Voz do Povo nº68 17-03-1912

2.º Anno Certã, 17 de março de 1912 N.º 68
DIRECTOR
Augusto Rodrigues.
“Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
h.
a – VOS DO POVO
+
“Assignaturas
Anno. «+++ « 13200. Semestre… 600 rs.
Para o Brazil. «ev ew. + Bypo00 réis (fracos)
Pago adiantadamente
cassfsasr
Não se restituem os originaes
BEDUÇÃDOAS LES
Algumas vezes, temos visto
n’este ou n’aquelle jornal, exteriorisadas
as. dificuldades que
dimanam da execução d’algumas
das leis da Republica.
Concordamos que essas leis
não são absolutamente perfeitas,
carecendo de ser revistas e em
parte alteradase melhorados alguns
detalhes; mas é preciso
ver que ellas mesmas, quando
foram, em circunstancias anormaes,
promulgadas, declaravam
que ficavam sujeitasá futura revisão
dos representantes do paiz,
e por isso; não-se-attribuiam a
ultima palavra no assumpto.
Quer-nos parecer, – pois, que
muitos dos actritos e difficuldades
que a sua execução, aqui e
ali, vae levantando, resultam
mais da interpretação que se lhes
dá, da maneira mais ou menos
caprichosa como se pretende executal-
as, doque do seu proprio:
textó e materia: dispositiva.
E” intuitivo que nas auctoridades
requer-se sempre um supeérior
espirito de ponderação e
de justo equilibrio que faça atenuar
as asperesas de certas disposições.
Mas, é evidente que
ainda em maior grau são necessarias
taes faculdades, quando
se trata de applicar materia nova,
que altera profundamente os
habitos adquiridos.
Asauctoridadese funccionarios
não devem-ser machinas, frias e
automaticas, encarregadas de digerir
a letra dos decretos e distribuil-
a aos cidadãos. Pelo contrario,
devemserhomens, desciencia
e consciencia, que comprehendam
o espirito das leis, as
circunstancias que rodearam ou
inferiram na sua promulgação e
o fim a que ellas se proposeram.
E então, tendo em vista esses
elementos d’apreciação, appelical-
as com humanidade e com
justiça. Nr
De. contrario bastaria o governo
adquirir uns. aparelhos,
equivalentes ás machinas registradoras,
das casas de commercio,
com as funções de applicar
as. leias, por meio d’uma manivella,
Por mais: duma vez temos,
nestas columnas, defendido a
doutrina de que teria sido da
maior vantagem para as instituições
se, desde.o principio, fosse
estabelecido um rigoroso casti-
8
Ei
|
go para todas as auctoridades’
queabusassem das suas funcções.
Ágora, estamos, mesmo, convencidôs
de. que isso teria sido o
maior factor para a consolidação
da Republica.
E” sabido, que uma lei é boa
ou é má conforme a maneira
como ella, é applicada. Sendo
assim, como de facto é, veja-se
a somma: de más vontades que
‘ se terão accumulado, devido não
ás leis mas aos seus executôres.
As leis não são d’eterna duração.
A propria constituição pode |
ser alterada e modificada decorrido
certo lapso de tempo.
Os que se sentirem agravados:
com qualquer disposição,
| estudem conscienciosamente a
maneira como ella pode ser melhorada.
Reunam-se com outros
| que pensem da mesma forma, e
apresentem lealmente as suas reclamações
aos poderes competentes.
“Do bom,senso dos reclamantes
e da justiça que lhes assistir,
resultará certamente uma obra
relativamente perfeita e duradoura.
E o paiz precisa realmente do
concurso e da boa vontade de
| todos, para mais facilmente poder
resistir ás difficuldades que
o cercam.
E” uma questão de patriotis-
| mo, muito mais nobre que o in-
| teresse político.
E esse concurso e essa boa
vontade, por mil formas se pode
manifestar, é todas ellas serão
uteis para o alto fim do engrandecimento
do nosso Portugal.
a IG E—— ——————
Dr. João de Deus Ramos
Pelo ministerio . do interior acaba
de ser expedida uma portaria de
louvôr ao nosso illustre amigo, sr..
dr. João de Deus Ramos.
E! uma homenagem justissima,
que-ha muito se achava em divida
ao trabalhador incançavel, ao educador
por excellencia, que tem sabido
crear uma obra verdadeiramente
nacional.
