A Comarca da Sertã nº209 12-09-1940

@@@ 1 @@@

 

– FUNDADORES =”
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
a Dr.
= António Barata e Silva ——= 4
Dr. José Barata Corrêa e Silva,
Eduardo Barata da Silva Corrêa ;

Angelo Henriques Vidigal — 1

 

N.º 209

O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO mai fa
É Eduando Bonata da Tilva Cria TIP. PORTELLA FENÃO!.
= —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO).
QI|RUA SERPA PINTO-SERTÃ., nto nd À
= — re TELEFONE!
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112

ANO YV | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã sus pe õ

| Oleiros, Proença -a – Nova e Yila de, Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) 1940 |

o a.

Notas …

AS praias tem sido feita
uma rigorosa fiscalização
tendente a evitar que os ba-
nhistas se apresentem muito à
vontade, desnudando-se de uma
forma que se considera ofen-
siva da moral e dos bons cos-
tumes.
– Parece que, por influência
dos estrangeiros, passou a
abusar-se duma liberdade até
há pouco permitida no que
respeita à indumentária ba-
nhista.

Os portugueses, geralmente,
não conhecem meio termo e
têm innata tendência para imi-
tar os maus costumes alheios.

Provavelmente foi isto que deu

origem a que, em alguns jor-
nais, se levantasse ama cam-
panha tremenda, originando
imediata repressão das anto-

ridades.

stas coisas têm sempre a

— sua faceta cómica: nos fins de
| Agosto, na Praia das Maçãs,

à hora do banho, apareceu
um rapaz espiritnoso, que se
lançou à água entre o pasmo
e gargalhada da assistência,
envergando uma respeitável e
negra sobrecasaca, chapéu al.
to e calças arregaçadas! Mas,
antes fez um grave e solene
cumprimento.

“Um maduro, que teve piada!

 

Este número fo! visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

Al finalmente ser construído o trôço da

estrada 542º, compreendido entre

Sertã e Santo António do Marmeleiro,

que um mau signo parecia acompa-

nhar e levar inexorávelmente á falên-

cia. Pode dizer-se que esta estrada se encontrava

paralizada desde há 40 anos pelo pouco que ca-

minhou nêste período de tempo, fortalecendo-se,

dia a dia, a impressão do seu abandono. Não

era porque os povos interessados na sua conclu-

são não se mexessem para dar-lhe o desejado

andamento, Desde longa data que as tentativas

nêsse sentido se vinham fazendo, ora em acções

combinadas das Câmaras ou pessoas representa-

tivas dos concelhos de Vila de Rei, Mação e Ser-

tã, ora individualmente por alguns filhos e ami-

gos da região, dispostos a prestar-lhe o auxílio
do seu esfôrço e patriotismo.

Em 1934, tendo-se proporcionado, favorã-

da do local onde estacionara pouco além desta
vila, surgiu um obstáculo a travar a boa vonta-
de dum bom sertaginense que, então, empenha-
damente metera ombros à emprêsa. O antigo
traçado, que levava a estrada pela encosta de S.
Gião, fôra posto de parte por inadaptável às mo-
dernas exigências da construção, e tornara-se
– Necessário o estudo de outro que as satisfizesse.
O pior, ainda, é que, como remate dêsse obstá:
culo, se ceclarava. nas esferas próprias, não ha-
ver ali, na ocasião, pessoal disponível para êsse
estudo Felizmente, aquele prezado patrício, pela
sua situação oficial, poude opor, desde logo, á

aceitável que prontamente removeu a dificuldade:
Dispensaria o seu djunto para tal trabalho.

 

Admitido o alvitre, assim se fez, vindo

INTERÊSSES REGIONAIS
ESTRADA B4.28.”

Trôço da Sertã a Santo António do Marmeleiro

 

velmente, nova deligência para arrancar a estra.

exacta e justificada afirmativa, um argumento,

Recs

este empregado no verão de 1935 estudar a va-
riante que vai ser executada,

Há quem discorde da diretriz que lhe foi
dada? Milagre seria que a opinião pública una-
nimemente a sancionasse.

Nunca vi que tal se desse em casos seme-
lhantes doutros tempos e doutras terras. E bom

– é que assim suceda como sinal de vida colectiva

com que os povos só teem a lucrar quando — bem
entendido — as naturais divergências de critério
não ultrapassem os limites duma discussão pon-
derada e construtiva.

Parece me que indo a estrada pela Juncei-
ra, melhor servirá a freguesia da Cumeada; mas
não nego aos que prefiram vê-la subir por S.
Gião, o fundo razoável das suas razões.

Nas minhas relações e convívio com aquê
le funcionário, nunca notei, nem êle se queixou,
que alguém lhe fizesse sugestões relacionadas

– com O mandato que trazia. Agiu livremente cl

sem peias de qualquer espécie, e tenho por certo
que, se assim não tivesse acontecido, as popula-
ções que hoje estão vendo aproximar, com ra-
pidez, o melhoramento por que ansiavam, 0 não
alcançariam tão breve. é
Estão na memória da gente da Sertã as

– consegiiências desastrosas à que conduziram as

pugnas cesenvolvidas há poucos na imprensa e
fora dela, a propósito, precisamente, do traçado
da estrada 54-2,º. Batalhou se muito de lado a
lado. mas a causa por que os dois campos se ba-
teram não se decidiu a contento de nenhum, e
o resultado final foi a estrada não dar mais um
passo para dianie.

(Continua na 2º página) .

l..«. a lápis

EM Coimbra descobria-se que

alguém, num edifício da
cidade, está criando suínos,
O facto causon protéstos por
se dizer que êle representa um
perigo para a saúde pública.

Ora adeus ! Isso não é nada!

Cá pela Sertã, então, há me-.
ninos que vivem em família
com os porcos, comendo e dor»
mindo com êles nc mesmo prês
dio e estão de tal forma habis
tuados a isso gae sofreriam
um enorme desgosto se âmas
nhã o Delegado de Saúde os
forçasse a separar dos respei-
táveis e dilectos chéchés!

Honve, em tempo, uma Câãs
mara que quis acabar com tam
deliciosa convivência; armou-se
um chinfrim dos diabos, pro-
têstos desesperados! Por pou-
co que não lhe deitaram o fo-
goll!!

pote
VA! agora, nos meados do
mês corrente, efectuar-se
o Congresso Beirão, em Viseu.

Serão apresentadas teses im=
portantissimas, de alto interês-
se para as terras beiroas. Uma
já nós lemos e é de transcen-
dente importancia: «A Beira .
Baixa na cultura da terra—Al
guns males e remédios», da
autoria do sr. Coronel Fran-
cisco de Pina Lopes, beirão de
rija têmpera.

Problema velho, mas sem
pre novo, êste da terra, pela
sua constante oportunidade. À
gente das Beiras, em basta

(Continúa na 4.2 página).

