A Comarca da Sertã nº118 26-11-1938
@@@ 1 @@@
o mo
Hã.
– DIRESTOR, EDITOR
Eduardo Barata da Filva Creta
E PROPRIETARIO
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SEREA PINTO-SERTA’
PUBLICA-SE AOS SABADOS
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT – |
EA
|
|
|
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA]
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA!
NA
RAFICA DA SE Ti.
Ea
dBm Composto e Impres
Largo do Ghafaria
SERTÃ
ANO HI
N.º 118
Oleiros, Prognga-a-
ER Ea EE Ms
Hebdomaiário regionalista, independente, defensor dos interêsses do comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
gos (do concelho de Mação )
Amêndoa e Gardi
Nº Salão Nobre da Câma-
ra Municipal de Coim-
bra procedeu-se, no passado do-
mingo, à eleição dos procurado-
res, na Câmara Corporativa, dos
a municípios urbanos e rurais das |
províncias da Beira Litoral, Al-
ta, Baixa e Estremadura.
Daqueles, foi escolhida a Cá-
* mara de Coimbra e dos segumn-
dos o sr. dr. Manuel Simões
Barreiros, presidente da Câmara
Municipal de Figuero dos Vi-
nhos.
O nosso município estava re:
“presentado pelo seu ilustre pre-
sidente, sr. dr. Carlos Mactins.
Para representante das Mise-
picórdias do Pais foi eleito o sr.
dr. Aurélio de Almeida, prove
: “dor da Miserwórdia de Coimbra.
uu nas fontes pública
“ya que se verificou no depósito
de abasiecimento.
AODRUCRARRARRE ALA
STE ano, o azeite nanossa
região é bouquissimo €,
muito pior, de qualidade extre-
mamente ordinária, havendo al-
gum que nem azeite deve ser con-
siderado, tal a sua graduação.
Num lagar, disse-nos o mestre
terem ali sido pesados alguns
entre 1,05 €6,º5.
Noutro, visitado dias depois,
apareceu uma droga com TÓ
graus! Espantoso. Uma bodega
proveniente, não só da má azei-
“tona cheia de carneiros, como tóda
a desta colheita, mas também pro-
vavelmente extraída de fruto já
pôdre.
A propósito da doença que
éste ano atacou os olivais do nos-
so distrito, transcrevemos noutro
logar, com a devida vénia, do
mosso colega «A Bsira Baixa»,
um interessante artigo apontan-
do as causas do mal e preconi-
zando a forma deo evitar em
anos futuros; a falta de provi-
dências acertadas, por parte dos
olivicultores, pode trazer, como
consegiência, num futuro próxi-
mo, a perda completa dos nossos
olivais. Não se devem êles esque-
cer de que, nesta emergência, po-
dem e devem contar com o au
sílio da Junta Nacional do Azei-
te, organismo apto a prestar a
melhor e mais útil colaboração
Diz o autor: «Não vale a pena
“ alimentar ilusões sóbre a natu-
veza do mal que no presente ano
“castigou severamente os olivais |
“da região. Trata-se, de facto, de
um forte ataque da genuína, da
“autêntica Dacus oleae ou mosca
da azeitona — praga que há
“muitos anos se encontra instala-
pa em todos os olivais do País»
* davila, por virtude de uma ruptu-
26
Novembro
19838
USTO é salientar, em abono da verdade,
que o Estado Novo algo tem feito em
melhoramentos públicos, em regimen
de comparticipação, dandc: assim aso
a que se tornem realidade as mais
instantes aspiracões dos povos rurais.
A magnífica rêde de estradas que corta
o pais em tôdas as direcções, as Casas do Po-
vo, as escolas, os fontenários, o fornecimento
de àgua e ainda muitos outros melhoramen-
tos estão bem patentes a quem queira vê-los.
Se muito se tem feito, é certo que muito fal-
ta ainda para fazer e o Govêrno reconhecen-
do-o, elevou para o dobro no ano próximo, a |
importância que vinha dispendendo em com-
participações de melhoramentos públicos.
A’ medida que os aglomerados popula-
cionais vão decrescendo de importância,
vão decrescendo também os melhoramen-
tos e assim há áreas rurais que não
tiveram ainda a sorte de serem contempla-
das. A população rural, em geral reservada,
que vive Unicamente para o trabalho, alheia
a tudo que à sua volta se passa, não sabe
; z s
periores as suas aspirs ões e necessidades.
