A Comarca da Sertã nº215 24-10-1940
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FUNDADORES
—— Dr. José Carlos Ehrhardt —
E Dr. Angelo Henriques Vidigal —
A. António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO pi tri o
E Eduardo Sonata da Sia Concia, TP PORTELA FENÃO|
– ——— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. me CASTELO
m| | RUA SERPA PINTO -SERTÃ pRSATIO
=| e ud LIÍTELE FONE
«| | PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS | io
ANO Vo. | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comares da Sertã: concelhos de Sertã | ue no
Nº 215 | Oleiros, Proença -a- – Nova | e Vila de Rei e freguesias de Eméndoa e Cardigos (do concelho de Mação) 1940
Notas …
O dia 29 de Outubro de 1840
—faz agora precisamente
seis séculos – travou se a dba.
talha do Salado, em que por-.
tugueses e castelhanos, num
admirável espírito de fraterni-
dade cristã e desprezando fia
validades até aí existentes etix
tre D. Afonso IV. de Portugal.
e seu genro D. Afonso XI, de
Castela, se deram as mãos e
infligiram ao inimigo comum,
aos mouros, tremenda derrota;
os infiéis viram malogrados
para sempre os seus sonhos de)
voltar a dominar a Península.
O facto vai ser comemorado
pelos dois países com tôda a
solenidade.
Conta-se que, depois daquela
peleja, em que os portugueses
se distinguiram pela sua ex-
– -tráâordinária bravura, o rei de
“Castela chamon D. Afonso IV
“e os cevaleiros de Portagal
para que êles escolhessem a
melhor parte da prêsa, os des-
pojos de maior valia.
0 nosso rei mirava, embeve
cido, asenormes e deslumbran-
tes riquezas, tesonro prodigi-
oso dos vencidos. . Ainda, por
momentos pegara num lindo
alfange, com o punho incrus-
tado de esmeraldas!
De-repente aprumou a alta
figura, sorriu e exclamou, di-
rigindo-se a seu genro ;
— Não quero riguezas. Bas-
ta-me a graça de Deus e a gló-
ria de ter vencido.
ato ftp :
SOBRE as ruas, cujo pavi-
mento foi agora reparado,
lançou-se uma camada de bri
ta, o que evita as tremendas e
perigosas escorregadelas cau-
sadas pelo barro.
Ainda bem que se compreen-.
deu a necessidade de o fazer.
O conserto das restantes ruas
abrangidas no projecto fica
suspenso, segundo nos consta,
até ser comparticipado o outro
projecto -o da distribuição de
água aos domicílios — que es-
tá dependente de aprovação. –
Ag sad
ESTÁ a proceder-se à cons-
trução de um muro de ve-
dação e cortina na rua Pero
da Sertã desde a travessa das
Regorisses à primeira curva
trabalho arrematado pelo em-
preiteiro sr. Manoel Farinha,
de Proença-a-Nova, e que era
de tôda a necessidade levar a
cabo porquanto aquela rna
tem um movimento intenso de
veículos e a ribanceira adja-
cente representava um Meriago
so precipício.
Bonito ficará depois o as-
pecto desta artécia, tornandos
se agora, mais do que -nuncas,
oportuno obrigar o proprietá-
rio do pátio, que dá para a re-
ferida rua, a colocar um por-
tão à entrada. Aquêle pátio,
como já em tempo dissemos, é
um exemplo, entre outros que
por alhá, de desmazêlo e iman-
dicie, isto é, um chiqueiro, um.
autêntico. foco anti-higiênico,
esrrcemraeem
E E SRS RS
MADEIRÃ.
i
TERRA ABANDONADA
9 confrangedor o estado de aban-
dono à que esta terra está con-
denada.
Há muitos anos. queo os seus
habitantes lutam, junto dos Poderes Pú-
blicos, para que a malfadada estrada
d9 2º seja construida, aiii a máxima
dêste rôvo.
“Várics estudos tem sido Fatos uns.do
ado de Pedrógão Pequeno e outro do la-
do da Cava, mas até hoje nepatam obteve
aprovação oficial.
O último estudo feito do Na a Ca-
va até ao Senhor do Vale Terreiro foi de-
volvido à Direcção das Estradas dôste dis- |
trito, com elogiosas referências ao enge-.
nheiro. que dirigiu esse estudo, o: qual es.
tava muito bem feito e dé contormidade.
com a lei, mas que era caro, devendo-lhe
ser introduzidas algumas modificações
tendentes a baratear -s sua construção.
Tais modificações nunca se fizeram, |
a-pesar-de, pel: Direcção das Estradas dês-
te distrito, várias vêzes terem prometido
executá-las e a dotação que chegou a ser
feita caducou por não estar concluido e
projecto.
Algumas pessoas teem afirmado que
«mão fatal não deixará construir esta es-
trada, por mais esforços que sejam empre-
gados nesse sentido».
Combatemos sempre tal afirmação
por a considerarmos absurda, pois não
podiamos admitir por princípio algum que,
dentro do Estado Novo, fôsse dada gna-
Decorridos tantos anos e, vendo-se o
malôgro de tôdas as tentativas—até mes=
mo as dos ilustres chefes do nosso distri-
to, que muito se teem empenhado pela no-
sa justa pretensão — esses individuos, que
falavam da mão fatal, dizem-nos com cer-
ta firmôza:— Ainda duvidais da nossa
afirmação ? E nós já não encontramos ele-
-mentos-para os combater.
E
Se volvermos 08 olhos para a instru-
ção popular da nosso dreghesia . ficamos
edificados. |
Havia na povoação da bra uma es-
“cola e na sede da freguesia duas, onde em
tempos brilhou a instrução pela muita com.
-petência e zêlo dos professores que ali
prestavam OS seus serviços.
A da Cava foi extinta e criado ali um
posto de ensino,
À masculina de Madeirã: foi recente-
mente extinta e a feminina convertida em.
dupla.
Pois, para cumulo de. no por
esta terra, para duas escolas’que se fun-
6 numa acaham: d brindar:
diram 5 a acabam de nos brin “1 300800 de multa, 200800 de
com uma regente!
Nem pelo menos se tomou em consi-:
deração o número de alunos que no pas:
sado ano lectivo fizeram exame da 8.º
classe!
rida a influências nefastas:
“Out. do
1940 L.
guês, acaba de produzir
um poema sinfônico intitalado
«Buçaco», já executado pela
Orguestrada Emissora Nacio-
nal em 17 do corrente e a que
a crítica tem tecido os maiores
elogios.
Somos tam pobres de boas
composições musicais que al-
guma de merecimento que apa-
rece não pode deixar de ser
devidamente apreciadae aplau-
dida.
«+ 044
Rêde de esgôtos da Vila
de Úleiros
Segundo o Decreto-lei n.º
30802, publicado no «Diário do
Goevêrno» de 14 do corrente, pe-
lo Ministério das Obras Públi-
cas e Comunicações – Direcção
“Geral dos Serviços Hidráulicos
e Eléctricos-Secção desMelhora-
foi tornada obrigatória a ligação
dos prédios urbanos à rêde de
esgôtos da-Vila-de Oleiros,
Pelo interêsse que merece o
nos é possível fazer hoje ; por;
falta de espaço,
BERTINI, addiposifor porta-
mentos de À guas e Saneamento»,
referido diploma inseri-lo-emos:
no próximo número, O que não:
hos nossos prezados
colaboradores
Cumpre-nos informar alguns
dos nossos prezados colaborado-
originais ainda não publicados,
que a demora de inserção tem
sido, somente, motivada por es
cassez de espaço e não por me-
nos consideração a quem ela é
inteiramente devida.