O Jardim-Escola de Câmbra é
uma creação que deve e precisa
de ser imitada. A sua orientação pedagogica
é d’aquellas que se impõe
logo ao espirito de todos que vêem
na instrucção e na educação a base
do resurgimento da nossa patria,
O ministro que assignou esse documento,
honrou’se a si proprio, e
com O paiz nos congratulamos pela
justiça que acaba de ser prestada a
um dos seus mais prestimosos: filhos.
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense— LEIRIA
Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Novo governador civil
No dia 6 do corrente, tomou posse
do cargo de governador civil do
nosso districto,o illustre official do
exercito, sr. tenente Francisco Antonio
d’Almeida.
O novo chefe do districto, ao tomar
posse do seu elevado cargo,
declarou-se extranho aos partidos
em que os. republicanos se acham
divididos. E
Concordamos absolutamente com
essa politica, que julgamos a mais
util para o estado politico do nosso
districto.
Dentro d’essa orientação, póde
s. ex.* contar com a nossa mais que
modesta mas sincera cooperação,
perfeitamente identica à que temos
dispensado aos seus ilustres antecessores.
: :
—O acto da posse foi muito concorrido,
tendo discursado o novo
magistrado, os srs. drs. Correia
Mendes, Pires Bento e Barros Nobre,
co sr. Baptista Rosêta, como
presidente da Associação Operaria
da Covilhã. Í
—&Ao novo chefe do districto enviamos
os nossos cumprimentos.
UM APÉLO
Nós somos mais um producto da
educação do que um producto da
natureza. A limpidez do olhar, a finura
do ouvido, a destreza dos musculos,
o apurado das maneiras, a
sensibilidade do paladar, a facilidade
da expressão,a scintilação do espirito
etc, tudo isso vem da educação.
O selvagem de cAveyron, de Etard,
é disso a prova manifesta. Aquella
rapariga de 14 annos, criada ao acaso,
na floresta, tinha mais de iirracional
que de humano. As aptidões
naturaes são como as perolas escondidas
entre as algas do Oceano.
Restam inuteis se um mergulhador
habil não vae lá desencantal-as.
D’uma pedra tosca forma-se um pro- –
ducto sublime da arte. O homem
vale sobretudo pela educação. Agimos
por um-efíeito de ideias associadas.
Os actos repetidos criam
habitos.
A dressage de um cavallo, como
diz Gustave le Bon, obedece aos
mesmos principios que a educação
de um individuo. Os habitos volvidos
reflexos, assenhoreiam-se-nos do
corpo e do espirito. Penetram no
nosso proprio sangue.
Transmiti-mo-los aos nossos, descendentes.
Crendo agir por motu-prorio
estamos á mercê dos principios
erdados. Sem este patrimonio, que
vamos transmittindo, sempre cada
vez mais valorisado, era inconcebivel
a civilisação hodierna.
São seus filhos os grandes inventos
e os grandes Ideaes. A grande
massa de preconceitos que ainda hoje
nos esmaga tem, aí tambem a
sua origem. Não obstante ser hoje
evidentissimo que a instrucção é um
bem em si, ha ainda muita gente
que a reputa nociva na mulher.
Estinguem-se os sapos e os par-
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…..
Annuncios
3o rs.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
daes, as toupeiras e os morcegos,
prove embora a sciencia, com provas
materiaes, que elles são beneficos
á agricultura. Estão-nos dentro
da alma, ainda muito cheios de seiva,
os preconceitos herdados e custam
a aniquilar. O grande mal do
nosso paiz está na falta, de cultura
intellectual. Pesa sobre nós uma
atmosphera densissima de ignorancia.
Ora a ignorancia é o maior mal
do mundo. Um espirito deseducado é
como a fragil barquinha que fluctua
no amplo mar.–A onda que passa,
tanto pode arremessa-la a uma praia
como a um rochedo, de encontro
ao qual se faça em pedaços. Numa
alma ignorante como um terreno inculto,
pode crescer a urze e orosmaninho,
mas podem tambem desenvolver-
se a grama e a cicuta.
Entre o cerebro do ignorante e o
de uma criança, como nota Guyan,
ha muita semelhança, Ideia: que se
fórme, assentou arreiais. ;
Póde ser cruel, | perniciosa, antisocial.
E” o mesmo.
