A Comarca da Sertã nº229 30-01-1941

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— FUNDADORES —
— Br. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa

Notas …

REGIONALISMO

DA Direcção do Clnb Serta-
| eginense recebemos o se-
gainte ofício :

«Sertã, 21 de Janeiro de 1941-—
«+ «Sr, Director da «Comarca da
Sertã», Sertã. — Tendo saído no
– jornal que V… dirige, de 2 de
fifeiro do corrente ano, uma no-
tícia sôbre as dificuldades levan-
tadas à realização de um baile
no salão do Clube Sertaginense
na noite de 25 de Dezembro p.
? Do em que a verdade dos factos
* completamente deturpada, a
Direcção do mesmo Club, para
esclarecimento da verdade, pede
aV… a publicação da seguinte
mota, no mesmo local onde foi
publicada a notícia que lhe deu
origem>.

«Eis em poucas linhas o que
se passou: No princípio do mês
de Dezembro resolveu a Direc.

o, segundo os hábitos da casa,

– abrir as portas do seu salão de
festas nas noites de 25 de De-
zembro e 1 de Janeiro, fazendo
alixar à entrada da sua Sede o
respectivo aviso, Nos meados de
Dezembro recebeu a mesma Di-
recção um ofício, assinado por
cinco sócios, pedindo a cedência

-salão para a noite do dia de
Natal, a-fim-de ali realizar um
baile com dois serviços e no
qual se apresentaria pela primei-
ra vez ao público uma orquestra-

| jazz constituída por elementos
desta ferra. Imediatamente foram

“dadas todas as facilidades à re-

ferida comissão, resolvendo-se

– não cobrar qualquer verba pelas

horas extraordinárias visto que
no ofício se pedia o salão até de

madrugada», ,

«Apenas um membro da Di-
recção se limitou a sugerir à co-
missão que achava infeliz a es-
colha da data visto que, ateaden-
A tradição do dia, a regiên
cla seria muito reduzida, como
Sempre costumava acontecer. No
dia seguinte, a comissão pensan-
do no casu, dirigiu-se à Direc-

– ção à qual comunicou que estava
– de absoluto acôrdo como que
lhes fôra sugerido e resolvera
por isso transferir a festa para o
“dia 5 de Janeiro, se não houves-
Sê qualquer impedimento. Foi
logo deferido o pedido sem que
se Ends a mais pequena di-
ade», ‘
«Aqui tem, senhor Director,
tôda a verdade do que se pas-
sou, e a Direcção do Clube Ser-

taginense muito agradecia a V…

– que de futuro, antes da publicas

ção de qualquer notícia sôbre a

vida do nosso Clube, procuras-
se eiro junto da mesma co-
– her as informações que julgasse
necessárias para um juízo exacto,
dos actos das pessoas a quem
Vos. em sua inapelável sentença
considerou como tendo cabeça
só para pôr o chapéu»,
| «De V…, ete, %

“O Presidente da Direcção, —

Angelo Henriques Vidigal».
— Nós, a nota, lmi=

taMaMos! x apontar im. Pagto! em

Ed

«dera necessário. Mais nad,

O nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã.
Depõem, hoje, os srs. António Henriques Neves e António Fer-
nandes, dignos Presidentes das Juntas de Freguesia, respectiva-
mente de Vila de Rei (concelho do mesmo nome) e de Sobral (concelho de Oleiros).

«. «Sr. Director de «A Comarca da Sertã»

Em resposta à circular de V…, cum-
pre-me dizer: Que nos melhoramentos
feitos nesta freguesia, durante a vigência
do Estado Novo, não teve interferência a
Junta de Freguesia por não ter rendimen-
tos para tal, e nos anos que cobrou o im-
posto de trabalho foi a verba produzida
por êste empregue no consôrto dos cami-
nhos da freguesia.

Porém, no ano de 1939, recebeu sub-
sídio da Câmara Municipal na importão-
cia de Esc, 5.800300, assim distribuído :
Ese, 3.800300 empregues no consêrto dos
caminhos e pontes desta freguesia e Esc.
2 000800 com que a Junta de Freguesia
subsidiou os trabalhos da estrada por ini-
ciativa, particular, começada por subscri-
ção entre o povo, ligando a sede da fre-
guesia com a região da Moita, composta
de vinte e tantas povoações,

São inumeráveis as vantagens do se-
guimento desta estrada, porque esta re-
gião é uma das mais populosas do conce=
lho e das mais férteis em produções agri-
colas e flyrestais, cuja densidade é bas-
tante notável,

Para corroburar, basta dizer-se que,
tendo tal estrada apenas 3 ou 4 quilóme-
tros, o seu trátego é superior ao de tôdas
as estradas municipais, inclusivé a que
nos liga a Amêndoa, O seu seguimento
até próximo do rio Zêzere e a ligação di-
recta com a Sertã julgo serem os proble-
mas de maior necessidade e urgência pa-
ra o levantamento econónimo de Vila de
Rei,

Sou com a maior estima e conside-
ração

De V…, etc.

Vila de Rei, 15-11-940,

António Henriques Neves
asZoz

(Segue-se o depoimento da Junta do
Sobral)

Junta de Freguesia de Sobral,
1b’de Novembro de 1940

«Sr. Director do Jornal «A Comarca da
Sertã»
Berta

Tendo recebido a sua circular que
muito agradecemos, e bem assim nos mos-

tramos penhoradamente reconhecidos pelo
bom acolhimento e amáveis deferôncias
que, os assuntos de nosso interêsse lhe
merecem, venho em respusta ao seu inqué
rito, informar o seguite:

Ao patriótico auxílio do Estado Novo,
devemos nós a construção da nossa Estra-
da de Ligação entre Sobral de Baixo e s
E. N. 59 2.’, para o que obtivemos a com-
participação do E-tado, na importância
de Esc. 131.417349, sem o que nunca nos
seria possível a realização dôste incompa-
rável melhoramento, a eterna aspiração
da população desta humilde freguesia,

“Temos projectada a construção de
um chafariz e lavadouro em Subral de
Cima, para que nos foi concedida já a
comparticipação de Esc. 9 667800,

Obras projectadas que ainda não têm
a comparticipação assegurada, temos a
construção da Igreja Matriz de Sobral,
cujo projecto toi já apresentado às instân-
cias superiores em 22 3 939, e que por pa-
recer da Secção de Melhoramentos Urba-
nos, foi sujeito a modificações, que já fo-
ram plenamente executadas, encontrando-
se na situação do plano das comparticipa-
ções do próximo ano de 1941, para que
não nos temos poupado a sacrifícios e des-
pesas, devido ao mau estado em que se
encontra a actual e única igreja ou capela
que possuímos na área desta freguesia.

Há uma dezena de anos que o grande
benemérito desta freguesia, Sr. Leopoldino
da Silva Morgado, residente em Lisboa,
gastou na actual igreja matriz em repara
ções e obras, a importante quantia de
Esc. 30,000800, mas que devido à anti-
quissima construção a tornar imprópria,
se encontra quási perdido todo esse tra-
balho e belo esforço de um grande filho
desta terra, pelo que está evidentemente
provado que é contraproducente, sequer,
pensar em fazer lhe outras reparações, e
só uma edificação nova poderá impedir
que em breves dias nos vejamos na con-
tingência de não possuirmos uma igreja
para veneração e culto dos fieis.

