadora e de incita-
mento — que se manteve inflexi-
vel nos próprios momentos de |.
desânimo — do sr. Adrião Mo-
rais David. Afirma que a Co-
missão continua disposta a lutar
com energia para atingir, por
completo, as suas aspirações:
dotar o nosso Hospital de todo
o material cirúrgico de que care-
ce. Não é, diz, à Comissão que
devem ser dirigidos agradeci-
mentos, mas aos subscritores;
em todos encontraram boa von-
tade e aquêles mesmos que vi-
vem com modéstia se associaram
a esta cruzada de benemerência:
o pouco que deram constitui
uma valiosa participação e bem
importante porque representa
grande sacrifício da sua parte.
A Comissão pretende tornar a
subscrição extensiva a todo o
concelho e a tôda a área que
utiliza o Hospital.
O sr. dr. Angelo Vidigal, dis-
tinto Director do Hospital, diri-
ge -os seus louvores e agradecis
mentos à Comissão, que foi fe-
licissima na sua iniciativa, tendo,
por isso, jús ao reconhecimento
dêle orador e ao de todo o povo
da Sertã e do concelho, tam cer-
to é que o Hospital lutava com |
imensas dificuldades para de-
sempenhar as suas funções por
ser deficientíssimo e antiquado
O apetrechamento existente, en
“ contrando-se na situação de não
receber a maior parte dos doen-
tes que lhe batiam à porta. Tece
“Os Mais rasgados louvores à sr.?
D. Maria Fernanda, residente em
Lisboa, que não é dêste conce-
lho, mas espôsa de uma pessoa
déle natural, pela carta gentilíssi-
ma que dirigiu ao orador fazen-
do a oferta de valioso mobiliá-
rio ao Hospital (2 camas articu-
ladas, 1 marqueza, 1 mesa mó-
vel para pensos e 1 escarrador),
gesto nobilíssimo que não se
cansa de exaltar e demonstra a
beleza de uma alma, o coração
formoso de uma senhora que não
esquece os sofrimentos dos po»
brezinhos doentes, de todos a-
quêles que nesta casa procuram
alívio para seus males. Descreve
a traços largos a história do an-
tigo hospital, há uns bons 50
anos, que pode classificar de
antro miserável e pormenoriza o
estôrço da Comissão construtora
do actual, sr. dr. Romão de
Mascarenhas, dr. Frazão, Almi-
rante Tasso de Figueiredo, dr.
José Carlos Ehrhardt e Padre
Francisco dos Santos e Silva, os
três primeiros já desaparecidos
do número dos vivos; refere-se
à acção desenvolvida pelo srt.
dr. Ehrhardt em tam magnífico
empreendimento, no qual se vin-
cou a sua forte personalidade,
quer como médico quer como ci
dadão de carácter rígido, de uma
tenacidade tal que não conhecia
desânimos nem sossobrava pe-
rante quaisquer obstáculos, que,
para muitos, seriam invencíveis.
Este hospital magnífico e gran
dioso na época em que foi feito,
deve se, muito especialmente, à
energia do sr. dr. Ehrhardt, ao
seit “amor pelá Sertã, sua terra
adóptiva, pela qual tem pugnado
incansâvelmente. Presta homena-
gem à dedicação de todos os
Provedores com quem tem ser=
vido no Hospital. desde que dêle
é Director, evocando, com emo-
ção; a -memória dos desapareci-
dos. Por fim descreve a utilida-
de de-todo o material oferecido.
O sr. dr, Erhardt expõe, a.
CONTINUAÇÃO DA 1.º PAGINA
traços largos, a história da fun-
dação do Hospital, salienta o
papel: preponderante do sr. Al-
mirante Tassso de Figueiredo na
construção, a quem, também, é
devido o projecto e diz que a| |
sua acção — dêle dr. Ehrhardt –
não se deve exagerar, pois: que,
-como secretário da Comissão,
fez apenas
aquilo que lhe com-
petia. . ER onto
Todos os’discursos foram su-:
blinhados por longas salvas de
palmas.
da
“”
Encerrada a sessão, quási to:
dos os assistentes percorreram
as instalações hospitalares, de
morando-se, por largo tempo, a
observar o material adquirido e
que é, além do oferecido pela | |
sr? D. Maria – Fernanda, acima
designado, mais o seguinte, com=
prado com o produto da subscri-
ção: 1 marqueza, com elevação
por bomba de óleo, com todos
os movimentos exigidos nas mo-
dernas operações cirúrgicas; ,1
autoclave de 40 c/m de diâmetro,
com respectivo fogareiro, e 2
caixas de esterilização; 1 banco
de parafuso, 1 lâmpada de pé, 1
mesa redonda, 1 trépano, 1 apa-
relho de transfusão de sangue, 1
aparelho de pneumotórax, 1 jôgo:
de goteiras (para fracturas) e vá
rios aparelhos de oftalmologia,
+
Um grupo de amigos e admi-
radores da Comissão, como pro-
va de indefectível gratidão e ho-
menagem, ofereceu-lhe, à noite,
na Pensão Branço, um banquete,
Ão «toast», o sr. dr. Flávio dos
Reis e Moura ergue a sua taça
para saiidar especialmente o sr.
