Eco da Beira nº32 11-04-1915
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Certa; tt de Abril dedos
MANARIO POLITICO
-— Numero 32.
a! — Assinaturas:
AO sp st esse ni SELADO
Semestre. …….« aa OO
Brazil (moeda brazileira), .. , 5ibooo
Anuncios, na 3,2 e 4.º página 2 cen-
Entrevistou A Capital um amigo
do sr. general Pimenta de Castro,
que lhe revelou o plano polÃtico do
ditador. Entende êste que ‘o Partido
Republicano não pode tão cedo subir
ao poder, porque isso seria a morte
inevitável do regime. Trata por isso
em alargar as influências dos parti-
dos das direitas e pensa ao mesmo
tempo em eleger um certo número
de senadores e deputados que ve-
nham a influir decisivamente na fu-
tura situação polÃtica. Esse grupo
auxiliará os evolucionistas ou os fu-
sionistas, confórme uns ‘ou outros
estiverem no poder, até que se dê o
que tem de dar-se: a fusão dos dois
grupos, aos quais terá de suceder O
mesmo que aconteceu a históricos e
reformistas, que pelo pacto da Granja
constituiram o partido progressista.
Em resumo, é êste o transcendente
sr. ditador Castro, segundo
o depoimento dum seu amigo.
* O indicado plano apenas prova que
o sr. Pimenta de Castro se julga so-
berano senhor do paÃs, pensando que
dispõe dêle consoante tôr de sua li-
vre vontade, desconhecendo, porém,
em absoluto, as condições da polÃtica
portuguesa e ignorando tambêm que
certos fenômenos não podem ser de-
terminados por combinações ou ca-
balas. O sr. Pimenta de Castro e o
amigo que por êle falá partem do
errado princÃpio de que o Partido
Republicano Português tem mais.
fórça que os demais partidos porque, |
tendo exercido o poder, praticou fa-
vores. Trata-se de uma falsa teoria,
baseando-se em factos tambêm fal-
sos. Na República, não é a polÃtica
dos favores pessoais que cobra ade-
sões firmes e sólidas, estabelecendo
grandes correntes de opinião. E’ a
polÃtica dos princÃpios, é a polÃtica
patriótica. O Partido Republicano
Português, como poder, não conquis-
tou partidários por distribuir favo-
res. Conquistou-os por ter feito uma
olÃtica de interêsse nacional, repu-
Bliaho? e social. Se a influência polÃ:
tica se conquistasse por favores pes-
sóais, embora legÃtimos, a hegemo-
nia não seria dêsse Partido que em
54 meses de República só exerceu o
poder durante uns r4. A hegemôónia
seria do mais fraco de todos os par-
tidos — o partido unionista, que foi
uem deu as cartas nos ministérios
e concentração. O Partido Repu-
blicano Português, se tivesse estado
sempre na oposição, teria tanta in-
fluência como tem hoje, e não téria
a odienta má vontade de muitos ele-
mentos que ora o hostilisam, por
despeito ou por interesses feridos.
Quanto mais tempo êsse partido es-
tiver fora do. poder, tanto maior e
tanto mais invencÃvel será a sua in-
fluência. sb of E
E†necessário constituir-se um par-
tido conservador republicano com
capacidade governativa, represen-
tando uma: corrente: de opinião na-
cional? Evidentemente que é. Mas
êsse partido; seja ou não algum dos
« Aavos alinha ou espaço de linha |
lano do di-
[EEE
partidos existentes, não poderá cons
tituÃr-se nem engrandecer-se à som-
bra de artifÃcios nem por favorés go-
vernativos. Essa fôrça polÃtica só po-
de organizar-se não como uma fu-
são de ódios heterogéneos, ligados
por ambições, mas como um conjun-
to de opiniões ligadas pelos mesmos
princÃpios: Essa fôrça não podé or-
ganizar-se, pelo menos sólidamente,
sob o amparo de qualquer govêrno,
más, pelo contrário, em oposição a
um govêrno do Partido Republicano
PoOrmsnas Co
“ Foi na oposição que se organizou
o partido progressista. Foi nas lutas
da oposição que se formaram sem-
pre todos os partidos. Supôr que
um govêrno pode chocar partidos
cómo uma galinha choca óvos é dis=
parate que não tem classificação.
O estapafúrdio plano do sr. Pimen
ta de Castro, quando fôsse praticá-
vel, só complicaria mais a’ polÃtica
portuguesa, tornando impossÃvel a
vida parlamentar e, portanto, a vida
constitucional da República. O ga-
chis seria bem mais. grave do que
aquele que apresentou a legislatura
corrente quando nenhum partido te-
nha maioria parlamentar, porque Ã
maioria seria constituÃda por três
grupos distintos —- o do sr. Guilher-
me Moreira, o do sr. António José de
Almeida é o do sr. Manuel Camacho.
