A Comarca da Sertã nº736 05-11-1950
A Comarca da Sertã
Representante em Lisboa:
João Antunes Gaspar L. de 5, Domingos 18 r/t – Tel. 25505
Director Editor e Proprietário:
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Publica-se nos dias 5, IO. 15, 20, 25 e 30
Sertã, 05 de Novembro de 1950
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interesses da Comarca da Sertã: Concelhos de Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei: (Visado pela Comissão de Censura)
Ano XV Redacção é administração: Rua Serpa Pinto — Composição e Impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda. — SERTÃ Nº736
Ano KY
Recreio Popular
À alegria, para muitos Pessous,
80 é bein sentída a cantar, a Focar,
a folgar. Outras cantam e folgam
POCqUuEe egquem canita seus males
espanfas, :
Cantar, tncar, datcar, Faliar,
são ma necessidade para quase
todos, Muosx uns gostam de ver 68
outros ou de v ouvir e gostam de
se juntar em familia, acompanhar
gogos malores e assiístir, feitos
pablico entusiasmado ou aborrecio
o mas sempre cheio de (nleresse,
São 08 que salisfazem a $Sua ne-
cessíidade de diverfimento pela eo-
munhão com o resto da assistên-
em e vivendo o eanto, 6 bailado, a
cento apresentadeo.
Talvez umas formus de espec-
tácalo sejfam mais propícias o esse
desideratum, Leeanta-se, no es-
turdo & digcussão do ennidiciona-
mento da sala escura do cinema,
do pátio das comédias mais nu me-
mo dfscaf’acãer:’zudr; ou intiamo, do
audiforium, dos palácios de des-
portóx de inverno, deé lufa, dos
shomas brilhantes e atreviídos, foda
uma série de questões e hipóteses,
Considereêntos 0 caso da rátdio,
com o fentio radiofórrico e n teatro
radiodifundido, 6 easo da lelevi-
sãõo, € feremos am aladao Mmais com-
plexo campo de experiência e de
estudo qgue, noténio-lo de passa-
gem, não fem sido descurado pelos
EOCIOlOSOS,
Mas um outro problemeao, levans
tado entre nós pela F.h A, Tu
tem lambém um interesse palpi-
tante. O nosso tempo aunitenta e
dispersa as soticitações de foda a
ordem que agem sobre & jfoventa-
de, sebre a8 camadas mais livei-
ramente cultas da população que
trabolhoa. À lodas essas soltcita-
Ções que ee interpenetram & criam
um complexo com uma realidade
indisculida e uma influéência cres-
cente, nada fillia as tmtenções ou
a arientação ou os fundamentos,
Masz não é só esseomal, A’par-
tê o aumento que tenham lido nos
nossos dias, há um fundo cons-
, tante e “íciogo de ma escolhao, de
— deficiente aproveitamento de vo-
COpOes,
E a issoguentendea F.N. A T
Este Organiamo vaií agora pesqui-
zar juúunto dos Centros de Alegria
ho Trabalho;, dos Centros de Re-
creio Popular, dos Sindicatos A q=
‘elonaia, das Cagas do Ponvo, das
“Casas des Pescadores e das Em-
presas, a8 vocações abandonadas,
o valores polenciais que elevará
a um nível digno do palco e do
microfonre,
Assím confinoará a sua nbra de
recreação dos frabolhkadores, de
cultura e de alegriao,
Fa-lo de um modo que garan-
te, por oufro fado, Como pimos,
q consideraçãõo e & rermedio pera
um mal de todos os tempos, agra-
“vado falvez nos nossos dios,
De certo ganharão em infereg-
O CHA’
O chá não allmenta, não estimis
la, nãoorcírigera, não embriaga, não
tem nenhiuma dos virtades quêe explls
eom a existência de todas 65 o0tras ”
belhidas: Não ealeara como o vinho
gencroso, não olimenta como ó sabas-
lancinl chocolate, não esperta como
o perfuamado café. O chá, porém, te
fA O Sonô, o que prova que cle atô»
Ca 0S centros nervosos, mas atacasos
prodozindo ma melancolia séca, uma
inquietação estérll, como & da Jode
cara, Aquilo a que quérem cehamar
no chá n core o períame são:pro-
pricdades estranhas às odiosns folhas
asláticas; comanicamelhes 05 cebins
csse predicado por melo do saliato
de col, do olea fragans € da came-
lina desangua,
.. povo, com & séem bomºsene
50 nátivo, com a Suô sSeguro Intal-
ção dos colsas boas, justas e legítls
mas, nanca tóonmoa ehá, Gencroso,
sem preconceitos, sem basófiss c sem
velhacarias, o povo tem esta bela
máxima : Q meu chd é de parrer-
cra. E ista € a dessironta do povo
ão repáro do. esplellaoso escritóor
Méry, o qual dizia : «Oae tome chá
o inglês, que gosto de quento é ess
travagante e excêntrico, entendo; mas
que tome chá o alémão, senhor do
precioso vinho do Reno; o .espanhol,
que possoal o Xcrez: e O portagquaês,
qoe tem o Madéira € 6 Porto; que
estes povos prefiram a estes vishos
aquela tisana imando, eis o que eu
não entendo] +
. “Não, o avisado povo português
não bebe chá; quem o bebe, quemeo
adopto, quem o propogo é Oo Pargoês,
que o cosmopolitismo do interesse
coneerte em degenceração patriótica.
U povo, quando qoer banuctear 65
Seus amigos, levosos às bortas, lêem
vá-os à fascoa, e comem jontos rim
agrclhado, cabeça de poreo com feis
jão e chispes com creas;çe, por cls
maã disto e das améndoss Ltorradas,
bebe—o chá do Cartaxo…
Ramaslho Ortigão
Gortejo de Ofarandas da Oleiros
Os comentáries que aqui flzemos
a propósito do grondioso Cortejo de
Olfcrendas de Olelros e após elo-—
porque nesso data Glinda não nos tis
nha chegodo às mãos o relelo, que
hoje poblicaámos, do nosso estimado
correspondente daquela Vila e fres
guesie, mereceram a honra, oliás
imerecida, de ser trânscritos, no Ín
teara, pelo. «Blário de Colmbras, no
dia 31 último, na sun habitoal secção
tRcvista da Imprensa das Beirass.
igradecemmos com inaito recos
nhecimento.
