Campeão do Zezere nº9 29-03-1891

@@@ 1 @@@

EE cn o L oncaa aaa

“palpitantes que ultimamen-

grantes, antes de

trar a felicidade.

toda a pujança da vide, , atra-

Bedesteros
H: E pE Sorvo Braxpão
F va Voreniçito É

ATSIGNATURAS

(Puga adinntada)

Dr.
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Ssunssto :
Trimestre. ..
Numere avulsó, tA
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vór dª l’vchn.pn acresce &

Becoliaa

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391

arço de 18

AINDEPENDENTE
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Tn im

Biartins Gerillo

NUMKEKOU y
Adminisirador
FrancISCO Mannúa Griuuvo

PUBLICAÇÕES

No corpo do jornal, linha / SOrs,
Annuncios, » 40 »
Repetições, = , &a BD

Pérmanentes, preço convencional
Us ers. assienantés tem ‘O’ahrti-
mento de 25: pn 19
Annusciam-se gra’mtamonte
wbras de que se receba um exem
»1 .

(É.E.ÚTTJ Âam ôxm&)s

Toda a corresponde encia u.i.gnh aodirector—J.M. Exrillo, |la

CERTA:

FEnaom’mi GRANDE

D emigraçãs
– Uma das questões mais

te tem pleoc&npado Ós go-
vernos e a imprensa jorna-
hstlca, é a da emigração,
éssa – febre delirantissima
que evadin |especialmente
os povos do norte do paiz,
arrastando familias intei-
Tas, & mesnro povoações,
longe da patria em busca,
de fortuna. :

Be os governos não to-
màrem prompta.s e inergi–
cas prow’ldenma. MTA
dará múuitos annos que a
nossa agricultura se não
resinta dum modo assus-
tador 4 falta de braços, e
que grande parte dos nos-
sos haveres, se não tenha
escoado para. o immenso
s_orvedoxro Americano.

E’ que os infelizes emi-
abando-
narem à patria que lhes foi
berço, e o sol que acalen-
tou os seus primeiros so-,
nhos da _]uventude, des-
apossam-se de quanto pog—
suem, e depois… ahi vão
elles com o coração anima-
do de tão faguenu.b quanto
fallazes esperanças, rece-
ber crudelissimos desenga-
nos onde esperavam encon-

Todos 68 anhos iulha-
res d’estes deseraçados, em

Vessam os mares paru nun-
ca mais voltarem.

– Uns, passado pouco tem-
po, succumbém a um tra-
balho esmagador sob a ac-
ção d’um clima mortitero,
e estes são 08 menos des-

venturados: outros que por
algum tempo consêguenmi
resistir ás doenças, em bre-
ve se sentem’gastos, e “por
tanto inutilisados, sem san-
de, sem patría, sem fortu-
nAa, Sem amiçgos e sem tra-
balho! E assim acabam
aquellas organisações ain-
da- hontem. robustissimas,
cheias de”vida e de espe- t
rança, depois de, por al
2um tempo, haverem ” ar-
rástado uma existencia de
prívclqf)eã e miserias.

E emquanto elles 1á suc-
cumbem é fome é é doén-

ça, Jlançados à margem co-
mo qualguer muma] de
!utga estropeado e que já
‘]m,ml_u serve,
carecersos nós aqui de bra-
ços para cnltivar. os nessos
fertelissimos campos! E’ por
isS0 / que nós acompa-
nhândo nos clamores &

imprensa, á clla nos associa-

moós “soneitando, esigindo
mesmo do & v;:’nn.l_ímme-
di’tt;w mcedidas que oppo-
ibaim sesuro diquêe a esta
torrenté assustadora

ameaça o paiz infeiro.
tá e.B.

—SESZTEOS 2UDOO TA En enm

“Tempo

Após um tempo verda-
deiramente nvernoso tesem-
se seguidos dias primavera-
de gramie.uti]idade a
continuação de tal’ tempo
ipara se próceder à semen-
teira dos milhos que .esta-
na paralisada.

