Voz da Beira nº12 28-03-1914

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o ” Redação e

 

 

 

— EDIREOTOS: À

– Dr. Antonio Victorino

ADMINISTRADOR:

A. Pedro Ramalhosa
EDITOR E PROPRIETARIO:

Fructuoso Pires

 

 

ctdminislração:
– Buu Br. Santos Balente o
CERTÃ

ASSIGNATURAS

. Não se restituem os originaes

of tia
Talho Municipal

E’ extraordinario e diguo de no-
ta o que se passa n’este estabele-
cimento do municipio. Chegamos
por vezes a suspeitar se isto é um
edifício municipal sobre que vela
um empregado oficial se apenas
uma simples tasca de bordel, taes
e tantas são as cenas e palavras
que habitualmente por lá se veem
e ouvem.

O serviço é pessimamente feito
e com desagrado de todos, não me-
recendo a pena reclamar porque
lá dentro apenas ha uma resposta:
a descompostura ofensiva, eim ter-
1905 baixos de calão brejeiro.

Sendo a frequencia deste esta-
belecimento composta quasi exclu-
sivamente de criadas de servir e
raparigas de familia, na sua maior
parte menores, é de presumir o
efeito deleterio que tal conviven-
cia traz para a moralidade no séio
das familias. :

Asnormas de respeito e de agra-
do estão ha muito d’ali banidas
pelo insulto e pela bravata, pois
chega a haver ocasiões em que é
tanta a confusão que o empregado
fiscal se julga impotente para man-
ter a ordem.

O descaramento porém já não
encontra ali barreiras de ordem
moral que façam obstaculo à sua
exhibição e não poucas vezes te-
mos ali visto tambem extranhos,
tinômi- So slerdamentea col, asdirea-
das, agarrando-as e lutando com
violencia.

Se grande é a divida moral do
estabelecimento, não menor é a
sua falta no serviço de abasteci-

mento. À carne, sobretudo a de

chibato, é de pessima qualidade,

magra, velha e em condições impro-

prias de consumo.

Não nos consta que se faça ins-
peção ás rezes, antes ou depois de
abatidas, pelo que o publico tem:

‘de consumir tudo o que se lhe

apresenta, ainda que o gado tenha

doença, febre ou magreza que o
torne inaproveitavel. O publico fi-
cará iludido, levando ossos e ner-
vos em vez. de carne substanscio-
sa, mas como o arrematante paga
os seus direitos em dia, não vale a
pena pôr-lhe dificuldades.

* O que dadmiravel de mgenuida-
de por não dizer já de desprezo pe-

 

Anno, 18200 réis; Semestapabappéis kb
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs.

 

 

 

COMPOSTO E IMPRESSO NA MINERVA CELINDA DE RAMALINOSA & VALENTE — CERTÃ

M

GOVERNADOR CIVIL

O Diario do Governo, n.º 66 de
21 do corrente, traz o despacho
que nomeia governador civil d’es-
te districto, o nosso presadissimo
amigo, sr. dr. Franscisco Rebello
d’Albuquerque, rico proprietario
no visinho concelho de Oleiros, on-
de exerce as funções de oficial do
Registo Civil.

O Snr. Dr. Francisco Rebello é
por demais conhecido em todo o
districto, para que se nos torne dis-
pensada a sua biografia, Filho do
Snr. Conselheiro Francisco d’Al-
buguerque Mesquita e Castro, uma
das primaciaes figuras de Castello
Branco, que durante o regimen de-
posto exerceu por varias vezes
egual cargo, seria garantia” segu-
ra, para que por todos fosse rece-
bida. com aplauso esta nomeação;
mas o sr. dr. Francisco Rebello im-
põe-se, por si só, á consideração de
todo o districto pela sua nobreza de
carater e izenção politica.

Quem tem a felicidade de co-
nhecer o sr. dr. Francisco Rebel-
lo d’Albuquerque sente por elle
desde logo uma verdadeira estima
porque, producto da sua fina edu-
cação, sabe captar a simpatia de
todos que com elle tratam, tornan-
do-se por isso necessaria a sua
amisade.

Quando não sejam estes predica-
dos penhorvalioso de que o snr. Dr.
Bulgdlquenlhe deconfindd pelo (Ros
verno da Republica com proficien-
cia e a contento de todo o Distri-
eto, tem a recomendal-o ainda o seu
tirocinio na vida publica, que nós,
pelo menos os d’esta parte do dis-
trícto, conhecemos sobejamente.

Tendo exercido bastas vezes ‘o
cargo de administrador do conce-
lho e de presidente da camara de
Oleiros, o sr. dr. Francisco Rebel-
lo, com fino tacto politico, sou-
be sempre conciliar o interesse
dos seus municipes e administra-
dos com o dever que os cargos
lhe impunham, captando assim a
simpatia de todo o concelho, onde
em cada habitante tem um amigo.

O sr, dr. Francisco Rebello, não
representa uma facção politica,
mas mesm» que representasse, não
deixariamos de dar os mais affec-
tuosos parabens a toda a comarca
da Certã, porque a nomeação de
s. ex” para Governador Civil d’es-
te districto dá-nos a grata esperan-
ça de quenão será esquecida dos po-
deres publicos e de que terá a re-
comendal-a sempre, conio sentine-
la vigilante, quem como s. ex.º tem
n’ela verdadeiros amigos, de que
nunca descurará os seus mais Jidi-
mos interesses.

S. ex.º, por determinação supe-
rior, tomou posse do alto cargo de
que foi investido, inesperadamen-
te, na quarta feira ultima, pelas
17 horas.