Urbano Rodrigues, ilustre re-
dactor do «Diário de Notícias»
e a quem êste jornal gentilmente
confiou a missão — bem honrosa
para a Sertã — de assistir à festa
de homenagem à «Comissão dos
Amigos do Hospital da Sertã em
Lisboa», pedindo-lhe para ser
intérprete das aspirações desta
terra, que êle, orador, considera
sua por laços de família. O sr.
Urbano Rodrigues agradece e
diz levar da Sertã, vila formosa e
hospitaleira, as mais gratas recor- |
dações desta visita, prometendo
interessar-se pelo seu progresso,
nas colunas do diário que repre-
senta, em tôdas as oportunidades
que se deparem. Por fim, o sr.
Reinaldo Costa descreveu as di-
rectrizes da acção empreendida
em prol do Hospital, aludindo
ao intuito de prossegir nesta
campanha de altruísmo e termi-
nando por agradecer a cooperas
ção valiosa, que, desde a primei-
ra hora, <A Comarca da Sertã»
prestou a êste empreendimento
de largo alcance social.
o
AMIGOS!
A Corporação dos Bombeiros
A MARGEM DA GUERRA –
Fôrças motorizadas australianas do Exército do Nilo
Ensino particular
A Inspecção do Ensino Parti-
uma circular informando que a
publicação do resultado de Íre-
quência e exames referentes a
reservado à mesma Inspecção,
podendo, no entanto, os interes-
sados publicá-los depois de alí
ser verificado ou por extrato de
publicação, que, porventura, a
Inspecção tenha feito.
e
O «Diário do Govêrno» de 29
de Julho insere um decreto-lei
em que se. determina que os es-
tabelecimentos de ensino particu-
lar só possam Funcionar, de futu-
ro, no regime de separação, po-
dendo, porém, ministrar o ensi-
no aos dois sexos desde que
possuam instalações capazes de
permitir o funcionamento de duas
secções, masculina e feminina,
completamente separadas e tendo
cada uma a sua secção própria e
independente. E” também permi-
tida a coeducação com alunos
externos, mas só a título excep-
cional e precário, nos estabeleci-
mentos situados em localidades
onde não haja outro estabeleci
mento de ensino do mesmo ramo
OU Stan ar
Os estabelecimentos de ensino
particular que, à data da publica-
ção daquêle decreto, estão auto-
rizados a ministrar o ensino aos
dois sexos, devem declarar, em
requerimento, a desistência em
relação a um dêles, ou pedir
vistoria para a verificação da
existência de instalações que per-
mitam o funcionamento das sec-
ções masculina e feminina.
a o
DOENTE
Passou bastante incomodado
de saúde, encontrando-se, feliz-
mente, um pouco melhor, o nos-
so amigo sr. Alfredo da Silva
Girão, da Cava.
Voluntários, que ainda deve ale
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede.a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades. a
Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.
Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.
«Vida por vila» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de elarim! –
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco
dio
Exames e passagem de classe
Completou o 7.º ano do liceu,
“em Coimbra, o sr. Albano Lou- |
renço da Silva, filho do nosso
amigo sr. dr. Albano Lourenço
da Silva, distinto advogado nes-
ta comarca,
Transitaram para o 2.º e 3.º
ano do liceu, respectivamente,
os meninos Carlcs Moura e Ade-
lino Vidigal Marinha, alunos do
Colégio Nun’ºAlvares, de Tomar,
Obteve óptimas classificações
nos exames do 2.º grau e admis-
são aos liceus a menina Fernan-
da. Mendes da Conceição, muito
inteligente e aplicada, estremosa
filha do nosso amigo sr. Sérgio
Gonçalves da Conceição, de
Lisboa.
Aos simpáticos estudantes,
bem como a seus pais, apresen-, res vêem, é de estilo rico, tem
– “animação, colorido. ..
tamos às nossas felicitações,
cular enviou a todos os Colégios ,
alunos do ensino particular fica.
408 Us sa ss Es Ea
O, CM) O % o % o» e %
dt ta ad? a Sa
%a i Pa
> AGENDA é,
eai ea” a Ca ea do
Estiveram na Sertã a sr.º
D. Maria Eugênia de Mendon-
ça David, de A’lvaro e os srs.
| Gil Marçal C. Antunes e Raúl
Lopes, de Tomar.
— Encontra-se na sua «Vi-
venda Guida» — Arnoia, com
sua família, o sr: dr. José An
tónio Ferreira, de Lisboa. |
—De Oleiros retirou para
Lisboa o sr. loão Domingues.
— Regressou das Termas da
Felgueira o Revº P.º António
P. Ramalhosa.
— Saíram: para a Nazaré,
o sr. dr. Flávio dos Reis e
Moura e família; para a Fi.
gueira da Foz, os srs. dr.