Nem a tiros de canhão. Muita
gente ilude-se supondo os espiritos
ignorantes mais faceis de: dirigir.
Talvez que esta ilusão contribuisse
para se formar esta atmosfera que
nos vicia.
Os factos vão demonstrando o
contrario?
Embora, a ilusão vae ficando. Todos
nós temos o defeito de querer
subordinar as grandes leis historicas
e sociaes aos caprichos da nossa
imaginação. Eu vou até quasi, a supor,
á semelhança de Lombroso,
que não ha criminosos, ha deficiencia
de cultura. Aquele desgraçado
gasta o dinheiro-e a saude na taberna,
porque o seu espirito não póde
saborear outros prazeres.
Tivessem-no instruido e ele reconheceria
que um livro de Julio
Diniz é mais delicioso que a melhor
das bebidas. Os espiritos ignorantes
tendem mais ao atavismo. que
os espiritos cultos. Do mesmo temperamento
e da mesma familia, os
mais instruídos são sempre menos
crueis. Dois operarios ou dois artistas,
o mais instruido ha-de ser o
melhor. Isto em regra. Quanto mais
o espirito se esclarece tanto mais os
nossos orgãos adquirem destreza e
flexibilidade.
Cumpre-nos, por isso, esforçar:
mo-nos para melhorar as condições
intelectuaes e moraes do nosso povo.
Educar o povo, é contribuirmos para
a nossa propria felicidade. Ora
quem póde é que deve. «A ilustra:
ção não dá sómente. direitos individuaes
perante a sociedade, impõe
tambem deveres perante a coletividade,
» O povo não tem. culpa da
sua ignorancia, como um cego não
tem culpa da sua cegueira. Nós somos
por culpa nossa, um dos povos
mais atrazados, entre os povos civi:
lisados. Não é porque nos faltem
as energias intimas. Temos até uma
facilidade de adaptação como, talvez,
nenhum outro povo. Mas estão adormecidas
as nossas energias intelectuaes
e moraes.
Urge sacudi-las, desperta-las. E”
mister ilucidar o povo, educa-lo,
VOZ DO POVO
Abrir-lhe os olhos para um horisonte
mais vasto, fazer-lhe viver uma
vida mais intensa, encaminhailo pa- ‘
ra uma civilisação mais“perfeita. Eu
não desconheço que me falta a autoridade
intelectual para fazer a proclamação
d’este principio. Mas relevem-
me a pequengz da autoridade
pela grandeza da aspiração.
Dirijo-me dos espiritos cultos d’este
circulo. Venho pedir-lhes a sua
cooperação para uma obra que julgo
proficuo. : Ê
Trata-se de organisar na sede de
cada concelho, um grupo de propaganda
educativa, que faça conferencias
periodicas em todas as aldeias.
Essas conferencias devem visar a,
educação dos adultos, evidenciandolhes
o valor da instrucção, mostrando-
lhes a imperiosa necessidade de
mandarem os seus filhos à escola,
esclarece-los ácerca das questões sociaes
e educativas modernas, que os
podem interessar, e ilucida-los sobre
as leis da Republica de maneira
a facilitar-lhes o cumprimento
d’ellas. Devem aproveitar-se os domingos
para esta propaganda. Chamar
O povo a estas conferencias é
afasta-lo da taberna, é despertar-lhe
o gosto por prazeres de ordem mais
elevada, Convem que sejam sempre
feitas em linguagem clara, acessivel
ás mais rudes intelligencias, de maneira
a não desaproveitar-se nenhum
esforço. Podem ser feitas na escola
primaria.
J. Thomaz…
———OMEDIA— E— =—
Contribuição de renda de casas
e sumpluaria
Por decreto de 6 do corrente pu-
* blicado no «Diario do Governo» de
7 foi prorogado até ao fim: do corrente
mez o pagamento voluntario
d’estas contribuições.
