A Comarca da Sertã nº266 23-10-1941
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O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO pot ta
a | Eduardo: Parata da Filva Cova TIP. PORTELDA FEIO
. — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— Co |
> ATELE FONE
« PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112
4» WI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã sa E e
Nº 266 Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Reis e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do RO de Mação) | 1944
Notas …
UM jornaleiro de uma po-
voação próxima disse-nos
que grandes quantidades de
palha de milho estão sendo
enviadas do nosso concelho
para outros e que os indiví
duos envolvidos neste negócio
ganhum bom dinheiro. A pa-
tha, diz-nos, está atingindo já
preços fenomenais e, dagui q
pouco, não haverá, nas redon
dezas, um molho para Rar
aos animais.
Quere dizer que, desde que o
preço seju muito alto, vale
“mais sustentar as bestas a pão
de ló…
“Nem a palha escapa, com
um milhão ue demónios!
Que, ao menos, êsses trafi-
cantes de fora, levassem a pa-
lha e nos deixassem ficar o
grão! Do mal, o menos!
una, apostados em des |
a de Odessa é uma pá-
gina de heroísmos na história
— da presente Puerra.
* Segundo dizem os cronistas
autorizados, a campanha só
P terminar com o anigli-
lamento dos exércitos soviéti-
cos e nunca com a conquista
“ae alguns centros de primeira
* categoria. Ora, se os russos
“recuam em boa ordem, não
conseguindo os alemãâis desars
ticalar os seus exércitos, a
guerra, naquela frente, terá
ainda muito que durar.
ECHO
RARO éo dia em que não se
regista um desastre de
camioneta de carga ou passa-
geiros por excesso de veloci-
dade e, geralmente, com con
” segilências graves.
Quem anda nas ruas ou es-
tradus traz sempre o credo na
bôcu unte o receio de apanhar
um piparote que o leve desta
– pára melhor!
Aparece cada bruto a guiar,
gue era uma obra de miseri-
córdia caçar-lhe a carta! Há
motoristas que andam com tal
gana que se vê logô não terem
consciência das suas respon-
sabilidades. E antes que êles
façam dano de vulto, não se-
ria jor de propósito prendê |
“los curtos.
Olextraordinâriamente con-‘
corrida a feira de 15 do
corrente.
Sempre assim é quando há
prenúncio dum bom ano de
parto
“uSSOS es com na
ns tranquilamente à nossa mesa
de trabalho, quando entrou na Re-
dacção, a passo estugado, de rosto vermelho
c-mo romã, um homem do povo, simples
jornaleiro, que, em voz firme, nos dispara
à queima-roupa a seguinte pregunta:
— Os ers. não sabem o que por aí se
está passando com esta história do milho ?
E, sem esperar por resposta, prosse:
gue, agora um pouco mais calmo, em tom
de narração:
—- Há quem, com o maior desstôro,
empregue agora tôda a sua actividade &
a enviar para fora do nosso concelho gran:
Nos destas tardes encontrávamo-
usando um processo simples, fácil, cómodo
e sem despesas e que permite escapar se à
milho sai, em carros de qualquer espécie,
misturado ou escondido entre lotes ou mo-
[lhos de palha! Quem vê os carros julga,
como é natural, tratar-se exclusivamente
de palha, mas o milho lê vai dentro, bem
acautelado, para outros concelhos, pelo
rea churudos lucros!
Depois, com’ o semblante um pouco
E onaliidciio pela indignação, gesticulan-
do desordenadamente, o homenzinho con-
‘tinua : +.
— Não há só negociantes metidos nes-
ias traficâncias; há também diversos. pe-
quenos, lagradores, que mal têm onde cair
mortos e querem, à viva fôrça, rousar-nos
o nossó pãozinho !,,.
E num lamento:
— Depois, o que há de ser de nós to.
dos, dos nossos filhos ?! Havemos de mor-
rer à fome?!, o
“Em agitigia desabafo, citou-nos os
nomes de dois ou três indivíduos que se
entregam à ignóbil tarefa de açambarca-
mento e especulação.
dirigir se à Autoridade Administrativa, à
qual devia explicar, tim-tim por tim tim,
tudo o que sabe a respeito de tais mani-
gacias, denunciando os culpados não co-
mo detractor, mas dizendo, sômente, a ver-
dade, para que ela fique de sobreaviso e
firmeza indispensável, castigando, inexo-
ravelmente, todos os tratantes que, demen-
tados pela sêde dos lucros fáceis, estão
agravando a situação econômica do meio,
fazendo desaparecer o milho e outros gê
neros de primira necessidade indispenaá
veis à alimentaçã
Para que o homem ficasse depar- das
disposições legais em vigor no concelho no
to ant: a milho PR de pobres e reme-
dad s— leme lhe lg 1 publicado no
nº 264 qual av : Bxon oa pregis » áxi-
ms de venia o asclarocso que enão 6 per
Imtida à eaída de da do goncelho sera
Ção com o seu preço, fic
des partidas de milho da nova colheita. | 6
-|râde. de: fiscalização, mais OU uénvs mper-
|iada, que as autoridades podem fazer: o
uma terra.
qual os açambarcadores é gananciosos re-
Aconselhámos o nosso informador 4!
possa, em momento oportuno, agir com a
a FUNDADORES –
E Dr. José Carlos Ehrhardt —
Eaé António Barata e Silva ==.
Dr. José Barata Corrêa e Siva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
que os interessados requisitem na Secção
Policial da Câmara a competente guia de
trânsito; também não é permitido o açam-
barcamento dêste cereal, nem a especula-
ando os transgres-
sores sujeitos à apreensãp das quantidades
que lhes forem encontradas e ás penas es-
tabelecidas no Decreto-Lei n.º 29.964».