Por não sé ter tido conhecimen-
to d’este facto, com a devida ante-
cipação, não foram assistir á pos-
se, como projectavam, muitos dos
seus amigos da Certã e do conce-
AVopitarbeira felicita pois os
povos da comarca da Certã por
esta nomeação, certa de que ella
representará os seus verdadeiros
interesses, e ao ilustre agraciado,
envia os seus mais respeitosos
cumprimentos.

 

las exigencias do publico, éque em-
quanto que a Fazenda manda ins-
pecionar por meio d’um fiscal o
pezo para se certificar da impor-
tancia a cobrar, o municipio. po-
nha no fornecedor uma confiança
cega que vae muito além dos limi-
tes do que se pode exigir em as-
sumptos desta, natureza, Não se
atende ao estado de gordura das
vezes a abater, se estarão em con-
dições de satisfazer á alimentação
publica, nem tão ponco se averi-
gua de qualquer molestia infecio-
sa, tão vulgar nºestes-animaes,

 

 

 

O fornecedor está no direito de
fernecer o que quizer e como mui-
to bem lhe parecer. Se isto não
fizer não é porque lhe não sóbre
tempo e facilidade para tanto.

Muito ainda resta a dizer sobre
este assunto, mas reservamo-nos
para posteriores ocasiões, Intre-
tanto, bom era que o digno verea-
dor encarregado deste pelouro fi-
zesse por ali umas visitas a miudo
e inesperadamente para. pessoal-
mente se informar do que já ago-
ra é corrente em toda a vila e seu
termo,

SEMANARIO INDEPENDENTE
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMAROA-DA CERTA

PUBLICA-SE AOS SABADOS

Na 3

 

 

 

ANNUNCIOS

do une ” ”
* e 4. paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações da que se
receba um exemplar

 

Portugal rio

Na sala “Portugal”, da Socie-
dade de Geografia, no dia 21 do
corrente, fez o nosso presado pa-
tricio snr. Albano de Portugal Du-
rão, colonial distincto e director
da Companhia da Zambezia, uma
conferencia sobre o districto de
Quelimane, a sua agricultura e
mão d’obra.

Esta conferencia que despertou
a attenção do publico, porque se
havia previamente annunciado, deu
Jogar a que se enchesse por com-
pleto a sala “Portugal.

O nosso patricio foi apresentado
á selecta assistencia pelo snr. Joa-
quim José Machado, Governador
da Provincia de Moçambique e vi-
ce- presidente da Sociedade de
Geografia, que o classificou, alem
de colonial distinto como o Europeu
que bate o recordt de permanencia
no districto de Quelimane e que
maior bagagem tem de conheci-
mentos coloniaes.

Não nos premitte o acanhado
espaço de que dispomos transcre-
ver na integra o que sobre o as-
sumpto disseram os jornaes da Ca-
pital que acompanharam o seu dis-
curso dos mais rasgados elogios.

O nosso patricio, que se houve
á altura dos seus creditos, foi muito
ovacionado pela assistencia ao ter-
minar aj sua conferencia,
as Sukis mais /talorosas felicitações
pelos resultados colhidos, e a seu
sogro, o nosso amigo Antonio Eu-
genio de Carvalho Leitão, digno
secretario da Camara Municipal
deste concelho, acompanha-o na
sua satisfação intima,

Ponte sobre o gezere

O nosso presado collega— O Figuei-
roense— dá-nos no seu ultimo numero,
a grata nolicia de que se acha em Fi-
guoiró dos Vinhos o snr José Maria Henriques Charters d’Azevedo, engenheiro
do distrito de Leiria, que vem dar cos
meço-às obras da Ponte sobre o rio Ze-
zeve, Muito folgamos com tal notícia,
porque d’esta obra resultam grandes in-
teresses: materias para esta região,
Oxalá que os trabalhos por parte do nosso distrito se não façam demorar para
que possamos ver em breve ligados os
dois distritos que muluamente tem
a lucrar com a sua realização,

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INVOCAÇÃO

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rações acima expostas e muito folgaria-
mos de ver esclarecida esta questão, á
face d’uma critica imparcial por quem
de competencia.

Concordamos de boa vontade em que
o existente tem foros de verdadeiro
por uma tradição ininterrupta que vem
incontestada desde largos seculos.

Se assim não é, aponte-se a data em
que tal inovação se fez, e citem-se os
auctores dessa. pseudo historia, que
tão facilmente lograram embair os seus
coevos sem lhes despertar oposições
oportunas.

As colunas do nosso jornal ficam à
disposição dos que com competencia se
queiram dedicar a esta questão.

CARIA DE LISBOA

A conferencia do sr.
Portugal Durão. — A.
calmaria politica. > ;
Vem, meiga Poesia, branca Fada,

Cingida de flores a fronte altiva, ‘
Guia-me a penna humilde, oh casta diva,
De graça e mil encantos coroada!

LISBOA 14—Teve logar no ultimo sa-

bado na sala Portugal da Sociedade de

Geografia a conferencia do distincto of-

ficial de marinha snr. Portugal Durão

sobre a Zambezia. Entre a numerosa e

distincta assistencia vimos alguns dos

nossos mais ilustres conterraneos acom-

panhados de pessoas de suas familias,

todos empenhados em ouvir o snr. Durão

que tem o seu nome ligado à Certã pe-

: Jos mais intimos laços de familia. Cita-
rei por exemplo, alem da esposa do | +
-conierente, os srs. Vice-Almirante Tasso
de Figueiredo, Carlos Tasso de Figuei-
redo, Bugenio de Carvalho Leitão, espo-
sa e filha, D. Maria Julia Leitão, Maria e
Ernesto Leitão, Recebido com uma salva
de palmas o ilustre conferente agrade-
ce as palavras com que o General Joa-

Tua boca subtil e perfumada
Oscule minha fronte pensativa.
Deu alento a minh’alma sensitiva
Um sorriso de terna namorada!

