A Boa Nova nº10 18-04-1915

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trecho “que a missa d’hoje |
» o Redacção e administrção
“lobo e deixa as ovelhas e
“mercenar 10, e não se imipor-
—-4m-des ovelhas; Bit: sou 0| Elle mesmo se dá em ali- |
“mim. Assim como mieu Pae
“cheias, sob
“delicia. «Eu sou o Bom Pas-.
N.º. 10.
Administrador
José FRANCISCO
pa, dei a
CE CDE TA NV ST ZA
Dos arciprestados de Certã, Oleiros e Proença-a-Nova
Director-proprietario
de ERANETIÇO DOS RNOA SILVA
Editor agi
io de Fe H
EVANGELHO
2.º Dominga depois da Paschoa
Naquelle tempo, disse Je-
sus ao Pharizeus: «Eu’sou
o bom Pastor. O bom Pas-
tor dá à propria vida pelas
suas ovelhas. O mercenario,
porem, e o que não é pas-
tor, de quem não são pro-
prias as ovelhas, vê vir O
foge; eo lobo arrebata e faz
desgarrar as ovelhas, E o
mercenario: foge, porque é
bom Pastor; e eu conheço |
as minhas ovelha, easque
são minhas me Plinio a
me conhece. tâmbem eu co-
nheço a meu Pae; e ponho
“aminha vida pelas minhas
ovelhas. Tenho tambem ou-
tras ovelhas, que não são
d’este aprisco; e importa que
eu as traga, e ellas ouvirão
a minha voz e haverá um
só rebanho e um só pastor»: |
“s. pe Ar -16)
“Seo Exiigólho é sempre
fecundo em lições salutares
não o é menos em consola
ções. que “espa
“tencia” atribulada. Ahi te-
mos o exemplo no pequeno |
nos offerece e com que nos
tor. O Bom Pastor dá a pro- |
priavida: pelas, suas ove-
lhas»o
Ede facto, EA bu tuni-
“Co pastor .que nósalimenta |
coma sua doutrina, nos
Protege; guia e conserya no
: ia dá 0 Paprinco cg
ja Catholica. Já Deus, pela
boecá do propheta Ezequiel,
havia dito: «Que havia de
suscitar um: Pastor unico
para apascentar as suas
ovelhas, e que elle teria cui-
dado d’ellas, conduzindo-as
a pastos abundantes e fer-
teia». | Rs
Jesus é, pois, aquelle Pas-
tor que, pelas suas ovelhas,
dá a vida e as chama para
‘o caminho e pastos onde só |
podem receber o bom ali-
mento e serem felizes. E tão
bom pasto proporciona e
offerece ao seu rebanho que
mento no seu Sacramento
de, Amôr-—a Honpada Eu-
charistia. A
E como e a
nós, a: tanta RaAlençao e
amôr?
Ah!’a maior parte tres-
malha-se do rebanho e pro-
cura outros pastos que lhe
er a xuinia e q mor-
. Fascinada pela seduc-
o que o seculo offerece,
entrega-se no meio dos pra-
ueres, esquecendo-se que el- |
les oceulkam acerbos e do-
loridos espinhos. Mas.
Jesus, o Bom P
“Almas,
dão da ovelha perdida a
desgarrada e, deixando as
noventa e nove, lá vae em.
procura d’ella e, achando-a,
carrega com ella aos hom-
bros é à conduz ao bom pas-
to e ao aprisco. Oh! bonda-.
“de ineffavel do coração de
Jesus! Elle é qual outro,
David que, “quando O urso,
eo leão lhes Jevayam as re-
2es OB pets
arranca “das RPA, er
om. o coração pa
quece, ain-.
a ingrati-.
guia para lh’as ||
E procede d’este modo o
mercenario? Esses arenga-
dores da praça publica e
do balcão que, em assem-:
bleias, em comicios, no jor-
nal, no pamphleto, fascinam
as multidões com feminti-
das promessas, procedem
elles movidos do amôr é de-
sinteresse pela pobre huma-
nidade opprimida?!… Ah!
véde como se Eanes e
fogem, depois de a terem
lançado na rua e exposto ás
ballas. Vêde ainda esses ou-
tros que seduzem com fin-
gido carinho para satista €-
rem as suas vis paixõe
como deixam depois as suas
victimas na deshonra e na
| miseria.