ENTA ENA i
Estada f
Esteve” entrenós o s.

Antonio Etgenio de Car-
valho Leitão, da, Certã,

Cumprimentamos s. ex.º ;

que s

Os, rorigihaós, rocebidos. não, se devolvem quer aejam ou
não publicados, se a redacção assim o entender,

E€hromos

É IVRO F CON’ I“OS

DE

mm em

, Hlsgdalas Warkivs de Carvalho

PREÇO Soo REIS

Fedidos- á

auctora e m Reguengos, ou ao editoi, Ju—

quim Martins Grillo, na Certã.

João Chagas

Tem produzido desagra-‘
dabilissima impressão a
condemnação com que foi:
ferido, pclo “conselho de,
guerra, o distinctissimo jor-
nalista e primoroso talento,
João Chagas.

Não só em Lishoa, ma
também no Porto e em va-
rios, pontas, da provintia; a
imprensa se tem. océunpado
d’essa sentença, achavdo-a
exarerada e injústa.

ATENTES DA á o

Assassinatô ,

No dia 17 foi commetti-
do um horr]vel assassinato
na Amoreiva, lomar perten-
cente 4 Pampilhosa: di, Sex
xa, ./ Um tal, Antonião . dos
San tczs,gatuím de profissão.:
il 6 auetor do assassinato,
servindo-se. para tal fm
dnm pau agnueado, com o
qual atravessow as guellas
da victima de nome, Joa-
quina Henriques.

O assassino fot logo prer
so e confessou o erime, des
clarando que foi uma rixa
velha o môvel do erime.

Não. satisfeito ainda o
malvado Ctom o dssinar
à pobre mulher que deixa
6 filhos na orphandade, des-
pojou-a de toda a roupa

que trazia vestida!

Acaba de morrer em V:—
enna d’Austria um dosmais

| distinetos representantes da

arte medica, o dr. Guilher-
me Schlesinger. Contava
setentae cinco annos. Quan-
do em 13867. Napoleão, UII
passou) a]guns dias em Sa-
izburgo, chamou ali aquel-
le medico a’ quem “consul-
tonu acerca dós seus padem—
mentos de bexiga.

Guilherme, bchlesmg er
applicava-se/ particular-
mente a “tudo: quanto se
referia à csplrltlsmo, ma—
gnelismo e menuensmo,
tenda Teunido a mais. rica
collecção que”se conhece
de pubucagoes sobre o as-
sSumpto.

Yoi um dos red.a.eteres
da «Nova Imprensa Lívre», .
de Vienna, e um’:dos fun-
dadores da Associação dos
escriptorss e jornalistas
intitulada a «Concordia »

W.__——*—’—r’—-———- ” —

| Visita :

Acham-tse de-visita n’es-
ta * villa. 08 srs: rFranciseo
Farinha. David Leitão. e
Antonio de Souto Brandão..

Os nossos écumprimen-
tos. EM
ee 0EA ——

‘ Regresso i

De Coimbra 1egresaa.—r
ram os nossos amigos Ma-
noel Caetano e Julio” Faris

nha.l Caetano e Julio” Farinha.

 

@@@ 1 @@@

 

CORRESPONDENCIA

Coentral, 18 de março de 1891
O temporal

” Fevereiro, como querêndo
compensar-nos do excessivo frio
com que à Natureza approuve
mimozear à liumanidade, pare-
cendo ter-nos transportado ás
regiões glaciaes, deu-nos por
fim alguns -dias, cujas manhãs,
-amênas e deliciosas, nos faziam
lembrar, com saudade, a5 / d’a-
quella quadra do anno, em que
os prados, o8 campos, a Nutu-
re22 em summa, parece reviver
-—4sa primavera». ‘

-Taes dias foram fugazes, e
não conseguiram illudir, tal-
vez, Dinguem.

