Campeão do Zezere nº13 26-04-1891
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1 ANNO Domingo, 26 de Abril de 1891 NUMERO 183
semaos:
Redactores –
Dr. J. À. ve Souro Baaxnio
Dn. .d. H. F va Conceição
ASSIGNATURAS
(Paga adiantada)
ABUOAIN RS o o e S
PASANENSO o L AA dR
Triumestre…… N RRARO
Numere avulso,……..
Brazil 5 5000
Afriea ..2 . 25000
Fóra de Pedrogam acresce &
cobra
18200
$600
$300
sos0
Dedragum GCrunde
Í
SEMANARIO INDEPENDENTE
Direstor
Joaquim Hartins &Grillo
Administrador
EnanciscoMarTINS GíniLLO
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, linha 8Ors.
Annunvios, . » 40 »
IREPONIÇÕES 5 DEA s 20 »
Permanentes, preço convencional
Os B18. .assignantes tem o abati-
mento de 25 p. c 4 :
.tnnuncimn-se gratuitamente
obrAs de que se receba um exem
lar. :
í
Bedrogam Graxnde
— Foda a corvrespondencia dirigida ao director—J. M. Grillo, || ||
– CERTÃ.
PEDROGAM GRANDE
Os judeus
ANA
RUSSIA
Segundo consta continuam
no imperio Moscovita as perse-
-guições contra os judeus, sem
.a menor cempaix&o por essa
, nobre .e heroica raça que, .ha
. quasi, dois mil ancos, tem sido
Yictima do mal entendido odio
religioso d’uns, e da emulação
e inveja d’outros.
Sempre firme nas suas cren-
ças,tem o pôvo judeu arrostado
—com a serenidade ‘dos martyres
É
..o infaman tiveiro dos Pha-
iraós até ao despotismo dos Ce-
zares Romanos, e, principalmer-
te, desde estes até nossos dias,
com os olhos sempre fitos nas
« brunnas do porvir, atravez das
“quaes tem, em vão, buscado
descortinar a limpida aurora da
redempção que almeja.
Em Portugal e Hespanha
“os pobres proscriptos, alvo de
erueis atrocidades, devido ao
fanatismo estulto dos reis, au-
xiliados, — principalmente, pelo
feróz Torquemada de negra
memporia.
Mas, não obstante todas as
perseguições tendentes a exter-
minar este pôvo intelligente e
Jaborioso, tem elle “consegnido
atravessar os seculos por cima
das fogueiras da Inquizição e
forcas dos monarchas, sempre
ânimado d’uma crença que o
não abandona, e lhes dará a
immortalidade.
t— Errante e disperso por so-
breé a terra tem, até hoje, sa-
bido sustentar as suas tradições
“deixando, aquem e alem, ves-
tigios grandiosos da sua. passa-
gem. Senão que o attestam, por
– exemplo, as magestosas pyra-
mides do Egypto, monumento
assombroso que tem rido da
cortante lima dos tempos, não
obstante serem já volvidos quasi
cincoenta seculos, que fallem
as sublimes Tabvas da Loi, que :
as maieres calamidades desde |
Hespanha,
o diga Jerusalem:.
Os originaes recebidos
não se devolvem quer sejam ou
|| | não publicados, se a redacção assim o entender.
— Durante o reinado de D..
José, e devido so grande esta-
dista Sebastião José de Carva-
“lho e Mello, é que os judeus
principiaram a gosar de algu-
mas prerogativas em Portugal,
que até abi lhes eram negadas,
sendo apenas alvo dos motejos
e insultos da, plebe que us odei-
ava.
Voltaram mais tarde as per-
seguições, auctorisadas pelo tilho
querido de Carlota Joaquina, e
aàvançariam em maré cerescente
se não ftossem despedaçar-se,
n’um rouco gemido, d’encontro
à Convenção d’EvoraMonte,
baloarte inuabalavel que deu à
liberdade a um pôvo a quem
o despotismo queria escravisar.
—Mas sc nos nltimos tempos
o pôvo juduu tem sido trntado
mo irmão em Portugal e na
mo em algumas outras uações,
sobresaindo, entre ellas, a Rus-
sia que, ainda À ultima hova
vae expulsar da sua grande
capital, os centoe vinte imil
espatriados que ali residem,
deixando-os sem pão, sem lar,
sem abrigo,
Pode ser que o grande pôve
d’outr’ora ainda torne á sua
passada grandeza, quando . as
poderosas nacionalidades d’hoje
tenham desaparecido umas e
entraquecido outras, ..