E se nos dão a coi-
sao que pedem em troca? |
Ah! é por um preço em que
fica carissima a mercadoria.
Jesus Christo, pelo contra-
rio, nada pede senão para
dar-nos infinitamente mais.
O Bom Pastor «conhece as
suas. ovelhas,» olha com sin-‘
| gular carinho por. cada uma
e por ellas derrama todo o
seu sangue. Que pena 8
» | pois; que os homens não
“conheçam bem tão bom ami-
go é se tresmalhem tantas
vezes do seu rebanho! Peça- | ec
mos-lhe. o dom de bem o |
conhecer para o amarmos e
bem: servir, e, com Santo |
Agostinho digarhos: «Fazei |
que eu vos conheça, oh bom.
Jesus, que conheça a gran-
deza infinita das vossas per- |
feições, “o valor dos benef- |
-Sios, com que me tendes | |
enchido, para que; vos pai
gue já na terra o tribnto:
“d’adoração que vos devo.
Oh, bom Pastor, conce-
eis -me a vida eterna que é
,
nus para” que os christã
T
a herança das vossas ovês,
“lhas, e cuja posse sómente,
| pode encher o vacião da.
minha alma; não permittais
que o inimigo da salvação.
“me arranque e eopateo de
Vós.» à
dE did
Festa da Invenção da Santa Cu
(3 de maio)
Depois que Conbianein
Magno, imperador roman
viu em claro dia uma cruz
no ceo, em redor da qual se
liam estas palavras: Com
este alisa id
rás o tyranno Maxencio
tomou tão gr ande devoç ão
so Pnad O seu re-
trato e uma. “Cruz poss
mostrar que o mundo fôr
por ella conquistado. er
A mãe do im perador, 8
Helena, foi ainda mais d
vota d’este signal da nossa.
Redempção, pois animada.
de uma revelação divina,
resolveu ira Jerusalem,
‘só no fim de visitar os |
gundo Santo mas para di
A os
o lugar onde estava. Gu
Chegan do á cidade fez
maiores diligências
achar. este thesonro i ex
e dscabii vestígio algm
“que a guiasse por isso q
osjudeus e Gentios a tinham
| enterrado n’uma funda co
sva- com as dos dois ladrões
e por cima um idolo de”
fugissem d’aquelle lugar.
ptva- com as dos dois ladrões
e por cima um idolo de”
fugissem d’aquelle lugar.
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Passado tempo, comtudo, .
lguns velhos Judeus, te-
mendo qualquer castigo da
imperatriz, descobriram a
verdade sendo achadas as
trez Cruzes, a do Nosso Sal-
vador e as dos dois ladrões,
bem assim o titulo de Jesus
Christo em separado, res-”
ando apenas saber qual
pano a
cario, patriarcha de
em, tendo chamado
ulher doente e já,
mparada pela scieneia
x, fazendo-a tocar nas
ruzes, ficou inteira-
rada logo que che-
á de Jesus Christo, ti-
oda a duvida, fd
to milagroso que St He-
agradeceu muito a
mandando edificar
eja no mesmo lu-
ando parte da Cri uz
Dn ricamente engasta-
a A na.
Es eja celebra.
dia 3 de Maio,
sinar a reveren-
onra que lhe deve-.
e conhecermos que
es, a esperança.
OS, à ressurrei-.
tos, a consola-.
es, a força; dos
dio e refugio
a Egrej
o conferir e
det,
s sto civil é de ari
mente civis e serve.
para o Estado
“é preciso énão confundir sa-
“cramento de baptismo com’f
registo; são coisas absolu-
“tamente differentes. Claro:
ao registo civil, mas por is- |
so não: está dispensado de
expressão dos | + egreja. Lembremo-nos |
mundo; .
