A Comarca da Sertã nº172 21-12-1939

@@@ 1 @@@

 

– FUNDADORES +
= dor Jose Caros Elrhardt
= DI
— antónio Barata e Silva — | :
Dr. José Barata Corrêa e Silva. É

Eduardo Barata da Silva Correa” E

Angelo Henriques Vidigal— |

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

= estrada nacional de To:
mar a Castelo Branco co-
mecaram a ser colocadas inte-

ressantes placas de sinalização

gue, à noite, por serem dota-

‘ das de vidros semi-globulares,

reflectem a luz dos faróis dos
veículos automóveis, tornan-
de-se, assim, luminosas e at-
£iliando, por Pondep Rindo, o
trânsito.

Como se vê, a ántas a
noma das Estradas, vem dia
& dia, dando às estradas nas-
eionais novos e práticos me-
lhoramentos tendentes a facili-
tar o seu movimento sempre
orescente e a estabelecer a má-
fima segurança.

pote
se encontram nalguns

campos de concentração em
França, já por mais de uma

“vez enirecraram às autoridades

elevadas somas para serem
distribuídas às famílias neces
sitadas dos mobilizados frans
teses.

O gesto é simpático, digno
de aplauso e é, em parte, uma
peguena compensação para os
muitos prejuízos materiais que
os refugiados causaram em
várias terras de França, des-
truindo vinhas e grandes pro
priedades agrícolas, ao deban-
darem de Espanha perseguidos
pelas tropas de Franco, na
fase final da guerra civil,

2 PL

O Grémio dos Retalhistas de
“Mercearia do Norte, Cena
tro e Sul chamou a atenção

dos agremiados dêstes orga-
nismos para a definição legal
da sua função económica, em
ordem a assegurar-se o rigo«
roso acatamento dos princi-
pios expressos nos diplomas
que organizaram corporativa-

mente o comércio de mercea-
rias e a garantir-se a eficiente
conjugação dos estorços das
diferentes actividades e comu-
nicou a todos que a sua inscri-
ção nos, referidos Grémios
apenas lhes confere o direito
de exercerem o comércio de
retalho de géneros de mércea-

ria, pelo que não lhes é lícito
abastecerem – se directamente

nos produtores dos artigos que

se encontram sujeitos à disci-

plina do Grêmio dos Armaze-
nistas de Mercearia e que são
os seguintes: bacalhau, arroz,
açúcar, massas alimentícias,
grão, e jeijão café e cacan sa-
bão. Estes géneros só podem
ser adquiridos através das fir-
mas inscritas no Grémio dos
Armazenistas de Mercearia.

“À infracção dêste princípio

que rege o comércio de mercea-
rias será punido com as penas
lidades de disciplina corpora-
tiva aplicáveis à desobediência
Ros preceitos legais,

 

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO ns e
a Eduardo Panata da Filva Coreia TIP. PORTELA FER,

e e REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — CO |
m|| RUA SERPA PINTO-SERTÃ Dasido COM
> | = TELEFONE
<| | PUBLICA-SE As QUINTAS FEIRAS 112:
ANO IV | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | DESEMBE H

Feat É o E 4 eta Peba = Qu arm ê RE de ia ê q de Fo e Gardigos E conselho de de a |

io go

ata nr pro)

e mimpno cmeo

 

 

 

 

 

com as mutações das cinzas à ma-

neira que o fogo vae consumindo as le-.

nhas que erepitam., E são curiosas, real-
mente, algumas imagens que vão passan=

do na tela dêste cinema improvisado e
imprevisto. Vejo palacios fantasticos, pór-.

ticos monumentais, tronos deslumbrantes,

“que fulguram por um instante, e cum ins-
tante caem, se desfazom em ruinas, que
por sua vez desaparecem tambem,

Vejo esquadras soberbas, castelos,
fortalezas, cidades, casas humildes, a bri-

lharem e a ruirem incessantemente, num
| fado interminavel. Vejo… cinzas, só cin.
Os refugiados espanhóis que

Zas, que se espalham na lareira, e esvoa-
çando depois pelos ares, desaparecerão na
terra em que se transformarão.

Imagens da vida! Imagens do mun

do, deste mundo irrequioto o tormentoso, |

em que nascemos, passamos : o merrerioa..

O calor que. me aquece os meinbros

é tópito e acariciador e convida ao sonho,

E eu fecho os olhos, concentro-me, e u-

ma visão formosa deslumbrou me. Vejo
ao longe, muito longe, uma luz estranha

a iluminar um estabulo, e numa cabana

humilde, uma creança linda, rosada, sor-
rir com os seus clhos divinos para a Vir-

gem que acaba de a dar à luz. Ha ruflar de |

asas DOS ares, canticos de alegria, muai-

cas inegualaveis o misticas…

Os coos alvoraçados e uma estre-
la brilhante ilumina o oriente, e guia os
Magos deslumbrados e atonitos para a
gruta meravilhosa.

Pastores acorrem, atraídos por uma
força misteriosa e irresistivel.

“* E entram, Espectaculo sublime.

E eu vejo a Mãe do Ceo, a Virgem
Santissima, a Mãe de Deus a sorrir cari-
nhosa para c seu bendito Filho, a abar-
car com esse sorriso o mundo nas pessoas
dos Reis Magos e dos pastorinhos humil-
des.. :

E voltei a olhar a fogueira. O fogo
continuava a crepitar na lareira e no meu
cerebro perpassava o pensamento :

— O cenario que as cinzas reprodu-
zem é efemero pois representa a vida
transitoria da humanidade, e o Natal de
ha aproximadamente dois mil anos, a re-

 

RIO. o
É Sentado | à lareira distraio-me

Natal!