Com os protestos da minha mais ele-
vada estima, é
A Bem da Nação

O Presidente da Junta — Antônio Fer
nandes. qualquer idéia de melindrar a ilustre
Direcção do Clube Sertaginense, O
nosso desejo, como sertanenses, é que
o Clabe pro; pa Repente acção
social que lhe é atribuída no nosso
meio. É Ísto que se impõe e se consi-

nada, Sentimos: As Informações que colhemos reputâmo-las fidedignas. Temos o direito de obter indagações onde melhor nos pareça e graduamos a sua autenticidade em relação à origem, ao nosso critério e ao conhecimento, directo ou indirecto, dos casos quando êle se nos  apresente, que a parte final da nossa nota tenha sido mal interpretada, Nós não considerâmos que alguém tenha a cabeça só para pôr o chapéu! O que dissemos foi precisamente q contrário ; «Prender-se, a gente, com teias de aranha, é coisa que deve ser banida dos nossos hábitos, dos hábitos das pessoas que se presam e que não têm cabeça só para pôr o chapéu»,

PR Composto eg Impresso 0! DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NGM Comando Barata da Filva Cwcia TI. PORTELA FEUÃO o —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO  BRANCO w |RUA SERPA PINTO-SERTA Sana >| ; TELB FONE Beça Cali PBUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS 112 ANO V Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sextã; goneelhos de Sertã | EA E ia e Nº 229 | Oleiros, Proença-a-Nova e Jila de Rei; e freguesias de Amêndoa é Cardigos (do concelho de Mação) | * 1944

DISSE e escreveu o grande Papa Pio XI: «A Igreja deseja que os fiéis sejam informados, com plena verdade, da nova idotatria que ameaça arrastar a Enropa cristã aos derradeiros limites da apostasia e da barabarie, Para os cristãos o homem tem um valor, não somente porque é    grande ou loiro, forte on belo, mas pela nobreza da sua alma. A nova religião do sangue não pode senão semear o ódio, a guerrmea perseguição»

NO mercado de sábado transacto não houve sardinha, carapan, ou qualquer ontra espécie de peixe à venda, certamente pelas más condições do mar, que tornaram impossível a faina da pesca.

No mesmo dia, o negociante de peixe da Sertã, sr. Eugénio Nunes, sonbe que um seu colega de Tomar, devido à escassez, tinha ficado com uma caixa de sardinha que lhe era consignada. E o pior é que o fez, ao que parece, sem lhe dar cavaco!

Eugénio Nunes não esteve com demasias: metem-se a caminho de Tomar para inguirir do que se passava.

DEPOIS da neve e gendas que caíram em grande abundância em tôda a região, provocando uma baixa de tems peratura insuportável, vieram aschuvas, quási ininterruptas, que em muitos pontos do País têm causado enormes prejuizos. Contudo, o tempo tornou-se mais doce, amaciou, segando a expressão popular.

O derretimento das neves nas montanhas e as chnvas fizeram engrossar todos os recursos de dena; a ribeira grande subiu bastante, a ponto de inundar a quási maioria das hortas e terrenos marginais, Os campos, abeberados de água, impedem os trabalhos agrícolas, No último sábado já apareceram hortaliças em relativa abundância, algumas que escaparam à acção devastador do gélo, que tudo queima e
arrasa, como torrente de fogo.

O julgamento dosréas de Cambas, na terça feira da prestérita semana, marca o epílogo deuma tragédia quea todos ima pressionou pelos requintes de maldade de que se revestin, Dois deles, a que não podemos chamar homens, mas teras— pois que são uma vergonha para a espécie humana—foram condenados à pena máxima. O crime evidencia-se pela crueldade antenticamente canix balesca e hedionda, que revolta mesmo aqueles que tem uma menor sensibilidade de alma.

 

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EDITAL |CARREIRAS:

Coma Viação e Sera Lina

(OARREIRA RÁPIDA)
LISBOA — ALVARO

Carreiras entre Sertã-Lishoa, Serta-Alvaro é Sertã-Pedrógão Pequeno

 

ROS DOMINGOS

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SAÍDA DE LISBOA 6,30
Chegada a Santarém 9,15
Saída 9,20

>» Pernes 10,00

» Torres Novas 10,35

2- Tomar 11,20

» Ferreira do Texero 11,00

>» * Sernache 13,00

>» Sertã 13,20
Saída 14,00

>» Cesteiro 15,05

> – Alvaro 15,15

 

ÉS SEGUNDAS FEIRAS

H. M.

SAÍDA DE ALVARO | 15,40
Chegada ao Cesteiro 15,50
»» Sertã 16,55

A Citar Municipal do Goncelho

— DE —
SERTÃ

FAZ PUBLICO que, por
deliberação tomada em ses-
são de quinze do ecrrente
mês de Janeiro e nos termos
do artigo 67º de Código
Administrativo, resolveu

Saída | 17,30| que as suas reúniões ordiná-
> Sernache | 17,50) rias passem a realizar-se
; – Saída soa quinzenalmente,na primeira
> Feira do aa 19:00 | º terceira quarta feira de ca:
> — Tomar 19,40] da mês,
» Torres Novas 20,25] Quando qualquer dêôstes
ã dd Si dias coincidir com um fe-
> Cartaxo 22 10 | riado, a reiinião realizar-se
> Vila Franca 23,10 | à no dia útil imediatamente.
» Lisboa 0,10] E para constar se passou

Foram estos horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evitando

assim um menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
esta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando

de milizar os sens carros.

Garage em Lisboa: — Avenida Almirante Reis n.º 62-H
w Telefone, 4 5503

ANUNCIO

(1º publicação)

No dia 15 do próximo mês de
Fevereiro, pelas 12 horas, à porta
do Tribunal Judicial, desta comar-
ca, se há-de proceder à arremata-
gião em hasta pública dos prédios
a seguir descritos, penhorados na
acção sumária — em execução de
sentença — que, Augusto Maria
Torgal, do Souto da Casa, comar=
ca do Fundão, move contra Antó=
mio Pedro, e mulher, do logar e
freguesia do Orvalho, desta co-

marca,
4 PRÉDIOS

4 1.º — Uma terra com oliveiras,
no sítio do Porto do Chão inseri
ta na matriz sob os art.! 3.131 e
3.135, e descrita na Conservató-
ria sob o n.º 26,408. Vai pela pri=
meira vez à praça no valôr de seis-
centos e vinte e sete escudos,
2º— Um pedaço de terra de
cultura, no sítio da Corga Alta,

inscrita na matriz sob o art º 9. 111 |

um quarto, e descrita na (on
servatória sob o n.º 26.412, Var
pela primeira voz à praça no valôr
de quatrocentos e dezoito escudos

3º— Um pedaço de terra de
cultura, no sítio do Porto Chão,
inscrita na matriz sob o art,”
2,622, e descrito na Conservatória
sob o n.º 26,407. Vai pela pri
meira vez à praça no valor de
serscentos e oitenta e dois escudos,

4º— Um pedaço de terra com
oliveiras, no aítio da Passarinha
inscrita na matriz sob o art.º 1.997,
e descrita na Conservatória sob o
n.º 26,409. Vai pela primeira vez
à praça no valôr de tresentos é
noventa escudos é cincoenta contas
vos,

6.º — Um pedaço de terra de
cultura, no sítio do Lagar, insoris

ta na matriz sob o artº 1 894 6]

descrito na Conservatória sob o n.º.
26,410. Vai pela primeira vez à
praça no valôr de noventa é nove
escudos,

Sertã, 22 de Janeiro de 1941,

E Verlfiquel,

O Julia de Direito,
“Armando Torres Paulo
O Ohefe da 8.º Secção, int.?,
Armando António da Silva

 

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertã»,

Jorge Nlarçal

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Bomjardim : todos os domin-
gos, das 13 às 17 horas.

