Voz do Povo nº75 05-05-1912
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2.º Anno
DIRECTOR
Augusto FHodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 5 de maio de 1912
El
MN
Bs
Assignaturas
Anno….. . tjpzoo. Semestre… Goors.
5ooo réis (fracos)
Para o Brazil.
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
ITERESSES LOÇÃES
Na quarta feira, á noute, re-
cebia-se nesta villa o seguinte
telegramma:
Projecto caminho
ferro votado Senado.
Tasso Figueiredo
Esta notícia, como é de pre-
ver, encheu do mais justificado
jubilo todos os certaginenses que
são verdadeiramente amigos da
sua terra.
Está, pois; vencida uma: das
grandes étapes da primacial cau-
sa que a todos interessa.
E, tenhamos confiança: se no
decorrer de tão complexo as-
sumpto, a mesma boa vontade
persistente e enthusiasta, se man-
tiver, a Certã ha de, em fim, ver |
realisada a sua suprema aspira-
ção. :
Muito. precisa o concelho da
Certã da dedicação dos seus ami-
gos. Estamos certos que ella lhe
não faltará, como em nenhum
tempo lhe não faltou.
Esta nossa terra tem condi-
ções naturaes para progredir. E’
o centro obrigatorio donde irra-
diam importantes vias de com-
municação, que muito valorisam
a sua situação.
Concluída que seja a estrada
que nos ha de ligar com o con-
celho de Figueiró dos Vinhos, o
nosso commercio interno e de
transito ha de augmentar consi-
deravelmente e as nossas rela-
ções com o districto de Leiria
hão de ser para nós, como ,aliaz
para- aquella. villa, extraordina-
riamente vantajosas..
Devemos, sem perda de tem-
po, juntar os nossos exforços
aos de Figueiró dos Vinhos pa-
ra apressar a conclusão dºaquel-
le melhoramento, de tão grande
utilidade geral.
Não devemos desperdiçar os
nossos exforços em muitos pe-
didos, porque as circunstancias
financeiras do paiz não são tão
desafogadas que permittam a ra-
pida satisfação de todas as ne-
cessidades publicas: antes deve-
mos concretisal’os, pedindo ape-
nas o que mais urgente e de mais
reconhecida vantagem geral se
mostrar.
A acção municipal é que mui-
to póde fazer em beneficio com-
mum.
E) da maior conveniencia, co-
mo já aqui tivemos occasião de
sa
manifestar, a organisação metho-
dica dum plano de melhora-‘
mentos que se possam realisar
dentro d’um periodo maior ou
menor, mas cuja dotação esteja
antecipadamente assegurada.
Temos aqui homens compe-
tentes. para levar a cabo esses
trabalhos; com a sua boa vonta-
“de contamos antecipadamente.
—— SRA
JUSTA REGALIA
Alguns professores primarios
teem-se referido ao bonus que lhes
devia ser fornecido pelas compa-
nhias dos caminhos de ferro e que
lhes garantisse a justa regalia de,
com uma certa reducção no custo
dos bilhetes (50 /9), poderem visi-
tar todas: as localidades de Portu-
gal que lhes proporcionassem algu-
ma: noções de caracter instructivo.
Nada mais justo. .
Os infatigaveis obreiros da civi-
lisação e do progresso não devem
passar todo o seu tempo n’uma aca-
nhada casa de escola ou n’uns pi-
nheiraes, onde o ar é puro na ver-
dade, mas onde o espirito se não
esclarece.
Agora que tanto se fala no aper-
feiçoamento da classe do professo-
rado primario, bom, seria que os
seus membros fossem tratados com
mais consideração facultando-se-
lhes tudo que possa contribuir para
o aperfeiçoamento da sua grande”
obra de regeneração.
E a concessão do bonus é um.
dos meios excellentes para o conse-
guimento d’esse destderatum, sem
que para as companhias dos cami-
nhos de: ferro possa haver grande
prejuizo na referida concessão.
