Voz do Povo nº55 17-12-1911

2.º Anno
DIRECTOR
Augasto Frodrignes
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 17 de dezembro de 1911
Assignaturas REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO – Annuncios
Anno…… 1m2zoo. Semestre… Goors. Travessa do Serrano, 8 Na 3.º e 4.º paginas, cada linha,…, 3ots.
Para O Brazil 5ooo réis (fracos) an mBaer o N’outro logar, preço convencional
Pago adiantadamente
– Não se restituem os originaes
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigdado da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
-Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
AOS APICULTORES
Tendo sido admittido pelo Senado
um projecto de lei que tinha
em vista: dar incremento á
util industria agricola da apicultura,
chamar a attenção publica
para o mais agradavel .e mais
benefico dos alimentos, o mel, e
promover a arborisação das nossas
estradas, creando o gosto,
interesse e respeito pelas arvores
que ao lado das mesmas estradas
forem plantadas; e sendo
de toda a conveniencia que alei
attinja os seus fins pór completo,
por isso pedimos aos apicultores
entendidos no assumpto para nos
indicarem qualquer alteração que
possa tornar a mesma lei mais
acceitavel e mais util.
Em vista das felicitações que,
de norte a sul, temos recebido
de varios pontos do Paiz, e em
vista do bom acolhimento que
na imprensa teve por toda a parte
o nosso projecto de lei apicula,
tira-se a conclusão, baseada,
em tão evidente manifestação da
opinião publica, de que a lei póde
e deve dar optimos resultados,
Por isso ‘e’ para isso convém-
que seja tão boa quanto
possivel. Esta é a razão porque
tomámos a resolução de dirigir
o presente .apello aos apicultores.
O projecto de lei não é nosso
já: pertence ao Senado, Mas os
membros d’esta casa do Parlamento
não teem outros intuitos
que não sejam os de serem uteis
ao Paiz, e por isso estamos intimamente
convencidos de que
approvarão todas as modificações
e ampliações que possam
tornar melhor a lei,
Mas não basta fazer leis boas.
E? necessario “que o Povo, em
geral, e quea parte deste mais
directamente interessada auxiliem
tanto quanto possam a sua
execução, fazendo propaganda a
seu favor por toda a parte, ensinando
o amôr e o respeito pelo
mais util dos insectos é pelas
suas associações modelares, .e
promovendo ao mesmo tempo o
gosto e o respeito pela arvore,
sob um ponto de vista geral, e
nuito especialmente pelas arvors
e outras plantas meliferas
qui de futuro, como esperamos,
foren plantadas ao lado das estrada:
publicas.
| Depis da oliveira e do pinhei- ‘ro, que são e devem ser as arvores
do futuro agricola em Portugal,
e que se dão bem em quasi
todos os terrenos, mesmo pedregosos
e accidentados, compete
um logar especial e distincto ás
arvores meliferas, não só ás que
dão fructo comivel, como são
as laranjeiras, nespereiras, macieiras,
pereiras, alfarrobeiras,
etc. mas tambem ás que o não
dão, como tilias, soforas japonicas,
azereiros, tobiras japonicas,
UE:
Ha milhares e milhares de kilometros
de estradas que não
teem a ladeal-as uma unica arvore
que produza sombra no
verão e cujas flores encantem a
vista, embalsamem o ar com’os
seus aromas e deem mel. Com
o solo uberrimo e o clima ameno
do nosso Paiz, pódem ser
transformadas em alamedas beneficas
e formosissimas de um
jardim encantador é immenso.
Se para esse efeito forem escolhidas
arvores meliferas de porte
não exagerado, estas atrahirão
por ultimo a sympathia dos proprietarios
vizinhos que, em logar
de as destruirem, as tratarão
com solicitude e carinho, ao verem-
nas cobertas de flores e ao
perceberem o grande proveito
que Gellas podem tirár, dispondo
as suas Colmeias nos quintaes
e terrenos da vizinhança. Estas
ideias uteis e de facil e rapida
comprehensão, é de toda a conveniencia
que sejam propagadas
com solicita tenacidade por entre
a população rural e urbana.
A lei apícula, sob o ponto de
vista de utilidade multipla em
que a interpretamos, podia ter
sido uma das primeiras leis da
Republica, pois é uma lei que
ha-de merecer o apoio de toda a
gente, sem um unico protesto a
perturbar o consenso géral, Portugal
póde e deve vir a ser um
vastissimo jardim: de oliveiras e
pinheiros, intermeado, para quebrar
a sua monotonia, por outros
jardins e-alamedas de arvores e
arbustos meliferos, recortando à
extensão do aprazivel panorama
com uma variedade de aspectos
deleitosa, e sem limites. Mas,
‘* repetimos, para se conseguir este
patriotico e deslumbrante desideratum,
é necessario que todos
para elle concorram com a mesma
abnegação, altruísmo, actividade
incançavel e dedicação pela
colectividade, de que as abelhas
dão um sublime exemplo,
sacrificando tudo, incluindo a
propria vida, pelas suas respectivas
colonias, sem outra aspiração,
sem outro intuito que não
seja o bem estar e angrandecimento
das mesmas colonias.
Esta é a grande lei social das
abelhas. Esta deve ser a grande
lei social dos homens. Não basta,
como dissémos, fazer leis
boas; é necessario que todos os
interessados, que afinal são todos
os que vivem a dentro do Paiz,
as respeitem e cumpram, Esta é
a razão que justifica o nosso
apello aos apicultores, e que
constitue condição essencial para
o bom resultado da projectada
lei apicula de que tivémos a util
iniciativa.