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certo,
Resposta a êste jornal.

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dernos modêlos de
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Profesor Pora Dipo

Habilita para os exames
de Instrução Primária, Ad-
missão ao Liceu e Postos
de Eneino por preços módi-
cos,

-Informa-se nesta Redao:

ção, ú

o presente e outros de igual
teor que vão ser afixados
nos lugares do costume.

E eu António Caldeira Fir-
mino, Chefe da Secretaria, o
subscrevi.

Paços do Concelho de Ser-
ta, 16 de Janeiro de 1941,

O Presidente da Câmara,
Carlos Martins

ANUNCIO

(12 PUBLICAÇÃO)

No dia 8 do próximo mês de
Fevereiro, pelas doze horas, à
porta do Tribunal Judicial desva
comarc», se há-de proceder à are
remateção em hasta pública dos
prédios seguintes:

1.º — Uma casa yue serve de
hebitação, com cinco divisõ=s, no
logar das Rabacinas, freguesia
dos Montes da Senhores, inacrita
na matriz respectiva sob o art,”
257, e descrita na Conservatória
do Registo Predial da Sertã sob
o n.º 28.155, Vai pela primeira
vez à praça no velor de dois mil
cento e sessenta escudos,

2º-Uma terra da cultivo com
doze oliveiras, no Torao, no po-
vo das Rabacinas, inscrita na ma
triz sob o art,? 14,585, e descrita
na Conservatória sobo n.º 28,156
Vai pela primeira vez à preça no

velor de dois mil oitocentos e sea- | —

senta escudos,

-—3.º — Uma terra de onltivo
com oliveiras e mato, na Corga,
no povo das Rabacjaar, insoriba
na matriz sob o art.º 15,128, e
desorlta na Conservatória sob o
D,º 28.157, Vai à preça pela pri=
meira vez no valor de dois mil
trezentos cincoenta e ojto esou-
dos e quarenta contavos,

4,º — Uma terra de cultivo e
seis oliveiras, na Barroca do Jão,
no povo das Rabaoinas,Insorita na
matriz sob o art.º 15,284, e des-
orita na Conservatória sob o n.º
28,158. Veil pela primeira vez à
praça no valor de dois mil seie-
centos e nove escudos e vinte
centavos,

Penhorados na acção sumaifs»
sima — em execução de sentença
-—am que é exequente Juão Pires
de Oliveira, ossado, industrial,
residente no Retaxo, destu co-
marca, o executado Domingos
Oargsleiro, ousado, comeroiante,
des Rabaoinse, de onjo processo
que corre seus termos na comar-
oa de Castelo Branco, fol extreí-
da a competente carta precatória
para arrematsção,

Sertã, 18 de «faneiro de
19414,

 

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo

O Chefe da 1.º Secção,

José Nunes

Castelo Branco — Sertã — Figueiró dos Vinhos — Coimbra

Companhia de Viação de Sernache, Ld,º e Viação
Castanheirense, Ld.?, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação
entre Castelo Branco e Coimbra:

ÀS SEGUNDAS, QUARTAS SEXTAS

CHEG. PART.
Castelo Branco 9-00
Sobreira Formosa ll-00 1lI-lo
Proença a Nova 11-50 11-40
Sertã 12-30 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 13.33
RPigueiró dos Vinhos 14-15 14-25
Coimbra 16-45

ÁS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG. PART.
Coimbra 1150
Figueiró dos Vinhos 14-05 14-25
Sernache do Bonjardim 15-07 15lo
Sertã 15-30 15-30
Proença a Nova 16 24 16 35
Sobreira Formosa 1655 1705
Castelo Branco 19 00
A Mercgarias Camas e Colchoaria | firavatas | =
E Perfumarias Cobertores de já e algodão | Modas | E
= g =
Papelaria — 2 Malhas | s

Eq Eu sim E

Es > = g < E

EE) Ima emla |0/S | E Riscadara Ê

És E | | a 1

E =) luadeSuaim | me | = |S u Enfestados — 2

ES) eita Megre iSIigl Brancos e Crús E

Ss O ms O >

E : doses E

| Vidros E á Afoalhados &

= | Tabacos Colchas de seda e gorgorão Retrosaria E

Ê =

| Ferragens Lenços de lã e algodão iarda-sóis Ê
os ESTABELECIMENTOS

DE

António da Silva Lourenço

: São os que mais barato vendem e maior sortido têm 1:

Prefiram sempre os magnílicos oafés desta
casa por serem importados erús, Os únicos,
na região, que são torrados e moidos para
vender ao público

CAFÉ MISTURA

Lote Popular, moído, em pacotes de 200 gm.
» Família, moído, . . . kg
» N.ºi,moído . 5 q kg 9800
» Extra : 5 . Ê kg 12800
>» em grão, torrado ó a kg 8800
>» extra-escolhido kg 12300

1800 kg. 5$00
6800

 

TELEFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS =SERTÃ

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SERTÃ E PROENÇA-A-NOVA
Concessionária : Companhia Ulação Sernache, Is9.º
Sóde — Sernache do Bomjardim

A’s 3.ºº, 5.1 e sábados Chsg. Part.
Srila CN SRD PRC RR RR Cd 18
Proença-a-Nova +. «4 e os 19

A’s 2”, 49º é 6,ºº feiras Cheg. Part.
Proença-a-Nova . A 6,30
Sertão auto imaio Sad ORAR RE RIO jim 6 5 7,30

Dá ligação às Carbiras da mesma Companhia, de TOMAR e LISBOA

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A comarca da sertã

HUMORISMO

QUEM QUISER COMER. .. PAGA!

E” O QUE SE PASSA A FAZER NOS BAILES
DO CLUB!

Não sei se os amigos sabem —
se não sabem ficam sabendo —

que, até há pouco, quando se ‘

queria fazer um salsifré mais
animado no Club cá da terra, era
preciso meter comes e bebes à

farta para entreter as debilidades ,

até altas horas da madrugada
Sem isso, nada feito, porque o
romantismo e o namôro, só por
si, não dão sustância…

Para arranjar o chá, os bolos,
as sandviches e os vinhos recor-
ria-se à subscrição, à pedincha,
processo velho com que muitos
engalinhavam, mas que não os
impedia de aparecer à hora e-
xacta, ao toque da cabra, para
cravarem, com tôda a sem=ceri-
mónia, a mandíbula no que tinha
custado muito trabalho e dinhei-
ro a arranjar… aos outros, aos
trouxas!