As vantagens que resultam de
uma tal regalia são geralmente co-
nhecidas. O professor primario, que
não vá pôr-se em contacto com Os
centros populosos e se limite so
mente a consagrar as suas horas li-
yres das suas occupações diarias à
realisação d’um, passeio pelas her-
dades ou á leitura de qualquer li-
yro ou revista, não poderá fazer os
progressos que são para desejar pa-
ra o levantamento d’esta patria de |
analfabetos.
E” preciso que visite as grandes
fabricas, onde avida e o amor ao
trabalho se reflectem; que visite
bem organisados museus, tão ticos
de collecções archeologicas; difre-
rentes minas que existem em abun-
dancia no nosso paiz; boas escolas
que, ainda que em numero muito
reduzido, por cá temos; que assista
a conferencias que é costume reali-
sarem-se por essas cidades, etc., etc.
E o professor, nestas suas ex-
cursões, não deixara de colher um
resultado altamente vantajoso para
o desempenho da sua importante
missão.
Não será, na verdade, de gran-
des prejuizos para as companhias
dos caminhos de ferro, como aci-
ma referimos, a concessão do refe-
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CHEIRA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprisdade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
ê
rido bonus, que constituirá um fa- |
cto de incontestaveis vantagens para
o ensino primario, cujos evangelisa-
dores não devem ficar esquecidos
por essas ignoradas povoações de
Portugal.
Que todos os professores traba-
lhem com afinco na obtenção de
tão justa regalia. A classe do pro:
fessorado primario precisa, para o
seu engrandecimento, da dedicação
de todos os seus membros, que de-
vem pôr de parte todos os odios e
rancores—se é que existam -—-e con-
gregar todas as energias para que
tão prestimosa classe não seja vota-
da ao ostracismo.
União, muita união, é o que é
preciso para” que o professorado”
sáia do indifferentismo’ em que pa-
rêce estar immerso e dê signal de
vida, muita vida.
Constantino Gomes Thomé.
FACTOS E BOATOS
importação de azeite
Em sessão plenaria do Congresso
Nacional foram resolvidas definiti-
vamente as condições de importação
de azeite.
Pagará 80 réis por kilogramma e
a acidez é fixada em 3º,5 sendo a
importação . livre e não apenas per-
mittida aos Municipios, como queria
o Senado. :
— a oy0oc—————
Está a concurso a escola da Fun-
dada, no concelho de Villa de Rei.
Retirou para o Porto o nosso pre-
sado assignante, sr. Alberto José
Ehrhardt, que n’esta villa deixou as
maiores sympathias pelas suas excel-
lentes qualidades.
e mem
Foi nomeado governador geral de
Angola, o sr. Norton de Mattos.
DOT —— —
Falleceu uma filhinha do nosso as-
signante, sr. João Antonio Nunes.
—No n.º 72 do nosso jornal, ao
referir-nos a este lamentavel aconte-
cimento, trocâmos o nome d’aquelle
nosso estimado assignante pelo de
seu irmão e tambem nosso assignan-
te, sr. Eugenio Nunes, a quem, por
isso, pedimos desculpa.
MOC
A missão que funccionava na po-
voação da Passaria, concluiu já os
seus trabalhos, tendo regressado a
Lisboa o respectivo professor.
— ——OIC0C-————
Antonio Nicolau Tolentino
Coelho
.
Falleceu em Lisboa, na sua casa
do Campo Grande, o sr. Antonio
Nicolau ‘Folentino Coelho, distinctis-
simo medico-veterinario, que por
muitos annos exerceu as funcções
de inspector do Mercado Geral de
Gados.
O extincto, que era parente do
+
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha… .. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de quê se receba
um exemplar
nosso: presado collega de redacção,
Augusto Rodrigues, deixou ém tos
dos que o conheciam a mais viva
saudade pelas suas primorosas qua-
lidades.