“Por tal motivo, i cumbia às Câmaras
Municipais e Juntas de Freguesia velarem
pelas suas necessidades, mas lá está o ditado:
Quem não aparece esquece, e primeiro nós.
Embora até certo ponto tenham o direito de
primasia, não devem esquecer-se as popula-.
ções rurais disseminadas pelas suas áreas,
velando pela saúde e higiene dessa gente.
A população aumenta de ano para âno;
as terras, de cansadas, cada vez produzem
menos; os trabalhos são cada vez mais mal
remunerados e o seu poder de aquisição tor-
na-se menor. Ainda hoje, em algumas re-
giões, desde que nascem até que morrem
nunca tiveram assistência médica e quando
muito mandam chamar o barbeiro que mui-
tas vezes em vez de debelar o mal ainda o
aumenta, pois muitos não teem qualquer co-
nhecimento de medicina.
Tudo isto é devido à falta de recursos
monetários porque a terra mal lhes dá para
o sustento diário, deixando-se morrer à min-
gua. A mortalidade infantil é, então, assom-
brosa, devido à falta de assistência e conse-
lhos médicos. Portugal possui hoje no seu
vasto Império Colonial uma assistência mé:
dica, ao indígena, modelar e pode dar ensi-
namentos a êste respeito aos seus detracto-
res e invejosos. A doença do sono, sifilis,
pneumonias e outros males curáveis, que cei-
favam a população indigena, quási que desa-
pareceram ou estão em vias disso. As pro-
vincias de Além-mar estão divididas em zo-.
nas e estas em Sectores Sanitários com os
seus médicos e enfermeiros. Como aos médi-
cos e enfermeiros não é possível ir a tô-
da a parte, os Sactores Sanitários convo-
cam as populações indigenas para determi-
nado sítio, o mais central, e por regiões, e ali
são devidamente inspeccionados, e aos doe: –
tes são entregues fichas onde o medico assen-
ta o diagnóstico, exame a que procedeu e o
tratamento a fazer.
Mesmo que o médico seja substituído, O
seu sucessor não encontra dificuldades, por-
que pela ficha, êle fica conhecendo tudo. Mas
tanto os medica mentos comó os serviços cli-
nicos são absolutamente de graça.
Se é certo que o nível social da popula-
ção indigena das Colônias é inferior ao da
Metropole, é porque aquela é indolente e re-
fractária aó trabalho e não por falta de ter-
ras para cultivar pois teem-nas à discreção.
| Outrotanto já não sucede na Metrópole, on-
não será dificil
de o trabalho escasseia e as terras estão de
tal modo aproveitadas e retalhadus que
mais dia menos dia se tornará num gravis-
simo problema. Ora se os medicamentos
e assistência médica aos indigenas das Co:
lônias são absolutâmente de graca, porque
não hão de ser timbém para a população
rural necessitada e onde a vida se torna
mais penosa? Porque se não háde pôr
em prática o mesmo sistema adoptado-nas
Colônias? E’ um grande e grave problema
que o Estado Novo tem de resolver, embora
isso vá pesar no orçamento. O Estado No-
vo que tanto tem feito em benefício das po-
pulações necessitadas, criando uma obra so-
cial notável, tem de vir também em socorro
da população rural, criando gente forte e sá-
dia que âmanhã se tornará um valor para a
Nação. Com finanças fortes e mais equilibra-
das, pois os saldos orçamentais arrecadados
são enormes e aumentam de ano para ano,
meter ombros a obra tão
grandiosa e de tamanho alcance social.
Estas considerações sugeriram-me pelo
ram as primeiras chuvas equinociais, viu-se
a população do Mosteiro de S. Tiago séria-
mente embaraçada para se abastecer de àgua
potável para seu consumo.