De resto é preciso notar que
ra perdeu a oportunidade. A di-
rectriz do jornal determina a pu-
blicação imediata de tudo o que
diz respeito à interêsses regio-
nais.
Tenham todos, pois, como nós
puto, um pouco de paciência.
Atropelamento mortal
Na noite de 13 do corrente, ao
regressar de Fátima, foi atrope-
lado por uma camioneta, perto de
Vila -Nova -de Ourém, Joaquim
Antunes, de 19 anos, solteiro,
jornaléiro, filho de Joaquim An-
tunes, do Maxial dos Hilários,
tendo falecido algumas horas de.
, pois
res, que têm honrado e distinguido
‘êste semanário com a remessa de :
nenhum dos originais em cartei= |
Observação atilada de
um maltico ,
aí anda, o Antônio da Eira, ofe-
vinho e dois de água: êle, que
itinha presenciado a tiborna, pe-
: gou pausadamente no copo, mi-
“rou-o à luz e-observou com filo-
sofia :
água!
Gt
Logar vago
Encontra-se: vago o logar de
escriturárioide 2.º classe da se
cretaria da Câmara MRE da
Sertã.
O
aúdá Nunes
Vindo de Luanda encontra se
em Monfo t’ nhoó-Castelo Branco,»
junto, de sua família, o nosso
prezado assinante sr. Abílio Nu-
nes, distinto funcionário dos Cor-
reios’e Telégrafos da Colónia de
Angala. E!
Os: nossos . Fidprimentos «de
boas vindas, com votos pelas
suas melhores prosperidades,
A um pobre ‘maliico que por.
receram numa taberna, um co-.
po que continha um decilitro de
— Este vinho tem pouca
cc a lápis
PELA Europa vai alastrando
a perseguição implacável
aos judeus, alé mesmo nos paí-
ses que há poncos meses os re.
colheram e defenderam.
Que os judens têm grandes
defeitos — e que raça os não
tem ?!—não resta dúvida; mas,
em contraposição, possuem
qualidades notáveis.
Agora considera-se que êles
são a causa de todo o mai que
aflige algumas nações. Raça
proscrita sôbre que iem de re-
cair um ódio de morte e o vêso
dos maiores infortúnios!
Bd agf
Ss Ruins que andaram a
concinir o calcetamento da
Rua do Sertório leribraram-se
de colocar, na noite de 6.º fei-
ra enão sabemos se nouiras
em frente do Sertanense, um
pau grosso, seguro por dois .
enormes pedragulhos, para im=
pedir o trânsito de veículos.
Até aqui, está bem, mas jul-
“gávamos acertado que, À nois
te, ali fôsse posta uma luz,
evitando-se, assim, que qual-
quer transeunte, desprevenido,
caísse e se magoasse.
a o
FO! julgado hisbtanendo em
Coimbra um denunciante,
que a Justiça condenou a 10
dias: de- prisão correccional,
indemnização ao gueiroso,
custas e sélos do processo e.
dois anos de suspensão de dia
reitos políticos civis.
Para quem possue tam bais
xo estôfo moral, como o des
nunciante, hemos de convir que,
lpor maior pena que lhe apli-
quem, ela é sempre branda,
porque, na maioria dos casos,
» são irreparáveis os danos mo»
rais causados pela denúncia,
sato GDepacp
grande jornal londrino
«Times» referiu-se,há pou-
cosdias,em termos laudatórios,
aos sentimentos altruístas dos
portugueses para com os re.
fagiados da guerra, gue aqui
vieram procurar sossêgo, am»
paro e, sobretudo, confôrto
moral. g
Esses infelizes, perseguidos
pela adversidade, vendo as
perspectivas de um negro fu
turo, encontram em Portugal
corações magnânimos que os
socorrem abnegadamente, im
suflando-lhes coragem e resia
gnação para tantas angústias.
Portugal, país de princípios
cristãos por excelência, nunca
foi nem é indiferente aos tora
mentos dos ontros povos. Por
isso êle é apontado com sims
patia e respeito nesta hora cas
lamitosa que o Mundo atras
vessa.
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Brancoe Censura
de Castelo Branco
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Colégio de Nun ATvatias’ de: “Tomar
| Resultado dos exames Oficiais dos alunos em 1959-40
Consoante o costume, já tradicional, dos nossos métodos: de propaganda, a seguir se publicam c os resultados
obtidos pelos nossos alunos nos Exames Oficiais do ano lectivo findo de 1939 – 19
Eles continuam sendo — como o leitor verificará — um símbolo: Anatipável da proficuidade do nosso tra-
balho incansável e da honestidade absoluta dos nossos métodos de ensino,
RE
remetem
MES LIÇEAIS
INSTRUÇÃO PRIMARIA, EXA
JRR |
1.º Grau jade lala
: OA “lala |s|s
Alberto Carlos Martins da Silveira . «| Aprovado ! o álélo|*|A
Carlos Duarte Pereira . É o corel os» , –
Fernando Castanho Domingues Baia . » petato dos Santos a FR E sé 16] E
Si ] É i gostinho Domingos Rêgo da Silva . |
Luiz António da Cunha alia Ferreira Sajara.. >» o Savedia de Oliseia E “ui 2 uli2
Marcelo Marçal Antunes Correia Dias . 5 >» António Dias Coêlho . MR .116/14/17/17/10
Maria Celene Marçal Antunes Correia Dias . > António da Graça Ê á 13/11/14 16] E
Maria Dolores Pereira Cardoso Delgado : >» Arnaldo da Silva a . [11/13 /12/15/ 10
: Artur Cesário Dias Cunha . o «(11113,12/15/101
Augusto Sousa de Oliveira Mendes ./11/11/15/13/10
2º Grau Celestino Rêgo Alves. + + «[I2]1/12/13]E
Diniz Casalinho Soeiro E E -110/10/14/15/11
CEA E Emídio dos Santos Ferreira É -|12/10/15/15/11
Antônio Dias Coelho + «+. «| Distinto | Francisco António de M, M, Vicente . | 10/10/15/16|11
Aguinaldo Ribeiro dos Santos Fonseca . . > Henrique M. Fialho da F. Machado 11/11/14 17/11
António Escudeiro de Sousa Rosa . . 1! Aprovado | Higino Duarte C. Paiva de Faria [12/12/14 18/11
António Marques Serraventoso . . E Joaquim Sebastião de Oliveira . 12/10/13/15/14
E E : Jorge Torres Lima . . c «|14/12/13/14]10
Carlos Verne da Costa Rodrigues . o » José Canejo Pais Monteiro. « .J11/E |12/14/10
Daniel Lopes Pimenta. . ç . ê . > José Jorónimo Ferreira da Graça. 13/12/15 14/11
Elvira Baleca Cristovinho +. . +. .l Distinta e Ronca Batalhão cc. u o É E a
ioti anuel Casimiro é
ME Cs. * – *| Distinto | Marvel Gomes da Costa Falcão. 10/12/13 10/11
aria Fernanda Pires Ribeiro da Eriz : «| Distinta Manuel Lucas Neto Júnior . .. 115/14 12/12/10