 

Procissão dos Passos

Realisou-se com toda a soleni-
dade possivel esta festividade que
tanta devoção inspira ao povo

E Inelina um pouco o teu olhar p’ra mim
Anjo sem Fórma, puro ser Ideal
Livra-me tambem da ilusão Fatal

De seus braços nús, seu olhar feroz
E tenha o som vibrante do clarim
Nos labios meus o echo da tua voz!

 

 

quia J. Machado, Governador de Mo-
cambique, o havia apresentado ao audi-
“torio, e com linguagem elegante e facil
faz a exposição da sua conferencia, em
que revela, a par d’um grande cabedal
«de conhecimentos admiraveis e qualida-
des de observador. Diz que a Zambezia
“é a melhor prova da nossa colonisação
«em Africa. Analysa os principaes factores
«que concorrem para a valorisação do
solo pela agricultura, é referindo-se ao
systema de transportes, o ilustre official
“afirma que em Africa não se tem cons-
truido um unico caminho de ferro que
não tenha em vista favorecer as colonias
extrangeiras. Fallando do regimen tribu-
tario, critica a nossa legislação, demons-
trando quanto a Zambezia se acha solre-
“carregada de impostos, Disserta sobre
as taxas aplicadas a diferentes produtos
e classifica de absurdo o decreto de
julho de 1913 que mais agravou os im-
postos de exportação. Não é ao regimem
tribulario—afirma o snr. Portugal Durão
—que a Zambezia deve o seu desen-
volvimento agricola; esse desenvolvi-
mento deve atribuir-se ao regimen dos
Prazos da Corôa que na Zambezia tem
dado os mais brilhantes resultados.
Tratando da mão dobra, diz que a
emigração para o Transval dificilmente
poderá impedir-se porque ella constitue
uma industria. Não podemos fazer agri-
cultura em Moçambique porque não po-
demos competir com os salarios do
Transval. O snr. Portugal Durão conclue
a sua interessante conferencia, afirman-
do que se a provincia de Moçambique
estivesse toda sujeita ao regimen dos
prazos nós Leriamos ali 165:000 hecta-
res de terreno cultivado, em vez de
26:000 que hoje existem. Ao Lerminar
a sua palestra o illustre official de ma-
vinha e divector da Companhia da Zam-
bezia: foi muito Guido pela assem-
bleia

Continua a alia politica, apezar do
jantar de Loures, do comicio de Coim-
bra e dos lamentaveis acontecimentos
do Ginasio que tiveram como consequen-
cia a prisão d’alguns individuos e entre
elles o celebre cidadão Borges, que apa-
rece sempre em casos desta natureza,
como claramente o demonstra o relato-
rio da comissão d’inquerito aos actos da
policia de Lisboa. Pois é verdade, leito-
res, 0 João Borges jaz nos ferros da
Republica. À historia apresenta-nos mui-
tos d’estes exemplos. Napoleão depois
“de ter dominado quasi toda à Ruropa,
foi morrer numa prisão na ilha de San-
ta Helena. Que o grande imperador nos
perdoe o parallelo!, . .

E por hoje ponto final, porque esta
ja vae longa e o espaço é pouco.

SERTORIO
k ei meapmmmem
eira

” Tem ho hoje logar a conhecida Feira
dos Passos, que de ha muitos annos se
realisa em egual dia n’esta villa,

 

 

 

1914 Manoel Ferreira David
nã, — mm
Impressões Sr. director do jornal a Voz da

Ao relermos o nosso artigo, pu-
blicado no penultimo numero d’es-
te jornal, notamos que regumava
pessimismo por todos os lados, e
que até as andorinhas, evocadoras
de alegres amores, haviam provo-
cado no nosso espirito sentimen-
tos de tristesa.

Não admira. O português, que
criou fama de alegre, é, certamen-
te, o povo mais inclinado ao sen-
timentalismo, e ora se saracoteia
dengoso nos arraiais d’aldeia, es-
quecendo profundas maguas, ora
derrama lagrimas nos panigiricos
dos martires, que a sua devoção
elegeu para padrpeiros.

Tivemos a felicidade, ou a des-
dita— escolham os nossos leitores—
de nascer n’esta terra bemdita, re-
gada com o sangue de heroes, e
conquistada com a clava de gi-
gantes, e os homens grandes da
nossa historia, uns queimados pelo
sol das batalhas, iam procurar
abrigo á4 sombra benefica do Claus-
tro, outros, com os labios ainda
contraidos pela gargalhada do des-
preso atirada 4 face da desven-
tura, esmigalhavam o craneo, nas
acgmbradrodcelemiaa bem, a fé,
para não seguirmos o exemplo d’es-
tes ultimos, que se roubaram ás
letras patrias, que tanto honraram,
e 4 sociedade, de quem foram or-
namento; por isso, quando o pes-
simismo nos visitar, pretendendo
imprimir o seu cunho nos nossos
pobres escritos, arredal-o-emos pa-
ra 0 lado, como se faz aos impor-
tunos, ou torceremos caminho pa-
ra não nos deixarmos vencer por
este inimigo.

Se conseguirmos o nosso deside-
ratum, alcançaremos vitoria sobre
nós mesmo, esmagando na alma os
sentimentos tristes que a perse-
guem, e as pessoas que nos lerem,
se algumas se derem a esse enco-
modo, não sofrerão com alheias
penas.