e eem coforéído o espectâcelos
dao E N AJT, mas, principalmen-
te, 03 artistas ignorados poderão
revelar-se e fodlos os trabalhado-
res poderão cpreciar conmo canta
qUEem sepe malies esparta,
Impressões de viagem
nas fimbrias do mar
Fode ser que o êxodo dalgumas
espécies ictlolágicas do nosso litorel,
designadamente à democerática sar-
dinhãô, a reaparecer. com alívio aqui
al tenha n sas explicação ciêntifica,
= Já uma missão de estodo se dêéss
Tocou à América, com tol Interito, sce
“qundo 05 grandes diários. À gente
humilde e simples, desconflada com
4 vOZ da ciênvia, que tantos pezes 6
ilude, coloca maisalto as saas razóss,
tão pouto os sábios podem mitigars
lhê Os nzares em seo acidentado vis
ver. Como os autores das folhinhas,
cspécilticidamente o SNaragoçano, ex-
clama esta população aflita, por in-
termédio da saãa parte mais maduara
c oexperiente— Deus super omnia,
Deus, sobre fodas ax coisas e pê,
na saa trágédia da escassez do mar,
ma amostira do dies írae, dm cens-
tiga do Gfa, com base na inscnsatez
dojiixo.do vício e toda e fóbricitans
te ânsiá de gozo do paganismo per-
verso,
<VYeja, dizin 6 velhota interlocatos
ra—por onde anda o troje modesto
do pescador c da peixeira, sabstitoi-
do pela camisa do mais cáro xadrez,
comprado à compita nos melhores e
MAIS famosos estobeleclmentos, a
saio, 6 blasa, o avental e o fenço bas
ratos, mas graciosos, da maother, tro=
cndos pelo vestido banal.—Anda todo
matuco! Do que se ganha pouco val
para a barriga. Com o dinheiro do
pão se compram os relógios de pols
50 e 08 oncis e pela grandéza se vens
de à honra. Deas pouso 09 nada In<
tcruvém na vida desta gente, lsto é
castigo do Maád vivcra
Os anclãos, que têm por sE a ex-
periênciá mestra da vida, não admis
tem o divórcio cntre o homem e o
Providência, por ererem, firmemens
te, numa fustica transcéêndente 6 re-
ger todos 08 nossos passos, donde,
se não nos fallom cstimulos de caris
nho, lambém: não deixam de provir
Sanções correcilvas. Na sun lógica,
mhis intdiliva que racional, o rude
e inculto, entende quêe o amar não
cxcelal o eastigo, por ser este até obra —
de miscericórdia,
Certos doufores positipistas é que
supósimn.de modo diferente que Deusg
não existe porque existe a dor, sem
constderarem que o pal não deixo de
O SsEr, nem de existir, pórque 08 (fis
lhos com sdos travessoras, ganha-
rám algans acoites lepes, od amas
bofetadas bem paxadaos,
Não sobemos o que o mISSÃo cicn=
tífica nos dirá sobre à foiga de sebos
roseó sardinha daos nossos águos, O
quê sobemos É que, em cosos desta
natureza, mais pode à Provldência
que & saber dos homens, que cehegas
rão 6 sojeltar o pelxe no redil das
NOsSsSos conecnoiências, quando forem
capazes de muador o corso do tempo,
evitándo 605 ceielones, às trombas de
úgua, às trovondas, a5 longas secas,
Por Silvestra Ffiqueiredo
às pragas, os golpes da doença e tos –
do mais quêe imprime à vida 6 mir=
ca do inquictação e do sofrimento,
As trainceirat e os foqoins háâoode
voltar repletos, e contentes os ‘pes=
cadorés não quondo os sábios quis
Sserem, mas quando todas 68 cireanss
tâncias, nãs mãos de Dedas, o pers
mitireim,
Bem o entendém e proclamam o7
velhos, cajas advcriências 05 jovens
vaidosamente rejeitam nté que & idos
de Ihes outorguae à eirtadle do sÃão
juizo e da orodência. Enquanto, po-=
rém, o sangue ardoroso lhes ‘ polse
nos vcias, rlêm-se, com estalta su
perivridade, da vêlhinha que em oqs
vi respeitosamente c com apiadso,
mãás de cajas razôes sobrenttarais
UMm Mmoço zomboo com ama tola gar=
galhada qma dessos risotes tão ex
trundosas quanto ionaras,
Falta .0 pelxes Peçamese 08 80
xilos da Ciência que não reputamos
despieiendos, mas clomemoós, bem
flto, séem acanhomento: Deus super
omnia ?
O CORTEJO de OFERENDAS
de OLEIROS
: OLEIROS, 23
O dia 22 de Outabro de 1950 fica
gravado nº memória de todos os
Olcirenses pela timponente menifegs
tação de que foi alvo o sr, Giovernas
dor Civil do distrito:
Cerco dos 7 horas da: manhã,
enunciando o Início da grande festao,
Sobiram ão ar muaitos fogoctes e e
Filarmónica Oleirense percorreu às
ruás da Vila, O dia estóvo encantas
dor, porecendo querer-essociaor-ae À
grónde paradea de Caridade para que
uma boa parte de pogolação trabas
lhara com aofinco c de melhor voms
tade. mostrando todo 6 sea amor Ppe=
los pobrezinhos; com o tempo assim,
tão agradável, vinha o proporeftonars
se uma afludncio cxtroordináriamen=s
te vantnjosa para um melhor êxito e
mnais seguaro brilhantismo duoma fes=
tãa, inteiramente inédita neste melio,
Feélas 11 h., o movimento já era in
valgar nao Vilo; a todo o momento,
de um e outro ponto, ácadiem centes
narcs de pessoos, amas descjosas de
ossistir &o Coricio e ootras, em n
meéro nssás clevado, ineluídas como
figurantes; e aindãá maitas ootras,
acompanhando os carros com ofe«
rendas; estas dirigiam-se pára à Des=
PESA.
Pelas 14 horas, dirigiram-se para
n entráda da Vila, .5 fim de aquardar
o &r, Governador Ciell, esperado à
todo o momento, 05 srs. presidente e
vice=presideote da Câmara Maniels
pal, membros da Mese de Santo Cá-
1Conclisão nº s pdq.)
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e aó fl ac
A Comarca da Sertã
RA PETEES
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Lembrancas do Passado. ..
«. Estoranças/do Fotulo
Rosário de Racordaçõos:
Por Amilcar Gastolo Brançe
O Malhadalense; homem: forte de
tleos denteSs eom sorriso targo, vel
peedendo podcro 6n pogeo 6 rodeza
dontros tempos. O velho, tentosto=
àdo 650 seu bordõo—e sempre nº olhar
para o Chk6Gor,. quardando uma d
duas cabritos, guarda, no. fondo do
centacõo: “ o emor d terra onde nins>
ten. O sonho da Soa joventude der=
roig como dm castelo de-fomo.
-A Ahomem, csse trebalha como
uma máquina incensávelie quase não
conhece doenças, D sengue ardente
que & animo dá-lhe anscios de aer
cada ver maior, de poder vencer na
lóta contínua da vida. Ha apaânho da
BZCilond…, 0S vOZCS ôlcgres dos
raparigas, linas e nrgénteos, easam-
set á maravilha com’ o córo roocodos
rapages: Porece um câôntico à Vida,
à Mogidade, -À alegria, — Os repa-.