Tanta perseverança não pó-
de ficar sem galardão, eo pô-
vo judeu tem sido perseverante
e-martyr, por isso póde ser que
esteja reservado para desem-
penhar alguma grandiosa mis-
são que o futuro sinda oceulta
nas pezadas dobras do seu ne-
gro manto.
J Bi
AENA E
Vaceinamento
No dia 20 do corrente
mez procedeu-se na admi-
nistração do concelho ao
vaceinamento de mais de
60 crianças. Tal operação
foi feita debaixo da inspec-
ção do dignissimo facultati-
vo municipal e sub delega-
do de saude, o sr. dr. Gas-
“par.
não suceede o 1mues- |
Chromos
LIVRO DE CONTOS
DE
D, Wsgonleas WMertins de Caroalho
PREÇO 5090 REIS
Fedidos á auctora em Reguengos, ou ao editor, Joa-
quim Martins Grillo, na Certã.
Benção
O revd.º padre Amaral,
vigario d’esta freguezia, pro-
ceden no dia 12 á benção
da capelia de &. Vicente, si-|
ta nos suburbios d’esta vil-
la, que estava profanada
por cfíeito de obras que
n’ella foram feitas.
OTAºYÉ*ÚÔ€ ES (S AEN ——
Trisão
Na terça-feira deram entra-
da nas . cadeins doe “Thomar
dowe rapazitos, que, a requisi-
ção do diguo delegado do pro-
curador regio d’esta comarca,
foram presos em Ferreira do
ZLexzere.
Esses rapazitos, que devem
ter entre 12 e 15 annos, cram
acompanhados por 3 cabos de
poheia, cada um com seu vara-
pau ferrado, um official de di-
ligencias, eujo typo recordava
o perfeito esbyrro d’outros tem-
[)().º.
Inutil será dizer . que este
aparato bellico para auardar
duas crsanças inconseientes,
despertou a attenção de muita
gente quê o condemnava seve-
ramente,
Todos commentavam o casodizendo:-São “«vrdes» da jas-
tiça de Ferreira do Zezere.
Sahida
Sabiu com licença o escrip-
turario da repartição de fazen-
da d’este concelho 6 ‘sr. Anto-.
nio Augusto Faria e Costa.
TDA A-— ——
iin RRRA o
Manifestou-se um
de variola n’esta villa.
Temos a certeza de que
o sub delegado de saude
enviderá, todos os esforços
para que se não ponha de
parte o saneamento da vil-
la. Em questões de hygie-
ne nada de delongas nem
de , contemplações. &. ex.*
já fez ver à ex.”* camara a
urgente necessidade do var-
rimento das ruas pelo me-
nos duas vezes por semana,
no entanto ellas continuam
na mesma immundice.
o SD O NEE TT—
Fortunato Pimentel
Esteve entre nós O &$r;
Fortunato Pimentel, encar-
regado dos estudos da pos-
ta rural do districto de Lei-
ria e que aqui vejo afim de
estudar a maneira do seu
estabelecimento n’este con-
celho, em harmonia com àa
Informámo-nos depois a res-
peito da responsabilidade d’es-
Sas creanças e disseram-nos
que eram aceusados do crimei|
de «cumplicidade» n’um cstn-
pro praticado por um individuo :
muaior que’/ tambem já estava,
preso.’
exigencia do serviço e com-
modidade dos povos. ‘
Registamos este facto,
pois já não era sem tempo
que alguma coisa de pro-
velfoso se fizesse a este”
concelho,
um caso —elho,
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, 1. RE
3osé Elins Garcia
Apoz dolorosos e “‘eraciantes»
soffrimentos extinguiu-se no
dia 23 ás 12h0ras e 45 mninu-
tos da madrúgada este illistre
chete democrata., 1
. Ante o seu cadarer ehrege-:
lado curvamo-nos respeitosos,
prestando hofoenagem aos me-
recimentos e caracter. do falle-
‘cido democrata.
Elas Garcra foi 0, organisa-
dor do partido repnblicano em
Portugal. À elle, deve este par-
tido a sua existencia,
Partidario da evolúção, Bão
quiz nunca caminhar depressa;
todo o seu empenho era “orga-
nisar, disciplinar o seu partido,
para que quando chegatse ó
momento da lucta marchasse |
forte e unido.
