A Comarca da Sertã nº119 03-12-1938

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CEVBNGAD O
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT |
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA!
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA:
1
PIRESTOR, EDITOR E PROPRIETARIO
Coluando Panata da Filva Gorneia
=——— — — REDACÇÃO E ADMINISPRAÇÃO;
UA SERPA PINTO-SERTA
Largo do Chafariz
PUBLIGA-SE AOS saBaDOS SERTÃ
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertá, ã 3
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação ) er
FONSTA-NOS que a Com-
É penha de Viação de Ser-
he, Ld.s; a melhor emprêsa de
iisbertas “de passageiros da
a região, que dia a dia se
vem impondo pela magnifica
* organização dos seus serviços,
jona promover uma excursão
le Lisboa às nossas terras, na
tarde do próximo dia 24, propor-
cionando, assim, aos nossos pa-
Iricios, residentes na da pas-
sarem a Noite do Natal com
suas famílias. O regresso jar-se-
ja na noite do dia seguinte, do-
mingo..
Aqueles, a quem interesse esta
digressão, podém, colher informa-
nos escritórios da Compa-
vem Lisboa, Avenida Almi-
; rante Reis, 62-H.
Como se vê, a Companhia de
* Viação de Sernache, Ld.º deligen-
cia, sempre, dor dar satisfação
aos mais pequenos desejos de
los os nossos conterrâneos, sen-
t or isso, digna da maior gra-
e reconhecimento.
AGA A
rimos falar numa
próxima reorganização
da Guarda Republicana.
* Não conseguimos colher notí-
E Seguras, mas parece que es-
remodelação obedeceria à co-
de praças em tôdas as
de contelho, onde presente-
não existem e o aumento
número de homens nos postos
s, À Sertã, que conta ago-
17 homens, passaria a ter,
eg, uns 17 ou 18 e constitui-
sede de uma secção, a que
iam subordinados os ba
Oleiros, Vila de Rei e Proen-
ova, há muito extintos; co-
Se sabe, a Sertã pertence ago-
à secção de Idanha-a-Nova.
O é provável que Sernache do
unção não menos
que a manutenção da
ordem: o policiamento das pro-
edades rurais,
Aspraças da G. Ri são de
luta correcção eo facto de
grande maioria tor fami-
Seu cargo, tornamas ele-
Os aprecidveis nos meios on-
em
!
“AE os centros que de qualquer
Ina contribuiram a o afas-
amento da G. R., alguns mesmo
um ações . hostis, não
e reconhecer que fize-
eira, que têm sido pre-
cados e weriam “hoje com
a a sua reintegração.
corporação inteira não po-
repelida ou condenada pe-
mples facto de nela haver al-
el Moe que, por vezes,
Subsídio
S afirmações que vãô seguir-se, tal-
vez sejam em parte comprome-
tidas na sua significação cien-
tífica, por certas noções ambi-
E à guas, mas, vista à importância
que lhes atribuo, embora resumidamente,
não deixarei de me referir a elas.
As funções orgânicas mais elementares,
como a sucção e outras, que dantes se jul-
gavam de natureza exclusivamente biológica,
influem bastante, quanto à maneira de se
efectivarem, na vida psíquica da criança.
Assim, por exemplo, uma amamentação
perturbada por qualquer acidente, óu preco-
cemente interrompida, faz com que a crian-
ça, em virtude da necessidade insatisfeita, se
julgue moralmente torturada pela mai.
Este juizo, faz-lhe surgir: a impertinên-
cia mórbida, processo com o qual julga con-
seguir que a mãi se ponha incondicional-
mente ao seu dispôr.
Como, porém, ‘o objectivo da criança é de
impossivel realiazação a mái real é substituida
por outra que o seu pequenino cérebro ima-
gina,a qual figura como rival da verdadeira.
E, então, começaa viver precuvpada com
ela própria, absorvida em contemplações
imaginativas de entes queridos que na rea-
lidade não existem, o que a torna insociá-
vel e lhe faz surgir tôda a espécie de intro-
versões.
Eu gostava de poder alongar-me nêste
assunto, mas não me acho com direito de
abusar da paciência do leitor.
Sôbre tudo não esquecer que esta fase é
a das percepções.
*
» *
Segue-se a puericia. Esta fase é caracte-
rizada especialmente pela actividade lúdica,
embora as suas manifestações comecem pou-
cos meses após o nascimento.
E’ graças a esta actividade que qualquer
órgão se adestra a exercer automática-
mente as suas funções de diferentes manei-
ras e que qualquer rotina se não fixe,
pois permite que a criança imiteo adulto
sem se identificar com êle, visto que nos
jógos e brinquedos há sempre, e se não dei-
xariam de o ser, uma certa leviandade e fri-
volidade que os não deixa encarar a sério.
Por outro lado, um dos atractivos dos jo-
gos e brinquedos é a sociabilidade, a qual
permite não só a aquisição de técnicas no-
vas, como também a sua variação.
Desde que uma criança seja coibida de brin-
car, e não possa viver a sua vida própria de
criança, ela cristalizará, isto é, identificar-se-à
com um tipo de alulto qualquer, que mais
se harmonize com a sua maneira de sentir,
e assim, homemzinho precoce, ficará inedu-
câvel,
A importância dos jogos e brinquedos! na
educação, é tal, que hã quem lhes atribua a
precoce separação dos sexos e quem diga
que por êles, se pode fazer de um menino
aquilo que nós quisermos.
A flagelação começa nésta fase a set to-
mada como processo educativo e é usada em
larga escala. o
Tórna-as crianças cinicas. Aos quea usam,
osso garantir que obteriam melhor resul-
Fãs se antes tivessem bem presente êste pe-
queno axioma: «tudo o que é imposto
pela força, cessa logo que ela dexa de
actuar». ;
Está mais indicado que, pondo PrAnie
quanto possivel a experiência à prova, se leve
a criança a descernir o bem ou o mal que
lhe pude advir da prática da acção, o que
não será muito difícil, porque as noções do
exercicio das
bem e do mal parece que as grava Deus,
Educativo
se bem que com sais nitidez nuns do que
noutros, em cada coracão humano que cria.
Dá a enda individuo a consciência mo-
ral para lhe arbitrar as suas acções.
Esta é pouço desenvolvida na criança,
mas nas nossas mãos estã o seu desenvolvi-
mento. E” nisso precisamente que consiste a
educacão.
Hã pais que, possuidos de uma solicitu-
de mórbida, constantemente estão a reprimir
os filhos, num sem número de ninharias,
sem respeito algum pela actividade espon-
taânea da criança.
As consequências disto ficam para ser
sofridas mais tarde na vida prática, pois es-
tou convencido de que uma grande parte
das pessoas incapazes de triunfar e viver
com honestidade, embora p ‘ssuam inteligên-
cia e talento, são vitimas destas preocupa-
ções mórbidas dos pais.
Mais lhes valera o desleixo, que quando
não ajudasse podia pelo menos não contra-
riar certas tendências boas.
Qualquer acto sô pode estar recalcado
enquanto não encontra a primeira oportuni-
dade de se manifestar, o que faz então com
mais estrondo ainda.
E isto evitava-se, se tivessemos o cuida-
do de na êpoca própria o filtrar e canalizar
convenientemente.