2es ntrocessom o tempo da vida mis
litar sem perdér o omor . à serea, que
Os pld nascéer, NÃO são daqueles
tldardiesz atrévidos, de cabelos em»-
postádos. e calças. pelo meio das co-e
nilas, de sepatinhos tricolores e ben=
galinhas flexíveis que não eessoem de
diriolr,- ds meninas, graçõlas, moitas
wvezes pesados, mas (ruase dizio da-
queles basbaques que estacionam bel=
rando o meio Jio das calçadas—inos
crntes colós.-, inofensivos aedmira»-
dorces : platónicos que olham os mes
ninas com à mesma admiraçõão com ‘
que os s6pos, à beira das lagoos, 80
lúar das horas mortas, pasmanm cx-
tastados conternplondo. e mognificéns
via. dos céns ceripados: de estretoS 1)
dnqueles rapozes «melo=cá, meioslás
que sonham com um pedaço de terra:
saã, donse colhem só para si Não
é que sejom. amblelosos, mãas edos
ram. a independência. G. amor do
terrb. polsa-lhes. nas velos, Os lor-
qgus horizontes serenom-lhes a olimna,
fas, nelma de todo, 5 poixõo da tê
TA, dessa terra que dá o pão e recê-
be o sed saor é escota 05 segredos
do coraçõão! E no &Crrae—ncsso ser-
ra uque contempla, indiferente e im-
possível, espectros de miséria e dor
que vibjam em combóios de laxo—,
cenquonto -<renovam» 08 pinheiros,
como apelece oqeiclos cantar com
todas &s forças dos polmões:
Todá encentos e doçora,
Minha terra É uma aldéia
Qnde contam cousinois
E n ribeira d’lsna serpelos. .
10 Úf.llubru 136,
EAA REEA m
lFÍIª”TIú”IÍ:a fez o Seu m-ngustu
; no dia de Todons 08
Sántos, escolhéndo & Fonte de Pinto
para o elello; é al conftroternizaram
todos 05 Seas elementos com a :09760-
dável. presença dos directores;regen-
te e omigos dessa associaçõo, e
deve merceceer, 8 todos 08 natorois
da Scrtã e às pessoos que nela piócna,
vercdadeiro carihlo e a melhor próô-
tecção maálerial é maral : para que
viva e sSe mantenho prósperoa, já que
€ meio de. ealtaro & forte elemento
de propagenda desta térro.
7 O-regente. nosso ôamigo Carlos
dosSantos; teve 8 qentileza, que moi-
to agradecemos, de nos eonvidar pá-
1TA O Maguslo e mo qual, bem eontra
vontade, nho assistimos por deveces
de ofíelo:
p [ll]lll’B g in= mminodo por doença :
j alrós, não tem sido
jeliz Carieifo, csquecido por elga-
Mes pessoas: e petos próprios cole=
‘gos da Sertá; que no diade Todos
1os Saontós quiscramo minorar, a sde
desgroça, Entregando=lhe om donos=
tivo. Bem hajam pór esse prove de
sotidariedade, Eb
s A Comarca da Sertê SE RTA
Visão…
“A memória do Senhor Doutor
José Barata de Almeida € Inspi-
redo na suo linda quadra :
— Cnroçõe que lanto brles
Lomentanda & lug sorte,
Noao hatog com fanto pressa
ÀA” porta da próépria Morte ?
DEZEMBRO 1949
(POESIA)
Dezembro arrepiante! Indómitot Tremendo!
No avivar das cores escarons do cxistência!. ..
E’s am choro ignoto, entristecido e horrendo,
Quanto mais renegado, imperas, vais vivendo
“ Exemplo: de linal de toda a inteligência!…
Ou Hoje, ou Amanhã, és sombro aterradora,
E’s o findar dum ano, às. vezes precioso;
E lembpras indif’rente, alma atormentadora)
Que no enó seguinte a Morte destraidora
Vai roubar muita vida, ao seu lapor honroso!…
Quando chegas envolto em neve enregelante
E por contraste. olereces à NOITE DE HWATAL,
Mesmo assim és ladrão, DEZEMBRO penetrante!: .
Rvivas à Memória o triste semelhante
Que não tem nessa NOITE o Seu Melhor Cristeli
Renego-te Dezembro! Odeio-tet E’s mais forte !
Nem quero o dia santo!… É’ bem dúra a promessal…
Já não tenho o Mea Pai, Candeia do meua norte,
Agura, apenas vejo a sombra dam recorte
Duama Vida de Amor que me toi adversa!
E, se ainda vivo o télrico desdém
Dos homens: e do Tempo erm lota vil, infecta,
E’ porque prendo à Vida, à vida d’outro Alguém,
O meu : dnico Amor, Amor que me detém
E me obriga à pedir…. Assim como o POETA —
« Coração que tanto botes
u Lamentando & fima,. sorte,
niVão bálas cóm flanta pressa
n A* porta da própria morte /
Li’sbnnIfJnnhU,-“lªº.ª.’:íJ. :
AFONSO NUNES GOMES
Vai à Lisboa?
Prafira a CENTRAL DA BAIXA
— RESTAURANTE — PASTELARIA — SALÃO DE CHÁ
94 Rua do Ouro 968
Telef, 20se0sCerencia 26674
LISBO A
,Ai! s I . –
A s Senhoras Arcádia
. Encontra-se na SERTA, exe-
colande os seos trabalhos de
Ondulacões Permanentes,
na PENSÃO BRANÇO, telei, 15
(A sua retirada é breve).
x L : ..”
sapªl’ªl’lª Braflll Miúsica constante por duas dind-
Setor a Lisboa visite esta 5a- | micas
pataria e veja-a arte, o bom gos-
to, a selidez e elegância, obra dos
artistas portagueses, os melhores
do moundo nesta indústria.
R. da Madalena 206-217 LISSOA
O Danclig n.º | da capltal
APRESENTA:
Um grándioso progremao
de
ntracções selecionadas.
ORQUESTRAS
de ritmo moderno,.
Não ficará conhecendo LISB OA
quem ali for e não visite o
Teletone 30206 h II”É_;JÉ DI1A
ALBERTO TelXEIRA FORTE ). GUSTODIO DOS SANTOS
Telel 13 — — FIGUEIRÓ DOS VINHOS | o inaáato
Julgamentos em Tribunal
Golectiva —
KWo Tribanal Cofectioo desta cos
mMmarca, acosados pelo Ministério Pds *
Dlico, responderam: ! :
—Em 26 àde. Outubro, Fernendo
Rosa, solteiro, jornaleiro, de 23 enos,
do. Caseleda Fontrs: o José Patrício
Martins, solfteiro, jornoleiro, de 35
anos, do Cóse]l do Coroo e Jonquim
Corrêa Mendonça – ou. Joaquim dos
Ssantos Corrêéa, solíeiro, oogricaltor,
de 18 anos, do Casal do Purto, tidos –
dao Ircegucsio do Costelo, deste concés
lho; por,no dia 11 de setembrocde o
1049, esperarem. o demnanciante Al-
berto. Ferreiro Lopes, solteiro, jors
naleiro, de 28 anos, do Alto Ventosa,,
Ireguesia do Nesperal, no sitio do:
Casal Qselheiro e de, 6/f, com vio-s
léncia, agredindo- 00 & Ssoco, de tal
lormo que o figeram esir por terrá
com perda dos sentidos, o assaltarem
e lhe soabtrairem Eredalentameste à
Importância de 120600 em dinheiro,.