NOTA —Duas omissões desde já nos
parece ter o projecto. Uma consiste em
não ter um artigo referente a importaçãoe
exportação livre de abelhas. A outra’consiste
em não exigir em cada districto um
apiario mobilsta por conta do Estado, e
onde Os particulares possam instruir-se.
Estas e outras omissões, de certo serão
remediadas pelo Senado, se entender isso
conveniente.
Parede, 1 de dezembro de
IQII. :
José Nunes da Matta.
O LAONÇTES Dm
Affonso Costa
No domingo ultimo, realisou-se
em Lisboa, no Theatro da Republica,
uma brilhante festa de homenagem
áquelle illustre estadista.
— ELSES To —
Seminario de Sernache
Concluiu já a syndicancia a que,
n’aquelle estabelecimento d’instrucção,
esteve procedendo uma commissão
presidida pelo illustre official
superior da nossa marinha de guerra,
Paula Cid.
= ppeaIDadIe>
Licença para a pratica
do culto externo
Constando no Ministerio da Justiça
que erradamente tem sido interpretado
o art, 55.º da lei da separação,
do Estado das igrejas, pelo
referido ministerio foi declarado
que os consentimentos por escripto,
a que se refere esse artigo, da respectiva
auctoridade administrativa,
para a pratica de actos do culto de
qualquer religião, fóra dos logares
a isso destinados, incluindo os funeraes
ou honras funebres, com cerimonias
cultuaes, pódem ser dados,
nos termos da mesma lei, tanto
pelo regedor como pelo administrador
do concelho ou governador
civil da respectiva circumscripção,
e sem o pagamento de qualquer emolumento
pelo respectivo despacho,
pois q lei o não auctoriza.
—c— opiado —
Passou n’esta villa, em direcção
a Lisboa, o nosso illustre amigo, sr.
dr. Antonio Augusto de Mendonça
David.
CHRONICAS
Só para homens
E” para vós esta chronica, minhas
senhoras. Admirae-vos? Epigrafei-a
assim de caso pensado. O fructo
prohibido é sempre o melhor! Em
Portugal lê-se pouco. Os melhores
livros, de auctores já ‘ consagrados,
não lógram uma tiragem de mais
de mil exemplares, dos vinte por
cento de portuguezes que sabem
ler e escrever, apenas um por mil
se preocupa com’os livros. No sexo
feminino a: percentagem é ainda
maior. O. quadro é ainda: mais negro.
Nos orçamentos domesticos das
casas, ainda as maisricas, não figura
verba para livros; Para continuação
da cultura: colegial apenas
permittem á mulher o folhetim dos
jornaes de grande informação e os
romanções de Richebourg e de Valóris,
que lhes desvairam a imaginação
e embotam o paladar. Ainda
– faz carreira o preconceito. Preconisa-
se a vóssa ignorancia por um motivo
de ordem moral: e estetica.
Odeia-se a poesia lírica e as cartas
de namôro. Para muitos a mulher
instruida ainda é O typo das sabichonas
de Molitre, a mulher que fala
em politica é anda sósinha nas
ruas. No pensar dos puritanos a instrucção
não seria uma coisa boa em
si, o fundamento da estetica e da
moral, o que faza felicidade dos menages
e robustece o coração da mulher.
Porque viram que algumas mulheres
possuidoras : de uma certa
cultura intellectual, fizeram banca
rôta na vida, concluiram pelas vantagens
da ignorancia. Não attenderam
ás condições do meio onde essas
mulheres eram obrigadas a viver.
Não viram que o mal não vinha-
da intelligencia, da instrucção.
Que viesse? O papel moeda foi uma
descoberta admiravel porque facilita
muito as transações. Mas sem elle
não: surgiram os falsificadores de
notas e de chéques. A pólvora seria
uma coisa excellente se se empregasse
para derrubar pedreiras.
Mas que direis quando um inimigo
vo-la apresente,.no cano d’uma
pistóla? Os que zelam os interesses
da árte proclamam que o desenvolvimento
do espirito faz perder á
mulher um certo ar de mysterio,
um exterior de inocência e perfume.
A mulher instruida masculinisa-se,
dizem. Nunca dei por isso. Quanto
mais claro é o nosso entendimento
melhor sabemos tomar o vosso lo-‘
gar na vida. Uma mulher instruída
não desce a vãs coqueteries. Quando
mais educado é o nosso espirito
melhor sabemos viver nas regiões
serenas da verdade. Uma mulher
intelligente pode ser para nós uma
fonte perene de inefaveis prazeres
espirituaes. . Subindo -comnosco. ás
regiões do ideal podemos por lá fazer
boa companhia . por muito tempo.
À grosseria de prazeres e de gostos
provocam o tédio. Uma mulher
ignorante em breve nos trará o aborrecimento,
se o seu espirito não fôr
por sua natureza bello. Ha tempo
num hotel do norte, esteve hospedada,
em companhia da mãe, uma
transmontana formósa, de faces da
côr do presunto de Chaves. A” mesa
ficava-me do lado oposto. Tinhame
farto de a galantear quando ella
uma vez me diz: «Eu não gosto nada
de intiquêtas… O meu espirito,
tendo chegado até quasi ás nuvens
desceu de lá apressado. E pensava
— tem razão, muita razão Spaediry.