Oleixos 11-4-914
CAR.

 

Beira :

Recebi d’um amigo que muito prezo,
as informações que seguem, sobre a tão
falada substituição das armas da Sertã.
Se Y. entender que elas teem algum
valor pora ajudar a esclarecer 0 assum-
pto, peço lhe dê publicidade. Bllas:

aGonsta-me que alguns Edis da tua
vereação pretendem sublituir as armas
da vila. Será verdade? Pobre Celinda,
como sentirá fremitos de indigração e
desejos de cá voltar para repetir o seu
heroismo, atirando com frigideira e
ovos, não já aos historicos mouros,
mas aos acluaes vandalos. Porem, co-
mo quem vae não volta, desaparecerão
tambem os ovos que, de resto, já de-
vem estar bem chócos.

Não sei que razão haja para uma .sub-
stituição d’armas. Se não podem que-
brar-se lanças em defeza da frigideira
ou sertã com os seus seis ovos, pelo
menos é certo que ela tem o lífulo da
posse desde ha muitos seculos, de que
não pode. perante a logica e por isso
prudentemente, ser esbulhada sem que
haja razões ou argumentos em contra-
rio que quando não deem a certeza, for-
neçam ao menos alguns graus de proba-
bilidade.

Emquanto houver simples conjectu-
ras, devaneios e aversão ao ente,
pelo simples capricho de inovar, a ser-
tã com os seis ovos tem o direito
de protestar para que não seja esbu-
lhada do seu titulo de posse.

Vem a proposito dizer-te que é sem-
prelaconstrancido Ligado porsprever
dei nos bancos do escola e já depois
de percorrer a Africa, sempre escrevi
e vi escrever geralmente com S. Só.
depois do meu regresso e quando por
ocasião de se fundar ahi um jornal sob
a direcção d’um tal Grilo, é que o ge-
ral, com que. tive de me conformar,
começou a escrever com €.

Póde ser que tenham muitas razões
para relegar o S; eu é que as não al-
canço; pois quer a sua origem venha
de Sertorio, quer de sertão, quer da
serta, é sempre com S que se escreve.
visto que Certago é palavra que não
existe na lingua latina, mas sim Sar-
tago.

O facto de encontrarem por ahi n’al-
gum cartorio documentos antigos onde
se veja a palavra Sertã com C. não
prova, se atendermos a que no tempo
da dominação romana o latim que se
falaria cá pelas provincias era muito
macarronico, isto é, muito corrompido.»

Certa, 19-3-1914.

2

 

 

 

Bernardo Junior

Apreciamos. devidamente as conside-

 

crente e que ha já tres anos se não
fazia.

Não nos enganamos nas nossas
previsões quando aqui dissemos
que a comissão encarregada de
organisar e preparar a festivida-
de, envidaria os seus melhores es-
forços para que tudo corresse com
o maior explendor e pompa com-
pativel com os recursos angaria-
dos.

O povo liberrimamente acudiu
a esse apelo de generosidade chris-
tie aprova de que sentia fervor
quando entregava o seu obulo, é
que acudiu em massa numerosa
a espandir a sua religiosidade á
vista das cenas de amor e senti-
mento que a comemoração do dia
lhe recordava. Lá vimos pessoas de
todas as categorias, entre cava-
lheiros e damas, desde o simples
proletario até ao abastado proprie-
tario, mostando na serenidade do
rosto. a alegria efusiva que lhe
transbordava da alma por se -ve-
rem no goso d’uma das suas me-
lhores regalias de liberdade — a
liberdade do culto.

A’s 4 horas da tarde começou a
solenidade com o sermão do pre-
torio pelo rev.º padre José Fran-
cisco que expoz demoradamente a
Paixão, após o que seguiu a pro-
cissão composta da irmandade da
Santa Casa da Misericordia com o
seu guião e pendão e andor da
Bnguemsedo pSenhovindos “Passbs:
gario conduzindo o Santo Lenho,
acolitado pelos rev.” Marques de
Macedo e Ramalhosa fechando o
cortejo a Pilumonica Patriota com
o concuro de muito povo.

Incorporaram-se muitos anjos e
grande concorrencia de pessoas
cumprindo votos,

No largo do Chafariz teve logar
a cerimonia do Encontro pregan-
do o rev.“ Joaquim dos Santos, do
Estreito, que em linguagem clara
e vibrante conseguiu dominar o
auditorio produzindo um belo dis-
curso. ú

Ao encerrar da procissão pre-
gou o rev padre Domingos o ser-
mão do Calvario, havendo-se com
a unção e gravidade que o as-
sunto exigia.

Devem estar todos satisfeitos,
comissão e povo, pelo. brilhante
resultado obtido.o obtido.

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VOa Dá JEIRA

 

REPORTAGEM

Esteve em Coimbra, tendo já regres=

sado a esta vila, o snr; Augasto Rossi.

Para a Capital sahin na passada 4.º
feirt, o snr. José Antonio do Valle.

—A lratar dos seus negocios esteve
n’esta villa o sor. Dr. Augusto Henriques
David, notário publico em Pedrogam
Grande.

—Roi transferido para Estremoz, o nos-
so amigo Alfredo Alves de Moura, chefe
da fiscalisação dos impostos,

De visita a sua familia está n’esta vi-
la o sr. Antonio Moraes David, aluno de
medicina.

—Durante a semana, vimos nesta vila

nossos assinantes sr, dr. Augusto H

s :
E» Mv, Antonio Barata de Almeida, An-

em Durão.
k

AX

 

v

o.

 

nio Martins dos Santos, Joaquim Antu-
nes, José Maria Alves, padre Joaquim
dos Santos, Monoel Antunes Clemente e
João Ribeiro da Cruz.

