A Comarca da Sertã nº744 25-12-1950
A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:
João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505
Director Editor e Proprietário:
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30
Sertã, 25 de Dezembro de 1950
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses da Comarca da Sertã: Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei: (Visado pela Comissão de Censura)
Ano XV Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº744
| CRISTO CRUCIFICADO | Interesses «:Freguesias « GComarca
da Serrtã
Quando tu, Senhor, lançaste os olhos turbados do alto dos
céus para condenares os5 homerns orqgulhosos, o5 sábios que rénc-
gavam da origem de toda à ciência, tinhormm eles passado, e não
lhes achaste outro vestígio senão o brando silêncio das suas
“”Campas.
; E à nós, que lhes sucedemos, viste-nos de joelhos à roda
da tua Crog, :
A árvore da sabedoria havia bracejado mais robustos tron-
cos, mais virentes ramagens; e foi-nos provado, então, que ela
nascera no calvário,
Hoje, Scenhor, à história humana vem confirmar todos 08
dias a tus história divina, A filosofia actaal ergue sobre às raí-
nas dos sistemas passados o lábaro da tua filosofia,
As nações, que vês agitarem-se e rugirem dolorosamente
em lutas civis, não fozem scnão prepoarar-se para poderem cs-
* crever, nas tábuas de bronze das suas leis, daas palavras que
resumem todo o Evangelho—a liberdade e a Iraternidade.
A: Harculano
Tremendo cataclismo fora aquele
““ Be Adão sapor ficar iqual n Deas1
“ Fatal revolta contra à lei primeira,
Nelando crime que bradou àos céas!
— Qual Ascvero em longa caminhada,
Os pés em sangue, os membros quase nás,
Lá anda Adão de rosto macerado
Por sobre àa terra sopesando a cruz!
Q tempo foi rolando dia à dia,
nnoos intindos de intinita dor –
rido mundo de almos torturadas
Clamando em alta voz: Perdão Senhor1
E Dreus entristeceu-se ao ver.o mundo
Nessa Imiscria. atroz, quol nança houvera;
De rastos pelo chão a hamanidade,
sSem laz, carinho ou sol de primavera!
Pois, nesse dia sem medida e tempo,
(A eternidade o tempo não encerra)
Das faces de Jeová caiu, silente,
Uma divina lágrima naà terra!
Lágrima imensa de inlínito amor
Donde nasceu o eterno RedentorLls,,
Houve cânticos na terra,
Hoúve. alegria nos céos
Forque Beus desceu 805 homens
E o homem sabia à Déusl.., Claudio Ramiro.
0 nosso inguáriio aos srs. presidantes das Juntas— Dapãa
hoje o sr, José Alves, do Gabaçudo, concelho de Sertã
— legreja paroquiel do Cabogodo
” Cabe agora n vez à Ireguesla do
Cabeçudo, amae das mais pequeneos
do concelho da Scertã quanto à Árca
territorial, mas, em compensação,
uma daes mais pitorescos e prodotl-
vas em reloção o esso árca.
A sede de fregocsia, como povods
ção, .nadaá tem, de especial, ontes se
apresenta um agregado modcesto,
com, Gpenas, dois ou três bons pãôs
lacetes. constrofídos nos dlitimos cins
te anos, o que também se verifica
noutros logãres, como no . Carpinteis
ro, Tapoda, ctes no Caobeçodo bá ea-
sas em rainas, restos de orandeézaos
do passedo, de morgados o de fidal-
90s que sl nascerom ou para ali fos
ram morar, atraíidos taloez pela ex
celência dos ares, pelezas panorármis
ças ou grande, prodoção das terros.
Foi peno não se terem conscrondo,
alé nossos dias, esses edlfícios,
grondes e cómodos, com saas cepés
linhas privativas, em que prêedomina
uma arquiteelara que deve remontar
fos séculos 14º 00 15º e que atestas
om o poderio e 8 riqoezá da povvos
cho muito antes de elconda à cotegos
ria de Iregoesla, O que só se verific
cou em 1768, Q Cabécudo eaindo é
hoje conhecido por iregoesio Nova,
Como já dissemos, é ama povoas
ção. pequena & muito modesta, não
sendo maito saperior às de mais que
lhe ficam próximas: também se po-
de dizéer que em todo & [regoesia não
há auma única grande povóação, nem
qualqoer delas tem de conslderar-se
importante porqae lhe falta quelqoer
Indústria e porque é escasse & actis
vidade comercial. Contado, isto não
significa que a freguesia do Cabeços
do seja pobre oa permaneça em pf-
vel primitivo de vida. Não. O que
lhe dá alto valor no conjoanto conces
lhio É & constitoição magnlífica do
seua solo, da san lelva fecundo, que
tuado prodaoz em abandáncia sem es=
lorço de maior, farta de águas nãs-
cêntes que & regam dorante o-Verão
“inteivo ;6 hertolico, os legumes eos É2″
milharais dáos=se 61 admirâvelmente,
abastecêndo à larga 608 cosas de lás
voura; e todos 05 prodotos da terra
são postos nos mercados de Sertfe
Cernache, Qutro tanto socede com
as variadíssimas c cxcelentes frotas
—Sem exclulr às cliráccasoque
ireguesia do Cabeçado egltiva com
csmero Incompórável, dada à natas
rezo da terro c o clima, que favore=
Cem esso produção e representáa ho-s
jê, pode. dizer-se, incstimável riques
z79, Inielizmente aindo não convcs
nientemente aproveitada porque fole
tam em absoloto os melos de eotocar
esses produtos—hortaliças, legames
& Irutas—nus mereados ofastados,
inclaindo os de Lisboa, o que só se
poderia consegolir—on nosso ver
tormando amo cooperótiva agrícola
concelhia /ou reeslonal, que, eotoómãôes
ticamente, dispusésse de vetealos rás
pidos & econórmicos de transporte e
que trogxessem, depois, desses cen- ,
tros de consumo, 058 adobos, semens
tes, plantas e slfalas atilizados pelos. *
laoradores ne omanto das terros e
ainda 0 mais necessório 8o gasto
nas so0s casas, o que tado facilitária =
a vida do modesto lovrodor, estima-
lando, 66 mesmo tempo, à proódação.
Além dequeles artigos, oma tal coc-
perativa focillitaria à cendo, em es-
cole predigiosa, de animais de ce«
poéira, coclhos, cevados c dos pros
(Conclusão npo 2,*º pág )
mas inósplitos.
às felicidades e a melhor saúde.