Só lotcos podem supôr que os três
grupos, de diversas tendências, po-
deriam governar juntos ou que um
dêles poderia governar com a coope-
ração efectiva, leal e sincera, dos
dois restantes. E
Felizmenté não há, porêm, que te-
mer a absurda hipótese. O sr. Pi-
menta de Castro julga-se senhor do
paÃs, mas não o é de facto. E’ um
transitório ditador que na devida ho-
ra há de prestar contas às justiças
dos crimes de responsabilidade que
praticou. O paÃs há de falar e há de
proclamar que, pelo menos, em-
quanto não houver constituÃdo outro
partido polÃtico com capacidade go-
vernativa, é o Partido Republicano
Português que, de direito, tem de
governar. Não se trata já de uma
melhor solução. Trata-se da única
solução que Os interésses nacionais
Rdnrer o aê
ses
RR)
Dr. AbÃlio Marçal
Este nosso prezado amigo e di-
– rector dêste jornal foi eleito para o
Directório do Partido. Republicano
Português. pn
“O. sr. dr, Abilio Marçal ficou fa-
zendo parte da junta consultiva, na
secção da legislação. ..
As; nossas. felicitações, e a êste
concelho por; estar. tão dignamente
representado nos altos corpos: diri-
gentes do maior partido polÃtico do
paÃs eo mais sólido apoio da Rê-
pública.. nó E
Continua: ainda doente, mas já
com bastantes melhoras, o xosso ami-
go Marcelino Francisco da Silva,
da Paparia, digno vereador: da câ-
mara: municipal dêste concelho.
Desejâmos o seu completo resta-
belecimento.
E
PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRATICO
ps DIRECTOR — ABILI |
” Editor e administrador ALBERTO RIBEIRO
MARÇAL |
* Congresso do Partido
Republicano .
– O Congresso ‘do Partido Repu-‘
blicano Português, realizado em Lis:
boa nos dias 28 e 29 de Março úl-
timo, foi uma bela e patriótica ma-
hifestação da fôrça ‘e vida dum par:
tido que é o mais forte apoio da Rê-
pública, pelo númeéro-e valor das
suas fôrças e pelá fé e dedicação
qué as anima. e
“As’ sessões decorreram sempre
com o maior entustásmo mas com
a serenidade e firmeza de quem
compreende as suas responsabilida-
des neste rmomento é a gravidade
desta situação anómala mas, e por
isso mesmo, transitória. (4
Esta afirmação tão brilhante da
existência e energia duma agremia-
ção partidária caúsou a mais viva.
impressão em todos, sem exceptuar
o govêrno em voita do qual’se reú-
nem todas as outras fôrças e pai-
xões, em guerra é ódio comúm con
tra O nosso partido. :
Vão’ certamente redobrar “de “in:
tensidade e rancôr.
Assim deve ser. a
Que venha tudo. Resurjam as per-
seguições numa guerra de exter-.
“minio. >*
Venha tudo! E até à vista!
Na última: sessão procedeu-se Ã
eleição dos corpos gerentes, que deu
o seguinte resultado: |
Directório
Efectivos :
Afonso Costa.
Alexandre Braga.
Alvaro de Castro.
Luis Filipe da Mata.
Manuel Monteiro.
Vitor Hugo de Azeredo Coutinho.
Henrique. Pereira de: Oliveira.
Junta Consultiva
AgrÃcola :
Lima Bastos. .
Urbano de Castro. |
Guilherme Nunes Godinho.
Colonial:
Ernesto de Vilhena.
Ferreira do Amaral.
Alfredo Rodrigues Gaspar.
Comercial:
Fausto de Figueiredo.
Francisco António Borges.
Joaquim Rodrigues Simões.
Defesa nacional : :
Freitas Ribeiro.
João Pereira Bastos.
Ortigão Peres.
Educação e ensino :
João de Deus Ramos.
João Barreira.
Luis da Silva Viegas.
Finanças :
Let Marques da Costa.
Albino Vie ra da Rocha.
Eduardo de Almeida.
Indústrias :
AnÃbal Lúcio de Azeredo. .
Bl
8
[ERES
4
E Se dane A RR o a
Publicação na Certã .
Redacção e administração em
‘SERNACHE DO BOMIJARDIM
Composto & impresso na Tipografia Leirionse .
LEIRIA |
plo de Mely, 108! SSRDE da ab
António Maria da
Legislação: 05!â€
Anisão, Sogrio?! ob
AbÃlio Marçal.
Machado Serpa. a
MarÃtima 2:
– Arantes Pedroso.
– Augusto Nobre.
Alberto Souto.
Operária :
Alfredo Ladeira.
António José Correia.
ADE Se ada eli
Conselho arbitral 7
António Macieira…
Barbosa de Magalhães… ..
Almeida Ribeiro… sm
Henrique de Vilhena.
» Augusto José Vieira…
“A comissão municipal republi
na dêste concelho e o Centro Repu-
blicano Democrático da Certã fôram
representados no Congresso pelo sr.
António: Ribeiro Gomes.
O sr. dr. AbÃlio Marçal représen-
tava a Câmara Municipal do conce-
lho de Proença Nova e êste jornal.
SINAIS. ….
A talassaria indÃgena, macha é
Têriea. ama dadta, Ce e ra
Sinais dos tempos !