A sua desolada viuva, os nossos
sentimentos. –
mo DOI ———
Audiencia geral
No dia 30 d’abril ultimo, foi jul-
gado em: audiencia de jury, no tri-
bunal d’esta comarca, Antonio Coe-
lho, solteiro, morador nologar de
Adega, freguezia da Graça, conce-
lho de Pedrogam Grande, pelo cri-
me de passagem de moeda falsa,
que consistiu em haver dado em pa-
gamento á vendedeira Maria Augus-
ta uma moeda de 1$000 réis e al-:
gumas de nikel, todas falsas.
O jury, que era presidido pelo sr.
José Maria Alcobia, commerciante
em Sernáche de Bom Jardim, deu
o crime como não provado, sendo,
por isso, o réo absolvido.
— O arguído já anteriormente ha-
via sido pronunciado e julgado na
comarca de Thomar, accusado de
identico crime, sendo egualmente
absolvido. :
—— «<DOGOC>——
Ao srt. director dos correios
no districto
Os povos que eram servidos pelo
antigo giro de Palhaes, queixam-se
que a remodelação d’esse giro, mui-
to os prejudica, sem vantagem algu-
ma para o serviço.
Ao digno director dos correios
chamamos a attenção para este as-
sumpto, pedindo-lhe se digne pro-
videnciar como fôr justo.
=== DOGOE>———
Reservistas
A administração do concelho, por
intermedio dos regedores de.paro-
quia, faz convite aos resenvistas que
queiram servir na Guarda Republi-
cana, nos districtos de Castello Bran-
co, Santarem e Beja, sendo a remu-
neração bastante vantajosa,
———oojoe= ——
Ultimamente, parece que a gatu-
nagem escolheu a nossa comarca pa-
“ra theatro das suas proêzas.
O estabelecimento do sr. José Ma-
ria Alcobia, de Sernache de Bom
Jardim, e o do sr. Bernardino Fer-
reira de Mattos, da Sobreira Formo-
sa, foram assaltados, não conseguin-
do os gatunos O seu intento porque
ambos tinham as portas chapeadas
de ferro.
Teem estado prêsos n’esta villa
dois individuos sobre quem recahem
graves suspeitas. E ;
Estamos certos que, com o pro-
ximo estabelecimento da Guarda Re-
publicana, ha de melhorar este es-
tado de coisas.
— a6goe>—— —
Na audiencia geral do dia 30, fa-
lou pela primeira vez, perante o ju-
ry, O ilustre advogado d’esta comar-
ca, sr. dr. Albano Lourenço, sendo
o seu discurso muito apreciado.o apreciado.
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w
VOZ DO POVO
Um caso curioso de
sugestão
Sabia-se de ha muito que os ani-
maes inferiores, como os homens,
estavam debaixo da influencia dos
henomenos hypnoticos, visto que
já no seculo XVII na sua «Ars lon-
ga lucis et umbrae» o padre Kirche-
ner tinha feito interessantissimas ob-
servações a tal respeito.
Ignorava-se porém até ha pouco
aseguinte circunstancia: que a trans-
missão do pensamento póde ter lo-
gar entre o homem e o aminal, tão
perfeita e tão completa como a que
se opéra entre o magnetisador e o
«medium».
E? por isso de todo o ponto cu-
riosa a experiencia que segue, leva-
daa cabo, não ha muito, pelos mem-
bros, do «Club Juno» de que fazem
parte os mais ilustres cynophilos da
sociedade berlinense.
N’uma das ultimas reuniões d’es-
se club cynologico foi apresentado
um pequeno podengo chamado «Has-
san», que foi desde logo reconheci-
do por toda a assemblea como sen-
do um «suget magnetique» de pri-
meira ordem. Entre «Hassan», e o
dono a comunhão de idéas é com-
pleta, absoluta e perfeita. O que
este pensa, é simultaneamente pen-
sado pelo animal, e antes que o do-
no manifeste ou formule um desejo,
«Hassan» executa-o se acaso essa
execução não depende de mais nin-
guem.
