Voz da Beira nº47 28-11-1914
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“ANO 1º
CERTÁ, 28 DE NOVEMBRO DE 1914
AVENÇA
REDATOR PRINCIPAL:
Fructuoso Pires
ADMINISTRADOR: | ,
| A. Pedro Ramalhosa
EDITOR:
J. Santos e Silva
d;
Bedação e dEdminisiração: *
Bu Br. Santos Balente
CERTA
Assinaturas
Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs,
Propriedade da Empreza da Voz da Beira
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA
PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E pp NA MINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA
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Na 3.2 e 4.º paginas cada linha, 30 “éis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se reslituem os originaes
Em Angola
Senão directamente ao menos
“indirectamente, o conflito europeu
vae-nos envolvendo nos seus ten-
taculos de polvo gigante.
Não se pode ser aliado da In-
glaterra impunemente, n’este mo-
mento tetrico de represalias e sur-
gresas a canon, e a Alemanha que,
desde o principio, terá espreitado
todas as nossas manifestações de
espirito nacional, orientadas no ru-
mo da velha aliança anglo-lusa,
“não nos perdoará tão cedo o gesto.
– Não podendo magoar-nos nas
“costas do litoral continental, guar-
dadas pela vigilancia dos cruzado-
res inglezes, a aguia germanica
desferiu o vôo mais para o largo e
achou maneira de nos ferir eu in-
comodar lá longe.
Temos grandes zonas coloniaes,
de fronteira comum, tanto em Mo-
cambique como em Angola, e as
tribus que as habitam são faceis
“no fomento da intriga, mais por
despeito da soberania do que por
aversão justificada. Estava pois
“achado o logar que mais convinha
aos inferesses germanicos, solicita-
dos na corrente das grandes per-
turbações sociaes. :
– Já experimentamos os terriveis
efeitos Vesta diplomacia torva em
“1904, a quando da revolta cua-
“nhama e agora passados 10 anos
“receamos bem que se torne a re-
“petir, se à tempo lhe não opuzer-
DS Espitade revolta ainda la-
tente naqueles povos não levaria
muito tempo a pôr á prova de fo-
go, provocado pelas promessas se-
7» dutoras dos grandes homens d’alem
“Rheno. a
Foi isto naturalmente o que su-
“cedon em Ângola, lá na fronteira
do sul. | Ra
* Osnossos visinhos d’alem Cu-
nene, depois de nos terem expoliado
de consideraveis zonas de terreno
que, ainda em tempo não mui re-
moto, alcançavam até ao paralelo
do Cabo Prio, achem agora mó-
mento azudo para novas façanhas
de conquista. Invadem a nossa
fronteira, talum os nossos campos
e, com nm desprezo dos tratados
internacionaes á altnra da sua ou-
zadia rapinante, chegam mesmo a
atacar á força “armada os postos
e furtes onde pacificamente se vi-:
nha hasteando a bandeira portu-
gueza.
Não somos para. grandes asso-
mos belicos, mas, dadas as circun-
stancias’ em que se fez o desacato
á nossa nação, entendemos do nos-
”
&
so dever clamar vingança, Nem
outro poderá ser o grito do povo
portuguez quaesquer que sejam as
suas convicções politicas ou as
suas simpatias actunes em frente
dos exercitos em guerra.
Quer-se-nos defraudar no nosso
patrimonio colonial, e o nosso-brio
de: nação independente não con-,
sentirá que a afronta fique impu-
ne. Poucos somos no numero, mas
grandes ainda na energia patrioti-
ca para encararmos, de face, a ho-
ra do perigo.
* Ninguem nos póde arrebatar o
que por tantos titulos foi adquiri-
do com admiração mundial:—titu-
los da historia pela prioridade das
nossas decobertas; documentos do
esforço pela tenacidade da posse
atravez seculos em que o sangue
portuguez se não poupou a sacri-
ficios,
Não vae ainda muito longe o
ronbo de Kionga —yinte anos tal-
vez — feito em pleno dia de sol, lá
na altura do Cabo Delgado, na
provincia de Moçambique.
Foram alemães os que então
arraram a bandeira portugueza
na presença/d’um sargento, coman-
dante do posto, que em vão aduziu
as suas melhores razões e protex-
tos por pa.te de Portugal.
Alemães são os que ousaram ar-
rebatar-nos Os terrenos ao sul do
Cunene, como alemães são os que
hoje atacam os nossos postos é in-
vadem as nossas fronteiras.
Todos estes factos gritam bem
ta Torture Bibontra-
ram à morte cinco unidades do
exercito portuguez que exigem
uma desafronta condigna dos seus
camaradas d’armas,
Não se trata só de vingar uma
afronta como de repelir uma inva-
são. «
A” coluna comandada pelo ca-
pitão Roçadas, que a estas horas
Já estará internada nos sertões, do
Cuamato, está entregue n’este
momento a prestigio portuguez
naquelas paragens.