Não temos uma sombra sequer, de
má vontade contra os comerciantes, nego
ciantes, industriais e lavradores que pre:
tendem, honradan ente, llcivamente ganbai
a sua vida; à sua actividade dentro da lei.
absolutamente necessária e pelo sea va-
No pelo ia em eus eo pa aim
porianecia eco b à i
de do ERRO da nda ria o da agricúl
tura de uma região, maior será a sua 1).
queza, melhores é mais dep
as suas condições de vida, mais aliu seiá
o nivel da exisiôncia culeciiva. So,0 dr
nheiro é a mula real à impulsionar inicia
tivas úteis, destas, quando bem comanda-
das ou dirigidas, há de nesultar a prospe-
ridade comum, porque à trabalho digno
escorraça a miséria dos lãres, porque o ho-
mem se dignifica quando b seu esfôrço en-
contra uma compensação |justa,
Assim como nós adíhiramos e respei-
tamos todos aquêles que se dedicam a um
trabalho probo, de que provém não só a
sua felicidade pessoal mas, indirectamente,
a dos concidadãos, assin) como nós nutri
mos. RO simpatia |pelos homens de
8 Seus capitais na
alho, proporcio-
nando ventura 6 e cd ajcentenas de ope-
rários, também não podenhos calar o nosso
protêsto, estigmatizando e verberando enêr-
gicamente todos aquêles,|sejam ôles quais
forem, que fazem da sua |profissão comer-
cial ou industrial 0 azorrague com que se
castigam inócentes, os quê, pela sua acção
criminosa, condenada e punida à face da
lei, provocam uma situação intolerável de
mal-estar, causando a carlência proposita-
da dos artigos indispensáveis à alimenta-
ção, para que, See possam exigir e
ços excessivos. |
D
Por decôro connosto próprios, por
uma questão de dignidade, pelo respeito
que devemos, não só a nós, mas aos outros,
compete-nos, sempre que jenhamos conhe-
cimento concreto de quhlquer caso de
açambarcamento ou espe ulação, ir junto
da Autoridade Administrativa dar-lhe con-
ta do que soubermos, não como míseros e
ignóbeis denunciantes, papel que devemus
sempre repelir, mas por dkíesa dos nnssos
legítimos direitos e interêsses, direitos e
imterêssos. que são os de tôda a colectiv!
“dedo,
(Continua na 4º página)
afrontadas serão.
Acabe-se com a ganância! -e. a lápis.
CE BE 3
COM, a subida constante dos
géneros indispensáveis à”
vida, parece-nos que as donas
de casa encontrariam um meio
óptimo de atenuar tantas difi-
culdades procurando intensie
ficar, ao máximo, a criação
de animais domésticos, princi-
palmente galinhas e coelhos.
E* que estamos num. tempo
em que é preciso lançar mão ‘
de todos os recursos. Este,
que apresentamos, não é de.
aifícil realização e tem uma:
grande vantagem: ser econó-
mico e compensador.
ra
S oliveiras, êste ano, apres
sentum, por tôda a parte,
£raças a Deus, uma promete-
dora novidade. Até consola,
alé os olios se dos riem de.
contentamentoguandoasobser-
vamos jd tamente carreg
de frutos sãos, em pleno cre.
cimento, havendo ramos que
parecem estalury vergados do
pêso au rica azeitoninha, ago- .
ra verde e que, em breve, sur=
girá preta, côr de azeviche,
brilhando aos raivs do sol.
A oliveira bem merece todos |
os nossos cuidados e sacrifi-
“cios; ela, mais do que qual=
quer outra árvore, sabe pagás-
“los generosamente.
Que se convençam disto als
guns lavradores que relegam
os seus olivais à condição de ..
cousa inútil e desprezível, dei-
xando afogar em mato e pi-
inheiros a árvore deliciosa da
paz e da prosperidade!
Queiram-se da insignifican+
te produção, mas esquecem-se
de as amanhar, sapondo int=
til o gasto de alguns escudos
com o seu tratamento,
rosa
NÃ perspectiva de uma farta
colheita de azeitona para
os lados do Ribatejo e Borda
de Agua, preparam se para
partir para ali algamas cen
tenas de jornaleiros da nossa
região.
Seo trabalho se prolongar
e for bem pago, como de cos-
tume, amealharão umas boas
economias, permitindo-se o
luxo de comprar umas fatio-
tas de truz, uns sapatos de
vira e chapéu de bom feltro!
Os pais de família presenteas
rão as consortes com blúsia de .
alto preço e a moçada ficará
vestida por muito tempo, tôda
taful, a impar de vpetulâncial
Pagam-se as dívidas, repara-
seo casinholo e guarda se o
resto aos cobres no baú, que
os tempos vão maus e ninguem
sade o dia ae Amanhã!
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Lasielo Branco
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Lasielo Branco
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A comarca da Sertã
Companhia te Vinção do Sernache, Limitado
Conceasionária ‘da carreira de passageiros entre
FIGUEIRÓÔ DOS VINHOS -SERTÁÃ
Comunica ao público quo, a partir de 25 de Agosto corrente, cii=, E
tram em vigôr os seguintes horários: .
| “A B Cc D E E
| Cheg. | Part. | Cheg, | Part. | Cheg. | Part. Cheg. | Part. | Chog. | Part
Figueiró dos Vinhos (Largo Sertã (L. Ferreira Ribeiro) — | 6,50] — |13,00
: do Municipio) . — |14,25]) — |18,30] — | 19,50] Sernache do Bonjardim . | 7,0 | 7,13/13,20/ 13,33
Aldeia Cimeira | 14,37] 14,37] 18,42) 18,42] 20,02] 20,02]] Aldeia Cimeira. 7,43 | 14,03) 14,02
Sernache do Bonjardim «| 15,07/ 15,10] 19 12) 19,15) 20,32] 20,35] Figueiró dos Vinhos (Lar-
Sertã (L. Ferreira Ribeiro) . fo — 119,35] — 120,55] — go do Município) . ; 155| — 114,15] —
A = Efectuam-se às 2.28, 4,2s e 6.38, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,
de 1 dé Outubro a 30 de Abril, às 3.25 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, dunde parte às 15,50.
de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.25 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.
às 3.28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an- I
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C). – =
às 3.28 e 5.28 feiras e Sábados. Procede de Castelo Branco é segue a Coimbra.
Para bom entendimento do público esclarece-se « que as carreiras Castelo Branco — Coimbra, e vice-
versa, não soítem alteração com os presentes horários
Diversas notícias
Está aberto concurso documen-
tal, por 15 dias, para o preenchi-
mento das vagas existentes nas
escolas: feminina do Outeiro da
Lagoa (Sertã) e mista do Vale de
Agua (Proença-a-Nova).