Maria Bernardette da Mata Almeida ./11/13/10/ 13/12
ADMI S 8 Â 0 À 0 l C E Ú Maria Helena Torres da Mota Lima 14/12/11 10/11
Maria ane da e CER aa O E ú E ‘
: Maria de Lourdes G. da C. e Sousa . | Bb 5
ACTA dO Ribas Ho Santos Fonseca à | Admitido | Ponato Abrantes da Silva Alcobia. |15/12/13/12/10
Fono Alberto da Gomes E » = SIA
ntónio Augusto Henriques Martins : >» pleljo|s
António José Vistulo d’Abreu |, Ê > 6º ANO > Elílels
António Manuel Eusébio da Silva Ferreira . > E Elo
Augusto Carvalho Ferreira dos Santos . “ >» : ER
Carlos Francisco Moura. : do É » António Amâncio Pité. a . «| 10/10 16/10/14
Carlos Verne da Costa Rodrigues . : E >» António Ferreira Quintas . É -[12/11/13/111/11
Carmen da Silva Godinho É . >» António Freire d’Uliveira . E [11/11 /10110/14
Dalila Duque Adão Baptista de Sousa . . > António de Oliveira Faia . o 113/10 11/11/14
Elvira Baleca Cristovinho . : : E > Diamantino Lopes Graça .[11/12/13/14/13
Henrique de Sousa Torres Ferrari. ç ; » Eduardo Augusto da Costa “Santos -111/10/10/]10/16
Humberto Abrantes da Silva Alcobia |. E .-» Eugénio Ferreira da M. Guerreiro ../10/142/E |12/13
João Pedro Figueiredo da Mota Lima . : > Fernando dos Santos O. e Costa. -1160/15/13/14]20
José António Lopes Inês : ; : > João Augusto Pereira d’Almeida. «114/11/15/13/43
José João Pimentel Correia . : : » João Bello. : Ps «JE |11/10/10/13
José Luiz Delgado da Silva Costa . . a > João Serafim Costa. ê E «/12/11/10/10]15
Luiz Eduardo da Costa Rombert . E > José Luiz Salgueiro Tavates .. -./12/10/12/10/12′
Luiz Maria Coelho Alves Casquilho ds > Júlio Rodrigues de Freitas Simões .113/12/10/11/13
Maria Angela do Valle Barata . P . > Manuel Ribeiro Diogo. Ss «|12/12/E /10/11
Maria Antónia da Silva Ferreira . Es >» Maria Alice de Jesus. «110/11 /E [10/13
Maria do Carmo Serôdio Rosa E e >» Maria Eduarda Moreno Ribeiro ; j -/12/11/12/11/12
Maria Emília Duarte Simões. a . >» Maria Fernanda Arnaud Teixeira! «114]12/10]12] E |
Maria Fátima dos Santos Jorge o : » Maria Guilhermina G. Henriques. «|14/14 1107/11/14)
Maria Fernanda Caetano Galo . : É >» Maria Judite da Conceição Soares ./12/11/10/10/10
Matia Fernanda de Jesus Brito é ; : » Maria de Lourdes da Mata Almeida -.,12/11,10/11,13
Maria Fernanda Pires Ribeiro da Cruz , i >» Maria Manuela M. de O. Dias Costa .113/10/10/E |10
Maria de Lourde Haulino E à g : >» Nicolau Vicente Messias Júnior . -114/10/13/11:] 14
CHAPAS Cimento paraicihados
CHAPAS lisas para tetos.
uso paredes, etc.
TUBOS-paa água, esgótos, Chaminés, etc.
DEPÓSITOS – para água, azeite e outros líquidos
a CE
AGENTE É» DEPOSITÁRIO
JOÃO FERREIRA PINHO
qr DIA
TELEFONE, 113
MANGA BESISTADA)
TOMAR
CARREIRAS:
Castelo Branco — Sertã — Pigueiró dos Ninhos — Coimbra
ani anhia de Viação de Sernache, Ld.º e Viação
Castanheirense, Ld.º, avisam o público de que principia-
| ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras gg a fase a HgaÇÃO,
entre Castelo Branço e Coimbra :
ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS
CHEG. PART.
Castelo Branco o « 9oo
Sobreira Formosa ll-oo ll-lo
Proença a Nova 11-30 11-40
Sertã 12-30 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 13:33
Figueiró dos Vinhos l4-15 14-25
Coimbra 16-45
ÁS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG . PART.
Coimbra 11-50
Figueiró dos Vinhos l4o5 1425
Sernache do Bonjardim 15-07 15lo
Sertã 15-30 15:50
Proença a Nova 1625 1635
Sobreira Formosa 1655 17-05
Castelo Branço 19 00
Aviso Convocatório do Con-
selho Municipal do Concelho
da Sertã
Para a sessão ordinária do
Conselho Municipal dêste Conce-
lho, que deve ter lugar no pró
ximo dia 2 de Novembro como
dete:mina o art. 30.º do Código
Administrativo, convoco os Ex.7ºs
Vogais do mesmo Conselho Mu-
nicipal para a reunião daquêle
dia, pelas 14 horas, no edifício
dos Paços do Concelho,
“Não havendo número legal, a
segunda reunião será marcada
para o dia 11 à mesma hora.
O Presidente da Câmara, — Car.
los Martins.
COREL Te seen
Professor Particular. Diplomado
Habilita para os exames
de Instrução Primária, Ad-
missão ao Liceu e Postos
de Ensino por preços módi-
cos,
Informa-se nesta Redac-
ção.
DOlgio AL SEARA
Curso dos Licous
Instrução Primária
Sernache do Bomjardim
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO -PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção
Colecção de 7 postais = 7400
A Comarca da Sertã
Essa 1
Comi ão de Sra, in
LISBOA — BELVARO
Carreiras entre Sertá-Lisboa, Sertã Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno
AOS DOMINGOS ÉS SEGUNDAS FEIRAS
H. M. EE M.
SAÍDA DE LISBOA 6,30 a DE ALVARO ao
egada ao Cesteiro ;
Chegada a Santarém o 9,15 a “1655
Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 > semmaçhe E o
» Torres Novas 10,35 : aída ;
» “Tomar 11.20 >» Ferreira do du o
: : ída :
» Ferreira do lezare 11,00 >» Tomar E 19,40
» Sernache. 13,00 » Torres Novas 20,25
> “Sertã 13,20 » perres | o
: » Santarém 21,40
i Saída dt > Cartaxo 22,10
» — Cesteiro 15, » Vila Franca 23,10
» Alvaro 15,15 » Lisboa 0,10
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AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEFONE 16508
[s sims ASEICES
== da região de EE
SERTÃ E SERNACHE DO BOMJARDIM
são vendidos no máximo da pureza,
por serom selecoionados escrupu-
losamento da produção própria
Às boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa
LIBANIO VAZ SERRARRA
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Á Comarca da Sertã
Breves notas duma digres-
são ao Algarve
vor Silvânio
III
(CONCLUSÃO)
A cidade de Portimão foi a ter-
“Ceira no itinerário estabelecido
pelo amável promotor da excur-
são e guia da Caravana. Ali se
comeu um almôço famõso de que
fez parte um arroz de ameijoas
que honrou a ementa eo Vatel
do «Central».