BOASFESTAS! BOASFESTASI]|
«Ã Comarco dá Sertã+ aprcesenta comprimentos a
assinantes c ananciantes, descjando-elhes maito Boas Festas
VYão, também; as nossas sacdeações mitito cspeciais
vivcm longe da terra onde nasceram e da famiília, Inbutand
Beas permita que passem am olegre Nata
todos 05 seus bons emigos, colaboradores,
de Natal janto de soas famílias,
Para todos os nossos queridos potrícios que
o pela vida em continéntes longinquos e clis
1 e que o Nooo Ano lhes proporcione todas
A Comarca da Sertã
Interesses das Freguesias
da comarca da Sertã
t(Conclosão da 1.º página) .
dutos indostrials cosciros deérivados
da crieção dos úllimos, 1ão afamao-
dos em toda & parte pela sub escrd-
púlosa contecção, óptimo . apresentos
tho e incompoarável sebor.
As riquezos do solo e da pecdd-
ria fechkam-se nóm cirealo redazido,
esireito, esmagameseo, não téêm poss
sibilidade de cxpansão enquanto à
audaciosa iniclativa duma cooperatis
va agríicola não lhes abrir emplos
horizontes, cofvcrtendo em máltis
plas fontes de reecita permanentes,
pelo estímilo de malor fercor no
trabalho, essa sériec qoase infinita de
portos de viro que já hoje borbotaimm
em cachão da Iregoesia do Cabeçõodo 1
A riqúeza. arbóreo dali é repres
sentada=”como no réste do conceelho
—pela ollveira e pelo pinheiro; quans
to a este, 0 agricoltor sofre também
‘ grave inconocniente de não obter
todo o rendimento devido porque e
malor parte do loefo das sengrias
‘pai para os intermediários entre ele
e o indaostrial; / O lavrador, carecido
de dinheiro € não tendo quem o pros
teja e defenda, recebe só Os magros
escodos que lhc qoerem dar, tarde é
11 más horãs., sob pretextos ardilosos
por parte’dê moitos, porfiados nam
gparisitismo incorável.. . :
tma odtra prodaução interessante
e vallosa da ÍIregocsia do Gabegsodo
É é de Horés de toda à espécie rêgios
nal, de que &e apresentam exemplo-
res lindissimos aqgol no mercado de
SCertã, das de mais delicioso perfome
t colorido às mais modestas, ingés
nuas c Simples, é toda ama série de
maravlilhas, de/ delicada formeçõo, à
préênder os olhos e 8 atraír o olíseto,
que as mãos finas des mulheres têm
o segredo de nproóveiter paro enfcite
grácioso dos seus lares, quer sejam
Jrcos, remediados oa pobres.
‘ Ode beleza há nogqoelas camélios
rubrás, dó -cor do sengae, nos golvoós
senhorls, nos rosãs majestosás, nos
‘cravos csbeltos, nos amores-perfeis
tos diseretos e nos crisântemos des-
grenhados € meaolticores que se ealtis
“vam com ineomparável eoidado por
tode 6 frêgacsia do Cabeçádo1 Gos
tra fonte de reéceita aprovecitável que
só pode atingir um nível satisíatório .
pela formação da almejada cooperos
tiva de . que já falámos, não por, des-
“Lfastio, simples fantasia oo;abstrocção,
mas por convencimento segaro, cer
tó e absoloto de queê a ideio sotisfas
tla todos os legitimos Intéresses dae
nossa esqouecido lovodra, ora sofocas
da c entorpecelãa por escalrachos dá«
ninhos de toda a espécie!,
Quals 05 lavradores que tém pene
sado a valer no constltoalção dam or-
gantsmo ceonómico que os delendao
dos Intermediários e lhes proporcios
nco devido rendimento peéla venda
dos seas produtos, boscando 08 mér-=
codos niais faporáveis P Haverá res
teio de oma anlão? Jias não sc tem..
visto ser prejodicial à dispersão de
esforeos e à cóncórréncia entre o
grande € o pequeno lavrador de mes-
ma terra ou doa mesma região? E’
ou não verdade qoe ama fortê orgo»
nização agríicola 6u, mais extensive-
mente, agro-pecoário-indastrial, as-
segoro e gorónic à estabilidade de
preços e coloca o agriéoitor au abri«
go das garras dos especuladores em
consequência de crises monetárias
momentâncas c transitórias? Que
tla extabelece umã solidoritiade bes
néfica em defesa dos interésses co=
mauns, arredando «os comperiicipan=
tes do inflaéscia prejadicial dos in
termediários sem escerápolos P
Lie que procede esta denominação
tCabecodos? Não sabemos nem até
: hoje encontrámos qualgoer elemento
que nos csclarecesse, No nosse res
gião há, realmente, algumas terras
“eojos nomes se apresentam perfeita-s
mente estranhos porqaãe netm pareé-
vem obedecer à posíição orográfica
nem provir de lenda, mas apenaos di-
tados por simples fantasia ouo capris
cho do poúo em épocaa recaadas!
Da bela monografia <«A Serti em
geu coneelho», do reo.º António Coo-
renço Farinha, não consti—no capl-
tolo. «Etimologias Toponimicasa—a
pelaora «Cabeçodos, mes outros lers
IMos que servem de nomes à povoas
qõées do concelho da Sertã, incloaindo
Blgumas doaquela . fregacsia, como:
Arrifana, corraptela de arribana,
choupana; Casal dOrdem, proprice
dade da Ordem (de Malta), Cutelo,
de coto, outelro: peqocno; Fscusd,
lugar escondido, ocalto; Feleiros, da
falheiros, cobradores de diízimos de
pagamento dovidoso,
( presidente dáa Jonta de Fregoe=-
sia / do. Cabeçado é o sr. José Alves,
que fol. distinto funcionário do coló-
la de Moçambiqoe co-após & s8
aposcntação foi restdir para o Cabeés
cudo, onde constroig ama poníta vi-
venda; oli, como na Scrif, gozo da
maior estimaá pelá sãa bondode e qu6=
lidades de caracier e também pelo
sea estorço em prol dáaqoela Irêgoc-s
sia, pela quol cerdadciramente se
term Interessado.
Fesson modesta, simples e de cês
tivante iranqueza, não ocolta, por
isso, 0 Sea júbilo pela iniciotiva da
«Comarcas, abrindo dm Inquérito/sos.
bre as necessidades das frequesias
—da árco comarcçã, porque assim se
lhe oferece o ensejo de dizer olgo so=s
bre o que têem sido 8 vida de fregoes
sia do Cabéçodo nos dltimos 6nos;
mas logo aquelas primeiras impress
sões se desvanécem perante à Mmás
guã, DO Mesmo ressentimento, que
domina o seom espírilo por tantes
contraricdades sofridas no desempes
nho do seu cargo administrativo,
pois cónsidera que 8 [reguesio do
Cabeçado não tem recebido o auxi-
lio deévido das aotarquias soperiores,
que considero jasto € indiscotível,
Fazemos a primeira perganta —
Gue melhoramentos se electoaram
nn área dh fircguesia nos áltimos
anos ?