Que a sorte das armas. lhe seja
feliz,
EXPEDIENTE
“Aos nossos presados assignantes
de Brazil e Africa, que aínda nos
não nos tenham enviado a impor-
tancia da sua assignatura rogamos
o favor, para regularidade de nos-
sa escrituração, de o fazerem em no-
tas, ou vales por meio de carta re-
gistada, afim de não ser interrom-
pidaa sua assignatura no proxi-
mo ano. :
Coisas & loisas…
Aos parocos
+
Tendo a Conservatoria Geral do Re-
gisto Civil sido por muitas vezes consul-
tada sobre os emolumentos e selos re-
lativos às certidões de registo paroquial,
tem-se sobre tal assunto seguido a dou-
trina que vae expor-se, emquanto qual-
quer providencia fnturá a não venha al-
terar.
Pela alinea 4) do n.º 30: do ar-
tigo 2.º da tabela segunda da lei de 10
de julho de 1912, as certidões exlrai-
das dos livros do registo paroquial teem
os mesmos emolumentos que aquela ta-
bela delermina, para as certidões do re-
gisto civil.
Tanto umas como outras certidões
estão sujeitas à percentagem de 10 0/0
estabelecida no artigo 51.º do codigo do
registo civil, a qual deve ser assegura-
da por meio de selos do imposto, «de-
vendo as do registo Civil pagar tambem
contribuição industrial.
As certidões, porém, extraidas pelos
detentores dos arquivos paroquiaes, pe-
los parocos ou seus subslilulos, não es-
tão sujeitas à contribuição industrial,
por força da portaria de 14 de julho de
1899, que se considera vigente sobre
essa materia,
Vassoura
Pessoa amiga veio á nossa redação
pedir-nos que fossemos vêr a «Quelha
das Regorices», que não é mais que um
fóco de insalubridade.
Com efeito, a Quelha das Regorices,
que fica ali ao lado da Praça do Gomer-
cio, o centro por assim dizer aonde
converge todo o movimento da vila, es-
tá n’um estado perfeitamente inmundo.
Quem ali passa, ou mesmo na estrada
nasianal que dhay fica cadiagen tentem ane
que’d’ali vem, se não” quizer naúzear:
E tudo isto se evitava com uma fossa
construida mesmo à boca da quelha.
Temperatura
Baixou consideravelmente a tempera-
tura nos ultimos dias e a geada come-
çou de estender o sou lençol por esses
campos fóra.
Já se vai uzando o casacão com muita
sencerimonia.
Falta de batatas
Na Alemanha, onde a batata: entra
na alimentação de todas as classes, no-
la-se uma grande falta d’este luberculo.
Já atingiram um preço excessivamente
alto, e a tendencia é para um encareci-
mento cada vez maior.
Não admira que assim seja porque
nos ultimos mezes o consumo deve ter
sido grande, a avaliar pela exportação
feita pelo telegrapho.
Arrematações
No dia 14 de dezembro proximo tem
logar nos Paços do Concelho a arrema-
tação do aluguer de terrenos para fei-
ras e mercados; do imposto sobre peixe
e do fornecimento de petroleo para a
iluminação publica do concelho,
No dia 21 do mesmo mez tem tam-
bem logar a arrematação do fornecimen-
to de carnes verdes, em todo o conce-
lhos
Etendas de casas
O decreto de 23 do corrente entre
outras disposições estalue que ná reno-
vação dos contractos de atrendaúento
de predios urbanos, que presentemente,
na nossa comarta, tenham reúda men
sal superior a 5 escudos, fica proibido
aos senhorios elevarem esta renda, sem
consentimento dos arrendatarios; sob
pena de desobédiencia qualificada.
Nos contraclos que. venham à ef-
fetuar-se posleriormente àquele decr
fica egualmedte prohibido aos senhor
exigir maior renda do que a que anteri-
ormente se pagava. É
Nenhum proprietario de predios de-
volutos; com ou sem. escriplos, que
hajam sido destinados a drrendar:
poderá recusar, sob pena de desol
encia, novos contractus que Ie
propostos salvo o caso de obras urgen=
tes constado pela Camara Municipal.
Reclamação
De 5 a 10 de dezembro está em re-
clamação, na secretaria de finanç
te concelho, a matriz industrial
interessados poderem reclamar d
tosa que se referem os 11.9 1. 3
do artigo 20f do regulamento de 16 de
julho de 1896;
Reunião
Na primeira 5.º feira de janeiro pro:
ximo, terá logar nos Paços do Concelho
a primeira reunião do recenseamento
militar.