Viu luzir o buraco e julgou logo
“que era alvorada. e
“E são apenas os relâmpagos, é
bem fugazes, duma temerosa tem-
pestade.. o
Julgam que isto volta para traz:
são asnos. : o
Mostraram-se’à tempo e à tempo
cantaram. Cá se tomou nota, Para
seu tempo. =. o
Lá para fins do mês que vem
quando se tiver acabado o verde…
politico, a estes jumentos de ambos
Os sexos. E se
Nós sabemos o respeito que de-
vemos a todas as senhoras, menos
aquelas, que, não compreendendo o
que devem à si próprias, se trans-
formam em regateiras. Esse é tam-.
bêm um dos efeitos do talassismo-
não ter vergonha–efeito e causa.
E para malandragem desta com.
licença do José Antunes–nós temos
azorrague com pita de aço!…
Sem nos importar que a talassa-
ria seja coeva dos frades ou tenha
sido conservada em bolsos de aven-
BET Cm
Os meninos andam: agora com
veia jornalÃstica: ora vejam lá se
“neste tempo próprio levam alguma
sangria na dita, pagando mesmo o
justo pelo pecador, porque nós es-
tamos no direito de escolher da ma-
tulagem quem quisermos, tanto o
que age como O que se ri e aplau-
de, porque todos êles são irmãos no
mesmo ideal e nos mesmos senti-
mentos. E podemos socorrer-nos
dos juÃzos que êles fazem uns dos
outros. o
Continuem e verão !
BlJor)
|
|
PALO OBLPY “IG x
PALO OBLPY “IG x
@@@ 2 @@@
eu último número, trazia a.
«Voz da Bêira» um artigo de fundo
que eu venho esclarecer para utili
dade de. balan
a tórnar conh: Rá bra import:
tissima de Manso de Lima. Esta
compreende as «Memórias dos«R -==
gistros dos Reis de Portugal-até D. .
Filipe Il», em 2 volumes, que são
apenas ú
ções e“mercês feitas pelosreis a cer-
tas pessoas de que falam as suas
genealogias, Tais; memórias são ape-.
nas subsÃdios de. “que Manso de Eiâ€
ma Se, muniu, para vir escrever na
Certãá os seus. livros. “Todos os ou-
tros esclarecimentos de que precisou
lhe foram fornecidos por pessoas
que sé dedicavam ao mesmo género
de trabalhos literários «que, mútua-
mente sé auxiliavam.
Escreveu mais Manso de Lima as
«Familias do Reino de Portugal»
em 56 volumes incluindo 4-de in-
dices.
E’ esta a sua obra mais impor-
tante onde vão beber todos os inÃ
vestigadores que se dedicam a tra-
balhos genealógicos. “Trata, como o
tÃtulo indica, de todas. as. famÃlias
ilustres do paÃs ! Para levar a cabo
tamanha empresa serviu-se de-todos
os meios possÃveis auxiliado. pela
sua fortuna pessoal que,era grande.
Manso de Lima pertencia a uma fa-
mÃlia abastada e êle só, era admi-
nistrador:-de: unscpoucos : “dê morga-
dos rendosos. Com os rendimentos
dêles aumentava dia à dia a sua fa-
zenda e pagava as cópias, que pedia
para um e outro ponto do paÃs, de
escrituras várias, de restamentos,
de cartas de brazão;’ ES et. A
maneira que escrevia “as suas genea-
logias ia-as documentando e mon-
dando de quaisquer exageros inúteis
e inverosimeis. Conhecedor profun-
do da nossa história e literatura,
quando cita nomes de, indivÃduos
distintos, aponta as páginas e titulos
das obras que dêles se ocupam, pa-
ra que os investigadores possam sa-
tisfazer a sua curiosidade. E isto
bem se compreende porque;a genca-
logia não abrange a biografia com-
pleta dos“ individuos nela citados,
sendo apenas um repositório da des-
cendência “dum tronco com certos
dados biográficos mais salientes.
Uma ou outra vez, porconveniên-
cia ou para amenizar a leitura, é que
o genealogista divaga apontando co-
incidências e éxplicando-as com da:
dos históricos e documentos autên-
ticôs.
Aº maneira que Manso de Lima
escrevia a sua obra principal, ia;se-
parando as genealogias das famÃlias
naturais do seu concelho natal e de
todas as outras que com elas se li-
garam.
Tais genealogias, ordenadas; pela
letra, alfabética e precedidas de um
curioso capÃtulo monográfico da Ger-
tá e seu termo, constituem à «Certã
Enobrecida» que. é a única obra que
interessa ao nosso concelho.
O seu valor histórico, é imenso
porque toda a obra está autenticada
com documentos fidedignos, que qual.
quer investigador pode compulsar,
Pela análise. e estudo profundo é
duradouro, que tenho feito da obra,
concluà que Manso. de Lima não. foi
um simples investigador, um. genea-
logista vulgar, mas sim um historia-
or. paciente e -consciencioso, e um
crÃtico honesto, austero até, E ad-
mirável. o desassombro, com. que
trata certos plebeus que obtiveram
brazões de fidalguia com genealo-
gias, forjadas !
Nas na prolongadas investi-
gações pelos arquivos nacionais eu
tenho. encontrado documentos, que
Manso. de Lima nunca viu e éles
con: mam, “a autenticidade de mui- a
tas das suas afirmações.
Quanto. mais investigo | maior é a
minha admi iração por êsse autor que
consumiu dezenas de anos a reunir
os materiais da sua obra colossal.