 

ea

fa

percutir-se todos os anos. é o eterno Na-

“tal das creancinhas, o Natal de quando

eramos menino tambem. de quando à la-
reira, por noites frias como esta, nos aque:
ciamos ao calor dos beijos de nossas mães
que nos falavam de um Menino Jesus lin-
do, meigo e bom, que viria alegrar-noa
com os seus brinquedos, mas com a con-
dição de sermos bons, E’ este o Natal que
nos fala à alma, ao coração, que vem de
nossos antepassados, é vamos transmitin-
do a nossos filhos e netos, o Natal, «que en»
che o nosso seio de esperanças num mun»
do melhor… E’ o Natal com o Menino Je-
sus a acompanhar-nos nas diversas fases
da existencia, crescendo, sufrendo, e a-
mando, a aconselhar-nos a resignação, a
animar-nos com o seu exemplo, e a dizer-
nos com à sua palavra divina:

— Deixai vir a Mim as criancinhas!
Gus ani a aos uutros, assim
como Eu vos amei!
— Bom aventurados 08 inmildes!
-— Bem aventurados os que sofrem !

e +

E nesta loueura em que o mundo se
debate, impérios a derruir, tronos ‘a de-
sabar, nações a desmoronarem-ss como as
cinzas onde arde a fogueira deste Natal
que passa, ergo os meus olhares do hu-
milde presepio onde nasceu Jesus, e ele-
vo-os para o Calvario onde se desenrolou
o terrivel drama da Redenção da bumas
nidade, e vejo o Bom Jesus agonisante, a

erguer os olhcs para o C6o, e numa an- |

gustia suprena, bradar, pedindo indulger
cia para os pecados do mundo, causa do
seu sacrificio sobre-humano e estupendo:

— Pae! “Perdoa-lhes perque não
sabem o que fazem !
“Que grande, que supremo epilogo do

> s$

Ah! que se dos ensinamentos que
do Natal resultam e da Vida de Jesus re-
saltam fossem compreendidos e seguidos,
quão formoso seria o mundo, e quão de-
liciosã seria a vida num paraiso de paz
e de amor!

Cardigos
Natal de 1939

0. P,

 

 

 

DIZEM-NOS que a grande
quantidade de cedros exis=
fentes no cemitério municipal
prejudica muito os muros e
até os próprios jazigos; as
raízes, crescendo e engrossan»
do, penetram por ali dentro,
danificando e corroendo os
alicerces.
Somos contra tudo o que
possa representar a destruição
de árvores, sejam quais forem

e onde estiverem, mas ha casos
qu justificam o seu desapare-

cimento total ou substituição
“Dor outras de pegueno porte.
| No que se refere ao cemitério
compete à Câmara decidir o
que mais convem fazer, mas
não optando, nunca, pelo res
curso extremo do bota-abaixo
geral, pelo arboricismo, por=
quanto as árvores dão beleza
ao cemitério e os cedros são
as mais indicadas para a man»
são dos mortos,

 

 

Os amigos da «Comarca»

O nosso amigo sr. José Pedro,
actualmente no Outeiro da La-
goa, indicou nos para assinante
o sr. Fernando Leitão, de Lisboa.

Agradecemos.

—<=8= 6) tp

UM PEDIDO

A alguém que saiba a morada
actual do sr. António Marçal da
Silva, que foi estabelecido na
Rua Lopes, n.º 52, em Lisboa,

pedimos o favor de no-la indicar. |

“. alápis

 

 

 

O vinho que por aí se vende
nas tabernas, todo de fora
porque éste ano, na nossa re=:
gião, houve escassez absoluta,
aumentou de [$20 para 1840.
A isto nada temos que opor;
mas não pode ficar sem repare
que êsse vinho seja quási todo
ordinário, tendo, muito dêle,
uma apreciável dose de água,
Como dizia o outro: preferi»
mos que o vinho, em vez de
cristão, fósse judeu!
Que se aumente o preço do
vinho, vá, mas ao menos que:
nos forneçam boa qualidade, .

DIE

COM grande solenidade foi
encerrada na capital, no.
liceu D. Felipa de Lencastre,
a ll Semana kas Mâis.
Na sessão solene que se reas :
lizou foram distribuídos prés
mios pecuniários às famílias
numerosas entreas quais uma,
do Porto, foi contempladu com
3 mil escudos; é composta de
um casal com. 16 filhos.

E oa

UM convênio comercial lusos

sespanhol agora assinado
estabelece uma perfeita unidas
de económica peninsular, persa
mitindo aos dois povos basta»
rem-se a si próprios. Em tros
ca de produtos poringueses,
de que carece em absoluto, a
a Espanha enviará a Portugal.
algumas das principais rique-.
zas do sub-solo, sendo as
transacções efectuadas na base
do escudo, o que é extremas.
mente honroso para nós.

E um di

Fo! publicado am despacho:,
fixando os salários méínis. |
mos para os motoristas do :
continente. .
No grupo A estão abrangia
dos os do Sindicato Nacional |

Branco para qualquer entidas .
de patronal singular on colecs..
tiva com exclusão dos induse
triais de transportes em autos
imóveis. Os salários mínimos
semanais são, respecitvamente, E
os fixados na Cláusula 3.º dos
Contractos Colectivos de Tras.
balho celebrados entre os sinta.
dicatos nacionais e o Grémio.
dos Indnsiriais de Transpor=
tes em Automóveis, publicados
no «Boletim» do [. N. T. dão
Ano VI, nº 3,4, Self,

0) sd

A semana finda esteve jna
Sertãa Brigada de Fiscas
lização de Géneros Alimenti-
cios, tendo vistoriado os estas
belecimentos de mercearia.

OA

A bastantes dias que aqu
se faz sentir um frio glas .
cial. Ro

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
le Castelo Branco

 

 

dos Motoristas de CasteloBranco

 

 

dos Motoristas de Castelo

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COESEESSAS

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Comarca da Sertã

 

 

 

 

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“9 voertã 13,20 » Pernes a ss E Son | =

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| – 7 Axo ces
> no 15,15 » Lisboa 0,10 g s “gos le
Rd “ger.
ds | Lê Dec ne
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Foram estes, hojários. estabelocios do harmonia com as necessitados da região, evitando | | E sao Se
assim: um menos dispendio de “a às pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que 2 pd 0 5
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Ramalhos.. – 46,50]6,55 Póvoa R. Cerdeira 118,20] 18.25:

Póvoa R. Cerdeira .| 7,10|7 15 || Ramalhos. – «118,40/18,45′
Sertã , «1 1,30] —. | Pedrógão Pequeno 11900] —

De 1 de Julho a 31 de Outubro, E
todos os dias excepio. aos domingos.