A minha velha dieta, de que
-me julgava guarda-fiel e defensor
intransigente, ficaria esfrangalha-
da ante o apetitoso marisco se
já não tivesse sucumbido à tenta-
ção irresistível de outros pitéus
regionais que saboreara na gene
rosa e amiga pousada de Faro.
Neste dia, o grupo passeante
foi ficar ás Caldas de Monchique
onde jantou, almoçando também
no dia imediato. E” modesta esta
estância, de aguas em relação a
outras congéneres, mas não deixa,
por isso, ce possuir um estabe-
lecimento termal de certa ampli
tude, onde vi os mais modernos
aparelhos de cura que até hoje
conheci nos tratamentos dos meus
achaques.
A laranja daquêles sítios é so.
berba de gôsto. Sem dúvida não
a há mais açucarada em qualquer
ponto. Do chá servido ao jantar
não conta esta crónica. Deixo o
encargo às minhas companheiras
de mesa que o pediram, prova-
ram e .. não tomaram, No dia
seguinte seguimos para Saloia
já no districto de Beja, terminus
da estrada por cnde atravessámes
a serra de Monchique.
O ar das altitudes fez vontade
ao almôço no regresso ás Caldas
e passada esta refeição partimos
– pata Sagres. Confesso que esta
parte do programa excursionista
era uma das que mais me inte-
ressava pela história que lhe an-
da ligada e pelas recentes come
morações centenárias lá realiza
das. Não foi, por isso, sem emo-
ção que pisei o promontório onde
0 Infante português perscrutou os
segrêdos dos mares desconheci
dos na ânsia de descobrir Novos
Mundos.
Dali ao Cabo de S. Vicente
vai se de pressa e vale a pena ir
ver aquêle despenhadeiro sôbre
0 oceano Os ventos são tão for-
tes e persistentes em tais para-
gens que as arvores não podem
desenvolver-se para o ar. Vivem
rasteiras, chegadas à terra como
que agachadas para melhor se
futtarem ao sôpro inimigo.
Os centros populacionais do Al-
garve são importantes. Além das
suas cinco cidades, tem vilas que
justamente podem, mais cedo ou
mais tarde, aspirar á categoria
daquelas. Loulé é uma dessas.
Com alguns milhares de habitan-
tes, com boas artérias e largos
ajardinados, progrediu vertigi-
nosamente nos últimos anos sob
o impulso e actividade bairrista
dos seus homens. Tive ocasião
de passar pelo seu hospital que
anda em obras de ampliação, on-
de me foi mosirada uma instala-
ção de radiografia oferta dos lou-
letanos residentes além mar e que
me afirmaram ser esta aparelha-
gem a melh’r fonte de receita
hospitalar. A este estabelecimen-
to de assistência anda anexo um
asilo da Mendicidade para ambos
os sexos, Pelo que me foi daco
observar, conclui que Loulé tem
tido a fortuna de possuir á sua
frente gente de boa vontade que
se interessa pelo seu desenvolvi.
mento material social,
No litoral algarvio há varias
praias de banhos. Das que per-
corri, a da Rccha é a mais aris-
tocráta e bonita.
“A da Quarteira, que observei
– mais demoradamente, tem à bei-
Taemar uma comprida correntesa
de con:truções modernas a em-
belezar a larga estrada que as
serve,
Procurada, hoje, poi quem pres
5 us, 1) UE ER 8
RA Ea Pd Si PV PY,
* o fo fa a GP %a
+
* AGENDA +,
es & “e EA a Ea “as L es Es Veg Ed
Encontram se: em Monfor-
ftinho, com sua espôsa, o srt.
Engenheiro J. Barata Corrêa,
de Faro e, em Pedrógão Pes.
queno, com sa espôsa, O sr
António Fernandes, de Lisboa.
— Esteve em Lisboa o sr.
dr. António de Mendonça Da-
vid, de Alvaro.
— De Tomar regressou ao
Outeiro da Lagoa o sr. Antó-
nio da Silva Ribeiro.
Aniversários natalícios :
26, Cônego António Martins
da Silva, de Lisboa; 27, Carlos
Ferreira David, Pedrógão Pe-
queno e José Serra.
Parabens
—etofd pap
INSTRUÇÃO
Encontram-se vagas as escolas
masculina, do Outeiro da Lagoa,
concelho da Sertã e duplas, do
Mosteiro e Roqueiro, concelho
de Oleiros.
—PForam nomeados delegados
do director do distrito escolar
nos concelhos de Oleiros e Pro»
ença-a-Nova, respectivamente, os
professores das sedes dos mes-
mos concelhos srs. João Nunes e
Francisco da Silva Dário.
fere o sossêgo ao movimento das
diversões, a Quarteira tem con-
dições para poder progredir e
ascender na escala das praias
portuguesas. O caso é que apa-
reça quem possa dar-lhe o pre-
ciso impulso.
De tudo quanto me foi mostra-
do, não esqueço um bairro ope-
rário construído para os lados de
Portimão, em ‘ocal de que não
me recorda o nome. Com as suas
casas de estilo ligeiro e gracioso,
colocadas entre arbustos e ale-
gretes, é um risonho canteiro flo-
rido que, no instante inesperado
em que se me deparou, mais me
pareceu uma visão cenográfica
que uma realidade palpável. E”,
na verdade, uma obra social que
dignífica os seus realizadores,
sendo pena que, como aquela,
não haja muitas pelo país fóra.
Por aqui me fico nas ligeiras
anotações ao passeio algarvio não
obstante o muito que fica por di-
zer. Mas nem o limitado espaço
dêste semanário permite que me
estenda nem os meus pobres ca-
bedais literários poderiam com
uma reportagem completa e de-
talhada. Contudo, antes de ter=
minar, não quero deixar no ol-
vido o Palmeirinha, motorista
seguro e companheiro insepará-
vel da digressão, que, a meu la-
do, manobrou o carro na vora-
gem quilométrica das estradas. O
bom Palmeirinha, sempre bem
disposto pata prestar os seus ser-
viços e aparar as piadas que ás
vezes caíam sôbre êle, nunca per-
deu o ensejo de me ser agradá
vel nos seus préstimos informati
vos e coadjuvantes.
Foi um motorista ideal que, se
não existisse, haveria que inven-
tá-lo, tal é a certeza em que fi-
quei de que ninguem, como êle,
complctaria o conjunto excur-
sionista.
Os 6 dias que me detive no
Algarve deram-me ocasião a que
conhecesse bem uma parte do
continente que, nunca viria, tal-
vez, a visitar. A’s circunstâncias
felizes que lá me atraítam agora
e á amisade comprovada de quem
ali se esforçou em obsequiar-me
e aos que me acompanharam, eu
devo o prazer espiritual duma di-
gressão que recordarei sempre,
tais foram as impressões recebi-
das no ambiente sinceramente
afectuoso que senti à minha ro-
da até ao último minuto da des:
pedida. o
10 de Agosto,
Duas palavras de gratidão
Não podendo pessoalmente a-
gradecer (o que muito nos pe-
naliza) a estima e consideração
que receberamos de tôdas as pes-
soas, não só desta nossa-queri-
médio dêste jornal que também
tem defendido os interesses da
terra que nos serviu de berço.