Um dos seus trabalhos mais fatigan-
ind†transcrição de nomea-” 1º
EEE J72O até. 1743, e-compõe- Sons
de3 volumes ins folruns: “tendo o 1.4, |
304; € O 3.º, 268.
-“Poda-a obra trata de genealogias ã
– não ser as 63: sprimeiras fôlhas do –
“des do concelho da Certã, já im=-
de
“paroquiais, notariais ecamarários dos
tes foi de certo a leitura de todos os
umentos existentes nos arquivos
ncelhos da Certã, Figueiró dos Vi-
“hos, Pedrogão Grande, Oleiros,
Alvaro, Proençã Nova e Vila de
“Rei. Isto só devia ter-lhe consumido
“anos de investigação!
| “402 fôlhas; o 2.º
a
tanto imútil-que por aà vegeta !…
A «Certã Enobrecida» foi escrita
1.º volume, que tratam de antiguida-
pressas na minha monografia “de Ser-
– nache. Fóra as 63 folhas impressas
“ ficam ainda 1001 fôlhas para cópiar
e imprimir! “Tal Cópia leva múitos
meses a fazer e ninguém a fará por “|
menos is A90 escudos !
a a “<ópia e servindo-me : dela
para base-dó 4.º volume duma obra
que vou publicar
Tal volume é, em grande parte,
produto de Manso -de Lima, sendo
trabalho; meu, as notas e adições, e
tudo o que ;é posterior a 1750. E†a
«Certã, Enobrecida» ampliada e em
grande parts confirmada.
No. 2.º volume da minha obra pu-
blico grande numero de documentos
que são ainda ConfimagoA davera-
cidade. dos trabalhos . literários, de
Manso.de Lima:
Quer.;a «Voz da Beira», vêr pu-
blicada a obra daquele benemérito
certaginense e que. a, sua memória
se perpetue : em breve terá realiza-
ção a primeira parte do seu desejo;
emquanto; à segunda, «compete aos
certaginenses, a consagração: daquele.
que, foi um dos.seus mais distintos
patrÃcios. (55
A outra obra de: Manso de Lima,
o «Nobiliário», é-secundária porque
todas, as gencalogias que a compõem
estão transcritas e mais documenta-
das na obra ABrIgRAAL, do: mesmo
autor.
Se algum certaginense, quiser + em-
preender e realizar um trabalho útil,
aguarde a publicação daminha obra
e complete-a na parte que se refere
à Certã. O campo é vasto e néle se
pode fazer ainda uma larga colheita
útil e honrosa para a Certã e para
o cidadão que a realizar. Esse terá
de mim a homenagem que eu pres-
to aos que trabalham, ea estima
particular que eu consagro aos que
com hombridade, persistência e brio
lutam pelo progresso e glória da
sua terra. .
Sernache, 31-3-15.
P. Cândido Teixeira.
* “Acácio Ribeiro
Na futúldaide’demediciná da Uni-
versidade de Coimbra fez êste-nos-
so presado amigo acto da cadeira
de histologia e fisiologia, ficando
aprovado com distinção e a elevada
classificação de 18 valôres.
Acácio Ribeiro é um estudante
muito inteligente e trabalhador, que
tudo deve ao seú esfôrço pessoa! e
a sua tenacidade, e.as brilhantes
Me
provas que deu nêste exame são
mais uma bela afirmação do seu ta-
lento e da sua aplicação,
Abraçâmo-lo mui cordialmente.
Reministrador do concelho
Da [oz dá Beira: :
«Como não havia até hoje sido exone-
rado do cargo dé administrador dêste
concelho, foi pelo Govêrno Civil manda-
do assumir a respectiva administração o
sr. dr. Bernardo Ferreira de Matos.
Consta-nos que s. éx:* não queria con-
tinuar no exercÃcio dêste cargo mas que,
a instâncias de amigos, se resolveu, tendo
por isso entrado já em exerc cio na pas-
sada segunda-feira.â€
Também nos-consta,
Oxalá que os que tais instâncias
fizeram reconheçam o sê Ã
que o obrigaram,
ue belo. exemplo, para confundir .
ae
puTaaapuRA
A PADEIRINHA
(Conto infantil)
Conta-se que existia num certo |
“paÃs distante uma Rc linda
nó uma Hóps ga
assava os dias no seu trabalho
sem se meter com a vida dos outros.
Logorde manhã abria a ponta e |
Au -Se. a†a vendendo. o pão. |…
mito
Amassava, Peneirava a sua fari-
nha, dozia fornadas, é sempre a rir
e a cantar sem fazer mal a ninguêm,
| antes pelo contrário, do pouco que.
““tinha repartia com os pobres.
Na sua aldeia todos na mui:
“to-da boa rapariga.. |
Havia três rapazes que queriam . :
casar com ela mas como eram to-
dos bons e dignos de serem amados,
a padeirinha não se decidio por ne-
nhum.
Para.os não desconsolar disseu: um
dia.
—Pois eu caso com aquele que,
indo viajar, me. Jaga a prenda me-
ladra
Partiram os “três amigos apesar
de Hostáresa todos da mesma, rapa-
TiBA o
“ Numa encruzilhada separaram. se,
combinando voltar -em dia certo. Ca-
da um foi por seu caminhoa correr
terras. e procurar a melhor, prenda.