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Anuncio :
1. E Publicação |

Por êato se anuncia que no dis
bradb do proximn mez de Janeis
ro, pelas doze horas é porta do.
Tribunal Judicial desta comaroa
se há-de proceder á arremstação
em hasta publica dos predios a
seguir designados e pelo maior
lanço oferecido seia do seu va-
lor; .

1º—O Diriio e aBÇÃO a uma
sexta parte do Uma teria de cule-
tivo com oliveiras, sita á Fonte,
do Fundo da Aldeie, lêmite das
inscrito na

artigo 10.047 a descrito na Con-
servatória sob o numero 27.681.
Vei à primeira praça no valor de
B2M0b,

2º O Direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de cul-
tivo oom olivairas, sita no Porto,
do Fojo, lamite das Sardeiras de
Baix: inscrita no matriz Predial

descrito na Conservatória sob o

ra vez à nu no valor de
28543, : o

3.º — O Direito e acção a uma
sexta parte de uma terra de oul=

fructo, sita nos Lameiros, lemite
das Sardeiras de ibaixo, inscrita
na matriz respsotiva sob o artigo
10.651 e descrita na Conzerva-
toria iob o numero 27.683. Vai
pela primeira vez à praça no Vhs
por do 166.83.

400 Di relto 8 aCoRO: á aestá

ra de cultivo ocm oliveiras, aita
no Vale de Covê lemite das Sar

| prletarioa,

 

deiras de Baixo inscrito na masi

Yy

triz fear sob o artigo 10, 102
e descrito na Conservatória acb o
numero 27.684, Valor bl$d4,

Bº— O Direito. e acção a uma”

| sexta parte do uma terra com o-.

liveiras, sita no Serradouro, les
mite das Serdeiras de Baixo, ina-
orita na matriz respectiva oh a
artigo 10,051 e descrita na Cora
servetória sob o numero 27,685…

Vaí pela primeira vez á praça nos
valor de 21510,

Panhorados. nos autos duda Sans

cução por falta de pagamento de:

custas que o M, Publico move

cuntra Manuel Alvaos e mulher
nacia Marir, proprietários, morga
dores no dito logar das Sardeiras:
de Baixo freguesia de Oleiros,
notificando-se por ôste meio pa-
ra comparecerem no Tribunal Ju-
dicial desta comarca no- mesmo

“dia e hora, a-fim-de ussrem que-
| rendo dos seus direitos de prefes

rencia, na qualidade de 06-pro-

Msrgarida da Tagus!
Viúva, por st » como legal repre.
sentante de sua filha menor, Ali

ce de Jesus 6 Mergarida de Ja.
sus, eoltsira, maior e Aiice de
Jesus, menor pubere, residentes
em perte inceria da cidade do
(Brazil). Sendo o seu ultimo das
micilio nesta comarca no. logar
das Fontainhas, freguesia da
Varzea das Cavaleiros, São Oitia
dos quassquer credores incertos.
para assiatirema á arrematação, e

Sertã, 9 “e Dezembro de 1989,
Verifiquei
O Juiz de Direito
“Armando Torres Paulo |
| O Chefe de Secção. |
José Nunes

 

ER

EXTRA

 

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do Atraves da Comarca .

Em Tribunal Colectivo respon-
deram, em 9 do corrente, Manoel

Domingos, solteiro, de 31 anos,

proprietário e Maria Gaspar Do-

mingos casada, de 26 anos, re-.

sidentes na Moutinhosa, fregue-
sia e concelho de Oleiros, acu-
sados pelo Ministério Público do
crime de homicídio frustrado,
previsto prlo artigo 350.º e pu-
nido pelo artigo 140.º remissivo
à regra primeira do 104 e ainda
o“primeiro arguído do crime de
ofensas corporais, previsto e pu
nido pelo n.º 2 do artigo 360.º,

todos do Código Pen:l, por: 0;

arguido, no dia 17 de Setembro
próximo passado, no logar da
Moutinhosa, com intenção de
matar, ofender voluntária e co –
poralmente, à facada, João Do-

mingues Inácio, casado, daquele
logar, causando-lhe gravíssimos |

ferimentos que deviam produzir
a morte, o que não sucedeu por
circunstâncias independentes da

sua vontade, mas, contudo, con-.

dicionaram trinta dias de doença,
com impossibilidade para o tra-
balho: nos primeiros vinte e, na
mesma ocasião. ofender voluniá-
tia e corporalmente, com a mes-
ma arma, Maria Gaspar Domin-
gues, provocando-lhe ferimentos
que produziram dezoito dias de
doença, com impossibilidade de
trabalho nos primeiros dez: a ar-
guida segurou seu marido, João
Domingues Inácio, enquanto êste
era agredido, à facada, pelo co-
«arguido, a-fim-de êste poder
tornar eficaz a agressão, pelo
que é co-autora, nos termos do
n.º 1 do artigo 20.º do citado
Código, do crime de homicídio
frustado.

“A ré foi absolvidae o réu con»
denado na pena de prisão maior
por três anos ou, em alternativa,
na de degredo por cinco anos,
em possessão de primeira classe,
mil escudos de imposto de Jus-

— tiça, importância devida aos pe-

ritos. duzentos escudos ao advo-

= gado olcioso e oito mi! escudos

– de indemnização ao queixoso. .

ate pego

NOTICIAS DE

FIGUEIRÓ DOS VINHOS

Novembro, 28

Monumento ao Dr. José
Martinho Simõss

 

 

Deve deslocar-se ainda êste’

mês a Lisbra para tratar de as-
suntos que se prendem com o
levantamento dum busto ao Dr.
Martinho Simões, o nosso exces
lentissimo amigo Sr. Armando
Carvalho Encarnação, inteligente
secretário da Câmara.