Vejo jdepois o marxço com
as suas caracteristicas perfi-
dias. Lá em cima o sól preten-
dia aquecer-nos comos seus
raios de fogo; mas para logo
vinham densas nuvens que, en-
-cobrindo-o, despediam sobre nós
impetuosas saraivadas!

Mas alem dos saraivadas,
março tem-nos dado mais algu-
macousa;por isso que nos dias 12
e 13 do corrente desencadeou-se
Vviolentamente o temporal que
o . astrologo Noherlesoom tinha
jé prognoatjcçdo, causando não
poucos prejuizos no “mar e em
terra.

Cá, nas táldas da serra do
Altar Trevim se fez elle tam-
“bem sentir. O veento de N. O.
sibilava medonhamente, pare-
‘cendo arrastar comsigo arvores
e telhados, e no dia 13 a neve
e o graniso, alternadamente,
não cessaram de cahir, fundin-
do-se felizmente mal tocavam
“o solo, em virtude d’elle estar
molhado; e for devido a esta
“Circumstancia que a neve não
«lemorou por muites dias entre
nós, como algumas vezes tem
“suceedido, attingindo grande al-
tura. Mas isto só se dava nos
pontos mais baixos; porque no
sitio do Marco geodesico e em
toda a extensão da. serra do
Altar Trevim e suas ramenifi-
cações via-se cá de baixo um
immenso extendal de neve que,
para outros menos affectos a
estes espectaculos, seria um as-
pecto soberbo. Julgámos estar
na Laponia ou na Siberia, O ther-
mmometro marcava dentro de

CAMPEÃO DO ZEZERY

dCollar de Verolas

M.

‘Tinhas nos labios um

Quem não ha de jurar

ÀA linda’e casta rosa r
Em que teus!labios tinge de gentil rubor!
Roubas-te ao rei das flores…ao puro jasmim,

DEVANEIO

L:

sorriso divinal!

No olhar pevetrante um brilho tão intenso
Qune em ineu peito meendeu esse amurjimmento,
Louco e profundo como os abysmos do mal!

Do teu collo de jaspe a forma esculptural,
De teus pretos cabellos o perfil extenso,
Enlevou meu espirito «bsorte, suspenso. . .
Em tua formosura só e sem egual!!

oubaste o carmim

D’esses teus niveos dentes”a eburnea côr!
Oh! assim bella e com taes encantos sem
-te um infindo amorx!

fim.

1. de Carvalho

casa, ás 10 horas da manhã, D
graus acima de zero; e nºo imeijo
de tudo ista a trovoada, comu
ponto forçado n’estus alternati-
vas da temperatura atmosphe-
Tica, tambem deixou ouvir o
seu medonho ribowbo,.

Felizmente nada causou nre-
juizo, como suceedeu em muuij-
los pontos do globo, antes foi
de grande vantagem para os
terrenos arricolas, que, pela
pertinaz cstiagem, estavals sec-
cos. ,

Que o mm’ç() Rse FHV]’“’I.“SÚ,
nos poucis dias que lhe vestam
como nos ultimos se porteu o
seu visinho fevereiro, é O que
desejariamos; mas, infelizimen-
te, Noherlesoom já nus annun-
cia novas tempestades para a
sua ultima quinzena. Deus se
amercie de nós.

Um coentralense
cAA <R TSNOA AA ——
Talho

Deve ser aberto d’entro
em . breve o novo talho,
mandado construir pela ca-
mara municipal no Largo
do Municipio.

Ferias

Vieram passar as ferias
da Paschoa á Castanheira
de Pera,o8 nossos presados
assignantes dr. Augusto
Barreto e Arthur Bebiano
e a esta villa os srs. An-
tonio — Francisco, Ednardo
Thomaz David e Manuel
Marques Pereira estudan-
tes de preparatorios.