—Nos ódllimos dez enos, nada!l
—Qre melhoroméntos há cm cxes
coção ?
—A reconstração doe estrodo ch=
maróária que otrávéessa a DOoVOSÇÃO
doa Cabecudo, solicitada multas vezes
de há dez onos à csta porte e agorao
inicinda.
—Quer dizer, então, que Dá mois
tos mellioramentos é obras deé que à
Ireguesia carece S |
—Tem à tComarcos aqui 6 note
de auns = ootras, bem explícita, pará
que toda an gente saiba que à Junta
não permancee indiferente às aspiras
ções duma popolação ordeiro, emiga
do trabalho é que sempre—note Bem
—tem dado acea entosiástico apoio ae
Estado Novo porque sebe que só ele
é capaz de resolver todo à série de
problermoas qoe hãôo-de jevantar à fres
quesia do Caobegodo da c«opagado é
vil iristézgar em que tem permanecis
do, não por colpa da Janto.,.,. tenho
& minha consciência tranqoila, como,
de resto, 08 mecs colegas!. Parcela
que a situação geográfica da Iregucs
sita, tanto em relação n0o FPaís como
do concclho, servidaá por omo das
prificipaáis estrádos nocionais e atras
vessado por dma estrada manicipal,
e
que chegou à mais lamentável roína,
deveriam fovorecê=ia, distribaindos
lhe benefícios: que & O0kras, Menos
privilcgladas no soa posição e moito
menos ricos, têm sido dispensados
sem cestorços de moior por parte dos
SCoS residentes e natorais e de quêm
n&s administra: Chego-se à pensar que
8 nossa Íreégoacsia Éé entlado no con-
Janto eonceclhio, quando legítimo se-
ria, não digo der-lhe prelerências es-
peciais, mas tratá-la no mesmo pé
de. igualdade sem esquecer que dd-
rante muitissimos anos ela tem vivis
do à margem do progresso e da i=
villzação, alhéelo por completo à qi-
ganiesca obrá de restooreção renll=
znda pelos Governos de Salazor, qoê
alé—tiem de se dizer à verdade—se
sente no maãais simplées e odtrora
mais hamílimo ponvoado perdido nas
brenhas Inacessíveis dom serro, no
calcanhar do mundo, como sói dis
zér-sel Tenhó, assim, que acentoar
que à freqoesia do Cabeçado deve-
riam já ter-sê proporeionado certos
melhoramentos que correspondessem
às suas necessidades antigas— porque
lhe faltam alguns dos mais comezis
nhos—c determinados óobras que sa-
tisfizessem as aspiroções integradas —
nesta época de renovação e paloris
zação porque não é justo que hoje se
viva como há 30 00 40 anos]
Aqui está a nota que resnme o
que pretendemos e considéeremos de
toda 6 jastiça efectivar em prol da
nossá popolação é do engrandecils
mento da Treguesia, que tanto Éé dis
zer, da valorização e progresso do
concelho:— Um edifício para 9 cescola
primária de sexo masculino, Heando
O actual pora o sexo feininino; e pos
pulaçõo escolar exceede à capacidade
das duas salas do actool edifício, fi-
cando muitas «crianças scm receber
cnsino. Consta do Plano dos Centes-
nários & constraçõo dum cdifício com
dues salas; páries vezes esta Jonto
tem instada peránte nS Goutarquias
competentes pela constração de. edis
fício, juntando dados comprovativos
da sãa necessidade, informaátndo tam-
bém que já tínhamos adquirido o ter=
Teno pára esse constração; porém,
nada se consegulo até hoje, O ediffs
cio ACidal carçec de reparação, prin-
cipalinente nos jonelas e portas; nes
le entram à chova c 9 vento, o qoue
mulio prejadica 63 cerlaonçãs e quem
ns ensina. Também o mobiliário es-
colar cstá todo cm maxu estado, ne=-
cessitando ser reparado e grande
parte substitoldo.
Até hoje não consegoia à Jonta
à Amplisção do cermitério, ceojo pros
jecto tla mandoo elaborar em foa47
c toi enviado à repartição cormpeten-
te: sohre o aAssunto trocodg-ese vária
correspondência,
Já por várias vezes se solieitoua à
criação dam posto médico, onde os
pobrés da fregoucsla recebessem à des=
vida Assistência em conformidade
com 65 disposições do Códido Adlmis
nistrativo em vigor; nada, porém, se
Conscguid,
Há maitos anos que 8e vem solls
citando a instalação dam posto téles
fónico público; todas as ftentativas
téêm resaltado ináteis. dltimamente,
12 habitantes requisitaram a instas
lução de leletone particalar o abris
go de disposição Llegál; aqguardam
qualquer solição, que possivelmente
não chegorá,
Insistia esta Jonta,coma Câma:à
MFumnicipal, para que à Ircqocsia do
Laobeçado fosse inclaída no plano de
clectrificaçõo para ilamineção é In-
dústria quândo das instalações de
Sertã, Cernache e FPedrógão, prenti=
licando-se à Jonta 8 ajodar e mon=
tagtm com amas dezenáas de contos.
Hão obteve consideração algama por
parte de quem sapeérintendia NnO d5 –
santo, Prescntemente, 6 Junta: está
interessada em consegair, particoalars
mente, à importâôncia para levor à
cíeito csse aoronde melhóramento,
ftaltando ainda on$ vinte contos para
prefázer 08 150 do prójecto:
Quanto a lontes, tem a freguesta
14 pavonções, além doutras com pod=
“Eos morndores; des 14, só S téêm Tons
te de bica; às restantés são de mer«
gulho ou charcos que no verfio se=
cam por completo. Como se sabe, &
estrada do Nésperoal 60 Outeiro, há
pouco constraída, aterrou a fonte da
Lamelira de Lagoõa, que ero de mer.=
gulho; 6 Lameirao tcm nóda menos.
de 150 morádores, que têm feito úás
rlas represtotações € vária corres-s
vondéncia se tem trocedo, mas até
hojée nada se consegoia no sentido
de ciectaar pesquisas de água para
uma nova Llonte, enjo projeceto foi
poago, pártie pelos habitantes da Los
melra e partê por esta Jonta, opesoar
de séer 6 Câmara que o mandoua fazer.
Ds caminhos são como: há cins
‘ quenta anos; por falia de reeaorsos
A igreja paroquial precisa de umo
reparação geral e argente,
Correio; tem distriboição diário
t possal 4 celxas ou receptácalos,
Comércio: dispõe de 3 coses cçós
merceiais e 6 tobernas.
Indádstria: há dois lagares de azeite.