Seja-nos permitida refe:ência
especial apesar de bem saber-
mos que vamos ofender a mo-
déstia que tem sido a directriz
duma vida bastante longa, a do
nosso saudoso Pároco sr. Padre
Francisco dos Santos Silva.
Faltariamos a um dever, se
não unissemos a nossa voz à
desta freguesia, nós, que du:an-
te trinta anos tiveramos o pra-
zer de sentir o seu viver tão ín=
timamente.
Padre Francisco dos Santos e
Silva, sacerdote, muito digno,
não só pelas vitudes que ador-=
nam sua bela alma e que o fize-
ram querído aos seus paroquia-
nos, estimado do seu clero, a
quem serviamde modêlo e que fize-
ram dêste arciprestado um vivei-
ro de bons padres; mas também
pela sua. inteligência lúcida, se-
guida duma prudência dificil.
mente igualada, deram-lhe o tim-
bre de conselheiro fiel, desinte-
ressado, porque o seu coração
nunca ambicionando honras e
proventos, a todo falava a lin-.
guagem simples e proveitosa do
bem obrar.
Padre Francisco dos Santos e
Silva, nosso estremecido pároco
deve sentir neste momento a sa-
tisfação do dever cumprido, por-
que o bom povo da Vila da Ser-
tã sempre lhano e agradecido, o
tem manifestado nesta hora de
despedida e satidade.
Nós, nos despedimos dêle
com um grande pesar porque
lhe devemos uma grande parte
do nosso viver sacerdotal. Fa-
zemos votos ao Céu para que
Deus lhe prolongue a sua vida,
P. J. Francisco
epa
MARCO POSTAL
Sr. José Coelho — Macau :
Recebemos a sua prezada carta
de 26 de Julho e a importância
de 60800 para liquidação da as-
sinatura até ao n.º 235, agrade-
cendo, muito reconhecidos, a sua
atenção. Sempre que tenha opor-
tunidade não deixe de nos indi-
car novos assinantes e creia que
ficamos sinceramente reconheci-
dos por todo o auxílio que nos
puder prestar,
tg pp
Enpistolografia amorosa
Alguém nos confiou a carta
que segue, um autêntico amon-
toado de disparates:
«Menina Seleste — A Menina
concerteza que vai ficar muito
admirada com o meu atrevimen-
to mas nesta altura venho-lhe fa-
lar com o coração entre talas,
porque os espinhos que picam o
meu coração quási que já o va
ram de lado a lado. As noites
que tenho passado a pensar em
si já não teem número possível
Não calcula os caloriferos de
frio que passo quando a vejo
passar pela frente dos meus olhos
que ficam alastrados de alegria.
Se a menina Seleste soubesse
quanto eu a amo e gosto de si?
Eu até apostava que me respon-
dia na volta do correio sem con-
sultar os seus paisinhos, sim!
que eu achava melhor não lhe
vidos nada de estas coisas sem
primeiro nós termos uma confe-
rência de amor para vêr se os
nossos sentimentos estão em
estara assim bem ? Eu acho que
sim. Pedindo que responda uma
resposta afirmativa a este que a
ama», :
Respeitamos rigorosamente a
redacção e a ortografia! Digam
lá que o D. Juan não tem lábia |
da Sertã, mas também de tôda’
a freguesia, o fazemos por inter. |
introduzir por enquanto nos ou-
igualdade ponto de vista não que-
ER.
Pronto. São mortas essas ilusões
Que dos teus nos meus olhos se verteram
Tudo queimei. Só cinzas. Pereceram
Já as fontes de nossas recordações.
Tua voz e teu riso, as expressões
Do teu rosto que tanto me prenderam,
São laços, que quebrei, desapar’cêram,
E libertos são nossos corações.
Mas at! oh! ilusões, o que é que en sinto? !
Sea teia já desfiz, que nos prenden,
Sem um traço deixar já bem distinto,
Este fogo quem é que o acendeu ?!
E tanto mais o apago e quero extinto
E tanto mais êle arde… e não morreu.
ES
JAP.
Casimiro Freire
Passou em 20 do corrente
mês, mais um aniversário da
morte dêste grande apóstolo da
Instrução Popular, que desde a
sua mocidade iniciou, por meio
da Imprensa, a mais tenaz cam-
panha contra o analfabetismo, |
fundando em Maio de 1882 a
Associação de Escolas Móveis
que como tesoureiro, sustentou
durante 26 anos e à qual pres-
tou os mais relevantes serviços
que só findaram com a sua mor-
te.
Se as Escolas Móveis tivessem
sido auxiliadas pelos Governos
e por todos os amigos da ins
trução, não teriamos que lamen-
tar a vergonhosa percentagem
de analfabetos que ainda existe.
Lembrar. pois, o honrado no-
me dêstre ilustre pedroguense,
é prestar uma pequena homena-
gem à sua memoria de demo-
crata e de benemérito da instru-
ção. E
e Be Guia
Agradecimento
Sernache do Bomjardim
Manoel Gonçalves Baptista e
sua Espôsa, na impossibilidade
de pessoalmente agradecerem, a
tôdas as pessoas que se interes.
saram pelo estado de saude de
seu filho, Manoel Maria, duran. |
te a grave doença que o reteve
no leito, vêm por este meio, pa-
tentear a todos, o seu sincero
reconhecimento
do Dia t
BENEFICÊNCIAI
Para os pobres nossos prote-
gidos entregou-nos a importância
de 5800 o sr. José Alves da Sil. |
va, de Lisboa. Muito obrigados.
epa
Aves migratórias
Clemente Nunes, do Paínho,
freguesia de Pedrógão Pequeno,
apanhou há dias um taralhão
portador de anilha com a seguin
te inscrição: British Museum.
Nat. Hist London. H. P. 835.
As avezinhas não são, por
certo, as menos sensíveis ao in-
ferno da guerra!
Or
Engenheiro « Agrónomo.
António Azevedo Bários
to Ferreira de Matos
Tomou posse do logar de Ins-
pector Avaliador do Ministério
das Finanças, em Setembro fin-
do, o nosso amigo sr. engenhei-
ro-agrónomo António À. Bárto-
lo Ferreira de Matos, filho do sr.
dr. Bernardo Ferreira de Matos,
Um grande abraço de felicita-
ções.
E dd o
CINEMA
A Pátria Filmes, Ld.?, de Lis-
boa, apresenta, depois de âma
nhã, 26, no Cine-Teatro Tasso.
dois interessantes filmes: «O
MAIS FORTE» e «A MULHER
DO INIMIGO PÚBLICO»,
SOPA DOS POBRES
Mosimento de Agosto
Receita: Quota de um anónimo,
100800; idem da Câmara Manicipal,
70800; idem de diversos, 196850; idem
de D. Gaiihermina Darão, 30800; dom
nativo de um anónimo, 50800; soma,
446450. Géneros: de D Maria José E.
e Silva, 1 cesto de batatas e cebols;
de D, Conceição Gaspar, um prato de
feijão verde e um de batatas e 500
gms de feijão sêco; de um anónimo,
um cesto de batatas e 3 quilogramas
de feijão sêco; de um anónimo, 10 li=
tros de azeite.