A Inauguração s

CEasgaanaa renan

— OQ cortejo sainuo da Capeia, venuo-se os Bombeiros
e a Filarmónica

» E e

olene do | Cruzeiro da Independência”

no adro da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, suburbios da Sertá, em 15 de Agosto findo

(Reportagem fotográfica de «A Comarca da Sertã»)

| “Noticia publicada. no nº 206, de 22 de Agosto

“s

Cruzeiro da Independência, por trás do qual
se comprime uma parte da multidão que
assiste às cerimônias

 

O Rev.º Arcipreste Francisco dos Santos e Silva, proce-
dendo à bênção do monumento

 

@@@ 1 @@@

 

sua dedicação pelo concelho onde nasceu.

– estrada macadamizada que os põe em ligação fá-

– ciofial que, em Junho do ano passado, represen-

; horal “São os habitantes da freguesia do Marme-

pisa No a

A Comarca da Sertã ss o HE

 

INTERESSES.

REGIONAIS

o ao Fe e (Continnação da 1. à página)

‘- Não era esta a única razão a “aconselhar
que não se dificultasse a acção do agente técnico
enviado. Quem pedira e facilitara a sua vinda e
que, pela experiência da sua vida pública, co=
nhetia os riscos dum movimento embaraçante
pesa acção, também prudentemente recomenda-

| Deirem que o técnico proceda sem qual-
o estôrvo. O. contrário pode fazé-lo rê-
gressar antes de concluído o servivo e perde-
rem-se as nossas esperanças mais uma vez».

* Tudo correu sem atrito até á conclusão
do trabalho de campo ; e depois do serviço de
gabinete, que durou alguns meses, segu u o pro-
jecto os seus trâmites sob as vistas interessadas
do seu impulsionador como produto que era da

Vão os povos da Cumeada ter uma bela

cil com as outras estradas do País, o que é mo-

tivo de-alegria para êles e para a Sertã. :
e Bem. satisfeitos devem estar a Junta da-

quela freguesia e comissão política da União Na-

taram a Sua Excelência o Sr. Ministro das Obras
Públicas pedindo a construção do trôço até
Sant Aria; é solicitaram, para-o-mesmo lim, o pa-
trocínio “dos Ex.”º’S Governador Civil do distrito,
Presidente’da Câmara e Delegado do Governo
do “concelho. Bem satisfeita: se deve sentir a
«Comissão de: melhoramentos Pró – Cumeada»
que; em defea da referida Construção, desen-
volveu a-sua actividade, colocando à cabeça do
seu” programa de acção a conquista do grande
melhoramento, –

“Mas há mais quem sinta a alegria: desta”.

leiro que vão ver também, no seu prolongamens

to até à igreja matriz, a estrada por que há tan-
to tempo esperavam e agora lhes chega como
um t’stemunho de justiça em que o Govêrno de
Salazar tem sido generosamente pródigo. São os
homens dos concelhos da Sertã, Vila de Rei e
Mação que na sombra, isoladamente e com sor=
te- vária, teem vindo de longe utilizando os re-
cursos das suas posições, prestígio e influência
para ajudar a navegar esta pesada nau na sua ve-
lha, lenta e intermitente jornada, em que agora
fez uma étape mas tem ainda largo caminho a
percorrer.

Na verdade, a estrada 54-2.º não termina
no Marmeleiro. O seu destino é mais distante e
tem de avançar até ao fim para preencher intei-:

ramenteco seu papel na economia e progiesso; .

dos concelhos que atravessa.

Por detrás da vitória de hoje há outras,
vitórias a ganhar; e para a luta que, sem dúvida, .

continuará até ao último triunfo, devem aprestar-

«se: quantos. puderem dar-lhe a sua cooperação em –
perfeita solidariedade e comunhão com os que na.

liça já são antigos combatentes.

Creiam os nossos amigos dos concelhos
visinhos, a quem a-estrada 5t 2.º tem merecido os
influxos do seu patriotismo, que o concelho da

Sertã, congratulando-se com a construção do trô-|

ço em arrematação, não vê apenas o benefício .

reparad.r e justo de duas das suas freguesias.
Vê tambem o facto que põe mais perto da reali-
zação as antigas e legítimas aspirações dos seus

“concelhos, e fáz votos para que, em breve, essa

estrada, que 0 pó do esquecimento oficial pare-
cia – ter enterrado irremediávelmente, constitua
uma mais estreita ligação de interêsses. e pessoas
dos três departamentos

El SILVANIO

qPonanasonaaae

Colégio Narquês de Pombal
taráno 8] PO MB A |retetmensão

ESTÁ. ABERTA A MATRÍCULA:
O Colégio de maior irequencia em todo o Distrito de Leiria
Cursos completos de Instrução Primária e dos Liceus
“ “Admissão aos Liceus e às Universidades
dLHnORAtÓrIOs completos de Física e Química
O melhor Colégio da Província “As mensalidades mais baixas
Professores competentes e especializados

Óptimos resultados nos exames oficiais

meme

erro
7 PAL AB SS ES LA A Depo CPR Ou!
Iastrução Primária

Ss las Anuidade Por matrícula ||
Infgatit ao emos ela co ANDO “10800
inve A classes o qem Ss 200800 10809
Stu CN 300800 20800
4. classe e Admissão ao Liceu. 500800 |… 20800
: RAR Curso dos Liceus
EROANO Cs SO e aa 7( 0800 30800
Paio » a e quor ., . º 800800 í FODA
Bali commesopenpncormgess qrorapon alvos como BOOGOO ARES
ALSO a ada à mc onirai 1.000$00 >»
BOM e O Gas | 1200500 >
6.º » e, . a . o . l 600800 : »
Meca Ms = POVOS | es

Observações :— As anuidades acima mencionadas podem ser pagas trim
mestralmente ou divididas por nove prestações mensais, acrescidas-da impor-
tância trimestral de 15800 para os alanos do 4. ‘ e 5.º anos e da de 20500 pa-
ra os alanos do 6.º ano que têm de ireqiientar os trabalhos práticos nos las
boratórios de Ciências Físico-Químicas. Os preços das leceionações de Má-
sica e cursos práticos de línguas, dependem do número de alanos a inscrever.

Os alunos irmãos e filhos de Combatentes da Grande Guerra
beneficiam do desconto de 10º/,

ANDAL DA CARREIRA DE PASSAGEIROS
DNTRE. PEDRÓGÃO PEQUENO E SERTÁ

Concessionário — COMPANHIA DE VIAÇÃO DE SERMACHE, LIMITADA

Cheg.| Part. | “Jpres | Part.
Pedrógão Pequeno | — 6830 Sertã, . a [18,00
Ramalhos. 2 6,50].609 Póvoa R. Cerdeira 18,20] 18 25
Póvoa R. Cerdeira .| 7,101.7 15 |Ramalhos. . . |18,40/18,45
Sertã – 4730] — || Pedrógão Pequeno .|1900] —

De 1 de Julho a 3 de Outubro, efectua-se
todos os dias excento aos domingos.