O: primeiro chegou .a-ruma grande
cidade, e estando. Ã porta – dum
grande, café a observar a multidão
que: passava, viu um homem -apre-
goar. a melhor: maravilha. do mun-
do : era.um tapête mágico que trans-
portava a gente onde “desejasse:
O. rapaz; foi logo ter com o:ho-
mem, € para 0, experimentar sentou-
se no .tapête e desejou-se.em. cima
duma. grande, da que.havia no
meio: da praça; imediatamente se
sentiu transportado aos ares achou,
se na árvore.
Ficou. muito contente, e disse -a aos
seus votões:.
Bem : compro esta prenda, por-
que coisa. assim não encontram. os
outros. .:, a
Deu ao homem quanto dinheiro
lhe, pediu e foi- -se embora como seu
rico tapête.
O segundo rapaz foi por outro ca-
minho, . e chegando tambêm, a uma
grande, e magnÃfica cidade, procurou
por todos os bazares.a mais bela
prenda que. levasse à padeirinha,
Nada lhe, parecia bom, até que,
chegando. a um, ferro-velho, viua
um canto da pequena e escura loja
um belo espélho.
O ferro-velho, como o.visse a 1 olhar
para a única ccisa boa que tinha em
sua casa, disse-lhe.
— Aquele espêlho, senhor, é -ma-
ravilhoso. . Nêle podemos vêr todas
as pessoas que desejarmos, Tenho-o
à , venda, porque. já não tenho no
mundo ninguêm que deseje vêr. Tão
velho. sou, .que toda, a famÃlia ja lá
vai. O rapaz, para | experimentar,
desejou vêr.a padeirinha, e logo ela
lhe apareceu no espêlho a amassar o
pão muito alegre, muito branca de
farinha, muitos contente.
Deu no velho o que êle É aa
e foiise embora +
O terceiro rapaz foi dado, an-
dando; até que chegou a um jardim
muito lindo.
Estava “úma velha à porta e per-
guntou ao viajante se queria com
prar flôres do seu jardim ou frbtos
do seu pomar.
—Tenhs, disse ela, laranjas cujo
– perfume embriaga como o mais ca-
pitoso vinho; uvas transparéntes co-
mo bagos de topázios, remédio cer-
to para’as criancinhas aguadas; pê-
cegos veludosos, bons para satisfazer
a sêde mais ardente; cerejas verme-
lhas como risos; dando alegria aos
macambúzios; morangos que fazem
belas as «moçãs que os comerem.
Emfim! tenho tudo que é bom, mas
principalmente uma maçã matavi-
lhosa, coisa única no mundo! Uma
maçã que é bastante E la aona-
riz: dum morto: para êle se levantar
– logo cheio de vida e saúde.
Disse o rapaz comsigo:
“Ora! que melhor coisa hei-de
“eu levar à padeirinha?… Nada há
que se compare a esta riqueza!
Comprou a maçã e partiu. |
No dia marcado lá estavam os
três rapazes na encruzilhada. |
Perguntaram uns aos outros O que
traziim, e o.primeiro diss
= Eu†trago a prenda melhor que
existe! E’ êste tapéte maravilhoso
onde a gente se senta e é logo trans-
+portado ao sitio que deseja.
Responde o segundo: .
cpu e “trago†melhor do-que
isso. E†êste espêlho mágico onde
se-pode vêr a pessoa ques quiser.
“Vai o terceiro:
Eu ainda tenho cdiseraigêos
a isso tudo! E†uma prenda que vale
um império : esta maçã encantada,
que é bastante chegá-la ao náriz dum
“morto para êle resuscitar.. =
Cada qual achava a sua prenda
“melhor e-começaram: questionar,
ado a é que há de SA ela
dirá qual éa melhor. Vamos a ex-
perimentar O espelho. Todos nós a
queremos vêr o mais depressa pos-
sÃvel, e então aprovetâmos êsse meio.
Desembrulharam, o espêlho e de-
Sejaram, vêr a padeirinha, mas a sua
surpreza e desgosto fôram imensos,
aparecendo-l lhe†estendida no chão,
branca de cêra, vélas acesas, um
crucifixo à cabeceira e toda a visi-
nhança a lamentá- la. Desataram to-
dos a chorar, gritando: a
-—Vamos lá a correr…
O dono do tapête chamou os dois:
Pata onde é. que vão vocês?
Não, sabem que até à nossa terra
ainda são três dias de jornada! Sen-
temo-nos no tapête e-desejemos to-
dos chegar imediatamente lá.
Assim foi: sentaram-se no tapê-
te e acharam- -se logo em casa da, pa-
deirinha onde já estava o. padre e Ã
irmandade para a levar… ;
O dono da maçã mandou, parar
tudo: e tirando o seu precioso fruto
do bolso chegou-o ao nariz da rapa-
riga, e ela abriu os olhos e saltou
para o meio da casa cheia de saúde
como dantes e muito admirada com
todo aquele aparato. .
Mas logo começaram a questio-
nar porque todos queriam casar com
à Rd
Dizia um :
– —Se não fosse o meuespêlho não
sabiamos-se ela tinha morrido e en.
tão quando chegassemos daqui, a
três dias, já ela estaria enterrada !