— Nos concursos a que ultimamente
se sugeitou, foi classificado para 3.º ofli-
cial o nosso amigo snr. Antonio Barata
e Silva, digno Aspirante de Finanças
neste concelho. Felicitamol-o,

— — que
diniversarios

Fizeram annos:

No dia 22, o snr Albano de Portugal

—No dia 27,0 snr aAnnibal Nunes
Correia. /
Q nosso cartão de felicitações.

 

Adelino Marinha

Vindo da cidade do Pará, onde esteve

tractando dos seus negocios comerciaes,-
» chegou a sua casa em Pedrogam Peque-

no, o snr. Adelino Nunes Marinha.
A Voz da Beira, apresenta os seus
curaprimentos de hoas vindas
—— es — —

Falecimento

* Faleceu no dia 18 do corrente no lo-
gar do Mosteiro de Oleiros a mãe do
nosso assignante snr. José Antonio Mu-

ralha, a quem enviamos os nossos sen-
tidos pezames,

Publicações

Da acreditada casa O. Herold & (o
recebemos um apreciavel calendario
contendo muitas informações sobre agri-
cultura e aplicação de adubos, de que
aquela casa é principal fornecedora no
paiz.

E” um belo trabalho de propaganda
que muito agradecemos,

Recebemos a visita dos nossos cole-
gas João Semana, que se publica em
Ovar; A Justiça que se publica na Co-
vilhã’e:A Briosa que se publica em
CoVamos gostosamente permutar.

 

HA QUEM DIGA…

Que se vae reorganisar a sociedade dos
Trampecelões;

 

que serão iniciados na primeira sessão
alguns soeios novos;

“que dos propostos. para preencher as
vagas, tom maior cotação o dr. Her-
mano; *

ê e
que se pensa n’uma alteração aos esta-
Iutos, creando-se uma nova classe | de
– socios—os adhesivos;

“que para esta rede “de socios, se Pro:
põe já o Luiz da Praia;

que a ser aceite, se lhe imporá a obri-
; gação de só vir à Certã, quando se te-
“nham de evitar preces ad petendam

“pluviam,
“Bom-Ouvido.

 

PELAS PREGUEGIAS

SERNACHE DO BOMJARDIM — Tem es-
tado em Lisboa o sr. dr. Abilio Marçal.
Quinta, estã ha dias de visita a
sua ir sr.“ D Maria Henriqueta, que
se acha. enferina, a sr? D. Izabel Fra-
zão.

PELOS CONCELHOS

VILA DE REL, 24 — Trabalha-se ativa”
mente na conclusão da ponte do Codes”

E” um melhoramento que o povo de
Vila de Rei reclama ha muitos anos e
que vae agora ter à sua realisação.

Mas é bom dizer-se, como preito de
justiça e homenagem à verdade que
esse melhoramento se deve à pertina-
cia e ao carinho com que d’ele se tem
ocupado o benemerito filho d’esta terra
sr. José Henriques Alves Proes, impor-
tante capitalista d’este concelho, que,
já pelas suas muitas relações nas altas
regiões do poder e alé facultando ao
governo a sua bolsa generosa, conse-
guiu finalmente dar impulso àquela obra
de inadiavel necessidade.

Fica assim preenchida uma lacúna
que se nota muitas vezes nas noticias
sêcas com que certos «jornalistas» cá
do burgo costumam faser perpetuo si-
lencio sobre o nome de pessoas a quem
Vila de Rei deve gratidão; e entre es-
sas pessoas ocupa um lugar de desta-
que que merece especial menção o
nosso amigo e sr. Froes, cuja preocu-

 

 

 

 

“pação constante é o Bem do seu torrão
he

natal.

Que s. ex.” não desanime por motivo
de ingratidão d’alguns, e que continue
a dispensar a sua atenção às muceBsidas
des da sua Lerra.

Em aditamento à noticia da ultima

 

GAZETILHA

Já entrou a primavera

A cumprir o seu fadario,
Plo que reza o catendario,
Mas minhas duvidas tenho,
Pois inda não pude dar
Por essá estação gentil.

Se isto é tempo primawv’ril,
Eu vou ali e já venho!!…

 

Ai, menina, como vens!

Nada meiga, nem mimosa,

Mas triste, feia e invernosa.

Furibunda e endiabrada!

aa geito e essa carinha,

Ea valo o noso tratado,

Já não és do meu agrado,
Assim… não vai mesmo nada!!

Tira o cab’linho da venta,

Qe te dá ares de megéra

E esses rompantes de féra,

Estou-te cá co’ma sede,

 

“Por ver-le assim n’essa b’leza,

Tredamente me enganaste
Podes ir, meu grande traste
Limpar as mãos à parade)!

Já estamos bem fartinhos

De gramar tanto taró

Do varino e paletó

Das luvas e cache-col,

A desejar com ardor

A alpaca e leves flanelas,
& As botinhas amarelas,

Panamá e guarda-sol

Por quem és tem dó da gente,
Pois nos ralas a fressuva

E nos pões à dependura

Se não tomas outra côr,

Se não mudas de semblante,
Primavera, ai, primavera

Que vens falsa como um Beéral/
—’Stás a pedir um calór!l

“SRUTRA

| correspondencia d’esta vila,

 

sabemos
que no funeral do malogrado rapaz, An-
thero Rodrigues da Mata que ha dias se
realisou no cemiterio d’esta vila, se en-
corporou a filarmonica vilaregense, cu-
jo diretor, o snr. dr. Eduardo de Castro
tomou à palavra à beira da sepultura e
proferiu duas palavras de sentimento e
de homenagem às boas qualidades do
exlincio, e em nome da mesma corpo-
ração disse um sentido adeus àquele
que, arrebatado pela morte no verdor
dos anos, deixou muitas saudades aos
seus amigos,