— Pela extinção da Auditoria
Administrativa de Coimbra, o
concelho da Sertã, bem como to-
– dos os do distrito de Castelo
Branco, passou para a Auditoria
de Lisboa.
“— Em substituição da respecti-
va professora, que se encontra de
“licença, está dirigindo a escola
” de Palhais a regente sr.º * D. da
– zeres Albino. so
predial os prédios urbanos cons-
truídos, ampliados e melhora: |
dos, nas c.ndições e escalões in-
dicados nesse diploma. Os pro-
prietários dos mesmos prédios
também gozarão da redução de
sisa na primeira transacção.
efe
“Material para os Bombeiros
A Direcção da A. B. V. da
Sertã adquiriu, na pretérita se-
mana, 100 metros de mangueira
por 3.240$00 !
Um pau por um ôlho, amigos!
Mesmo por aquêle preço sabe
Deus quanto esfôrço foi necessá-
rio para obter a mangueira, que
era forçoso comprar fôssem quais
fôssem as condições.
A sua falta representava um
pesadelo para a Direcção.
Ag ae
INTERÊSSES REGIONAIS
Foram concedidas as seguintes
comparticipações: às Câmaras
Municipais, de Sertã, para abas-
tecimento de água à povoação
do Sesmo, 1.º fase, exploração,
5043800 e de Vila de Rei, para
abastecimento de água à povoa-
ção de Seada, 2.º fase, 6.322800;
às Juntas de Freguesia, da Isna
(Oleiros), para reparação do ce-
mitério e construção de uma casa
de autópsias, 4.212300; Sobreira
Formosa, para construção do cas
minho vicinal de Maxiais (E. N
de ligação de Sobreira Formosa
àE.N. 12-1º), a Sobral Fernan-
do, terraplanagens e obras de
arte entre perfis 92 e 167,
38 689300; Pedrógão Pequeno,
para alargamento da praça An-
gelo Vidigal, 14 962800; e Car-
digos, para ab-stecimento de
água às povozções de Chaveira
g Chaveirinha, 22.171400,
— Acaba de ser Publicado um |
decreto, pelo Ministério das Fi-| |
nanças, isentando de contribuição
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Póvoa R. Cerdeira . 7,1 1715 ||Ramalhos, . . .|1840]18,45
Sertã . é 7,30] — || Pedrógão Pequeno .|1900] —
De 1 de Julho a 30 de ini electua-se
todos os dias excepto aos domingos.
De 1 de Julho a 30 de Outubro, efectua-se
todos os dias excepto aos domingos.
De 1 de Novembro a 30 de Junho, efectua-se || De 1 de Novembro a 30 de Junho, etectua-se
às 2.28, 5.º e sábados. às 4,28, 6. * 8 sábados.
Este horário anula todos os anteriormente aprovados
Colégio NU SEM
Curso dos Liceus
8
insérução Primária
SERNACHE do BOMJARDIM
CURSO LICEAL
Professor diplomado lec-
ciona o 1.º ciclo dos liceus
(1º, 2.º e 3º classes), apre-
sentando a exame.
Nesta Redacção se infor-
ma,
PROFESSOR
a instrução primária, 4 o :
º ano Jos liceus, contabilida-
jaz e faz preparação cuidadosa
para os exames de regentes de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as |
férias actuais.
Anlormigse nesta Redacção.
Norberto Pereira.
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO
ERREI
Rua Aurea, 189 2.º-D.º
TELEFONE 27111:
LISBOA
AVENIDA ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEFONE 46609
Is fins AZEICE
E da região de
SERTÃ E sERNACHE DO BOMJARDIM
são vendidos no máximo da pureza,
por serem selecoionados esorupu-
fosamente da produção própria
As boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa
LIBANIO VAZ SERRA
Eº amigo dedicado da | Quere fazer melhor venda dos
sua terra? |
artigos do seu comércio
Indique-nos, como assinantes, e produtos da sua indústria ?
todos os prtrícios e amigos que.
ainda o não são. |
O valor e o bom nome da sua |
terra dependem, em grande par- |
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário,
Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
| da Sertã»,
QUINTA
Na Sertã, vende-se por
190 contos.
Tem moradias de Senho-
rio e de caseiro, 30 hectares,
vlival, pinhal, terra de se
meadura e de horta, muita
agua e gado,
Companhia Carruagens, R
D. Pedro V, 115 Tel. 28147
—LISBUA.
GARVÁÃO
Vendem-so em grandes
q antidades, ervideiros, azi-
bheiras e copas para fabrico
da carvão. 4
Tratar com Loimatito An-
tunes da Silva, — Sobral==*
Madeirã (Beira Baixa),
Faça a expedição das suas
encomendas
por intermédio da COM-
PANHIA DE VIAÇÃO DE
SERNA-HE Lº, que lhe
garante a múdicidade de
preços, segurança é rapidez
e a certeza de que elas che-
gam ao seu destino sém o
mais leve dano.
Consulte o nosso ascritó-
rio em Sernache do Bomjar-
dim e qualquer dos nossos
agentes do percurso de Lis-
boa à Sertã, em Proença-a-
Nova, Oleiros, Alvaro e Pe-
drógãu Pequeno.
es
Telefones nº, Sertã; 65;
8. rnache, 4; Toma, 70; San-
tarém, 200 Lisboa, 45508, |45508, |
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pla
i
Rede pone
ipa ra
e
ríeio
“Campo Maior, H de Outubro
de 1941,
«–Sr. Eduardo Barata
SERTÃ
“Meu… Amigo:
Os meus cumprimentos, e agra
decimentos—ainda que tardíos —
pela forma gentil e amável como
recebeu, há » ezes êste patrício,
* quando. em peregrinação de sau
dede, êle ceambulou, jubiloso
pelos sítios que em menino e
moço tã)» bem conh ceu e amou |
-» e pela terra que lhe foi berço e
não poude esquecer nunca nos
vinte e tantos anos que a não
“viu. Sinto ainda o encantamento
que a visita me causou; e, se
Deus me der saúde e vida, conto
repetir a visita muitas vezes.