Exportaçõo: resino, madeira, les
nha, carvão e azelte,
E para terminar:— Esta Juntao es-
tá convencida que, se à Câmara ti=
vesse tido boa vontade para eom a
Ireguesia perante 03 Instâáncios Suos
periores, algyamao colsa se teria cons
sceguido e a prove é que, dirligindo-se
à Junta a algomas delas, directamens
te, fojl respondido que se 08 pedidos
não forem tomôódos cm considerãs
ção isso sc devia 80 [acto de q Cêôs
marae os não ter inclaide no plano
de obras,
BOLO RE
— Precisa Y. Ex. adquirí-lo?
Não o faça sem primeiro ver e conirontar o melhor entre
os melhores c que este ano apresenta como 6 maior especialidade
O CAFE FAVORITO
PASTELARIA
ss DE/ —
BOLO REI)
FABRICO ESMERADO)
Fasé Faaquim Ternandes
Aceitam-se encomendas
Serviço de Pastelaria e Lanches para cosementos e bsprizados
=== CERNAGHE DO BONJARDIM
A Comarca da Sertã
J.Lourenço
HOVA SAPATARIA BRASIL
I08=RO6 da Madalena-f1E Telel. 50800
LISEDA
Dhesejo / à toduoe 62 aeus amigoós e fre-
gueses om Noatal Feliz, trezentos e sessenta’
e einco dios de complecra felicidade no de-
correr do Ano Novro.
Portela & Irmãos, L.
INMPORTADURES E EXPORTADORES
Lisboo e Bengoela
Roa do Gracitixo, 16, 2.º D.—Lisbos
Avenida do Liberdade, 1 a 7
Calixa Postal n.º 45— Gengoela
Camprimenta os seus Ex/””* Clientes e
Rinigos, desejondo-lhes Eoas Festas e um
Novo Ano clhicio de prosperidades,
Anrtero Lopes L.”
«ESPINGARDARIA»
FKun Eugénio dos Santos, T7 —Lisbos
Apresenta nos seos Ex ” clienteg e
aMmIgos, camprimentos de Boss Festas e
um Ano Howo cheiode prosperidades,
“Companhia Viação Sernache,L.ºº
CE_RNHEHE. DO BONJARNDIM
RA Gomponhian de Vioção de Sernoche;
L.da, não quer delxar passer tão qgrata e
Testloa quodra sem desejer, maito sincero-
mente, 80 Ex.”” FPúblico desta regtão, Na-
tal Feliz e Hovo A60o máximaenente centuro-
s6e, à lodos gegrndecendo, reconhecida, os
penhorontea otenções que lhe. dispensaram
durante G eno prestes 6 lindor,—atenções
que cespera contlngar an Merecer-lhe, de
Tulitro, & qoe, antecipodomente, euroadece,
Bazar Suetam:
de Jóaquim fateus
Comércio geral e representações—Ses
de: R. Campo de Ourique, 174 – Eilial: R, dá
Frota, 2- Telel, 6 5934
LISBOA
deseja a todos 05 Potrícios e kbons Amigós
um Hatal muito feliz
José Caetano Martins Leitão
Sócloegerente do Cósa Andrade, Leitão &
Jonquim, L.da –
R. Entre Campos, 57 E-Residência: Cam-
: po titande, 100-5.”; D.
Telel: Est, 70634 Resg. 7 47H&-LISBOAR
d deseja Boas Featas e om Novo Ano cheio
de prosperidades a todos 08 Parentes e
: c Amigoõs 1
— Vnião Reslneira Portdguesa
(Consórcio Resinelro de Fourlugal)
s. A. R. L—LISSBOA
deseja 608 seus colaboredores &8 máiores
: felicidodes
Casimiro Farinha
Ferrngens—brogas—Materínis de constro-
chão—Agente doa máquinas de costucs e«Lll-
vhs —Solas–Cnbedais—Calçado
SERTA –
tormula os : melhores desejos por que Os
seus Ex.” Clientes e Amigos possem am
: hlegre Hatal
Amaro Martins
Mercenrins e Pozendaa
SERTA
descjia o todos 05 ueueg Ex,/””* Clientes [e-
lizes festas de Watal
E aaa
Serração de Madelras
de Luiz Lopes Foustino
cumprimenta os seus Ex. “ Clilentes, de-
éecjondo-lhês muliito Goasa Pestas
Jos6é Martins Manso
Atmazém de Vinhas—Estabeleelmento de
merctorios e Inzendaos
SERKTÃA
hpresenta nos seus Ex ºº” Clientes cúmpris
mentes de Boos Festas
Café Favorito
de Joséê Ferreiro Júnior
SERTA
camprimenta o seus Ex .” Clientes, de-
sejando-lhes telizes festas de Hatal
Henrigue Piras de Moura, Suc., L.ºº
Exportadores de ezelte
ÉRTA
desejam à todos 05 seos Ex ” Clientes
muito Boans Festas de Natal
* F
Agência Funerária
de José da Cruz
SERTÃ
apresenta Bons Featas a tódos o5 Clien-
tes & Amigos Ionaendo os melhores votos
: pelas suoas prosperidades
Necroloaia
Em Angola, falecen o fosto
aimigo ar, António Nuncs Costa, an
tigo ugente. das Missões Laicas e
actualivente – director da Escola
Primária de &ilva Porto, Muito
cullo, infeligente e aelivo, freguern-
tara os carsos liceale complemens
far do ex-Instituto de Missões Co-
toniais de Cernache do Bonjardim
e, mais tarde, deslocou-se de An
gola a Lisboa para obter o Curso
Superíor Colonial, qgue eonciuia
com ftionrosa classificação,
FEra natural de Pedróogão Pe-
úGuerno, Deixa vunva & srº D, Ema
Daoavid e Silba Coste e era genro
da se.º D. Eduarda David e Nilva | Fernondo HAibverto Garcia Carnciro,
« cunhado do 8sr, Francisco David
e Silbva, de Lisboa, & quem apre-
sentames sentidas condolências.
Faleceu nesta Vila, na 3º fei-
ra, n &r, Biogo Manuelde Possos, de
78 anos, natural de Lagos ( Algar-
vei, antigo canteiro e eauteleiro, O
extínio veto para a Serta, há mais
de 639 anos, dirígir a brigada de
canteiros empregados na consirio-
cão da nova ponte da Corvalha e
agui fixou residência,
Era casado com à srº Caro!/ina
FPassos e paí das seº Maria S&u-
sana e Adelaide Passos e dos srt.
José Diogo de Passos e Nuno Pas-
sos, de Lisboa, Diogo Passos, de
Cernache do Bonjerdim e Adrião
Passos, desta vila, aos guais apre=-
SeNntamos 08 nossos pésqarmes,
Um grapo de meninás e rapazes
Ppromove, no próximo dia 30, om Bais
le nos salões do Grémio Scrlaginens
Se, quêe será abrilhantado pela troo=
Fc musical dé António de Sousa.