Correio indi
Recebemos constantemente queixas
dos nossos assimantês de que não tetes
bem o nosso semanario, equ e quando o
recebem; é sempre muito atrazado. A ex-
pedição fazemo-la invariavelmente aos sa:
dos, por consequencia, só aos correios
podemos admitir esta falta
Continua a chegar depois das 15 hos
ras O carro que transporta as malas do
correio de Tomár a esta vila.
Bem pregainos nós, mas, quando os
que deviam eslas cousas as deiz
xam correr à revelia, basta só aponfal-
os para escârmento de suas dedicações:
Tabaco
O tabaco despachado. para consumo
particular em Lishoa no mez de outubro
pagou de direitos 14:35 1529.
Bailados
Dizem os jornaes que os hailados
portuguezes estão, n’este momento, tem-
do grande sucesso em Roma. Não sabe
mos de que bailados se trata, mas porz
tuguezes, muito portuguezes, só conhe
cemos o Vira e o Fado; –
Cebolas
A exportação durante 0 mez de ous
tubro, por Lisboa, foi de 9:086560.
Ponte da Bouçã
No dia 3 de dezembro tem. logar na
admiuistração do concelho de Figueiró
dos Vinhos, a arremalação de 4 em
preitadas na ponte da Bouçã, que lige
aquele concelho com o da Gertã: na ponte da Bouçã, que lige
aquele concelho com o da Gertã:
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CÁRIA DE LISBOA
LISBOA, 24-11-914, — Reuniu
«extraordinuriamente o congresso,
« o que-foi essa reunião já 0 sa-
Tem sobgjamente os nossos Teito-
ses.
D’essa reunião não resultou co-
mo se esperava uma declwração
formal-e categorica de guerra.
O governo pediu e foi-lhe con-
«cedida autorisação pura intervir
anilitarmente no conflito quando,
«como e«onde julgar conveniente.
“Como se vê, é uma forma ambi-
gua de expor ao paiz à nossa si-
tuação, já -de si confusa desde a
«sessão «de T de agosto.
Estamos já em guerra? E”, por-
ventura mais-clara a situação de-
pois dareunião do congresso?
Não me parece. Estamos como
«estavamos; só o governo tem na
anão mais largos poderes,
Depois:(e isto é o mais impor-
tante) vê-se pelo discurso do sr,
spresidente-de ministros que houve
troca-de correspondencia entre os
«abmetes portuguez e britanico
«d’onde pode concluir-se que a In-
glaterra deseja o nosso auxilio.
Foi por acaso esse auxilio soli-
«citado? Eiso x da-questão.
E a proposito é interessante a
«declaração de voto do representan-
te dos socialistas no parlamento:
— «Declaro aprovar a auctorisação
pedida pelo governo para prestar
-o concurso militar de Portugal á
Inglaterra, mas na hipotese de
que esse concurso tenha sido soli-
«citado, e salientando que esse con-
«curso deve ser harmonico com o
xespeito da nossa aliança. N’outras
condições regeitaria a proposta do
governo.»
O leader socialista ignora, como
de resto toda a gente, se Oo nosso
«oneurso foi ou não solicitado pe-
la Inglaterra.
Alguns jornaes de hoje afirmam
«ue ámanhã será publicado o de-
ereto da mobilisação parcial do
exercito, emquanto que a Lucta de-
«lara;andarem mal informados os
-que assim falam pois está eminen-
te uma crise ministerial.
Comprehendem? En declaro que
por maiores esforços que faça, na-
“da consigo comprehender.
Uma crise, ? ministerial?! ENTE Do
inento & ET Pelé! propio gen:
tou nas mãos do governo plenos
poderes, para dirigir n’esta dificil
conjuntnra, os destinos do paiz?!
«Já vêem, pur tanto, os nossos lei-
que não é facil comprehender es-
ta baralhada politica nem é mais
clara a nossa situação depois da
xeunião extraordinaria do congres-
so que bem podia ter sido adiada
por mais algum tempo, pelo me-
nos até chegada da missão que
“foi a Londres.
Sertonto
mt MA a me —
NOVO DELEGADO
Por lespacho de 1% do corrente, “foi
promovido à 1.º classe e colocado n’es-
ta comarca, como Delegado do Procura-
dor da Republica, o sr. dr. Beynardo
Corrêa Teles Araujo Albuquerque, que
excroia identico cargo ma comanca de
Oliveira do Iospital.
DESPACHO
Por despacho oficial. foi aposentado
com o ordenado de 500:000 réis anuaes
o sr. Joaquim Pedrozo Barata dos Reis,
secretario de finanças deste. concelho.
VOZ DA BERNA NE
7 a
Dr. Nunes Correia
Por-despacho de 14 do corrente
foi promovido a juiz e colocado na
Ilha «das Flôres «o nosso prezado
amigo sr. dr. Francisco Nunes Cor-
reia, que durante 9 annos exerceu
n’esta comarca o cargo espinhoso
de magistrado do. Ministerio Publi-
co. O sr. dr. Nunes Correia sãe
d’esta comarca sem deixar umuni-
co inimigo, tal foi a sua conduta,
como cidadão e como magistrado,
durante o tempo que n’ela perma-
neceu.