Com a assistencia de todo o club
foi) efectuada a seginte experiencia:
Depois de haver espalhado no só-
lo uma centena de cartões em que
se! haviam escripto os nomes dos
mais variados, objectos, o dono do
cão aproximou-se d’um «clubman» a
quem, pediu em voz baixa que es-
colhesse mentalmente um d’esses ob-
jectos; depois, sem pronunciar pala-
vra, olhou fixo para o cão, que sem
hesitar um segundo escolheu entre
os cartões aquele que designava O
objecto preferido.
| “Tomando-o. nos. dentes foi logo
entregal-o nas mãos do dono.’
A experiencia, repetida mais de
vinte. vezes deu sempre o melhor
resultado, e como não havia cousa
alguma que, podesse fazer conhecer
materialmente ao animal o cartão
que -se pretendia, e cono por outro
lado a seriedade dos assistentes era
indiscutivel, necessario é admitir que
é apenas a um phenomeno de su- |
gestão que «Hassan» deve a sua
qualidade vidente.
Está pois desde hoje demonstrado
que “o pensamento se transmite do
homem ao cão da maneira mais ‘di-
recta, mais precisa e eficaz. Quando
só servisse para esta demonstração,
a experiencia feita em Berlim teria já
fornecido à sciencia um documento
dos mais preciosos.
A esta curiosa noticia, publicada
em Les Debats ocorre-nos natural-
mente acrescentar que deveria ser
lida e meditada por todas aquelas
pessoas rudes, (se desgraçadamente
além de rudes não fossem tambem
analphabetas), que por essas ruas
de Lisboa e sob o olho complacente
da polícia enchem de pancadas ime-
recidas os cavalos e muares de que
são maus conductores, desculpando-
se bastas vezes com o argumento
de que Os animaes «não sentem» os
maus tratos inflingidos.
Physiologica e extra-physiologica-
mente considerados, merecem. os
animaes um tratamento bem diver-
so d’aquele que por ahi geralmente
se lhes dispensa.
Luiz Leitão.
Pequena correspondencia
“Antonio Martins da Silva, |.ourenço Mar
ques—Receben os 0 seu vale, O jornal Tem
“sido enviado, sempre, com a maior reguia-
ridade,
Pelo mundo litterario
A CASA ONDE ELLA MOROU
(De A. de Trueba)
«Apraz-me ver a gaiola
«D’onde a avesinha voou.»
I
Foi n’essa casinha branca,
Escondida entre a verdura
Onde canta o rouxinol,
Alegre ao romper da aurora,
E saudoso ao pôr do sol,
Que feliz vivia outr’ora
Uma ingenua creatura,
A pomba do meu amor.
Foi n’essa casinha branca!
Voou para o céu um dia,
Que era um anjo do Senhor.
E eu quem era?! eu não podia
Subir onde ella subia!
Fiquei no val de amargura,
Onde triste agora estou !
Divagar por estes sítios
E” quanto emfim’me consola:
«Apraz-me ver a gaiola |
«D’onde à avesinha voou!
II
/
A’quella airosa varanda
Quantas vezes estivemos!
Entre os braços da esperança
Quanta vez adormecemos,
Ambos á tarde alli sós;
E em que delicias vivemos!
Parece-me agora ouvir
Aquella timida voz ;
Que me dizia a sorrir,
Pondo a mão no coração:
«Assim que um laço sagrado
«Hternise a nossa união,
«Felizes, meu doce amado,
«Seremos os dois aqui,
«N’esta casa onde eu nasci;
«Por que esta casinha branca,,
«Que na infancia me sorria,
«Promette longe do mundo
«Amor, e paz, e alegria;
«E alegria, e paz, e amor,
«Entre estes campos em flor
«Teremos os dois aqui,
«Na casinha onde eu nasci!
Porém ai! quem tal dissera!
Co’as flores da primavera Ê
Nossa esperança acabou! /
‘ Hoje vagar n’estes sitios
E’ quanto emfim me consola :
«Apraz-me ver a gaiola
«D’onde a avesinha voou!