«Uma mulher ignorante obscurecerá
o espirito de seu marido e de
seus filhos, ao passo que uma mulher
inteligente estimulará vigorosamente
a-sua actividade pessoal.»
Um olhar de mulher incita-nos ao
trabalho, um sorriso de mulher póde
levar-nos á gloria. Para sermos
agradaveis à mulher que amamos
somos capazes de todos os herois-.
mos e de todos os sacrifícios. Somos
até capazes de aprender chinês.
Uma companheira intelligente
valorisará muito as nossas aptidões.
Eu conheço um rapaz que se desvanecia
a escrever artigos brilhantes
para se impôr ao espirito da mulherque
amava. Ia mostrar-lh’os presuroso,
lendo-lh’os, antes de os mandar
para a imprensa. Acentuáva-lhe
os periodos que revelavam maiores
claridades. E a sua amada bocejava,
terminando por um sorriso de imbe–
cilidade. Não me preconisemaignorancia.
Tudo o que póde tornar uma
creatura perfeita vem-lhe da educação.
Pisiologicamente é manifesta a
vossa inferioridade, minhas senhoras.
O vosso peso é muito inferior
ao nosso e O vosso talhe tambem.
Tendes menos capacidade craneana
e o vosso cérebro pesa muito menos.
Os artifícios da móda, os espartilhos
de todo o genero, ainda tem augmentado
mais esta desproporção. Eu bem
sei que essa desigualdade tem sua
origem na natureza, pois se evidenceia
entre os mesmos selvagens da
Africa, onde ainda não chegaram os
progressos do espartilho e dos perfumes
caros. Mas a causa da vossa inferioridade
social é sobre tudo espiritual.
Eu não sei se vós nos sois intelectualmente
inferiores. E” provavel
que as vossas faculdades sejam
simplesmente diversas das nossas
Nós seremos mais aptos para certos
ramos da actividade humana, vós
sêl-o-heis para outros.
Na literatura e nas bellas-artes
penso que nos levareis a palma. Mas
seja como fôr, o que é pernicioso é
o preconceito secular das vantagens
da vossa ignorancia, para bem da
estética e da moral. E’ um principio
que revella, na sua origem, um egoismo.
feroz, como muitos outros preconceitos
que ainda hoje para ahi
fazem carreira. Mas esta chronica
já vae um pouco longa e eunão quero.
principiar por vos encher de tédio,
Se o frio me não tolher os musculos,
nem occorrer coisa que me tolha
a vontade hei de voltar a occupar-
me de vós, trazendo principal.
mente para estas chronicas a vossa
qualidade de mães, de primeiras
educadoras. Se qualquer coisa vos
disser, alguma vez, que vos desagrade,
não a tomeis á conta de proposito.
E’ por um motivo de verdade.
Sou incapaz. de vos molestar, nem
mesmo com um adjectivo. Mas a verdade
nem sempre se compadéce com
os convencionalismos e eu sou camigo
de Plata, mas ainda mais amigo
da verdade.»
Eurico.
aro AOC ra
Imprensa
Tivemos o prazer de receber a
visita dos nossos presados collegas
Juventud, de Ayamonte, e Liberdade,
de Mirandela, a quem cumrimentamos
affectuosamente, desejapednes
longa vida e prosperidaes.
q
FACTOS E BOATOS
Febre aphtosa
Diz-nos um nosso assignante que
não existindo no concelho nem nos
seus limitrofes veterinario, seria de
toda a conveniencia que depois de
termos indicado o tratamento seguido
pelos technicos indicassemos algum
tratamento caseiro e que dando
resultados fosse de mais facil applicação.
A doença que é conhecida pelo
nome de febre aphtosa é conhecida
tambem por mal das unhas e da lingua
e n’algumas regiões pelo nome
de peira, ataca todos os animaes mas
de preferencia os de unha rachada
como o boi, o porco, as ovelhas e
as cabras, podendo transmittir-se ao
homem pelo leite.
A doença reconhecesse pelos seguintes
signaes: tristeza, falta de
apetite, tremores de frio, chifres e
orelhas quentes, pêllos arripiados e
sem brilho, focinho quente e secco e
bastante baba.
Apparecem primeiro pequenas bolhas
transparentes, brancas e arredondadas
que se desenvolvem na
lingua, beicos, nariz, focinho, tétas,
etc.; em seguida são atacadas as
unhas batendo os animaes frequentemente
com as unhas no chão.
Não havendo um technico que dirija
a applicação do tratamento anterior
póde-se empregar o seguinte
tratamento:
Vinagre forte. meio litro
Sal………. 3 colheres de sopa
Agua…… o litro
esfregando a bocca dos animaes tres
ou quatro vezes no dia com uma zaragatoa
embebida nesta mistura.
ara o tratamento das unhas tomar.
um punhado de sulfato de cobre
do commercio ou verdête e dissolvel-
o n’um litro de agua ou esfregar
os cascos com esta outra solução:
Acido fenico………. 5o gram.
Alcool eme ae OL
Aguia Rise a na CIO ItrO
para as lavagens do ubre:
Glicerina……….-.. 100 gram.