Devido à grande estiagem, a fonte, onde
a população se abastece, estava quási sêca,
mas, mal ou bem, lã a ia captandó, embora as
condições higiênicas fôssem já deploráveis,
Com as primeiras chuvas, o caso complicou-
se, porque a enxurrada a.rastou para dentro
duma poça, a que chamam fonte, todos os de-
tritos e dejectos que encontrou na frente,
tornando a água imprópria para consumo,
até mesmo para os animais irracionais. Como
a fonte estã abaixo dos terrenos circunjacen-
centes e para onde convergem as águas plu-
viais que caem em volta, tôda a imundicie se
vai depositar rela, com u agravante de que a
captação é feita por meio de mergulho de
cântaros e outros utensílios demésticos — os
mais variados — deixando nela tôda a suji-
dade da parte exterior. Sabido, como é, que
a água é um dos principais elementos para a
saúde, a fonte actual torna-se num verdadei-
ro foco de doenças e um perigo gravissimo
para a sua população. Urge que as entidades
competentes deem remédio a tal estado de
coisas e considerem que o aglomerado popu-
lacional de Mosteiro de Tiago é um dos mais
importantes da freguesia da Várzea dos Ca-
valeiros, pois conta 85 fogos e talvez mais de
500 habitantes; de contrário estão sujeitos a
correr os mais graves perigos. Sabemos que
existe já um plano e projecto elaborado por
um técnico, que reúne tôdas as condições
de salubridade e em quantidade suficien-
te para abastecer a população, a que faita
somente dar-lhe execução. Essa execução tem
de ser dada pelo Estado com o auxilio da
Câmara Municipal e Junta de freguesia, na
medida das suas posses; de contrário perma-
neçerá tudo na mesma. À população poderá
contribuir cos o trabalho braçal necessário,
visto pão terem dinheiro, nem donde êle venha.
Só assim desaparecerá aquele foco de
imundicies e de doenças.
JOÃO FARINHA FREIRE JUNIOR
| ga Lêde, anunciai
DeIroes e fazei a propa-
ganda dêste jornal
ne tenho observado e quando, há dias, cai-| *.
ápis
as novamente, se começa a
utilizar a via pública
para a matança de suínos. E
sujeitar alguns moradores da
vila a acordarem, de madrugada,
com o berreiro dos animalejos
sacrificados, é impróprio e indi- |
gno de uma terra como a Sertã:
Não temos sido ouvidos nesta
nossa reclamação, que é absoiit-
tamente justa; e por isso, e sem-
pre que for preciso, cá estaremos
a pedir providências. a
ARRDUAEGAÇEA AUEMEAGHHAIO
S obras exteriores da nos-
sa igreja Matriz fica-
ram concluídas esta semana e
até ao fim do mês é de prever
que se dêem tor findas as de in-
terior. o
dm
DO levantar-se o soalho da
o pavimento térreo, tem-se encon-
trado elevada quantidade de ossos
e até calçado, o qué não é de admi-
rar, visto que dantes, como é su .
bido, os enterramentos se faziam
nas próbrias igrejas, depois nos
adros; os cemitérios propriamei-
te ditos, para bem da higiene,
mulhiplicaram-se em Portugal
depois da tublicação dos decre-
tos de 21 de Setembro de rê3s
e de 3 de Janeiro de 1837 e fo-
ram uma necessidade imposta
velo elevado número de vitimas
causado pela cólera-morbus.
RRDRRRRAADESPREMRMHILA
as
40 passados muitos ine»
ses após anomeação das
comissões encarregadas dos pedi-
tórios na área das capelanias da
freguesia da Sertã, a favor das
obras da tereja Matriz, e a qer=
dade é que até agora não de
ram um passo no sentido de so
desempenharem do encargo que
assumiram. Não está certo.
Se não queriam ter massadas
podiam ter evitado tal ancumbêm-
cia a que, pelo menos aparentes
mente, deram a sua concordância
e recondieceram da maior ulilida-
de. o
e
O peditório levado a’ efeito,
em 5 do corrente, nesta
vila, por um grupo de senhoras,
a favor dos cancerosos pobres,
rendeu 270800.
SARAH ES
E Comissão Executiva dos
É Centenários, por ainter-
medio da sua secção de «Propa-
ganda e Recepção», abram um
concurso de cartazes alusivos ns
comemorações de I9go e do seu
significado, a afixar en Portugal
eno Estrangeiro. o
“Tera ec removendose
“Tera ec removendose@@@ 1 @@@
ANUNCIO
(2º publicação)
Por este se anuncia que
no dia 4 do proximo mez de
Dezembro, pelas 12 horas, à
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se procedera
à arrematação em hasta pu:
blica dos predios a seguit
designados e pelo maior pre
ço que for oferecido acim::
dos valores abaixo indicados.