No dia 31, realizaese um desafio
de lutebol em Cernache do Bonjar=
dim, pelãs 13 horas, entrc o Grápo
Desportivo Viação Sernache, daques
la localidade, e 6 Sport Clab Sobreis
rense, de sobreira Fórmosa.
Dóanl’&l
— Estad gravemente enferma, em
Lisbou, onde reside, a 8rº D.Eduar-
da David é Silvoa, mãe do nosso
prezado amigo sr., Francisco David
€ Síilba e avó do sr, Fernando
David é Silva,
—Contínua grâvemente doente
na sua residência— R. Gromes Fre
rêe, 219-2.º, D em Lisboo, a srJº
D, Ernestina Marinha David,
— Tem experimentado sensiveis
melhoras naos Úúllímos semoóncos d
espusa do sr, Alberto des Sarnlos
HBarreto, comerciante da nosse
praça,
«A Comarca da Sertão faz os
mais síinceros voltos pelo restabe-
lecimento das doentes,
Banaficência –
FPara o infeliz carteiro Aniónio
Coelho, recebemos: 258$00, do sr.
Arlur Farinha de Silva; 208$00,
do sr. José Caetano Martins, de
Líisbaa, e 5S00SO0 do sr. Jozé Fer-
reira Lima, de Lige f(Angola),
Gom deslino 0o8 pobres Anossos
protfegidos, foram-nos entregues
os seguintes donafivos: 20860 ; pe
to $r. dr. Bernardo Ferreira de Ma-=
fos, de Lizboa; 5800, pelo &r. João
Antuncs dos Santos, aluno de Se-
minaário das Missões de Guoujfões,
200 S60O0,pelo ar.Manuel ftamos, de
Lisboo; 208060 pelo sr. lstdro Fer=
reira, de Lisboa; IOSO0 pelo sr,
Maximino Pinto, de Lisboo e 205
pelasrs f), Olindo Marçal, do Porto,
Us nossos sinceros agradeci-
mentos.
A Comarta da Sertà
RRAA META
Informações do
Governo Civil
No passado dia 15, pelas 15 ho-
rãs, renlizou=se no Governo Cioil doe
Distrito de Castelo Eranco a reunião
constitativa do Conselho Provincial
da Fcirn Baixa, tendo sido veríficas
dos/ 08 poderes dos segolntes procas
.radores elelitos: de hermonia com o
disposto no artigo 287,º do Código
Administratdvo :
Pelas câmaras municipais dos
conceihos da Provincia;
br. “lário Galvão Videiro, Dr.
Joãho Folgado Frade Correieo, Dr,
br. José fAigosto FPinto da Rocha,
lr, Fraâncisco Rebelo de Albuqiers
que, Br. bomingos Ferras de Carva-s
lho . Megre, Altredo Lopesg Tavares
José Bernardo, Dr. João Mendes Par-
lo, Dr. Jo6o talado Rodrigues e
Lais Gonzaga Noncs de Alimeida.
Pelaz pessoas colectivos de ntiz
lidade pública úádministra-
tfiva;
hr. Erederieo da Costa Conde
Mansenhor António dos Santos Car»
retoe José da Fonseca Morais Alçado,
Peloas líiceus e Inslifulos secun-
daários da Provítcio;
Dr. Alberto Trindade.
Pelas escolos de ensíno técnico
da Província ;
Eng.* Ernesto de Campos Melo
e Chstro,
O Direcetor do Disirito Eseotar
de Caostelo Branco;
Francisco Plres Mogro,
No mestmo dia foram cleitos Pres
sidénte, VicesPresidente & Secretãs
ries do Conselho Provincial, respego
tivamente o5 senheres Dr, Alberto
Trindade, Eng:* Ernesto de Taropos
Melo . e Cástro, Dr. Mário Galvão
Videiroa c Dr. José Agqgasto Pinto
da Rocha. E
Foi também dlelta a Janta de
Frovincia, que ficom constitoida do
seguinte modo: Fresidente-—Dr, Aj-
berto Trindade, Vree- Presidente—
Eng.º Ernesto de Campos flelo e
Castro, Yogaís efectivos—Eroncis-
co. FPinto Modro, Dr. João Folgado
Frade Corfeia € José da Fonseca
Morais Alçada, Yogais substiluios
—bDr. João Calado Rodrigues, Dr.
José Rugasto Finto da Rocho e Àl.
fredoa Lopes Tavares.
TEA NENA RRSTTIIANT AA
Os pobrazinhos da Sartã não são
esquecidos no dia de hoje
Um grapo de rapazes c meninos
constitoio=se em comissão para, com
o ânxilio de diversos benfeitores, les
varem hoje a efeito à entrega de dis
nheiro, géneros oalimenticios e ages
solhos aos pobres mais necessitados
da vila.
hBem hajam pelo sea gesto ceris
Lativo, digno, por isso, do túnis frans
co aeoxilio e resgados encómios.
Pastor que apareceu morto
Aãá propriedade do Pinhal de
Cima, sabúrbios desta vila, do &r,
dr., Pedro de Maotos Aeves, neteriz
nário municipal deste eoncelho,
aporeceu morto, n6 passado domins
£o, de manhã, no metio duns pinhei-
fos, o pastor de gado dose Fran-
ciseo Pino, solteiro, de 42 anos,
natural de Vilar eco, concelho de
Vímioso, que alt prestava serbviço
deade 05 principios de Gutubro 41
timo, Ado ae suspeiíta de críme, O
cadáver foi autopsiado no 4º feira.
Presópios de cartão
mdito bonitos, vendem-se na Fapelaria do
Grálica Celinda, L.da –
SERTA
“. Ç _-ª—”:
Salão Ideal
de Adriano Caldeira
SERTÃA
taz 08 melhores votos por quê ou Seis Éx S0
Glientes tenham ain [elize alegre Natal
Pensão Castela
de Gestárin Marques Lepes
SEHT%.
opresento oos seog Ex ºº Clfentes cumprls
mentos de Guns Festás í
Joaquim Vidigal Gosta
CaTé Centural-—Fábrico de Refrigeradtes
SERTA
deseja 6 todos 05 seuos Ex.”** Clleates Lelis
zes Festas de Nalhl
Isidro Ferreira
Mertearisas Hnoa—Conservos de pel£e
37, Run das Toaipas, — TYelefone 2 5489
LISBOR
deseja n68 seus Ex/*ºº Clientes e Amigos
Festas felizes é Ano Novo muito próspero
Yalente, L.“”
À Máóveis é colchonrias
37, Av, à de Outubro, 41— Telel, 49008
LISEOA :
Bpresento comprimentos de Eons Festak
nus 5ÉEíIªuty_i_L*_i_gi._Ciie’nteu e Amlgos
Pavilhão Chinês
Gronide Armazém de Viverés —lmportação
directa
FEANCISCO INÁCIO CORREIA, L;dá
FKua b Pedro V,91i—Telet, 4729-=LISBOA
n todus 05 seus Ex P% Clientes e Amigos
npresenta comprimentos de Boss Festas
Gráfica Galinda, Limltada
Tipografia, Encadernação, FPúápelaria E
Livrarin
npresenta comprimentos de Bone-Festós d
lodós o5 seos clientes é amigos, desélnns
doslhêes, e n suas Ex Famílios, alegres
e felizes Festas de Nacal.