Constou, nos últimos dias,
que se pensava adoptar um pro-
cesso sintético, prático e até
muito mais económico — alivian-
do a bôlsa dos que costumam dar
bastante em benefício dos que
pouco ou nada dão — para levar
a efeito bailes que metam trin-
cadeira,

Para saber do que se tratava
fui no encalço do amigo Bonifá-
cio, pessoa sempre a-par-de coi-
sas e loisas que só interessam
aos que nada têm que fazer. En-
contrámo-lo a sorver, paulatina-
mente, um café «Pernambucana»
no Clube. Depois de um li-
geiro cumprimento, disparámos
à queima-roupa esta pregunta
inofensiva :

-— Amigo Bonifácio: consta
que daqui por diante se vai mo-
dilicar o sistema de bailes servi-
dos cá no Clube, a-fim-de acabar
com certos abusos e impedir que
a sua realização represente en-
cargo para alguns sócios em fa-
vor de outros… Que nos diz,
Bonifácio, a êste respeito? En-
carando nos com o seu sorriso,
um pouco malicioso, responde :

»— Assim parece, e ainda bem.
Você compreende que as subs
crições são um tanto ou quanto
vexatórias para quem pede e
sempre aborrecidas para os que
têm de esportular a teca, princi-
palmente se querem fazer figura
decente, dando mais do que o
razoável!

— E? assim mesmo!

— Depois, há meninos que re«
pontam quando se lhes pede o
bago, mas em chegando às horas
do chá e da ceia… desunham-
se, comem como umas feras…
parece que sofrem da solitária…

— Não é bem como diz!

-Isso nem parece seu, ho-
mem. E” como lhe digo. Mas vou
contar-lhe em poucas palavras o
que o Clube pensa fazer daqui
por diante, salvo, naturalmente,
casos muito excepcionais: Não
há subscrições, não há comissões,
não há questões, não há discus-
sões, nem outras coisas termina-
das em des! Há, e é o que se
quere, critério, boa orientação,
obedecendo tudo ao fim de o
Clube ganhar alguma coisa, por=
que bem precisa, e cada um pa-
gar o que bebe ou come.

— Então, quere dizer…

— Quere dizer — você que é
enciclopédico já o percebeu —
que o Clube monta um butfete
provido de bebidas, incluindo
chá’à farta, — o que é essencial |
— bolos. sandviches várias, cro-
quetes, etc, etc. Os sócios e con-=
vidados pedem o que desejam e
pagam! 6

“— Muito bem. Mas isso em
todo o caso, tem um inconve-
niente…

— Tem, sim, para os que dan-
tes comiam e bebiam sem conta
nem medida, subscrevendo-se

Btravés da Comarca –

(Noticiário dos nossos correspondentes)

SERNACHE DO BOMJARDIM, 19 — Há tempo que
estamos sob um rigoroso inverno, com um frio intensíssi-
mo, caindo dois grandes nevões, como há muitos anos não
sucedia e que se nos maravilharam com a sua beleza, nos
pienRagAm com a sua inclemência, pondo tôda a gente a
tiritar.

—Foi com prazer que vimos incluida no plano de
melhoramentos rurais a executar no presente ano, mais
um tróço da estrada da Quintã à Ribeira da Sertã—ligação
para Palhaes,

—A propósito desta estrada chamamos a atenção
de quem competir para o estado lastimoso em que ela se
encontra desde o princípio do ramal até à Quintã que prex
cisa de uma reparação urgente.

Também estão precisando reparação algumas cal
çadas desta aldeia, chamando para o caso a atenção do
vereador do pelouro Municipal, pessoa que sabemos está
animada da melhor boa vontade.

—Num dos últimos números da «Comarca» vem uma
notícia do Nesperal, referente a uma questão resolvida
nos tribunais e que sem atinar com o motivo O correspon-
dente dali deu, mas com inexactidões.

Sabemos muito bem que a questão não interessa
absolutamente a ninguém daquela freguesia, mas unica-
mente às partes: além disso ela foi dada de forma a ferir
algumas pessoas que nos merecem respeito e daí a nossa
estranheza com tal notícia. a

estoz

PEDRÓGÃO PEQUENO, 19 — Várias vezes temos
ouvido falar nos estudos feitos da estrada 59-2.2 que sain-
do desta vila em direcção aq Vale da Galega, Bravo e Ma-
deirã adormecem à curta distância de 2 quilómetros, A-
-pesar-de por vezes também se ter reclamado tão urgente
melhoramento, até hoje nada mais se fez em tal sentido,
Com a abertura desta estrada muito lucraria a Madeirã e
Pedrógão Pequeno.

Sendo de conveniência para as duas freguesias,
porque não se hão-de unir e trabalhar para o mesmo fim ?

Havendo, em Lisboa, uma colónia enorme de natu-
rais das duas freguesias, e que votam um acrisolado amor
às suas terras natais, estamos certos que não deixariam de
trabalhar afincadamente para tal realização.

Haja quem tome a iniciativa e veremos coroados de
bom êxito êsses esforços.

Nesta freguesia já se constituiu uma Comissão com
posa dos Senhores Firmino Lourenço da Silva Júnior e

aniel Fernandes, da Arrochela, Manuel Martins, da Póvoa
da Alegria, Januário Simões Barata, do Bravo e Manuel
Fernandes do Vale da Galega, com o fim de abrirem uma
estrada que começou no lugar da Arrochela, no dia 15 do
corrente, dirigindo-se à Póvoa de Alegria,

Pretende ainda esta comissão alargar e melhorar a
estrada vicinal que vem ao Vale da Galega, de modo que
seja possível ir um automóvel o todos os lugares. E’ uma
pro justa e que todos devem auxiliar na medida do
possível.

Subscrição aberta para construção do Ramal da
Arrochela à variante 50-2.2 ;

Firmino Lourenço da Silva, Arrochela, 1.000$00;

Afonso Lourenço da Silva, Brasil, 1.000$00; Manuel José
Matias, Brasil, 1,000800; Januário Simões Barata, Bravo,
1.000800; Daniel Fernandes, Arrocheta, 500800. Soma,
4.500800.
—No dia 26 celebra-se, nesta vila, a festa de S, Se-
bastião com missa cantada, sermão e procissão e o tradi-
cional bôdo de pãízinhos que o povo guarda com enorme
fé. São mordomos os Srs. José Inácio Pessoa, António da
Silva Barata Duarte e Angelo Lopes Pessoa.

usgex

O rio Zêzere regista a maior cheia
desde 1909 para cá

ÁLVARO, 22— Esta região foi assolada por um
violento temporal que derrubou os postes das linhas tele-
fónicas, arrancou árvores e destelhou casas, O rio Zêzere
alcançou a maior cheia registada desde 1909 para cá. Es-
tão interrompidas as comunicações com o concelho da
Pampilhosa da Serra.