Acido salicilico……. Ara
Estes tratamentos não dispensam
o emprego escrupuloso dos cuidados
hygienicos que se apontaram no
numero anterior,
————— pie — — —
Josê Nunes da Matta
No logar que lhe compete, publicamos
hoje um excellente artigo d’aquelle
nosso illustre amigo, a quem
muito agradecemos a honra de se
nos ter dirigido. Sn
orem PE TIE ——— — pa
Voz do Povo
Aos nossos amigos que, a proposito
do anniversario d’este jornal, se
nos teem dirigido com palavras de
applauso pela nossa attitude e de incitamento
para proseguirmos no mesmo
caminho, aqui deixamos consignado
o nosso agradecimento.
EoS e ga
Pela Camara
Sessão de 13
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e assistencia dos srs. Antonio
Nunes de Figueiredo e José Janua-
– rio da Conceição e Silva teve logar
a reunião da commissão municipal
administrativa.
Lida e aprovada a acta da sessão
anterior passou-se ao expediente:
— Enviar 4 camara do Porto, um
telegramma de condolencia pela catastrofe
succedida n’aquella cidade.
—Approvou a arrematação da 5.º
tarefa de terraplanagens da estrada
da Certã a Varzea dos Cavaleiros.
—QOfficio do official do Registo
VOZ DO POVO
Civil pedindo lhe seja fornecido
mobiliario para a repartição respectiva.
A camara devido a estar a
findar o anno, resolveu officiar, satisfazendo
apenas seis cadeiras e o
resto do mobiliario pedido só o pode
satisfazer no anno proximo, visto
a altura do corrente não dar tempo
a satisfazer o pedido no actual.
— Oficio n.º 2 de q do corrente
da Camara de Pedrogam Grande
pedindo a affixagem de um edital,
satisfeito.
— Ofício n.º 83 da Camara de
Villa de Rei communicando haver
encarregado. o sr. Joaquim Apparicio
da Silva de receber a importancia
a que se refere o officio n.º 109
– d’esta camara da Certa.
—Um exemplar do folheto intitulado
Collegio das Missões Ultramarinas,
mandado archivar.
— Em cumprimento como disposto
no paragrapho terceiro do decreto
de 16 de dezembro de igto nomeou
os seguintes cidadão para vogaes
da Junta dos Repartidores:
Effectivos
João da Silva Carvalho.
José Nunes e Silva.
Albano Ricardo Matheus Ferreira.
Supplentes
Eusebio do Rosario.
José Váz.
João Christovam Gaspar
—Mandou satisfazer a importancia
dos medicamentos fornecidos
para os expostos e a de duas secretárias
para a secretaria da camara.
-——Umrequerimento de Luiz Augusto
Cardoso Guedes solicitando um
atestado de comportamento moral
e civil; a camara mandou passar,
attestando: o: bom: comportamento
do requerente.
— Um requerimento de José Antonio
Farinha Leitão, da Codiceira,
pedindo a venda de 2,730 de terreno
do cemiterio municipal. A camara
resolveu fazer a cedencia requerida
logo que lhe seja presente a contribuição
de registo e o documento
comprovativo de se achar satisfeita
a importancia do referido terreno,
para se tornar defenitiva a venda.
—Mandou proceder aos concertos
de que carecem uma cadeira e secretária
da conservatoria do Registo
ipredial e uma secretária para a
Repartição de Finanças.
—Mandou pagar no dia 30 do
corrente as folhas dos vecimentos
dos empregados da Camara e Administração
e bem assim aos assalariados.
—Mandou pôr em reclamação
pelo espaço de 15 dias a contar de
15 do corrente o lançamento dos
impostos directos a cobrar pela Camara
no proximo anno.
— sega —
Registo Civil
O movimento de registos na séde
d’esta repartição de 6 a 13 do
corrente foi : : E
Nascim«aeter n= tdo osaspat:o nO
ICO ———
Gremio Certaginense
Teve logar no dia 10 do corrente
a eleição dos corpos gerentes para
o anno de 1912 sendo eleito:
Direcção
Almirante Domingos Tasso de
Figueiredo, dr. Antonio Adolpho
Sanches Rollão, Adrião Moraes Da- .
vid, Antonio Nunes de Figueiredo
e Augusto Justino Rossi.
Conselho. fiscal
Srs. Antonio Torres Carneiro,
Eduardo Barata Correia e Silva e
Joaquim Pedroso Barata dos-Reis.
e
Vaccinação
Effectua-se todos os sabbados,
pelas 11 horas da manhã, na séde
das é
da administração do concelho e em
Sernache do Bomjardim; aos domin-.
gos, 4 mesma hora, na casa de residencia
do sub-delegado de saude, |
Desnecessario se torna encarecer
a utilidade d’este serviço. Recomendamos
porem que ninguem descure
tão imperiosa obrigação.
D. Alexandrina Pinto
Na sua casa de residencia, n’esta
villa, falleceu, no dia 13 do corrente,
esta virtuosa senhora, avó dos
srs. João Pinto d’Albuquerquer, José
e Armando Pinto Duarte, tia do
sr. Alberto Santos Valente, e sogra
do sr. Manuel Antunes e José Lourenço
Serrano.
A extincta era viuva de David
Thomaz Pinto, escrivão e tabellião
que foi n’esta comarca, e irmã do
fallecido bibliographico dr. Santos
Valente. ;
O funeral, que constituiu uma
verdadeira manifestação de homenagem
á memoria da extincta, foi
muito concorrido.
A” familia enlutada, enviamos a
expressão do nosso pezar.