Despesa: Distribuição de sopa diám
ria, 427800.
A Direcção agradece, muito reco=
nhecida, em nome dos pobrezinhos.
gaba
Protêsto de letras
O protêsto por falta de pagamento
de uma letra pagável em dia fixo deve
ser feito num dos dois dias úteis se-
guintes aquêle em que a letra deveria
ser paga. i
Não o sendo, o portador perde o
direito de acção contra o fiador, po-
dendo somente accionar o aceitante.
A antiga matéria de letras contida nos
artigos 278.º a 343.º do Código Co-
mercial foi substituída pela Convenção
Internacional aprovada pelo decreto
23 721 de 29 de Março de 1934 e recti-
ficada no «Diário do Govêrno de 21
de junho do releridojano, considerado
em vigor também como direito interm
no portugaês pelo decreto 26.556 de
30 de Abril de 1936.
Pelo artigo 70.º daquêle decreto
tôdas as acções contra os aceitantes
relativas a letras prescrevem no fim
de 5 anos a contar do seu vencimento.
As acções do portador contra’os
endossantes e contra o sacador pres.
crevem no fim de um ano a contar da
data do protêsto feito em tempo átil,
ou da data dv vencimento, se se tram
tar de letra contendo a cláusula «sem
despesas».
at Data
Los AMIGOS DA «COMARCA»
Do Colégio «Vaz Serra», de Ser-
nache do Bomjardim e do seu distinto
director e nosso bom amigo Rev.º Ar-
tar Mendes de Moara recebemos o im-
“portante donativo de Esc. 15000,
acompanhado de ama amável carta
em que nos diz: «Envio-lhe 150%00.
100 são do Colégio e 50800 meus. Poa- –
co vai esta pequena quantia auxiliá-lo
na crise que atravessa. mas se lhe
acudissem muitos poucos, muito o
aliviariam»,
Ao Colégio «Vaz Serra» eao sr.
P.e Artar Mendes de Moara agrade
cemos, sinceramente reconhecidos, a
grata lembrança e testemunho de
inalterável amizade e dedicação pelo
nosso jornal.
— Também, como auxílio ao nos-
so jornal, recebemos a quantia de
5800 do nosso amigo Rev.º Alfredo
Corrêa Lima, digno pároco de S. Fa«
cundo (Abrantes), o que maito agra-
decemos. .
— O nosso amigo sr. Augusto Gas=
par, de A’lvaro, teve a amabilidade de
nos indicar para assinantes os srs.
José Mendes da Eira, da Frazumeira
e José Augusto Antanes, de Quartos
de Além. Maito obrigados,
«St Oto
E’ amigo dedicado da
sua terra ?
Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos qu
ainda o não são. ps
O valor e o bom nome da sua:
terra dependem, em grande par=
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário
@@@ 1 @@@
A Comarca da Sertã
NOTA OFICIOSA
“A Câmara Wunicipal da Sertá solicita-nos a publicação da seguinte nota oficiosa :
MERCADO DE SERNACHE DE BONJARDIM
A propósito do Mercado Bit- |
tencourt suscitou-se ú’timamente,
entre a Câmara Municipal da
Sertã e a Direcção do Clube
Bonjardim, um incidente desa-
gradável de que a Câmara julga
Ydo seu dever dar conhecimento
ao público, conforme o delibe-
rado em sua sessão de 18 de se-
tembro último.
E” sabido que por virtude de
contrato entre a Câmara Muni-
cipal e o Clube, a partir de 1915
aquela Agremiação pôs à dispo-
sição da Câmara, sem encargo
algum para o Município, O
Mercado Bittencourt, para alí se
realizarem as transacções pró-
prias de um mercado e que até
ali eram efectuadas noutros lo-
cais, ficando a cobrança dos im-
postos a cargo do Clube que
dividiria as receitas na proporção
de 55º para a Câmara é 45º/
para o Clube.
Com a entrada em pleno vigor,
em 1938, do novo Código Admi-
nistrativo, se bem que o seu ar-
tigo 306.º pareça admitir con-
tratos daqu la natureza, como
em nenhuma das suas disposi-
ções se ressalvaram os anterior-
mente feitos, levantou se a dúvi-
da, em face das novas condições
prescrítas por aquêle artigo e
ainda do disposto nos artigos
616.º e 521.º, quanto à projecção
daquêle contrato nos domínios
da lei nova tal como se encontra
estabelecido.
Esta foi a razão por que a
actual Câmara, levada apenas
pelo desejo de definir a situação
legal do mercado, em sua sessão
de 12 de Janeiro de 1938 encar-
regou o Vereador Ex.Ӽ Snr. Dr.
António Ferreira da Silva, ao
tempo residente em Sernache de
Bonjsrdim, de estudar o assunto
e apresentar oportunamente o Te-
sultado do seu trabalho. Aquêle
ilustre Vereador em breve, po-
rém, deixou o exercício das suas
funções, para ir exercer outras
em concelho diferente, e saíu
sem deixar aos seus colegas
quaisquer elementos para a solu-
ção do caso do mercado.
Entretanto, com a publicação
do Decreto n. 28 955 de 29 de
Agosto de 1938, outras dificul-
dades surgiram por motivo dos
preceitos novos sôbre a arreca-
dação das receitas do Estado
cumulativamente com as da Câ
mara, e então esta resolveu ela
borar um -cMemorandum» sôbre
a história e situação legal do
mercado, o qual enviou a Sua
Ex.’ o Governador Civil do
Distrito em 13 de Setembro da-
quêle ano, acompanhado do ofi-
cio que terminava por acentuar :
«A Câmara não quere resol-
ver definitivamente o assunto,
sem ouvir quem, com a sua alta
competência, está em condições
de traçar o verdadeiro e Jegal
cominho a seguir.»
Não podia a Câmara dar me-
lhor prova da sua boa fé e isen-
ção; não satisfeita todavia ainda,
em 29 do mesmo mês enviou
cópia do «Memorandum» ao
Clube Bonjardim que jamais fez
o menor reparo sôbre o seu con-
teúdo.
Antes, em 20, tinha-se orde-
nado do Govêrno Civil à Câmara
a substituição do actual contrato,
certamente para o ajustar com as
novas condições estabelecidas no
artigo 306.º já citado. Para mos
e. trar a boa vontade da Câmara.
“no referido ofício de 29 de Se-
tembro, dirígilo ao Presidente
da Direcção do Clube Bonjardim,
acompanhado do «Memorândum»
e cópia do ofício do Govêrno
Civil devidamente autorizada,
depois de várias considerações,
escreveu seu
«Permita pois V. Ex.” que eu
lembre a conveniência de se em»
EE =—— —— ==
trar já em negociações respeitan-
tes à forma de legalizar a situa-
ção do mercado, tendo em vista
os interêsses do Município e do
Clube, e as actuais disposições
da lei aplicáveis. Na actuação da
Câmara a que presido, não se
veja qualquer intuito de agitar
questões, criar dificuldades ou
ferir interêsses que consideramos
sagrados, mas tão sômente o de-
+ sejo de harmonizar a exploração
“do mercado com a lei em vigôr.