Faz-se sentir imenso a falta da ponte sôbre o rio
nesta vila, a-fimde evitar os lamentáveis desastres que
se têm dado na passagem de uns Fiquedos barcos, único
meio de transporte que se pode utilizar,
E.

sd.
uses

PROENÇA-A-NOVA, 13 — Foi concedido pela Ca-
mara Municipala Manoel Gonçalves Figueira, da Fonte
Longa, o exclusivo do fornecimento de carnes verdes, nos
talhos, durante o corrente ano, com os preços seguintes:
carne de vaca, 1,º 9800; 2.2, 3$50; chibato, carneiro e ca-
brito, 4435; cabra, 3450:

(D'<A Voz»)

 

CAVA, 19— No mês transacto estiveram na Cava
os srs. Vergílio Deniz da Silva, sua espôsa e filhinha, Ar-
mando Deniz da Silva e Silvano Deniz da Silva e sua es-
pôsa, a tratar de tos de família. F muito em
vê-los e cupri los e por que
cotinuam gozando saúde.

—No dia 28 do mês findo realizou-se na capela de
S. Miguel e Santa Justa, desta povoação, o enlace matri-
monial da sr.º D. Alzira Farinha da Silva com o sr. Fran-
cisco Alves, do logar da Macieira, freguesia do Troviscal;
foram padrinhos, por parte da noiva, o Rev.º José Farinha
Martins, de Sernache do Bomjardim e a sr.2 D. Conceição
Farinha da Silva, de Lisboa e, por parte do noivo, o sr.
Manoel Figueiredo Morgado, da Macieira e a sr. D. Ma-
ria Martins, do Monte Fundeiro, freguesia de Oleiros. As-
sistiram ao acto religioso o sr. Capitão Farinha da Silva
e sua espôsa e seu filhinho Fernando e o sr. José Mendes
Jorge, e ainda os srs. Jaime Farinha da Silva, Floriano
Dias da Silva e muitos outros convidados. Terminada a
cerimónia religiosa foi servido um belíssimo copo de água.
Aos nubentes desejamos tôdas as prosperidades de que
são dignos.

—No dia 11 caíram grandes flocos de neve em lar-
ga abundância, como não sucedia desde 1908 e o mesmo
sucedeu durante todo o dia 12, não podendo os gados sair
para os campos devido à altura que a neve atingia. Houve
pontos onde muitas pessoas se dirigiram para avistar O
lindo panorama e até muitos se dirigiram à Selada da Ca-
va, que oferecia um aspecto magnífico: uma manta des-
lumbrante se estendia pelo campo! Nalguns pontos a neve
atingiu 45 cm. de espessura,

C.

ed
esses

Desastre — O tampo —: Provimento
da nossa escola

NESPERAL, 15 — Mais um desastre temos a re
gistar, deixando bem consternados quantos dêle tiveram
conhecimento : pelas 11 horas do dia 11 do corrente, a
sr.? Adelaide de Jesus tinha-se afastado de casa para
levar o almôço a seu marido, o sr. Manuel da Silva,
moradores na Felgaria, pequeno logar pertencente a
esta freguesia, deixando junto do lume três filhinhos:
uma pequenita de cinco anos incompletos; de nome Do»
micília e os oatros de três e um anos, respectivamente.
Pouco depois pegoa-se o fogo aos vestidos da pequenita,
o que à lez sair de casa, correndo em direcção da casa
de uma vizinha mais próxima, à distância de ans cin=
quenta metros, Conseguiram apagar os fatos que ar=
diam, queimando impiedosamente as carnes da pobre e
infeliz criança. Assim horrorosamente queimada e no
meio do maior sofrimento faleceu às 22 horas do mesmo
dia. E’ uma imprevidência deixarem crianças ao lume; e
centenas de casos idênticos deviam servir de exemplo às
mãis, que confiam os seus filhos ao sabor do destino,
da sorte.

Também dá mau resultado o isolamento a que se
votam os habitantes dos logares da nossa freguesia. Não
conseguem assim formar am grapo de casas e tornam
dificil o aaxílio)jmátao e daqui a poucos anos não há
possibilidade de se fazer a distribuição do correlo, por-

ue, além das casas alastadas umas das outras, não po=

le definir=se a localidade por nome. Já temos querido
falar neste assanto e aproveitamos agora, porque se
aquela infeliz criança tivesse logo algaém que lhe aca=
disse talvez se salpasse da morte horrorosa que teve,
Somos de opinião que não deveriam ser permitidas mais
obras daquêle género de construção de casas cada uma
em seu lado. ,

—0O frio não há meio de nos deixar e a chava nos
últimos dias tem vindo em abundancia, acompanhada
de forte ventania, não escapando nós aos mesmos resul
tados que de todos os pontos do País lemos diáriamente.

o dia 11 para 12 nevou imenso, atingindo a neve
uma altura média de cinco centímetros. Foi pequena re=
lativamente às outras localidades de que temos conheci-
mento a neve caída, olerecendo, contudo, os campos, à
nossa vista, um aspecto sarpreendente; mais ou menos
quási todos os dias tem nevado,

—Já está provida a nossa escola com a sr. D.
Lourdes da Cruz Nogueira, regente do Quadro dos Agre=
gados. Satisfez-nos imenso ver preenchido êste logar,
embora nos pese que os alunos da 4.º classe fiquem pri-
vados do seu exame, por a esta senhora professora não
ser exigido o ensino daquela classe; daqui a Sernache
são apenas dois gallómetros, mas certamente as crian-
ças não vão lá, o que lamentamos. No entanto sentimos
prazer que esteja ao serviço quem julgamos competente
€ em quem vimos aprecláveis qualidades de trabalho,

emos a ce! de que a sr.º D. Lourdes Noguel-
ra se sentirá bem entre nós e verá que todos lhe dispen=
sam as melhores atenções. Aquela senhora é acompam
nhada de saa Exm.º irmã, sr.” D. Delfina da Craz Nom
gueira. Camprimentamos as duos senhoras maito sin-
ceramente, E

com cinco paus! Agora passam
a comer com jeito, pedem um
palito e um copo de água e as-
sim fazem as honras da casa |

— Finalmente, acho acertada a
medida |

—E talvez você desconheça
um outro caso, digno de nota
por ser um descaramento : Havia
casas de duas e mais pessoas,.
que, sem terem dado dinheiro,
enviavam cinco cavacas da Se-
nhorinha! As senhoras da comis-|
são riam-se à sucapa, mas que
haviam de fazer ?

— Deviam dar ao cavaco…
— Fique-se lá com esta: Aca-

.bou a mama para algumas raras

famílias, com cinco e mais pes
soas, de tomar chá e cear por
cinco paus!

E despedi-me do Bonifácio
amigo, satisfeito com tam boas

informações.
Zé Ferrão

«SOIRÉE» DANÇANTE

No salão do Clube Sertaginen-
se, em comemoração do 53º
aniversário da sua fundação, es;
fectuou-se, no passado sábado,
25, uma «soirée»> dançante, que
decorreu bastante animada. Pres-
tou valiosa colaboração o agriu-
pamento musical focal, Jazz-band
«União Sertaginense>,

O serviço de bulete estava
muito bem organizado,

erp
OS AMIGOS DA «COMARCA»

Os nossos amigos srs. António
Fernandes, José Marques e Al-
berto Pessoa dos Santos, de Lis-
boa, indicaram como assinantes,
respectivamente, os srs. António
Rodrigues e Marcelino Antunes
easr.” D Maria da Conceição
Corrêa Salgueiro Santos, também
de Lisboa, y

16.º sorteio organizado pela
Comissão de Propaganda

DE
INVÁLIDOS DO COMÉRCIO

em 31 de Dezembro de 1940,
no Salão de «O SÉCULO»

Sob a Presidência da Ex,
Autoridade Administrativa do
Distrito.