A,. Santos Barreto
‘ SERTÃ ]
Cumprimento o5 seus amigos é cllêga
tês, desejondo-lhes om Natel fellz e um
Ano próspero, :
Assis Lopes & lrmãp
Gomercianctes
: dd SERTA — :
npresentam Boas Festas nos segs Ex
Clientes, desejando-lhes am alegre Notal
À Pirolécnica Sertagingnsa
de V,* de João Nunes da mSauvo (Molioga)
sSERTA
apresento Guns Festos n todos os Clientes
€ Amigos, fagenio os melhores votos pos
—— lassuas prosperidades,
Martins & Martins
Lomercia ntes
SERTA
npresentom 6 todos osseos Ex.”*“ Clientes
e fAimigos coumprimentos de Hong Festas.
António inácio Pereira Cardim
Relojaciro
SERTÃ
apresento aos eeoem Ex. ºº GClientes cgnis
* Primentos de Bons Festes
Sapartaria Económica
de bumingos António Franciaco do Silva
SEKTA
a
aoúda todos 058 &eos E;c.ªªºª Glientes nesta
alegre quadra do Natol
S. Nunes & Silva, L,ºº
Comercinnges
SERTAS 21
Apresento n todos oe seus Ex Cilentes
cumprimentos de Boos Festas
Luis Nunas David
Lnalógiro
SERTA
degeja mouito Bung Festas de Hotal 6 todos
0E Seus Ex.mos Cllentes
«A Flor de Abril» ;
de Exequiel Lopes Ribeiro
Armazém de Mlodezas, Eijouterias
é Quinquelharias
PROENÇA-A-NOVA
Cumprimenta e ogradece n todos ds
seos Excelentissimos Clientes e Rmigos,
B5 alenções que se digneram dispensar-!hae
€ deseja-=lhes multo Boas Pestos e o5 maia-
rea prosperidades no Novo Ano,
Francisoo P. Amaral Pimentel À,
‘ Mataus
Solicitador Encartado ,
— Telel1i06—-FPOMEBAL
Ccom oº melhores cumprimentos á00 seus
bons omigos, desejo-lhes um Nevo Ano
cheió de prosperidades
A Comarca da Sertã
DS AAA E T T AÇ
aal o A ciata DESN A : AALRAEAES ”
s o o o a
aaa — o 7
Nas aldeias
só os recursos natu-
rais não chegam
iUma das grandes riquegas nacionais
são, sem dúivido, nos meios fuFais como nos
centros de produção, 6 que à indústria, a
pecóídria e principaimente E luuunrn__. dão.
Se &e der ào camponês s cónhêecimen-
tos a nova técnica noa trabalhos caseiros
inteligentemente assistido naã agronomia e
ha pecaária-saliando / a08 conhecimentos
vriginários daquelea que no scu primitieiss
mo turnaraim possieel e immdostrialização
tu Jinho; prineipalimente; da-la-c-da pelocr
uUas sons cabras, para alilisshnas fins ne-
Tcessários à suoa própria vida ? não crraves
mus e afirmárinos que naquelas pacatas
êtldeias onde se vive tacanhamente, dados
15 mudos antiquados em que se desenvols
emh turnar-sesinm fontes inesqotáveis de
finueza para Lodos, se-porventora ascenti-
dades que se interessam pelo peogresso do
pais úlhassem casinhosamente pára duns
Tindas oparentemente mas que no vido nãs
Tiúnal contariam acção pereponderante.,
— Vem an coso o qide vammos narrear, Ses
uundo a pobreza do nosso conhecimento
na maléria. A maneira como é & as voltos
«te Jeua a fabricoçõo da inho no minha
tildeia. Tâorudimentar más Ião Átilieauos
famillares, que-ama boa: orgânica no as-
sunto seria por certo ama lonte;inesgolã-
vl de riqueza poaro lodos, :
Oulinho—a sãa seménte; « Unhiaça—6
lançada à / Lerra; cresce eolantariamente
n terreno apropriado sem maois cuidados.
Taando amárelecido, é arrancado ainda
Gerde, é arrepinhado 09 semiscordado, pas
TA Be lhê tirar & sementeç enmôlhado em
Ícixes pequenos, abrangivéls pela Mão, ses
Tnisverde sinda, é sabmMmeéerso em dgdga cor-
renle duranle 4 6 8 ou ló dias, conformmae
a necessidade da sia maácieza; espalhado
depois a6 ar daraánte elgans dias, seco, pe-
la acção do tecipo, scguesse o amassamens
to pormeio de pancadaria hercálea, não
‘só! para lhe arrancar a vl como para-o
íornar máleável; segne para a gramadei-
ru, depois para a tasquinheiva,para o acee
dar: nesta bperação separameso às estor
pos+ depois Jinhos 04 eslopas Vic para’à
rúca, irabatho que todas ns8 mulheres exê-
cutam em togas as horas, ainda as de lra-
jecto para qualgmer ocapoção, roca à cin-
ta, costa à cabeça, vomo qualyter dama no
exibição do/sem talante, agarradinha aào
seu ceoehet nos electricalwais ou aotobus,
Feilas às maçarocaa, novelos obtisos,
passam ao ergadilho para ameadar ; amos
jentadas/ em Agqua, limpa forlemente batl-
cdlas numia pedra, segaem para’a barrela,
emualisõo de cinza num forno oude se- cons
servam darante tréês dias até branquear
qvolten: à laúvangem em ágaa limpa c córs
renle, sempre esbatidas alé que são postos
n corar e vão pará à dobadaura, etim de
BE TINrnarem em novelos e entáo. paráça
ordideira, trabalho executado sempre”aà
doo, e está c em condições de entrar-no
tear, onde no próximo verão n& donaos de
.casa hãosde aproveitar as horas de ácio
na fabricação do tecido pára àas troapos ins
terióres que Lodos asaim, bem como as rodur
pas de cama e aindo 05 suas Colchas, carr
petes c lapeles, de eléevado encanto e beler
za de arte quando (irabalhados pelas mos
ygi]gua casadoiraz. :
‘ Ora, como só 08 recafsos náturóis não
‘chegam para se Bastarem e aos seos – tans
to assim que raro é o bhomem que não se
“sinta nea necessidade-de emigrar pelo me-
nus u1na vez por anu alim de poder adqeai-
TIr o tecido para o faco. domingõeiro c as
‘solas para colçaf os Blhos—que, apesar da
Tinoesa que cosnloldhes dá, a monotonia ree
tróyada em que- crescem & se muaitiplicam,
al eomo os grimitloos antepassados bos-
Tovam sápric pecéssidades atlravés de cos
ltecimentos originários que não eram na-
la mas lanto contava n sua própria vida,
que asslm conscqoaiam da terra pormeio
das suans collitras, alérm do aadetento, o Bestir.