HI
Casinha, casinha branca,
Que entre os arbustos te ostentas,
Casinha onde ella viveu!
Dos raios e das tormentas
Te guarde o poder do ceu.
Jámais se estanque essa fonte,
Que em julho te dá frescura,
E por entre a rama escura
Do teu umbroso pomar,
As aves ouças cantar,
Alegre» de madrugada,
E de tarde a suspirar.
Eu virei cravar os olhos
N essa deserta sacada
Da casa onde ella morou,
Porque ao menos me consola
«Poder mirar a gaiola
«D’onde a avesinha voou!»
BuLHÃo Pato.
PEER eee re ee
* Carteira semanal
Fazem annos :
Hoje a sr.” D. Carlota Almeida.
No dia 7 a sr.* D. Beatriz Neves.
No dia q o sr. Ivo d’Abreu Bara-
ta, e seu filhinho Ivo,
Sahiu para o Cartaxo a sr.* D.
Halia Nunes d’Abreu; e para jo
Porto o sr. Antonio Farinha Mar-
tins.
Estiveram: n’esta villa, o nosso
assignante sr. João d’Assumpção
Costa, da Figueira da Foz; é em
Lisboa, o nosso collega, sr. Cardo-
so Guedes.
Regressou a esta villa, o sr. Olim-
pio Craveiro.
Teve a sua delivrance a sr.* D.,
Carolina Gualdina da Silva Neves,
esposa do nosso patricio Joaquim
da Silva Neves, commerciante no
Pará.
Com sua esposa, regressou a Lis-
boa o sr. Agostinho Ghira Dine,
professor da Associação das Esco-
las Moyeis.
Teem passado encomodados de
saude os nossos assignantes srs.
João da Silva Carvalho, e padre
José Marques de Macedo.
Tem passado encomodada de
saude a esposa do nosso assignante
sr. dr. Virgilio Nunes da Silva.
Esteve n’esta villa, na passada
quarta feira, o sr. capitão Valente
da Costa, que interinamente está
dirigindo o Collegio das Missões Ul-
tramarinas, em Sernache de Bom
Jardim. ., é
Chronicas tripeiras
Das aptidões de Santo Antonio
(Ão dr. Josê P. de Queiroz
Magalhães)
(Conclusão).
Mas espere o leitor um instante
mais que desejo dar-lhe nova sur-
preza. e
Diz-se—e com verdade —que nas
obras artisticas existe fecunda e se-
gura fonte de informações, muito
especialmente quando subscriptas
“pelos grandes mestres da Arte.
Ora, se assim, é, ahi temos o
grande Donatello a provar-nos, na-
da mais e nada menos, que o nosso
rico Sant”Antoninho, foi… um ata-
mado cirurgião!
Donatello fôi um escultor tosca:
no, que viveu desde 1386 até 1406 e
que, tendo-se dedicado ao estudo
profundo da arte greco-romana, se
penetrou, até á sua saturação, dos
principios da Arte classica.
Pode-se aquilatar da sua impor-
tancia pelo facto de ser apontado
como o percursor de Miguel Angelo,
Donatello, em 1444, foi a Padua
executar, entre outras obras, esses
trabalhos, que resultaram admira-
veis, na Basilica de Santo Antonio.
Tenhô na minha presença duas
photogravuras, representando bai-
xos-relevos do eminente mestre,
N’um d’elles, Donatello apresen-
ta-nos Santo Antonio, procedendo
á reducção d’uma fractura, obser-
vando as regras classicas da arte.
Assim, um ajudante faz a contra-
extensão, segurando a côxa do pa-
ciente. O santo occupa, uma das
mãos na extensão da perna, em
quanto que, com a’ outra, procede
á coaptação dos topos osseos.
Santo Antonio, portanto, a ava-
liar por esse documento, legado no
marmore, foi algebrista.