Número premiado 1690, 1
Automóvel «Chevrolet – Master»
de luxo completamente equipado.

O anúncio-aviso da extração
do Sorteio foi publicado na 3.º
página dos jornais «Diário de
Notícias» e <O Século» de 1 de
Janeiro de 1941,

O prémio entrega-se dentro de
90 dias, contra a apresentação
do bilhete correspondente ao
número premiado na Rua dos
parquet; nº 221, 2º —
LISBOA,

CEMITÉRIO DE PALHAIS

Pedem-nos a publicação do
seguinte:

Está numa autêntica lástima,
pois a cal já está quási toda no
chão. Não é admissível que uma
obra destas, construída apenas
há um ano aproximadamente, se
e em tal estado. Para êste
Il tável caso só se encontra
uma explicação: a falta de es-
crúpulos e a ganância dos em-
preiteiros, porque a argamassa
não tinha a composição devida.
O desleixo da Junta de Pregue-
sia ma fiscalização facilitou-lhes
a tarefa.

Oxalá que o Sr. Presidente
da Câmara se intereresse pelo
assunto e ainda possa chamar os
empreiteiros à responsabilidade
fazendo-os calar novamente o
cemitério. Se êste não for caiado,
dentro em pouco tempo estará
em ruínas visto a pedra empre-
gada ser de péssima qualidade,

Palhais, 20/1/941.
roda

Precursores e Mártires
da República

Amanhã, dia consagrado aos
Precursores e Mártires da Re-
pública, é feriado nacional e,
por isso, encontram-se encerra-
das as repartições públicas.

rare
CINEMA

Depois de âmanhã, 1 de Feve-
reiro, exibe-se no Cine-Teatro
Tasso «O CASTELO MISTE-
RIOSO»>, filme onde o trágico e
o cómico se alternam, onde o
mistério e a realidade se confun-
dem, tendo, como principais in-
térpretes, André Brulé, Sylvia
Bataille e Margarite Moreno.

E” uma película policial de
características inéditas.

ros

D. Mariana Corrêa lima

No sábado passado, 25, com
pletou 88 anos de idade esta vir-
tuosa senhora, de bondosíssimo
coração, que prima pelos mais
puros afectos. g

O aniversário natalício foi fes«
tejado, com muita alegria, por
suas filhas, sr.ºº D. Albertina
Lima da Silva da Sertã, em casa
de quem vive, D. Ana Alves e
D. Amélia Silva e por alguns de
seus netos. A simpática senhora
é mãi e sogra, respectivamente,
dos nossos amigos srs P.º Al-
fredo Corrêa Lima, pároco em
S. Facundo (Abrantes) e José
Alves, do Cabeçudo,

A’ sr* D Mariana Lima apre-
sentamos os nossos parabens e
votos de uma longa e feliz vida.

ro
BRINDE

Da considerada firma comer=
cíal da praça de Lisboa, M. S.
Garcia, Ld.” (comissões e consis
gnações), da Rua dos Bacalhoei-
ros, 98 2.º, Esq., recebemos um
interessante e útil calendário pas
ta o presente ano. :

Agradecemos a gentileza.

SST eee er m

VENDE-SE

80 aduolas de castanho
com 1,5 m. de comprimento,
8om. de grossura e 10cm,
de largura,

Batentos de castanho com
2,40m. de comprimento, 12
um. de grossura e 45 cm, de
largura.

Pequenos lotes do madei-
ra de dimensões inferiores
àquelas.

1 caldeira de queimar re-
sina, usada.

Tratar com Joaquim
Matias Júnior — Vale do Souto — oleiros.

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarcada Sertã

e Sa,

Julgamentos em Tri-
bunal Colectivo

Acusados pelo Ministério Pú-
blico, responderam :

No dia 20: Otília da Concei-
ção, solteira, de 23 anos, dos
Barrocos, freguesia de Pedrógão
Pequeno, do crime de infantici-
dio. Condenada na pena de seis
meses de prisão, levando em con-
ta a detenção sofrida, igual tem-
po de multa a 1$00 por dia, mil
escudos de imposto de Justiça,
aquela e êste com os legais acrés-
cimos, emolumentos devidos aos
peritos, 500800 de indemnização
a quem se mostre com direito a
ela e 100800 ao seu defensor ofi-
cioso; mas atendendo a várias
circunstâncias atenuantes e ao
facto de a ré ser portaiora duma
tuberculose pulmonar em estado
avançado, foi a execução da pena
suspensa por dois anos.

No dia 21: António Martins,
de 23 anos, trabalhador, da La-
peira, freguesia de Cambas, Sil-
vino Antunes solteiro, de 29
anos, trabalhador, dos Caneiros,
freguesia de Cambas, José Men-
des, casado, trabalhador, de 26
anos, dos Caneiros, freguesia de
Cambas e Eduardo Joaquim de
Almeida, solteiro, de 27 anos, do
Pôrto das Vacas, freguesia de
Janeiro de Baixo, concelho de
Pampilhosa da Serra, por, no
dia 20 de Outubro de 1940, na
Cruz Fundeira, freguesia de Cam-
bas, os dois primeiros matarem à
navalhasa Manoel Gonçalves,
solteiro, alfaiate do Braçal e ain-
da ferirem à navalhada, com in-
tenção de matar, José Mendes
Barata, do Sobral Magro e Ma
ria Augusta Mendes, do mesmo
logar; os arguídos António Mar-
tins e seu irmão José Mendes e
depois António Martins e Silvino
Antunes ferirem à navalhada, com
intenção de matar, Jo:é Mendes,
das Andrianas; o António Mar-
tins feriu à navalhada, com in-
tenção de matar, Júlio Martins,
Soledade de Jesus e António Mi-
guel, dos Carneiros, e ainda fe-
riu à navalhada seu irmão, o ar-=
guído José Mendes; o arguído
Eduardo Joaquim de Almeida
desrespeitou os cabos de polícia
quando êstes lhe deram voz de
prisão; o arguído António Mar-
tins, em 28 de Abril de 1939, em
Cambas, ofendeu voluntária é cor-
poralmente Manoel Antunes Ba-
rata, do Sobral Magro e ainda,
no mesmo dia, o arguído José
Mendes ofendeu aquêle Manoel
Antunes Baraia,

O António Martins foi conde-
nado na pena de oito anos de
prisão maior, seguidos de de-
grêdo porgvinte anos, ou em al-
ternativa, na pena fixa de degrê-
do por vinte e oito anos e em
qualquer dos casos em possessão
de 1.º classe, mil escudos de im-
posto de Justiça com os acrésci»
mos legais.

O Silvino Antunes foi condes
nado na mesma pena.

O José Mendes foi condenado
na pena de quatro meses de pri-
são; levando em conta a detenção
sofrida, vinte dias de multa a
2800 e 500300 de imposto de Jus-
tiça, aquela e êste com os acrés-
cimos legais e 200800 de inde-
mnização ao ofendido Manoel
Antunes Barata,

O Eduardo Joaquim de Almei-
da foi absolvido.