— Foi colocado como infor-
mador fiscal na secção de finan-
ças dêste concelho o sr, Carlos
Alberto Lacerda
“-— Em tratamento encontra-se
em Coimbra, tendo experimen-
tado sensíveis melhoras, o sr. F.
Rodrigues Ferreira, conceituado
comerciante nesta povoação.

Desejamos lhe o seu rápido
restabelecimento.

v — Matriculou-se num colégio
em Coimbra, a fim de frequentar
O 7.º ano a distinta estudante
Maria Amélia Neves, filha do sr.
António S. Neves, digno tesou-
reiro da Fazenda Pública nêste
cbncelho.

7 — Encontra-se em pleno pro
gresso a filarmónica local, supe-
riormente dirigida pela Casa do
Povo, o que se deve sem dúvida
à fôrça de vontade dos seus com-
ponentes e, em. especial, ao seu
regente sr. Joaquim Marques
Fontes.

— Consta que a «Agência Ma-
lhoa» cesta vila, mandou vir
mais algumas milhares de «es-
côvas», .

C.

Mano Louro da Si
ADVOGADO

NONE

SERTÃ

 

A Comarca da Sertã

 

 

: MADEIRA, 11 — Consta que da autopsia feita ao
! cadáver do proprietário Manuel Barata, da Póvoa de Ser-
i rado que, como noticiámos, foi mandado exumar, por sus»
‘ peitas da sua morte não scr casual, se verificou não haver
| crime, cessando assim O prosseguimento das investigações.

C.

mai tre semsreoms

cegos

Homem harbaramente agredido á
o “paniada

PÊSO, 11 — Ontem, pelas sete horas da noite, foi

a população desta pacata aldeia alarmada com uma hotri-
| vel tragédia de sangue de que foi protagonista João Lou-
| renço, de 24 anos de idade, solteiro, jornaleito, natural do
lugar de Cimo Valongo, desta freouesia, filho de Maria
Silvéria e de pai incógnito. A vítima: o Snr. José Luiz,
proprietário, de 55 anos de idade, casado com a Snr.2 Ma-
tia José Nunes, de quem tem 4 filhinhos de tenra idade e
que reside nesta aldeia onde gosa de geral estima como
pessoa ordeira e exemplar chefe de família,
– Historiemos os factos: O criminoso, criatura de
maus instintos e que -de ha muito vinha congeminando o
terrível crime, maniu-se de uma haste de pinho verde e
mal aparada que mede 7 centímetros de diâmetro e, em-
boscando-se no loca! conhecido por «Marco da Cova», no-
me porque é conhecida parte de uma rua sita nesta aldeia,
aqui aguardou friamente a sua vitima depois de haver pre-
meditado maduramente ôs seus ferozes intentos.

De facto, passados poucos momentos, o desditoso
proprietário passava no local sinistro a caminho da sua
residência que dista a poucas dezenas de metros. E eis
que lhe surge então pela frente o temível algoz, que co-
vardemente lhe vibra, com requintes de ferocidade, vio-
lentíssimas pancadas sôbre a cabeça de que resultou um
golpe que lhe atingiu o frontal e parietal direito numa ex-
tensão de 9 centímetros.

Já prostrado no chão e encharcado do sangue que
corria a jórros, O vil agressor continuava a espancar desa!-
madamente o pobre proprietário, que a certa altura, no
intuíto de resguardar a cabeça da brutalidade das panca-
das que incessantemente lhe iníligia o energúmeno, apoiou
sôbre aquela o braço direito, porém, a fera humana, ainda
não saciada de sangue, prosseguiu impiedosamente no seu
tresloucado gesto e nova pancada caiu sôbre a vítima par-
tindo-lhe os dois ossos do ante-braço. A

Néste momento passava no local do crime o Snr.
Presidente da Junta desta Freguesia acompanhado do cabo
de ordens Snr, Amaro Nunes de Oliveira, a presença dos

quais impediu que o miserável concluisse o assassinato. .

(Noticiario dos nossos correspondentes)

do criminoso. Este, que já se encontrava a alguma dis-
tância do local, procutando escapar-se sorrateiramente, ao
ser advertido e sentindo-se descoberto lançou-se na fuga
porém, graças à agilidade do dito cabo de ordens, não tar»
dou a sér detido por êste, que por sua vez 0 entregou ao
regedor A” desventurada vítima foram prestados urgen=
tes socorros pelo distinto médico Snr. Dr. António Ponces
de Carvalho, :

O agressor, completamente desmoralizado, não ofe-
receu a menor resistência em proi da sua defeza, aparen-
tando grande cinismo e não mostrando o mais leve arre-
pendimento, Momentos antes de ser remetido ao Snr.
Administrador do Concelho foi pedir perdão à vitima, pro-
curando negociar por .patacos a sua vileza.

O crime causou geral repulsa nestalocalidade e cir-
cunvisinhanças, onde a sua população não tem por hábito
pactuar com criminosos de qualquer espécie e por isso re-
clama, ululante de indignação, todo o rigor da justiça para
castigo do bárbaro agressor. E

Alguns antecedentes que teriam determinado o mó-
bil do crime: E” do domínio público o conhecimento de
que o Lourenço de ha muito planeava a macabra cilada,
ameaçando bastas vezes a sua vítima, a quem atribuia a
paternidade ilegítima e já mais de uma vez tentara agre-

| dir, afitmando o criminoso que o seu tancôr provinha sim»

plesmente do facto daquêle em tempo lhe haver prometido
um fato que não chegara a dar-lhe, inclinando-se a opinião
pública a acreditar que seria esta a única causa do seu
desvairamento.

Se assim é, parece-nos inacreditável que a exigên-
cia de uma mesquinhez não satisfeita o levasse à prática
de crime tão hediondo, que por milagre não deixou com o
seu rasto de sangue a assinalá-lo — a orfandade de 4 inom
centes criancinhas. A quanto pede chegar a insensatez

– de um homem ou, antes, a sua tirânica malvadez,

e,
ESg*3

CARDIGOS, 15 — Espera-se amanhã o sr. Enge-
nheiro Fernando de Sousa, que vem, com dois colegas,
proceder ao estudo de projectos pata captação de águas
para abastecimento de Cardigos e outras povoações da
freguesia, como Pracana, Freixoeiro, Arganil, Casais de Ss.
Bento e Casas da Ribeira. Desnecessário é dizer que é o
sr. Mátio de Oliveira Tavares, vereador da Câmara Mun
nicipal de Mação, que promove êstes melhoramentos.
Também consta que dentro em breve se vai proceder a
obras para melhor alinhamento da Rua de S. Bernardo,

= As calçadas têm estado interrompidas por causa
do mau tempo que tem feito.