Como e quando é que Antonio de
Bulhões adquiriu conhecimentos or-
thopedicos? Pelo resumo biographi-
co, que exposemos telegraphica-
mente, vê-se que o futuro santo nun-
ca teve outra preoccupação de estu-
dar e saber que não fossem as at-
tinentes á leitura de livros mysticos.
Mas já antevejo a explicação que
o leitor credulo me vae apresentar :
Esses conhecimentos seriam uma
intuição da «parte do santo: seriam
talvez. antes, uma inspiração divina.
Pois a explicação annula-se pe-
rante o exame do outro baixo relevo,
coevo do primeiro.
N’esse, todo inçado de intenções
trocistas, Santo Antonio faz a auto-
psia a um ayarento.
Está cercado: de numeroso grupo
de ajudantes, ou discipulos, que,
em volta do cadaver, ou sentados
do lado esquerdo da composição
nos fazem perguntar a nós proprios
se teria havido uma escola antonina
de medicina, ou de cirurgia.
O santo, procedendo à dissecção,
extrahe do peito do avarento, não
um coração muscular, cavado de
auriculas e ventriculos, mas… uma
pedra!
Pois, não obstante as obras d’ár-
te serem documentos historicos res-
peitaveis, esse baixo-relevo traduz
simplesmente um absurdo.
E” que, durante a vida de Anto-
nio de Bulhões, ainda não eram per-
mittidas autopsias humanas. Só o
foram muito mais tarde, visto que
a primeira, que se praticou na Italia,
o foi em Milão, em meados do se–
culo XIV.
Afira-se, pelo facto, do valor his-
torico-documental dos celebres bai-
xos-relevos. ” |
E milagre e inspiração divina lá
se vão pela agua abaixo.
*
Eu bem sei que religião e medi-
| cina não’são coisas que se excluam.
A medicina, mesmo, é uma religião,
que não briga com qualquer outra.
Mesmo entre nós, à historia apon-
ta-nos factos de individuos em quem
os dos misteres se accumulavam.
O conego regrante, D. Mendo
Dias, aprendeu medicina em Paris,
em tempos de D. Sancho 1, vindo
até ensinal-a, depois, publicamente,
no mosteiro de Santa Cruz.
Em tempo de D. Fernando, um
clerigo, chamado Rodrigo, que de-
pois veio a ser prior em S: Vicente
de Frra, era physico-mór.
Medico foi Gil Rodrigues —ao de-
pois S. Frei Gil de Santarem-—que
perpassou por ahi no seculo XHI e
que mereceu ao nosso Eça de Quei-
roz um explendido estudo.
Cingindo-nos à lenda, parece que
só não fez clinica emquanto durou
o reinadio pacto, que fez com o dia-
bo. Mas exerceu-a antes, na sua vol-
ta de Paris, onde o pae, um beirão,
que era alcaide em Coimbra, o man-
dou estudar medicina. E exerceu-a
ainda depois, por caridade, simples-
mente. por aliruismo, quando foi,
até á sua morte, arrastando uma vi-
da de arrependimentos.
Medico ainda, foi o papa João
XXI, nascido em Lisboa por 1220
e morto em Viterbo em 1277, apoz
um curto pontificado. Mas esse es-
tudou na Universidade de Paris,
onde cursou brilhantemente as dif-
ferentes faculdades e tomou tama-
nho numero de graus que os seus
contemporaneos o cognominaram de
clerigo universal. à
Era, até, primeiro medico do pa-
pa Gregorio X, quando este o no-
meou arcebispo de Braga.
Nºesses tempos idos, era, pois,
vulgar o reunirem-se as duas, pro-
fissões no mesmo individuo.
Mas de Santo Antonio nada ‘en-
contro que torne viavel a especie de
phantasia, archivada na pedra por
Donatello.
*%
Meu Santo Antonio!
Pertenço á phalange dos que vos
admiram como homem, mas não
posso inscrever-me incondicional-
mente na confraria dos que tomam
por lemma o sabido:—meu Sant” Sant”
@@@ 3 @@@
t .
Antoninho onde vos porei?