De mais, todos sabem que dizer para uma
criança — eu não quero que faças isto ou
aquilo — equivale a coibi-la de praticar a
acção por meio de outra frase, que sô dife-
re desta por ter mais três palavrinhas a
atribuirlhe uma circunstância São elas —
na minha frente—porque na realidade, furti-
vamente, a acção cuntinua a praticar-se,
A criança copia os minimos detalhes do
adulto. Aprende especialmente pela: imi-
tação.
Daqui vem a importância do exemplo,
Se um lar não for fundado na amizade
desinteressada e respeito mútuo entre os
seus membros, será improficua qualquer ten
tativa de educação sã que os pais pretendam
dar aos filhos, porque nêste caso o meio
contradiz essa educação,
Outra coisa de que quási ninguém se
coibe, é de meter medo aos meninos para
evitar que façam isto ou aquilo,
Nunca se faça isso seja com o que fôr.
Dentro das minhas ideias é um criminoso
o que mete medo a uma criança.
Assim como também é de maus efeitos,
nesta idade, a excessiva impregnação das
coisas religiosas, sôbre tudo «quando se apre-
senta Deus comu – sendo aquele tirano que
os há-ve mandar para o inferno,
Não haia pressa em lhe dar esta noção,
Vale mais pouco e bom,
Sempre que se lhe fale de Deus, devemos
apresentá-Lo como sendo o sêr infinitamente
bom, a quem nós, por gratidão, temos 0 de-
ver de amar.
E Porque o medo é a emoção que nos apa-
rece à vista do perigo e que na criança pode
aparecer até mesmo quando êsse perigo é
imaginativo ou sugestionado.
Facilmente se convence de que o que
imagina é real, facto êste que se dá até com
certos adultos, como por exemplo os que têm
medo das almas do outro mundo, etc.
Podemos avaliar aê funestas conseguên-
cias do medo, se atendermos “o seguinte:
Que as emoções, segundo afirmam al-
guns psicólogos, estão dependentes do fun-
cionamento de certas glandulas endócrinas.
Que à função faz o órgão.
E, finalmente, que a criança é um orga-
nismo em formação.
JOcoNDIO |
..àa lápis
: A Direcção da Eléctrica não
ó podia providenciar de
maneira a passarmos a ter luz
particular um pouco antes de es
curecer, ao contrário do que ago-
ra sucede, em que só começa a
haver energia quando é noite fe-
chada ?
Que diabo ! Com: um bocadinho
de boa vontade, tudo se consegue
e, demais a mais, a emprêsu
nada tem a perder.
Agradar ao público, dentro
dos limites razodveis, nada custa
a fazer.
ARCA
puRaRA a, do Rio de Ja-
neiro que a colheita do ca-
fe do Brasil, em 1938-0, está cal-
culada em 18: milhões de gsacas.
RIAL
E chovido bem, com tda
> a regularidade, o que só
beneficia os campos.
Agora é que se começa a sen-
tir ofrio, depois de um verão
tam prolongado, que já nos ta
fazendo esquecer que vivíamos
em clima temperado.
Continuan-se a fazer, nos ter-
renos proprios, as sementeiras de
trigo, centeio, cevada e ferrejos.
OMARA ARA E
dia 1.º de Dezembro, uni
versário da Restaura-
ção, foi entusidsiicamente come-
morado em todo o País.
ha escola «Conde Ferreira»,
da Sertã, houve uma sessão so-
lene, usando da palavra o sr. Des
legado do Distrito Escolar; . enal-
teceu o heroismo dos portugueses
que, em 1640, ardendo em fé pa-
triotica, lançaram o grito de res
volta contra o Estranzeiro ini
truso e contra os vendilhõesa de
Portugal, algemado durante 60
anos, vilipendiado : escarnecido,
Frisow que a data histórica que
se comemora, compreendida no
seu significado, deve ser lembras
da com o maior orgulho por tos
dos os bortugueses que presany à
sua dignidade de homens lrorese
independentes, que fazem parte
de uma Nação das mais subli-
mes virtudes, que tem dado ao
Mundo exemplos do maior deno-
do em defesa da Civilização e na
bropagação da Fé.
hot muito aplaudido.
«ds crianças das escolas locais
cantaram «4 Portuguesa», O
«Hino da Mocidade» ev à canção
a «Agua»; algumas fizeram bo-
nitas recitações, sendo muito
aplaudidas.
Foram muito vitoriados Pora
tugal e os srs. Presidente da Re
pública e do Conselho é muigusir o
da Educação Nacional.
OA
OTABILISSIMA foiia
mensagent profor to
lo Senhor -Presidento dus] ns
ólica, no dia 26, por ocasião da
inauguração da nova legislatura
A
G t E
sê ompos E teia
GRAFICA DA SERTA
aaA
aa@@@ 1 @@@
| regadio, figo sêco, uva para
E a | A COMARCA DA SERTA Ê
Manifesto de produção
O manifesto de produção
agricola de milho de sequeiro
e regadio, feijão, batata de
vinho, castanha, azeitona pa-
ra conserva e cortiça, deverá
ser feito pelos agricultores
até 31 de Dezembro.
Os transgressores ficam in-
cursos nas penalidades da lei
pela falta de declaração ou
por declaração falsa.
Os impressos para os ma-
nifestos devem ser solicitados
nas respectivas regedorias.
O O
DOENTES
Tem estado doente a peque-
nita e simpática Edite, filha
do nosso amigo sr. Antônio
Craveiro.
* x
Ultimamente tem passado
bastante mal de saúde a me-
nina Valentina Rosa da Silva,
filha do nosso amigo sr. José
Lopes da Silva.
Desejamos, muito, as pron-
tas melhoras de ambas,
pogvonvosDosonaoncoDaDaa vosbaaagaDao
Necrologia
D. Maria da Sacramento Le-
mos Nunes
Depois de prolongado so-
frimento, faleceu no passado
dia 24, na sua residência, nes-
ta vila, donde era natural, a
sr * D. Maria do Sacramento
Lemos Nunes.
Ha muitos meses que a infe-
liz senhora não saia de casa,
e educou, recebendo lições de
português e latim de alguns
doutos professores que então
aqui existiam. Mais tarde con-
trái casamento com o farma-
cêutico sr. Manoel Joaquim
Nunes, grande e dedicado ser-
taginense; o marido parte para
o Brasil, Minas Gerais, indo
ela mais tarde juntar-se-lhe.
Dotada de grandes qualidades
de trabalho e iniciativa, mou-
reja dia e noite para auxiliar
o cônjuge; além dos serviços
domésticos próprios, amassa,
coze e vende pão, que era des-
conhecido no meio onde vivia,
até que toma sôbre sio en-
cargo de promover a funda-
ção e organização de um colé-
gio para meninas, dirigindo-o
com a maior competência e
saber; habilita para exames
de instrução primáâria e pre-
para as suas educandas para
a vida de casa, ensinando lavo-
res e outras prendas próprias.
Regressa à Sertã, donde
nunca mais saiu, tendo fica-
do viúva hã 34 anos.