—a— coes —
Na passada 4.º feira teve logar,
n’esta villa,a inspecção annual aos
solipedes, sendo a commissão. inspertora
presidida pelo sr. major Alerto
Augusto da Silva Deslandes.
——— E OQ —
Estação telegrapho-postal
Tendo. sido concedida licença à
digna encarregada d’esta estação,
srê D. Amelia d’Abreu Esteves,
foi substituida interinamente pelo
sr. Alberto Santos Valente, nosso
presado assignante.
Foi transferida da estação telegrapho-
postal d’Alvaro, para a de
Alpedrinha, a sr. D. Anna Amelia
Ribeiro,
— PD IGE-—
Foi arrematada mais uma tarefa
na construcção da estrada da Varzea
dos Cavalleiros, importante freguezia
do nosso concelho. !
—Tambem foi arrematada uma
tarefa de empedramento na estrada
da Certã a Pedrogam, e a abertura
d’um novo lanço na estrada para
Oleiros.
Carteira semanal
Fazem annos:
No dia 19g—o st. Francisco Farinha
David Leitão;
No dia 21-a sr.” D, Julia Leitão;
No dia 22, a sr.” D. Georgina Bartholo,
e o sr. Antonio Damas d’Oliveira;
No dia 23,0 sr. Hermano de Sande
Marinha.
No domingo ultimo, estiveram
n’esta villa, e assistiram á reunião
quinzenal do Gremio Certaginense,
os srs, capitão de fragata Paula Cid,
e officiaes da direcção geral das Colonias,
Antonio José Pereira e Duarte
Bruno de Mello.
S. ex.“ retiraram já para Lisboa.
Tem passado bastante incommodado
de saude o sr. dr, Alfredo de
Mendonça David, illustre desembargador
da Relação de Lisboa.
Estiveram: n’esta villa, as.sr.“ D.
Amelia. Moraes David, D. Amelia
Guimarães Lima e ossrs. dr, Augusto
Nunes Correia, capitão-medico é
Luiz da Cruz; em Lisboa, os srs.
Henrique Pires de Moura e Daniel
de Brito; em Thomar o sr. Carlos
“dos Santos.
Sahiu no sabbado para Penella, o
sr. José Martins, aspirante de finanVOZ
DO POVO
ças ha pouco transferido para aquella
villa.
Regressou de Coimbra, com sua
familia, o sr. José Queiroz, e ao
Vergão, o sr. Sebastião Farinha Tavares
com sua esposa e filhinha.
Estão em Lisboa, o sr. Antonio
Joaquim Simões David, e o sr. José
Antonio do Valle e sua esposa.
Regressou a Pedrogam Pequeno,
o sr. dr. Custodio Martins de Paiva.
Errro re
Pelo mundo litterario
UM DIALOGO
O Amor
Nºesta noite sem fim, quem bate á minha
porta?
A alma
Uma pobre mendiga, quasi morta,
Alma cançada, errante e dolorida
D’estes caminhos asperos da Vida…
O amor ‘
E que procuras tu, na noite d’este mundo?
A alma
N’estas trevas procuro o sol fecundo.
Venho da escuridão da Natureza; E
No meu sacco de pobre eu trago só tristeza…
Venho do Cahos sem fim, da mysteriosa
origem,
Mil corpos abracei, beijei… e ainda sou
virgem!
Ha biliões de seculos errante,
Como sombra que a luz faz tremula e hesitante,
Ando de-corpo em corpo…
O marmore beijei,
O marmore glacial’e livido animei…
E o marmore deslumbrado, em mystica
ternura,
Fundiu-se, Comô ao sol se funde a neve
pura…
E eil-o sagrada flôr.
Thuribulo que exhala aroma, vida e côr
Percorri, feita luz, as lagrimas das fontes.
Que pousaram, sonhando, em nevoa, sobre
os montes…
Sonho azulado, ethereo
Que ergue as azas a voar, a voar para o
Mysterio. ..
Vro pranto da aurora e o pranto das don-
; zellas
E a distancia que vae dos campos ás estrellas
Percorri a distancia pequenina
Que existe entre uma estrella diamantina
E uma gotta d’orvalho que reluz
Vi a estrada que vae da noite dar á luz…
A distancia que d’um ai d’amor ao vento
E d’um ramo florido a um nobre a
to
Cantei, qual rouxinol pousado sobre o fim
Que liga o-sonho humano à nevoa azul ds
um rio,
Que prende a estrella clara ao negro charco
immundo
E a pureza de Deus ao lodaçal do mundo!. .
Sou a agua que fornia as ondas da harmo-
; nia
E o fumo azul que exhala um bello incens
dia,—o dia!
Como nuvem chorei, chorei como mulher ;
Soffri como rochedo e como estrella a arj
der!
Falei na lingua ideal das arvores maternaes
E na lingua do mar, na lingua dos crystaes!
Vi o ceu pelos olhos das campinas,
Das ondas que, ao sol-pór, se tornam purpurinas…
Pelos olhos subtis das cerulas espumas,
Pelos olhos somnambulos das brumas ..
Onda do mar. fui consumida pelo sol,
Grão de seara, triturou-me um rouxinol…
Fui um raio de luz que linda flôr bebeu,
Fui um perfume devorado pelo céu…
Astro que a noite immensa suffocou,
Peito humano que a dor dilacerou!
Meu destino é sentir. Eu sou a sensação
Eterna, o sonho imperecivel, a visão,
A consciencia que brilha em cada humilde
E z cousa…
Luar sensivel que nimba a treva mysteriosas.