Respondia o outro :
— Sim! mas se não fosse o meu
tapête, não podiamos chegar a tem-
po de a salvar.
Replicou. Ã terceiro :
—Mas se não fosse a. minha. ma-
çã de que lhe servia tê-la visto é ter
vindo ? Só para Os apoquentar mais.
Já se vê só eu devo casar com a pa-
deirinha. A questão ia-se azedando
e os três amigos estavam adê apro
de se baleia tisant
“A rapariga que os ouviu-a todos,
| pediu-lhes que se acomodassem por-
que só. a ela pertencia, decidir. .
—De certo que se não fosse o es-
pêlho não sabiam 0 perigo em que
eu estava; mas ss não fosse o tapête
não “chegavam a tempo é se não fosse
a maçã ninguém me valia. Como
nenhuma das coisas se pode consi-
derar a melhor, e como estou mui-
to agradecida à todos igualmente €
os estimo da mesma maneira, acho
que: podemos remediar tudo, não
casando . com. nenhum e ficando
todos três amigos para a vida e pa-
ra;a morte..
Assim foi.
Os rapazes reconheceram que ela
tinha razão, abraçaram-se reconci-
liados e ficaram todos Sei es-
timando-se como irmãos.
capas
Fez acto da cadeira de anatoráiá
na: Escola Médica de Lisboa, fican-
do plenamente aprovado, o sr. Al-
fredo Godinho Tavares, filho do nos-
so amigo sr. Daniel dos os Ta-
varés.
As nossas felicitações; Eas felicitações; E
@@@ 3 @@@
MP heminárias as fériás da†:Pástoas†| 0
reabriram no- dia Asa as aulas dêste
Ds ao “dos Colégio das: mis
sões, que tenham o cursô“da–Esco-
la: Colonial, foram admitidos a con
curso para-secretários. e-administra-
dores das circunscrições administra-
tivas do ultramar.
«O praso termina no-dia17, e as
provas com
concorrem o
Na que concluiram
o curso no último ano e são os se-
guintes :,,
“Cândido da situa Telzeied! “Ser:
nache do Bomjardim.
– José Lourenço, Proença-a-Nova. –
“António dos Santos Leão, Alcains.
Manuel de Morais, Freixo de Es-
pada à Cinta, o
Joaquim – Fernandes, Proemça- -a-
Nova. –
– António Farinha, Isna de Oleiros.
“João Farinha, Isna de Oleiros.
Airoanda Baptista Gouveia, Fi-‘.
gueira de Castelo Rodrigo.
José Lopes Xisto, Alpedrinha.
“luis Martins Madsô, Cardigos.> 24»
o distinto BIGTeES DE do†=Totego
ds missões, sr. dr. Joaquim Cor-
reia Salgueiro, é concorrente ao lu-
gar de professor ja cadeira de his-â€
tória na Faculdad el Letras de Lis-
boa (4.º grupo).
Às provas do concurso começam
em breves dias, e; afim de: prestá-.
las saiu já para Lisboa êste nosso
presado amigo. E
Regressaram já a Sernacheossrs. .
Manuel Antunes Amor e Francisco:
Tedeschi, ilustres professores do
Colégio das missões, que haviam
ido passar as férias da Páscoa c com
suas famÃlias.
A sr. Eri Rafael aii Lisboa,
professor – daquele “instituto foi no-:
meado notário: interino» em ii
ches:’
apagando
Presidência da tâmára
Reassumiu as suas funções, de
presidente da Câmara Municipal dês-
te concelho, o nosso querido amigo
e correligionário, dr. VirgÃlio Nunes
da Silva, que dela estava afastado
para . exercer as de administrador
dêste concelho.
No exercÃcio dêste cargo o sr. dr.
VirgÃlio mais uma vez afitmou o seu
espirito conciliador e ponderado e a
inteligência e escrupulosa-imparcia-
lidade com que o serviu equea |.
muitos poderá servir de modêlo.
apenas
Um nosso querito ini indáva
por aÃ, há dias, com:areside idióta,,;
a mostrar umas sandices quaisquer
que publicara um pasquim o se
diz infransigente
Então, já 2!
Menino, juizinho, que nós Também
sabemos muita Coisa, que ainda não
– veio em jornaisâ€.
muito de hesitações, principalmente
quando se trata de zurzir um ingra-
to. esvasiando- he « o fole!..
“ Agradecimento
ga impossibilidade de o fazer pes-
soalmente, como… desejava,: venho
por êste meio protestar o meu inde-..
lével reconhecimento e gratidão pa.
ra com todas as pessoas que se in-
teressaram pelo meu estado de saú- |
de, durante a grave doença que des-.
apiedadamente me torturou, é da
qual, felizmente, me encontro resta-
belecida.
Bailão, 8–4-—915.
Maria Maximina Nunes da Mata…
t
b7a ajdlas, e
José És sp Edo ado
E “não somos
“MOSAICO.
Trovas de Castela
– por um biijito ou por dois, ;
Por três, por quatro ou por cem,
A mulher nao perde nada,
E o homem sente- -se bem.