Tem guardado o leito o sr. padre Pe-
dro Lourenço, que nos ultimos dias tem
sentido melhoras. Desejamos ‘o seu
pronto restabelecimento. –

UU,

OLBIROS,, 26 de março de 1914. —
Governador Civil-No dia
21 do corrente recebemos, pelo tele-
grafo, a agradavel noticia de que fora
nomeado Governador Civil do distrito
de Castelo Branco o nosso presado ami-
go e abastado proprietario n’esta vila,
dr. Francisco Rebelo d’Albuquerque,

Para manifestarem a sua simpatia pe-
lo novel magistrado, organinaram os
oleirenses uma marcha aux flambeaux
2, com a filarmonica à frente, foram
cumprimentar s, ex,º e felicita-lo pelo
seu despacho.

0 usiasmo da manifestação, verda-
duran espontanea, porque s. ex.*
de tal mbdo sabe captar as simpatias
que pode gabar-se de ter em cada co-
nhecido um amigo, foi indiseritivel. So-
bre os acordes: do hino nacional e os
gritos insurdecedores dos vivas, solta-
dos pela multidão, ouvia-se o estalar
dor foguetes, pondo em festa esta pa-
cata vila.

Recebeu s. ex.” os manifestantes com
aquela franquesa e amisade de que tem

dado tantas provas e, abrindo as salas
«da sua nobre residencia, abraçou, à um

por um, os seus amigos.

Via-se-lhe, porem, no rosto bailar,
de vez em quando, uma lagrima: era a
saudade de deixar esta pobre gente, de-
dicada até ao sacrificio.

Muito tem a esperar este distrito do
zélo e bôa vontade do seu novo Gover-
nador Civil. Oxalá não tenha dificulda-
des na sua. administração e que, se as
circunstancias lhe não permitirem go-
vernar, distribuindo beneficios, saia do
logar, para que agora vae arrastado,
pelo caminho da honra que lhe aponta-
ram ós seus avós e s. ex.? tem lrilhado
como verdadeiro homem de bem.

*

Julgamos conveniente
notas biograficas do novo Governador
Civil d’este distrito. tão desenvolvidas,
quanto nos foi possível obte-las.

Nasceu em Castelo Branco a 13 de
jantino ddo 1880)” di Fancisco
querque Mesquita é; Cartro e berdeiro
de nobres pergaminhos, concluiu a sua
formatora na faculdade de direito em

o do 1904.

Desde essa epoca, estabeleceu a sua
residencia em Oleiros onde tem impor-
tanta casa de lavoura é aqui exerceu
os cargos de presidente da Canara Mu-
nicipal, administrador do concélho e ofl-
cial do registo civil. Exlremamente con-
ciliador, nunca em Oleivos se fizeram
sentir os efeitos do periodo revolucio-
nario, após a proclamação da Republica,

Afavel e esquecendo antigos agravos,
cobria a todos com a sua protecção va-
liosa e, quando podia valer-se da sua
autoridade para vingar velhas ofensas,
empregou-a sempre em desculpar uté
os seus inimigos.

Crômos que a divisa de s. ex.? é Be-
nevolencia e paz. a de respeita-la
sempre e agora mais ainda, porque o
cargo que vae exercer precisa de uma
e outra para amaciar-lhe as asperesas.

Weira.—Realisou-se hontem n’es-
ta vila e afeira de março» que apesar
E mau tempo, esteve bastante concor-
rida, – C,

 

dar algumas

uau

PEORAEIO

Dignaram-se pagar a sua assignatura
os nossos assignantes snrs. Padre. Maxi-
miano R. Baptista, padre Hypolito Gon-
calves, José Farinha d’Araujo, Manoel
Jacintho Nunes, Henrique Graça, José
Maria Alves, Manoel Alves, Antonio. Fa=
rinha Lourenço e Dr, Augusto H. David.

Chalet e mobilia

ENDE-SE uma mobilia de

casa de jantar, sala, escri-
torio e quarto, toda quasi nova e
em boa madeira.

VENDE-SE tambem um
chalet acabado de construir, com
todas as condições hygienicas,
situdo a Santo Antonio, um dos
melhores pontos desta vila.

Tem quintal adjunto, prestan-
do-se parte para jardim.
Facilita-se o pagamento. N’esta
redacção se diz.

PINHEIROS

ndem-se 150, grossos e com
muito cerne, por junto, ou em
pequenas quantidades.

Quem pretender dirija-se a Jo-

ão Rodrigues, “OLEIROS.

“J. CARDOSO
ENTES artificiaes em todos os os
sistemas. Operações sem dor.

R. da Palma, 115, 2.º— Lisboa

TRESPASSE

HENRIQUE PIRES DE MOU-
RA trespassa o seu estabelecimen-
to commercial, podendo desde já
dirigir-se-lhe quem o pretender.