Tantas quantas os meus afazeres
mo permitam Acheia Seriã, cada
vez que saía, mai. e mais linda
e pena tive de não poder demo-
rar-me mais dias por lá.
Oxalá que quando aí volte não
tenham ainda ceifado a Carva
lha, verdadei a «sala de visitas»
da nossa terra ! Sentíria uma pro-.
funda impressão de tristeza, que
não é piéguice, mas verdadeiro
amor pelas árvores e môrmente
por essas, entre as quais ainda
p de haver algumas das que há
30 anos ajudei a plantar, sob a
direcção do meu bondoso pru-
fessor, Sr. Namorado, ao som do
«Escolas semeai», que a rapazia-
da entoava com mais ou menos
afinação . Quem manda, lá sa-
be as linhas com que se cose. E
já que não tive ensejo de abrir
bico sôbre o assunto, no inque
– rito do seu Jornal, mal me fica-
ria vir agora dar sentenças,
Mas, com sinceridade, creio
ser difcil . bter, em espaço de
tempo suficientemente curto para
poderm s ver em nossos dias,
um parque arborizado que se
aproxime em belez», do conjun-
to actualmente existente Em de-
alhe, pode haver algumas árvo-
elhas a pedir arranque Mas
arrancar tudo, bom e mau?! Que |
* Coisa desoladora ficará a Carva-
– lha! Por mais pérgolas e muros
“de suporte com azulejo, etc. que
“lhe ponham, se á sempre uma
desolação. Tudo o que agora,
“como porte altivo das suas ár-
vores constitui, de facto, um lin-
“do melh ramento, que muito
aprecici e tornará ainda mais
aprazível e pitoresco aquêle lin-
do re anto da Sertã, perderá a
sua utilidade de embelezamento
imediato. Mais valia só o faze
rem, então, quando tivessem che-
gado a obter, com árvores no-
vas, um parque digno dêsse no-
me…
Fica a Carvalha calçada, mas |
despida e sem chapéu. Em resu-
mo, e como opinião despreten-
ciosa e que já não conta quere-
-me parecer que a melhor solu-
ção seria a de conservar o que
está bom e substituir o que não
presta. Até que tôdas se perdes-
sem, muitos anos deveriam ter
passado. E os presentes tambem
teem o direito de gozar a sua
Carvalha, desde que possam con-
ciliar esse direito com o desejo
bem louvável de deixar aos vin-
douros obra asseada. E esta po-!
de ser obtida, creio bem, a pou-”
co e pouco, mercê da substituição periódica das árvores inutili-,
zadas E” asnática a opinião ? Eu
sei lá! Mas creia o meu caro
Eduardo Barata que é sincera,
Desculpe o desabafo. Peço-lhe
que disponha do que o abraça e
se confessa
patrício e amigo
Fernando da Silva Dias
dao
ATENÇÃO
A Administração dêste sema-
+ 1508, Alfredo H. Serra, 5$; Do-
nário mediante pequena comiss –
são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da.
aquisição de documentos nas res
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
dáquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas ou
“gutras publicações.
tos melhoramentos de iniciativa pura-
A Jomarça da” Blortã
Através da Comarca
Festas em Cardigos |
CARDIGOS, 4—Segando o costame
dos anos anteriores, realizou-se no
dia 14 do mês findo, nesta encantado |
ra vila, com extraordinário explendor
e grande concorrência de fiéis, a fes-.
ta em honra do Sagrado Coração de |
Jesus. Como preparação, houve trí=,
Cabranes, da Congregação do S. S. R.
| do Póôrto
R’s 9 horas teve lugar a missa da
Comanhão Geral, em que cêrca de 300
crianças receberam o Pão dos Anjos
Grande número de pessoas se abeim
roa da Sagrada Mesa com muito rem
colhimento e devoção, enquanto as
Um grupo da élite de Cardigos, que tomou parte no recital realizado nas noites de 14
crianças com as sãas vozes angélicas, :
entoavam vários cânticos.
Dentre tôdas as cerimónias é esta a
mais comovente, em que o nosso es-
pírito parece viver nas regiões celes-
tiais.
Finda a missa e mais cerimónias ren
ligiosas adequadas ao acto, foi serpi=
“do às crianças em lagar convenientes
mente preparado um abundante lan=
che, que constou de bôlo doce e vi=
nhos. A’s 15 horas precisas começoa
a missa da festa, celebrada pelo Rev.o
P. Serafim Dias Tavares, pároco em
Montemôr-o-=Novo, que foi acolitado
pelos Revd.ºs Henrique da Silva Louro
e David Dias Rosa..
Um grapo de gentis meninas cantou
+
À caiação das casas
PEDRÓGÃO PEQUENO, 13 — Uma
aspiração justa e que há muito deveria
ter sido já realizada para dar a esta
vila o aspecto risonho que deveria ter,
igualando com as suas pitorescas e
afamadas paisagens— era a da caiação
do casario,
Era um problema cuja solução se
impunha a bem da higiene, mas que
pelo desleixo ia ficando no olvido.
Parecia mal, nomeadamente numa
terra que tem orgulho em mostrar tanmente local, levados a efeito por todos
os lados e que tivesse a contrastar com ,
alguns belos edificios, casas sem arga-
á
‘ cima de dois mil, encorporando-se ‘ zessem er
(Noticiário dos nossos corr spondentes)
primorosamente a missa a duas vo,
zes, dirigida habilmente pelo Revd o
Padre Luiz Martins Aparício, pároco :
em Tôrres Novas.
No pálpito, o prêgador dissertou lãr=
gamente e com grande proficiência |
: sôbre o amor do Sagrado Coração de.