que trazia Consigo em aúncenvelope,
E O Tribunal acordoo, quanto e todos
oOS réos, ém jolgar improcedente é
não prosada n ocusação pelo erime
de rouobo, absolecndo o José Antó=
nto fiartins, mas, dodós os factos
provados, jolgoo n acasaçãõo procteés
dente e provada, contrá o réo Jo6s
quim Corrêa Mendonça, pelos erlmes
dê ofensas corporais voltntárias e
contrá o réo Fernondo Kosa como
cúmplice. O Mendonça foi condeno=
do na pena de três meses de prisão
& quinze dias de molta 6 15$00 por
dia e o Fernándo kosa ná peno de
duvis meses de prisão é dez dias de
multa a S5&60 por dia; mais foi con-
denado cada um destes doils réus no,
imposto de jastiça mínimo de 1.00)%
e, solidáriamente, ná Indêmnizaçãõo
de *OOf0O ao ofendido € ainda o réo
Mendonça na remuoncraçõo de 3JOÉOO.
no sea defensor oficioso, :
—Em 27 de Qutabro, Joõo. Dias
Júnior, casado, comerciente, de. à&
anos, dê Póvoa da: Ribelra, iregaoes
sih do Vilnr BGarroco e Aniónio Bo=
| ráta Fernondes, solteiro, empregõado-
do comércio, de 20 anos, do fAilrico,
freguesta de Glelros, desta comarica,
por, no nvite de 31 de Dezembro do.
ano lindo, 0 primeiro haver comeths
do, na pessoo de lide de Jesas Als
meida, solteira, crinda de Sereir, eons
tra n vontade doe ofendida, por meio
de violêéncia físiza é vecímente intis
midação, . torcendo=lhe n8 mãos,
Gmcacondo-sa de morte E rasqgondos
lhê o vestaário, com à caomplicidade
do seguando, o crime de violação, com
várias agrovantes, entre aàas quois o
crime ser praticado pór dios pessoas
e em lugãr ermo.
O António Barata Fernandes ol
nbsolvido e o João Dias Jánior con-
denado na peno de dois onss de pris
são maior eelolar ou em elternativa
na de três anos de prisão maior
temporária, em 1,200300 de imposto
de jastiço, na Indimnizoção de 2000%
à. olendida c na remoncração de
400$0) ao seu deféênsor oficioso,
FERGRERTENOL E ENEA aaan
António Marling: Beoerá ter embar»
cado antes d’on-
tem, no «Mocambigaca, pará o Ló
bito (Angola), onde vai continoar a
dedicar-se 6 soá prolfissho de motos=
rista de praço, que vinho exereemdo
em Lisboas, este niosso amigo, nótas
rfral de Carnapete (Sertã), am boim E
simpático rapaz, que o9g0] ecio, com
à esposo, oumM$ dias aotés dá partida
poro º Áfricoa, epresentandoenos 68
Ssuas despedidos é, 60 mesmo tempo,
deixéndo o óbuio àe dez escados pôs
rá oS5 nmossos pobres, O quemulto
Ggrôdecemos.
Descejomos-lhe sadde, bos viagêem
c lodas 68 Ielicidades e aqui nos tem
sempre 606 séeu intelro dispor
A Comarca da Sertã
ee REn neaio EEA A
daz
Uma enistia e indultos para deli-
tos cómuns (oi decretade nor moti-
vo do Ano Santo, qe
se celebra em todo o orbe cálólico,
à que, por coimeidência, se ossociam,
em FPortogõãl, 88 comemorações do
enivercário da morte de S, João de
Dreos,
A anistia Abronge diocrsos cris
mes e námero considerável de infrac-
cotrs de vária natareza.
Com à aânistia, são Penceficiados
ós seguaintes indivídaos, ceondenados
pelo Tribunal Jodicial desta ceomarca,
pelo que foranm postos em lioerdade:
Edunrdo Cionçaloves Valentim, caâases
do, do GChãêo FRedondo, fregossla de
Montes de, Senhoro, que se cocontra-
va, o camprir pena dé malta; Mencel
Antánio da Silea, casado, propricide
rlo, da Alácia Fandcira, a quem, fal-
tavam 6 dias para enmprimento de
peno correceionsal; Jeróiimo da Sil-
vA cosedo, proprictária;, do Cimo dao
Fibeira, fregarsio da Sertá, a qouem
Tfaltamars 62 dias : para camprimento,
de peno entrecelonal; Jesé Alexandre
Cardoaso, casado, fornaleiro, do. Cas-
telo, que- se cenconfróva a comprir
pena de muolto; José Pereira, casado,
ficriealhor, da Relva da Coaça, fre-
gatsia de Procnça-feNova, q7e. sE
cncontráva nã Cadeia Civil de Coim-
Bpre o comprir pena correcelonnal; e
Joaqaim Loarénço, cnsado, do Es-
treito, preso tfin cadeia de Oleiros à
comprir pena deêe multa.
Morreu o rei Gostavo da Suácia
com a bonita jdode de 92 anos, de=-
pols de ter reinndo maãis de 400 ple-
no conténto des seans sábditos, De”‘
Íneto, 0 velho sobcrano possada quas
Ndades excecpelonais. pora represens
tar am grande péqueno pova que tem
nn mais alto apreço as liberdades
políticãs e religiosas e invalgar com-
precosão dos seus deocres civicos,
FPais pacífico, extraordináriomens
te progressivo,. lLendo. adoprado, bhá
muites anos. & dêmocracia como o
sistema de governo mais convenienso
te à fndole € psicologia da sõãa po-
– palação, vivendo. arvedódo das pers
turbações económicas, e politicas &
enltivando bouss relações com os de
mais povos, à Saécia É amôá nação
Íeliz, páara o que também contribol a
sua Importante indúsirila, servida por
UMma marinhãa mercante que enfileira
o lado dás primeleass do Mundo.
O Rebtiastavo governou sempre
n suo Pátria com 6 simplicidade e à
Dbrandara dos grandes rels: o seg
temperâaineoto alectivo atralo-o para
6S cerionçaos € os Sentimentos do cos
roção oproximavam=-no de lodas as
obras cujo finelidade contriboj pa-
ra o pem dos seus concidadõos. For
isso ele cra profandamente amado
por ciês € respeitado por todas 05
nações como moudelo exemplar dos
Eheles de Estado,
A Súécia chora omárgamente n
perda do bondoso Rei,
Natal dos polres Quem nos quer
u — Gjtdarnmesto cams
— la Sartá: — panha, proporesios
nando am dio nlegre nos pobrezinhos
da nossa terra?P Venhanm óbalos em
dinheiro, alimentos e rodpos, : novas
UU asAdaos, e tecidos para às confecs
cionar. Tado será aceite com o jád«
Pilo de quem nonço esquece à Imisés
Fia que: por 41 poj e conhece algans
traços dominantes da pobreza cms
vergonhada,
—— A Ceomarca da
Sertb — Ec
— . p
O Corteiode O erendas
de Oleiros
Conclosão da 1.º páginao)
s da Misericórdia c do Comissão
Muonicipal de Assistência e eotorido-
des locais: e dina grande massa de
poo áll se comecoa & concentrar,
Felas 14,50 Chegoa o sr. Gioverna-
dor Cicil, que recebega os caomprimens
tos de todos os elementos ofiriais,
dirigindo-se, depois, por entre alas
de. erionças de todas as escoles e de
aqrupos de meninos da Vila, que en
Vvergavam os seus trajos regilonels,
com as tradicionais € cariosas con=
puchas»s, para o Aospital Baraia Rel=
vas; nO traje t, entonoamese cânti-
cos dedidados à Vila de Oleiros e ao
mesmo tempo erguiam-se enteasiásti-
cOs vivas à Portagal, o Marechal
Carmona, 0 Governo e no Gnvoecr=
nador Civll, quêe eram correspondis
dos frentticamente por toda a grons
de Massa de poso, timada de verda=
deiro delírio. No Hospilal hoaoe ame
pequeno sessão de boas-olndas ao sr,
Cinwernador C’eil, tendo falado o 3r.