‘ 4.º 0O direito a uma terça
parte numa propriedade de
terra de cultivo com oliveiras,
videiras e mato, com casa de
ndega no sitio da Lameira, li-
mites das Sardeiras de Baixo
freguesia de Oleiros. Vai à
praça no valor de quatrocen-
tos escudos. — 400800.
2º Uma terra de cultivo «
oliveiras, videiras e um cur.
ral, no mesmo sitio das La
“meiras. Vai à praça no valor
de mil seiscentos escudos —
1 600500.
3.º Uma casa com residen-
ciae quintal com oliveiras,
no sitio das Sardeiras de Bai-
xo. Vai á praça no valor de
setecentos escudos — 7109800.
Penhoradoos nos autos de
execução que o Ministério
Publico move contra Manoel
Alves e mulher Inacia Maria,
proprietários, e moradores no
logar das Sardeiras de Baixo.
São por este meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à arremata
ção.
Sertã, 9 de Novembro de
1938.
Verifique
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo,
O Chefe da 1.º Secção
José Nunes
ANUNCIO
(22 publicação)
Por este se anuncia que no |
“ dia 4 do próximo mês de De-
“zembro, por 12 horas, à porta
d. Tribunal Judicial desta co-
– marca se há-de proceder à ar-
rematação em hasta publica
do predio a seguir designado
e pelo maior preço que for ofe-
recido acima do valor indica-
do.
PRÉDIO
Uma causa de habitação com
“fez do chão e primeiro andar,
sita na rua do Fundão, vila
de Pedrogão Pequeno. Vai
pela primeira vez à praça no
valor de quatro centos escu-
dos-400800 q
Penhorados na execução fis
cal administrativa em que
são exequente à Fazenda Na-
cional e executados Maria de
Jesus, Herminio de Jesus, e
Matilde de Jesus.
São por este citados quais-
quer credores incertos para
“assistirem á arrematação.
Declara-se para os devidos
efeitos de que a sisa é paga
“por inteiro pelo arrematante. |
Sertã, 14 de Novembro de 1938
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º secção,
Angelo Bastos
ANUNGIO
2* publicação
Por este se anuncia que no
dia 4 do próximo mez de De-
zembro, pelas 12 horas, à por-
ta do Tribunal Judicial desta
comarca se há-de proceder à
arrematação em hasta do di-
reito e acção aos predios a se-
guir designadós e pelo maior
lanço que for oferecido acima
dos valores, respectivamente,
indicados.
PRÉDIOS
1.º O direito e acção a um
quarentae doís avos duma
terra de castaneheiros e mato
no Barroco Cabeiro, limite
dos Vilões, freguesia do Tro-
viscal. Vai pela primeira vez
à praça no valor de dois es-
cudoós e cinquenta centavos
— 2850.
2.º O direito e acção a um
quarenta e dois avos de uma
terra de cultura, castanheiros,
oliveiras e mato, no sitio da
Abelkeira e Varzea Fandeira,
limite dito. Vai pela primei-
ra vez à praça no valor de
sessenta escudos — 60800
3.º O direito e acção a um
quarenta dois avos de unia,
terra de castanheiros e mato
no sítio da Ladeira do Lado
do Braçal. Vai pela primeira
vez à praça no valor de dez
escudos. — 10800.
4º O direito e acção a um
quarenta é dois avos de uma
terra de cultura com oliveiras,
castanheiros e mato, no sitio
do Fundo da Horta, limite di-
to. Vai pela primeira vez à
praça no valor de sessenta
escudos — 60800.
5.º O direito e acção a um
quarenta e dois avos de uma
terra com oliveiras, nos Cer-
ros. Vai pela primeira vez à
praça no valor de trinta es-
cudos. — 30800,
quarenta e dois avos de uma
lemite dos Vilões. Vai pela
primeira vezá praça no va-
40800.
7.º O direito e acção a um
catorse avos de uma casa de-
nominada a da Caniceira e
tambem do forno contiguo no
lugar dos Vílões. Vai pela
primeira vez à praça no va-
lor de trinta escudos — 30800.