No «Diario do Governo» de 6 do
corrente foi publicada a lei de 3 do
mesmo ácerca da contribuição de
renda de casas e que é do seguinte
theor :
Artigo 1.º A contribuição de renda
de casas relativa ao anno de 1912
continuará a ser lançada e regulada
pela legislação em vigor, mantendose
as mesmas isenções e ficando,
além disso isentas do lançamento as
habitações ou suas divisões, cujo valor
locativo fôr inferior, nas terras de
3:* ordem a 6ojooo réis; nas terras
de 4.º ordem a 45000; nas terras
de 5.º e 6.º ordem, nas sédes dos
concelhos a que não caiba maior isenção
e em todas as terras em que pelo
censo de 1900, a população exceda
2:000 habitantes, a 308000 réis; nas
terras de 7.º e 8.º ordem,’não comprehendidas
nas designações anteriores
a 248000 réis. Ê
Art.º 2.º As isenções estabelecidas
no artigo anterior aproveitam
aos contribuintes pelas prestações
do segundo semestre de 1911 relativas
á collecta d’esse anno, podendo
a anulação das restantes ser rateada
pelas prestações trimestraes
em divida, quando o contribuinte
assim o requeira.
S unico. Aos contribuintes que já
tenham pago mais de duas prestações
trimestraes ser-lhes-ha feita a
restituição da importancia correspondente
á isenção estabelecida n’este
artigo, quando assim o requeiram.
Ari. 3.º Em relação ao lançamento
de 1911, fica o governo auctorisado
a attender os recursos sobre
contribuições de renda de casa, fundados
na deficiente redacção dos
contractos de arrendamento ou nos
erros comettidos no lançamento e
apresentado no prazo de vinte dias
a partir da publicação d’esta lei.
Art.º 4,º A contribuição de renda
de casas do anno de 1912 incide sobre
a renda dos predios ou habitações
designadas no respectivo contracto
de arrendamento, ainda que
essa renda seja inferior ao rendimen- |
to collectavel, exarado na matriz da
contribuição predial, podendo, porém,
os secretarios de finanças pros
ceder a averiguações e avaliações
quando suspeitem da verdade dos
referidos contractos. Sendo com esta
lei beneficiados bastantes contribuintes,
EE LI CARD RS TES
EDUCAÇÃO CIVICA
Temos presente um magnifico
folheto, editado pelo Gremio Commercio
e Industria, e que se destina
á educação do povo.
Pode dizer-se que a sua parte
principal é o commentario à celebre
“Declaração dos Direitos do
Homem, que foi a base da Constituição
da Republica Franceza.
Transcrevemos: ,
Artigo 1.º—Os homens nascem e
permanecem livres e eguaes em direitos.
As dislinções soctaes só podem
fundar-sena utilidade commum.
N’este artigo 1.º reside a suprema
aspiração humana. “Todos: os homens
são livres e eguaes, tanto em
direitos como em deveres, porque,
naturalmente, se não pode comprehender
que o homem tenha um direito
sem que lhe corresponda uma
obrigação. Uma cousa é a consequencia
da outra, pois que se nós
temos, o dever de respeitar os outros,
temos consequentemente o direito
de ser respeitado por elles.
Uma constituição que consigne tal
principio, faz com que acabe o regimen
de castas; os nobres deixarão
de ter o sangue azul para o terem
vermelho como os plebeus; os
que trabalham não serão mais os
párias; aquelles que, quer material
quer intellectualmente cóntribuem
para o desenvolvimento da sociedade,
d’ella merecem consideração.
Artigo 2.º—O fim de toda a associação
politica é a conservação dos
direitos naturaes e imprescriptiveis
do homem. Esses direitos são: a liberdade,
a propriedade, a seguran
ca e a resistencia à oppresão.
N’este artigo se prescrevem, os
mais. sagrados direitos do homem.
| Que todos sejam livres de os faze
valer:
“Definindo esses direitos temos:
Liberdade. E” a faculdade de fazer.
o que as leis permittirem. E a
liberdade de fazer tudo que não
fira os direitos dos outros. Onde
houver restricção nos «direitos
alheios deixa de haver liberdade.
Facilmente o homem culto comprehende
o exercicio da Liberdade;
o homem. inculto, porém, desvirtualhe
muitas vezes o sentido, Este defeito
deve corrigilio a Republicae,spalhando
escolas por todo o paiz, a
fim de dar ao povo a luz do espirito.
“Propriedade. A Republica respeita
o direito da propriedade, O que
qualquer adquirir por herança ou
pelo seu trabalho só a si. pertence,
e não teem os outros o direito de
lh’o, usurpar. Antes, é dever dos
cidadãos respeitarem a propriedade
alheia, se quizerem ver a sua respeitada.