De 1 de Movembro a 30 de Junho, electua-se
às 2.28, 5.S E sábados, às 4,25, 6.º q sábados,

Este horário anula todos os anteriormente aprovados

Def de Julho à 31 de Outubro, efectua-sa
todos os dias excepto aos domingos.

“Rua da Madalena, 113 2.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, etectua-se |-

HE DITAL

Chefe da
Secção de Finanças do Con-

Manuel Pereira,

eelho de Sertã

Faz público que,de harmonia
com o disposto no artigo 77.º

tro do prazo de 15 aias que
se começam a contar da data
do presente edital, podem os
contribuintes dêste concelho

nal profissões liberais tomar
conhecimento da distribuição
dos contingentes fixados ás
suas classes pela Comissão e
“apresentar no mesmo prazo
qualquer reclamações para a
mesma Comissão, sôbre essa
| distribuição.

| As reclamações lavradas em

a selado devem ser assis | =

nadas pelo interessado, ou a
| seu rôgo dado perante Notário
“quando não souber escrever.

E para que chegue ao co
nhecimento de todos, se pas
sou o presente edital e outros
de igual teor que vão ser afi
xados nos lugares de estilo.

celho de Sertã, 5 de Setembro
de 1940.

“O Chefe da Secção de Fix
nanças,- M. Pereira.

(para 0 tratamen-

Soda Caustica to da azeitona)

Oferece em boas condições |
de preço, a firma

SAMPAIO & RODRIGUES, SUCR.
* — LISBOA

Delégio TAL SERRA

Curso dos Liceus
— 0

Instrução Primária

ENSINO MISTO

sujeitos ao imposto profissio-

Secção ‘de Finanças do con-|

AUTORIZADO A MANTER O! –

os ESTABELECIMENTOS
D E

António da Silva Loúrenço

se: E os que mais barato vendem e maior sortido têm 1: |

“Prefiram sempre os nsaridicna nnfáa desta.
casa por serem importados erús.
na região, que são ‘torrados e moidos para,

Os únicos, .

; vender ao puenea ease
CAFE MISTURA
Lote Popular, moído, em pacotes de 200 gm. 880
|» Família, moído, . o O 5$00
Ee NI mudo ca cs Ro 8870
» “Extra : Res kg 12800
» em grão, torrado E kg 7800
» >» >». extra-escolhido kg 12300
‘ TELEFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS =SERTÃ

73
“UBASGESADA: GS SSEARUSEHSASS

COLÉGIO DE MUN’ALUARES

: PO MIA KR

= VSRSno ESADUSADRDENaSSaNTUaE”

E O MELHOR COLÉGIO DA PROVÍNOIA À

ta sansusasusaas

usas Es antro s

Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais,
com uma média de 92’/, de aprovações nos seus
nove anos de existência.

ni ia instalações exemplares, obedecendo a todos
requisitos da hº giene e da pedagogia

11. 3

PAC completos. ‘de Física, Química, ||!
Biologieas e Geologicas, Gimnásio e Gampo |
de Jogos

==

Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso completo
do Liceu (1.º e 2º ciclos) Admissão à Universidade

PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA POSSIVEL E SEM QUAISQUER ERROR

INTERNATO E EXTERNATO”

PEÇA O NOSSO Ra ILUSTRADO

 

Carreira de Camionetes de Passageiros entre
$ 3º do Decreto-Lei nº 16 731, e
de 13 de Abril de 1929, e den-

SERTÃ E PROENÇA-A

Concessionária E

-NOVA

“Companhia Uiação Sernache, bd.
“Sédo — – Sernache do Bomlardim

A’s 3.º, 5.º e sábados Cheg. Part.
Mendo cs a pd Rc an ae fo O 18
Tese ng aci, Masi e nn 1 19

A’s 2.º, 48º e 6.:º feiras : | Cheg. Part.
Proenpasa NQva cs 6,30
SEN dm sm indinoãa sim; lorúliee 7,39

Dá ligação ás Carreiras da mesma Companhia, de TOMAR e LISBOA –
LuxoI Gonfortol Gomodidadel Segurançal Rapidez

Escritório e garage em Lisboa: Avenida Almirante Reis, H.62
onduladas de Fibros

( | , (À [ CHAPAS cimento para te!hados

“CHAPAS lisas para tetos.

paredes, etc,

TUBOS para água, esgótos, Chaminés, ete.

DEPÓSITOS – para água, az ite e outros líquidos

de Es SERA
AGENTE E DEPOSITÁRIO

JOÃO FER no

MARCA REGISTADA)

qa

TELEFONE,

113 O ME

cla de Nossa Senhora de Fátima

ABRANTES
TELEF. 66 |

Para educação de Meninas internas, semi=iilernas é extoraas
| Sob a Direeção das Irmãs de Santa Dorotea

Instrução primária, Admissão e Curso Geral dos Liceus

Grandioso edificio acabado de construir,

tem local de situação magnifica e com todos os

Sernachê do Bomiardim

modernos requisitos higiénicos e pedagógicos,

 

@@@ 1 @@@

 

Atravé

RES

4 as 3
g 4 Se

Dois homonsesmatiados s
sua uma pedreira.

ob
NESPERAL, 6 — Um desastre hopsivel se deu na,
tarde do dia 4 do corrente, numa pedreira aberta numa |
propriedade do sr. Manuel da Costa, proprietário, casa-
do na Moita, n
freguesia.
Rara reconstrução dum muro numa propriedade
do sr. Gestavo Ribeiro, polícia reformado, casado. res

sidente no, Nesperal. chamou este sr. os conhecidos ca-
boaqueiros David dos Santos Farinha casado de 30

anos de idade «e:Joaquim Nunes casado também, des1.|-

anos, para arrancarem a pedra.

* Contratados por vontade dêles a receberem um
tanto: por carrada de bois, para lá foram naquêle dia
fatidico, Para os auxiliar e a dia, também os acompax
nhava António Ribeiro Júnior, cavador, casado na Moi-
ta, de 35 anos… E ade

Tinha-se auz:ntado, e chegando momentos antes
do desasire adve tid-os de que não trabalhavam bem,
visto que tinham d:scavado por baixo, rente ao chão,
cêrca, segundo diz, de 2 metros. Já mais pessoas os Li-
nham avisado do ‘imesmo,: sem contudo quererem per o |
perigo em que estavam À certa altara, entre as 17 e 18
horas deu-se a derrocada, soterrando os dois infelizes.
O António Ribeiro lánior tinha-se voltado a colocar
uma pedra á beira do caminho, fora da pedreira e só
por felicidade não ficou lá timbém 1

AQ sentir o desmorozamento e vendo o David Fa
rinha apenas com a cabeça a descoberto, gritoa por Sou
côrro-até que imediatamente veio gente para proceder
ao desatêrro.