ES DA EE EAA —
Bismarck

O comité central socialis-
ta de Berlim celebrou uma
reunião extraordinaria pa-
ra trafar da attitude que
deve adoptar o partido em
face da candidatura do
principe de Bismarck.

Os srs. Liebkunecht e
Bebel propozeram ao comi-
té que declare que os soci-
listas devem combater com
todas as forças a candida-
tura do ex-chanceller. –

Phyilozera

Na estação do Meio-Dia
(Hespanha) foi queimada
pur decisão da commissão
central de defeza contra o
phylloxera, uma remessa
de vides procedentes dos
viveiros de Lerida.

Academia de Bellas Artes

Na Academia das Bellas
Ártes, de Paris, deve reali-
sar se em , breve a eleição
para o logar vagoj pela
morte do pintor Meisso-
nier.

À secção de pintura
apresenta como candidatos:
em primeiro logar, Lau-
rens; em segundo, Lefebvre
€ em terceiro, Detaille.

Para o logar vago d’um
membro da secção de com-
posição musiçal, por morte
de Léo Delibes, foi eleito
Guiraud, por 25 votos con-
tra 8, que obteve Paladiz
lhe e 1 alcançado por Jon-
ciéres. :

DS — -.
Sentenças

Foram publicadas nó dia
24 do corrente as senten-
ças absolutorias e condem-
natorias dos individuos im-
plicados na revolta do Por-
to e por tal motivo proces-
sados,

— EAMO TT MNTA RE —
Esquadra ingleza

E’, esperada em Carta-
gena, nº primeira quinze-
na de abril, uma esquadra
ingleza composta de dois
couraçados, tres crugeado-
res e dois avisos.
TEA , …

FOLHETIM ú “”Nã? éê mª(it’º longe, nós| —Está bom, sobe para os|Quando se aproximaram, 6 cor- –

* : vimos d’esse lado. meus hombros… e o primeiro | neteiro vendo ô vulto, abaixou

Sé(—;]:.?stão muitos soldados em jscldado offerecen-lhe os hem- | e : o

w cão ª’%_ . S bl’ºª: ah d e —True!. acreditem-me, ho-

2 T7Am senhor, Urm:tos. Nesta’ oceasião uma rajada | nens de Deus! E’ o True!
DA —âãn francezes? de vento fez onviro som lon-| q largou as armas ara).ao’
CONPANHIA —Him, senhor: e tambem giquo de instrumentos’ mar. o &

(Jéan Nicolai)
“( Continuação do n.º 8)

D’ahi à alguns passos encon-
traram as creâncas. —

— Sédan é para acolá? per-
guntou o sargento À menina
” «máis velha.

— / = S8Sim, senhor soldado.
—Fica ainda longê?

lá está 6 imperador.

—Ah! bem, obrigado: E di-
rigindo-se sos outros: Tambem
Tá está o imperador!

À pequena mais velha vol-
ton-se:

—Tenham cuidado, senhoóres:
está na estrada Um cão|dam-
nado. :

—Não posso mais, diste o

doente.

‘eiaes, Eram os clarins írance-
zes.

, —Emfim disse o que levava
as simas; e, pegandono seu
clarim, começou a tocar tam-
bem./º

Um vulto negro estendido &
margem da valêta ergue-se so
sem do clarim e de cabe-
ça levantada obrervava n che-
gada dos soldados. Era o cão.

riciar o cão. O animal tinha-se
agachudo e olservava os: solda-
dos, movendo a canda.
—Está doente disse
gento.
—Não, está ferido.
E o cmneteiro limpava com
o dedo o tangue que corria da,
ilharga do animal. — ;
(Continúa)

o sar-

Tred. de

dosé Biono de Lemo

 

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dc oiniçã ” .