Valleu-lhe este seu modo de
pensar, e a opposição que sem-
pre tez ao radicalismo, bastantes
desgostos. Esforsos empregaram
estes para o derribar, para o
descontentar, mas a sua indivr-
dualidade era tão saliente, à
S$ua auctoridade tanta, que uão
conseguiram senão radicar mais
as suas convicções e a d’aquel-
tes que o seguiam.
Republicano dos mais antigos
não tinha impaciencias, não o
dominava a idéa de se engran-
decer, o que facil lhe teria sido
conseguiri o que queria era o
triumpho ou um ideal com or-
dem; com cordura;
José Elias Garcia manifestou
bem claramente o seu talento,
Oos seus muitos tnereciinentos,
na camara dos deputados e na
camara municipal, onde fica
affirmada a sua individualidade:
%
Elias Garcia nascén em 31
de dezembro de 1830.
Tinha 22 annos quando %e
alistou no exercito:
Em 29 de abril dê 1826, foi
promovido a alferes do corpo
de engenheiros; em 29 de ubril
de 1858 a tenente; em 19 de
outubro de 1868, a capitão; cm
8 de julho de 1880, a major;
em 6 de junho de 1883, a te-
nente coronel e a coronel em
27 de novembro de 1%88.-
CAMPeÃO DO ZEZERE
COLLAR DE PEROLAS
Foi quando veiu abril que à fhgenna creúnça
Sentiu num “vugo anceio
a fronte adormecida,
1E indo ás flores tontar seus sonhos d’esperança
Achou o Iyro d’alma, à
omo se fosse um se
Princiípios, seivás, aliva,
branea flor da tida.
to o mysterin elabora –
à VAsta creação;
É mãe à natureza, é Mão, c-á mesma hora
Abre aós raios do sol à flor e o coração.,
Palpitações do-céo, meditações do. vaile,
Tremores do rochedo e murmurios da rama,
Saudações pelo »r, sem
se saber quem falle,
Beijos, suspiros, ais, sem se sáber quem “amis,
e “
Mas em tudo a paixão, mas a palavra em tudo…
Ai! quando abraza o wundo este mystico ardor,
Podia o labio humano, elle só, ficar mudo,
E a fronte onde ha razà
o nãó se embriagar d’amor?
O amor é o grande centro, o amór é o grande laçoz
En bem o vejo ir do nada
A
á inrmensidade;
4 lei, ‘ harmonia, e g£overua no espiço,
3! Christo, é Deus, é o
du Fisoe:
Obteve por coheurso à G6º
cadeira daà escola do exercito
de que era . lente proprietario.
À materia d’esta eadeira € a
seguinte: (1.º anno) Resistençia
dos materiaes; Fstabilidáde Bas
construcções.—(2.º anno). Hy-
draulica, motores – hydraulicos,
mechamea applicada ás machi-
nas e principalmente às de va-
por e locoinovtivos.
E à
José Elins redigin o «Fnturo»
e à «Demoveracia,» e coliaborou
em variás fulhas de nocraticas,
Elias Garcia vestia 0 uniforme
de coronel de engenheria, din-
gindo-lhe a cinta a banda mili-
tar. Ao peito, ostenta as insi-
gnias de grão mestre da 1maço-
naria.
Sobre o corpo foram lançadas
rosas e amores perleitos.
*
Os funeraes são dttisidos por
Bem, e rege a humanidade:
C. (Cábo Verde)
uma commissão, composta de
Magalhães Lima, Feio Terenas,
Anselmo de Sousa, Gil Carnei-
|ro, Gomes da Silva e Teixe’ra
Simões.
O prestito sabiu £s 2 horas e
meiada tarde de 23 do hotel A-
tlantico, no largo do Corpo San-
to, seguindoe pelairua do Ársenal,
largo do, Mumeipio, rua dos
Canellistas, rua do Ouro, Rocio,
lado oceidental e norte, traves-
sa de S. Domingos, Anjos, Ar-
royos e estrada do lto de S
Joho; oude o cadaver ficará de-
positado no jazigo inunicipal,
O feretro foi conduzido n’uma
carreta munícipal e por a]umuo_g
da escola do exercito. Outras
duas carretas conduziram às
corõas.
À espãáda e capacete do fina;
t s
do iam envoltas 4i crepe sobre
O Caixão.