“O David apénas balbaciara a custo uma frase.
quási ininteligível de dor, e o Joaquim ficara completam
mente enterrado, nem o encontravam Procurando-os,
apenas encuntraram os cadáves horrivelmente mútilam
dos e irreconhecíveis

– Chamadas as autoridades, e depois de cumpridas
as formalidades legais, foram os corpos conduzidos cêr-
ca das 5 horas da madrugada. para uma das Sac istias
da Igreja Matriz nam carro do sr. Manuel da Costa, on=.»
de repousaram, expostos até cêrca das 17 horas, pro“

sad

cedendo-se.aos funerais depois da visita do sr. Sab=De–| –

legado de Saúde, Dr. João António Santos Farraia

Os sinistrados deixam viavas: o David: Maria Jo-:
sé da Silva, de 37 anos de idade e 3 filhos menores: Con»
ceição, de 8 anos; José, de 6; Maria de Loardes, de 3; e,
um enteado menor. iss
Ainda tinha pai, um vêlhinho que pede esmola. –
ca O Joaquim era casado com Amélia Silva: Martins,
de 35 anos de idade; deixa 3 filhos menóres; José, de 4
anos; Matilde, de 2; António, de 10 meses; é dois entea«

deRibeirinho, logagcio, pegtenaenie.a esta, |

(Noticiário dos nossos correspondentes)

: já falecido, com o Exm.º Sr. Dr. Carlós Ferreira; natu-.
ral de Cabo Verde, filho da Sr.2 D.Maria Arcânjelo Delu
gado. e foi celebrante o Rey.” Cónego Dr Pontes Apa-
drinharam o acto pôr parte da noiva, representados por

4 procaração, seuirmão Sr. Cezar Pires Santana, comer»

ciante, e sua Exm.2 espôsa D. Celeste Prazeres Esteves:
Santana, professora olicial, ambos residentes em Ango-
da, e por parte do noivo; o irmão. da noiva, Sr. Albino.

Pires Santana e sta Exm.2 espôsa Sr,2 D Boônilácia Pe-
reira Robalo Santana, professores no Entroncamento.
Ros neo-consortes, que são dignos das maiores felicidam
– des, augaramos um iutúro muito: aaspicioso, ess

Veraneantes .

Continaam a chegar á nossa aldeia inúmeras pes.

soas que aqui vem passar a presente quadra, notando-se
que a alluência é maito maior que a dos anos anteriores

– Entre outros temos o prazer de ver entre nós os srs

 

dos, também menóres. Também ainda tinha mãe.

;. Este horrível desastre a todos impressionou é Sou 1 |

bretado por se verificar. a imprevidéncia das vítimas. –
As: circunstâncias das viavas e orjãos é bastante

lamentável, e também ao sr. Gustavo e sãa espôsa apre-

sentamos as nossas condolências, pois a-pesar-de não

ser com pessoas da família, muito tem serítido é lamen- |

“tamos O ocorrido, acompanhando os nêste desgôsto..

; é | ,

 

Comemorações Cenienárias em
e – Gastelo Bráânco

PÊSO, 4— A convite do’ Exm.%Sr. “Governador
Civil do nosso Distrito, o inicio das-Festas:Centenárias
Provinciais, realizadas na cidade de Castelo Branco, no.
dia 50 próximo passado, foram assistidas por uma re-
presentação da Casa go Povo desta localidade, acompa=
nhada do respectivo estandarte, e era composta dos srs:
Ernesto Dias. Abilio José de Moara, Blbano Domingos
de Oliveira, António da Silva Dias. No..palácio do Govêr-,
no Civil, onde foram apresentar cumprimento.ao; sr. Gom |
vernador Civit em nome: da Direcção do organismo que
representavam. ali tiveram uma carinhosa recepção. Sua –
Excelência o Governador Civil depois de. agradecer e
retribair os cumprimentos que lhe Eram dirigidos, feve
palavras de bastante aprêço e enaltecimento para a nos«
sa Casa do Povo, dizendo que erata mais antiga do Dis-‘
trito e que muito o congratalava o facto de.se ter feito.
representir por uma Delegação. Esta, de régrisso ao
Pêso, chegou visivelmente satisfeita pela “maneira br:=
lhante e cheia de fervor patriótico corto ‘decorreu o ini=
cio das Grandes Festas das Comemorações Centenárias
da nossa Provincia. Ce Ê

Casamento”

No dia 15 de Agosto findo realizoa-se na igreja de
Arroios em Lisboa 0 casamento: de mademoiselie Câtas
lina Pires Santana, natural desta aldeia, filha da Sr.º? D.

| e ao fundo da ribeira d

 

Felismina Gil cantana e do Sr António Pires Santana, .
E ps Sê a neto BT ad

Artar Fa inha da Silva, Albino Pires Santana e espôsa,
Dr. Carlos Ferreira e espôsa, Dr, Francisco da Silya Ta-
vares, espôsa e filho. ‘ e tdo Re so A

“Festa:

MARMELEIRO, 5 — Abrilhantada pela Filarmónica
da Sertã, realizou-se, no passado dia 1, a festividade em
honra de Santo António, orago desta freguesia, a qual cons-
tou de missa cantada e sermão, prêgado pelo Rev º Padre
lozé da Silva Viana, da Várzea,. 5

De tarde, após a procissão, subiu ao púlpito o
Rev.o Padre José Baptista, da Sertã, que exortôu Os fieis
ao cumprimento dos seus deveres morais e cristãos,

Chegadas

Do Luzo, para onde tinham ido ‘veranear, chegaram

a esta localidade O nosso amigo, Sr. José Dias, Cardosa e
sua Exm.à Espõsa. | É /

—Também chegaram de Alcains os estudantes que

– vêm gozar as férias que bem merecidas são, pelos seus

“bons resultados obtidos. .. :

O perigo dos poços
q No dia 2 do corrente cairam em poços a Sr.2 Luiza
Farinha, espôsa do Sr. Manuel José, que felizmente apenas
apanhou o susto e Edviges Martinho, que, além de várias
contusões, sofreu um profundo golpe na mão esquerda.
G:

es,
ce.

E ALVARO, 1 — Alvaro, terra antiga e de linda pai-

| sagem, “no meio de uma, frondosa mata de oliveiras, que
* lhe dá beleza, situada na margem esquerda do rio Zêzere
e Alvéolos, forma uma interessan- ||

te península. . E
Antiga sede de concelho, teve, em tempos recuados, .

| homens de real valor e merecimento, como o explica o

Bispo de Angra no lir
– Oleiros e Alvaro. Ra
E pena que hoje não haja quem se interesse pelas
suas necessidades, que o- Estado Novo não “volva seus
olhos para esta terra e para a. freguesia de que é sede, .
que nada tem prógredido nas últimas dezenas de anos. Tô-
da a gente desta região compreende e: reconhece o quão
seria necessráio construir uma: ponte sôbre o rio Zêzere,
de forma a tornar fáceis as comunicações entre Alvaro e
Pampilhosa da Serra, de que distamos apenas 14 quilóme-
“tros; ficariam ligados os distritos de Castelo Branco e Co-
vilhã. e, consegiientemente, o comércio e a agricultura e
«sobretudo a indústria de extracção de resinas, viriam a ter
“um notável desenvolvimento; aumentaria a riqueza pelo
acréscimo da produção e maior emprêgo de capitais e,
“ainda, pela colocação de muitos braços, que-heje se vêm
forçados a emigrar. São magnílicas as nossas resinas, in-
dústria hoje florescente: em muitos. pontos do País, mas
para uós puuca compensação têm exactamente pela falta,
de meios de comanicação. Também é muito bom’o nosso
azeite, mas muito mais poderia render se. houvesse facili-
dads em colocá-lo em mercados que até hoju não pôde
conseguir por falta de vias rápidas de comunicação e
transportes económicos.