O funeral teve logar no dia
25, sendo o corpo conduzido
na carreta da Misericórdia, nê-
le tomaram parte muitas se-
nhoras da nossa melhor so-
ciedade, um elevado número
de cavalheiros e muitó povo.
Que descance em paz a al-
ma da bondosissima senhora.
GBoocoDooDon oo Dao do nano nononosncoaa
EDITAL
CARLOS MARTINS, BA”
CHAREL FORMADO EM DI-
REITO E PRESIDENTE DA
CAMARA MUNICIPAL DO
CONCELHO DA SERTÃ:
Torna público que no dia
14 do próximo mês de Dezem-
bro, pelas 14 horas, no edifi-
em consegiiência dos seus
achaques e da sua avançada
idade, pois a extinta contava
90 anos.
Pela sua ilustração e fino
trato, qualidades de coração,
da mais requintada sensibili-
dade, tam grande que chegava
ao ponto de repartir pelos po-
brezinhos os alimentos de que
necessitava, era extraordiná-
riamente considerada pela
sociedade sertaginense e con-
vidada, sempre, a tomar par-
te nas mais simples festas fa-
miliares, como se de facto se
tratasse de uma pessoa de fa-
mília. Não obstante a sua
provecta idade, tinha uma me-
mória prodigiosa e recitava
poesias aprendidas em moci-
dade.
A sr* D. Maria do Sacramen-
to Lemos Nunes era filha dum
médico que existiu na Sertã,
o dr, Lemos, antecessor do dr,
Jacinto Jose Gil Esteves. Ficou
orfã de pai aos 3 anos e de
mãi aos 5; depois foi entregue
aos cuidados de uma tia
que residin em Sernache, on-
de se conservou ate aos 15
anos, em que sua tia morreu;
voltou para a Sertã, e fica
a residir em casa de sua ma-
drinha, sr* D. Maria Adelaide
Mascarenhas Pimenta, irmã
de seu tutor, o Morgado Si-
cio da Câmara Municipal do
Concelho da Sertã, se há-de
arrematar o fornecimento de
carnes verdes no concelho du
rante o ano econômico de
1939.
As condições estarão paten-
tes no acto da arrematação,
podendo, desde já, serem exa-
minadas nà Secretaria da Ca-
mara.
Para constar se passou o
presente e idêntico para se-
rem afixados nos lugares do
costume.
Sertã, 30 de Novembró de
1938.
O Presidente,
CARLOS MARTINS
Rogério bucas
MEDICO
Consultas todos os dias, das
12 às 15 horas.
Consultório e residência:
Rua do Soalheiro—SERT A
Compram-se
Roupas e calçado para ho-
mem, novos e usados,
Trata-se com António Fer-
reira—Campo de Santa Clara
– mão, Naquela casa se instruiu
CompanHia DE Viação DE SERNACHE, LIMITADA
SEDE EM SERNACHE DO BOMJARDIM l
82 1.º—LISBOA
ANUNCIO
(2º Publicação)
Per este se anuncia queno dia 4
do proximo mez de Dezembro por 12
horas, á porta do Tribunal Judicial des-
roceder á arre-
matação em hasta publica do predio a
maior preço
que for oferecido acima do valor abai-
ta comarca se hã-de
seguir designado e pelo
xo iudicado.
PREDIO
O direito e acção a metade de uma
terra de cultura e testada de mato e
pinheiros, sita nos Cazais da Fonte, fre-
Castelo: inscrito na matriz
redial sob os art.º 2,189 — metade: e
,19:) — metade descrito na Conserva-
tória sob o n.º 27.412. Vai pela segunda
guesia do
vez a praça no valor de 110800.
Penhorado na execução tiscal admi-
mistrativa: em que é exequente a Fa-
António
Pires dos Casais da Fonte freguesia de
zenda Nacional e executado
Castelo.
São por este citados quaisquer cre-
dores incertos para assistirem a arrama-
tação neste anunciada.
Sertã, 14 de Novembro de 1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, interino,
Armando Antônio da Silva
OA GO O
UNCIO
(a. Publicação)
Por este se anuncia que no dia 12
do proximo mez de Dozembro: por 18
horas. a porta do Tribunal Judicia-
desta comarca se ha-de proceder a ar-
rematação em hasta publica do prédio
a seguir designado e pelo maior preço
que for oferecido acima do valor abai-
xo indicado.
PREDIOS
desta comarca sob o nº 27.442
de 4.
fiscal administrativa em que
Porco, freguesia de Oleiros,
neste anuncl
lada
Sertã, 14 de Novembro de 1938.
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, interino,
Armando António da Silva
ANUNCIO
(1.º publicação)
marca, pelo espaço de trinta dias,
zembro do corrente ano é a ter-
aquele prazo de trinta dias, apre:
fazer dos
mesma correição.
1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo,
O Chefe da 3.º Secção int.”,
Armando António da Silva
O direito e acção a metade de uma
terra com oliveiras pinheirose mato sita
no Cutelo, fréguesia de Oleiros, descr!-
ta na Conservatoria do Registo Predial
. Vaa
pela primeira vez a praça no valor
58675,
Penhorado nos autos de execução
é exe-
quente a Fazenda Nacional e executan-
do José Mateus Medroa, do Fernão
São por este citados quaisquer credo-
ros incertos para assistirem á arrematação
Por éste se anuncia que se
acha aberta a correição nesta co-
minar em r6 de Janeiro de 1939,
a tódos os Oficiais de Justiça dês-
te Tribunal, Julgado Municipal
de Oleiros e Juizos de Paz, a
qual abrangerá tados os livros,
papéis e processos começados ou
findos désde um de Janeiro do
corrente ano em diante, devendo
as entidades competentes apre-
sentar as respectivas relações, com
os livros, papeis e processos refe
ridos, nos termos legais, e po-
dendo quaisquer bessoas, durante
sentar ao Juiz desta comarca
quaisquer da que tenham a
uncionários sujeitos à
Sertã, 26 de Novembro de
Eos
| AFIRMO!
GARANTO!
que é no Retaur: nte
Estrela Valmôr
Onde se come e fornecem almóços e jantares aos do-
micilios com mais asseio e economia
Serviço esmerado de cozinha com pessoal de
competência. O seu propietário agradece a visita
do publico em geral, que serã
tatado com todas as atenções pelo pessoal da casa, a
ABERTO TODA 4& NOITE
Aurelio Antunes Barata
R. Actor TaTorda, 2a 24-Tel. 4 1559
É

Casa do Sementes
GARANTIDAS
Nacionais e Estrangeiras
(Fundada em 1900)
E
dad para horta e jardins
ementes de pastos para gado, Bal |
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Maria da Piedade Alves Coutinho
248, RUA DOS CORREEIROS, 248 “EM
LISBOA
HA AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-1– TELEFONE assa E
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oa da região de Aa i
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são vendidos no máximo da pureza, |
por serem seleccionados escrupu-
losamente da produção própria
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as pessoas que se sa
interessam pela sua saúde devem procurar esta casa ||
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Sermaohe”domjardim.” . 8,05 0,05 8:15 [Zantarém. e a ni ms CORE o rm o
feto de tio. 906 006. O joio Mm. o o AMO 005 1440 pia tia 7 TÃO 005 Some | O 1800 005 dm
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a ARO o RR A Pedrógam Pepino. . 19,00 — — ty AS 2º E SEXTAS FEIRAS
NÃO SE KFECTIUA AOS DOMINGO rev 61
+ CAMIONETES ENCARNADAS— A «Companhia de Vis de
responsabilidade de todos os seus TES: RR ND dt
pao Sad
NAO SE EFECTUA AO DOMINGONAO SE EFECTUA AO DOMINGO@@@ 1 @@@
EE as a
“tão, de Lisboa.
ocasião do Natal.
cristãs.
lhes concedeu.
meias de
mo, tudo é aceitavel,
Transporte…
milias.
lhor saúde.
pois, em liberdade.