— A colheita da azeitona está quási concluída. A
colheita é boa e o azeite finiíssimo; algum tem menos

Estes, ouvindo um fraco gemido no eseuro da noite, deram
então pela vítima que jazia na calçada banhada em sangue.
Foram tomadas imediatas deligências para a captura

de um gtau.

 

O preço é que, por enquanto, se tem conser- |
‘ vado baixo, atendendo à pureza do artigo.

é EC:

 

 

DE, E, AD, (87, SE, ME,
0% % O do fd o % Y,
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à AGENDA +

Ea CERG a sa a
7 7 o » o da £ o o o
ai” ta Som? oé be Pad

Estiveram : nas Sarnadas de
Alvaro, o sr. José Alves da
Silva, de Lisbou; na Sertã, o
sr. Carlos P. Tasso de Fi-
gueiredo, de Lisboa; no Ou-

Nunes da Costa, do Dafundo.

—— Vinda de Robert Williams
I(Angola), encontra-se na Ser=
tãasrº D. Maria de Lourdes
Branco Valmor da Silva, a-
companhada de sem marido e
filhos.

— Encontra-se em: Alvaro,
o sr. Joagúim Ferreira, de
Lisboa e Calvinos (Tomar), o
sr. Manuel Pereira.

Aniversários natalícios :

5, dr. Geraldo Torres Ro:
drigues, Amadora; 15. Isidro
Freire Lisboa; 16, menino
João Miguel, filho do sr. loa-
quim Calado, Lisboa; 17, Ama-
deu Marinha David, Lisboa;
19, Fernando Lopes da Silva,
Mopêa fAfrica Oriental); 20,
D. Noémia Leitão C. Ribeiro
Matos Neves; 21, P* António
Bernardo, Sernache;s 27, D.
Maximina Amália Marinha
David, Pedrógão Pequeno.

Parabens.

ria
DESPEDIDA

António Sanches Boavida, 2.º
Sargento da G. N. R., que che-
fiou o posto da Sertã durante 8
anos, tendo sido, a seu pedido,
transferido para o Quartel do
Carmo, em Lisboa, impossibili-
tado, por falta absoluta de tempo,
| de se despedir de tôdas as pes-
soas das suas relações e amisade,
como era seu desejo, vem fazê-
lo por esta forma, agradecendo-
-Jhes as provas de consideração
e amisade dispensadas e ofere-
cendo na capital os seus limita-
dos préstimos.

Sertã, 1 1 de Dezembro de 1939,

 

teiro da Lagoa, o sr. José:

hatal dos Pobres da Sertã

er co

Transporte . . 122850
ABS. cc So
José Farinha Tavares . 20800
Anónimo. . . .- . 10500
Carlos P. Tasso de Fi-

gueiredo . . . « 10800
M. NI. cs So. 10400
F. Pires de Moura . . 20800
RM, . 2. | 30%00

A transportar . . 2273850

O produto desta subscrição
será aplicado na compra de gé-
neros de primeira necessidade
em benefício dos indigentes,
sendo feita a entrega das senhas
no próximo domingo, véspera
do Natal.

Da subscrição publicada no
último número há a rectificar :
em vez de Eugénio 4Trindade,
deve ler-se Eugénio Leitão; em
vez de 112850, deve ler-se
122850.

&

Por iniciativa da Juventude
Católica Feminina da Sertã, um |
grande número de meninas con-
feccionou muitas roupas de lã, .
flanela e riscado para distribuir, |
no dia de Natal, pelas crianci=

nhas mais pobres.
: a

DOENTES

Esteve gravemente enfermo,
durante a semana passada, ten-
do, nos últimos dias, obtido li-
geiras melhoras, o que nos é
muito agradável noticiar, o nos-
so amigo e importante comer-
ciante e exportador de azeites
da nossa praça, sr. Henrique
Pires de Moura.

— Tem estado doente, guar=
dando o leito há bastantes dias,
a sr? D, Albertina Lima da Sil.
va.

— Continúa muito doente, no
Castelo, o sr. Gustavo Bártolo.

Desejamos a todos, mui sin:

 

 

 

ceramente, prontas melhoras,

O Natal no Carvalhal

Inaugura-se no dia de Natal.

na escola oficial dos Ramalhos,
promovida pela professora, sr.
D. Margarida Lopes da Silva, a
sopa em benefício dos alunos
que fregiientam aquela escola,
havendo, a propósito, uma festa
especialmente dedicada ás crian-
ças, que principia ás 14 horas.

Foram convidados a assistir
os sts. Presidente da Câmara,
Delegado Escolar, o nosso Di-
rector e o povo daquela fregue-
sia,

Agradecemos o honroso con-

vite.
tai) ad

Eléctrica Sertaginense

Por falta de representação de
capital não se efectuou, no dia
12, a reiinião para a eleição dos
corpos gerentes e Mesa da As-
sembleia Geral, a servir no trié-
nio 1940-1942, tendo, por isso,
ficado adiada para o próximo
dia 26,

org
«O COMÉRCIO”

Recebemos a visita, que muito
nos penhorou, dêste nosso pre-
zado colega que se publica em
Lisboa para defêsa dos interêsses
económicos, sob a direcção do
sr. Sabino Costa.

Agradeçemos e gostosamente
vamos permutar.

ate áD pad

ACIDENTE

Em Montes da Senhora, quan.
do Francisco Mateus tentava cor»
tar um ramo de árvore despe-
nhou-se da altura de 5 metros e
ficou com uma perna fracturada;
o seu estado é considerado grave,

a ti SA

 

inséírução Primária

Sernache do Bomiardim

 

[Carta de Angola

 

Coxito (Dande) 19 de
Outubro de 1939.