Na sna dificil missão, o sr. dr.
Correia soube” sempre, com mui-
ta inteligencia, conciliar os deveres
do seu cargo com a tolerancia,
por vezes necessaria pelas aspe-
rezas da lei, e assim grangeou em
cada habitante da comarca um
amigo que se por um lado lamenta
a sua sahida, por outro comparti-
lha da sua satisfação intima pela
posição que atingiu.
Nós, que fomos sempre sinceros
admiradores do seu talento e do
seu caracter, lamentamos vermo-
nos privados da sua convivencia,
mas não deixaremos intimamente
de nos congratularmos pela sua as-
cenção 4 Magistratura Judicial, da
qual necessariamente o gr. dr. Nu-
nes Correia hade ser um lidimo
ornamento.
Com um abraço sincero de feli-
citações vai a nossa magoa por
vel-o partir e praza a Deus que
ainda o vejamos administrar a
a justiça n’esta comarca.
Camara Municipal
Sessão de 23 de Novembro
Presidencia do sr. dr. Virgilio
Nunes da Silva, secretariado pelos
srs. Carlos David e Antonio Pedro,
estando presentes mais 15 verea-
dores.
— Aberta a sessão procedeu-se
4 leitura e aprovação da acta ante-
rior.
— Entre o sr. Tasso de Figuei-
redo e a presidencia trocam-se ex-
plicações sobre a acta.
—O sr. Quintão tendo apresen-
tadona ultima sessão uma proposta
para a creação de uma escola no
logar de Amioso, freguezia. da
Certã, foi aprovada,
aproshes: “uDASpPo ph tal Para ida:
ção de uma escola no logar do Mou-
risco, freguezia do Castelo. Ficou
sobre a meza para a sessão seguin-
te.
—O sr. Bernardo Junior, apre-
senta A informação pedida na ses-
são anterior sobre a pretensão do
sr. Fruetuoso Pires, Foi mandada
enviar à comissão executiva.
Não havendo mais nada a tratar
encerrou-se a sessão,
Por falta de numero não honve
reunião na ultima 5.º feira, dia 26,
+ mem gm
Ausica
Devido ao man tempo não tocou no
domingo, como desejava, a Sociedado
Musical Recreio Artista. Se o tempo o
permitir fazer-sesha ouvir no proximo
domingo no Adro da 4 às Y horas da
tarde, sob a regência do sr. Albano
Ro M Perreira.
Tocará pela primeira vez as seguintes
musicas; à AFRICANA poul poueri, fado
da e CAPOTE E LENÇO, valsa 11
DE FEVEREIRO e os ordinários MARCIP-
MARCHE c ARROGANTE.
Secção literaria
Sem esperança
Se soubesses o que vae
Cá dentro na minha alma,
Que tu julgas tantas vezes ndo
Risonha, a calmal…
Oh! Não tentes desvendar *
Segr: E do meu viver!
Linitivos são tormentos
Que mais me fazem sofrer.
Deixa-me viver, assim,
Esta vida sem esperança,
Afagando a sombra querida
Dos meus sonhos de criança…
+. o, J, Silva
NOTAS À LAPIS
«Qual é à esposa ideal?»
Sznr. Victor:
Esposa ideal é aquela que nos
ama muito, que nos alenta quando
na nossa alma prepassa a sombra
d’um desfalecimento, que suporta
com resignação os nossos maus
humores, que sabe emfim compre-
hender-nos de tal maneira que se
identifica com o nosso ser.
Lisboa Nemo
Victor:
A esposa para ser ideal precisa
ser bondosa, delicada, amavel, in-
teligente e instruída, mas não
mais do que o marido, porque en-
tão reconhece a sua superioridade
e não ha nada que possa pôr um
dique á sua vaidade.
Em mim influem mais as quali-
dades moraes do que os dotes phi-
sicos d’uma mulher; mas se encon-
trasse uma mulher dotada d’umas
e outras, julgar-me-hia o mais fe-
lix dos mortaes.
Um certaginense romantico
A mulher é um ente tão imper-
feito que nunca pode realisar o ty-
po da esposa ideal.