Casa onde vivia,
DS, o!
s *% o
lra-se na Alemanha, on-
le foi tratar dos seus negócios,
nasso amigo, sr. Ernesto Lei-
ANIVERSÁRIOS NATALI-
EE SCIOS
, menina Liliana Damas de
nro, Lisboa; 6, menino Luiz
Manuel Garcia; 7, menina M l T
pia da Conceição Lopes da Sil- dentro, respectivamente, é cla-
va; 8 Custódio António, Lisboa,
Parabens.
paaooogsno magos Boc anop nano sssnbacoo
Natal das Pobres da Sertã
Como nos anos Ra é justo
as pessoas abastadas e de certa
mediania se lembrem dos pobrezinhos “Ouro.
certo conforto nêste dia, consagrado
á Família, é dever de tôdas as «lmas
a.
É Há por aí muitas a po-
res que nada têm que vestir, Para
am especial, invocamos a protec- gentes.
ção valiosa das Senhoras e Meninas
desta terra (e fazêmo-lo dêste modo | não recebo noticias da pátria
pela impossibilidade, de pessoalmente,
mos dirigirmos a tôdas elas) sempre dá | : A
prontas a espalhar o Bem, a derramar , semanalmente, a «Comar-
o suave perfume da Laridade, o dom | Cab..
mais precioso e dignificante que Deus | se podem dar em
fai saquinhos, toucas e n
e contas NESRD mes- | crevem em letra quadrada fi-
DORDOQnOO eoRBRas Go cooDDaDOconscacnso
VISITAS
Deram-nos o prazer das
suas visitas os nossos presa-
dos amigos srs. António Fer- | ,, k
reira Vidigal, sócio da firma iatamente nos serviu, pondo
comercial Vidigal & C.*, de d A E
Ealirorisonte (Brazil) (e Jo- | tresando-me, em mão, 0 Sã”
sé da Cruz e Silva, emprega-
do da Companhia de Moçam-
bique, na Beira (Africa Orien-
tal), que se encontram na Vár- ss
zea Fundeira-— Pedrógão Pe- | “Mm Copo, diz-me:
queno— de visita a suas fa-
Fazemos votos por que per-
maneçam largo tempo entre
nós, gosando, sempre, a me-
Queiroz, de 45 anos, casado,
* residente em Amiais de Baixo,
ia faleceu: pouco depois de
Ea ar entrada no hospital da
* Misericórdia daquela vila.
“O sr. Muralha, que ficou
| | detido em Torres Novas, pres-
: am fiança de 50 contos no
; bunal Judicial desta co-
marca, no dia 16, saindo, de-
“No Outeiro da Lagoa e na
apareceu
morto, na 2.-feira, o. jorna-
à ro Joaquim Mendes, de 45
“anos, um desequilibrado, que
se embriagava com freqiiên-
É Deixa viúva e uma filha
menor, É
Descia, ontem. o Chiado,
muito descuidadamente, mui-
to paulatinamente, quando.
ao quebrar a esquina, esbar-
ro com umu çara conhécida,
uma autêntica cara unhaca, O
nosso patricio Lopo-Barriga.
Simultancamente: como es-
tãs o João; como estás 6 Lo-
po?
E demos um abraço que
nos ia deitando os tampos
vo!
—Como vão por lã os Ser-
tainhos? O que hã de novo
por essas paragens beirôas ?
Conta-me; põe para aqui tu-
do, que sabes; quero saber
tudo…
E descendo a Rua do Car-
mo, fomos abancar ao Chave
Ora, um café citadino é, co
Proporcionar aos necessitados um | mo todos sabem, um centro
de má-lingua, uma espécie de
lavadouro nas Ribeiras da
Desejávamos que êles não só rece- | nossa terra, por isso, não po-
bessem alimentos ou dinheiro, mas | deriamos escolher sítio mais
também alguns tecidos de a algo-
dão, peças de vestuário, cobertores,- gas À a E
agasalhos que os preservassem dos Ti- senferrujar a lingua, dizen-
gorosos frios do Inverno que se apro do bem ou mal das gentes pa-
asâàdo, nem melhor, para de-
tricias, consoante o peso e a
medida de cada uma dessas
— Ora, eu, que há muito
de Celinda, senão as que me
que são afinal, as que
letra re
donda, porque as que se es-
cam na Redacção para uso
— Para a distribuição de génerose | caseiro, estou ávido de sa-
ipi, Eae, já uma Ea
esperando que ela atinja o êxito cos-
tumado,
ber coisas; por isso, meu caro
Lopo, vais beber um grogue,
sog00 | mas pões para aqui tudo que
sabes e é já….
Chamei o creado, o Costa,
que é quem sempre me ser-
ve, e pedi-lhe que me trou-
xesse dois grogues e um sa
ca-rolhas.
Foi présto o Costa, que ime-
sôbre a mesa os copos e en-
ca-rolhas, mas não tendo per-
cebido para que seria preciso
um instrumento verrumante
em conjunto com liquidos já
— O sr Sertã, para que
diabo quer um saca-rolhas ?
os grogues já vêm prontos.
— Ora, meu caro Costa.
bem se vé que não percebes
nadinha de regedorias!
Estesenhor é lá da minha
fagpogago oogo con oa coonaaocccccnnasce | aldeia, é o sr, Lopo Barriga,
ACIDENTES
* No passado dia 14, o nosso
amigo e assinante sr. Daniel |; É
Mateus Muralha, da Povoinha, coisa da «barriga», só com
freguesia de Oleiros, partira
de Lisboa no seu automovel,
de regresso à terra, condu-
zindo seu irmão sr. Fernando
A ones da Sit Costa—e virando-se para o Lo-
va e João de Deus Garcia,
quando, ao descer a ladeira de
int’lago, próximo de Torres
Novás, os travões se parti-
tam, não podendo evitar que
O carro fôsse colher o canto-
—me diz o Lopo — mas por
ate António dos ep! onde queres que eu comece ?
—e tiz a devida apresentação
—E’ muito boa pessoa, é cer-
to, ou êle não ser sertainho—
mas para lhe tirar alguma
saca-rolhas, e eu quero que
êle despeje aqui tudo que lã
trás, que diga coisasl perce-
beste agora ?
—E’ bem achada, — diz o
o:—Agora, sr. Barriga, está-
he nas mãos, ou diz ou aqui,
o gr. Sertã, desbarriga-o. Deu
uma gargalhada e foi servir
outro freguês,
— Bem; está bem, homem,
CARTA DE LISBOA
— Olha começa pela Bem-
querença e vem vindo par ai
abaixo; não precisas atraves-
sar as ribeiras; fica-te intér-
ribeiras.