! Por isso a Câmara espera que se
faça justiça às suas intenções, e
o seu Presidente, que a Sernache
‘ de Bonjardim e a seu Clube está
ligado pelas recordações mais
“gratas desde os tempos que aí |
viveu, confia em que todos os
Sernachenses acreditarão na sin-
ceridade e honestidade do nosso
“procedimento, >
| Haverá quem, de boa fé, pos-
| sa vislumbrar no que se escreveu
“sôbre o assunto, a mais tênue
| pontinha de má vontade da parte
da Câmara contra o Clube Bon-
jardim ou interêsses de Serna-
che?
*
Passados alguns dias, poucos,
a Direcção do Club, depois de
ouvir o Dr. Jaime Lopes Dias
Câmara e Govêrno Civil respon-
deu alvitrando a idéia de se
manter o statu quo. Sem demora,
em ofício de 20 de Outubro de
de 1938, foi dado conhecimento
do facto ao Govêrno Civil, es«
crevendo-se nessa altura:
«Não repugna aceitar a solu-
ção proposta, desde que V. Ex.?
ou a repartição competente do
Ministério do-Interior assim o
determine à Câmara.»
é Onde se esconde «a mal dis-
farçada hostilidade» da Câmara
contra os interêsses de Sernache
ou do seu Clube ?
E nada mais se passou entre
a Câmara eo Clube a não ser,
de onde a onde, a exigência da
entrada nos cofres do Município
da percentagem que a êste foi
atribuída, nos prazos estabeleci-
dos no Decreto a que já se fez
referência. no
mantido, consoante o desejo do
Clube, a situação que o Códi-
go Administrativo encontrara.
*
Por tôdas estas razões grande
toi a surpreza da Câmara, ao ter
conhecimento do teor de uma
representação dirigida às Instân-
cias Superiores sôbre a situação
do mercado, assinada por três
individualidades de Sernache em
nome do Clube Bonjardim, na
qual se solicita a manutenção do
actual estado de coisas.
Nesse documento, de fraseolo-
gia rica, procura-se logo de en-
trada criar ambiente desfavorável
para a Câmara Municipal da
oculto, e no final não-se hesita
em atirar a insinuação de que
êste corpo admnistrativo se pro-
põe «auferir exclusivamente» to-
dos os interêsses do mercado.
E’-assim que, depois de recor-
dar, o que aliás é do contrato,
que foi feita «sem a ajuda de um
ceitil sequer da Câmara Munici-
pal» a construção do Mercado
Bittencourt, (em parte alguma
da exposição se lhe cita o nome,
talvez para justificar a repetida
afirmativa de que o Clube Bon-
jardim construiu sózinho o mer
cado,) escreveu-se textualmente:
«Isto não é inédito, porquanto
no longo percurso de muitos anos
Municipal da Sertã descobriu as
Mais adiante, os três ilustres
segundo disse, aos ofícios da,
Quere dizer, até hoje tem-se .
Sertã, sem se saber com que fim,
nossas necessidades, parecendo ;
| até que as nossas mais mingua-,
das aspirações lhe são molestas.» ,
signatários da representação, num
despropósito evidente,
mais:
«Claro..: que se não fosse o
Clube Bonjardim, Sernache não
teria mercado fechado, (a sede
do concelho que é também sede
de comarca não o tem ainda)
como não tem calçadas capazes
e a própria iluminação pública
sendo paga pela Câmara, é afi-
nal custeada pela lauta participa-
ção que esta tem nas receitas do
mercado. Em resumo, tratando-
se da freginesia mais importante
do concelho é, porém, aquela
com que a Câmara Municipal
menos se preocupa».
E logo, quási a seguir :
«Repugha aos mais elementa-
res princípios da equiiidade que
uma Câmara Municipal que to-
talmente se alheia da construção
‘e do beneficiamento do mercado
construído pela iniciativa parti-
cular, aufira exclusivamente to-
dos os inferêsses que do funciona-
mento do mercado provenham.>
E, ainda, para mais uma vez
| excitar no espírito de quem Iê o
| sentimento de animadversão con-
tra a Câmara, continua a repre-
sentação de Sernache:
«A solução do resgate por
parte da Câmara ou do arren-
damento do mercado não são
exeguíveis: a primeira por falta
de disponibilidades financeiras
do Município e a segunda por-
que o mal disfarçado espírito
de hostilidade que tem marcado
as relações do Município com a
sede desta freguesia (Sernache)
comandaria o pagamento duma
renda mesquinha que seria iní-
qua, a não ser que se optasse
pelo encerramento do mercado
com todos os prejuizos decor=
rentes,»
* a
Assinam a representação os se-
nhores António Coelho Guima-
rães, A. Carvalho e João Carlos
de Almeida e Silva, êste último
Delegado Especial do Govêrno
no concelho da Sertã.
A Câmara não: vem a público
para iazer comentários; apenas
pretende que todos os munícipes
possam ajuizar da sua atitude no
caso que motivou a representação
de -Sernache, cujos termos,.por
“linjustos, denunciam um estado
de espírito que não pode deixar
de ser posto em relêvo,
Para mostrar a sem-razão das
queixas contra ela apresentadas,
basta à Câmara ‘actual transcre-
ver a carta do Ex.” Snr. Wen-
ceslau Joaquim Ferreira, ilustre
Vereador que reside em Sernache
de Bomjardim,
Ei-la: «Sernache do Bomjar-
dim, 24 de Setembro de. 1940
Ex.”º Snr. Presidente da Câma-
ra Municipal de Sertã. Em con-
testação ao ofício de V. Ex.º n.º
1.110, cumpre-me a bem da ver-
dade declarar o seguinte: Desde
que tenho a honra de fazer parte
da Câmara de que V. Ex* mui
dignamente é Presidente, nunca
nem da parte de V. Ex.º nem tão
pouco da parte dos meus colegas
(Vereadores) verifiquei qualquer
má vontade em atender assunto
que por mim fôsse solicitado em
benefício da freguesia de Serna-
che, encontrando sempre a maior
correcção e lealdade tanto. da
parte de V. Ex.º como dos res-
tantes membros da Câmara. Po-
de pois V. Ex.º fazer desta minha
afirmação o uso que quizer. Com
o protesto da maior consideração
e estima À bem da Nação. (a),
Wenceslau Joaquim Ferreira (Ves
reador)».
nunca por nunca ser a Câma:a |
À resposta aos signatários da:
representação não podia ser mais
completa… Mas, como. afirmam
que «nunca por nurica ser> a
Câmara. Municipal da Sertã se
preocupou com as necessidades
dizem:
de Sernache, e acusam a actual
de email disfarçada hostilidade»
contra a sede da sua freguesia, à
título de esclarecimento conta-se
ainda:
‘A Câmara da-Sertã resolveu
êste ano-mandar ajardinar o Adro
junto à Igreja Matriz desta vila
transformando aquêle recinto num
lugar aprazível, e para dirigir as
obras mandou vir pessoa com-
petente. Na altura, por iniciativa
‘ do Presidente da Câmara, foi de-
liberado fazer o mesmo no Adro
da Igreja de Sernache. Ali os
trabalhos. não foram levados a
efeito, porque a sua Junta de
Freguesia, consultada sôbre O
assunto, entendeu ser uma utopia
tratar dêsse melhoramento na
actual conjuntura.