Ciriaco
EAR
Carta de CGoim
A mintia ai o H mbra na
parte oeste do monte sobre a qual
Coimbra se levanta. Lança vistas
por todo um val entrecortado. de
colinas breves, que vão morrer dis-
tantes n’uma outra mais elevada e
tovada ao de cima pelo azul do
ceu. O Sol ao nascer d’oira-lhe a
fronte e parece enlaça-la n’um bei-
jo demorado e quente,
Por detraz, logo a seguir a um
pequeno quintalejo, aonde flôres
vicejnyn resignadas a um abandono
longo, ergue-se em toda a sua ma-
gestade sobria o velho seminario, a
quem de ba muito o tempo dene-
griu, À sua aparencia sombria, o
seu aspecto, ao mesmo tempo gra-
ve e triste, são como que o atestado
da sua existencia. Ele é bem, minha
querida amiga, o symbolo do res-
peito, ele é bem a carateristica do
sofrer de Christo, Se Olristo ago-
nisando no Calvario quiz mostrar
nos homens a sua abnegação por
eles, tambem eles quizeram mos-
trar a Christo a compreensão d’es-
sa agonia, R se a Pé dos grandes
monumentos, a quem a Pé serviu
Ri pt
de alicerce, para tanto não bastas-
se, absorveram dentro d’eles à ra-
zão d’essa mesma Fé e foram, pri-
sioneiros d’Ela, espalha-la mundo
em fóra desde a cidade ao termo,
E Ela vigorisa energias e alen-
ta corações enfraquecidose acalma
paixões e odios e tempera ancias e
conforta desvalidos e balsamtisa
“dôrese espalha maguas! Bendita
seja a Fé! Mas a que virão o semi-
nario, Christo e a Fé? perguntará
decerto a minha boa amiga. Pare-
ce-me que o restante da carta e as
duas ou tres seguintes responderão
á sua curiosidade; mas eu não sei
tambem se elas darão uma respos-
ta á sua pergunta. E se procuro a
mim mesmo explicar a relação que
possa existir entre a religião de
Christo e uma ilusão d’amor perdi-
da e ainda que o meu espirito ad-
mita a existencia de pontos de con-
tacto entre uma e outra nele sub-
siste sempre uma duvida que o le-
va a não tirar uma ilação segura.
Surico não é uma creação perfeita
porque o habito em que ele men-
tirosamente se amortalhou ainda
lhe cobria aquele amor d’outrora,
diferente do amor sentimento.
Mas deixe-me narrar-lhe aminha
historia.
Hontem estava um dia lindo.
O Sol, espreguíçando-se na terra,
coava-se por entre folhas esmaeci-
das d’outono lançando sobre as coi-
sas tonalidades varias. Eu fui para
o meu quintal ler. Liaa Mademoi-
selle Jaufre de Prevost quando ao
virar uma pagina olhei, que, perto
de mim e junto ao muro divisorio
da cerca do seminario e do quintal,
se encontrava envolvido nos mais
variados detritos um manuscrito
em que a tinta descórada, a irre-
gularidade da letra e o encarqui-
lhado e amarelecido das folhas,
detrioradas algumas já, denota-
vam uma edade avançada, Nas-
ceu em mim a curiosidade ina-
ta das almas, Abri-o cautelosa-
mente, e como pude, e logo na
primeira pagina eu vi queixumes
e lamentos vagos. Antevi-me na
posse duma reliquia literaria,talvez
as cartas de Chamily a Soror Ma-
riana, talvez os lamentos de Eurico
chorando a perda da sua Hermen-
garda perdida. Mas não, Continha,
é certo, uma serie de cartas amo-
ROISS MUS RÃ? pero Posdçulabas
tos de Burico, Não teem assigna-
‘turae são todas dirigidas a F.
Quem será a F.? Quem será que
Jhas dirige? Não sei minha queri-
da amiga, mas é me dado supor
que a quem alguma vez na vida o
amor lhe não sorri, porcure isolar-
se d’ele deixando que outro amor
lhe sorria, E! na religião de Chris-
to que esse amor se encontra.
Creia-me seu muito dedicado
Tgnotus
P.S.— Transcrever-lhe-hei algu-
mas das passagens que encontrar
nas cartas mais dignas disso não
lhe aterando a forma: ortografica
que deverá ser talvez do começo do
seculo passado.
Agradecimento
João Luiz Junior, extremamente reoco-
nhecido a todos as pessoas que se inte-
ressaram na doença de sua falecida es-
posa e bem assim das que se dignarom
acompanhal-o na sua dôr vem por esto
p pa tolos os seus. mais
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. comarea o sr. dr. Joaquim Fari-
2811-914
AGENDA
—Por virtude da; promoção do
sr. dr. Francisco Nunes Corrêa, es-
tá exercendo o cargo de Delegado
do Procurador da Republica n’esta
nha Tavares. l
—No dia 2 de dezembro deve.
– apresentar se á junta medica em
Lisboa, para o «ffeit.s de ser nomea
do regente agricola, o sr. Luiz À.
– Cardozo Guedes.
– —Sahiu para Lisboa o nosso
presado amigo sr. Henrique Pires
de Moura. Acompanhava-o sua
“mana a sr D. Maria do Carmo,
—Com demora. d’aguns. dias
sahiu tambem para a capital a sr?