Agua de da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da
Fox da Certã apresenta uma com-
posição chimica que a distingue
de todas as outras até hoje usadas
na therapeutica,

E’ empregada com segura van-
tagem na Diabetes— Dyspepsias—
Catarros gastricos, putridos ou pa-
rasitarios;—nas prerersões diges-
tivas derivadas das doenças infec-
ciosas;—na convalescensa das Jes
bines suaves nasatoniasgastniças
ticos; eto;==no igastricismo dos ex=
gotados pelos excessos ou priva-
ções, etc,, etc,

Mostra a analyse batereologica
que a Agua da F oq da Coutá, tal
como se encontra nas garrafas, de-
ve ser considerada como microbica-
mente pura não contendo colibacitlo,
nem nenhuma das especies ‘patho-
gencas que podem existirem aguas.
Alem d’isso, gosa de uma certa ac-
ção microbicida. O B, Thyphico, Di-
phterico, à Vibrão cholerico, em pouco
témpo nella perdem toda a sua vi-
talidade, outros microbios apresen-
tam porem resistencia maior,

A Agua da Foz da Certã não
tem gazes livres, é limpida, de sa-
bor levemente acido, muito agra-
davel quer bebida pura, quer mis-
turada com vinho.

DEPOSITO GERAL
RUA DOS FANQUEIROS, SL
TELEPHONE 21068068

@@@ 1 @@@

 

707 DA

SEIA

 

 

ANUNCIO
1. publicação

Faz-se saber que no dia vinte
e nove do corrente mez de março
por doze horas á porta do Tribu-
nal Judicial d’esta comarca, em
Em. virtude da execução para pagamen-
! : to de custas e sellos a requerimen-
to do Ministerio Publico contra
Clementina. Theodora de Jesus,
“solteira, cabeça de casal no inven-
“ftario orphanologico a que se pro-
: cedeu por obito de Francisco Mi-
guel e sua mulher Theodora Joa-
quina, se ha de proceder á venda
e arrematação em hasta publica
pelo maior preço que for offereci-
do acima do valor que lhe vae de-
. signado, do predio seguinte: O do-
minio util d’um praso foreiro a Tzi-
dro Martins, de Oleiros em cinco-
enta e cinco litros e setenta e dois
* centilitros (quatro alqueires) de
centeio e uma galinha, imposto

nas seguintes glebas:

Uma casa de habitação com lo-
ja e sobrado sita na Rua do Cimo
da Villa em Oleiros e uma peque-
na terra de cultura sita ao Dom
Vicente, limite de Oleixos. O seu

valor liquido é da quantia de ses-
. senta e sete escudos e cincoenta e
quatro centavos e vae à praça por
metade do seu valor na quantia de
trinta e trez escudos e setenta e se-
* te centavos,
”? | Pelo presente são citados quaes-
quer credores, incertos.

 

Certã, 9 de março de 1914
À O escrivão,
o Francisco Pires de Moura
A Verifiquei:
O juiz de direito,
x Mattozo

ANUNCIO +
1.º publicação

Faz-se saber que no dia vinte e
nove’do corrente mez de março,
por doze horas á porta do Tribu-
nal Judicial d’esta comarca, em
virtude da execução para paga-
meuto de custas e sellos e multa a
requerimento do Ministerio Publico
contra José João, solteiro, do lo-
gar do Fidigo do logar e freguesia
do Piguairedo, desta comarca se
– badlemracsderpuisivio qelvremator
preço que for oferecido, dos predios
seguintes: 1.º Uma courella de ter-
ra de mato “a fundeira “no sitio da
Lomba da Carvalhinha. 2.º Uma
courella da terra de mato (a segun
da a contar de baixo Jno sítio da
Lomba da Carvalhinha. 3.º Uma
courela de mato (à terceira a con-
tar de baixo) no sítio da Lomba
da Carvalhinha. 4.º Uma courela
de terra de mato (a quarta a con-
tar de baixo) no sitio da Lomba
da Carvalhinha. 5.º Uma courela
de terra do mato (a quinta a con-
tar de baixo) no sítio da Lomba
da Carvalbinha. 6.º Uma courela
de terra de mato no sitio da Lom-
ba da Carvalhinha. 7.º Uma cou-
rela de terra de mato «a fundeira»
no sitio do Viso da Carvalhinha,
* 8º Uma courela de terra de mato
(a segunda a contar de baixo) no
. sitio do Viso da Carvalhinha, 9.º

e

 

Uma courela de terra de mato no
sitio do Viso da Carvalhinha (a
terceira a contar de baixo). 10.7
Uma courela de terra de mato (a
quarta a contar de baixo) no sitio
do Viso da Carvalhinha. 11.º Uma
courela do terra de mato «a cimei-
ra» no sitio do Viso da Carvalhi-
nha. 12.º Uma courela de terra de
mato sita ao cimo do Barroco do
Vale Grande. 13.º Uma casa e
terreno junto sita ao Lameirinho,
14.º Uma courela de terra de ma-
to (a segunda a contar de baixo)
no cimo do Barroco do Valle Gran-
de. 15.º Uma conrella de terra de
mato. a terceira a contar de baixo
no sitio do cimo do Barroco do
Valle Grande. Todos estes predios
são sitos nos limites do Figueire-
do e vão pela terceira vez á praça
sem valor algum. Pelo presente
são citados quaesquer credores in-
certos. :
Certã, 19 de março de 1614,
O escrivão,
Francisco Pires de Moura
VERIFIQUEI.
O Juiz de direito, — Mattoss

1º ANUNCIO À

Faz-se saber que no dia vinte e
nove do corrente mez de Março
por doze horas á porta do Tribu-
nal Judicial desta comarca, se ha
de proceder á venda e arremata-
ção em hasta publica, pelo maior
|| preço que for offerecido, dos pre-
dios seguintes: 1.º Uma terra de
cultura contigua, com oliveiras
matos, pinheiros e arvores de fru-
eto sita ao Cabeço da Ribeira, li-
mite dos Matos do Outeiro, fre-
guezia de Sernache do Bomjardim:
2.º Uma terra com sobreiros e duas
aliveiras e mato sita á Eira, ao
fundo do logar da Lameira, da
mesma freguezia. Estes predios
vão pela terceira vez à praça, sem
“valor algum, e foram penhorados
na execução qne o Ministerio Pu-
blico move contra Marcelino Lopes,
casado, do logar do Cargeijal, fre-
guesia de Sernache do Bom Jardim’
Pelo presente são citados quaes-
quer credores incertos.