Eres;
tambem, graças a Deus, a.
“or
es Effeitos di!
não produz nenhuns, e por-
“tanto, | por mais tom de fes-
ta, que se dê á cerimonia,
por mais que se faça, a
creança cujo, nascimento
acaba de ser registado na
| respectiva repartição civil
morre sem ter recebido o
sacramento será da mesma
| maneira privada do Céo. |
Antigamente tambem havia
registo, com. a diferença
feito nos cartorios. paro-
chiaes pelo padre que mi-
nistrava O sacramento. Lá
ficava registado o nome das
creanças.e mais tarde; quan-
do era necessario para qual-
quer effeito civil dar teste-
lidade, edade, ete., ia-se ao
padre e pedia- -Se uma certi-.
dão. .
effeitos civis ha o registo
civil e para efeitos religio- |
sos ha o registo. religioso, |
| que não acabou, poisa Egre- |
ja tem o direito. de saber |
quem são os seus filhos e |
| ieso consegue-o mantendo
o seu registo. “Agora o que
é, que um catholico pode ir
a os sacramentos são da.
de existir até ao fim do
emquanto honver
aaa
4
maioria leva os filhos a bap-.
– tisarem-se á cereja, mas
não está baptisada, e se
| porem, que esse registo era.
munho. da filiação, natura-
Hoje não é assim. Para
instituição de Nosso Senhor |
Jesus Christo e por isso hão |
o áreas
O na dias sa
Perpetíddo plo:
e ay orbe já suspendêra o
Muitos; anos lá vão!..
SAGAN festivamente. as
E Aleluias
epi
Que não seja pr ra mim,
“Vossa Ressurreição; que
r | que se vão o espalhando por |
essa terra fóra. O baptismo
is | não é uma. simples formali.
dade, não é a mera resul-
tante d’um costume, o bap-
tismo é (uma ástramento i ps:
Fr.
poe por, Deu:
Soprava brisa amena, era sereno O TER ra
= Côr de anil tinha o ceu:
Sortiá a natureza: á nevoa pavorosa,
“Que envolvêra’o universo em noite tenebrosa,
Fôra RoRpda o veu.
As igrejas se veem de galas adornadas,
os de louvor reboam pel
ha infindo prazer nos s:
» »E nas us choupanas. .
Marmeleiro -Dóm. da Ressutreição de 1915.
Poa a SC VA Boa Nova [A oh 8) ia
mM FESSUREIÇÃO DE Es
o cume do Clivako
rama ingente, extraordinario,
-Sangrento, sem igual,
povo estulto e deshumano,
“Numa sanha febril, num rigosijo insano
KeY E em uivos de chacal! k,
lugubre oscilar, o
E que nessa manhã, como tinha. predito,
Da funebre jacto (ó prodígio inaudito)
Ressurgira Jesus 3,34
Magestosh, suada, triunfante, imaculado, q
Que por amor de nós tinha sido imolado
Nos braços duma ORRRH E o dan Rae Ea
: E sempre neste dia a $
A Humanidade inteira em estos de alegria,
– , Ergue reconhecida
Um hino ao Eoliera=[epa Filho do Padre Eterno,
* Que lhe veio trazer, vencendo a Morte e o Bares
6) A Redenção eai Vida:
torres elevadas:
e Hossanas,
os ares. a
uosos. E,
ó bom. Tesus, perdida |
ao deixar esta vida
o Agreste e transitoria, dia
A Midia alma se eleve á Mansão celestial dp EMA HI
E receba de Vós a, Corda divinal gh
aa Da sempiterna Gloria!