“Mais:
Em Março dêste ano o Presi-
denie da: Câmara recebeu uma
carta do Ex.” Governador Civil
de Brangança, Major Salvador
Teixeira, ilustre filho de Serna-
che, a pedir a cooperação do Mu-
nicípio na solução do problema
das águas na sede da sua fregue-
sia. Na sessão realizada em 27
do mesmo mês ficou exarado na
acta: «O… Presidente comuni-
cou que o Ex,Ӽ Governador Ci-
vil de Bragança lhe manifestara
o desejo de que em Sernache do
Bonjardim, terra de que é natu-
ral, fôsse montada uma central
eléctrica para elevação de água
para abastecimento daquela locas
lidade, única solução possível
para a resolução do problema,
uma vez que os esforços feitos
até aqui para encontrar água na
serra de Santa Maria Madalena
têm resultado infrtutíferos, poden-
do-êle-tratar directamente com
um técnico competente da ela-
boração do projecto. Foi resol-
vido atender e comunicar a Sua
Excelência esta deliberação».
“Quando em Agosto último es-
teve na Póvoa aquêle ilustre
‘Sernachense, o Presidente da
Câmara que ali o foi visitar, deu-
lhe parte, bem como ao Ex.Ӽ
Senhor Dr. António Victorino em
cuja casa se hospedara, das boas
disposições da Câmara quanto
ao assunto que tanto o interessa,
mostrando até nessa altura a
conveniência de se ir mais além
do modesto projecto por Sua Ex-
celência apresentado. po
Bastará preguntar a um, ou a
outro.
*
Não é tudo ainda: Em 1938 a
Câmara, além da sua compartici=
pação em melhoramentos de vá-
rias localidades, distribuiu pelas
Juntas de Freguesia as seguintes
quantias em dinheiro :
Cumiada, Ermida, Figueiredo,
Marmeleiro, Palhais, Troviscal €
a cada; Cabeçudo, Carvalhal,
Castelo, Nesperal e Sertã,
2.000$00; Pedrógão Pequeno,
2.500800 e a Sernache do Bon-
jardim, 4000800
Em 1939, Castelo, Ermida,
Figueiredo, Marmeleiro, Nespe-
ral, Palhais, Troviscal e Sertã,
receberam 1.000$00 cada uma;
Carvalhal e Cumiada, 1 300800;
Cabeçudo, 1.400$00; Pedrógão
e Varzea, 1.500800, ea Junta
de Sernache recebeu 3.000800.
»
Pelo que respeita a calçadas,
a sede do concelho só agora es-
tá a melhorar as suas, e quanto
à lauta participação da Câmara
nas receitas do Mercado Bitten-
court, bastará dizer que essa
participação foi de 3.206$55 no
ano de 1939, e a luz em Serna-
che, no mesmo ano, custou à Cà-
mara 4,612800.
E só isto, por agora, no que
respeita à actual Câmara.
%
No tocante às Vereações ante-
riores, para cá de 1926, e por
causa do «nunca por nunca ser»,
aresposta é mais clamorosa ainda.
Ao ter conhecimento dos ter=
mos da representação, o Presi-
pente da Câmara enviou a um|
dos seus signatários, o senhor
loão Carlos de Almeida e Silva,
o seguinte ofício:
«Sertã, 19 de Setembro de
Várzea dos Cavaleiros, 1.000$00.
ERES E orSSS ARO pe eis e
1940. Ex.”’ Sr. Delegado Espe-
cial do Govêrno, Sertã Foi V.
Ex.º Vereador desta Câmara des-
de 31 de -Julho de 1926 a 6 de
Julho de 1931, e desde 18 de
Maio de 1936 a 3i de Dezembro
de 1937, e por isso conhece bem
a acção do Município durante os
anos da sua gerência. Para evi-
tar especulações sem fundamento,
e também para delimitar respon-
sabilidades, rogo a V. Ex.*; se
digne: informar se alguma vez
viu. contrariada a sua acção em
benefício da freguesia de Serna.
che, quais os casos concretos
que se verificaram, e nomes dos
Vogais que constituiam a maio-
ria que rejeitou propostas de V.
Ex.?, ou de outro Vereador, a
favor daquela freguesia. Muito
me. obsequiava se ainda hoje pu-
desse dar resposa. A bem da
Nação.:O Presidente da Câmara».
A resposta não se fez esperar,
e essa atenção agradece-se ago-
ra. Ei-la: «Em 19 de Setembro
de 1940. Ex.Ӽ Sr. Presidente. da
Câmara Municipal da Sertã. Em
resposta ao ofício de V. Ex.“ nº
1 107, tenho a honra de infor-
mar que durante o tempo que
exerci o lugar de Vereador da
Câmara, de 31 de Julho de 1926
a 31 de Dezembro de 1937, da
presidência do Ex.”º Sr. José
Fa.inha Tavares, nada pedi para
a freguesia de Sernache, pelouro
que representava, que me não
fosse concedido, e em retribui-
ção propus e fiz melhoramentos
na freguesia e sede do concelho;
enquanto à Câmara da digna
presidência de V. Ex.’ nada pe-
di. Com os meus cumprimentos
e A Bem da Nação O Delegado
Especial do Govêrno, João Car-
los de Almeida e Silva».
*
O signatário da representação
e do ofício transcrito, que duran-
te quási sete anos foi Vereador
da Câmara, e algumas vezes
Vice-Presidente da mesma, não
referiu caso algum concreto para
demonstrar que durante êsse.
tempo tenha sido hostilizada
qualquer proposta sua em bene-
fício de Sernache. Pelo contrá-
rio, para desmentir o que man-
dou escrever e assinou, vem-con-
fessar, que em retribuição de
nada lhe ter sido negado em
determinado período, propôs e
fez (?!…) melhoramentos na
sede do concelho.
Ressalta assim à evidêficia que,
se durante mais de meia dúzia
de anos não levou a efeito, na
Câmara, uma grande obra em
| benefício da freguesia de Sernas
che, hoje a sua terra, foi porque
não quis.
Essa circunstância, porém, não
o inibiu de assinar o «nunca por
nunca ser>, em representação di-
rigida a um Ministro do Estado
Novo.
Só resta recordar que outro
dos signatários, António Coelho
Guimarães, actual membro do
Conselho Municipal, nunca viu
rejeitada por êste corpo admi-
nistrativo uma proposta sua em
favor de Sernache.
ÀA-pesar de tudo, é esta «a fre-
guesia com que a Câmara Muni-
cipal menos se preocupa» ? |
“Pois bem, e para fin lizar, a
Câmara actual continua a manter
o: subsídio anual de 1 200300
que vem a ser pago desde o ano
de 1937 a um Colégio particular
de instrução secundária instalado
em Sernache do Bonjardim, ha-
vendo sido concedido aquê e su
bsídio por virtude de uma repre-
sentação de Sernachenses de que
fazia parteo mesmo António Coe
lho Guimarães.
A Câmara Manicipal
age Papo
EXAMES
Concluiram o 1.º ciclo liceal,
em Castelo Branco, Maria José
Tavares Mouta e Aurélio Nunes
Correia, da Sertã, que até ão fim
do último ano lectivo fregilenta-
ram o Colégio «Vaz Serra», de
Sernache do Bomjardim
Os nossos parabens,