Quando as pedras soltem gritos
“o Sol-deixe de girar,
E.o mar deixe deter água,
Deixarei eu.de te amar. –
Não sei o que temas DO
Que no cemitério moram,-. DE
Pois quando as baloiça o ventoâ€
Parece que todas choram.
Ra olhos são gibis teiros,
Teu nariz pena delgada,
Teus dentes letra miuda,
= Es Been: . é garta fechada.
No dia em que tu nasceste,
Nasceram três coisas belas :
“Nasceu o sol mais a lua
E nasceram as estrelas.
Quizera ser sapatinho
Do teu pequenio pé, |
Para-ver em certas horas
«O que o sapatinho vê…
“Mulher que namora dois
Tem juizo com certêsa:
Se se lhe apaga uma véla,
Inda hs fica outra. acesa,
: Estive | no purgatório,
Vi toda a espécie de pena,
> Enotei que por amar
Nenhuma alma : se condena.
ni isistge- ver te, meu: “Dema. feias À
Trinta dias cada mês, Rs
Dez vezes cada semana,
Cada minuto uma vez.
€. DE Frcuertevo.
Eu
s$s
ba Qual será a preferivel?
A propósito de mulheres:
A francesa casa-se por cálculo, a
inglesa por costume e a alemã por
amôr.
“ À françesa ama durante a lua de
mel, a inglesa toda a vida, e à ale-
mã ainda alêm do túmulo.
A francesa leva sua-filha ao baile,
a inglesa à egreja , e alemã ocupa-a
na cosinha.
A francesa tem juizo e inspiração,
a inglesa inteligência e a alemã sen-
timentalismo. |
A francesa veste com gôsto, a in-
glesa sem êle je a alemá com mo-
destia
A francesa tagarela, a ingleza fa-
la e-a alemã resmunga.
A francesa oferece uma rosa, a
“inglesa uma dália e a. alemã um
miosotis.
Qual é a que o leitor escolhe ?
Provavelmente nenhuma, e faz
bem. a
Aárvore mais antiga do
mundo
A mais antiga! árvore de que se
tem conhecimento em todo o-mun-
do, existe na ilha de Cós (Ãsia Me-
nor). Diz-se que é o plátano sob o
qual* Hyppocrates ensinava os seus
discÃpulos. Deve ter 2:500 anos de
*4dade;) o trónco mede 10 metros de
circunferência. Os dois ramos mais
“gróssos acham-se’ protegidos por co-
lunas de tijôlo em fórma de escoras.
O que é mais extraordinário ainda
é que-o plátano ancião, venerando
Mathusalém do teino vegetal, re-
verdesce todas as eo
o canto Boi Cliho.
Vem de muito longe a origem da
— expressão: o canto do cisne.
Segundo Pithagotas, a alma dos
poetas passava pará O corpo dos
cisnes, e consérvava o poder da
harmonia, que êles haviam possuido
na primeira existência. O vulgo to-
mou cómo realidade o que era tão
“sómente uma. alegoria. engenhosa.
Tambem Pythagoras dizia que o
canto do cisne moribundo era o can-
to de júbilo com que a ave dé Apo-
lo se felicitava pela sua passagem a
uma vida melhor, no méio dos deu-
ses e das harmonias do Olimpo
Por isto, ás últimas produções
dos grandes escritores, aos últimos
discursos de um orador, aos últi-
mos versos de um poeta, ás últimas
Ao
palavras de todo o homem de bem,
antes de deixar o mundo, se chama:
o canto do cisne.
Em frente de um carro carrega-
do de gente, um rapaz. que vinha – |
num grupo alegre grita:
—=Ulá, seu cocheiro, essa arca de
Noé já vai cheia? .
O cocheiro, mandando parar: .
.+2Não, senhor, Ainda falta o bur- .
ro. Póde subir.
AGRICULTURA.
-. À prática das adubações .
São repetidas as perguntas feitas
ao Lavrador ácerca: do modo e
fazer as adubações, conquanto .r
livrinho -VI da livraria do brio ‘a-
dor se encontrem conselhos muito
clarosva tal respeito.
Lá se explica que a adubação ra-
cional, especialmente a que se faz
com adubos quÃmicos, não é tão di-
ficil como parece à primeira vista.
Para maior clareza, podem con-
siderar» se. os adubos distribuidos
em dois grupos—adubos de prima-
vera e adubos de inverno e sôbre
cada um dêles vamos dizer alguma –
coisa, seguindo os bons mestres:
Adubos de primavera — São as-
sim chamados, : porque “se aplicam
na primavera, “quando as plantas já
estão nascidas e em plena vegeta-
ção. Esses adubos são utilisados pe-
las plantas, logo que se espalham
na terra.
O principal déscio adubos é;0
nitrato de sódio, que se desfaz fa-
cilmente e por isso é arrastado pa-
ra o fundo daterra pelas-águas da —
chuva, se não fôr prontamente ab-.
sorvido pelas raizes das plantas,
Os homens competentes «todos
recomendam que os adubos da pri–
mavera se empreguem sempré em
pequenas dóses, embora se repitam,
para evitar que se percam na terra,
sem proveito algum.
Empregam-se quasi sempre em:
cobertura, isto é, à superficie: da
terra, e não encorporados, ou mis-
turados com a terra, como se faz
com os adubos do outono.