8.º O diréito e acção a vm
quarenta e dois avos de uma
sorte com castanheiros e ma-
to, denominada à Enxertar
no Vale e Varzea Fundeira.
Vai pela primeira vez à pra-
ça no valor de um escudo e
cincoenta centavos — 1850.
9.º O direitoe acção a um
quarenta e dois avos de uma
sorte de terras com oliveiras
e mato, no Vale e Varzea Fun-
deira. Vai pela primeira vez
à praça no valor de um escu-
do e cincoenta centavos —
1850.
10.º O direito e acçãoa um
catorze avos de um curral e
palheiro, na Varzea Fundeira
Vai pela primeira vez à pra-
ça nô valor de dois escudos
— 2800.
Décimo primeiro — O di-
reito e acção à sétima parte
A COMARCA DA SERT’A
6.º O direito e acção a um:
terra de castanheiros e mato,,
| no sítio do Vale do Eirinho, |
lor de quagenta escudos — |
de um predio que se compõe
de duas courelas de terra de
matos e de uma courela de
oliveiras, no sitio do Salguei-
rinho, lemite do Carvalhal
Cimeiro. Vai pela primeira
vez à praça no valor de vinte
escudos — 20800.
Décimo segundo —O direito
e acção à sétima parte de uma
terra cóm videiras, oliveiras,
matos e casa terrea para des-
pejos, no sitio da Ribeira dos
Escaldados mais a baixo lemi-
tes dos Vilões. Vai pela primeira
vez à praça no valor «le cincoenta
escudos — 50800.
O direitc e acção destes
predios e acima referidos per-
tencem a José Luiz de Carva-
lho, demente, que se encontra
internado na Casa de Saude
de S. João de Deus em Bar-
celos, que os herdou dos seus
avos João Carvalho e Maria
Jorge, moradores que foram
no lugar dos Vilões, freguesia
“do Troviscal, desta comarca. A
sisu será paga por inteiro e a
cargo dos arrematantes. São
por este citados quaisquer
credores incertos para assisti-
rem à arrematação neste
anunciada.
Sertã, 7 de Novembro de
1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O chefe da 2.º seccão judicial,
Angelo Soares Bastos
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Saida 17-30
» Pernes 10-00 » Sernache | 17-50
» Torres Novas 10-35 Saida 18-00
>» Tomar “11-205 >» Ferreira do Zezere 18-55
Ca “+ Saida 19-00
» Ferreira da breno 11-00; ums CO:
, Sernache -13.00] * » Torres Novas 20-25
» Sertã 19-907 – > Pernes 21-00
: 2? ho » Santarem 21-40
au o. eo » Cartaxo 22-10
» Cesteiro 15-05 » Vila Franca 23-10
» Alvaro 15-15 » Lisboa 0-10
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António de Brito
No logar da Rosa da Estrala,
freguesia de Sernache do Bom-
jardim, faleceu em 3 do corrente,
o sr. António de Brito, de 83 anus
benquisto proprietário, muito
considerado pelas suas qualidades
de carácter, pai do nosso estima-
do assinante sr. Francisco de Bri-
to, residente em Lisboa, a quem
apresentamos sentidos pêsames.
*
José Luiz Simões
Faleceu na capital. em 10 do
corrente, o nosso presado amigo
e assinante sr. José Luiz Simões,
de 73 anos, natural da Portela,
freguesia de Alvaro estabelecido
há muitos anos, com ar mazémbde
vinhos generosos, no largo do
Chiado.
Muito novo
partira tbaro
Lisboa, empre-
gando-se na ca»
sa de que
actualmente
era brobrietd-
rio, e da qual
fôra sócio com
seu patrão, há
muito falecido.
Conseguira
pleno triunfo
na vida comercial à custa de in-
contestável pertinácia e activida-
de extraordinária, qualidades es-
tas dominadas por princípios vi-
gidos de incontroversa honestida-
de, da mais perfeita inteireza de
carácter.
Navida comercial de Lisboa,
onde desempenhou junções de con=
fiança e alto prestígio, como di.
rector das associações Comercial
e dos Lojistas, eno meio social
“conquistou simpatias sinceras e
invulgar consideração.