A segurança é “a derivação do
respeito ‘mutuo dos cidadãos; elles
deverão velar uns pelos outros, prestando-
se mutuamente o maximo appoio.
Bastariam que tolos nos
comprenetrassemos d’este dever e
eo executassemos, para que a sociedade
se aperfeiçoasse,
A oppressão é a resultante do
predomínidoe uns individuos sobre
os. outros. Desde que a lei estatue
a egualdade não teem. aquelles o
direito de obrigar estes a fazer mais
do que aquillo a que a lei os obriga.
Quando alguem se arrogue o direito
de impor-se, por disfructar uma situação
privilegiada, deve a sociedade
ensinal-o a conter-se no respeito
mutuo.
Proseguiremos.
Atentado contra os Reis
de Italia
E? do theor seguinte o telegramma
que na 5.º feira da semana finda
deu conta d’este condemnave
attentado : ‘
Passando no dia 14 o 68.º aniversario
natalício do rei Humberto, assassinado
em Monza em 1900, Vitor
Manuel III e a rainha Helena
resolveram, segundo o costume, visitar
no Panteon, de manhã cedo,
a sepultura real e assistir a uma
missa pelo repouso do filho do fundador
da unidade italiana.
Os soberanos, acompanhados pelos
dignitarios de-serviço, sairam do
Quirinal em carruagem fechada,
pouco depois das oito horas, com
uma escolta de couraceiros. ti
do o cortejo voltava do corso Humberto
I para a via Lata, um individuo,
muito novo, disparou dois ou
três tiros de revólver contra a
carruagem, nada sofrendo as pessoas
reaes. Ficou ferido, porém, o
comandante da escolta, major Lang,
que, tendo sido alcançado pelo primeiro
tiro, procurou, Com rara coragem,
encobrir o rei. O segundo
tiro atingiu-o egualmente e prostrou-
o do cavalo. Emquanto o conduziam
ao hospital, os populares
que presenceavam a passagem do
cortejo lançaram-se sobre o autor
do atentado e pretenderam linchal-o.
A impressão produzida foi enorme,
mas tudo decorreu em breves minutos.
;
Os reis proseguiram, no entanto,
para o Panteon. Ouviram missa,
oraram perante os tumulos de Humberto
e Vitor Manuel II e quando,
finda a cerimonia, retiravam de Santa
Maria Rotonda, surpreendeu-os
uma calorosa ovação do povo, que
rapidamente se juntára.
Divulgada a noticia do ocorrido
com a velocidade do relampago, a
cidade apareceu d’ahi a pouco toda
engalanada. Os estabelecimentos
cerraram as suas portas e nas escolas
houve feriado. À
O rei, mantendo sempre um imerturbavel
sangue frio, visitou no
ospital o major Lang. Chegou a
correr que este havia sucumbido
aos ferimentos, mas soube-se depois
que o seu estado era menos grave
do que à principio se imaginára. A’
entrada e á saída do hospital, Vitor
Manuel, que se fazia conduzir
de automovel, foi novamente aclamado
pela multidão, á qual, sorrindo,
agradecia as ovações com a continencia
militar.
FACTOS E BOATOS
Fallecimentos
Falleceu no fio do corrente, o
sr. Egydio Nunes Campino, pae do
– nosso presado assignante, sr. Joaquim
| Nunes Campino, a quem; assim
como aos demais membros de
sua familia, enviamos os nossos sentimentos.
;
–Falleceu em Lisboa o nosso patricio’sr.
Antonio Guilherme. Franco,
primeiro sargento da armada.
Pesames a sua familia.
E —— +: <DC09OC————
Bispo de Portalegre
No passado domingo esteve n’esta
villa o sr. D. Antonio Moutinho,
bispo de Portalegre. Como s. ex.*
tivesse sido pronunciado na comarca
de Portalegre, por transgressão
de certas disposições da lei da separação,
requereu para, nos termos da
lei, ser admitido a prestar aqui a
| to,
sua fiança, o que lhe foi deferido.
S. ex.º retirou, no mesmo dia, pa- |
ra Proença-a-Novonad,e se encontra
residindo. | f
Dr. Lemos da Rocha
Falleceu este illustre-e integro magistrado
que, durante muitos annos,
exerceu nesta comarca, as funcções
de Agente do Ministerio Publico.
O seu passamento foi muito sentido:
n’esta villa. inss.