Litieraturao

meA

QUADROS EHISTORICOS
DA

 

Liberdade Fortugueaz

Ataque da villia da Pratia
na Élha Terceira em
11 de agçosto de 1529

(Transcripção)
aL’untintado do n.º &)

Sôólta assim a mmção dos ver-
gonhosos ferros do despotismo,
que se tinha atevantado, pôde
metter debaixo dos pés o mons-
tro, e / esmagar-lhe a cabeça;
njas como , a generosidade e à
magnificencia caracterisavam
este povo, no’ perdão concedi-
do 20s assassinos da patria ficon
o germen parua à destruição-

D. Miguel, que instigado
por aduladores eriminosos, . ou
por sua indole pervérsa, tinha
armado u braço detesiavel con-
tra o pai, e contra o seu rei,
esmagando em o mesmopé à
mnatureza, e os deveres de sub-
dito portuguez, cumpria o cap-
tiveiro a que a vontade do pai
e 08 “decretos do rei + tinham
condemnado; porém aquelle
Pedro, que tinha sido generoso
para os subditos, não o pôde
ser menos para 6 irmão; e que-
rendo distinguir este d’aquelles,
d’uma só vez lhe deu patria, e
1 liberdade, e na esposa a mei-
or prova da sua indulgencia:
bens -que, ainda que a política
lh’os defendesse, lhe quiz con-
ceder a grandeza d’um rei que,
tendo quebrado os ferros ao
povo, mal os podia conservar
o irmão.

Restituido o infante, a quem
as desgraças e os annos deviamn
ter domesticado a indole, á pa-
tria que não via sem,mágoa as
mal cicatrizadas feridas. que
elle lhe tinhá aberto no seio,
pelo respeito devido ao vei e á
esposa, em quem acabava de
effectuar:«se uma abdicação es-
pontanea, recebe com os braços
crúzados o tyranno, que à de-
via devastar.

Penna, que não fôsse movi-
da porum pulso portuguez,
devia continuar o fio desta bis-
toria, porque à não continuará,
sem dôr, quem vio e sentio 05
estragos de feroz usurpação
deste tyranno, o mais barbaro
que dezenove seculos tem visto,
e em quem se reunio a estupi-
dez de Heliogabalo, e a feroci-
dade de Nero.

ÀA arvore da liberdade, tans-
plantada pela segunda vez n’es-
te solo de benção, devia soffrer
imais um contratempo, pára que
depois de perdida tôsse eultiva-
da com muis. disvello e amor;
e estava guardado para D. Mi-
guêl, principe de costumes que
envergonham o seculó em que
Viveu, é & terra quêe 6 “vio
nascer , deseerregar o golpe
deftruidor, que levasse d’úma

CAMPEÃO DO ZEZERE

só vez os fórosdo povoe a
lei fudamental do Estado, a’
mesma que tinha destruido o
Justo e legal decreto de seu ex-
terminio. E que outra – cousa
havia a esperar 4o filho rebel-
de, que se tiiha arinado con-
tra O pai e contra a patriá, se-
não à mgratidão !

(Continua).

3 Baschos

À Paschoa é uma festa so-
lemue celebrada “pelos judeus
tanto antigos como modernos e
por todos os christãos,

Segundo as decissões da Kgre-
ja catholica, a festa da Fas
choa deve celebrar-se no 1.º
domingo depois da lua cheia,
Qque se segu:r ao dia 20 de Mar-
ço.

Os antigos chamaram-lhe
«Paschoas da palavra calda:ca
«phase», que significa passagem,
porque . ella foi mstituida em
memoria da passagem do anjo
exterminador, que matou todos
o3 primogenitos dos cgypcios e
“alvou os dos isvaelitas, na
noite que precedeu a sua sa-
hida do Egypio; porque “como

quizesse deixar sahir da escra-
vidão 6 povo do Senhor, este
mandou a seu anjo, que ma-
tasse todos os primogénitos tan-
to os dos homens desde o filho
de Pharaó até ao da mais «hu-
milde» escrava como os de to-
dos os animaes. Easta festa ce-
lebravam os judeus comendo
pão asmo por sete diás e ná
noite da solemnidade se ajun-
tavam as fonúliao ná mesma
casa para comerem o cordeiro
paschal, isto é um cordeiro – de
UMm ANNO, sem muancha, assado
ao figo e comido com pães as-
mos e Jleitugas, bravas. Nada
devia restar d’elle pela manhã
€ se alguns restos houvesse
erám consumridos pelo fogo.
Na nova lei 08 christãos cele-
brain na festa da Paschoa a re-

surreição de Jesus Christo.