Impõense a construção da ponte sôbre o Zêzere pe-
las razões já expostas e ainda porque no inverno, quando
o rio se apresenta caudaloso, a travessia tem de se fazer
por barcas, o que dificulta imenso e torna perigosos os
transportes, tendo-se já registado bastantes desastres pes-
soais e prejuízos materiais, à e

é Não poderia a Câmara de Oleiros defender as
nossas justas e legítimas aspirações e ser, junto do Go-,
vêino go Estado Novo, a melhor intérprete dêstes povos
tam abandonados e esquecidos ? ea 1

vro que escreveu — «Memórias de

e

Manifesto Aprícolá [4% Pas! da,
Termina em 30 do corrente.o | ta

prazo para a entrega, nas rege. | &

dorias, das declarações do mani | “%ws” e,

festo de produção agrícola de|
trigo, centeio, aveia, cevada, grão |
de bico, batata de sequeiro, al-

x es Ra a Ss

AGENDA +,

0 E» qa -4s
o % ta ea ta

Encontram-se: na Serta, o

“’«Fernandel em palpos
Es Ar.nha»

e.
4

‘& o título do extraordinário
filme cheio de imprevisto e-cons
tante gargalhada que tem como

 

farroba, avelã, noz e uva de mesa,
rtegi ap a
CAIAÇÕES.

Foi prorrogado, para 30 do
corrente, o prazo em que deve
concluir-se a coiação dos prédios
e muros dentro da vila da Sertã,
abrangidos na intimação da Câ-
mara Municipal, :

Comos se vê, não -podeEhaver.
mais toierância e quem não cum-
pre as determinações camarárias
é, porque, de facto, se mostra
rebelde a tudo que representa le.
galidade e avêsso ao progresso.

desta terra. . Pnet
: terão. Que

sr. Alfredo Tavares da Rocha,
empregado das Minas da Pa
nasqueira (Fundão); na Vi-
venda-Guida (Arnoia), com sua
família, c sr. dr José António
Ferreira. de Lisboa; em San-
tiago Penafiel, o sr. Ricardo
Moreira dos Reis, de Lisboa;

familia o sr. Joaguim Calado,
ide Lisboa; em Vila de Rei,

Nunes Campino, de Fafe.

=Metiraram para Lisboa:
do Casalinho (Serta), o sr. ar.
António Nunes e Silva e, da
Sertã, a menina Eunrica dos
| njos. Oliveira.

|. Com Sua espôsa regressou

Os relapso: não a
queixar se. depois, a Câmara s

mostrar inflexível: co,

sacred
Nf nd

s5 É
PAS

pda Figueira da Foz o sr. Fran-
pfisga foites, de Moura… |

> Weots que

na Malpica (Sertã), com saa

com shá família, o sr. Joaquim.

protagonista FERNANDEL o.
maior e mais irresistível cómico
da actualidade, a sua última cria-
ção hilariante

Vai o nosso público cinéfilo
apreciar a interessante película
depois de âmanhã, sábado, 14,
no Cine-Teatro Tasso, delician-
do-se com um espectáculo a que
não pode-assistir com fregiiência,
esquecendo momentaneamente,
as suas tristezas

Quem viu FERNANDEL uma
vez, não pode resistir à tentação
de o ver sempre que isso se pro-
porcione. ”

Assim como Camões vale uma
literatura inteira, FERNANDEL
vale todo um cinema!

, Afirmação indiscutível esta! |

| de Setembro

à Comarca da Ber tá

Oo horário (hora de verão) e as ondas curtas em que podem
ser ouvidos- os interessantes:e apreciados noticiários da B. B C.
– | de Londres, em língua portuguêsa, são os seguintes :

375 1 m.

“- Convocação Militar

Foram afixados editais, convo-
cando para se apresentarem no
Quartel do Batalhão de Pon
toneiros, em Tancos, desde as
19 horas do próximo dia 19 até

f’às 9 horas do dia segulnte, a-fim-

“ie receberem instrução durante
12 dias, os seguintes soldados,
todos da classe de 1937:
António Nunes da Eira, filho
de António Nunes da Eira e de
Maria Farinha, da Codeceira An-
tónio Vicente. filho de José Vi-
cente e de Florinda de jesus, da
Serra de S.;Domingos; joaquim

nio Ferreira Pimpão e de Maria
Augusta, da Herdade; Joaquim
Pires Franco, filho de António
Pires Franco e de Maria de Jesus,
da Herdade; e Patrício Nunes, fi-
lho de Manoel Nunes Júnior e
de Maria do Carmo, da Lameira

| da Lagoa, êste da freguesia do

Cabeçudo e aquêles da freguesia
da Sertã.

São considerados desertores os
que não fizerem a sua apresen
tação no prazo indicado.

Têm direito a transporte.

rp
O TEMPO
Abrandaram, um pouco, os
grandes calores que estávamos
suportando há semanas
– Na tarde de 5.º feira caíram,
na Sertã, um2s pequenas chuvas,
que tornaram mais agradável a
atmosfera; aos nossos ouvidos
chegava in.enso e prolongado
ruído da trovoada que pairava
para as bandas do nascente.
Choveu bastante, segundo nos

nache, para os lados do Zêzere,
mas não consta ter havido pre-
juízos, ao contrário do sucedido
noutros pontos do País e na ca-
pital, onde as trovoadas e chuvas
torrenciais causaram inundações
e, consegiientemente, danos ele-
vados, ad

SOLO

AGRADECIMENTO

Piº Guilherme Nunes Marinha,
capelão de Nossa Senhora dos
Remédios, vem apresentar os seus
melhores e mais sinceros agrade-

Delegado do Procurador da Re-

| pública em exercício, sr. dr. An-

gelo Henriques Vidigal, Bom-
beiros Voluntários, Legião Por
tuguesa e Juventude Católica pe-
la comparência ao acto da inau-

| guração do Cruzeiro da Indepen-

dência efectuado em 15 de Agos-
to e brilho que prestaram àquela
solenidade, ao sr. José Ferreira
Júnior pelos esforços dispendi-
dos e acêrto demonstrado na or-
ganização do cortejo e às ilus-
tres meninas, que constituíam a
comissão organizadora da quer-
mes e, pela boa vontade e Ópti-
ma orientação que lhe deram,
como se prova pelos rendimen-
tos conseguidos, número que, de
resto, deu muito valor às fe tivi-

médios. A

Agradece, ainda, o auxílio,
prestado’por quaisquer outras pese
soas, que se torna d fícil enumes
rar, que muito influiu no êxito
das fesas.