Adubos de outono—Estes aduboê
espalham-se quando se fazem as
chamadas lavoiras de inverno. Não
há a receiar que se escapem pela
terra abaixo, porque não se dissol-
vem tão facilmente na água, como .
os Outros.
Empregam-se em dóses maiores
e pode-se calcular logo à quantida-
de de maneira a não ser preciso
tornar aiadubar, durante um certo
número de anos, porque a decom-
posição dêles na terra é lenta.
– Quem aduba pela primeira. vez
não atende a esta e outras eircuns-
ia e por isso, como não. co-
lhe o devido resultado, duvida da
eficácia dos adubos quÃmicos, quan-
do a culpa é toda“de qua os ABr
ca.
quêm: faz uso do estrume de curral,
porque não dá conta de que não co-
lhe do estrume o resultado que de-
via colher e a razão está em que.
não soube aproveitar devidamente.
As adubações com estrume estão
assim calculadas, por hectare:
Muito forte. | G6o:000 quilos
Bone… 5o:ooo »
Boa 40:000 »
Ordinária.. 30,000 ,»
Fraca cs 20:000 »
Ora, para que esta estrumação
valha o. que deve valer é preciso
que quatro coisas se tenham dado :
1.2 Que o estrume tenha estado –
abrigado da chuva e do sol, debai-
xo de um alpendre,
2.* Que os ventos não tenham
secado muito o estrume.
3º Que a pilha “tenha sido rega-
Sm com urina e água-dos currais.
* Que não se tenha deixado:
Sader os nitratos que se formem
na pilha do estêrco. Fr
Por isso, a adubação carece de
muito cuidado, quer ela seja feita
com adubos quÃmicos, quer com
simples estrume, ;
ras se não faça a êsmo?
E anheiro: do: da
“mache do Bomjardim.:
Isso mesmo sucede, aliás, com
HL
Assim-como.o lavrador toma mui-
ta atenção em. que a póda corra
bêm, em que a enxertia prove bêm,
” porque não ha-de-êle qe mui-
to a que a-adubação das suas ter-
A prática das adubações é, pois,
uma questão de cuidado e: escru-
pulo.
– Bento Carqueja
ANUNCIOS .
O unico que resiste : â terr
moléstia, a filoxera, que tão a
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão.
O castanheiro: japonez Es
ce iguais vantagens que o bace:
lo americano tem oferecido no
“caso da doença da antiga videi-
ra. cujas. vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias: teem
sido feitas não só ao norte’do
“ nosso†pais “mas principalmente
em França, onde.o: ‘castanheiro
foi primeiro “que: em’Portiigal
“atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
“mento magnifico.
O castanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Manuel
Rodrigues,†Pedrogam Grande.
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francês e spa.
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rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva em Sernache
do Bomjardim.
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menos de dois minutos, Garante se O pr resultado, ne -se O impor:
te em caso contrário.†ESA :
Ro ds É PAR
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Pará tirar bilhetes, de visita, “ qu oa réis
Fotmalo 6. 2.2 a O a Ro SE ii 290. sue abs Comes O0D +
ed Cesc bn A) is a ROD
; COMICUI Mm dra o Men en oftado 2»
ss e e cr dr qn da o a AC PDOO do
» duplo sa cm PO ud a cia FO GRADO do
Massa-—Lara. de QUIIO saem cc rrce cr ro cr vii T$4DO
—» “meio “quilo. e tou aca O fa da nuas ela Ri e a DO 6
Tinta-—Frasco BraRde o cr at Con dos ge do cs AO de
“sede ab bovPEdJUADO dd DG oBnbototadts Honca TUR O
» Para as provÃncias acresce mais 100 réis Por eprélho.
“Todos os pedidos devem ser dirigidos a Rs RRes
o FRANCISCO SIMÕES
[296 Rildo Dos: o A DO 238 LISBOA |
“Agua da Foz da Certa,
A Agua minero- -medicinal da Foz da Co tá apresenta. uma. “composição
quimica†que“a distingue de todas as outras até hoje. uzadas na terapeutica.
E†empregada com segura vantagem da. “Diabetes-=Dispepsias— Catar -,
ros gasÃricos, putridos ou par asilarios ;—nas preversões digestiras, derivadas .
das doenças infeciosas;—na. convalescença das. febr es. graves; = nas atonisa
gastricas dos diabeticos, tuber culosos, br ighticos, elc., et
exgotados pelos excessos ou privações, etc., ed CO
– Mostra a apilise bateriológica que a Agua da For da Certã. tal como
se encontra nas garrafas, deve ser considerada como microbicamente
pura não contendo. colibacitlo,. nem nenhuma das especies patógeneas
que podem existir em aguas, Alem disso, gosa de uma certa. acção microbi-
ciga, O) E. Tifico, Difeterico e Vibrão cólerico, em potico tempo
nella perdem | todos a sua, vitalidade, outros microbios apresentam porém. Te-
sistencia maior,
A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le:
vemente scido,, muito agradavel, quer bebida pura, quer misturada com
vinho. .
o DEPOSITO GERAÉ,
JRUA DOS FANQUEIROS— S4=LISB( Dao
Telefone 2168 Ree 2168 Re