FOLHETIM
– A LOUCA
(Conclusão)
No cemiterio da cidade, ajo-
elhada sobre uma pequena se-
pultura aonde se 1ê o nome de
Angelo, vê-se uma mulher que
chora e ri exclamando:
Angelo, meu filho!…já dor-
mes? Oh, não queiras morrer
aqui!.. .é tudo isto tão feio!. ..
tão tenebroso!…Vem morrer
nonde morreu teu pael
<Oh! mas tu não has de mor-
rer! Quero que vejas a eidade,
é tão bonita!…tão triste!
«Abi Ah! Ah!…tão bonita!
«Olha, não vês aquelle pala-!.
ti chêio de luzes, aquella mul-
tidão que povôa as salas?
úNão imaginas como todos
são cârinhasos e bons!
«Oh, tu conheces bem a sua
boridade!. . :0o setu exrinho!…
Ab! Ah! Ah! ;
«Mataram-te á fome; meu po-
bre filho!:.,
«Foram elles que fizeram
empallidecer as thas faces. tão
rosadas, cerfar para sempre os
teus olhos azues que eram tão
lindos! tão brilhantes!
«Não ouves d musica que
aquella orchestra excenta?
«E’ a mesma que tócava
quando as vozes melancolicas
dos sinos, annunciavamá a mor-
te de teu pae!
«Ah!:Ahb! Ahbt…
. — «Olha, vês aquellas mascara-
[das que entram pára a cidade?
«Como são bonítas!.
sEu já volto, vou vcl-as mais
de perto!»
Dizendo isto levantou-se im-
petuosamente,
Os seus olhos, momentos an-
tes amortecidos pela febre +ti-
nham um brilho intenso, fitan-
do-os agora naá alegre cidade,
aonde o carnával corõádo de
gargalhadas, ilmperata sobre o
seu throno de eterna , loueura.
ússa doida alegria foi a uni
ca oração funebre da pobre
louca, que soltando um grito
agudo e prolongado, cait sobre
o sólo e adorméceu para sém-
pre murmurando o nome de
sen filho.
Litterntura
QUADROS HISTORICOS
DA :
Liberdade Portuguerza,
Ataque da vilia da Prai
na Hiha Ferceira em
EX de agosto do ES?TO
FR
anseripção)
A vista do estado da ilha
honve um conselho à bordo nas
uguas da Terceira em 6 de Se;
tembro de 1828, presidiãdo pelo
general Moura, no qual ‘ se de-
cidio, que a ilha não se achava
em .estado. de defeza, e em
consequencia. deviain os que
alli se achavam tornar para In-
glaterra. Foi n’esta occasião,
que o “ousade e corajosa, gene-
ral Cabreira declarou, que elle
não voltaria para Tóglaterra, é
| que elle defenderia a ilha, ou
morreria como portuguez hon-
rado, defendendo, a. liberdade
da sua patria, e othrono da
herdeira dos antigos reis de
Portugal. :
Esta deliberação, toda ‘ pot-
tugueza, e propria de portu-
guez, devia encorajar à guarni-
ção honrada, que sustêntava o
pohto em Qque devia firmar-se
a alavanca que havia’ arrojár
para bem longe de Portugal o
usurpador, e O góverio intru-
so: ellaf.ia estrella bonshço-
sa, que iiarcou a térra da’sal-
yação aos que estiveram quasi.
perdidos no meio da borrasta
politica, que a falta de decisão
d’uns, e a traição d’outros’ ti-
nha feito levantar em torno db
patriotismo, e da hoxra: .
O úsurpador, que via RW’aguel-
se baluarte mvencivel o escoólho *
obre que devia naúfrágar, pro-
tegido e áconselhado, envia pa-
ta 9 conibáter umaá itimérosa es:
quadra. i
Não faltava Cdragem 6 o va:
lôr em todos ‘os que ‘gnarde:
ciam à ilha Kersica, e o esfor-
ço dus generães tra rivalisado
pela bravura dos soldados; mas
para que tudo fôsse completo
acháva-se alli o esforçãdo duquê
11
EA t d1 SE
À auróra desprehdia dos seus
labiós côr de rosa o, primeiro
sorriso de luz, que se. estendia .
pelo cume dos montes e ao
longe, dentro . da cidade, às
philarmonicas pertcorriam , às
íTuas e ouviam-se ás innumeras
gargalhadas da — inultidão que
alegremente sandava.o carna”
ã’le, que principiara ‘ n’aquelle
Rc
Reguengos.