A tôdas, pois, o testemunho do
seu maior r
tidão.
– N.S. dos Remédios

 

(Sertã), 5

o À ERA

Ferreira Pimpão, filho de Antó-:

disseram, na freguesia de Ser- |!

“cimentos: à Ex.”º Câmara Muni-+
eipal, sr. Dr. Matias Farinhá,

dades a S. Nuno € N. S. dos Re-

econhecimento e gra- |

ás 15.15-49,10m. 25538m. 1976m.
da DO DO: 009 Omo: DhASM Rc
ás 01.00-49.59m, : 4194m. – 3155m. 3096m.

Esta úl’ima emissão também pode ser ouvida nas ondas médias de .

e 261.im..

mta

Cobrznça de assinafuras nas
“Celónias Portuguesas

“Avisamos os «ossos estirados

guesas, que não têm na Metró-
pole qualguer pessoa encarrega-
da de liquidar as assinaturas, que
vamos proceder à cobrança na
forma habitual e segundo os
meios de que disporos: para
Angola, por intermédio do Ban-
co de Angola.e, para as restantes
Colónias, por intermédio do cor-
reio.
Esperamos que todos, em seu

os pagamenios, o que origina
aumento de despesas, nem se –
recusem às liquidações, o que
nos causa sérios prejuízos e enor-
mes dificuldades, agravadas, de .
há um ano a esta parte, com o au-
mento fabuloso do preço do pa- ‘
pel de impressão.

” Lembramos a todos que, sem
o seu auxílio, o jornal não pode
viver. a

Para quem está longe da sua
terra, <A Comarca» é uma
carta de família que se recebe
com alegria, que mitiga as saii-
dades e suaviza a nostalgia da
terra-natal ! |
Que cada um, em suma, come

preenda a finalidade da existên. –
cia dêste hebdomadário.

qndo
FOGO POSTO ?

No sítio do Vilar Fundeiro,
Madeirã, arderam importantes pi-
nhais dos proprietários srs Mas
noel Cortez Dias e irmãos Ba-
rata. E
Supõe-se haver crime. Os pre.
juízos são muito elevados e não
estão a coberto do seguro.

+ 040 ;
Quere fazer melhor venda dos |

artigos do seu comércio |.
e produtos da sua indústria ?

Y

Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertão… Ea
ra

o apelido «Certã»:

Numa-notícia vinda a lume no.
-nosso colega «O Castanheirense», .:
vaparece um indivíduo de nome
José Carlos Certã, !
“E quem nos diz que êle tem
aquêle apelido por ter aqui nas»
cido ou algum dos seus ascen- ;
dentes? a
Não nos admiramos nada. Ain-
da há poucos dias nos informa-
ram que o apelido Relvas, usado
por uma ilustre família da Gole-
gã, provém de ter nascido na
povoação daquêle nome, da fre.
guesia da Ermida, dêste concelho, .
a pessoa que foi sua: principal…
vergôntea.
Curiosidades… |
a
E’ amigo dedicado da
sua terra ?

 

Indique-nos, como assinantes, :
todos os p-írícios e amigos que.
“ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua:
“tetra dependem, em grande par
“te, da propaganda que dela se::
“fizer nêste semanário, tag

A

assinantes das Colónias Portu-

próprio interêsse, não protelemotelem

 

@@@ 1 @@@

 

à Comatea da Sertã

 

A Bra Baia a cla lepra-Alguns mas remédios”

Notas a lápis

+

Assim, duma maneira geral, a terra
deve ser cultivada por conta do pro-
prietário, quer directamente pelos seus
próprios meios de acção, quer em ren
gime de parceria, mas auferindo êste,
sempre em género e não em dinheiro, ,
a quota parte dos géneros produzidos.

Deve haver excepções a esta re-
gra? E’ evidente que haverá casos a.
tomar em consideração, como seja 0.
afastamento forçado do proprietário
no desempenho de certas funções pl»
bticas, e outros que não poderão dei- |
xar de ser tomados em conta.

Por isso mesmo, não se preconizam
violências, impondo — como seria le-,
gitimo — a obrigatoriedade absoluta da
cultura da terra por conta e risco do,
respectivo proprietário.

Mas não deixa, contudo, de recla-,
mar-se para esta terra a necessidade |
dum tratamento de favor, em relação

” àquela outra que é agricultada pelos,
rendeiros,

As leis reguladoras do amanho das ,
terras, por parte dos seus possuidores,
impuseram sempre certas servidões ,
aconselhadas pelo bem comum,

E nem Portugal fugiu a esta regra,
porque aqui se foi até ao confisco da |
propriedade, contra aquêle que não
agricultasse devidamente, como fez D.
Fernando em 1375 com a publicação da
lei das Sesmarias.

De resto, temos frisantes exemplos
do aumento ou. da diminuição na pro-
dução agrícola, sempre que a terra foi
ou deixou de ser agricultada pelo seu
proprietário. E não se ignora que en-
quanto. os romanos viveram nos cam-

 

pos, instalados nas vilas urbanas cir= |
cundadas pelas vilas rústicas habitadas ,

por F. de Pina Lopes.

Por isso, » regresso à terra tem de:
ser o brado unânime de todos Os por»;
tugueses e por cujo salutar princípio
devem incessantemente lutar os.nos-
sos Congressos Beirões.

Mas, para a obtenção de tam ambi-
cionado como útil objectivo, necessá-
rio se torna que as populações rurais
possam desfrutar dos-benefícios da-Ci-
vilização, e da garantia de trabalho
efectivo e suficientemente remunera-.
dor, problema assás difícil mas de pos-
sível resolução desde que tôdas as
boas vontades se congreguem nêsse
sentido : — O Estado, os Corpos Admi-
nistrativos, as Casas do Povo e até os!
proprietários rurais, que não devem —.
na própria defesa e integridade das.
suas. terras — ser os últimos a desejar
vê-lo resolvido, ainda que tenha de ser
também um pouco à sua custa.

“Mas todos devem compreender que

uma nação só é verdadeiramente inde» |-
pendente e livre, quando a terra pro-)

duz tudo o que é necessário à subsis-
tência da sua população E esta só po-
derá ser forte e sadia, como convém,
(um póvo decaído e depaupérado está
condenado. a viver parasitariamente)
quando, em resultado do trabalho dis-
pendido, possua o necessário poder de
compra de tudo agailo dê que absolu-
tamente carece pata viver,

Ora: a terra: portuguesa, para atin. |
git o máximo. de produção dê que é

capaz, pode ainda dar ocupação a mui-
tos braços desocupados, mormente

desde que o Estado prossiga e intensim:

fique, cada vez mais, Os. Serviços da

hidráulica agrícola iniciados, e desas- |.
soriamento e regularização dos leitos!

dos rios, na defesa das terras margi-

-pelos seus trabalhadores, houve sem-., nais; e até-canalizando aquêles que são
pre.cereais em abundância para alimen- | susceptíveis de ser utilizados nos trans-
tar tôda a população; mas desde que | portes fluviais, serviço éste de grande

trocaram êsses mesmos campos pela

sedução dos grandes centros arbanos, |
logo surgiu, como amolecimento da sua

actividade, a escassez da produção.