provedor da Misericárdia. que depois
de comprimentar enlorosamente S,
Ex.*, nladia circanstanciadamente à
situnção do Hospital, apontando quão
ESCAsSSOR SÃO 08 sems rendimentos,
que não exccdem, segando aiirmo,
três mil escados; é eonclaia por afics
mar” qaes d. sãab MmManatenção traz
npreciável despesa difrio. O sr, Gio=
vernador Civil prometeo fazer tado
quanto lhe fosse possível pelo Hose
pital de Qleiros, de modo àa que ele
cAmprisse cabpolmente o 8da impors
tante missão, mas cevidencioo à ne-
cessidade de também se prestar o des
vido auxílio a todos 08 egtros hospl-
tais é casas de beneficência do dis-
trito, que não é possívcl abandonar
à saa sorte; depois entregod o sr,
proocdor & importánceia de dois mil
escudos,
Ãs 1$ horos começarame n lormar to-
dos 03 carros e camlonetas que na Devesa
esperovoam pela voz de partida: depois cos
meçoo o destile em direcção À Praça da
Repúíblica e daqul pelo cimo da Vila e. tos
mando à esquerda, passeçam fanto do Hags
pllol e regressavam no nonto de partida —
& Devesa. Na ee o7 do Hospltal havia sido
constenlda uma tribonma, que foil ocopada
prelo sr. Governador Civll e mais outoris
dndes é entidades do concelho; dall essia-
tiram à passagem do Cortejo, molto inte-
ressonte é variado no sea conjunt: eram,
aobretado, 68 carros de Dois que oferecinm
um apecto qujestivo, Notaoa-se om ambien=-
tedesh e verdndeira alegrio popolar, umaá
intima satisínção de contribuir porn o mao-
nautenção do hospiítal concelhio, cada qual,
enidenteinmente, conforme o8 recaraos de
que dispunha; é Deas permito que todos se
estoreem para que n nosso doica cnan de
nssistência não volte à lotar com ax difis
culdades maleriais que negutra époco des
terminacam o seu encerramento 01 Sejáa &
suA paralização absclota. Se não Ínra n
extraordinária bon vontade e inegível In-
teresse de parte do nosso Governndor Civil,
pór quántos anos mais DÃo estaria conde-
nada a popolação de Oleiros a Edportar o
nefasto encerramento do seo Hospital, que
se toz falla n toda n qente, molto maior
Inlta foz nos pobreg.ohos e desemparados
da sorte?o :
Paodemos dizer que as lreguésias máis
pubres do concelho foram es que melhor
souberam interpretar à polavra sCaridodes,
pois Toi desses que oté o3 pobrezionhos, que
não produgzem nodo de seo e que estão bas
bitandos à comprar, diáriamente, o pão
pora si e paro 05 2eos, que se epresentes
ram sem que nada lhes hóovesse sldo pe- –
dido: entregovam às comissões, que poro
cada freguesla Infom nemesdoas, cerenls
quêe boviam comperndo propositadamente
pnra oferecer eo hospitol: não hatis ma
só petsson que em coinionetas, corros de
bais, pequensa sacas h costos, cestag à cos
beça é bandejfas ans mhos Não entregasse
9 sen óbolo n hoapitel,
Entre ns camionetas que *izerom porte
do Curtejo, & mais artistlemente Enqnlas
nada e que de todes talvez n que melhor
receita apresentou a0 [Dispicaãl fol n da
freguesia da Modeirã, devido à grande for-
çh de vontade de Támilia do àe, Aótógnio
Lodrenço Silvo, que nho se pocpou a sacri-
lícios para que & sun Iregoesin fosse das
primeiras 65 0ferta s5o Aósp:tal.
Q rapo da Foz: Giraldo, também Fol
Incan:áosl nos seds preporaticos, ensalon-
do cânticos e ballndos, euja exibição fol
maito apreciado na sto possagem em [ren-
te du tribana ofleinl, Os grapos de Amicis
ra e Estreito tnmbém apresentacam cóntio
– cose baila los e 5 on cestos à cobeça
com medronhos, alé n de elewada porção
de cerenls que ]vinkad tronsportados em
carros de boja e caundonetas.
Todas as Treguestas do concelho moss
trarnm n melhor bos vontade, f5o 4e pods
PAan:dlo à eslorçõs para que Os 9edas carros
sE apresentassem bem ehelos de dádienos
para oflerecer no Hoepítal. À Ereguesia de
Alvaro, seudo uma das mala rieos do con
celho, fol n que menos interesse tumoa pe-
la grande obra de carldade; no entantu, 6
prlavro s«Álónros, nO cimo da esminneta,
vinha artisticamente felta, mos 14 dentro
Pouco dõ9 nada trazia: se bem nos recor= .
domoós foi da Íiceguesia de Alearo que deo
balxn ao hespital um dos primeiros doens
tes, pobre,
A fIrequesio do Isna tamnbém foi incan-
sável, tizeram acomponhar de duas eninio-
netos chelas de cudo, desde 03 mais gros-
503 tfolos de madeira de pinho &s coisas
mais mimosas que tinham nãs soas cagas
para olerécer ao Hospital; trazinm nos seus
cnrros o distico elsnas com n seguinte le=
genda: «Para marcar e nossa presença ti=
vEIMCA QquUue percorrer &g quilómetros, e
tando apenas é 12 da sede do cóncelhos.
he facto, e lsno dista npenos 12 quilóme-
tros de Olelros, mos devldo à Folto de ess
trada directa, tiveram que percorrer Bd,
dendo n voltáa pelo Sertã: mesmo ossim,
CoMpareceu à chamada poroa comoerie o
aes dever,
O sr. Alíredo do Siloa Fernondes ta m=
bêm napresentoo ama dos soas eamicncias
carregoda de suo conta com prodotos das
suns propriedades e artigos, de considerá-
vel ontor, produgidos nas sons Fábibicas.