A sua illustre familia. os nossos
sentidos pezames. BRAÇOS
EmÊ =D O0ÕE> 1 2o,
“Dr. Mendonça David
Esteve entre nós, na passada semana,
o sr. dr. Antonio Augusto de
Mendonça David, que seguiu para
Lisboa, onde conta demorar-sé algum
tempo.
Foi nomeado professor do 2.º logar-
da escola do sexo masculino d’esta
villa, o sr. Joaquim Piresde Mouras
[a
«Voz do Povo»
Devido ao desarranjo da linha do
norte, o ultimo numero do nosso
jornal foi distribuído com algum atrazo.
PA A
Vamos empregar os meios para,
não obstantea anormalidade do serviço
do caminho de ferro, a Voz do
Poro poder ser distribuída no pro- –
prio dia, : és
O00€C ——…,
Dr. Pires Bento
Segundo lêmos n’alguns dos nossos
collegas, pediu a exoneração de
governador civil substituto d’este
districto, o sr. dr. Manuel Pires Ben-
Audiencia geral
Foi designado o dia 30 do proximo
Abril, para julgamentdoe Antonio
Coelho, do logar de Adega:
(Pedrogam Grande), accusado | de
crime de passagem de moeda falsa.
| Historia d’uma ave agradecid
(Do escripior hespanhol FAR, Carrasco))
Tratar bem os animaes,
além do que tem jde util
para nós, nunca fica sem
o agradecimento d’elles,
expresso a seu modo, mas
sempre com eloquencia”
Em uma tarde calmosa do mez
de junho uma creança da escola primaria
de M… entrou na aúla tão
ofegante e agitada que desde logo
deu nas vistas do mestre e dos condiscipulos..
( à
Interrogada sobre o motivo pords
assim se apresentava ia responer
quando se ouviu o piar de um
passarinho, que lhe sahia das algibeiras.
H
Descoberta assim a causa que se
pretendia conhecer, o pequeno, explicou
que uma hora antes trepára
a uma arvore em busca de ninhos,
e como tivéra que vencer diversas
dificuldades para: conseguir o que
desejava e depois correra para a escola
a fim de recuperar um pouco
do tempo que perdera, essa era a
razão porque estava tão cançado é
levava consigo um dos tres passarinhos
que descobrira, porque os outros
fugiram. quando elle se approximou.
Um dos mestres tomou conta da
avesinha, que por signal estava escoriada
em uma aza, e metteu-a
n’uma gaiolla até acabara aula.
No fim d’esta repreendeu a creança
imprudente que expuzéra a vida
inutilmente para si e com prejuizo
para outrem, e a seguir fez uma
pratica aos demais alumnos para
que:se comportassem como pessoas
educadas e de bons sentimentos,
VOZ DO POVO
tuilia ao imprudente que a apanha-
Pegando na ave pretendeu oba]
ra, dizendo-lhe que visto havel-a
roubado aos paes, estava elle mo- |
ralmente obrigado a cuidar d’ella
até que pudesse: voar e provêr em
liberdade á sua propria subsistencia
RIAA
Commovido. o pequeno com as
admoestações do professôr, disse:
—O cuidar do passarinho não é
para mim um encargo pesado, antes
constituiria uma occupação agradavel,
mas a verdade é que eu não
sei tratar d’elle e então, se o sr.
professor o quer, eu offereço-lh’o.
O mestre acceitou, e ficou assente
que, em a ave estando curada se
lhe daria’a liberdade em presença
de todos os pequenos da escola, para
esse fim reunidos.
Passado pouco mais de um mez
julgou o; professôr que o momento
havia chegado. É
Effectivamente, por uma formosa
tarde veiu a gaiolla para a aula, as
creanças reuniram-sneo terraço e a
avesinha, que era um pardal, foi
restituida á liberdade no meio das
exclamações ruidosas da multidão
infantil. o A a
-Sabei porem, que tal é o effeito
da bondade sobre os animaes, que
o passarinho, depois de esvoaçar de
uma para outra arvore do parque,
para ônde o terraço deitava, dirigiuse
n’um rapido, vôo para a casa da
escola, á qual as creanças desceram
encantadas com o acontecimento.
A gratidão do passarinho dura ha
dois annos, pois que tantos ha que.
elle, gosando inteira liberdade, volta
sempre:á casa onde fôra tratado
com esmero e carinho.