D. Delfina. da Silva Carvalho e
seu genro, o sr. Sebastião Farinha
Tavares. –
—Tem aguardado oleito a es-
posa do sr. Antonio Farinha Lei-
“tão, da Codiceira. – 4
—Em serviço. judicial esteve
na visinha. comarca, de, Mação o
gr. dr, Albano Lourenço da Silva,
habil advogado n’esta comarca.
— Na repartição do registo civil.
deste concelho fez-se o registo do
nascimento do filho do sr. Luiz
Domingues da Silva, a quem foi da-
“do o nome de Raul, e o da filha do
“sr. Pedro Fernandes a quem foi
“dado o nome de Celinda.
v — Tivemos o gosto de ver na
nossa redacção o nosso prezado
amigo sr. José Antonio Muralha.
| Foi nomeado ajudante do pos-
to do registo civil em Sobreira, o
-8r+ Claudino Dias Lourenço.
-—Está na Certã, o nosso amigo
sr. Carlos Caldeira Ribeiro.
— Sae hoje para a capital acom-
panhado de sua filha s.º D. Judit,
o sr. almirante Passo de Figueire-
do, que vae assistir ás reuniões do
Senado, à
—Regresson a sua casa em Al-
. axo, o.sr. dr. Antonio A. Mendon-
«ça David,
+ —Foi Julgado incapaz do servi-
ço, o sr. Francisco Barata, oficial,
– de diligencias do juizo de diveito
d’esta comarca.
« —Regressou a esta vila com sua
esposa e filha o nosso dedicado
amigo e assinante sr, Eugenio Al-
berto de Carvalho Leitão. :
g soam “SUR esposa, tivemos, O
ga” er Juão” Cars, tdistimeida e
Silva, proprietario em Sernaclie,
| — Durante a semana vimos n’es-
ta vila os nossos prezados assinan-
tes srs. Antonio Ribeiro d’Andra-
de, José Martins Junior, Inacio
, Fernandes, Joaquim Pestana dos
Santos, Joaquim Martins Pereira,
Francisco Domingos Antunes Ju-
nuior, Manuel Fernandes Barata,
José Cavalheiro, Antonio M. Sal-
gueiro, José Pereira Rei, José An-
tunes, dr. Silva Faia, João Batista
“Diniz, Adelino D, Pessoa dos San-
tos, João Crisostomo e Bento Fi-
lipe. E My
Aniversarios: |
Fazem anos:
am Iréne Marinha Guima-
a sr D. Maria José Casimiro
dos Reis e o sr. Antonio Roza Mela.
No dia 4 de dezembro a sr.” D. Zul-
, mira Carneiro Tavares.
União Figueiroense
* Felicitamos este nosso colega. de Fi-
gueiró pelo seu 5.º aniversario. :
mada
COLHEITA DA AZEITONA
Começou já a faina da apanha da
azeilona, este ano prometedora uma
boa colheita, como ha tempos não hou-
Ve.
Os lavradores mais abastados -organi-
saram já os seus ranchos que alegres
dão, ao romper dava, a nota poetica
do tempo com seus descantes, atroando
vales e montes.
Cantam as moças em timbres argen-
Finos, na evocação amorosa d’um hymi-
neu feliz, como alegres e descuidados os
rapazes tocam nas trombêtas á Israel
ou buzios do mar.
Pifanos trilam à compila emquanto os
adufes e pandeiros marcam um passo
de marcha acomodado às necessidades
da estação.
A abundancia fáz transparecer em
todos uma nota de felicidade. O deus
Pan é festejado em bailados campestres
e na gama sentimental dos canticos po-
pulares. Recordam-se os velhos tempos
da Grécia e a mithologia agricola trans-
parece tenne por baixo da triste reali-
dade das cousas.
Chiam os carros na encosta, vergados
ao pezo dos sacos cheios, e no fundo do
vale começa o marulhar rapido das le-
vadas, ao despenharem-se nas rodas dos
lagares,
Tudo dá alegria aos lavradores, desde
estes belos dias com que a natureza nos
vae mimoscando até à fartura que lhe
acena risonha pelos campos.
Se alguns contratempo não sobre-
vier, ó de esperar que a colheita exceda
em quantidade e qualidade a dos ulti-
mos anos.
Considerado o azeite um dos nossos
melhores rendimentos e de mais dimi-
nuta despreza, Causa pena ver como ain-
da hoje haja tratos inmensos de Lerre-
no sem um unico pé de oliveira.
Nas encostas das ribeiras é por toda
a serra, que enormes plantações se não
poriam fazer? Conslituiram outras lantas
coultadas, de valor incomparavelmente
superior ao que hoje valem os lerrenos
apenas vestidos de mato. .
Correspondencias
Proença a Nova-l9, Em
breve vamos ler a viva salisfação de
abraçar o nosso querido amigo Padre
José Fernandes, inteligente missionario
em S. Tomé, que ha dias se encontra
em Lisboa. Muito desejamos que Lenha
lido uma boa viagem e que o seu re-
gresso a esta Lerra seja breves
Boas vindas, pois.