Esta festa, que serve de re-
gra a tócas as ountras moves,
é celebrada por deeisão do con-
eilio de Nicêa no primeiro do-
mingo depois do decimo qnarto
dia da lua de março para não
comeidir com a dos Judeus
que a celebram no mesmo de-
cimo qúarto dia. Antigamente
dava-se o nome de Paschoa n
todas as grandes festas do anno;
e assim — dizia-se-— Paschoea da
Natividade pelo dia de Natal
—Paschoa da Ascesão etc, cos-
tume que ainda conservam os
hespanhoes, mas nós somente
a respeito da festa de Pente-
costes a que ainda hoje cha-
mamos Faschoa do Espirito San-
to.

Pharaó se endurecesse e não

O Congo

As negociações entre Portu-
gal e o Estado do Congos, re-
lativamente á delimitação dos
territorios contestados do Mva-
ta e Ianvo entraram em no-
va phase, Os plenipotenciarios
acharam um terreno para ac-
côrdo e está proxima a solu-
ção do liigio.

———————— CAATEÉO ——

Chromos

ANNUNÇCIOS

Earros

No bem conhecido estabele-
cimento de Adriano Eranciseon
Dias, rua do Visconde da Luz,
n.º 107 a 113, em Coimbra,
vende-se por preço convidativos
ders bonitos phaetons., “Tanto
Um cumo outro servem para um
ou . dois cavallos; tem lança e
varaes; são buns e garante-se a
boa construção. Tambem vende
muite em conto um carro de
duas rodas para um só cavallo,

assim como vende baratisst-
mo uma carroça muito ségura;
serve para jumento ou cavallo
pequeno.

Tem tambem arreios novos e
uzados para parelha e para um
só cavallo, assim como arreios
descavallaria.

Vende muilo em conta.,

PHARMACIA

MANOEL SIMÕES CASTÀ
-. NHEIRA
Pedrogam Grande

Esta pharmacia está muito
bem sortida de drogas e medi-
ca mentos, achando-se, por i$sso,
o proprietario habilitado a sãá-
tisfazer todas as exigencias da
E Clencia. : ?

PILULAS

vontra a tenia ou solitariá
Freparam.-se inteiramente ve-
-Betaes e inoffensivas

SAÃAO INFALLIVEIS.

— Enviam-se pelo correio.

FPreco 1 $00O réis

MERCEARIA PEDROGUENSE.

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Generos alimenticios de primeira qualidade
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Farinhas peitoraes, bolachas e biscoitos
Fructas seccas e conservas

47, Eoa de &. Julião, 47 (Vulgo Algibebes)=Lubot S

s d) : Um Dins

CON’ 05 FERIAS, TUROOS E CEINILZES
POR Í

DERVIS MOCLES *

Obra illnstrada com bellas gravuras

PSPEIDICAS o A NÇOO

CPILER

: Oscnr Mep

E’ uma óbra verdadeirantente extraordinaria, dheia de só
e de vivos aromas, banhada por uma lnuz taliente e mysteriosa ..
a obra com que esta’ Empreza inicia uma seria de publicaçõe:
destinadas a causar sensações, obras-primas devidas á pena au
thorisada de escriptores de primeira grandeza. Esta, que nos
faz passar pelos olhos deslumbrados, como n’um sonho produzi-‘
do pelo ópio. teda à pbantastica vida oriental, é, sem duvida
muito superior aos contous que existem traduzidos por Galland,
pois que ceucerra os mysterios, as reminiscencncias dó Oriente,

desde à litteratura da india aié

aos poeciras traçados nos confins

da Asia, como a litteratma persa, arube e japoneza.