J
P. Moura.
bastante Datas por ignoran- Ex mo. é essencial para asal-
cia, põe-se a hesitar sobre ! vação, ninguem entra no
o que ha de fazer e alguns
| acabam. por. se content:
b Céo sem ele, ninguem, que
não a Cluisto, não sabe o que
quer: “quem pede vutra cousa,
senão a: Christo, não. sabe o
por amor de Chuisto, não sá- P
RR, o diraihão sito
Quem quer.ontra cousa; ses
que pede: e quem obra, sendo: pos
]
]
À]r de Chuisto, não sá- P
RR, o diraihão sito
Quem quer.ontra cousa; ses
que pede: e quem obra, sendo: pos
]
]
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A Boa Nova
Confissão
A confissão foi inventa-
da pelos padres?
À Isso é impossivel. Quem
o diz é só aquelle que se
não quer confessar. Quem
o diz, tem de provar que
houve tempo em que os
christãos se não confessa-
confessaram-se sem pre.
Confessam-se oje para cura-
— prix uma obrigação impos-
– ta por Deus; confessaram-se
Se a confissão foi inven-
introduzida de repente ou
pouco a pouco. Direis que
foi introduzida de repente? |
Mas isso é o maior dos
absurdos.
Seria o mesmo que dizer:
hontem à noite todos os
“christãos adormeceram sem
ter ouvido fallar em confis-
são como meio instituido
– por Christo para obter o
* perdão dos pecendos; e esta
“sonhavam que Christo ing-
vantarem-se, em logar de
perderem esta illusão, ain-
da mais se confirmaram no
erro, e então, todos, povo e
nasua crêram que se
tinham confessado sempre!
E no meio d’esta loucura
“gueu sequer uma voz que
eta apa contra este asa
no!
“fissão foi introduzida pou-
padres? ço
| Mas isso é impossivel. Se
um parocho tifesseintrodu-
ido esta novidade na sua
parochia, os povos não re-
lamariam contra o Jugo
“que lhe queriam impór? Não
“diriam’ ao parocho: «« Se
Christo estabeleceu o pre-
Porque é que não se sabia
até agora?» Se a confissão
fo; era Poa obrigar o
sempre para O mesmo fim. –
tada, de duas uma: ou foi;
“universal não appareceu |
“uma cabeça sã, não se er-:
“co a peuco pela astucia dos |
não foi instituída por Chris-
vam. Pois bem. Hoje os ho-.
mens confessam -se, Jogo,
t
noite, pelo contrario, todos |
tituiu a confissão, e ao Je-.
Direis agora que a con- |
ceito da confissão porque é!
E “Que só agora o descobristes; |
mundo todo a ajoelhar-se
aos pés d’um padre para se
confessar: Era impossivel.
Não, mil vezes não. A
confissão não foi inventada
pelos padres.
mas então quem Inséi-
tuiu a confissão?
* Annibal é um bom ho-
mem, bom visinho e tão li-
beral que deixa-que a mu-
lher vá á egreja e se con-
fesse. Nisto ao menos é co-
herente com o seu liberalis-
mo. Mas… não lhe falleis
em confessar-se. Elle, um
homem direito, altivo, ale-
vantado como um pinheiro,
ajoelhar-se aos pós d’outro
homem!… Izsso não… À
confissão foi inventada pe-
los homens!. . reponta el-.
le quando jhe fallam nó de-.
ver christão da confissão.
Pois bem; caro Annibal..
“Queres tu dizer que a Con-
fissão não foi instituída por
Christo, Senhor nosso? não
é assim?
—E’ verdade. “Christo não
instituiu a Confissão. –
Ora, amigo Annibal, tem
pacieecia; has de onvir-me
e depois me dirás se con-
cido ou não tom o que te
vou expôr. Conversemos um
pouco, como amigos que so-
mos. ,
Principio por expór-te a
theoria por assim dizer ofhi-
cial da Egreja sobre a con-
fissão. agua se ella aos
pontos seguintes: 1.º Foi
“sempre necessaria a virtu-
de da penitencia para obter
o perdão dos peccados. Bem
sabes, amigo Annibal, que,
| quem se não confessa do
de. per dão. 2.º gm antes de
Jesus Christo e ada de-
pois d’Elle, para os homens
que de todo não podem con-
fessar-se e O querem, a pe-
nitencia era e é o meio de
obter um perdão e recobrar
o estado de graça. 8.º Quan-.