Meu caro Eduardo Barata:

Não sei quem de nós, no que .
respeita a gentilêzas, mais tenha
que esperar e pagar—porque, de
tantas provas captivantes de si
recebidas, se me afigura que eu,
sem o saber e por magia, estou
diariamente a provocar as suas.
boas atenções. Obrigado pois.

Li no jornal a referência amá-
vel que fez á minha «largada», e
pelas considerações que bordou .
a tal propósito, estou-lhe imen-
samente grato. E apenas agora.
eu desejo elucidar o meu bom.
amigo que, de facto, sou avia-.
dor, brevetado em 2 de Agosto
passado. Ra

Em linguagem aeronáutica,
«largada» é muito pouco e eu já.
fiz provas, arriscadas algumas,
para a obtenção do «brevet»; e,.
para obtenção do ebrevet> é ne. .
cessáio fazerem-se um certo nú-:
mero de provas acrobáiicas, o.
que eu fiz. Meu caro Eduardo
Barata : — digo isto talvez com
um tanto de vaidade, porque o:
meu amigo não pode fazer ideia
da luta que travei em 2 frentes.
para a obtenção desta coisa de
voar: — Numa frente, a inveja,
a má vontade, o Ódio, que são
ruím veneno; da outra a porfia .
nas manobras e na demonstração
de que eu também posso fazer.
o que os outros fazem. E se con-
segui ser aviador, tive que de-
monstrar ser capaz de fazer pi
ruetas lá na atm:sfera — porque.
de contrário. .. não me deixa-‘
vam estar em Luanda tanto tems
po, e para tal fim.

Obrigado pelas amabilidades
que me tem dispensado, e abra-
ça-o amigo certo e obrigado

Rebordão Couto

 

Faça a expedição das suas
encomendas

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garante a modicidade de
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gam ao seu destino sem
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dim e qualquer dos nossos.
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@@@ 1 @@@

 

J B. da S. L. de Almeida
Garrett (1799-1854)

I

O César disse do alto do seu trono:
— sPoroça a liberdade !

Quero contar os homens que ha na ferra,
Que é minha a humanidade»,

E, cabeça-a cabeça, como rezes,

Às gentes são contados.

Procônsules e reis fazem resenha
Das escravas manadas, |

Para mandar a seu senhor de todos
Que, um pé na águia romana,

Com o estro oprime o mundo. À isto chegara
À vil progénio humana.

II

E era noite em Belém, cidade ilustre
Da vencila Judêa,

Que a domada cabeça já não cinge

Loma palma idumêa :

Dois aflitos e pobres peregrinos
Cançados vêm chegando

Àos tristes muros, a cumprir do César

= À imperioso mando…..

Tarde chegaram; já não ha pousadas.

Que importa que êles venham

da siirpe de Jessé, e o sangue régio
Em suas veias tenham ?

Ha geral. servidão só uma avulta
Distinção – a riqueza;

Ha corrupção geral só uma avulta
Degradação – pobreza.

Os filhos de David foram coitar-se
No presepe entro 0 gado,

“E dos animais brutos receberam
Amparo e gasalhado.

II

Imensa Magestale
Apareceu no mundo – ali começa
À nova liberdade,
Cantam-na os anjos, que no céu pregoam
Glória a Deus nas alturas,
E paz na ferra aos homens! – Paz e giória,
Promessas tam seguras
Do céu à terra nesta noite santa,
O que é feito de vós ?
Jesus, tilho de Deus, que ali vieste
lumanarte por nós, .
Tu que mandaste os coros dos teus anjos.
hos humildes pastores
Que dormiam na serra – ao pobre, ao povo,
— Primedro que aos senhores, |
Que-aos sábios e que aos reis fe revelaste =
Oh! que é delas, Senhor,
Que é das tuas promessas ? Resgatados,
Divino Salvador, –
Do antigo- cativeiro não seriam
Os homens que fizeste
Livres co sopro teu, quando os criaste,
Livres, quando nasceste,
Livres pelo Evangelho de verdade
Que em tua lei lhes deste,
– Livres entim polo feu sangue puro
Que por les verteste
Do alto da Cruz, no Golgota de infâmia
Em que por nós morreste?

IV

Vê 6 Filho de Deus! quási passados
Dois milénios já são
Que, esta noite, em Belém principiava
Tua longa paixão ;
E o ódito do César ainda impera
No mundo avassalado.

Os Cósares, no seu trono – e quantos tronos | –
Têm caído prostrados…..
Embalde | – as leis iníguas, que destroem

A santa liberdade
Que nesta pia noite anunciaste
À opressa humanidade,
Essas estão em pé. Será que 0 pacto,
– Seáqueo testamento
Celebrado na Lruz tu quebrarias,
Senhor, no etéreo assento ?

V

Não, meu Deus, não; eiema é a Palavra,
Eterno é o Verho teu
Que antes do ser dos séculos, nos deste,
Que o mundo recebeu
Nesta noite solene e sacrosanta.
Nós, nós é que 0: quebramos,
Nós, sim, 0 novo pacto e juramento
Sacrilegos vilamos;
Esaúis do Evangelho, nós vendemos
Com torto necedade,
Por apetites cóndidos, a herança
Da glória e liberdade.
Por isso os reis da forra inda nos contam
Escravos às manadas ;
Por isso, em vão, do |
“Às cervizos chagadas:
Porque não temos fé, não temos crença,
Ea Cruz abandonámos,
Donde sômente está, só vem, só fulge,
À luz que procuramos.
E os vãos sabedores, êsses magos
Que a vaidade cogou,
Não olham para o céu. não vêem a estrela
Que hoja em Belém raiou,

 

,

– | Nacional ?

[manda honrar. A mulher foi criada
| Desde pequenina que em tôdas as brincadeiras.
ela revela a tendência para mulher-mãj, E? vêr o

sentimenios puros, de carinho e abneg

 

O NATAL DE CRISTO

 

 

 

 

ção Nacional, aprovou, com o decreto 26.893, os

Estatutos da Obra da Mãi pela Educação Nacio-
nal, determinando ainda que a Sema ;
se electuasse em todo o nosso Portubal de 8 a
l4 de Dezembro, sendo especialmente dedicado
o dia 10 para prestar homenagem ás| mãis por»
tuguesas.