—Vamws lá então; comece-
mos por Santo António: Fez
anos a semana passada, o dr.
Angelo Vidigal e…
— Ora adeus, meuamigo,
isso já eu li na Comurea o aro
passado, isso é letru redonda.
Quero letra quadrada, já te
disse. Olha o saca-rolhas; olha
o saca-rolhas,..
—Não te entend:; fala-me
QIALO; (7,
—O’ meu diabo, quero sa-
ber o que se não pode dizer
por lá alto e bom som.
—Ah! agora percebo, sim,
é verdade…
–Pois se é verdade, vai di-
zendo, que eu sou todo ouvi
dos. :
E, o Lopo Barriga, foi pu-
xando a cadeira para mais
próximo de mim, para me-
lhor me segredar,
—Deixa-te estar; podes fa-
lar alto, que isto por aqui é
tudo gente de Lisboa e nós
somos da província, não nos
entendem.
— Que a Câmara vai cana-
lisar àgua para as casas par-
ticulares, explorando e cap-
tando melhor a nascente da
Bica, e…
—Qutra! Isso também eu
li já, ainda na antiga «Voz da
Beira». Tretas, meu caro Lo-
po, tretas.
— Diz-se também —mas ain-
da muito em segredo—que os
quatro médicos, pensâm em
adquirir a propriedade da
Bemquerença e estabelecer ali
uma casa de saúde; que aten-
dendo ao nosso bom clima,
à altitude da região, e outras
coisas que êles là sabem, e
ainda com um bom reclame
patrício e jornalístico, pode
tornar-se preferida e trazer à
Sertã um bom futuro.
— Muito bem; sim senho-
res, Isso, com efeito, não li
ainda nem na «Comarca» nem
em outros periódicos, talvez
por ser segredo, como dizes,
mas hás-de convir que é uma
idéa inteligente e de largo al.
cancel Louvo êsses Médicos,
nossos patrícios, e não deixa-
rei de lhes render encómios,
quando vir realizado o seu
plano.
— Tem paciência, ó João,
mas ágora me recordo que
tenho onde estar às duas, e
não posso faltar.
Bem ,bem. Não quero trans-
tornar a tua vida; ‘mas isto é
pouco, muito pouco. Quero
mais e… muito mais.
— Amanhã, aó meio dia,
queres estar aqui? Continua:
remos.
— Fixes; aqui estarei âma-
nhã. Não faltes, hein! Olha
o saca-rolhas, olha o saca-ro-
lhas. .
La estarei Amanha; veremos
que novidades me traz ês-
te impagável Lopo. Depois di-
rei, se ele me não pedir se-
gredo, entenda-se,
JOÃO SERTÃ
PORTIMÃO
Adoro os pequeninos. Com ternura
Olho as louras cabeças aneladas
Que acreditam nas mouras encantadas
Das histórias que contamos,
com brandura.
Para ôles a vida é uma ventura ;
Cada dia uma Clara madrugada,
Cada noite uma louca cavalgada
Pelo país dos sonhos, à aventura
Acordam e têm pena; o despertar
Traz quasi sempre dor de ver passar
Ao longe, Oo que julgámos ter na mão,
E na vida, afinal, como crianças,
Vamos sonhando comas mais doidas esp’ranças
E o acordar traz sempre decepção
ANA MARIA
Por Cardigos
“(lotas ao correr da pena)
Acabam de aparecer nas livrarias
mais dois livros admiráveis da aut.ria
do lavrado e consagrado escritor sr dr.
Joaquim Manso, director do «Diario de
Lisboa , intitulados; —«A consciência
rua e abandonada» e a «Primavera da
Lenda».
Não temos a pretenção de fazer
quaisquer apreciações à obra literaria
de Joaquim Manso; falta-nos competên-
cia e autoridade; no entretanto, porque
sentimos os impulsos da alma, não po-
demos eximir-nos às sensações sugeri-
das pela leitura e ao desej: de as ex
primirmos segundo o nosso vritério e
modo de ver:
E nós «vemos» e nós «sentimos», que
o dr, Joaquim Manso como intelactual
ê um astro de primeira grandeza à ful-
gurar na literatura portuguesa, já hã
muito reconhecido como tal pelo criti-
ca mais exigente, não só no piís, mas
também no estrangeiro, e muito princi-
palmente no Brasil.
E porque estas afirmativas são incon-
testáveis, o mosso prazer e orgulho é
mais completo por poder 1 os dizer que
o dr. Joaquim Manso como filho de
Cardigos e, por consegiiência, nosso
conterrâneo, é uma autêntica glória des-
ta terra.
E sentimos uma grande satistação
por podermos afirmar mais — com
conhecimentos de causa, — que o dr.
Joaquim Manso ama a terra que ihe
foi berço, como afecto de filho que
jamais a esquece, pois foi em Cardigos
que soltou os primeiros vagidos, sentiu
os carinhos de uma mãi estremosa €
santa, alimentou as primeiras esperan-
ças, e sorriu ao sonhar e antever os
triunfos e glórias que o futuro lhe
reservava,..
* *
Recebemos o último número da
apreciavel Revista—«Terras do Tejo» —
do nosso querido amigo sr. dr, João Ca-
lado Rodrigues, primoroso poeta e es-
critor, que aos dotes de um bem fer-
mado coração, alia um espírito culto e
equilibrado.
Lá encontramos a descrição das
festas com que há pouco o Mação, num
entusiasmo compreensivel, celebrou a
inauguração de alguns import ntíssimos
melhoramentos com que Ultimamente
foi dotado pelo Estado Novo, Como não
podia deixar de ser, o nome do sr. dr.
Abilio Tavares, actual Presidente da
Câmara Municipal, foi vibrantemente
aclamado, pois pod: afirmar-se que êle
tem sido a alma do actual movimento
reformador de Mação. Devemos também
dizer que os seus colaboradores de es-
tre os quais o actual vereador de Car-
digos — sr, Mario Tavares — não fica-
ram no olvido,
O espaço que nos é concedido não
nos permite alongar esta noticia como
desejavamos e transcrever a interes-
sante reportagem referente à parte que
Cardigos tomou nas festas, Limitamo-
tos a dizer que no cortejo das fregue-
sias—, Cardigos figurou com um carro
alegórico acompanhado de um simpa-
tico grupo de rapazes, com o Estan-
darte de Cardigos desfraldado, cantan-
do trovas region«is que, segundo o re-
lato da Revista, impress’ agrada-
velmente a multidão de povo que assis-
tia ao desfile, que o acolheu com mui-
tas palmas e calorosos aplausos.
Duas quadras;
Adeus Vila de Cardigos
bem te vejo branquejar
qual bando de pombas brancas
que no monte foi pousar.
Moreninha de olhos negros
vem de longe a tua fama,
tu és filha de Cardigos
mas descendes de mourama,
Ao nosso querido amigo sr dr. Abf-
lio Tavares enviamos um grande e en-
tusiastico abraço pela justiça com que
o povo de Mação soube coroar a sua
obra benemérita.
* *
Agora permitam-me que registemos
nêste logar um outro quadro de festas
em que tomaram parte muitas crianças
—seiscentas, ou mais — das freguesias
de Cardigos e Amêndoa.