Depois, o vício e a depravação mo-
rala que se entregaram, fizeram o
resto: o aniquilamento e a absorção
por outras raças mais fortes e labo-
ríosas.

E” que o campo representou sem-

pre us; fecundo repositório. de virtudes
e de energias criadoras, enquanto. os

grandes centros urbanos, com tôdas as |

suas excentricas e depravadas atrac=
ções, nunca passaram de perniciosos e
activos laboratórios de definhamento
moral e fisico. ;

| alcance na economia rural.
Porque o serviço de regas a fazer
nos vastos terrenos que vão sendo be-

um aumento progressivo de trabalha-
dores regantes.

E com semelhante beneficiamento
alguns outros resultados apreciáveis
serão obtidos: o acréscimo na produ-
ção agrícola, o emprêgo de bastantes
; braços desocupados, e o sensível au-
mento de matéria colectável na parte
correspondente à maior valia dos ter-
renos assim beneficiados. |

 

(Continua)

 

VII CONGRESSO BEIRÃO

Inaugura-se no dia 15 do cor-
rente, em Viseu, o VII Congres-
so Beirão.

O programa é o seguinte:

* Dia 15— Inauguração com aber-

tura solene no Avenida Teatro,
com representantes do Govêrno,
às 16 horas, :

Dia 17—1.º sessão, das 9 às
12,30; 2.º sessão, das 14,30 às
18 horas.

Dia 18—saída para S. Pedro

Os amigos da “COMARCA”
«-«Sr. Eduardo Barata — Sero
tãa — Anuiu V. ao pedido dum
| membro da Comissão da festívi-
dade de Santa Margarida, desta
| vila, residente em Lisboa, a pu-
, blicar, sem encargo, O resp ctivo
: programa. Compete nos agrade-
“cer muito reconhecidos e ainda o
, bilhete que se dignou enviar fa-
“zendo novo oferecimento,
‘ Aguardávamos a ocasião da
festividade, pois não sabíamos
se mais alguma coisa seria ne-

t

neficiados com tam interessantes e|
úteis melhoramentos, terão de exigir

do Sul, Termas, Vouzela e Se- cessário publicar. Não podemos
nhora do Castelo, às 10,30 horas, alargar-nos muito porque o não
Ultima sessão do Congresso e al- | comporta a receita em face da

môço, ali, às 13 horas.

A” noite, em Viseu, a Marcha
das Aldeias, em honra dos Con-
gressistas.

Na sessão solene de abertura
falará o coronel sr António Lo-
pes Mateus, presidente da Casa
das Beiras, e, na inauguração do
Monumento a Viriato, em nome
da Casa das Beiras e do Con-
gresso, o sr. dr. Jaime Lopes
Dias, salientando que a justa ho-
menagem ao Herói Lusitano foi
uma aspiração do primeiro e de
outros Congressos Beirões.

A’s inaugurações e aber:ura do
Monumento e Exposição e visitas
ao Museu e Festas que se reali-
zam durante as sessó:s do Con-
gresso irão delegados dêste e
us Congressistas que o de ejarem.

rt vg

Desastre com arma de iogo

Em Cardigos, quando Henrique
Paisana, de 16 anos, estudante,
filho do sr. João Paisana, pros
prietário na Lamaro:a, que na-
quela vila se encontrava em férias,
mancejava uma espingarda «Flau-
bert>, foi atingido pela carga
num dos olhos. Porque o seu
estado inspirasse cuidados, seguiu.
para Lisboa, onde ficou -hospi-

| despesa e por isso só enviamos
‘ 10800 para o fundo do Jornal,
: pedindo nos desculpe a insigni-
ficância.

O exemplar rífado, a que o
progtama se referia, saiu no nº
17:a um rápaz residente na Ca-
| pital ese V’ isto quiser ter aama-
| bilidade de anunciar, os assinan-

tes que jogaram gostarão do ges-
to do Jornal ou de YV.

Obrigadíssimo e somos ami-
gos, at.“*, ven.“ e obd.’”

– Oleiros, 5 7/940

Pela Comissão dos Festejos de
Santa Margarida,

Francisco Mateus Pinheiro

4

Nós é que temos de agradecer
a amável lembrançi da ilustre
Comissão. pela sua dádiva e pela
interessante ideia de rif.r um dos
exemplares da «Comarca» que
inseria o programa das festas.

et) 4
INSTRUÇÃO

Poi extinta & escol: dupla
da freguesia de Sarnadas de-S,
Simão, concelho de Ole ros.

—Foi exonerada a seu pedido.
de regente do posto escolar do
sexo feminino da Casa do Povo:

(Continuação):

Imaioria, vive da terra e para
a terra; nela encontra a razão.

de ser da sua existência sim-
ples, modesta e bem porta-
guesa; com o seu suor eno es-

ingratidão com que ela, por
vezes, o trata, indiferente ao
trabalho duro e quiçá heroico.

Estamos a publicar o inte
ressante trabalho do sr. Goro-
nei F. Pina Lopes. convictos de
que os leigos tirarão alguns
ensinamentos e os práticos
“aperjeiçoarão as suas ncrmas
de trabalho.

Muitos outros problemas. de
valor serão apresentados no
Congresso. Oralá que dêle

‘e vantajosos para us Beiras,
“gue bem merecem o carinho
dos seus naturais.

rO O

| À? CÉRCA do tuncionalismo pá-
blico disse, hà dias, o sr.
dr. Oliveira Salazar:

Cooro cvs toscos

para quem as dotações orça-
mentais esgotadas, o refôrço

matrizes, os lançamentos, os
relaxes as execuções são coi-
sas terrivelmente obscuros e
misteriosas que escuta com
pavor e incompreensão e lhe
amarfanham a alma, porgere
por vezes destroem a vida; pe-
rante credores ou devedores do
Estado, êsse funcionário não é
“altaneiro, nem arrogante, nem
imensamente superior; é mes-
tre e gnia antes de ser juiz e
“severo executor da lei. Vive do

seu logar; é respeitado porque
se respeita; sente-se digno por-
que se sabe útil, e mesmo no
‘mais baixo da escala, nos mes
teres mais humildes êle pode
tocar a perfeição, segundo o
pensamento de Junqueiro: pos

ruas.

100 “vo cor do e vorgas n?o soe. se

Há muitos funcionários por
aí fora que têm absoluta ne-
cessidade de ler estas palavras.
Nelas têm muito que aprender!

CHURCHILL falou mais ama

perigo da invasão da Inglater-
ra subsiste mesmo no inverno.
Volton a expor a situação tal
qual se apresenta, sem opti-
mismos ou pessimismos exa-
gerados, compenetrado de que
um homem de Estado, um chefe
de Govêrno que, como êle, tem
tantas responsabilidades. deve
expressar-se com clareza, não
escondendo os perigos a que
está sujeita uma nação em
guerra para que, depois, sea
sorte for adversa, não haja
decepções, nem acusações

de Sobreira Formosa a sr.* D.

talizado.