“do Jesus instituiu os sacra-
mentos, quiz que um d’el-
les 8y mbolisasse e, por as-
sim dizer, cóntretisasse a
eficacia dá penitencia, dan-
do a esta virtude uma tal
força que quando ella não,
fosse perfeita, isto é, quan-
do a contrição fosse só im-
perfeita, fosse esta sufficien-.
te para obter o perdão do
peccado, embora não seja
bastante para, só por si, fó-
ra da remissão bien
dos peccados, “obter esta
griça. Sa
4.º Jesus, pois, facilitou
e muito a consecução da.
graça do perdão, instituin-
do o sacramento da Pinen-
tencia. Todavia impoz Elle
uma obrigação nova ão pee-
cador que quisesse obter o
perdão. Essa obrigação é a
da confissão. Pode o peeca-
dor ter contrição perfeita;
não’ basta; na ordem esta-
belecida pelo Redemptor,
para obter a remissão dos
peccados graves, precisa de
os confessar, se pode con-
fessa-los. Se não pode, a pe-
nifeneia ou ‘a contrição al-
cançar-lhe-ha esse perdão, |
mas esta contrição não se-
rá perfeita se não incluir no
menos implicitamente o vo-
to de cumprir a lei de Deus, ‘
e por conseguinte a lei de
confissão. 5.º O Sacramen-
to da Penitencia, como to-
dos os outros sacramentos,
tem um caracter especial |
“accommodado-ao fim parti-
cular delle. Jesus Christo |
deu-lhe uma organisação
de caracter Judiciario. Na
economia d’este assumpto
entram: o ministro, que é o
padre. juiz das’ conseiencias
—o peccador, que é ao mes:
mo tempo, aceusador de si’
mesmo, e até certo ponto
“defensor de si pelo modo
sincero e humilde como. se |
| porta. ERA Fº
O confessor examina e
“discute a causa € pronuncia
a setença absolvendo ou
não, conforme o estado do
penitente; e em ultimo lo-‘
gar impõe a pena, à satis-
fação ou peniteneia sacra-
mental: para expiação dos |
peecados confessados:
D’aqui se vê que’o Nosso
“Senhor Jesus Christo insti- |
tuiu um verdadeiro tribu-
“nal para 0 foro interior das.
almas; e nesse tribunal a
f mentos necessarios parain j
| Penitencia, como Nosso:
r
justiça e a misericordia
abraçam-se sobre a influen-
cia da graça divina. 6.º Ora
agora, repara bem e has-dé
concordar que a Confissão
é absolutamente essencial
ao sacramento: da, Peniten-,
cia, de modo tal que, se el-.
la falta, onde estão. 08! “ele-
taurar o processo da co)
ciencia culpada? . as
Dize-me, caro; “Anibal,
se o peccador não confessa,
o peecado, como é que 0;
juiz ha-de sentenciar? Não,
fica elle reduzido a dar sem-,
pre a mesma sentença, para.
todos os casos, ou. a dar
sentenças largas ae qa a
rias? Seria assim que Jesus,
Christo quereria instituido |
o sacramento da Peniten-
cia? Mas, então, a, Obra,
d’Elle era ear impos- Ra
sivel! pttss 2a
Não ha que vêr: Ou Jos
sus Christo instituiu o Sa-,.
cramento da Penitencia com.
aquella organisação Judi-:
ciaria que acima descreve:
mos, e neste caso a Confis-
são faz parte essential do
sacramento–ou então não |
sabia o que fazia, deixando
que o padre Julgasse sem.
elementos, e sentenciass:
sem saber o que nem sobr
QuiBe do lag
Ora, a verdade. çs que,
Nosso Senhor i imprimiu em .
todas as suas obras um cu-.
nho de perfeição e de j jus-.
teza, que as obras do. ho-,
mem não tem, PR
“Então, fol Jesus
Christo, ou algm us
mem, quem instituiu
“a Confissão?