Se o dono o chama, vem e deixa-
se apanhar; come ‘á mão, bebe
o que selhe dá, seja leite, chá, ou
outra qualquer bebida, não se assusta
com’os ruidos proprios da aula,
e quando vê o mestre quer na
rua quer no campo, vôa para elle |
e pousa-lhe alegremente no hom:
bro. E
Tal é a: historia do pardal. agradecido.
;
Ella vos dirá que tratar bem os
animaes, alem do que tem de util
para nós, pelo lado pratico; nunca
fica sem o agradecimento d’elles,
expresso, já se vê, a seu modo, mas
sempre com eloquencia.
Façamos pois sempre e em tudo,
a maior porção de bem-—sem nos
importar de saber a quem.
Luiz Leitão
er q
– Pelo mundo. litterario
1
SINITE PARVULUS!
Candida; assim se chamava
A filha d’um lavrador;
Creança que arrebatava
Meigas caricias d’amor!
Tão linda, que despertava
Ciumes a uma flor.
Era loira essa creança,
Da aldeia a mais galante.
O olhar vivo, d’esp’rança,
Era meigo e insinuante;
E os amneis da sua trança
Eram doiro e diamante !
Uma vez, a tia Annita,
| Fôra a casa de seus paes:
| E lembrando-se da Loirita,
A sobrinha dos seus ais,
Levara lhe uma caixita
Com bordados de torçaes.
Tinha dentro, bem dispostos,
Uns bombons e rebuçados;
É assim mesmo, sobrepostos
– Esses doces tão cuidados,
– Par’ciam mimosos rostos
De cherubins abraçados,
|
|
– quim Nunes Campino, dr. José Pin-
E a Loirita, mui contente,
Sem saber o que fazia
Foi para a rua, doidamente,
Correndo, n’uma alegria,
Mostrar o lindo presente
Que lhe dera a suajtia.
Então, outra creancinha,
Vestida bem pobremente,
Acercou-se”da Loirinha,
Dizendo-lhe tristemente :
-—Se me desses a caixinha…
Sou tão pobre! Tão doente!…
— Toma-a lá! Não fiques mal!
Disse a Loirinha sorrindo;
—hHoje é dia de natal;
Come os holos que eu prescindo,
O Jesus sempre bem vindo,
Ha de q’rer dar-me outra igual.
Assim, a loira creança
Foi para casa de seus paes,
Correndo cheia d’esp’rança,
Com viva fé em Jesus,
De que a tia désse mais
Outra caixinha de luz
Com bordados de torçaes
Mas apenas uns dois passos,
A Loirita teve ensejo
De dar em casa dos paes;
Viu transformado em abraços,
Viu transformado -n’um beijo…
O seu cofre de torçaes!
M. Carvalho.
Pensamentos
O trabalho torna o homem util;
como os livros o tornam sabio.
Schiller (G. E. B)
ge eee
Carteira semanal
Faz annos:
No dia 19, o sr. Annibal Diniz de
Carvalho.
Dr. J. C. Ehrhardt
Acompanhado de sua esposa, regressou
já a esta-villa, aquelle nos
so illustre amigo.
. º e Estiveram n’esta villa, os srs. Joato
da Silva Faia, Padre José Maria
Cardoso e Bello d’Almeida.
Está entre nós, o sr. Celestino
Pires Mendes.
—Regressou a esta villa o sr. Antonio
Barata Silva.
Conselhos aos lavradores
A potassa é como q azote, o acido
fosforico e a cal do numero dos
principios indispensaveis á vegetação.
Encontra-se nas cinzas de todos
os vegetaes e estes não pódem viver
sem ela.
As observações de numerosos
agronomos. estabeleceram que se
encontra sempre uma acumulação
de potassa e fosforo na planta, onde
se deve produzir um desenvolvimento
rapido. As partes da planta
mais ricas em potassa são as mais
ativas: plasma celular, porem queima
costical, medula e os frutos.
E’ de toda a conveniencia o assegurarmo-
nos de que os vegetaes cultivados
encontraram no terreno potassa
suficiente para fazer face ás
suas exigencias. :
A ausencia d’este elemento afeta
profundamente o aspeto exterior das
plantas e a sua constituição. Georges
Ville, caraterisava facies e a
côr das plantas privadas de potassa
por :
1.º Amarelecimento dos cereaes desde o início da vegetação.