—Saiu para Lishoa, afim de coritinnar
os seus estudos, o nossa amigo sr. Elias
Dias Cravo.
—bDa capital, onde linha ido tratar
dos seus negocios induslriaes, chegon a
esta localidade o nosso amigo sr. João
Batista Diniz.
pavte-Bncrnlrrea aque domelpbno
te; da firma Batista & Tavares. Es
fanciona já com alguns melhoramentos,
Ro. como, uma caldeira a vapor, para
Produzir vapor, para aquecer as tare-
fas, onde so deposita o azeite, quando
sae das prensas, Isto revela a vontade
que os seus proprietarios tec em bem
servir o publico, não se poupando a sa-
erilicios.
— Está quasi concluida a casa, onde,
ha dois anos, funcionam duas das esco-
las oficiaes desta vil. Custou, mas…
Vae sem mais comentarios,
Coisas d’esta Lerra.—(0.)
Vila de Rei, 24 — À fama-
ra Municipal deste concelho deliberou
por uvanimicdade. em sua sessão con-
junta, que Leve logarimo sabado ultimo,
tomar conta da administração do gemi-
ferio desta freguezia, a contar de janei-
ro proximo. que sempre foi administrado
pela junta de parochim.
Julgamos interpretar o sentir dos po-
vos d’este concelho aplaudindo tão sim-
patica como justa iniciativa, que se
impunha pelo abandono escandaloso à
que o cemiterio publico foi volado.
–No dia 19 do corrente mez faleceu
na ana propriedade da Conheira o sr
Bernardo leitor de Deus, de 70 anos
de idade. é
A sua morte inesperada produziu
puma
nesta vila a mais funda impressão por-
que o: finado gosava muilo- justamente
stima de toda a gente que com ele
vívia de perto. Dotado de muito boas
qualidades o seu coração foi um grande
cofre de virtudes e de conforlo para
muita gente. ,
Foi um rico proprietário e capitalista
e os seus rendimentos serviam sempre
de muito para a pabreza que linha. no
finado um bom protetor.
Desempenhou por muilos anos o Car-
go de juiz de paz, lendo tambem sido
presidonte da Camara e administrador
do concelho.
O falecido era casado com D. Amelia
Neves Heitor, cunhado dos srs. dr. An-
tonio Rodrigues de Matos e Silva, padre
João Pires Neves, Antonio Neves é Ger-
mano da Silva e tio dos srs. dr. Gual-
dim de Queiroz e Antonio Mendes Fer-
Feira.
A toda a familia enlutada as; nossas
condolencias.
O funeral realisou-se na freguetia do
Souto, concelho de Abrantes, tendo o
cadaver sido encerrado em urna de mo-
gno e ficou depositado ém jazigo de fa-
milia. ‘
—Em serviço de inspecção ao posto
da Guarda Republicana d’esta vila este-
we aquio sr. Joaquim Vasco, alferes
comandante da secção da mesma Guar-
da d’essa vila.
—Sain para a capital o st. José IHen-
Ives Fróes, importante proprie-
“upilalista. ;
— Entrou em franca convalescença a
sr.” D. Amelia Xunes Tavares.
—pe visita a sua familia eticofitra-se
na Fundada, com sua gentil úlha, a ex.m>
sr* D. Luiza d’Oliveira Xavie
— Vimos aqui os srs. Verissimo da
Silva, de Sernache do Bomjardim, João
dos Santos Pereira e Francisco da Con
ceição Tavares, do Sardoal;
“Para o alemtejo, à lratar dos seus
negocios, sahiu hoje o sr. Joaquim, Mar-
tins Rolo, rico proprietario meste. con-
celho. (X:)
eae aee si ei cem tem
CIRSBIO
Por falta de espaço não podemos pu-
blicar alguns originaes, do que pedimos
venia aos nossos amaveis colaboradores.
Dignaram-se pagar-nos à sua assigna-
tura Os nossos presados assiguantes srs.
João Clirisostómo, José Lopes da Siva.
José de Matos, Oleiros, Manoel Nunes,
Joaquim Ribeiro d’Andrade, Manoel Mar-
tins da Costa. Francisco Ládeiras, dr,
Rafael Pereira Lisboa, Antonio da Silva
Serra, Francisco Dias da Silva.