Os grupos das diferentes iregoesies
erom acompanhados doa seus párocos, que
tão eliciente e decisiva Intlervenção tive-
ram para que o Ceórtefo resoltasse qrnre
dioso, pols incotlram nó espírito dos seos
paruquianos ama decldida gencrosidade,
levandu=-os &a dar muito do que lhesiaz
lnlto, na intenção bein comovsente de n
gente liumilde contribuíir poera o bem dos,
ninda, mais humildes, que s&£o os pobre-
zinhos de Cristo,
Fode nfirmar-se que Qleiros e n& Sios
Iregoesios zebem cumprir o aeo dever do
melhor vontode quendo são cehemados 6
preatá-lo; demonustroram exaberantemmente
que souberam acorrer so apelo do sr, proós
vedor do Misericórdia com todo o ento-
siaamo e galhardia. Bem bajom. :
Reprodorzrimos, de seguida, 05 lindos
DEFAOS qQUE se contacam, eunsltecendo é Vi-
la de Oleiros.—(C, f
1
Oleiros ferra altaneira
0h finda terra do Beiro
‘h meu berço de emboalar
Estás fioje em festa garrida
Esquece as múágoas da vida
E vem pr’á rua cankar,
11
Vai mostrar quento és bondoóaa
E te sentes orgulhosa
1)os feus velhiõs persaminhos
FYois com toda & singeleza
Auxiliar a pobreza
2 ——
Falacimento,
Cernache do Bonjardim, 3
Feleceg ontem nesta nidela o sr,
Jusé Marin de Alcobia, de 78 anos de
idade, proprictário e oorives, Delxa
oldos a sr;º D, Adelalde Ribamar Pi-
res Alcobia é eines filhes srº D, Alu.
da dm Mata Alcobla Salendo, D. Mas
ria Mata. Aleóbia, Fernando fiata
Alcobia, Manocl António Alcobio e
Luis Filipe Alenbia, à quêm apresens
tatmos nossos pésames.—(C,
Passeios da Rua Gândido dos Ráis:
Algantz moradores é eolnereiantes
daquela artória—a prineipatda Vi=
da——, que se viam prefudicados
com é desconserto dos passeios, re-
solveroos mandar proceder d sua
reparação na parte que direcla-
mente lhes interessa. É agora, pa-
reçe saltentar=se qiuaiíis fodo é res-
t, í5to é, 6 que exta por consertar,
Estamos, porém, eonvencidos de
que não tardará a reparação ge-
raí dox mesmos posseíos, como
também & concluxão da 2º* fage
das ealçadas, AMão Ffalta, nem d Ld
mara Municipal nem an sr. Gober=
naodor GCieil, a melhor baa vontade
em ver este axsanto defraitipanen-
te solucionado, E’ preciao eom-
preender que o coaso não depende
apenas da: influéência destas duas
entidades.
Convocação
Fara cicitos do $ 2 do art.º46º do
Código Administrativo, concvoco os
membros das mesas das Misericórs
dias deste Coneclho para a reanião
à realizar na. sola das sessões do
Câmara PMnicipal no dia 9 de No=s
vêmbro próximo, pelas t4 horas.
SErth, 31 de Catabro de ro50,
O Presidente da Câármora,
António Perxolo Correia
Convocação-
Para efeifos do $ [.º do arfigo,
16º do Código Administrativo com,
USCO A Aovos Presidentes eleiftos.
das Juntasde [reguesia deste Con-
celho para a reuníido à recjlizar
na «ala das sessões da Cânara
Municipal no dia 1f do correnta
Ppelas 4 horas,
Seria e Necretaria da Gâmara
Municipal, 3 Nevembro de 1950,
O Fresidente da Câmara Manicipal,
António Peixoto vorrês
EEA ET ST ST TT
Q’anda errante p’los caminhos.
III
Niúo sobras do fuo mex
Hasgos da ftua nobrexzao é
Que vara dar aos pobrexsínhos
E’ o pão das luas eiros
Vinho das foas videiras
Produfo dos feus coríinhos,
EV
Hapuzea e raparigas
O oiro das nossas espigas
Ha-de no ar tilinfar
fHá-de servir de luzeiro
Ha-do acender o brozeiro
Das almas a mendigar!
CORO
h minha terra —
Eu não sei purque te quero
Desces doe serra
E o leu poõo é síncero
Fua beleza tem a graço Divinol
Por seres a mais portuguesa
Das terras de Portugal,
CQUE . TODOS.
ERAVAM &
A Comarca da Sertã
De«A’ Lareira do Passado» |
Em Majio de tebs El-RKei D-Luois em
Fntnho D: Maria Pia forom a Modrid pa-
únr n vieita que Ti Afonso XII lhes fzera,
Mobllizuose quese ioda n impreoso de Lis>
háãn e segquolo suas Majestades, No dio se-
guinte ao de nossa chegada recepçõão nº
tSociedade e Hormens de Letens+, À sos
bremesa do zHotel de los Enbnjaderes,
carreras de S, Jeróbhimo, esqiina da «caller
de Ajealá, onde muitos nos hospedámos,
&nbre im smcolento jantar o que el flzern
as/ devidoas honras, aporeceram dns cestis
nhos de domescos lemporõos, saborosos
vomo se fossem alpercesdos melhores. Eu,
urande apreclador de frato, atirel-me s
eles como Santlngo aos múdros, regondo-os
no tim com am delicioso «KRI6jas, Flndo o
repasto, sabareando o calé, adianteicme
nos meus coleges paro ir compror charo-
tne, mes só nlgans passos dera ào sair daá
inbacaria, quando me nssalia, impetaosã,
ama reoclação intesties! difícil de aufocnr:
Fram os domascos à balha eem o «Fiojas!
RAflito, á longe do hotel para retroceder,
<com o soor em comorinhas pelos foces ee
welato encadesda, quase a correr, sob a imi-
néncia dam desostie,aos encontebões À este
* àquele, entrel estonterdo na « sociednades
e logo dieiso um eulto baixo, de mela ida-
de & aspecto recnlhido n patsear dam pãoe
rn outro ladus Um contínvo ) É com n
Tnais emoroobhada arcticalação disse-lhe
quem era e o que queria. Esboçõu dm sor
rlso bondoso e Apontoxa-me dma porta a0
Ttrndo do corredor. A camboalenr, corri
parn l4, tudo às escarnsl Volto atrás com
| revoloção no nuge !—Gatilina estava às
portosdeRomol-ee eomo um tnrtamudoe-Não
ná luzle. Rápldo pego nam castiçol, acens
de a velh e passoeimne paraco mÃo, e D) VOLU
eunos tropeções em mim próprio,empircto
n porto e & respeilo/de papel nem ama
thpara. Mão posso mais, com à porta en-
treaberta grito-lhe «Não hãá papelt, Em
menas de um minuto 2 braço do meu sals
vador estendé-se pela nbertura do pórta
€ passasine meia Eolha dom jornal. «Obris
qodoi+ & com am pé lecho-lhe a porta nà
cara. Poocço tempo decorreo e em já era
outro. Abl que só quem passo por dma
destns pode avaliar 0 hlivio que se góse!