Em todos os paizes orde CS MIL E UMDIAS tem

feito a sva apparição, nun erosus edicções se tem logo esgotade .

em resumido espaço de tenipo.

CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA

p

: LISBOA
T’uas felhes, per semana, de 8 pagirae, em 8º £rande, allernadas com
ubrelias ilivstrações pagas nosscto da emlreguios e focaviivedaalicoe 50 reis
PFEGWINÇIAS

Um fateieulo quinzensl de quatio lolkas, de oito paginas, uma gravore,

inpressão nivida, paganiento adiantado

………………………. 120 reis

EMILEZA EDITCEA LO MENTRE PÓPULAR
2.— 273 Rua da Magdalena, 279— 2/
” LISBOA A a

 

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CHROMOS
Sibro d Gontis
de
D. Magdaiena Martins de Corvalho

—— —

O!livro que brevemente váe ver a luz da publicilade sob
ó titulo de UHROMOS, e onde se reune uma admiravel e va-
liosissima collecção de contos, váe ter um grande successo por

“ser uma obra de merito, onde o leitor vacila no que mais de-

verá apreciar: se o elevado do estylo, se o burilado da phrase.

À sua auctora e uma cscriptora distintissima, como o attes-
tam as suas produleções que são muito procuradas e Jidas, es-
pecialmente no Açemtejo; e o livro que ora váe aparecer. terá
uma larga exirac ão não só ali, mas em qualquev parte onde
appareça algum xemplar.

Condicães da assigúatura

O livro CHROM(S, formará um elegante volume que, em
Reguengos e na Ceriã, pode scr adquirido pelo modico.

Vreco 300 reis

nas demais localidades por 320 reis.

Pedidos á auctora, em Reguengos, ou ao editor Jonquim Mar

tins Grillo, na Certã.

a iberto E. G. ZTeitão
Escrivão e Ial:-lellião-
Pedrogam Grande

ESCRIPTORIO :
‘RuatdeMiguel :Leitão, d’Andra- | MFORRRTASEEIREEIONAA A A acA
dosa E o í Abilo Nogueira DPavid

— Á—

DIEI’CC%I.I’I_& e 135,7,_. AEALIA

João Antonio Caetano
Rna do Eirádo

Lojá de mercearia, tiblaress :
hedal, sóla,ferrageos e cutos eutosa

Preços convidativos:

Advogado

[J. À. de Souto Brandão i
ESCRIPTORIO FORENSE
Largo da lgteja
Pedrogam Grande
——ló ——

N’este escriptorio toma-se
conta de qualquer caúsa civel,
“.rime ou prommoções quer
pendam dos tribunaes da Co-
marea de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-

CER

bunaes do paiz; e tambem de NÍTIÍDEZ _Éâ’
outros quaesquer negocios civis ” Til

das repartições publicas d esta
villa, ou fora d’ella. “
REE NSNS CIDOCÇE TUA PEONERERTRS A TNTEEMENADTOOST:

Mercearia e Tabacaria

Bom papel

Hamburgueza Chargeure
MALA REAL REUNIS
Portugueza “Messagereis
Lloyd Bremen Maritimes
Ete. Bte. Ete. Ete.

Para todo ‘os portos do

1, lam Ousdeninl e Oriórisl d.

SAHIDA DE LISBOA, para todos os portos d’Africa, em
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se shi são livres para empregarem a sua activídade Iaboriosa trabumt;
quê mais lhe convenha pão contrabindo nenhuma, divida pelos beneficios re:
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dJinquim Hartins Esillo

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Travessa Pires Nºº1:9 d Berco da Tm

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í 2 EDITOR
==Albano Nunes Roldão==

Travessa Pires, N. te 2
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Está em publicacão.a 10 º serie.Ca:’-

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