Não ha que vêr. Ou co
fessar que foi Christo Se
nhor nosso, ou negar a ins-
tituição do sacramento da
‘nhor a quiz e decreto! ou
então attribuir ao Salvador
uma obra imprfeita, despa-
“atada. o!
Annibal) “que é teimos
não .se rende assim tão d
“prompto, Teima que a Cón-
fissão é obra dos homens, ‘ Ê
=
a a mulher, por seu la
E
E@@@ 1 @@@
A Boa Nova
1
“Deus.
– E, emquanto Annibal tei-
ma em não se confessar, a
mulher teima em buscar es-
te Rr a facil e simples
de dar paz á sua conseien-
cia. São dois teimosos, um
para bem, outro para mal.
E não sei concilia-los. Mas,
então, diz a mulher de An-
libal, não deu o Salvador
aos padres o poder de per-
“doar e não perdoar, quan-
do disse aos Apostolos: «Re-
“cebei o Espirito Santo: os
* peecados serão perdoados a
“quem vós os perdoardes e
“retidos, a quem vós os reti-
verdes?» () Como hão-de
“os padres saber se hão-de
— doque se trata? Hão- de lan-
— Sar, a esmo é ás cegas,
absolvições ou não absolyi-
“ções, conforme lhes aptou-
iam não absolver,
ve do quando deviam
ver? Isso seria serio?
nhor fazia? E como sabes
quando se ha-de absolver
não, se o peccador não
“ao confessor?
nbem, já antes o Sal-
r havia dito aos Apos-
É Ro o us ligar-
discernir e conhecer as. ca-
fessarem?
Z
que, tens aprendido no con-
fessionario? Sabes, minto,
Toa. Ee 29.23,
ER de 18.
“kk Há fã
do, que não é, mas sim
perdoar ou não, sem saber
ver, absolvendo quando de-
absol- |
ria serio o que Nosso Se- |
disser, não accusar as suas
deias que prendem “as cons. |
ciencias? E como sabe-las, |
e os penitentes as não: cob- |
Oh! pareces-me um
theologo, mulher. E” “isso
dese
a (1 Math Xi tê 19.
ao nsaa
E ainda não é tudo,
Hei- dé convencer-te do er-
ro em que andas.
Tanto hei-de fazer,
has-de vir á bôa razão.
Olha. cá, sabes que 8.
Pedro era o chefe dos Apos-
tolos e portanto chefe de
todos os Bispos e de todos
os padres, Pois, a S. Pedro
disse um dia Nosso Senhor
Jesus Christo:
«Eu te darei as chaves
“do reino“ dos Céos. E tudo
o que ligares na terra, liga-,
do será no Céo; e tudo o
que desligares sobre a terra.
“desligado será nos Céos», (! ).
Entendes? Jesas dá a 8.
Pedro a chave do reino dos
Oéos, e quem temas cha-
ves d’uma casa, tem 0 po-
der de a abrir a quem quer
ou fecha-la, Ora S, Pedro
tem o poder de abrir e fe-
que
portanto tem o poder de
perdoar os peccados aos
| que os que os tiverem para
poder entrar no Céo, pois
o peccado fecha o Céo a
| quem o cominette, é aquelle
“que remitte o peccado, abre, |
por isso mesmo, a porta do
Céo ao que o tinha.
Suppõe tm, que ias ago-
ra comparecer deante de S.
| Pedro pedindo-lhe que te
abrisse as portas da mora-
da dos Santos, Crês que o
Apostolo. elaviculario do
Céo eva tão prompto e tão
facil que, sem mais nem me-
nos, te abria lego a porta,
| sem primeiro examinar se
eras digno. ou não de faze-
res companhia aos habitan-
tes do Paraiso? Parece-te.
“acertado e justo que elle |
, Ria virtno-
sos e viciosos, tudo, porta-
franca, como ás mercado-
rias se abrem certos portos?:
Estás enganado. 8. Pe-
tes de examinar se eras bom:!,
ou nãos justo ou peccador,
| homem de bem ou, não,
| honrado. ou, não. Depois; res!