Por isso, a minha penna desau-
um pouco alegremente em torno do
vosso nome, sem que a isso me ar-
rastem pruridos dé irreverencia.
A vossa vida singela é edificante
—illustre descendente de Godfredo
de Bonillon — encerra em si mais
merecimentos do que os precisos
para attrahir respeitos e venera-
ções.
Seria, pois estulticia tentar des-
merecer meéritos a quem se tornou
o mais illustre discipulo de Francis-
co d’Assis, áquelle cujo corpo a ci-
dade de Padua guarda zelosamente .
entre brincadas florescencias artisti-
cas, byzantinas e classicas.
Se, no que deixei escripto acima,
passou coisa que possa fazer desfran-
zir levemente labios do leitor, sabei
vós, meu santo, saibam-no todos
quantos este publico documento vi-
rem, que a culpa não é minha, nem
é vossa. E”, antes, dos que, queren-
do, na sua inventiva pateta, guindar
um illustre luminar da Egreja a cul-
minancias, aliás dispensaveis para
quem tão alto subiu, foram brunil-o
com togues de luz inverosimeis,
sujeitando-o, com o seu fetichismo
desastrado, a descambar levemente
para o burlesco.
Para esses, e só para elles, vão
todos os nossos sorrisos. Suum cui-
ue.
É Disse!
Rhuy Pires’
Di ID EN
O retrato da morte
VA NRO)
Improviso N
Como a rosa, já colhida,
Que; debilmente pendida,
Desvanece e perde a côr;
Assim tu, desalentada, |
Triste e quasi que mirrhada,
E’s como a estatua da dôr!
Como o corpo, que, alquebrado,
Que sem forças e prostrado
Mostra já desfallecer ;
Assim tu, olhando o mundo,
N’um ermo,—quadro profundo!
Indicas cedo morrer:
Como a grande tempestade
Que um dia, fatalidade!
“Nos tenta roubar a sorte;
Assim. tu; já desmaiada
Terás a vista cerrada:
E’=«o retrato da morte,»
AE Jo
— arame
OS SENTIDOS.
Eis aqui classificados os sentidos,
taés como a natureza parece havel-
os collocado nos homens, nos qua-
drupedes e nos passaros; isto é, em
sua ordem, e conforme são affecta-
dos mais sensivelmente os differen-
tes orgãos dos sentidos, n’estas tres
distinctas especies :
No” homem, o tacto é o sentido
mais perfeito; o gosto, o segundo;
a vista, o terceiro; o ouvido, o quar-
to; o olfato, o ultimo.
Nos quadrupedes, o olfato, occu-
pa o primeiro logar; o gosto, O se-
gundo; a vista, O terceiro; o ouvi-
do, o quarto; o ultimo, o tacto.
Nos passaros, a vista é o primei- |
ro.e mais apurado dos sentidos; o
ouvido, o segundo; o tacto, O ter-
ceiro; o gosto, o quarto; o olfato o
ultimo.
M.
Conhecimentos uteis
Pudim de morangos: —Esmagam-
se 250 gr. de morangos, junta-se-
lhe depois meio calice de vinho e
mexe-se. Em seguida deitam-se 250
gr, de assucar e, depois de bem li-
“
gado, seis gemas e pouco a pouco
c À Va farinha precisa para ficar com al-
ctorisada se permitte, hoje, deslizar |
guma consistencia. Deita-se em fôr-
ma e mete-se no forno.
+ SIDICE———— ——
OIS PINTORES
(TRAD.)
Protogenio, pintor celebre, vivia
em Rhodes e tornou-se conhecido
do famoso Apelles unicamente de
nome pelo ruido que faziam os seus
quadros. Este, querendo certificar-
se por seus proprios olhos do meri-
to do pintor, poz-se a caminho de
Rhodes,
Chegado a casa de Protogenio en-
controu aliapenas umavelha de guar-
da ao atelier e um quadro sobre o
cavalete sem cousa alguma pintada.
Perguntou-lhe a velha como“se
chamava elle.