Jesas. E
Terminada a missa, organizou-se a :
‘ dao prêgado pelo Revd.o Pe Manuel | procissão que percorreu solenemente , desta terrá
as principais ruas da vila. À
Nela se encorporaram as crianças »
da comanhão solene, com os seas
pestidos alvos de neve, as crianças
da «razada Eucarística, com o sea
estandarte e respectivos distintivos, ir –
mandades, maitas bandeiras, Pia União
das Filhas de Maria com o seu estan= i
darte, Apostolado da Oração, cujos
associados nesta freguesia são para |
também, algumas dezenas de tabolei= |
ros, ornamentados a capricho com.
prodatos da regiao. Das janelas pen.
diam ricas e vistosas colgaduras, que
ofereciam um aspecto de cor e beleza |
e à passagem da imagem do Sagrado |
Coração de Jesas ioram lançadas,
inámeras pétalas.
‘ Concluída a procissão, ioi dada a
bênção do Santíssimo Sacramento e
fez-se ajConsagração Nacional da Fre=
guesia ao Sagrado Coração de Jesus.
Como recordação, às crianças fou
ram distribuídos diplomas, livros, ter=
ços e estampas. É
o
massa, sem cal, sem brilho algum,
apresentando-se a vila nalguns pontos
com um aspecto desolador.
Em boa hora soou a ordem da Câma-
ra Municipal, ordenando a caiação de
tôdas as casas e muros do Pedrógão
Pequeno.
Por isso vai uma azafama na caiação
das habitações.
Andam ao desafio, os seus morado-
res, quais deverão ser os primeiros e
já alguns receiam ser os ultimos.
Os pedroguenses demonstram sem»
pre o seu bairrismo quando lhe falam
dos seus brios e do seu comprovado
amor à sua terra.
Que nenhum faleça, em ânimo, cum-
Bombeiros Voluntários da Sertã!
Donativos colhidos no pedi- *
tório efectuado na Sertã:
Jorge G. Marques, 208; José ‘
P. Costa, 5%; António Barata e
Silva, 508; Dr. José Carlos Ehr-:
hardt, 40%; E. Emília M. Morei
ra e netos (Pôrto), 108, D. Gui- |
lhermina L. de Portugal Durão,
mingos Luiz (Casalinho), 108;
João Nunes e Silva, 208; Luiz
Martins (Aldeia da Ribeira), 10$;
Padre Eduardo Fernandes, 58;
João M. Pinheiro, 5%; D Con-
ceição da Silva Baptista 108, D.
Benedita P Alves, 5%; Augusto
). Rossi, 208; Maria de jesus
Farinha, 1850; Gregório, $50;
José C. Gaspar, 58, Jo é Casimi-
ro, 28; Juão Ramalhosa, 58; Raúl
Caldeira, 58; Domingos FP. da
Silva, 58, António I. Pereira
Cardim, 108; José Lop-s da sil-
va, 5$; João Januário Leitão, 53;
D. Albertina Lima da Silva, 108;
D. Emília das D res Barata, 205.
ont quo não se compreendem
distribuído depois das 13 horas,
‘ pela chegada da mala de Castelo
idos Correios local a falta de es-
A mala do correio de Tomar
chega à Sertã às 10 horas.
Estranha-se, e com razão, que,
em muitos dias, O correio seja
porque se persiste em esperar
Branco, que deve entrar na Es-
tação puuco depois das 12,30 e
que, geralmente, vem com atrazo,
Ora, sendo relativamente re-
duzido o volume de correspon-
dência proveniente da sede do
distrito, não era antes de acon-
selhar que se (fizessem duas dis-
tribuições ?
o
Tem-se verificado, na Estação
tampilhas das taxas mais corren
tes, O que implica a apo-ição, na
correspundência ou em qualquer
volume, de uma quási infinidade
de selos de diminuto valor, coi-a
que aborrece o público, pondo à
| deiras profissionais na arte do palco !
da Igreja ejdos pobres protegidos pela
Soma, 449800,
À prova tôda a sua paciência e com
Bº tarda, foram leiloados os tabom
leiros com] bastante interêsse, rever=
tendo o prodato para cobrir as des»
pesas da lesta.
A festa | constituiu uma verdadeira
profissão de Fé e de Glória, a Cristo-
Rei, e patanteou bem claramente co=
mo os sehtimentos religiosos conti-
nuam bem arreigados na boa gente
E
das 23 horas, realizou-se
um recital, que agradou plenamente à
numerosa| e selecta assistência, pela
forma impecável como as personagens
se exibiram e Os vários námeros que
constituiram o programa foram exe»
cutados. formado pela élite feminina,
deram,a jimpressão de serem verda-
— Cércd
E 21 de Setembro
Embora |todos os números satisfim
absoluto, não podemos
deixar de |salientar «Províncias de
Portagal» em que cada personagem
se exibia Com os trajos regionais, e
canções características; e «Vareira»,
com a variedade dos seus bailados,
arrancoa h assistência fartos e pro-
longados aplaasos.
“Bem andou a garbosa javentade
Cardiguense em proporcionar aos
seus conterrâneos momentos de tanta
alegria. E É
Parte da receita reverteu a favor
Conierência de S, Vicente de Paulo.
e E.
>
| O seu dever de enaltecer a .
alindando-a, respeitando ao
po a ordem emanada da
prindo co
sua terra,
mesmo te
Câmara.
Com um pouco de sacrificio de cada
um, mostrarão todos o belo e impo-
nente aspetto do Pedrógão unido, a
quem de longe ou de perto o venha
visitar, para ver as suas paisagens en-
cantadoras o Cabril.
— Sairam|para Lisboa o nosso preza-
do amigo e sr. Fausto Santana e sua
Exm,* espôsa.
— Com chrta demora esteve aqui o
st. José Martins, de Moscavide, acom-
panhado de jsua família.
| E
E
o inconveniente de ter de gastar
muito… cuspo !
Um sarilho dos diabos e, quási
sempre, para quem pede um te
lefonema 3 espera horas seguidas
e, por fim, acaba por desistir;
não se coniseguiu a ligação |
Tratando-se, muitas vezes, de
comunicações ve certa urgência
e importância, podem-se avaliar
os prejuízos e arrelias que isto
acarreta, tanto mais que o telé-
grafo nem sempre pode substituir
o telefone,
O telefone, entre nós, está ain-
da no período que podemos de
nominar da infância. Daqui, até
satisfazer cabaimente o fim para
que foi criado, ainsa há de levar
muito tempo. Caro, moros», des-
favoráveis| condições auditivas, o
telefone não corresponde ainda,
às necessidades que dêle se exi
gem.