Asfestasem que tomum parte as
crianças, provocam sempre alegria, e a
atmosfera onde se realizam enche-e de
notas que vibram na sensibilidade de
nossas almas,
Mas contemos os favtos, que vale a
pena, principalmente pela nota emo-
cionante com que fcharemos a noticia,
No passado domingo reiiniram-se num
dos pontos mais elevados da Serra de
Amêndoa os organismos ou associa-
ções religiosas das duas freguesias
Catequese e Cruzada, com as crian-
ças inscritas, numa festa de confra-
ternização, para celebrarem um ma-
| gusto que lhes deixasse as melhores
Revo: no futuro,
gera imagine-se o que seria aquel
festa onde 400 kilos E antánMts Pr
revolviam e estouravam no fogo de mis-
tura com o esturgir das risadas da
pequenada. do’da de alegria, a expan-
dir-se em gritos de entusiasmo ! E de-
pois o «banquete» regado com 70 litros
de genuino «Cartaxo» que era untáide-
licia | e por fim uma inumera quanti-
dade de «papo-secos», trausformados
eim «sandyiches», com doce de Eru
Boas caçadas …
Os dois últimos domingos
foram explendidamente pas-
sados.
No dia 20 foi-se ao Picoto,
onde o sr. Manuel Ferreira
recebeu os seus amigos prin-
cipescamente, com uma hos.
pitalidade digna das tradi.
ções da sia casa. A pretexto
de uma caçada em que apenas
entrarem uma meia dúzia de
velhos admiradores de Santo
Humberto, bebcu-se ali uma
boa pinga do novo e foi ser-
vido um rico banquete, em
que us empadas e os mara-
nhos, pratos tam afamados e
tão nossos, puseram uma no-
ta de distinção. E no dia 217
partiu-se para o Lagarão, pro-
priedade do nosso amigo sr.
Augusto Rossi, Recebeu to-
dos, como é seu costume,
com as maiores deferências e
atenções, dando ordens, exa-
minando, verificando tudó,
para que nada faltasse,
A carilady estava explêndi-
da, como tudo o mais, é cla-
ro; o cabrito assado, então,
estava apetitoso a valer, ex-
cedendo a melhor espectativa.
Uma autêntica caçada…
no práto!
As castanhas assádas res-
cendiam que era um Icuvar
a Deus; o tinto e o branco,
néctares da lavia regional,
saborosissimos, dignos de um
poema, foram apreciados por
todos os assistentes e até
mesmo por aqueles que não
costumam beber… àgua!
Duas patuscadas rijas, a
confirmarem a boa camara-
dagem da gente da Sertã e a
hospitalidade de dois bons
combinchas,
Onde será a próxima pro-
va?
Hã tantos a quem o vinho
não azedou, que ainda não
usaram da palavra !…
SOoDopDaDas connosDondaDanarrasonnao
Gráfica da Sertã
Encontra-se em Lisboa, dos
dias 8 a il do corrente, o
representante da tipografia on-
de é impresso o nosso jornal,
que á capital vai atender a nume-
rosa clientela que ali conta,
Os nossos presados assinan-
tes, que desejem quaisquer tra-
balhos, podem telefonar para o
48306 -— Estabelecimento Pires
& Martins, Ld.”,
guloseima que parecia vir do Cêu, que
lhes ficava próximo!,,.
as almas cândidas das crianças,
expandiam-se felizes, em gritos que lhe
Pa do íntimo, vitoriando Cristo-
ei,
Que formoso, que grandioso espec-
taculo ! O sol, numa manhã brumosa,
rasgou as nuvens, e apareceu brilhante
e sorcidente a alegrar ainda mais o ce«
nário e uma multidão de povo que dos
arredores e de longe acorrera ao local,
associava-se com o calor do seu entn-
siasmo às festas a que jubilosâmente
assistia,
A nota comovente a que já nos ré-
ferimos: Quando uma catequisia de Car-
digos distribuia o pão e o dôce a uma
vapariguinha da freguesia, esta, com voz
comovida, pediu á distribuidora que lha
guardasse a sui parte, pois desejava
leva-la a sua mãizinha que estava
doente! Rasgo encantador que provos
ca lágrima! Então outra catequista
que é viúva, mãi e ainda nova, com-
preendendo a generosidade da acção e
do sacrifício daquela creança, pegou
em dois pãis, deu-lhos, e disse-lhe co-
movida e abraçando-a com a alma.
—Come a tua parte, minha filha, e
aqui tens para levar a tua mãizinha!
Sublime!
a *
Numa missão que vai em cinco anos
o grande Missionário italiano Rev, P,º
Luiz Carinci fez em Cardigos, teve esta
frase proferida com entonação convic-
ta-—s, eg estã salvo por um mi-
lagre de N, 5, de Fátima…»
Os factos confirmam estas palavras
– Agora, ao ler no «Diario de Notí-
cias» as respostas que a maioria dos
rapazes dão no concurso da «corbelha
de noivos», isto é, as joias, as prendas
que desejam as suas noivas possuam,
seguintes:—Cristãs, honestas, boas do
nas de casa, trabalhadoras, caritati”
vas, pe sobretudo—educadis a antiga”
— como nossas mãis — sem ar’ificios
mem «barons», nem modernismos,
Sim! Portugal esta salvo !
1938-—Novembro,
o
nós vemos com fervor, brilharem as ,
idgal esta salvo !
1938-—Novembro,
o
nós vemos com fervor, brilharem as ,
id@@@ 1 @@@
Sonho Dourado
– Vadão DO fu
Um dôce sonhar é tudo quanto na vida
O homem tem de bom! A ilusão perdida
Fazel-o-há chorar se uma nova
o de da
Não vier emprestar-the um riso de criança
Na restea do luar, no perfume da flôr
ci
Quando se desentranha em effluvios d’amor.
“Amar a batria, uma aldeia, uma mulher,
Um ceo d’anil,
ur: viso, uma estrela qualquer :
E” tudo a mesma coisa, é tudo terno amar,
Ah! Quando muito se ana é fácil o sonhar !
Mas se é doce sonhar, mais se apetece ver
Volvido em realidade aquilo que se quer!
pôs um dia passado no
Arquivo da Torre do
Tombo a consultar velhos
manuscritos, quando numa
continua azafama procurava
terminar êste livro—uma das
maiores preocupações da mi-
nha vida—recolhi a casa on-
de, extenuado de fôrças, bus-
quei repouso.
Apenas adormecido, um
sonho doce veio dulcificar-
me a alma sedenta do progres-
so da minha terra.
Em poucos momentos a
minha alma percorreu o estã-
ilio de muitos anos: um feliz
acaso permitiu-lhe ver o fu-
turo da aldeia a que vota o
mais puro e encendrado dos
amores,
Como as grandes alegrias
precisam de comunicação
aqui lhes venho transmítir a
visão fagueira que um sonho
bemdito me patenteou,
Achaya-me à saida de Ser-
nache do lado do sul onde,
um pouco abaixo do novo ce-
mitério, se abria uma larga
avenida em recta, tôda ladea-
da de veridentes choupos, eu-
caliptos, cedros e acácias, que
conduzia ao sopé da serra de
Santa Maria Madalena, Enve-
redei por ali fora vendo à di-
reita eà esque rda elegantes
construções modernas rodea-
das de viçosas quintas e lu-
xuriantes pomares, Nos ban-
cos que ladeavam a extensa
avenida que eu percorria es-
tavam sentados personagens
desconhecidos, conversando
alegremente.