Aqui estamos pois reiúnidos prontos a aju-
dar com todo 6 nosso esiôrço a fazer à propaga-
ção desta associação nobre que dentr
alma tem um lugar de eleição.

O que é a Obra das Mais

pelal Educação

Eº a protecção desta associação E do Estas
do, à família, base da harmonia sogial e fonte
das fôrças morais que fazem a grandéza e pros
peridade das nações; é a orientação a dar ás

mãis portuguesas por uma activa difusão das no-

ções Iundamentais de higiene e puericultura, pa-
ra bem criarem os filhos em colaboração com a
organização nacional denominada
Família». H

E” procurar promover o embelgzamento

| confôrto do lar, contribuindo, por tôdas as for-.

mas, para uma plena.realização da Educação nãe
cionalista da juventude portuguesa. E? finalmen-
te, promover a dignificação e santificação das
famílias, pois é necessário que, ao lado do pão
do corpo, abunde também o do espírito que é
fabricado na fornalha do amor nobreje alto dos
pais aos filhos e dos filhos aos pais| que Deus
para o lar.

cuidado com que embala a boneca cantando lhe
uma canção para a adormecer ou ameaçando-a
com o papão se o sonito não vem… E, cha-

mando-lhe sempre sua filhinha, lá vai arrumar

os brinquedos que formam a cazinha, preparar-

lhe as refeições, com a alegria duma mãi em.

miniatura. Que felicidade, pois, quando. mais
tarde, substituir êsse cuidado com a boneca, pe-
los do marido e dos filhos! e

A Semana da Mãi, instituída principalmen-

Ite para incutir no espírito da criança a venera-

ção por aquela que lhe deu o ser, é uma das ini-
ciativas mais belas e necessárias que| podem to-
marese em prol da família e da criança, e, por
isso, digna de carinho e admiração da escola
primária.

Eº que a escola primária também é Mãi, em
cujo seio vêm desenvolver-se mais tarde, os fi=
lhos que nos lares não puderam educar se. Daí a
grande razão de ser da sua cooperação com a
Obra das Mais pela Educação Nacional, para
ensinar aos portugueses o respeito,| 0 carinho,

o amor e gratidão, que ás mãis são devidos.

MM,

Quem me dera ser poetisa pata te cantar

em sublime poema, como sublime € santo é o:
teu amor ! a
Mai!… Que ternura, que doçura ha nesta

palavra que está gravada em nosso coração des=
de que pela primeira vez a balbuciamos!

Mai!… Palavra tão pequenina
grande amor significa, expoente máximo dos

Nem o guerreiro: no campo
mostra mais energia, mais força, mais
do que uma mãi defendendo o seu: filho !:

Mãi! Felizes daqueles que sentem o seu
amor, Os seus conselhos, a sua protecção, e até…
os seus castigos. Lá diz o poeta :

«Felizes o que têm pai.
Mimosos os que têm mãi!»

a da Mãi,

da nossa .

«Defesa da

|
|
|

É
|

| Que andam por’i ao desdém:

E, nesta hora de consagração as mãis por-
tuguesas, eu faço votos para que tôdas cumpram
rigorosamente o seu dever, pois que, na educa-
ção dos seus filhos, está o destino da nossa que-
rida Pátria.

Meninas e meninos das escolas da Sertã;
Jembrai-vos sempre do dia de hoje, lembral-vos
sempre dos vossos pais e pagal-lhes, com muito
amor, muito carinho, os sacrifícios que êles fa-
zem por vós. –

Vivam as Máis portuguesas !>

| oo

Seguem duas poesias recitadas pelos alu-
nos das escolas da Sertã, respectivamente, os
meninos Heloisa da Graça Craveiro e Hélder
Albino Pedro: É

“O CATA-VENTO

Viva lá, senhor galo cata-vento!

Fale à gente, não seja malcriado !

Lá por ter o poleiro no telhado,

Não suponha que está no tirmamento!

Como percebe de onde sopra o vento
E sabe de equilíbrio o seu bocado,
Já se imagina bacharel formado,
julga que tem carradas de talento! .

“Vaidade! Pedantismo sem mistura!
No fundo, duas tretas, bagatela,
Que só entre patetas faz figura.

O que você, amigo, não revela,
E”:que antes de ser galo, nessa altara,
Foi uma reles tampa de panela !.

— – AO MENOS VÔS
Crianças que tendes mai:
Já pensastes um momento

Na desgraça, no tormento
Daqueles que não na tem ?.

 

Meninos a quem um pai,
Após q ausência dam dia,
Aº noitinha acaricia e
Com ternara, onvi-me, olhai

é Já pensastes nos pobrinhos
Sem pai, nem mãi, sem ninguém,

Cheios de fome e rotinhos ?..
Se não houver mais ninguém,
Ao menos vós, meus anjinhos,
Não falteis aos orfãozinhos
“Que andam por’i ao desdém .«.»

* x*
*

À Direcção da Obra das Máis pela Educa-

“| ção Nacional, por intermédio da Mocidade Por-
e que tão |

‘ tuguesa Feminina — Delegacia Provincial de
| Castelo Branco — promoveu uma sessão solene,
no passado domingo, pelas 15 horas, no Cine-

 

altrúismo, .