Sou o Espirito, a Alma, a luz extraordinaria
Que se fez na amplidão nocturna e solitaria.
O amor
E como vens molhada ! E’ de chorar!
“Que noite fria e negra! Entra em meu lar!,.
9 teu perfil chimerico e nevoento
Parece aquelle deus que se entreve no vento…
Genro velado em nevoa transcendente,
Quese avista n’um rio, ao sol nascente…
A divindade occulta que deslumbra
Sacrobosque onde cáe a chuva da penumê
bra…
O Christo macerado e ensanguentado,
Na gloria da Ascensão transfigurado!…
Oh estranho perfil visionario!
Oh coração errante e solitario,
Oh coração eterno e vagabundo
Que vaes de flôr em flôr, de mundo em
mundo!…
Oh alma errante, oh alma dolorida,
Sou o amor, sou o ar que te dá vida!…
é Teixeira de Paschoaes
Conselho s aos lavradores.
E’ o milho uma das culturas cerealiferas
que em maior escala se faz
na região, dizer antecipadamente alguma
coisa ácerca das exigências
d’esta cultura parece-nos de todo o
ponto necessario para que os lavradores
as possam pôr em prática sem
precipitações.
O milho é uma planta muito exigente
e comquanto a maioria dos
nossos lavradores assim o não julgue,
dá-se excellentemente em terrenos
de natureza fertil ou fertilisados.
Gosa da propriedade de não estar
sujeito á acama o que é importantissimo;
propriedade que se aproveita
para se lhe dar fortes adubações
de estrume de curral,
Muitas vezes, porém, não se dispõe
do estrume de curral necessario
pasa se obterem fortes colheitas, podendo-
se, ainda mesmo n’este caso,
obter beneficio empregando em addição
adubos fosfatados.
Para o milho, como para outras
plantas, o acido fosforico é effectivamente
o factor principal dos grandes
rendimentos culturaes, O estrume
de curral, contendo pequenas
percentagens de elementos nobres
em relação ás outras substancias fertilisantes
é absolutamente necessario,
se se quizerem obter maiores
rendimentos recorrer a um supplemento
de acido fosforico fornecido
por meio de um adubo chimico apropriado.
Sempre que assim se opera, verifica-
se que o augmento do rendimento
é directamente proporcional
á quantidade de adubo fosfatado
empregado.
Õ acido fosforico actua de um modo
particular sobre -a cultura do milho,
favorecendo a granação, sendo
as espigas mais compridas e os grãos
maiores e mais pesados.
O commercio offerece varios adubos
fosfatados: superfosfatos, fosfatos
Thomaz ou escorios e fosfatos
naturaes. :
Estes ultimos são completamente
contra indicados, por não darem resultados
regulares, pouco importantes
e de grande lentidão.
Os superfosfatos são indicados,
dada a sua natureza acida para serem
utilisados nos terrenos calcareos
ou que contenham pelo menos
10 ºh de cal.
O fosfato Thomaz é o adubo fosfatado
por excellencia da grande
maioria dos nossos terrenos, não
tendo como os superfosfatos o inconveniente
de retrogradar pela sua
permanencia no terreno, e não sendo
arrastado pelas aguas das chuvas
para as camadas mais inferiores onde
se perde,
Aconselhamos por esse motivo o
fosfato Thomaz porque não tendo
estes dois defeitos tem ainda a vantagem
que acima indicamos de não
ser acido, não indo por isso augmentar
este defeito do terreno, não sendo
tão custosa a sua applicação por
parte do pessoal e ainda porquesendo
proveniente da desfosforação do
ferro ao ser transformado em aço
e entrando n’esta operação a cal, elle
vae levar ao terreno além do ferro,
do acido fosforico e outros elementos
a cal de que tão desprovidos
são os terrenos regionaes.
Resta-nos indicar o papel que representam
no desenvolvimento e
rendimento cultural d’esta planta a
potassa e o azote o que faremos
noutros artigos.
Cardoso Guedes.
Dame =
DUBOS CHIMICOS
Querendo aplicar adubos da melhor
qualidade, querendo obter as
mais abundantes colheitas, não podem
os srs. lavradores estar hesitantes
na escolha, a melhor purgueira,
superior a e outra do mercado,
é a PURGUEIRA EXTRA
ALMIRANTE, não teme confronto
com qualquer outra, é a mais productiva,
de optimo aspecto, volumosa;
o superphosphato da marca ingleza
«GALO» não tem rival no
nosso pais, é de fabrico perfeito,
finamente pulverisado, secco, espalhando-
se facilmente; sendo o preferido
pelos lavradores que sabem
conhecer o bom superphosphato.