Venho cá para foro, de novso senhor de
mim, com umao peseta nh mão parao grafis
ficar o homenzinho; nisto aficmoeme co:
mo quem não crê na mais llagrante vere
dade e vejo-o em conversa onimado com
Finkelro Chagas que me fnz sinal poro mÃ
nhprosimar e lhe diz: Quero Bpresentar-dhe
” amdos meos rapazes lá do jornal, o Eduar-
do Schwalbach*, € como se despejosse UM
balde dJde águn irio sobre a minha cnbeça
acrescento; <O sr. Nonez de Aree,um . do
maivores poetas da Espanha, ministro das
Colónias é presldente desta Socledades.
Sá vista o milnho siluação cómico, de olhos
espbogalhodos, afarvalhado, sem forcça pora
soltar uma palevra, de braço erquido a ses &
quror entre o polegar e o indicador a pe-
seta com qite la gratiticó-dto. Tomora o
auro par latão] Fol ele quem, n rir e de
mE estendido, mê tirbu do embiraço éom
esta Tirase amiga; eHoje por sl, imanhã
por mims. :
Cnonso é que com este me ar comarile
chtico e alegre, no curto espoço de meio
hora já éramos como antlgos conhecidos,
e o ilastre ministro e grande poeta me
donvidaea para mo dia seguínte ossistir à
posengem do procilssõo de «Corpos Chrlss
tis. E como pouco depols de acobar & pros
cissão lhe gabasse um charuto que NE
olerecera, préesénteoo-me com umae colxo
que dai n tlgrns me mandrva parn o hotel.
%e não Eossem es dámescoós… Qoem havin
de dizer o que à Íruta havia de render?
Findo 0 centnavelesco posso, nama pin-
celnda o tremendo deslize. Nos vésperas
do nosso regresso & Erinceso Ratazei deo
uma festa em homenngem à limprenso por=
Mmigueso, Nom dos salões mois concorridos
trava-me do braço Alcolá Galiano, pessos
muito simpático e inteligente, antigo go-
vernsdor civil de Asdrid e gronde omigo
de Fortugal onde estivera por dans vezes
= conqoistora a3 malores slmpatios. Em
pequenos e aconchegádos EOjás e nos váus
das janelos nrrolhavam pombinhos que dá=
vam ao ambicnte & impressão de ondar
rpor nli escondido 6 travesso Eros de asas
de oaro. Eu perganto o Goliano:
—Lembra-se do sequodo neto da «Jiade
Engratar de Fallleron, com o seo semis
murndismo elcyoonnte? É’ 0a nho uma futos
dráfio ? :
E!e responde-me cóm um sorriso mel
cosido, de nem sim nem não, antes pelo con-
trárso… los ed cenrrego::
—O que vole é que menhum pal tras
mu ds sans Tilhas| :
Golpe inesperndo, tentro!, falminante:
—hnheste múmento corre o0 Med compo-
nheiro umae líinda meninao, dezosseis ános
O MÁXIMO, 0 eSCOAÇAI Nãa suh gazes bronos
Ch8, € OUÇO dos seus láblos:
— Fapó!
Hão quis ouvir mais nado, Pedi à Deuos
que se nbrisse o chão e me enqullsse. si-
mulando ter descoberto num relancear de
ulhos um colego que passovo c a quem des
sejarin [oler, alosteicmme rápidamente e
enironhel-me entre 08 convidoados. Defi em ”
dionte bastéva-nie cuvir dizer Alenlá Galios
JUNTAS DE FREGUESIA
SUAS ELEIÇÕES — SUA UTILIDADE
s quadriênios legislativos que
impõem n manifestaçõo dos povos,
obrigam na rcalidade o camprimeno
to dum dever à que 05 chefes de fTa=
miia jamáis se devlam alhear; dizem
o5 hierâárquicos soperíores e muito
bem, que delas depende a acçõo de
desenvolver nas sons popalações cos
mo organismos primários da admis
nistração por serem os que mais de
perto se encontrám com as necessi-
dades públicas, no extenso aglomes
rado fâmiliar. Pol por jsso mesmo
que à lei estobéeléceo como Secds ex=
closivos eleltores, 03 ehefes de fami-
lia, dando-lhes à responsabilidade de
se pronanciarem e decidirem aseres
da direcção dos interesses nacionáis
qie mais prószimamente Ihes Interes-
sam, eriando-!hes tambpérmm am direis
to que o5 envaloe em dever.
Tal dever, tradoz-se, Soldente-
menteé, no votar, sim, mãás cm quem
julgae saficientemente capaz de Cxers
cer cabalmente as fonções para qae
os designáram, é que não recalam
sobre elementos que, alcandorados
pela escolha quantas vezes feita sabe
Dieas como, nada fazem—tantas ve-
768 por não saberem, ogtras—pot
que apenas os Interesse o ostentação
hicrárquica do mandato, tornandosoS
irritanles e malqaeridos,
A minhã t’rra séempre enferma
piloa abandono doós podéres pááblicos
há dez enos colheu o ánico benelis
cl cese, se não forãos seas bons
filhos, alnda hoje por certo o Estado
cestariá alheio à tão premente néces-
sidade=a ágas € nadea mais sc terla
feito, se oatros seons oriandos com 03
olhos fHxos. naquele pédasito aonde
seus olhos vislainbraram às primeios
ras irradinções solares não tivessem
restaorado Inteiramente & sob capêos
lã; e há um ano, 0 povo com os seis
mugros recarsos de ajoda – com sabs-
“erição púáblica alisaram os monticos
que distam dos Qiuartos e Sendinho
nté lá. .. aquela enfelladinha—a Gas-
pálha.
Fil de regozijo, no realidade, pás
ra quem o nanca elo dm automoóvsdl,
constatar o faocto da &ao aparição.
Ora, se tal regozijo representova
para os empreendedores lbrgos sos
crifíicios Irmanndos das insofismaá-
veis críticas dos que nánca fozem
nada, não é menos certo que nada re-
presenta a Insignificáncia do melhora-
mento porquanto einsoficiênciado traá-
halho reálizado—sem condleões neém
estética-—corece da intervenção dos
departamentos compretentes-paro que
a5 mMaráviliias dos scus panóramãás
sejam devidainente exploradas pela
ceonomia e pelo tarismo nacional.
Mal veai a continuação daquele
silêncio profando cnoolecado tado,
Como único sinal de vida, ainda ho-
je como nos dins em que de lá viin,
as gslinhas debicando ao arandono
a [erra úmida das ruclas. Ao sol-
nado, 05 Seas. rejios a resplondeçer
nu cameé daãs montanhãas, récortándo
n imoginação pelo abandono dos seus
tugúrios, de sacho, ancinho 00 cenxo-
daã n ombro ans, roçadoara presa à
cordo é pendarada 60 ombro ontros,
e por fim o chocalhar des cabras e
oOvelhas cm rcbanhus centenos em
buscva de alimentos nos proódos oua
serrantas,
A pecaária é auma parle-dos re-
caorsos deaquela miscranda inóspita; ,
c o homem entregasse ao seo eglto,
à medida vue também vai coltivando
h terra, conftandindo-se com 63 ani-=
mais, na forçado sobricdade que à
miséria é o hávilo impõe, não meres
FDA MMATTDV TRRSOL OETEEEAÇCRES
n paro desotar & fagir, Pobre dele que taos
to G devo ter maguado! E pobre de mim
que tão maquado figueil flos n vida é
assim, tem destes alçapões. ..