: Lisboa por aquela Direcção.

ms
* *

Agradecemos o convite para assistir à re-
ferida sessão solene.

cairem anmrusronremsçes

 

 

Tribunal Judicial

Movimento de Novembro

DISTRIBUIÇÃO: 2) Carta
precatória para penhora, extraída
dos autos jde execução por cus-
tas e selos que o M.º P.º move
contra Maria do Carmo Ribeiro
de Penafalção, Sobreica Formos-
sa; Para notificação e declara-
ções à cabeça do casal Ana Ri-
beiro, extraída do inventário or-

 

de

tos
to,

da

 

| especial de suprimento de con- | noel Fernandes dos Santos, Lei-
| sentimento!requeridopor Joaquim ria do Meio, Sobral e réus João
Luiz da Silva, Jôgo do Mourisco António Carlos e mulher, Cas-
(Cdstelo), contra sua mulher Ana calheira, Cambas; Execução fis-
Jesus Silva, Lisboa; 13) In-, cal administrativa em que é exe-
ventários orfanológicos por óbi- | quente a F. N. e executada Joana
de: Joaquina de Jesus, Pico:
Sertã, Manoel Gomes, Mos-
teiro (Castelo), José Joaquin,
Casal Madalena, Sernache do
Bomjardim, Maria Rosa, Chão;
Forca, Sertã Manoel Martins
Valdeira, Vilar da Carga, Sertã, ‘.
José Luiz da Silva, Cunqueiro,

‘ Barata, viúva, Roqueiro, Pedró-
‘gão Pequeno. |

Sertanense Foot-Ball Club

E” no próximo dia 30 que, na
‘séde desta associação, se reali-

o:

cia reed como msi

e peculação.

‘ Teatro Vaz Preto, daquela cidade, a-fim-de fa-
zer entrega de três prémios às três famílias mais
| numerosas do distrito, cuja indicação foi feita de

 

 

fanológico por óbito de António

Martins Santo, Venda, Montes da,

Senhora; 9) Acção ordinária em
que é autor António dos Santos
Zuminas e mulher Joaquina Ma-
ria, Matos do Pampilhal, Serna-
che do Bomjardim e réus José
Joaquim Lourenço e esposa e
Margarida de Jesus Correia, To

“imar, viúva e seu filho menor

 

Vila de Rei e José Sequeira,
Próença-a Nova; 16) Arção es-
pedial de prestação de contas em
que é autora Adriana Madeira
Gohçalves. Lisboa e réu seu pai
Adrião Madeira Gonçalves, Oleio
ros; Inventário orfanológico por
óbito de D, Carlota Neto de Vas-
coficelos e Silva Carreira, Pe-

| drágão Pequeno; 20) Acção su-
Abel Nunes Correia, Sertã; Acção matíssima em que é autor Mas

 

‘zam as eleições dos corpos ge-

| rentes e mesa da Assembleia Ge-

“ral para o ano de 1940.
Ore.

CINEMA

Desenrola-se hoje, no nosso
cécran», a colossal película ;<A

Tragédia Imperial».

 

| Azeite alimentar

 

Até ao fim do próximo ano

será admitida a toleraneia de

um grau de acidez em relas .
ção à já estabelecida

Pela pasta da Agricultura
vai ser publicado o seguinte
decreto :

«São relativamente avultadas |
as quantidades de azeite da pres
sente colheita cuja acidez excede.

o limite legal estab lecido para .

o azeite alimentar, devido prin-.
cipalmente à acção da «dacus |
oleae» e do «olossporium oliva-
rum», vulgarmente conhecidos |
pelas designações de mosca da
azeitona e gafa o
Pareceu necessário, por isso, .
permitir a venda ao público, até.
o fim do próximo ano, de azeite.
com mais de 4 graus de acidez,
quer para deminuir os prejuizos
do produtor, quer, ainda, para
maior aproveitamento no constt=
mo do que se produziu Ao.
mesmo tempo foi incumbida a
Junta Nacional do Azeite de, nas .
compras a efectuar para sus-
tentação dos preços, atender es-
pecialmente aos azeites de acidez
acima da legal, visto parecer que

| é em relação a êstes que se exerce

actualmente uma tal Ou qual ese
– Depois de refinados,
podem ainda ser cedidos aos

I produtores que não tenham ex

periência da refinação, para com.
éles beneficiarem e valorizarem as
quantidades por vender. Quanto |
ao crédito, será concedido pela
Caixa em condições semelhantes
às dos anos anteriores.
“E” indispensável, porém, ata-

Icar o mal na sua origem, indo

até à obrigatoriedade do tratas.

mento das árvores No próximo

ano serão executadas demonstras.

| ções pelos serviços competentes

do Ministério da Agricultura, com
a colaboração da Junta, nas re:
giões mais afectadas e, em ses
guida, definidas as bases dofitras

| tamento obrigatório. .

Usando da faculdade conferida
pela 2.º parte do n.º 2.º do ar»
tigo 109.º da Constituição. o Go=
verno decreta e eu promulgo,
para valer como lei, o seguinte: |

Artigo único. Até o fim do |

“| próximo ano é admitida a toles

rancia de | graú na acidez da
azeite alimentar em relação à ess
tabelecida no decreto n.º 17.774,
de 18 de Dezembro de 1929».

pap

‘ Como anunciámos, a Coma
panhia de Viação de Sernache,
Ld.º iniciou, no último sábado,
a carreira regular, diária, de pas=
sageiros entre a Sertã e Castelo
Branco, que lhe foi cedida pelo
sr. Constantino Xavier de Cata
valho, de Proença-a-Nova. |

—- Consta que à mesma Coma
panhia foi oferecida a carreira
entre Tomar e Sertã para a con-
dução de passageiros e malas do
correio, explorada pela Compas
nhia de Viação Tomarense.

— Foi cancelada alcarreira de
passageiros entre Alferrarede (es=
tação) e Cardigos, de João Bar=
roso, tendo-se iniciado a de pas-
sageiros entre Chão Lopes e
Cardigos pertencente ao mesmo.

=) dd

A necessidade de proteger
a Agricultura

No debate da proposta da «lei.
dos meios» apresentada ao Pare
lamento pelo Govêrno, disse o:
deputado sr. dr. Artur Proença
Duarte que a tributação da terra.
portuguêsa continua a ser um
problema delicado, visto que. em :
muitos casos, a taxa lançada é
superior ao rendimento da pro-
priedade particular, pelo que se
torna necessário rever, com cui-
dado e competência, as matrizes,

‘e deixar de impor novos encar-

gos ao proprietário, quando êste

| valoriza a propriedade. A” terra

portuguêsa não devem ser im
postos sacrifícios que vão além
das suas possibilidades,