Melaho para cieilona «VERAS»
todo em ferro Vende barat
José André Ferreira – TOMAR
Eleições das Juntas de Freguesia
Em tôdas as freguesias do nos-
so concelho, com excepção da .
do Nesperal, realizaram-se, no
domingo passado, as eleições das
Juntas de Freguesia. O acto de-
correu num ambiente de grande
entusiasmo e o facto de compa-
recerem às urnas 4.865 chefes de
família, ou seja, em relação a
5.129 eleitores inscritos a per-
centagem elevadissima de 94,8º/,
de votações, prova, elogiiente, e
inequivocamente, o espírito de
compreensão cívica que os ani-
ma e o interêsse pelos destinos
das freguesias, que todos desejam
cada vez mais prósperas e en-
grandecidas. Demonstrou-se mais
que a população do nosso con»
celho está absolutamente integra-
da na política do Estado Novo;
o acto eleitoral, pela forma eles
vada como decorreu, afirmou,
nitidamente, que o povo do con-
celho da Sertã tem a maior gra-
tidão pela obra patriótica de Sa-
lazar, que reintegrou a terra
portuguesa nas suas tradições
históricas e nacionalistas.
Na Sertã, a assembléia, sob a
presidência do sr. Manoel Mi-
lheiro Duarte, funcionou na es-
cola Conde Ferreira, Pouc: s mo»
mentos depois da abertura afl.iu
elevado número de eleitores, no-
tando-se a comparência, no pri.
meiro grupo além de mu tas ou-
tras pessoas de elevada posição
social no meio, dos srs. drs Cars
los Martins, ilustre Presidente da
Câmara e Armando Tôrres Pau-
lo, meritíssimo Juiz de Direito da
Comarca, chefes de família.
Em tôdas as freguesias foram
eleitos os candidatos constantes
das listas que publicâmos no pas- |
sado número.
4
4
Porque a freguesia do Nespe-
ral «não encontrou: 5 eleitores
que se dessem ao incómodo de .
organizar uma lista, e apresentá-
la ao Presidente da Câmara até
ao dia 7, último do prazo», o.
sr. Ministro do Interior já orde-
nou que se lhe apresentasse a
proposta de uma comissão admi-
| nistrativa para a referida fregues
sia.
a
iNovo Partido Médico no Con.
calho de Oleiros
Sancionando a deliberação to-
mada, nesse sentido, pela Câma-
mara Municipal de Oleiros, o sr.
Ministro do Interior autorizou a
criação de um novo partido mé.
dico no concelho, com sede no
Roqueiro, freguesia do Estreito,
Uma obra a patentear a acção
daquêle Corpo Administrativo
porque, indubitâvelmente, repre-
senta um grande passo em bene-
fício das populações pobres in. |
teressadas.
Baeta
Festa de Cristo Rei
Como de. costume realiza-se
no próximo domingo a festa em
honra de Cristo Rei com o ses
guinte programa :
A’s 11 horas, missa cantada,
sermão e juramento das novas
direcções da Acção Católica.
A’s 15 horas, no Teatro, uma
sessão solene em honra de Cris=
to Rei.
Brg
Palavras claras
O sr. Ministro do Interior, ao
fixar o critério a adoptar nas
eleições dos corpos administrati-
vos, aconselhou «que os trabalhos
se orientassem no sentido de lhes
imprimir a maior dignidade e de
conseguir que o sufrágio incidis
se sôbre indivídeos de perfeita
estrutura moral e de franço inte-
rêsse pelos negócios administras
tivos,
Postais com vistas da Sertã
«EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção
“Colecção de 7 postais — 7800
@@@ 1 @@@
– Américo Vaz Rebordão Corrêa
– Estê nosso prezado patrício é amigo,
aistinto Administrador do concelho do
Dande (Angola), que há meses se en-.
contra na Sertã em gõso de licença,
acompanhado de sua espõsa, teve ago-
ra conhecimento de um louvor que lhe
foi dado pelo sr, Governador da Pro-
vínciá de Luanda.
OQ.facto não é de admirar, antes pro-
va, simplesmente, o conceito em que
são tidos os seus altos predicados de
funcionário intel’gente, sabedor e pro-
bo, a-par-de uma vasta cultura e de
Américo Vaz Rebordão Corrêa
noa vel qualidades de carácter e co-
fação, que o tornam, justamente, esti-
mado por todos que o conhecem.
– E” com muito prazer que para aqui
trasladamos o texto do despacho in-
serto na «Ordem da Província»:
«Tendo o Administrador de 3.º clas-
se, Américo Vaz Rebordão Corrêa, de-
sempenhado a sua função nesta Pro-
víncia por forma a merecer os melho-
res elogios: No uso da competência
que me confere o n.º 12 do art.o 24.º
da Reforma Administrativa Ultramari-
na, louvo o Administrador de 3.º clas-
se, Américo Vaz Rebordão Corrêa, por-
que, na sua administração à frente do
concelho do Dande, revelou sempre o
maior zelo, inteligência, grande brio e
acentuada competência no desempenho
de tôdas as missões de que o incumbi.
Dotado além disso de extrema lialda-
de, grande correcção e invulgares fa-
culdades de trabalho, foi a sua acção
de grande interêsse e muito proveito
– para O concelho que administrou. Pu-
blique-se e cumpra-se. Govêrno da
Província de Luanda, em Luanda, 1 de
Maio de 19. O Governador da Pro-
víncia, Eugénio Sanches da Gama».
– : Abraçando eiusivamente Rebordão
‘ Corrêa pela distinção que lhe foi con-
ferida, fazemos votos sinceros pelas
* suas felicidades pessoais.
Guarda “Nacional Republicana
No quartel das Janelas Verdes, em
Lisboa, devem comparecer no dia 25
do corrente o soldado Manoel Pedro,
n.º 600/37 do R. 1. 15, residente em Al-
deia da Ribeira Fundeira, freguesia da
Sertã, caso satisfaça ao disposto na
anotação junta e tenha a altura de
1,62 m., a-fim-de ser submetido a exa-
me para soldado provisório, devendo
ir munido da caderneta militar; as des-
pesas com o transporte de ida e re-
gresso são de sua conta; e no dia 23
do corrente, o soldado Abílio Jacinto
Pedro, n.º 395/39, do R. €. 8, residen-
te em Roda do Cabeço, freguesia da
Sertã, verificando, para êste, as mes-
mas condições do anterior, com excep-
ção da altura.