,
char as portas dos Céos;|
ntroduzi sse a santos e pec-.
dro não fazia tal. Havia an-|
pr pormnreaa
solvia. o caso de abrir ou
não a porta. .
Ora agora, querias que
Ss. po adivinhasse os
peceados ou as virtudes da
tua vida, sem lh’os confes-
sares? Nas pode ser. Isto
de conhecer o interior de
cada um, só Deus.o pode
saber.
“Quem tem o poder de
perdoar ?
“Só Deus, porque só Deus
é o offendido com o pecca-
“do, e o offendido é quem
tem o direito de pomar ou
não.
Deus, porém, outorgou
esse poder só aos Áposto-
los, seus discipulos e suc-
ceéssores, que são os Bispos
e os padres. A estes, por-
tanto, foi dado o poder de
julgar das consciencias con-
forme as confissões dos pe-
nitentes. Repare-se . bem,
que Jesus não deu este po-
der das chafes ou de absol-
ver os peecadores arrepen- |.
Por-.
um.
“didos, a todos os fieis.
que Jesus. queria. q
poder, tão alto e tão nobre,
og exercido com saber e
| nobreza, com discernimento
e justeza; é não o seria se o
entregasse indistinctamen-
te a todo-e qualquer. fiel. A
funcção de julgar é sempre
dificil é demanda muito jui-
zo e sã razão, que não me-
nos pr robidade e virtude.
Por isso aos Apostolos e
seus successores, instruídos
por Ele imediatamente, ou-
torgou o Salvador o minis-
terio do tribunal que insti-
tuiu, como sendo os unicos
atada para instruir,
mentos. p roceder
“gamento. Se 1
sim, Se Jesus não queria que.
assim fósse, para que só a
certos dos seus discipulos,
aos Apostolos, deu tão gran-
“de poder?
Eviden temente, Jesus
a
Christo instituiu o Mio
| mento “da Penitencia como,
| um teibunal em Ame tem de
e
EA
Je escandalizou alguem, ou
“quaresma, na reside
“chial, ensino de doutriz
vidade os srs.| Antonio José
o “Duas irmãs. ana oe
| Teem em toda a parte entrada,
E np da Eni


ser ouvido o” geu para ser
julgado, e, em face das suas
declavações ser julgado. »
Olha, caro, Annibal: se tu”
pensasses um pouco. melhor
verias qué nadaha maisna-
tural ao homem do que tes-
temunhar o seu pesar por
uma aceusação das suas,
faltas, principalmente se el-
quer reparar o uia que
causou.
Se pois o pecc go está,
arrependido deveras, sente
a necessidade de desabafar!
de contar sssuas magoas,
de confessar o seu peccado.
D’ahi a naturalidade da
Confissão. Nósso Senhor,
instituindo-a, nada mais fez
que scbrenaturalisar e san-.
tificar este meio natiral.
EO e Dado rias E –
pe EN
dcimasatos
pi
NOTICIAS
Rad E
Troviscar bo
dias da
paro-
chris
tã ás creanças, ensi fre
quentado tambem po | adultos
e a que assistiram tantes |
d’uns e d’outros. À
— A Semana: Santa: fez-se
na forma costumada dos an-..
nos anteriores e foram ora-: |
dores o parocho e revd. prior
do Sobral. O povo assistiu
com muita piedade e socego.’
Foram mordomos: desta festi=
Houve em todos os
Mathias, Joaquim Nunes eSil.
va e João Manoel, membros .
tambem do cônselho paro-
chial. A todos yão os nossos
agradecimentos e Deus a to-
dos pague em a E gra-,
ças.
Rd
ADIVINHA
SÃO: dido é a
E são por pobres e ricos, ;
“Muitas. veses Proturalas., 5
-Aproveitam, desperdiçam
Tudo quanto vão fazer,
Pois Os dedos pelos olhos
“Todos lhes querem metter.’er.’