Certã, 19 de março de 1914.

[O Escrivão do 2%0fi.,,
VERTRIQUEIP: 5 de Moura
O Juiz de Direito—eMatozo.

Agencia 7
Brazil

ANIBAL MARQUES DE SOUSA
Rua do Largo do Corpo Santo, 6, 1.º
LISBOA

OLICIFA documentos para passa-

portes, casamentos, baplisados,
enterros. etc, etc, INFORMAÇÕES =
‘PRANSPORTES == BMBARQUES de passa-
geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terrestres e mariti-
mas, nas melhores condições, para-os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte, etc. etc.

 

 

 

 

Rapidez, Seriedade, Economia
Presta escalarecimentos na Certa,

Sirugtuogo Z. eg Pirgu

 

 

Centro União Apricula

Fabrica a vapor
de adubos chimicos

FRANCISCO MORAES (0
ALFERRAREDE

Do Sindicato Agricola de Pernes, em

4 de novembro de 1913:
temos o prazer de o informar que
a PURGUBIRA A. TB. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que V. nos vem, fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to os nossos consocios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
toem batata, como em milho
e hortas.

Mais o informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feita
pela Estação Agronomica de Lisboa:

—Azote 30/, — Acido fosforico 2,78 9/o

—Potassa 3,18 9) de que temos boletim.

E’, pois, uma PURGUEIRA recomenda-
vel a todo o desejoso de seméar com
exito. A

O Secretario da Diréção,
(a) Bernardino Rosa
jp ——

E’ unico nosso depositario d’esta e
outras marcas na CERTA, JOÃO JOA-
QUIM BRANCO

Semea de 1.º qualidade-‘Tour-
teaunx para engordo de animaes
sulfato de cobre, sal, etc.

JOÃO d. BRANCO
—=CERTA=—

Sernache do Bomjardim”

sEISTÃO 4 venda os ultimos

Etexemplares desta monogra-
fia ao preço de 50 centavos. Pedi-
dos a Antonio Martins dos Santos,
Sernache; ou Francisco Simões,
rua dos: Fanqueiros. n.º 234, Lis-
boa.

Num apendice se descrevem di-
versas e curiosas antiguidades da

Certã e seu concelho. A
dYa cultura da batata

as maiores e melhores COLHEI-
TAS só se conseguem com a aplica-

ção da À ; /
POTASSA.. Ó
em dôze elevada, otamenteaçiam fostorico

A Potassa é à principal exigen-
cia da cultura da Batata, mas para
que a Potassa possa influir com
sua favoravel áção, quer no dezen-
volvimento da vegetação, quer na
produção das batatas, é indispen-
savel que a terra tenha suficiente
quantidade dos outros elementos
por consequencia aplicar as adu-
bações completas ricas em Potassa
e especialmente apropriadas á Ba-
tata segundo a natureza de cada
terra.

A SECÇÃO AGRONOMICA da caza O.
Herold & O. de Lisboa e com
sncursais em Porto, Regoa, Pampilhoza,
Faro, Santarem Evora e Beja, dá gralui-
tamente todos os esclarecimentos que
lhe sejam pedidos sobre as adubações
apropriadas a qualquer cultura.

Presta todos os esclarecimentos
e mformações no concelho da Cer-

tà–CARDOSO GUEDES,

 

 

SAPATARIA

OM a maxima prompti-
Í dão e ligeireza se execu-
tam todos os trabalhos da arte

Rua Candido dos Reis — CERTÃ

Pela Acção Cathólica

— POR—
Mer. Gouraud
TRADUZIDA PELO

Padre Francisco Sequeira
com aprovação da AUTORIDADE ECCLE-
SIASTICA e editada: pela «Commissão
Diocesana da União Cathólica de Porta-
legre».

E O LIVRO DA HORA PRESENTE
Preço 500 réis
Pedidos ao padre Antonio Cardoso Se-
queira==Proença a Nova.

Kiosque
RRENDA-SE o kiosque sito na Car-
A valha. N’esta redação se trata:

AUTOMOVEL

Aluga-se, marca Minerva, 18 H.
P. para 5 logares.

Tracta-se com João Carlos d’Al-
meida e Silva.

Sernache do Bomjardim.

Fructuoso Pires

Solicitador encartado
Rua Dr. Santos Valente
—=CERTÁ——

LOJA EOVA

DE

 

 


k
À

À

BANO 5

4

ps

“7

João da Silva Carvalho .

Praça da Republica-CERTA

Fazendas brancas de algodão,
lã, linho e séda; mercearia, ferra-
gens, quinquilherias, papel, linho,
sola, relogios de mêsa, de parede
e de prata para algibeira; louças
e vidros, candieiros, camas de ferro,
Vinhdrefmistas, latinas efidbiorab;
etc, etc.

Gazolina e adubos quimicos

Agente da companhia de segu-

ros TAGUS e REPRESENTANTE
DE DIVERSAS CASAS NÃCI-
ONAES E ESTRANGEIRAS.

EMPRESA VIAÇÃO
FERREIRENSE

NODOS os dias, com exceção

dos domingos, esta Empresa

tem carreira d’auto-omnibus entre

a estação de Payalvo e a villa da

Certa.

A partida da Certã é às 12 horas

perfixas e da estação de Payalvo ás
2 horas

 

vd