Por ali fora numerosas
crianças de atraentes fisio-
nomias e garridas toiletes,
saltitavam numa alegria doi-
da entretecida de sonho e mo-
cidade.
Lá ao fundo divisava uma
larga escada que subia para
o desconhecido.
Cheguei e vi no primeiro
patamar um caprichoso tan-
que tendo ao centro um repu-
cho, emquanto dos lados,
uma verdura compacta enco-
bria por completo os peque-
nos panos de muro que fica-
vam em volta.
Heras e jasmins, madre-sil-
vas e variadas roseiras, en-
trelaçavam-se amorosamente
subindo em tôdas as direcções
a dando a tudo uma nota de
intensa vida, filha das pro-
digiosas seivas, hauridas na-
quele solo rico, Em volta do
tanque destacavam-se três
bustos de. bronze erectos sô-
bre colunas marmóreas onde
se liam, gravadas a ouro,
umas legendas de que vaga-
mente me lembro. Cada uma
delas tinha um nome e alu-
diam à construção da aveni-
da, observatório astronômico,
escada e santuário, que ali
mandaram construir, tendo
por baixo uma data. Na fren-
te do primeiro patamar, via-
se colada «o muro uma gran-
de lage marmórea em que se
lia: «A Comissão de Melho-
ramentos de Sernache do
Bomjardim, querendo imor-
talizar os nomes dos benemé-
ritos que, num rasgo de
abençoado patriotismo, leva-
ram a cabo êste importante
melhoramento, mandou eri-
gir no ano de 1930, êstes
bustos para estimulo dos
vindourós.» A seguir liam-se
diversos nomes que compu-
nham a referida comissão.
Apôs êste exame, subi aque-
las escadas numa intraduzi-
vel ânsia tendo na alma uma
alegria doida. Depois duns
poucos de lanços, deparou -se-
me um extenso largo todo ar-
borisado e ao fundo um belo
templo tendo ao lado um ele-
gante chalet do centro do
ual se levantava uma torre,
Beta servia, ao mesmo tempo,
de campanário e de observa-
tório astronómico, tendo na
sua fachada um mostrador de
relógio, que marcava 10 ho-
ras em ponto.
Entrei no templo e ajoelhei
em frente do único altar em
que a Pecadora arrependida,
tendo na mão uma caveira
que contemplava absorta, per-
manecia imobilizada entre
uma catadupu de variegadas
flores. Além das velas dum
formoso lustre suspenso em
frente do altar, êste estava
também profusamente ilumi-
nado. Das paredes pendiam
diversas ofertas e pelo amplo
templo ouvia-se o balbuciar
de frementes preces.
Passados alguns momentos
sai para ver o chalet ao lado,
parte do qual era ocupado
pelo capelão, constituindo a
outra partee a torre o obser-
vatório astrorômico de que o
próprio capelão era director.
(Continua)
Do capítulo XI de «Sernache
do Bomjardim» — traços mono-
gráficos, de Cândido da Silva
Teixeira.
Casamentos
Estão ajustados os casamen-
tos das meninas Maria da
Natividade Martins Farinha,
filha da sr.* D. Muria da Luz
Martins Farinha e do sr. An-
tónio Farinha (Boais), já fa-
lecido e Clara Augusta de Oli-
veira Marques, filha da sr;
D. Ester Augusta de Oliveira
Marques e do sr, Tibúrcio Mar-
ques, da Sertã, com os nossos
patrícios e amigos, respecti-
vamente, srs. Joaquim Lopes,
da Beira (Africa Oriental) e
Joaquim Antônio Branco, de
Uigi (Angola), ts
Os enlaces devem ter logar
por todo o próximo ano,
a E EE
Câmara Municipal de Oleiros
A Câmara Municibal de Olei-
ros, na sua reiinião de 17 de No-
vembro, depois de assinada a acta
dasessão anterior e de tomar conhe-
cimento do expediente e do modo
inperfeito como se tem procedido
à cobrança de algumas receitas
eventuais, designadamente as dos
terrados e imbostos sôbre car-
nes verdes, cujas deficiências vão
ser vemediadas, resolveu convi-
dar todos os Ex.” membros do
General Carmona
O passado dia 24 foi de
festa para todosos bons por-
tugueses, de alegria intima,
que sentem os nossos cora-
ções agradecidos pela figura
prestigiosa, cada vez mais
engrandecida, do venerando
Chefe de Estado: passou mais
um aniversário natalício de
Sua Excelência,
Notabilissima tem sido a
obra do Senhor General Car-
mona como superior Magis-
trado da Nação; servindo a
Pátria e a República com o
maior sacrificio, Sua Exce-
lência torna-se crêdor da
mais sincera gratidão de to-
do o País, que lhe deve os
maiores triunfos da hora
presente e a mais acrisolada
fé nos seus destinos.
«A Comarca da Sertã» faz
votos por que Sua Excelên-
cia se conserve largos anos
à frente dos destinos da Na-
ção,
O O
Dr José Ribeiro Cardoso
O ilustre causídico sr. dr. J.
Ribeiro Cardoso, presidente
da Junta Provincial da Beira
Baixa e nosso distinto cola-
borador, foi muito acertada-
mente escolhido para repre-
sentante das Casas do Povo
à Câmara Corporativa, sec-
ção Interêsses Econômicos, Cul-
turais e Morais,
O nome do sr. dr. Ribeiro
Cardoso é largamente conhe-
cido em tôda a Provincia da
Beira Baixa; muito ela lhe
deve pelo importante papel
que tem tomado na defêsa da
população das classes traba-
lhadoras e humildes. «£Zm brol
da Terra do Flomem» é uma
obra que, sô por si, impõe o
sr, dr. Ribeiro Cardoso à
admiração de todos que se
preocupam com a solução dos
graves problemas agrários;
os ensinamentos apontados,
as doutrinas expendidas com
a maior clareza, produzidos
por um espirito clarividente
ecintilante, como é o do autor,
vêm rasgar novos horisóntes
à rotineira vida agricola do
nosso meio e pretende re-
volucionar tôda a legislação
que com ela se prende. Con-
sidera o autor que o nosso
camponês é o melhor obreiro
da Nação e para êle se tem de
volver tôdaa protecção e cui-
dados.
O sr. dr. Ribeiro Cardoso,
pela sua competência, é um
elemento de grande valor
com que a Câmara Corpora-
tiva ea Beira Baixa podem
contar aberta e decididamen-
te.
aQDoBOonEDonc0anaaDDoDoo Donananocnon
Dr. Fernando de Matos Pinto
Acaba de concluir a sua
formatura em Medicina, na
Universidade de Lisboa, o nos-
so presado amigo e assinan-
te sr, dr. Fernando de Matos
Pinto, de Sobreira Formosa,
a quem enviamos sinceras fe-
licitações, fazendo votos por
gua atinga os melhores triun-
os na carreira que abraçou
com tanto entusiasmo,
A noticia foi recebida com
grande júbilo por todos os
seus amigos, que muito e es-
timam pelo seu fino trato,
afabilidade e carácter.