ârmando Tôrres Paalo e fa-
mília, António A. Lopes Mane
so e família, D. Conceição
Baptista, D. Laura Carneiro
de Moura e filhas, Augusto
Rossi e família; para S. João
de Vila Boa (Barcelos), a sr.º
D. Maria de Gusmão.
— Regressou a S. Martinho
do Porto a s.º D. Maria de
Jesus Baptista.
— Encontram-se: na Sertã,
jas sr. D. Gertrudes Pinto
Serrano, de E’vora e D. Maria
Madalena Pinto Dias Ferrei-
ra e filhinha, de Amoreira da
Tôrre; e em Pampilhosa da
Serra, com sua espôsa e filhos,
o sr. Alberto Garlos Neves de
Oliveira.
Aniversários natalícios:
do sr. Joaquim Nunes Rodri-
gues, Pedrógão Pequeno; Il,
D. Maria dos Remédios Mar-.
cal, espôsa do sr. José 4. Ale-
xandre Júnior, Lisboa; 13, dr.
José Nunes da Silva, Lisboa.
Parabens
re
dVotas
(Continuação)
UM ilustre colaborador, a quem
não satisfizemos pronta-
mente a legitima ambição de dar
enviou para publicar, vingou-
ese, devolvendo nos o jornal,
Não nos dando por achados,
vamos começar a dar saída às.
Mas só uma guadra de cada
vez. Assim têm outro sabor,
rescendem a subtilíssimo periu
me. |
Lá vai a primeira:
Minha terra, minha terra !…
De ti nunca me esqueci;
Tenho conhecido muitas,
Mas não há melhor p’ra mim,
Esta quadra, como.os leito»
Hoje, menino Amadeu, filho |
lápis
“guarida às pepineiras gue nos |
suas poesias maravilhosas… !
Tribunal Judicial
Movimento de Julho
Distribuição: 3) Aeção de expro-
priação por atilidade pública em que
é requerente a Junta Autónoma das
Estradas e requeridos Laiz Ribeiro |
Pedro e outros, respeitante ao trôço
da estrada entre Proença-a-Nova e
Castelo Branco; inventários orianoló= |
gicos por óbitos de: Carlos Farinha,
Sertã; 7) Lino Ferreira de Matos, Som
breira Formosa; Manoel Lourenço
Júnior, Casais Fundeiros, Proença-am
Nuova; Maria Lopes, Padrão, S. Pedro
do Esteval; Jacinto Pires Marques,
Póvoa da Ribeira Sardeira, Castelo; |
Maria dos Santos, Mosteiro Fandeiro,
Várzea dos Cavaleiros; José Vicente,
Lourdes, Carvalhos, Sernache do
Bomjardim; Martinho Mendes, Felga=
ria, Nesperal; Joaquim Deniz Catari=.
no, Felgaria, Nesperal; Manoel Mar= .
sumarissima em que é autora a Jan=
ta de Freguesia da Sertã e réus Luiz
Simões Ferreira e malher, Passaria,
“Sertã; Execação fiscal em que é exe
quente a F.N e executado Jose
quim, Alcobia, Sernache do Bor
“dim; Idem em que é exequente a F. N..
‘a executada Maria do Carmo Ricar=
da, Pedrógão Pequeno; 14) Acção sam
mária em que é autora a Janta de
Freguesia do Nesperal e réas
ra Martins de Queiroz move contra
Margarida Boaven:ura da Silva e ou. .
tros, Lisboa; 21) Idem para arremata-
ção, extraída da execução por castas
que o M. P. Tomar, move contra
Joaquim Alves, Cava, Madeirã; 28)
“Idem para citação e compromisso de
honra e tator, extraída do inventário .
orfanológico por óbito de João Men« |
des, Vendas Novas, Montemór=o-Novo –
O náufrago
Êle aí vai, 0 pobre vagabundo,
pelas estradas duras, fortuosas,
o seu aspecto é repelente e imundo
no coração tem chagas dolorosas.
Talvez fósse feliz outrora, & o mundo
0 ilodisse com falas. mentirosas,
g 0 vórtice o afraisse para o fundo
g caísse nas lamas pavorosas.
Talvez! — e embriagado pelo vinho
sem fer quem o amparasse, sem carinho,
naufragasse arrastado na enxurrada. . –
E ao tombar nas vielas sóbre a lama
delira, canta, sonha, chora & brama
na tragédia sombria e desvairada !
Cardigos, 1941
Junho OLIVEIRA TAVARES JUNIOR
pi
FEIRAS
Durante êste mês electuam-se
as seguintes feiras: em Cardi-
gos, no próximo domingo, 10;
emR queiro (Oleiros), no dia 14;
em Proença-a-Nova, nos dias 23
‘e 24,a de S. Bartolomeu; na
Sertã, nos dias 14 e 15 e, em –
Sernache do Bomjardim, no dia .
20, designadas por franças,
Lameirinha, Figueiredo; Maria de
tins, Ladeira, Vila [de Rei; 10) Aeção |
Maria o
José, viúva e filhos Glória de Jesus e |
Francisco António Ferreira e malher |
Maria Rosa Farinha, Castanheiro
Grande, Cumeada; Carta precatória |
para inquirição de uma testemunha,
extraída da acção ordinária quelsam. quelsam.