Em todas as culturas fracas e n’aquellas
cujo desenvolvimento se queira
abreviar e melhorar é incomparavel
o nitrato modificado com potassa
ou a formula n.º 595; as culturas
revigoram, as novidades conservam-
se mais tempo com a vida
e melhoram. Estes e outros adubos
da marca registada «Trevo de 4
folhas», teem para expedição imefinaram
muito antes d’ella, sendo
assim o justificante, seu marido, com
quem foi casada em primeiras e
unicas nupcias, o seu herdeiro, nos
termos do artigo 6.º do Decreto de
31 d’outubro de rgro, isto para todos
os effeitos legaes, c designadamente
para haver todos os bens,
direitos e acções que constituem a
respectiva herança, e assim poder
registar e averbar em seu nome um
predio e papeis de credito comprehendidos
na aludida herança. Correm
por isso editos de trinta dias
que começam a contar-se da publicação
do ultimo annuncio, citando
quaesquer pessoas incertas que
se julguem com direito a impugnar
a referida habilitação, para verem
accusaars suas citações na segunda
audiencia posterior ao referido pra-
-so, devendo qualquer impugnação
ser deduzida na terceira seguinte,
sob pena de revelia. As audiencias
na comarca de Lisboa, fazem-se em
todas as terças c sextas feiras de
cada semana, não sendo estes dias
feriados, porque sendo-o, passam
aos immediatos se o não forem tambem,
sempre por dez horas da manhã,
no tribunal judicial da comarca,
edificio da Boa Hora, na Rua Nova
do Almada,
* Certã, 2 de dezembro de 1gt1.
O escivão,
diata.
O Herold & €.* Antonio Augusto Rodrigues
Lisboa Porto Pampilhosa Verifiquei:
UP O Juiz de Direito,
AN N U N Ç | Ô 8 2 Sanhes Rollão Z
Annuncio Annuncio
Pelo Juizo de Direito da comarca |
da Certã e-cartorio do segundó officio,
eorrem editos de trinta dias, a
contar da segunda e ultima publicação
do annuncio no Diario do Governo,
citando o reservista João da
Cruz, filho de João Custodio e de
Izabel dos Santos, de Bogas de Baixo,
e actualmente residente em parte
incerta, para comparecer no Tribunal
Judicial d’esta comarca, no
dia onze do proximo mez de janeiro,
por dez horas da manhã, afim de
responder em audiencia de polícia
correccional, que lhe move o Minlsterio
Publico, por haver faltado á
revista d’inspecção, que teve logar
em onze de junho ultimo.
Certã, 27 de novembro de IgrI.
O escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
2 Sanches “Rollão 2
COMARCA DE LISBOA
2.» VARA
Escrivão— Almeida Fernandes
PelosJuizo de Direito da segunda
Vara Civel da comarca de Lisboa e
cartorio do escrivão Almeida Fernandes,
correm seus termos uns
autos civeis de justificação para habilitação,
em que João Antonio Bastos,
primeiro tenente machinista da
armada, aposentado, morador na
dita cidade de Lisboa, na Calçada
do Desterro, numero vinte e dois,
primeiro andar, pretende ser julgado
habilitado unico e universal herdeiro
de sua mulher Dona Maria Luiza da
Silva Bastos, natural da freguezia
do Cabeçudo, d’esta comarca da
Certa, fallecida em dois d’outubro
ultimo, no logar e dita freguesia do
Cabeçudo, onde se encontrava accidentalmente,
e residente que era na
dita Calçada do Desterro, numero
vinte e dois, primeiro andar, sem
deixar testamento, nem ascendentes
ou descendentes, pois que seus paes
i Joaquim da Silva ou Joaquim Matheus
da Silva e Luiza de Jesus se
Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do segundo officio,
correm editos de trinta dias, a
contar da segunda e ultima publicação
do annuncio no Diario do Governo,
citando o reservista, José
Francisco Madeira, filho de Manoel
Francisco Madeira e de Luiza Alves,
natural da freguesia d’Oleiros, d’esta
comarca, e actualmente residente
em parte incerta, para comparecer
no Tribunal Judicial d’esta comarca,
no dia onze de janeiro proximo, por
dez horas da manhã, afim de responder
em audiencia de policia correccional
que o Ministerio Publico
lhe move, por ter faltado à revista
d’inspecção que teve logar em vinte
e tres de julho do corrente anno, no
concelho de Oleiros.
Certã, 27 de novembro de 19gi1.
O escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Sanches Rollão 5)
Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do segundo ofhcio,
correm editos de trinta dias; a
contar da segunda e ultima publicação
do annuncio no Diario do Governo,
citando o reservista Joaquim
Antonio, filho de Manuel Antonio e
de Henriqueta Maria, do logar do
Matos, freguesia de Sernache do
Bom Jardim, e actualmente residénte
em parte incerta, para compare:
cer no Tribunal Judicial desta comarca
no dia onze do proximo mez
+
“de janeiro, por dez horas da manhã,
afim de responder em audiencia de
policia correccional que lhe move o
Ministerio Publico por ter faltado á
revista d’inspecção que teve logar
em 4 de junho ultimo.
Certã, 27 de novembro de igii.
O escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
2 Sanhes Rollão 2
LEIS REPUBLICANAS
LEI ELEITORAL
2º edição 40º folheto da coleção
Com as alterações ultimamente
publicadas na folha official.
A” venda as seguintes de interesse
geral: N.º 1, Lei de imprensa—
N.º 3, Lei do divorcio—N.º 7, Lei
do inquilinato—N.º 17, Direito á
gréve—N.º 20, Leis de familia—N.º
21, Descanço semanal, Attentados |
contra a Republica—N.º 36, Lei do
registo civil—N.º 37, Modelos e formulario
da Le: do registo civil—N.º
38, Descanço semanal e seu regulamento—
N.º 39, Lei do Recrutamento
Miulitar—N.º 41, Reorganisação
dos serviços de instrucção primaria
=—N.º 42, Separação da egreja do
estado, etc. :
Primorosa edição ornada de magnificas
photogravuras de pagina.
BRINDES aos srs, angariadores
d’assignaturas. Veja-se o prospecto.