Eum seria, pols com a aprosimação
da hidroeieciilcação do pais que trará
henciicios deveras apreciáveispara a eco-
nonda noacionaál, embora por enquanto sejê
uimera Nos centros turais maois distantes,
que nos plenvs de industrialização, tal cos
Ti Sempre nos planos de Urbanização nm
ainda por meio de Coogerativas rarais, sc
procurasse a forma de desenoolver estes
pequenos mannnciais de fiquaeza, obstrois
das pela obscaridade dos povas, à quem o
Inmento desde todos 65 tempos lem sido
negado, mãás que o deflagrar das circonse
Tâncias primaciais à Nação permilicam os
planos qae tornaram possíócl as borragens
do pais como a de Castelo do BGode,
É proximidade de todas a8 terras’ da
Fregoesio de ALVARO com a concessão
e apruveitamento hidroeléctrico das áquos
do ZLéezere entre Combas e a Poz do Cávas
do e Rabavão num sapieote aproveitamens
tu das inrças desenvuleidas pelo aceionas
mento des dinamos de modo & dar vida à
Erdo e à lodos, nauma comuanhão de estor=
qua é entendimento, onde se: bebéria uma
eldannelnor é mais apetecida, serviáa, pares
cesnos, de Lenjiar, E
e
0 pesadelo das fontes de
Chafurdo…
«Melhorem-se aàs condi-
ções de saneamento, eli-
minem-se as fontes de cha-
furdo e muirtas vidas se
pouparão e menos dinhei-
ro se gastará em hospitais»
—afirmou o sr. dr. Abreu
de Lacerda na sessão da
Assembleia MNacional de 7
do corrente. — j
Dr Iaclo, 2e se prelende desenvolver a
economia , nacional, se se peretende volofi-
zar todo 6nnsao território, com vista à sdo
maior utilizaçõo, Lera que se pedir dimãà
verdadeira mobllização aqgricõla e dar,
porlanta, hsê tefras, condições económicas
de exploração. ( acesso às mesmas é Tacs
tor primordial. riuilas freguesias não poós
dem vender n% seus prodatos, por absaluaca
Ialta de caminhos e porque não têm Bcess
so nem possibilidade de cesconmento dos
produtos paráoOs centros consamidores.
Dissim, atrotfiasse nllo interesse da prodaos
ção, com manifésto prejuíizo para o rendis
mMenco naciornal,.
«MTelhorem-se, por outro lado, às com-s
digões de soncamento, eliminemese as fon-
tes de chafuardo, que háã por toda e parte,
€ miitas vidas se podpaárão e Mmenos dis
nNheirosse .gastará em hospitale; Deftender
n snúde dos potos é sempree melhor emais
eengiámica Carela do que curáela, A resos
lução doe problema COMpétiria, A MCU DET,
às juntas de Treguísia c cámaras manicis
pais; mas,. porque aquelas quase não dise
piem de rendimentus e as segundas piverm
Bslixiadas por Cocafyos , á sa Maioria,
estão individadas perante n Caixa-Geral de
BDepósilos, 258 necessidades doóe podos não
cnontram salislação sem 6 concurso do
Eslado, Dal a corrida às comparticipações»,
hepols: de recordar que á cerea de
S0 pedidos de comparticipações c qae
cerlamente. maitos mais. haveráã o propoe
sito de solivcilar; o orador salientou — Há
qQue faver economias : Lodós estamos dêe
acordo.s Algumas delas seráo,/eté,bem ses
lutaress Não hã dinheiro 1 E omodadito,;
mas háso moitãs vezes quando setrate de
cnbra imuúndmental de discutícel urgência ;
háro para outras de cordelér quase sampe
taóeo : não lalta dinhelro para nº& que são
de qgrende projecção inlerno e csterna,
MMas, santo Deus] Que obra de maior prens
jecção interna pode hover—polílica, eeos
nomiça e socinl=do’qoe à qire realiza ins
teoralmente as aspirações da grels o char
lariz da aldein. a calçada em . bom estado,
à obra de sancamento, o caminho vicinaol,
n cemitério, o pequeno edifício público,
enfiro, à realizaçõo módesta, Mas que ens
che de aAlegria 0 poro, concretizando-lhe
05 nnhost MR
() orador fez, ainda, outras consideras
ções, em reforço do seu desejo de que se
atendao, cm especial, aos melhoramentos
Furais,
Radiografias por telegrama
Os. correios británicos . Insfitai=
ram novo serviço que perrmitirá aos
médicos ter constltas mãis rápidás e
estreltas com os seus colcges do es-
trangeéeiro, Cica sendo conhecido cos
mo o «scroicço Fotográfico por Feles
gráma é Kádios, e persoltirá qoe se
telegrafem radiograofias pora qualqger
. parte do mundo. O preço dependeró
do tamenho da fotogralia é transmis
tir e também do país do destino. Pas
ra ama pequena lolografia à enviar
“para Fronça o0 para a Bélgica, por
exemplo, o preço será de OMs S0 xe-
lins, enquanto. que amã grande folos
úgraiia para o5 Estados Unidos podee
rá costar 6té 13 libras,
Embura saibo que este artigo coisa als
puma sde . prático. resullarã, pretende-se
apenas com a modéstia que nos abarco o
: espirito balrrista que nos orienta, visloms
brar-ainda que:.ao de leve, quUão valiosas
se,poderiam tornar à economia do país
as nossas pequenas aldeias, qe, parecerns
do nadá conláarem no engrendecimento
pútrio, elas são na realidade; as meihorêes
sr:nãf’n::ÍnR.a ceoar o brado/de presençã no
extremno das ftronteivas cooa nás distâncias
que delas-n0s sepatam,.
Lisboa, 4 Dbegzembio, 1050
. veaguim Iatens
F g
| .
‘h.-‘ K
A Comarca da Sertã s
—
——
NPATA):
É tobre n cobecinha pura dá minha
Pprimeirva tela Qê me corvo, ternamento,
nO COMerar a cscrever,
71 ela, também, — à minha pequenloa
querida lsabel; Maria — dedico. estas ]]J!ªíu
meiras linhas qme escrevo para o páblico,
depois do sea nascimento:
Que o seu Danor me inspire:
: Fol há 1950 anos que, noma, pes
quenaàá aldeia.da Pelestina, nascea ma
criahco hamilde que se chamoo Je-
sus e que, 33 onos dégpois, mórreo
por moilo amar à Homenidade.