Magdalená Martins de
Carvalho.s.
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CAMPEÃO DO ZEZERE — í
da Terceira, filho dilecto da
victoria, Coroado de lJoaros im-
: marcessiveis todos as vozes
: — que desembainhou a e-ptada pe-
: la liberdades. Os soldados não
eram muitós, mas todos eram
valentes, e sóbre serem valen-
tes &Am portuguezês, e portu-
guezes: que defendiará a razão,
Z e a iliberdade da sha terra;
eramisoldados invenciveis, por-
quãê não eram mêércenarios;
eram todos .ci ludãos, , qão offe-
reciam *Feristontia ao Tsurpa-
dar dos sets dirveitos;e Lvberda-
des.
e Narrat aquiios: nólbres feitos
do brio&o/e homrado general
Cnbreira seria empenho súpe-
rior áàs nossus forças: muitó se
Ihe devêú, é o seu nome, nún-
ca manchado.. com acções. im-
proprias de militar brioso, e de
cidadão dé ,’virt’udcs-, não pode
deixar de ser inelúido nu, nu-;
mero dos que inais fizeram a
favor da patriá, e da liberdade!
em geral. E’ testemunho d’esta
wverdáde o decreto dos seus ser-
viços, que deve estar nas se-
— eretarias d’estado, no qual se
lê que Sua Magestadé se re-
— serva par lhe fazer mercê pela
distineta “coragem e decisão
com que nas aguas da Tevcer-
ta, com sua réslóucão .heroica,
salvou a causa da patria e da
Rainha. :
Pelos cuidados d’éste patrio-
ta benemerito, livre de . &mb-
ções, e despresador. de và glo-
Tia, foi a ilha postá em estado
— de defeza.
ra pequenos desgostos,
É lidades dê partido, que
sempre as houve, mesmo entre
.irmãos, filhos do mesmo pa,
“Teinava nailha O socego, e à
“boa ordem estava em todas as
.reousas. : O desejo “de mostrar
aommundo quanto podem bra-
— ços dos.que . pugnam pela jus-
tica;ardia no coração de todos,
“ todós os “dias éera súspirado
‘ aquellesem que”, deviá esculpir-
se em laminas eternas /0 feito
grande.dos valentes. da, Tercer-
E – ra, que, isalvando a patrã e à
: liberdade, “ souberam ser gene-
; — rtosos com os vencidos, no mo-
E ménto! em que eram “tigres com
o 08 que 65 accommettiam: ”
á .. A Europa inteira olhava com
-rinteresse para a ilha;a Inglater-
ra só /é que asvia com ciume ;
—foi a Inglaterra /”que fêz esmho-
, near nas agoas da ilha hervica
‘ 108 subditos da Rainha, sua al-
“liada! Esta .nodoa jámais pode
—ser apagada dos corações, em
“ que respivar honfa é ambr de
. patria. AÀ Europa via naqualle
º ponto o asylo do valor! e da
2 hôtra: os liberaes alhavina pa-
— ra ella como o mananeial de
1147 todas as venturas, e o nascente
a1:de que devia derivar a paz, 2
.abundancia, e a felicidade do
povo portuguez.
m — Nóstodos formavamos votos
pela hoa sorte das armas libér-
tadoras : os cercados prendiam
o interesse do mundo inteiro, e
eram n doce objécto de todos
s norsos vetós; eram toda a
eramos: cáptivos, e artijavamos
duros e pezados glhoss; 2Hes
eram.os destinados para nos
libertar. Í
Tudo corria bem;: tudo’/eita
propieiss tundo — agourava ti feh-
cidade e a viêtoria.
AÀ bahia da villa da Praiá!es-
que se abandonaram por falta
de artilheria, por seis fortes
foites em intrincheiramentos,
procuraândodlies melhores. Nlan-
queamentos, mas cstes, traba-
lhos não «se acháavam. comple-
tos,.
“ (Continta)
ã : 2
– EEA — – – E
ECamnnro IaLicias)
E
PEDROGAM GRANDE
Sessão Oordinaria de 9 de abril de
: 1891
Vertadoaby presentes
Domingos Alexandre, (vice:
presidente) José Alves Callado,
Manoel – Henrinues de . Carva-
lho é Joaquim Thomaz da Silva,
Faltou dom ‘ motivo justifica-
do o presidente sr. visconde da
“Castanheira do Pera.