Anotação: Para o alistamento de.
praça na infantaria e cavalaria da G.
R. não são admitidos soldados com .
menos de 25 anos, que sejam casados. |
Não são também admitidas praças ca-
sadas com mais de 25 anos que não
provem possuir do casal bens suficien-
tes para a manutenção da família na
terra da sua naturalidade. Todos os
soldados provisórios são obrigados a
arranchar quando haja rancho estabe-
Jecido e a ter alojamento normal no
quartel. A êstes soldados, quando sol-
teiros, embora tenham mais de 25 anos,
não pode ser concedida licença para .
casar enquanto não mudarem de classe,
ro
Subsídios de invalidez a tra-
balhadores rurais
Com carácter definitivo já co |
meçaram a ser pegos, vitalicia-
mente, aos sócios efectivos das
Casas do Povo que, por motivo
de doença ou velhice, permanen-
temente se encontram imposs’bi-
litados de trabalhar, os primeiros
subsídios de invalidez.
Inicictiva de largo alcance so-.
“cial, visando a pôr ao abrigo da
miséria o trabalhador rural que
se inutiliza para o trabalho, dela
principiar-m a beneficiar trob–
lhadores rurais das seguintes Ca-
sas do Povo: Barril de Alva,
Meda de Mouros, Mouronho, No
gueira do Cravo, Pinheiro de.
|
Côja e Vila Cova de Alva.
— A estas se deverão seguir ou»
tras no próximo ano.
A Oomarca da Sertã
Nos faz o recordar
Amor que, por amor,
Pisa o negrume imenso,
E lança-lhe, velando o
Pôrto
Pega nos versos que eu te dei, antigos,
E no silêncio duma noite triste
– Vai lançá-los ao mar! São inimigos
Da f’licidade que em teu peito existe.
Não os releias, nãol… Vê que sofrer
Nao queiras, tão distante, reviver
Todos os versos que eu te dei outrora…
Verás como êle os beija doidamente…
Éle também ama como nós, e sente…
Êle também sofre como nós, e chora!
um bem perdido…
tenho esquecido.
escuta o mar,
meigo olhar,
Adriano Gaspar Isidoro
MOEDA CORRENTE…
Em Pedrógão Pequeno vai uma
azáfama estonteante com a caia-
ção das habitações particulares.
Mal foi conhecida a determi-
nação camarária os moradores,
à compita, lançaram se á tarefa
com entusiasmo, sabendo que
vale a pena fazer algum gasto
para tornar atraente a sua terra
aos visitantes além de que o
dinheiro, neste caso, não é dei-
tado em saco foto, pois a arga
massa e a cal têm a vantagem de
contr buir para a conservação dos
edifícios.
Muito bem, muito bem, pe-
droguenses amigos! Mostrais
mo. Assim é que é!
No capítulo de caiações estais
ganhando, aos pontos, à Sertã,
sede do concelho que, para sua
vergonha, continua com algumas
casas sujas, parecendo mais pos-
silgas do que habitações Para
muitos de nada serviram os edi-
tais da Câmara, que fixaram
ções, pinturas, rebôcos. etc. .
à sua conta. Doutro modo conti-
nuarão as manchas de sujidade
a oluscar a alvura dos edifícios
caiados e os que não cumprem a
leia rir-se à socapa, persuadidos
de que a pena de talião não lhes
SEIVE. so
Rara é a manhã em que às 9
horas a padaria tenha pão fresco,
especialmente papos-sêcosecar=
cassas, para vender. Ainda está
no forno e só lá para depois das
10 há pão com fartura. Isto não
faz transtôrno a quem, habitual-
– mente, começa a trabalhar cedo
e que tem de escolher entre to-
mar o mata-bicho duas ou três
horas depois de iniciar O seu
serviço ou comer o pão duro da
véspera. E o pão da padaria, não
fresco, é intragável…
Não haverá possibilidade de
| servir melhor o público, começan-
ido a fornecer-lhe o pão às 8
‘ horas ?
são unânimes em afirmar os jor-
| Só sabemos que para atr njar
“uns esca sos gramas de qual-
sensatez, inteligência e bairris-:
prazos obrigatórios para caia-
Agora terá o Município de to-
mar os trabalhos de alindamento
Nada disto sucederia se cá
existissem duas padarias de do-
nos diferentes |
&
Que veio muito bacalhau pata
o País, que a colheita de arroz
foi boa, que há fartura de açúcar,
nais. Por enquanto ainda não
descobrimos a tam apregoada
abundância |
quer destas coisas é preci’o an
a de chapéu na mão, ó tio, ó
HO o.
Nesta quadra do ano, em que
há tantas doenças, desunha-se a
gente dos campos para caçar
uns pôsitos de açucar em qual-
quer mercearia, pois o açúcar,
nesta altura, vale tanto como a
especialidade farmacêutica do
mais alto preço!
la
4
Crê-se que o Govêmo vai,
mandar cunhar moedas de 20 es-
cudos, de prata. 4 ss
O que nos parecia vantajoso
era fazer uma emissão de notas
de 10 escudos, que tinha, além
de outras uma grande vantagem:
a remessa, em carta, para peque-
nos pagamentos, evitando recor-
rer-se a estampilhas, que não con-.
vêm a tôda a gente,
– (Contingação da 1.2 pastray —
Procedendo assim, a consciên.
cia não nos pode acusar de me-
nos justos. Praticamos, simples
e únicamente, um acto de desa
fronta, Por outro lado é preciso
compreendermos que a Autorida-
de Admini trativa nem sempre
pode evitar os crimes d: açam-
barcamento e especulação, nem
: tam pouco está sob a sua alçada
estancar a sêde desenfreada de
cupidez que domina, por com-
pleto alguns indivíduos, alheios
a sentimentos de honra, decôro
e dignidade.