Esso aldeia tinha o nome de Belém
que em hebraico quer dizer «caso
do pãos,
Teloez por Isso, como dma pré-
destinação, tipesse sido em Belém que
nascem Jesas,. esse . homem. bóm &
justo que só pensava no pão dos bho=
* mildes porque. maálto omaáváa o5 ho=
méns € que, por tanto lhes: querer,
tanto sofrenpor todo qaanto sofriem,…
Era lilho de um honesto traba-
lhador, um carpinteiro José—, que
pertencia à cosa c familla de David,
é duma joverm e poró mulher—Mo-
ria—tojá tradição fonz crer que des-
cendia dos rels de Israel..
Jesos nascer nomã grata paopér-
rima que servia pora estábolo de ani=s
mhis, ónde secos Pals, José e Mario,
se haviam recolhido por não terem
cencontrado alojomento na cidade nêém
no «caroncansarás, grande cdifíeio
que se destina, no Oriente, à porsa-
da grataita dos viajantes e dos cor
ravanas.
JOsé tersse=ia deslocado de Has
zaré & Belémm em virtude do recens
senménto ordenado pelo imperador
lipvesse acompanhado para não fiear
só, visto oproximerssc a date em qe
cstava prestes & séer fMãe.
Paroa saloarem o pequenino Jês
sas ao morticínio ordenado por He-
rodes, rei da. Poléstino, que fora vl
sado do nascimento do «Messias+ c
úvaró de poderio condensra à mors
te tadàãs oSs Crioncas recemonoscidaos,
temendo que uma delas lhe osurposo
se o trono, José e Maria Íongiram
para o Egito, donde só depois da mor«
te do tirano regfessaram à pátria
onde, definitivamente se instaloram,
AÍ Jesas Cristo — cajo nome, em
hebraico signiflea «Jeová ajuda ou é
salvador+ c cescoóolhido oo angidos—,
posSsOU à sda infúncia e joventode,
trabalhando como operário no. ofl=
cina de Sem. Pal, assim exaleando,
pelo exemplo, .6 dignidade do trabalho.
Apenãhs aos 30 anos começõou- e
prégar a dogtrina evangélica de bon-
dade e justiçca que, desde a infância,
lhe cantáva nà alma, e percorrendo
compos, aldelas e eidádes, n tode à
porle e & todos léeenva a palavra bens
dita da eerdade que o condenoa,
Porque era Bom, josto, desinte-
ressado, carinhoso, paro, Compréeen=-
sivo e translogente, fol eítima do ódio
que & ambição fomenta c do inveja
que 4 sua iscnção atiçõuo,
Pobre e doce Jesos de pareza e
bondade <que morrco para. redimir
n Huamanidede 111
Quanto mais a vejo sofírer e de-
batér-se na flata de Incertezas, de ds
vidas e guerras que essolam o mun-
do e devastam o Homem, maior é &
minha térnoro imenso pelo : soblime
sonho de Geleza e de Bondade do
soavé Nazareno qoe quis tornar o
mando inelhor tentando conscoair
que os homens se amessem ans$ aos
outros como à sE próprios!
E neste Natal, qac é o dia simbó-
lito dãa Íraternidade humana, pens
sando naá minhã netá peqoienina. que
vVAalÍ crescer pára o-ómanhã descos
nhêcido, o meêéu coração de Maolher é
de Mãe só tem am voto máximo que
o iz polpitar corinhosamente :
Ragusto, e Morio é provável que o
À época do Naotal é, sem dúvi-
dao, Hn das mais encantadoras na
vida das famílias tradicionaimen-
te crislõe e religíiosas, Como são
amda, no geral, fodas as da nossa
região,
Particularmente para quem,
desde há muito, vive longe do lar
palerno, se ha dias que iragam d
inemória felizes recordações.e des=
perlem na alma torrentes de nos-
lalgia e saudade, são cerlamente
os desta quadra festiva, i
Gontudo, havendo saunde e um
ponco de conforto e náo faltando
com que maotar à fomnme, em qual>-
queêr parte se pode pássáar um Na-
tal feliz,
iYeste momento, porérm, Q me
pensamento fogeê-me pata tantos e
tantos n quem jfolta este mínimo
de requistlos necessários para con-
semuirem um pouco de felicidade
e de alegrio. :
úiPobres dos pobres são pobrezinhos.
Nlmos sem lorces, aves sem ninhos…*
São tantfos 08 mínados de doen-
ços agudas e cruéis, tantos o8 de-
serdados da, fortanao, os desprovi-
dos do necessário & vida !
Liomo seria Belo que, néste dia
do Nalal de Jesus, não Roupvesse
terra nenhuma em que ficasse um
só pobrezinho . sem ser socorrído e
acarinhado pelos mimos das al-
mas boas e generosas t
Cerlomente que o8 Anjos, quUe
em Belém revoaran) aobre o Pre-
sépio cantando glória a Deus €
paz tos homens, voltariam aindit
UM Dez aRGNCIOP dO MMUNRdO & paz
por que tanto ansera é que nuvens
tão negras parecem tornar cada
“vex menos possível é mais afas-
fada, :. : j ;
Mas vazí mais flonge aindá o
meu pensamernto.. :
O Natal tem por fim comenmo>-
rar o aniversário do noscimento
temporal do Filho Eterno de Deus,
E, portanto, uma aolenidade
toda religiosa, loda de jfé e amor.
Mas há tantas atmas para d8 quais
não existe o Nealal, porque Ausnca
ouviram falar de Jesus, do Reden-
tor que a8 remida dando por elas o
seu aongues
SNe é Irisle é causa pena ver que
nhá fantos que, por doençãa ou po-
breza, não podem ter um Naltal
feliz e alegre, porece-me ainda
muais flriste e lomentável ver que
tantíssimos oulros, à mator parte
da Rumanidade, víverm ainda &
margem do crisftianistao, sem um
raio de luz e de esperança que lhes
ilumine a alma e os lorne jfelize&
da verdaodeira felicidade que só
pode ter quem possul a fé e à re-
ligião de Cristo.
Se cada um de nós, na medida
do possível, fizer que o Mmeénos um
membro a mais de comunidade
humarna tenha um Natal feliz, po-
de ter & certeza de ter contribuido
pora que no mundo reine um pouco
muis de paz e de felicidade e, de
mesmo itempo, acolentar a docé
csperança de não ficar em recom=
PÉJ”.IE(L
Um do Concelha da Sertã
—Gue (todas as criónças, fotaros
Homens e Mulheres de âmanhã, pos-
sam trilhar o seo caminho da Vida
na Faz da Verdade e da Beleza que
Jesos proclamou c à realidade, in
Ielizmente, tanta vez tem negado e
deturpado, $
Lisbos, Natal de 1650
Fernanda Tasso de Figueiredo