(teMemóriaso, de Eduardo Secbwal»
bach =do GCapilalo V)
A Comarca da Sertã
Decorreram brilhantíssimas
as festas de inaugquração da capela
do Pereiro e V;Ie da Pereiro
No pretérito domingo reatizaram-
se 6S festas de inonqoração dá capce
la do Pereiro é Vale do Pereiro, que
se revcsliram da solenmidade e do
brilho que cra tegítimo esperar, da-
do O cxtraordinário intéresse que s
popoláção daqueles lagares pôs na
constroção dessa obra, tão cara, por
Um lãdo, nos seds sentimentos relis
glosós e, por ouotro, à0 bairrismo
que 8 informa e eoja finalidade não
tem ooqtra pretensão que não seja
coidar do sea progresso, elevando-sse
pelo trabalho Incessante e nanca [e-
sar quaisquer ootras pocvoações e
opéás=las dos direitos que lhes asº-
Sisten,
sob este ponto—quer dizer, quans
to à lota porflada & constante da
gente do Fereiro e Vale do Perelro
em prol do: seu desenvolvimento mãás=
terial e melhorio dos soss comodi=
dades—pretendemos dizer algama
coólsa em arligo cespecial porque É
dignã de registo À activldade sonts
trativa daqaclas popolações em obe=s
diência à elevar, tanto quanto possí=
vel, o sco tniíocl de vida, :
Bem cedo com-sos n afloir gente
to Pereiro e Valg do Pereiro, ido
não Apenas da frenoesia da Várzea
dos. Cavaleiros, mas doutras no rêe-
dor, inclaindo também maitas pess
sons da Sertê, donde foi a Filarmós
niça nião Sertaginense para : dar
brilho e animação às festas, “Nó cos
minho de acesso à capelo hávia ar-
cas bizarramente, coloridos, como à
entrada. se fevántoara ootro erec or=
nomentado a primor., A capela, da
inoocaçõo de N. 5. da Aqonta, fica
em alto dominante e gracioso, sec-
vido por bos estrada em ligação com
n csirada nácionál. A capele é em-
pla, maito bem eonstrafda e a8 soas
singelas linhas, tanto interlores como
Exteriores; oferecem ama beleza qeue
é dificil apresentarem oóoteos peque-
nos templos de igaal categoria. Tre
EE EE E TE PNEAA EA b TRBENHENE SEPA
: cendo mais coldado 8 sus pele do
que os Seos bois, as soãs cabras o
osiclhas coo sea porco, Grando oecm
n8s Chovas, à Gmoléccr a terra e 6ns
estrameiras que cireundaim todas a5
habitações, logo o fócinho dos por-
cos 8e revolvem voloptaosamente, O
nhábitante voi pondo am pedregolho
aqul eoutro acolá, para salear abrin-
do 83 gâmbios, ao esterqueiro engaas
lidor de patas e de pés, Será belo
aquele primitioismo* Só e sagrada
Natureza crmbebido na – poréza dos
Seus ares freseos e da água cintilan-
tê c pora poupa aquelos vidas à des
vastidão, da morte, sem o que restes
tiriam em tão denégrida existência,
Estrumelras — carrals—porcos—gas
linhaãas em verdadelro comam com às
haobitações. nem no Marrocos aonde
às milssões desempenham papel pres
panderonte, de colaboração com a
higicne & a medicina, aprisionando
Os . rcbeldes n6s tratamentos que 6
proliláxia exige, em construções ins
telramente constraidas dé marabds
npreciel tal cstado”dêé coisas,
Senhores dãês juntas de [requesia,,,
senhores sobdelegados de sadde-s.
Senhores médicos. .. senhores preais
dêntés de Cómara:.. permitam que
dnqol lanee megs brados clamorosos
por tal estado de coixas, pols só a
V= Exeelências eompere debelor tas
manhos . alraázos procorando quoão
prontâmente possível acábár anomeae-s
lias que nos enoergonham & depris
mem, nos descncorajam < cntristes
cem, por não sermos de temperos
mMento que nos-ajade- a enfrentar
desgraças privando-=nos’ 80 Sed con-
“Pívio,
Joaguim Mateuns
parcdes Branquinhas, telhado aAvers=
melhado, com sea elegnte campaná=
rio, dá ao locãl ama nota de farmo-s
sara que tão bem se casa com à n
dole profoundamente crente dos halis
lantes e ocilo, pOor ASSIM dizer, reáls
cãr o edifício da escola, novo é moais —
to áiróso, cdificado cm ponto mais
alto & um poódco mais pora 0 Ietes
rior, também de controção sóbria,
mas bem cómodo para o fim à qae
se. destino, dispondo da soperfície e
eobogem. soficlentes pora a irequén-
cia, ainde mesmo que ela se clepe
bosiante nos próximos enos, 0 que
não € de presamir, :
Em volta. da capela, no decltoe
sobroniceiro € junto à estroda cspos
lhavamese bpotégoins, que cendiom
calé, vinho e os tráadicionais bolós
de almotolia períamodos de ervao
docre,
Cantoo a missa o rev/º Mannel
da Cruz Nuncs de Matos, zeloso pás
roco da irêeguesia da Várzeoa dos Caos
valeiros, acolitado pelos reo.* Ars
cipreste Mandael Martins e José Franc
clseó Barato, da / Sertã; foi tombém
o reo.º Noncs de fintos que prégoa
o sermão, ouavido com geral ogrado
pelo clevadíssimo númiro de fiéls
que assistiram às cerimónios, moitos
dos quais tiveram de ficar em irente
da porta por não caberem no inté=
rior da capela, Dipois, ama tozida
proclssão, em que se condazia & lin-
da imagem de N. &. da Agonia,
acomponhoda de ma grande mote
dé povo, deu & volta pelo Pereiro,
descendo no Vaále do Pereiro e rês
gressoa à copelinha; 80 ar cram lan
cados muitos moriciros e foguetes e
nalgamoas jâanelos viem-Se loxaosoas
colgadoras de seda,
( dia apresentou s2 encvoando e
pentoso, omesçando chava a todo o
momento; apesar disso, joantoxsse no
Valc. do Pereéiro e Perciro mnuitissia
ma qgtnte; de Serlã, por excemplo,
chegavam, continaamente, autoimos
veils condizindo Torasteiros,
Fara o brilhantisino da festa mai-
to eontriboiram o trabalho é intloéns
cjia dos nossos emigos Mandsl e An-
tónio Joaquim Nogueira e Romãõo
Dias Cardoso, cumerciantes e idaiss
triais do Vale do Pereiro.
” AÃo amigo Manuel Joaquim Nos
queira oqui delkxamos conslqnado o
nosso reconhecimento pelo convite
que nos dirigio para ossistir à festa
€ pela manciro Hdolgo c caotvante
como nos recebea na sãa casa,
Impressos para esco-
las e postos de ensino
Mapas do movimento de
alunos, vendem-se na Pap.
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