Leontina Matos Alves de Sousa,

amargas e dolorosas de cons
ciência.

O facto mais importante de»
corrido no última semana é a
cruência de 50 contratorpedei-
ros pelos Estados Unidos à
Ingluterra Afigura se-nos is-
to por mais rodeios que se
emvreguem, que a América do
Norte deu um passo decisivo
na colaboração que reconhece
dever prestar a seus irmãos de
raça, quebrando aquêle absur-
do isolaçionismo que não lhe

| dava proveito ea que alguns:

puritanos se agarravam com
unhas e dentes …

Os Estados Unidos viram as |

barbas do vizinho a arder e
trataram de pôr as suas de

môlho ! !

| Castelo Branco — Sertã — Pigneiró dos. Hinh

fôrço-do seu. braço. potente, 0.
beirão descobre no solo, por.
mais estéril que seja o recurso |
da sua mantença Amaa terra
como a família. esquecendo a.

advenham resultados práticos .

«Perante a gente humilde,

GCARREÍRAS: 7
0s == Coimbra

‘* Companhia de Viação de Sernache, Ld.º e Viação
Castanheirense;, Ld.º, avisam: o: público: de: que. principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
idos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação
entre Castelo Branco e Coimbra:

ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

CHEG. PART.
– Castelo Branco 9.00
Sobreira Formosa: Il-00 1l-lo
Proeriça a Nova, 11-30 11-40
Sertã 12-30 13-00
Sernache do Bonjardim, 13-20 13:55
Figueiró dos Vinhos 14-15. 14-25
Coimbra 16-45
AS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG PART.
Coimbra 11 59
‘ Figueiró dos Vinhos l4 05 1425
Sernache do Bonjardim 15-07 1510
Sertã 1530 153»
Proença a Nova 6 25 1635
Sobreira Formosa, 1655 1705
Castelo Branco

19 00:

“Tudo que quizer sa

das verbas, os manifestos, as;

seu logar, porque vive para o

de-se. ser sublime a varrer as:

veze é de parecer que o

Marco Postal

da ninharia de 9899, v. recusou»

cinha!

faria logo que se colocasse ?

amnésia e abuse da nossa boa fé.
À sua atitude é pouco correcta e,
para desfazer más impressões,
convidâmo-lo a enviar-nos ime-
diatamente 44300, importância do
seu débito Creia que não faz fa-
vor nenhum. O jornal é pobre e

sapontou-nos e, se puser a mão
na consciência, verá que andou
Imal. Está a tempo de remediar
a sua atitude.

A Administração
O

D. Clotilde das Dores e Silva

Foi provida definitivamente no
posto escolar da Serra de S, Do-
mingos a regente sr.º D. Clotilde
das Dores e Silva, sobrinha da
ste* D. Matilde de Jesus e Silva,
de Santo Estêvão (Cabeçudo).

As nossas felicitações.

Cro

GRALHAS

da parte da Redacção, não é pos-
sível exterminar êstes malditos
e daninhos animalejos e parece-
nos, bem, que êles resistem a
todos os tóxicos, por mais fortes
que sejam!

No número passado, no edito»
rial apareceu uma gralha que até
nos causou calafrios: «Sertã Mor-
ta» e logo, por azar, com letras
maiúsculas pa a melhor se des.
tacar, para dar mais colorido à

que não lembrava ao Diabo!
Livra!
O que estava no original era
«letra morta». >
Na secção «Marco Postal», que
saiu «Marco Portal», em vez de
| «Sr? Hermínia Dias», leia – se
| «Sr. Hermínio Dias», gato que
| não foi forjado por nós.
i Qi nos desculpem. o nosso

 

idistinto colaborador Silvânio e
io nosso prezado amigo Hermínio
Dias. que. não sendo da Mou-.
gueira, teve uma mudança brusca
de sero!

Perdões, mil perdões, amigos,

Sr. Angelo Martins — Lisboa:

Quando, agora lhe foi apresen- |
tado O recibo de n.º* 120 a 137,1

se a pagá-lo, alegando «ter desis- |
tido da assinatura»! Que gra-

Então v. esquece-se-de que em.
Abril de 1939 nos disse não es»
tar em condições de pagar, o quê

Temos pena que sofra tanto de.

não pode suportar tantos calotes..
A sua resposta ao carteiro des!

Por mais cuidados que haja |

frase! Uma gralha monstruosa, |

| ber é só preguntar !

Temos a resposta
na ponta da língua!
(Secção humorística)

P — Porque é que o Zêzinho
não se dispensou de levar a mal-
va a Castelo Branco, na viagem
que, com outras pessoas da Ser.
tã, ali fez em 1 do corrente ?

R — Por ser um eterno admi-
irador de Chamberlain! |

P — Porque é que o «Século»
de há dias, dava uma notícia de
Pedrógão Grande como sendo
ali realizada a festa da Senhora
da Confiança, quando é certo
gue Este môrro o mais alto do

Cabril, pertence a Pedrógão Pe-
queno ?.
| R— Porque Pedrógão Grande .
osta de meter 0 nariz onde não
: chamado! Quere, por fôrça,
| que o Pequeno fique no seu es-
paço vital! Mas não o consegue;
entre os dois há um tremendo
| tôsso natural: q Rio Zêzere!
1 P— Eu gostava de tomar ba. .
po na ribeira grande, mas não
tenho fato próprio; o que hei de
usar ?:

” R— Pode tomá-lo à futrica ou,
então, se achar isso muito incó-
modo, com capote à alentejana,
imas bem abotoado, capote que,
ao sair da água, lhe serve per
feitamente de barraca ! |

es
” Coincidência interessante

 

Parodiando uma notícia que há
tempo demos sob aquela epigra-
fe, escreve o nosso prezado cos
Hega<Ridículos», de 28 de Agosto:

«Que grande confusão ! ;

OQ nosso colega Comarca dk
Sertã dá a notícia de terem nas
cido naquela vila, no dia 1 dô
corrente, um 1apaz e uma rapa
riga, filhos, respe-tivamente, dé
José Antônio e Jacin’o Farinha,
Ora a mulher do Jacinto e o Ji.
sé António são fihos de Manoel
Farinha, êste por :ua vez, é ca-
sado com uma irmã da mulher
do filho e, por cónseguinte, cu-
rhado dêste e avô e tio dos li-
tos do mesmo José Antóni;
consequentemente, o José Antó-
nio é irmão e tio dum filho da
seu próprio progenitor, que êlz
tem da segunda mulher.

Damos um jantar no Restau-
rante «Espelho de A’gua», da
Exposição de Belém, a quem for
capaz de nos explicar êste paren-
tesco, porque nós ao cabo de
duas horas de profundas Iucubra-
ções, tivemos que ir consultar q.

que isto sucede ao mais pintado!

dr. Luiz Cebola !»