Approvada e assignada a m
núta da acta/arterior, foi lida a
seguínte,. correspondencia:-— 1 .º
— Um officio da camara munir
ecipal de Oleiros, com onº 16
e data de 3 de merço ultimo,
reclamando o aflixação d’uin e
verno Civil, “com o nº 182 e
data de 17 do dito mez, en-
viando um mappã demohstr.t-
vo das carnes verdes COstimi-
das nweste concelhô duvante . »
anno findo dae 1890, e ordenan
do que depois de prebenchido
se lhe devolvesse; — 3.º— Qu
tra cireular db !mesmongórermo
ervileom o h.1134, enxiando
wh modelo para os resumos das
actas que nos termos do ártigo
105 do codigo administratizo
devem ser entregues na admi
nistração “do “concelhaigç—4.º—
Ontra cirenlar timbem do mes-
é dath de 189596 Ritado mez. de
inarço, ordenando que nos ter-
mos do artigo 29 do regulamen-
to de 23 de março de
8ê enviasse ao , superifitendente
do serviço de fiscalisação , de
pezos e medidas, no ministerio
das. obras . publicas wua coópia
fiel da lista modelo B à que se
refére o art.º 14.º do dito re-
gulamento. Inteirada a Camara
deliberou:—que se affixasse de-
vidamente o edital vindo da ca-
mara, municipal de Oleiros,—
mappa demons’rativo das car-
nes verdes se devolvesse À sua
procedencia,—que na organisa-
futuro hajam de ser entregues na
administração do concelho, se
tivesse sempre em . vista o mo-
nossa esperança, porque fnós
/) %
tá guarnecida, além de outros!|
Havfh-ses prvgectado lgar estes
d modelo B nos . termos do para”,
Ftado regulamento.. – Foi, presen-
tal —2.º==Uma circalar do: go-
mo governo civil com o n.º 353 |
1869
que prebenchido que fosse o
ção dos resumos das actas que de
delo enviado pelo ex.Ӽ gover-
nador civil do districtó; < 20ter
se desse conhecimento — ao afe-*
fidor de pezos e medidas d’es-
te concelho, de quala epocha
em que deviam ter logar os
afilimentos * ordinarios no pre-
sente anno, indicando-se-lhe á
letra c para tal fim foi de-
cretada pelo governo, que se
lhe recommendasse o inteiro
cumprimento. do regulamento
de-23,dê março de 1869 espe-
cialisundo-se-lhe o artigo, onze,
e que. sêm perda . de tempo,; en-
viasse -ao superintendente .do,
serviço de fissalisação de pezos:
e medidas a eopia fiel da lista
grapho do avtigo A.º, do. preci-
te u dr. Francisco Ferreira
Gaspar, e disse que na quali-
dade de presidento da junta” es:-
colar d’este concelho, vinha de-
clarar que ftêndo la Mmezes ef-
fectuado a mudanéa do seú do-
micilio, n’ella se desencaminhá
ra o processo em que à profes-
sora da escola do sexo femeni-
no Maria de Jesus Neves Fer-
reira reclamava augmento, de
25 p. e. sobre o seu ordenado
e que para os fins do decreto
de 29 dêé dezembro de 1886
lhe . havia sido, penviado. por es-
ta camara em 3 de julho pro-
ximo passado, por enjo motivo
se lhe tornava impossivel satias-
fazer no que lhe fôra recom-
mendado em officio. n.º 713 de
27 dê feveiro ultimo,— disse
mais que nó uso das suas at-
tribuiçõs, como facúltativo mu-
nicipal lembrava a convenien-
cia, de, com a maiór urgencia
se mandar fúzer aequisição de
alguns tubos de lympha vacei-
na,—que era mister ordenar a
limpeza das ruas d’esta , villa,
pelo “menos , duas vezes, por
mez; e reparar nas grades da
deveza.
(Contiúúa): »
S i
Orcamentos
Foram enviados pela ad-
ministração do concelho os
orçamentos ordinarios do
municipio bem como os do
cemiterio, que se vae cons-
| truir, e rêspectiva capella.