SDDD0000095000990s0000 nona cogpnanoo
À quem a carapuça servir…
Aos dois ou três imbecis que
têm assediado o senhorio da loja
onde se encontram instaladas as
oficinas da «Gráfica da Sertã»,
prevenimos que esta não pensa
ind! ara em
à retinião de 12 do corrente, em
que a Câmara apresenta o seu
pluno de obras para o futuro!
umo de 1939.
Conselho Municipal e presidentes em mudar-se ou sair da Sertã,
das juntas de freguesia e outras | salvo se algum dos pretendentes
e) ) AR A F7 rela: estiver ARA ” J,
i 5 a ra má-
quina de costura ou os pés de cou-
ve que possui na terra alheia,
para a comprar. Mas olhem que
custa go contos!
NA GCION
D
ALIDADE
Qual o programa das comemorações, em 19/40, no nosso concel
…Sr, Director da «Comar-
ca da Sertã» — Ao tratar-se
da comemoração centenária
da fundação e restauração da
nacionalidade, para cujo
assunto V. chama à minha
desvaliosa opinião, de forma
que a nossa vila se inte-
gre nessa manifestação pa-
triotica, peço licença para
ponderar o seguinte: é
Foi a Sertã, por sa ancia-
nidade, coeva e comparte da
grande acção que se quer glo-
rificar. Pelo menos uma vez,
o grande paladino da inde-
pendência nacional e antes
dêle seu pai tiveram ocasião
de apreciar a importância
estratégica e politica da ve-
lha Sartago, para a empreza
em que meditavam, visitan-
do-a pessoalmente.
Entre outras circunstâncias
que atrairiam de longe a aten-
cão e interêsse militar dos
nobres condes — pai e filho—
não lhe escapariam de-certo a
existência do Castelo no ou-
teiro de S. João e a da igreja
no outeiro de S. Pedro, com
seu considerável número de
cristãos, inimigos declarados
dos moures.
D. Henrique a tomou e
mandou reedificar em 9 de
Maio de 1111, e seu filho D.
Afonso Henriques aqui pas-
sou em 1150, num2 porfiada
luta de reconquista em di-
recção às terras de além
Tejo.
Foi ainda seguindo êste ru-
mo politico que, conhecedor
da região, fez doação dela à
Ordem dos Templários em
29-11-1165, e depois à Ordem
do Hospital em 1174,
Outro argumento probati-
vo da simpatia de Afonso
Henriques pela vilu foi a
doação do Foral no mesmo
ano, ou sua aprovação a que
se seguiram muitas preroga-
tivas e regalias de carácter
municipalista.
Consideradas estas razões e
afora ó que a história escon-
de em seus segredos, é de
justiça que a Sertã, vila a
que tanto se prende a acção
combativa do fundador da
nacionalidade, marque o seu
logar na grande manifestação
que vai ser a celebração do
oitavo centenário do Portugal
livre.
Para tanto e para dalguma
forma perpetuar na mesma
homenagem o patriótico es-
fôrço dos sertaginenses, de-
ver-se-ia levantar um monu-
mento condigno, ainda que
modesto, no local do Castelo,
onde os dois paladinos, pai e
filho, vencedores, desfralda-
ram ao vento da montanha os
seus pendões de guerra.
Por dedicação dum filho
da vila já ali se contempla
um simulacro da antiga cons-
trução, Não é demais que,
aproveitando a ocasião que
tão de molde se presta ao
ensejo de obra mais comple
ta, se guarneça o recinto
com o devido muro, bastiões
Plantação de fruteiras
Os dez mandamentos das
Plantações, conquanto que do
conhecimento de muitos, não
o é de todos os que plantam
árvores, e como é agora a
época das plantações, vamos
repeti-los;
1º—Abrir covas de um me-
tro cúbico.
2º —Misturar estrume bem
curtido na terra que saiu da
cova,
3.º—Aterrar até ao meio a
ova com a terra misturada
é
e ameias em harmonia com a.
sua tradição marcial e fim
honroso a que vai ser dedi
cado.
Ao meio, para perpetuara |
memória, seria erguida uma:
coluna ou obelisco de granito |
regional, tendo gravadas nas”
quatro faces as seguintes le.
gendas, que atestariam aos
vindouros a passagem doa
fundadores e sua influência
nos destinos políticos da vila. |
1.º — Em 1150 D. Afonso –
Henriques reconquistou.
Sertã aos mouros, Seu pai
havia já conquistado” em 9.5:
TALE :
2* – Em 1165 doou:a à Or
dem do Templo e em 1174 à
Ordem do Hospital.
3*— Em 1174 aprovou 0 +
Foral da vila, dado pelo Prior,
D. Ayres. ss
4. Em 25-71-1939, oitavo
centenário da Batalha de Ou
rique, a Sertã consagrou es
te padrão à memória do fun-.
dador da nacionalidade,
A parte cerimoniosa di
festa começaria nos Paç
do Concelho com um luzido:
cortejo compósto de todo o:
elemento oficial, corporações, |
direcções de serviços, soci
dades de recreio, com seuses
tandartes e fardamento per
correndo as ruas do Vale,
Trinchete e Castelo em direcs.
ção ao Adro de S, João. doque
Aqui teria luger a inauguso”
Rega
ração do monumento e sessão
solene ao ar livre, E
No regresso seguiria o cor-|
tejo em direcção à Praça on-
de se exibiriam outras mani- j
festações festivas“ de caracter”
popular, adrede combinadas ;
pa
x *
PS RAD
Pelo que respeita a 1940,
terceiro centenário da Inde- À
pendência Nacional, organi-,
zar-se-ia uma sessão solene & |
cortejo patriótico com O
maior número de elementos,
representativos, através da
vila, em direcção ao Castel
que então tomou parte activa |
na defeza nacional; inaugura: |
ção no mais alto dêle de um |
mastro de honra para a bans |
deira da vila, e descerramento |
duma lápide alusiva ao acto” |
com a legenda: os heróis oa
indepêndencia nacional — rI2º
16g0=r-:2-1940. A SERTÃ. |
Organizada uma sessão 80
lene, teria logar uma ceremo: |
nia religiosa na igreja com
sermão laudatório e Te Deum
pular—iluminações, fogo “
artifício e grande bodo aos |
pobres e presós da cadeia,
eters; ao
Sem embargo do que outra |
pessoas, interessadas 1
assunto, pensem sôbre 0 Caso |
e sua realização, eis o que.
mui humildemente se me 85″.
tolha: responder ao convite |
de V. d
De:V.« di E
Sertã, 8-11-1938 “
Pº António Pedro Ramalhosa.
pibé red
com estrume, /
4º—Espetar o tutor ao cel:
tro da cova. Gui EE us
5.º—Encostar a árvore 88,
tutor.
6º—Amparar solidamente
árvore ao tutor. aa
7º–Espalhar as raizes da
árvore. – é al
8º— Acabar de encher à
va com a terra estrumas
9º— Apertar levemente as
ra em volta da àrvore.
copiósam
as futuras regas.
Sega garegas.
Sega gar