Condenados, ainda, os réus
António Martins e Silvino Antu-
nes, solidâriamente, na indemni-
zação de 20,000$00 aos herdeiros
do falecido Manoel Gonçalves,
2,0008500 ao queixoso José Men-
des Barata, do Sobral Magro e
3.000800 ao também queixoso
José Mendes, das Andrianaseemo-
lumento» devidos pelos respecti-
vos exame ; e ainda o primeiro
nas indemnizações de: 1 000800,
a Maria Augusta Mendes, de
3 000300 a cada um dos queixosos
Júlio Martins e António Mi-

uel, de 5000800 a Soledade de
Esus e 200800 ao queixoso Ma-
noel Antunes Barata,

 

O Infante D. Fernando a ca-
minho do cativeiro

Montado num sendeiro magro
e desferrado, com a sela rôta e
os arções despregados, com o
freio atado por tamiças e na mão
uma vara como Cristo quando o
expuseram rei dos judeus, por
mofa, nas ruas de Jerusalém, as-
sim o Infante, resigaadamente
mártir, ia caminhando no deser-
to, cercado pelos seus nove com-
panheiros, que o seguiam a pé.
Eram o professor e o capelão, o
secretário e o camareiro, o físico
e o aposentador, um reposteiro,
um cozinheiro e um moço de
forno. Eram os destroços do gran-
de naufrágio de Tânger, varados
na praia ardente de Fez, perdi-
dos no seio da mourama hostil.

Ao passarem nos povoados, as
gentes vinham recebê-los com
gritos alvoraçadas de escárnio,
soltando grandes vitupérios, co-
brindo-lhes as faces de escarros,
perseguindo-os com pedradas.

E assim foram levados até che-
garem a Fez, onde comoveram
singularmente a povoação amon-
toada para os ver, ansiosa por
acabar com êles, numa fúria de
canibais. Defendiam-nos os guar-
das, que os entregaram aos ver-
dugos, para que tivesse comêço
o mais cruel e o mais santo dos
martírios de que a nossa História
reza.

Oliveira Martins, «Os filhos de D,
João 1», capítulo VIH ( Séc XFX ).

ore
Bombeiros Voluntários
da Sertã

Foi convocada para âmanhã,
31, pelas 19 horas, a Assembléia
Geral ordinária para apresentação
do relatório e contas da gerência
de 1940 da Associação dos Bom
beiros Voluntários da Sertã.

too

fiilistória da Acção Missio-
nária pelo nosso paírício
rep; António bourenço
Sarinha

O nosso ilustre patrício Rev.”
António Lourenço Farinha, a
quem o concelho deve a sua mo-
nografia <A Sertã e o seu con-
celho», obra de inestimável valor,
desde há muitos anos se dedica
ao estudo dos documentos da
acção missionária portuguesa, co-
mo grande missionário que foi e
dos mais ilustres das últimas dé-
cadas, honrando a sua Pátria e a
Religião em remotos continentes,

Nos /ogos Florais da Prima
vera de 1939 alcançou o Rev:º
António Lourenço Farinha a Pera
pétaa de Oiro pela apresentação.
de um trabalho de alta erudição
—«<Pim trágico do Comércio Por=
tuguês no Japão» —, tendo aquête

rémio sido o mais valioso con=
erido a Murrativas Históricas,
Honrou se «A Comarca da Ser-
tão por publicar o primoroso e
douto trabalho no n.º 138.

O Rev.º Farinha tem prosse-
guido incansávelmente nos estu
dos a que acima aludimos, Sou-
bemos, agora, que Monsenhor
Amadeu Ruas, representante das
Missões do Clero Secular Portu-
guês, entregou ao sr. Ministro
das Colónias os dois primeiros
volumes manuscritos da História
das Missões Católicas Ultrama-
rinas Portuguesas, da autoria e
oferta do nosso patrício.

A obra compõe-se de cinco:
volumes e descreve os trabalhos
dos nossos missionários desde
Ceuta ao Japão; o sr. ministro,
reputou a obra valiosíssima. é
prometeu ordenar a sua publica-
ção.

Como sertanenses e amigos do
ilustre sacerdote, sentimo-nos sa-
tisleitos ao dar esta notícia e fe-
licitâmo-lo por tam grande êxito.

Este número foi visado pela
“ Comissão de Censura |
de Castelo Branco:

“A Inglaterra não se im-
tromete nos negócios
das outras Nações”

— declarou Eden nos Comuns, res –
pondendo a uma interpelação so-
bre as relações anglo-portuguesas

LONDRES, 23. — Na Camara
dos Comuns, tratando das rela-
ções anglo-portuguesas, M. R.
Palmer fez ao Ministro-dos Es-
trangeiros a seguinte pregunta :

«Sabe o senhor ministro que
os nossos inimigos tentam acti-
vamente minar a amizade anglo-
portuguesa, espalhando que a
manutenção da actual situação
politica portuguesa é incompatí-
vel com a. vitória britanica na
guerra? O senhor ministro tomou
já providências no sentido de
neutralizar essas atoardas ?>

Anthony Eden respondeu nos
seguintes termos:

«Conheço essas manobras, que,
diga-se de passagem, parecem
denotar acentuada falta de con-
fiança da parte dos nossos ini-
migos, Não tenho a menor dá-
vida de que o povo português e
o seu Govêrno sabem perfeita-
mente que êste país não se intro.
mete, nem tenta intrometer-se,
nos negócios internos das outras
nações mem impor-lhes as suas
próprias formas e instituições
politicas, Pelo contrário, estou
certo de que em Portugal como
em toda a parte se compreende
que a nossa vitória, entre outros
benefícios, salvaguardará os di-
reitos das nações a modelarem
as suas próprias existências com
absoluta, liberdade e à sua fei-
ção». — (Ex. Tel.).REGEDORES

Na notícia inserta no último
número, sob aquela epígrafe,
diz-se, erradamente, que «Em
sua sessão realizada em 15 do
corrente, a Câmara da Sertã,
tendo em atenção os variados
serviços que aos regedores vêm
sendo pedidos à sombra das leis,
deliberou por unanimidade fixar
para cada um do concelho, a par-
tir de 1 de Fevereiro próximo, e
quando em efectivo serviço, a
gratificação mensal de 80300, a
título.de compensação por ajudas
de custo e subsídios e de
transporte e marcha, resultantes
das deslocações impostas pelos
deveres do cargo».

Não é de ‘$0$00, mas sim de
30800 (trinta escudos) a dita
gratificação mensal,

Pica assim corrigido o érro tl
pográfico,

E dr

GURA IMPRESSIONANTE

Tivemos conhecimento, há pou-
cos dias, da cura completa da
menina Maria. Teresa Cid de
Carvalho Leitão, uma criança de
13 anos, viva e encantadora, fi-
lha do nosso patrício e amigo
sr. Ernesto E. de Carvalho Lei-
tão, conceituado comerciante na
praça de Lisboa,

A Maria Teresa, que, na Pa-
rede, há 18 meses, vinha sofren
do de doença gravíssima, supor-
tando doloroso tratamento com
uma resignação de santa e ver-
dadeiramente admirável em seus
verdes anos, é o enlêvo de seus
extremosos pais é de tôda a fa-
mília pela sua bondade, graça e
inteligência

Pode calcular se a alegria dos
pais e de todos que lhe dedicam
o maior carinho por a saberem
livre de um mal terrível, alegria
indescritível e extraordinária se
considerarmos as horas constan-
tes de abatimento e profunda
tortura por que passaram durante
tam longo período.