2.º Descoramento do bordo das
folhas, pela reabsorção da clorofila.
3.º Queda prematura das folhas
das bases dos colmos (batata, trevo,
serraceno, etc., etc.)
4.º Irregular desenvolvimento das
plantas,
5.º Falta de vigor nas mesmas.
Em taes casos o uso de saes potassicos
impõe-se porque o terreno
se acha privado d’este elemento.
E no estado de silicato duplo de
alumínio e potassa que a maior
quantidade de potassa se encontra
no terreno, estado este em que é
pouco assimilavel, constituindo uma
reserva a que se póde dar o nome
de frutos só passiva, pois não é imediatamente
utilisavel,
Esta reserva mobilisa-se lenta e
sucessivamente, sob diversas influencias
tais como a do. acido carbonico
proveniente da decomposição das
materias organicas, dando assim lugar
a potassa ativa, muito lentamente
posta á disposição das plantas,
circulando dificilmente no ter-.
reno onde é retida pelo poder absorvente
da argila.
– E? devido ao que fica exposto que
consideramos vantonjoso o emprego
dos saes ;potassices.
Cardoso Guedes.
” ANNUNCIOS
ARREMATAÇÃO
Antonio Alves Mendes, superior do
Collegio das Missões Ultramarinas
em Sernache de Bomjardim.
Faz publico que no dia 7 de abril
de 1912, pelas 12 horas se ha de
proceder á arrematação em hasta
publica dos’ seguintes generos alimenticios
para consumo dos alumnos
e mais pessoal empregado n’este collegio:
Vacca, feijão branco, ditoamarelo,
dito vermelho, dito frade, trigo
limpo, azeite, vinho branco, dito
tinto, assucar de 1.º, dito de 2.º, café
de 1.º, dito de 2.º, chá preto, dito
verde, massa de 1.º, dita de 2.º,
vinagre, manteiga de vacca de 1.º,
dita de 2.º, colorau, pimenta, atum,
chocolate, bacalhau de 1.º, arroz ce
1.º, dito de 2º
Condições da arrematação
1º—Os concorrentes apresentarão
no Collegio das Missões até ás
iz horas do dia 7 d’abril de 1912,
as suas propostas em carta fechada,
dos generos que se propõem fornecer,
seguindo-se á sua abertura a licitação
verbal do minimo preço por
que fornecem cada genero.
2*—Os concorrentes effectuarão
no cofre d’este colegio, no acto da
apresentação das suas propostas, os
depositos provisorios, os quaes serão
restituidos aos arrematantes, de:
pois da assignatura do contracto e
aos restantes concorrentes depois de
feitas as adjudicações.
3º—Acs adjudicatarios serão passadas
guias para effectuarem o deposito
definitivo na caixa geral dos
depositos, na importancia de E
sobre o valor em que fôr calculado
o valor provavel, o qual só será restituido,
depois de terminado o respectivo
contracto.
4º—Os fornecimentos serão feitos,
mediante requisiçoes visadas pelo
superior d’este colegio.
5.º—0s artigos a fornecer serão
eguaes ás amostras que se acham
patentes na secretaria d’este collegio,
6.º—-Quando os fornecimentos
não estejam nas condições, serão regeitados
e substituídos pelo arrematante,
no prazo de tempo que não
façam falta para a confecção do alimento,
sob pena de rescisão do contracto
e perda do deposito, que reverterá
para este collegio.
70 governo reserva-se o direito
de não fazer a adjudicação quando
os preços offerecidos não lhe convenham.
8º—Os contractos que se celebrarem
em virtude do presente concurso
são por um anno a começar
em 1 de maio de 1912 e ficarão dependentesda
approvação do governo.
Sernache de Bomjardim, 7 de
março de IgI2.
O Superior
3 Antonio Alves Mendes, I
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situada para estabelecimento, com 8
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Povoa da Ribeira Sardeia.
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á margem do rio, grandes olivaes,
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extensões de matos e pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entroncamento
á Certã, quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz
da Certã e outros mineraes da mes-
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ciaes de toda a natureza, estando estes: assumptos: a cargo do;
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
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E (HYPSOQO DE-I SGAAL INAAL U-M SIUNLOFSAAT)A D|A : |. +
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