Lstá orçada a despeza
com.. tal construeção na
quántia de 9003000 e tan:
tos réis:
&8 CHROMOS la
MERCE
Generos alimentícios
— VINHOS FINOS
CtnNPPAgNOE,
primeira qi
E DE BA
f
Genebra e Licores
ESPECIAL CHA E CAFÉ . ,,
Farinhus peitoraes, bolachas e biscoitos
ã
” PUCEAS Sseceas
€ Cconservas
47, Roa de S. Julião, 47 (Vulgo Algibebes)-Lisboã
a TA am cn
&s GE e
&
Um Vins
GN GS PERSAS, TTPODS E QHINHZES
% AMNA RE
: DERVIS MOCLES
Obra illustrada com bellas gravuras
Oscat
NEG 7n oh sa
E’ uma obrà verdadeiramente, extraórdinaria, eheia de so
e de vivos aromas, banhada por
a óbra com queê esta Impreza, i
uma luz saliente e mysteriosas
nicia uma seris
de publicaçõue
destinadas a exusar sensações, obras-pritaas devidas à peéna als
thorisada de . escriptores de primeira grandéza. Esta,’que no-
faz passar pélos ollios deslumbrados, como n’um sonho produzi-
do pelo opia, toda ‘ a plishtastica, vida oriental, ..é, , sem duvida.
muito superior aós cohtos que existem traduzidos por CGalland
pois que encerra os mysterios, às — reminiscehsias do Orjénte,–
desdv a litteratura d India até nos poemas traçados nos confins,
da Asia, como à litteratura pers
P + » *
“ Em todos os paizes onde
| feito à s& apparição, num erosas
em resumido espaço de tempo.
E
CONDIÇÕES DA
a, arabe e japoneza. , . ;
OS MIL E UM DIAS tem
edicções se tem logo eugou&“c
ASSIGNATURA *
LISBOA SSAA A SAGASS
Duas folhas, por semana, de 8 paginar, em 8.º grande, alternadas com
bellas illustrações pagas no acto da entregã.. …l1c0 tee e 150 reis
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Um fasciculo qúâlqeu:d de qualro folhias, de oilo paginas, uma rAvUrE o
| inpressão nivida, pagantento adiintado. . a ã i
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CAMPEAÃO DO ZEZERE
CHROMOS
Wibro de Guadus
de
D. Magdalena Martins de Carvalho
En ,
O livro quei brevemente vãe ver a uz da pub[í;cidm]e sob
i ti tulo de CHROMOS, e onde se reune uma sdmiravel e va-
Irdissima collecção de cuntos, váe ter um grande enceerso por
6 uma obra de merito, onde o leitor vauila nó que mais’ de-
or à apreciar; se o elevado do estylo, se o Lurilado da phrase.
eÀ tua nauctora e uma cscriptora distintissima, como o attes-
m 18 tuas produleções que são muito precuri.das e lidas, es-
calmente no Açemtcjo; e o Évro que c1a vée «parcecr terá
m a liaga extiac ão não só ali, mas cm qualquer parte onde
FENMUGA Algrm Xemplar.
Contúicões da assagunatura
O livro CHROM( S, foimará um elegante volume que, em
eguengos e na Ceriã, pode ser sadquindo pelo modico.
Mreco 300 reis
nas demais localidades por 320 reis. É E
Pedidos à auctora, em Reguengos, ov ao editor Fgaquim Mar
tins Grillo, na Certã,
Qlherto E C.Teitão
João Antonio Caetano
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” Escriváo e Tabelhão Loja-de Thevócanin. trisháces, dh
Pedrogam Grande bedal, tóla, ferragens e cubis i1tige
ESCRIPTORIO Precos”convisiativos
EEA TALE FA CORONE SD GE SE Ni 2 LTA
Abilo jiNogueira David
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Mercearia e Tabacaria
Rua deMiguel Leitão d’Andra-
de ; i
Advogado
J. AÀ. de Sóuto Brandão
TESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja
– — Pedrogam Grande
— to —
N’este. escriptorio toma-se
conta de qualquer causa civel,
cerime ou prommoçãões quer
dependam dos tribunaes da Co-
marca de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-
Dunaes do paíz; e tambem de NITIDEZ
outros quaesquer negoelos civIs
“das repartições publicas d’esta E
villa, ou fora d’ella. Bom papel
– ESSEEESSrOrEASEEICE TA 1ENA
. Mercearia e Tabacaria
-DE
lívros”
Companhias de Únveyacão
Hamburgueza Chargeure
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Portugueza Messagereis
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Bessil, Dfcica Ordenial e Oriental ste,
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nos, um quarto de passagem; efide einco a dez annos meiafpassagem,
Para os diversos porlos do BRAZIL, em dilferentes dias dos mezes
Passagens gratuitas para o Brazil
Nos magnificos paquetes, da Companhia Charguers Reunis’que sahem
de Lishos embnm dose e vintefefdois deis de cada mez dão-se passagens gra-
tuitas as famiílias, de trabalhadores que desjeem ir para quasquer Provincia
do Brizil, d’esde 11sboa ate aolRio da Janeivo. A’sua. chegada ali, o Go-
Verno c nçede-lhes transporte gratuito ute a Provincia à que se distinem,
se 2hi são livtes para empregarem a sua activídade laboriosa: trabalho
que muis lhe convenha não contrahindo nenhuma divida pelos hen’efieios re-
recebidos .