São êstes mesmos indivíduos
que saltam por cima de tôdas as
disposições legais, que se riem
e mofam da lei, tendo um só
objectivo: enriquecer por qual-
quer modo. A miséria, a fome,
a ruína, a desgraça, enfim, dos
outros, não os comove — Cada
um que se governe! — dizem
cinicamente, maldosamente, es-
como chacais enraivados !
Colaborar com as Autoridades
Adminis rativas na repressão dos
abusos da cáfila de salteadores
dever de nós todos,
Nada de contemplações !
Cadeia com os vampiros!
Eduardo Barata
sap ag
AMIGOS!
À Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante: a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.
Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.
Parece que a escola de Cam-
bas, no ccncelho de Oleiros, ese
tá instalada sôvre uma cocheira!,
Que rico perfume devem chei-
rar as crianças e o professor e,
sobretudo, que respeito tem aque- ‘
la gente de Cambas pelo ensino
na sua terral Até comove tanto
amor pela Instrução !
é Então a povoação de Cambas |
é tam miserável que não dispõe
de uma sala em sofríveis condi
çõs higiénicas para tuncionar a
escola? se se tr-tasse de alguma
tasca não haveria dificuldades!
Por aqui se vê o nível mental
dos habitantes!
Que admira isto suceder em
Cambas se Oleiros, sede do con-
celho, tem uma escola no mesmo .
pavimento da cadeia?! t
sema
«Vida por vila» é o seu lema!
| Ele soa aos nossos ouvidos como |
toque estridente de clarim |
ie 6D de
O aproveitamento hidro-eléc-
trico do Zêzere e ouiros rios
Foi autorizada a Direcção Ge-
ral dos Serviços Hidraulicos e
orçamental de 40.000800 para o
págamento das despesas a fazer
com a vinda a Portugal de dois
professores da Faculdade de Ciên
cias de Grenoble. engs. Maurice
Gignoux e Léon Moret, a-fim-de
procederem a um estudo comple-
to dos locais previstos para as
barragens a construir no rio Zê-
zere e em outros rios.
Uma ambulância aérea da Cruz Vermelha ingiêsa, pegueno hospital voador com enfermaria,
médico e enfermeiros; sulça os ares a camprir uma Qbra de Misericórdia,
nar AE
A MARGEM DA GUERRA
piceçados pelo demónio do ouro
que nos quere arrancar a pele, é
guns milhares de escudos p-la.
sa de comprar algumas dezenas
da Sertã para a auxiliarem den-
Itro do máximo das suas
possibis e
lidades, ass De
lenbe-so coma qui! JVolasa /ápis
(Continuação)
– ANSIOSAS por se associa-
“rem aos ranchos que vão
“partir para a apanha da azei=
tona noutras paragens, muitas
das raparigas que por aí ser-
viam diversas casas já se pu-
seram ao fresco para as suas
povoações, deixando as pa-
troas sós, entregues à faina
doméstica, a cogitar nesta vi
da de trabalhos e durezas. a
Igue nem tódas estão afeitas!
| E nam desabafo, erclamam
tôdas elas, referindo se às ser=
vas ingratas:
—O que estas cabras gue
rem é bródio pegado namoris-
cos ereinação! Ganhamo nos»
so dinheiro, escavacam a lou
ça perdem horas esquecidas
na fonte de paleio com os der»
riços, fazem-nos os miolos em
água e, por fim, mala gente
se precata, desalvoram lá para
os quintos dos infernos!
dd a
Lagares de Azeite
Todos os proprietários de La-
gares de Azeite teem de se mu-
nir no prazo d. 6 meses, à con-
tar de 4 de Agosto p p. do Al-.
vará de Licença para o exercício
legal desta in ústria.
(Dec. nº 81 445 de 4 de
| Agosto de 1941).
Todos os incluídos nas dispo-.
sições dêstes Decretos e devem
scr dezenas de milhar — devem.
requerer o que nos mesmos se.
dispõe, para evitar contrareda-.
des, multas, desgistos Parece-
«nos haver—isto sem reclamo —
em Lisboa a Agência do Indas-
trial na Tr vessa das Mercês 2, |
4-1., que ilucida sôbre estes as |
suntus remuncrando-se do seu
trabalho. od
Os inivíduos a quem est:
‘ decretos interessam, podem dirigir-se também diretamente aos |
“Organismos Corporativos citados |
“nos mesmos Decretos.
Armações quê nte
essa
Na cerimónia da abe tura do
ano lectivo do Instit to de Altos |
Estudos Militares, a que presidiu |
o venerando Chefe do Estado, o
! distinto g neral do nosso Exérci
«to, sr. António Gorjão Couceiro
“de Albuquerque, Director do mes.
mo Instituto. ao usar da palavra,
«ocupou se do emprêgo das mo-
dernas armas de combate e dos
novos métodos de ataque para
‘ Eléctricos a despender a quantia ! acentuar que, a-pesar-do êxito
que logram sempre tôdas as ino.
vações, os piincípius clássicos da
guerra continuam a afirmar a sua
inutilidade e que a não observân=
cia das suas regras acarreta sem-
pre para aquêles que as não res-
peitam consegiências de gravi-
dade vária.»
Abordou depois o aspecto mi-
litar da guerra de guerrilhas, ex-
pediente a que quási sempre re-
corre o beligerante mais fraco
para recordar alguns exemplos
históricos, entre os quais o nose
so durante a Guerra Peninsular,
concluindo que nã: é convenien-
te deposit r-se grande confiança
| nesta maneira de fazer à guerra,
pois só por si, não consegue
obter a decisão, E afirmou : — Na
verdade, o levantamento da Na-
ção só poderá concorrer decisi-
vamente para a defesa do territó-
rio quando apoiado por um exér-
cito regular, na verdadeira acep-
ção da palavra..
«to Gta
COBRADOR EM LISBOA
Aceitamos cobrador para tôda
a àrea da cidade de Lisboa. que.
deverá, princip:slmente, ocuper
se do recebimento de tôdas as |
assinatura».
A quem o asunto interesse
deverá dirigir-se-nos sem demos
ra, para explicarmos as condições,