—VYou escrever aqui o meu nome,
respondeu Apelles, e tomando a pa-
lheta pintou na téla qualquer cousa
d’uma extrema delicadeza.
Protogenio regressa, é posto ao
facto do occorrido, e observando
com admiração os traços do quadro
não precisou mais para saber quem
fôra o visitante.
—Foi Apelles, disse elle, mais nin-
guem seria capaz d’uma obra tão fi-
na e delicada; e pegando por sua
vez nos pinceis fez ao lado uns tra-
ços tão correctos e delicados quan-
to lhe foi possivel, recommendando
á creada que se o estrangeiro voltas-
se não precisava senão mostrar-lhe
o que elle acabava de fazer, adver-
tinde-o ao ‘mesmo tempo que era
obra do homem que elle procurava.
Apelles voltou e convicto-da sua
inferioridade lançou mão das tintas
e por entre os traços já pintados lan-
çou outros em cuja belleza e perfei-
ção exgottou todos os recursos da
arte. : N
Protogenio então declarou-se ven-
cido; voou ao porto por lhe terem
dito que ali encontraria Apelles e alí
firmou com elle um pacto de ami-
zade que o tempo não fez mais que
robustecer.
Exemplo raro entre homens de
grande merito exercendo o mesmo
mistér, e que para gloria das bellas
artes todos os seus adeptos deviam
procurar seguir.
Luiz Leitão.
———— pI
Os bons milharaes e trigaes
O barometro está descendo e a
chuva que hontem começou é muito
benefica para as culturas, sendo de
esperar que continue por alguns
dias. Esta occasião é bastante pro-
picia para se applicarem os Adu-
bos de Cobertura, e todos os lavra-
dores a devem. aproveitar para es-
palharem esses magnificos adubos
nas culturas que por qualquer razão
estejam atrazadas. Nos campos de
milho, por exemplo, vem esta chu-
va muito aproposito: em seu benefi-
cio. Mas não só a chuva é conve-
niente; para os melhorar, para faci-
litar-o seu crescimento, indispensa-
vel se torna a applicação do Nitrato
Melhorado e Modificado com Po-
tassa, que, tendo o azote’e a potas-
sa, facilmente soluveis, vão dár mais
viço aos pés de milho, conservan-
do-os mais tempo frescos, augmen-
tando o tamanho das massarocas,
que ficam melhor guarnecidas, sen-
do, portanto, mais abundante a co:
lheita. Para alcançar estes resulta-
dos deve ser espalhado um dos
Adubos Especiaes para Cobertura,
ou seja o Nitrato Melhorado e Mo-
dificado com Potassa das marcas
registadas e exclusivas de O. He-
rold & €.º, e são o adubo! N. M.
P. 104, adubo N. M. P. 86, e for-
mula n.º 595 Estes adubos são de
resultados inteiramente satisfatorios,
4
VOZ DO POVO
: porque melhoram. os trigos e mi-
lhos, não:só como fertilisantes, mas –
2 3
ainda desinfetam a-terra, destruin-
do os insetos, que tanto prejudicam.
os milharaes. Nas terras que tenham
bastante Potassa é preferivel em-
pregar o Nitrato de Sodio: Vulgar,
mas como o Milho é muito exigente
em Potassa, a qual “é indispensavel
para q boa e completa granação,
ha’toda a vantagem em espalhar o
Nitrato Melhorado e Mndificado com
Potassa. De todos estes adubos pa-
ra expedição immediata tem a casa
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armazens de Lisboa, Porto, Pampi-
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pelos bons resultados, não correndo
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nheiro e as sementes pela, acquisi-
ção de formulas Íeitas sem criterio,
QUEIJO Dã SERRA
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cardo Matheus Ferreira—“Rua Can-
dido dos Reis. Este estabelecimento
trespassa se por motivo do seu pro-
prietario não poder estar á testa d’el-
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terros á margem do rio, grandes oli-
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mento á Certã, quando se explorar
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—— Doce —— Doce —