“Aoeção da Gomarça do Sgrtá”

Diz-nos o nosso prezado ami-
go e assinante sr. Augusto Ber-
nardo Alves, estabelecido há anos
em Pernambuco (Brasil), em car-
ta que agora recebemos:

«Como filho dessa «Terra ado-
rada entre serras, entre montes…
de águas cristalinas… (o amigo
Barata ainda se lembra dêstes
pedaços de estrofes das canções
de saiidosa memória, que se tor-
naram célebres na representação
da Sertã nas festas do Cartaxo ?
Se for possível arranjar-me aí
uma cópia da letra, é um obsé-
quio que lhe agradeço), aprovei-
to o ensejo para apresentar à di-
gna direcção de <A Comarca da
Sertã»—o nosso jornalzinho que-
rido—as minhas felicitações pela
obra verdadeiramente notável
que vem realizando em prol dos
interêsses e maior prestígio da
nossa Terra, que desejo cada vez
mais crescente»,

+

A Augusto Bernardo Alves
agradecemos as suas palavras de
amizade e votos de Feliz Ano
Novo, que retribuímos muito sin-
ceramente,

ros

Pedem-se providências

Ao fundo da recta do Pinhal
tem o sr. Luiz Lourenço, desta
vila, uma propriedade, onde já
muitos automóveis se precipita-
ram de noite, havendo a registar
alguns desastres de mais ou me-
nos gravidade, o último ainda
não há muitos meses, em que um
automóvel, vindo de Lisboa com
destino ao Fundão, se voltou no
local, licando inutilizado e todos
os passageiros, quatro ou cinco
bastante feridos. Na passada 5.
feira outro automóvel se estate-
lou na dita propriedade, mas des-
ta vez sem inconvenientes de
maior.

Atribue-se a frequência de de-
sastres à confusão provocada pe-
la luz dos faróis dos automóveis
ao chegarem ao fundo da recta,
porque a luz, incidindo sôbre a
estrada que se prolonga na mes-
ma direcção, obsta a que se dê
pela curva.

Seria, pois, razoável que ao
fundo da recta do Pinhal se cons-
truísse um muro, que bem se
destacasse de longe, dotando ain-
dao local com a placa de sinali-
zação conveniente,

Chamamos a atenção do sr.
Director das Estradas do Distrito
para o assunto.

Casas do Povo

Da importância de 1,923 con-
tos, do Fundo Comum das Casas
do Pavo, que o sr, Sub-secretá-
rio de Estado das Corporações e
Previdência Social destinou aos
mesmos organismos, foram dis-
tribuídas, a cada um dêles, diver-
sas importâncias, cabendo as se-
guintes às Casas do Povo que
passamos a indicar ;

Sernache do Bomjardim,
7.000800, Orvalho, 6,000800, Pê
so e Sobreira Formosa, 5.000800
a cada.

qto

PELO TRIBUNAL

Foi remetido a Juízo José Pin=
to da Fonseca, natural do logar
e freguesia de Sôbre-o-Tâmega,
concelho de Marco de Canavezes,
aquêle indivíduo que, como rela-
támos, foi encontrado debaixo
duma cama da residência do Rev.”
António Bernardo, de Sernache
do Bomjardim, em 16 do corren-

 

Ao intenso contentamento dos
pais nos associamos jubilosamen-
te e daqui enviamos um chi mui-!
to apertado à interessante Maria
Teresa, com votos, muito since-,
ros é ardentes, pelas suas maio- |

Yres felicidades.

te, com o intuito, evidente, de
roubar.

O larápio pr-ticara na véspera
alguns roubos na moradia da sr *
D. Maria Albertina de Carvalho
Tavares, do Pinhal (Sertã), que
lhe: dera guarida num palheiro,

CRRARE HUMANA BOT

Não há na vida quem não desgarre
E muitas vezes também não erre;
Embora, eu creio, que a razão berre
Ninguém existe que não esharre.

Defeito mesmo que não aterra
Não há, que fácil se desmarre,
E, um simples vício que a nós se agarra
E bem dificil que se desterre,

Não há, portanto, quem não embirre
Com quem nos diga, jure que morre,
Sem que um só érro de si lhe espirre;

Sem culpa alguma que se lhe empurre
Ninguém existe que não se «torre»
E em desespêro também….. não «urmes |
Teles de Meireles
(Do «Correio do Brasil»»Rio de Janeiro)
oro

Marco Postal.

Srs. Adelino António Peixo
to—Calulo; Alexandre do Rêgo
Bayam — Calnlo; e António
Fernandes dos Santos—Calu-
lo (Angola): Vieram, mais uma
vez, devolvidos os recibos que
enviâmos à cobrança por inter=
médio do Banco de Angola. Os
srs., para lugirem ao pagamento,
apresentaram como pretêxto o fa»
cto de não receberem os jornais;
mas é uma razão pueril, ou, se=
jamos francos, antes, pouco ho=
nesta. Se não recebem desde há
tempo Os jornais é porque, exa-
ctamente, devolveram, noutras
ocasiões, recibos respeitantes a
jornais expedidos. Fingem es-
quecer-se dêste facto, mas nós
gostamos de o lembrar

Certo é que vocemecês não fi=
cam mais ricos por nos pregarem
o cão! A Redacção fica prejudi-
cada, mas, enfim, paciência, são
ossos do ofício, que os não há
sem ossos. O clima africano é
depauperante e contribue muito
para a amnésia e para outras coi-
sas que não vale a pena dizer,
males de que muitos europeus
enfermam, infelizmente.

Resumindo: O sr. Peixoto de=
ve-nos 91300 dos n.º 1/54 e
113/46; o sr. Bayam, 54800, dos
n.ºS 10/44 e 113/28; e o sr. Sane
tos, 72$00, dos n.’* 10/54e 113/36,
incluindo. se já, a cada um, 3800
de despesas de cobrança,

E, já agora, se quiserem pas
gar…

A Administração
0 4

Temos obrigação de sacrificar
tudo por todos; não devemos sã=
crilicar todos por alguns,

Oliveira Salazar
ae

INSTRUÇÃO

Por despacho inserido na fôlha
oficial de 18 do corrente, foi
anulado o concur o para provi=
mento do logar de professor da
escola do ensino primário ele-
mentar de Sernache do Bomjar-

dim,
Oro

Contra a dor de dentes…

Pelas benzedeiras de certo los
gar das Beiras é usada a seguin=
te reza contra a dor de dentes:

Naquéle monte: mal assente,
Estava 0 Senhor São Climente,
Nossa. Senhora Jha disso :
— Que tens tu, 6 Climente 2
— Doi-me o queixo mais o dente,
— Queres que f’o henza, Climente 2
— Quero sim, minha Senhora,
— Pig as tuas cinco puígadas
Sôbre essas fuas puntadas
Que elas serão: abrandadas.
Padre. Nosso, Avg Maria,
Pasteco, aleluia |

(Deve repetir-se três vezes, sem.

o que não tem veriude),e),