ANUNCIO
1.º publicação
elo Juizo de Direito da co-
marca da Certã, e cartorio do
quarto officio, eserivão Dayid,
farda E SEnida e última pi blicação
no DIARIO DO GOVERNO, ci-
tando Maria Adelaide, vinva de
Benjamim Pereira Perfeito, como
representante de suas filhas meno-
res impuberes, Maria da lEincarna-
ção e Ilda da Encarnação, residen-
tes em Lisboa, em parte incerta,
para assistirem a fodos o termos
até.final do inventario orfanologico
por obito de sua avó Maria do
Carmo, moradora que foi na vila e
freguezia de Pedrogam Pequeno,
e em que é cabeça de casal o seu
gonro José Antunes, residente nºa-
quela mesma vila, :
Certã, 18 de Novembro de 1914,
O Escrivão, -Adrão Moraes David
Verifiquei a exactidão:
O Juiz de Direito—Mattozo.
ANUNCIO
2.º publicação
ELO Juizo de Direito da
comarca da Certã e cartorio
do escrivão Corrêa e Silva
e nos autos de inventario
orphanologico a que se procede por
marido
falecimento de Joaquim da. Silva,
moradora que foi no logar da Eira
do Sesmo, freguezia do Amparo,
correm editos de 30 dias, que se
começarão a contar da segunda e
ultima publicação d’este no « Diario
do Governo» citando para todos os
termos do mesmo inventario o in-
teressado, José Tosta, solteiro,
maior, residente em parte incerta.
Pelo prezente são citados quas-
quer credores incertos.
Certã, 27 de ontubro de 1914.
O escrivão,
– Eduardo Barata Correia e Silva
Verifiquei :
O Juiz de Direito—Matozo
ANUNCIO
2.º publicação
OR este Juizo de Direito, é
cartorio, no inventário orpna=
nologico por obito de Emilia
Angela Gonçalves Flores, que re-
sidia em Senache do Bomjardim,
correm éditos de 30 dias à contar
da segunda e ulima publicação do
do gnunció citândo os credores
Candido José Gonçalves, solteiro
maior, de Loanda, Julieta da Con-
ceição Gonçalves casada com Jo-é
Antunes Parinha Leitão, de Loan-
da; Emilia da Silva Gonçalves, e
Antonio Gonçalves, de
Lisboa, e Guilhermina da Silva
Ladeiras, casada, do Pará, para
deduzirem querendo, os seis di-
reitos, do mesmo inVentario.
Certã 16 de Novembro de 1914
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiqueir
O Juiz de Direito—Mattozo
ANUNCIO
2.º publicação
elo juizo da Comarca da Cer=
tã e cartorio do escrivão Cor-
reia e Silta e nos attos de
inventário orphanologico a que se
procede por falecimento de José
Bonifacio de Miranda, morador
que foi no logar do Moinho da Ri-
beira, freguezia de Sernache do
Bom Jatdim, corret editos de 30
dias que se começarão à contar da
segunda e ultima publicação d’este
no «Diario do Governo» citando
para todos os termos até final a
interessada Vicencia Batbara, sol-
teira de 17 anos residente em par-
te incguta najÁfrica Oeidental, sob
Pelo presente são citados quas«
quer credores incertos.
Certa, 13 de novembro de 1914
O escrivão
Eduardo Barata Correia é Silva
Verifiquei
O Juiz de Direito —Matozo
ANUNCIO
2.º publicação
OR este Juizo de Direito é
cartorio, no inventario orplta=
nologico por oito de Emilia Ange-
la Gonçalves Flores, que residia
em Sernache do Bomjardim, cor
rem éditos de trinta dias, a con“
da segunda e ultima publicação
anúncio, citando o credor Jon pi
Martins dos Santos, de Lis
para dedusir seus direitos quero
do, digo seus diveitos, To men;
inventario, querendo:
Certã, 2 de novembro de 191
O escrivão do 1.º oficio,
Anonio Augusta Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Mattozo,
@@@ 1 @@@
VOZ DA BEIRA
dágua da Foz da Certã
A Agua «minero-medicinal da Faz
«da Certã apresenta “uma «composição
«chimica que a disfingue de todas as ou-
* “as até hoje usadas na fherapeutica.
‘E” empregada com segura vantagem
ma – Diabetes—Dyspepsias —Catarros
«gasinicos, pulridos ou parasilarios;—
ma fe preta digestivas derivadas
encas infecciosas;—na «convales-
Csitá febres graves;—uas .atomias
gastricas dos -diabeticos, tuberculosos,
dmighticos, elc;-—no gastricismo dos
«excootados, pelos excessos ou privações,
elc., etc.
Mostra a analyse bateredlogica que a
Aguada Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
terada como microbicamente
pura mão contendo colibaci-
tio, nem nenhuma das especies patho-
sencasque pedem exisár em aguas.
Alem Tisso, gosa de uma certa accão
microbicida. O 3. Thyphico,
| Piphterico, e Vibrão
<holerico. em pouco tempo n’ella
perdem tados a sua vitalidade, outros
mnicrobios apresentam porém resistencia
Manor.
A Agua da Foz da Certã não tem ga-
zes livres, é limpida, de sabor levemen-
te acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho.
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