Na redacção d’este jornal prestão-se esclarecimentos.
Agente na
: Cextá
dinquim Wartins EGrilla
Olbias Nescodionsdor
DE
MANOEL ANTONIO GRILLÓ
Travessa Pires N.º 2
dertã
‘TYFÚGBAPHIA
E
JOAQU] M MARTI NS CRILLO
Travessa Pires N.º 1-2 e Becco da Imprensa N.º2
CERTA
N7 * :
esta typegraphia confecio
Impressos para Juizes de Direito, Delegados. Escrivães,
Nesta officina confeciona-se todo e qualquer trabalho con-
cernente a esta arte. t
JIsoaquim Pircs C, Davig
LARGO DO MUNICIPIO
Loja de Mercearia, tabacaria,
lerragens e fazendas bran-
cas .ete, ete.
ET TICITI TERTIAEE DS 16 TE CISTAVONOITOAININTES
Marceilino Lopes da Silva
Largo do Encantro
Mercearia e Tabacaria
BEISEEII NET NMEÓ
‘ RECREIO
Revista semanal. Litte-
raria e Charadistica
RAPIDEZ
E
; O —Recreio=— é sem duvida uma
Preçºs modicos das publicacões Jitterarias mais bara-
tas do paiz e que tem univamente
(m vista proporcicnar aos seus. assig-
nuntes leitura amina e vil, mediante
v4 nodicissima jeiril vição, 18to é;
Tam-se cem rapidez evaesquer
Augusto Thomaz Barreto
Rua de Miguel Leitão d’Andrade
Enlresoes =
ESTA acreditada casa acaba e
receber fina manteiga e bons assuca-
res, chá e café, que vende por preços
muito rasóaveis, assim como esta á
espera de mzagificos charutos e cutras
qualidades de tabacos.
dlanosl GCaslano
Largo do Nunvicipio
Estabelecimento: de ferragens
louças cestedal Agente
da Comyanhia de
Segnros Tagus
Juntas de Parcchias, Juizes Ordinarios, de Paz e Municipaes,
cobr_ança de congruas, diversas Confrarias, Camaras, Adminis-
trnçoes,xBocrbº-dorms, Repartições de F; zenda, Escolas, Corpo
fiscal, Fhaimacias, Esta bellecimentos, Depositos de tabicos, e
qusesquer outras repartições,
tulares, ete,
Bilhetes de wisita
»
A
« « « F
Um É qpretos…
Partecipaçõ es de casenmor
corporações publicas cu . parti
. 25 de 100 a 28CO reis
DO de 150 a 450 «
tereoasa.. 10O Je 9D0 af9C00 «
………. 25 le 2CO0 a 560 «
.1 80 de 3C0O a 9001 «
1CO0 de 500 a 1200 «
nte de E(O710e para cima.
600 dAA
R AA D R MAA /S
A aR A NEE À
O proprietario d’este estabellecimento encarrega-se de quaes-
quer serviços, na Certã.
Cumpra livros e encarrega
se da verda d’outros, etc.
Cda vimero — E0 réie, com 16 pagi-
vas à duxe columvas e em optimo pa-
]l(l.
Fstá em publicação a 10,º serie.Ca-
da série de 26 numeros formam um
volume completamente independente.
Fm Lisboa à assiegnatura pega no à. o
da untrega. Para a provincia, a assig-
valura e (e1la-ds series de 26 numeraos
e custa 380 reis.
Toda a correspondencia deve
serg dirigida a João Romano
Torres rua do’Diario de Noti-
cias 93— Lisbova.
SEDITOR:
==Albano Nunes Roldão—
Typagraphia e impressão
Travessa Pires,, N. 2 e