BRINDE aos srs, assignantes uma:
finissima: oleographia propria para
quadro, representando
Cada folheto contendo uma ou mais
leis
50 RÉIS
Esta empreza está editando TODOS
OS DECRETOS publicados
no «Diario do Governo» desde a
implantação da Republica, garan
tindo que a collecção é sempre meticulosamente
feita pela folha offi
cial. Pedidos á Bibliotheca d’Educação
Nacional — Typographia
Gonçalves.
dO naR do Alecrim, 82 — LISBOA
Acaba de ser posto á venda o terceiro tomo da:
NOVA COLLECÇÃO DE LEIS
REPUBLICA PORTUGUEZA
Approvadas pelas Constituintes
Summario do tomo n.º 3
Recenseamento geral da população-
Pabella das quantias com que
as camaras municipaes teem de con-
Correr para o recenseamento geral
da população em rgr1—Instrucções
para a execução do recenscamento
geral da população-Decreto sobre
circulação de automoveis.
A Empreza editora da Bibliotheca
d Educação Nacional, resolveu, encetar,
desde já, a publicação com a
maxima urgencia, de todo o conjuncto
de leis que o Parlamento. vae
sanccionando, assegurando que a reproducção
será frita exclusivamente
pela folha oficial e com o maximo
cuidado, ?
A nova Collecção de Leis da Republica,
levará todas as indicações
de referencias aos Codigos em vigor.
A distribuição é feita em tomos
de 32 paginas, ao preéo extremamente
economico de Go réis.
Todos os pedidos de assignatura,
devem ser dirigidos 4 Typographia
Gonçalves—8o, Rua do Alecrim, 82
— Lisboa.
por Augusto Rodrigues
Elegante volume ácerca
da vida do fundador do
obristianismo. Suas maximas
e suas parabolas.
Pedidos à redacção da «VOZ
DO POVO»
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Atum novo, cloumbboo, em em
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Vende-se na LOJA DO POVO de
Albano Ricardo Matheus Ferreira
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do Conde Barão, 58—Lisboa e
em todas as livrarias, Kkiosques e
principaes tabacarias da capital.
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Na Anemia, Pebres palustres cu]
Sezões, Tuberculose
e outras doenças provenientes
ou acompanhadas de FRAQUEZA
GERAL, rec ommenda-se a
Quinarihenina
à > EXPERIÊNCIAS coros cínico,
E] nos hospitacs do paiz e colonias, confirmam ser
tonico e febrifugo que mais sérias garantias
fforece no seu tratamento. Augmenta q nutri-
E] ção, excita fortemente o apetite, facilita a di-
E) gestão o é muito agradavel ao paladar.
em
Instrueções em portuguez, francez e ingloz.
A? venda nas boas pharmacias,
E |. Deposito na CERTA — Pharmacia Z, LUÉ
CAS — CASTELLO BRANCO, Pharmacia ROE
DRIGÃO, Deposito geral: Pharmacia Gama.
C. da Estrella, 118 — Lisboa,
TOSSES SiasrãE o De dl: Loiçtai
Caixa, 810 réis, Depositos os mesmos da QUINARRHENINA.
Peluso 4, Casar Pires
Solicitador encartado
CERTÃ
Encarrega-se de tratar de todos
Os assumptos judiciaes nesta ou
n’outra comarca.
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplomado,
encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, compras
de adubos adequados ás culturas,
0s melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquis)-
ção de formulas feitas sem criterio,
“SAPA2T4 AD’RAGIOSATO .
DE
JOSÉ POSSIDONIO
Rua Serpa Pinto—Certã
Nºesta officina executa se, por medida,
calçado para homem, senhora
e criança. O proprietario d’esta
officina desejando manter e até ampliar
o seu credito, aflirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na execução
de todos os trabalhos que lhe
forem confiados.
Preços sem competencia
BERNARDO DE MATTOS
Advogado
Participa aos seus clientese ami
gos que mudou a residencia e escriptorio
para a sua casa do Castello;
sita à Rua do mesmo nome,
onde offerece o seu limitadissimo
prestimo pessoal & profissional,
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os esclarecimentos e fornecem-se
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Deposito na Certa: — Pharmacla
Z. Lucas.
LEITÃO & ALBUQUERQUE
EM COMMANDITA
Ra do Ouro, 10, 2º=ESCRIPTORIO FORENSE-Telgg.*-LEQUE=LISBOA
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-Commissões e consignações, despachos nas alfandegas,
informações, remessas de encommendas para as pro-
“| Vincias, ilhas e: colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjeiras.
Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
& ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do:
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado. j Productos chimicos e especialidades
pharmaceuticas .
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fabricantes estrangeiros.
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Sas estranjeiras para venda
por atacado de artigos de:
modas, fitas, rendas, galões,
sedas, etc. etc. Machinas de
costura, acordeons e bijouterias;
Representação de ca- |
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Enviam-se catalogos
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Peçam-se (abellas de preços e amostras
Gravatas — Fabricam se em todos os generos por preços sem |
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Rua da Victoria, 82 a 88 e Rua do Ouro, 166 2 170
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Installações completas de gaz e agua; gazometros para acetylene
desde 5 a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus- É
tres e lampadas para gaz; candieiros: de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha ;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha; latão e-ferro; tubo
de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de diversos
typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandescencia
; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios’; artigos de
electricidade, etc.
ic
(E
A a