— Osr. José Luiz Simões distin-
u-se, ainda, pelo seu ci-
0. que é justo pôr em relêvo:
José Luiz Simões
– benemérito da Instrução, auxiliou
e fundou algumas escolas no seu
“concelho —Oleiros— ; verdadeiro
filantropo, a sua bolsa estava
sempre pronta a prestar ras-
gados benefícios às instituições
de assistência; não era em vão
que se vecorria ao seu auxílio.
O extinto era um chefe de fa-
milia exemplar. Deixa viva a
sr. D. Georgina Madalena Pes
reira Simões e seis filhos, sr.
D. Ema, D. Sara, D. Zélia e D.
Maria da Glória eos sis. José
Máximo Luiz Simões e Gilberto
Luiz Simões; era irmão da sr.
D. Emilia Mendes Barata e dos
srs. João Luiz Simões, sócio da
firma comercial F. L. Simões
& €.º, da Beira (Africa Orien-
tal) e António Luiz Simões, de
Lisboa.
O funeral, que foi uma sen-
tila manifestação de pesar, rea-
lizou-se no dia seguinte, da rua
Primeiro de Maio, 76, ao Calvá-
rio, para jazigo de família no ce-
mitério do Álto de S. João.
4º familia dorida apesenta «A
Comarca da Sertã» sinceras con-
dolências.
6900009000000 9000000000005000060b0008
indesejáveis
Veio à nossa Redacção um indiví-
duo dizer-nos que na margem es-
querda da Ribeira Grande, em frente
da vila, vivem dois cavalheiros que pe-
lo seu mau e iniquo procedimento, a
gente dali não pode suportar. trata-se
de José Ferreira que com fregiiência e
brutalmente tem agredido o padrasto,
motivo que originou a sua prisão di-
versas vezes; é borrachão e tem um
génio irascivel; hã dias quando a mãi
morreu, apanhou uma forte bebedeira
€ foi tocar pifaro próximo da habita-
ção. No dia seguinte não deu pelo
saimento fúnebre, porque estava nôva-
mente bêbado. O outro é o José Antó-
nio, a quem já nós temos referido; a
sua última proeza foi cometida quando,
erto da sua sua residência, passou o
uneral acima referido; desatou num
berreiro insuportavel, próprio de um
selvagem ou de um demente, proferin-
do, de mistura obscenidades em altá
voz. sem respeito pelas mulheres e
crianças que iam no enterro. Anda sem-
pre munido de uma pequena machada,
ameaçando, de morte, os rivais inven-
tados pela sua maluqueira.
Qualquer dêles pelo que se vê, pre-
gisa de um bom cortectivo,
cio
Inês
da É
(NOTISIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES)
Falecimento
CASTELO, 18— No dia 16 faleceu no logar das Sobrei-
ras, e foi sepultada no dia imediato, no comitério do Caste-
O funeral da extinta que, nesta freguesia. era muito es-
timada, foi mui o concorrido não só por pessoas da fre-
lo, asr.2 D, Ana da Conceição Ferreira, de 62 anos, na-
tural desta freguesia, e viuva do st. Manuel António, fale-
cido há anos.
Era mãi dos srs. dr, José António Ferreir :, distinto advo-
gado e oficial do Exército, Joaquim António Ferreira e An-
tónio Joaquim Ferreira, residentes na capital, e d’ sr Ma-
nuel António Ferreira, e da esposa do sr, Antóuio Henrique,
guesia. mas ainda das povoações vizinhas, freguesias do Ca-
beçudo e Sernache,
Diversas
“* Por motivo do falecimento de sua mãi, vindo asristir aos
também residentes no referido lugar das Sobreiras.
seus ultimos momentos e funeral, estiveram nesta freguesia,
o nosso amigo sr. dr, José António Ferreira. acompanhado
de sua Esposa. e seus irmãos srs. Joaquim António Ferreira
e António Joaquim Ferreira e esposas.
Ec
ria de DANOS
-..Sr, Redactor — Hoje ve-
jome um pouco atrapalhado,
pois não sei por onde deva
começar esta carta, que já
não pode ser aquela carta
cheia de ditos picarescose al-
gum tanto chistosos, mas que
aplicados a certas chagas, co-
mo era o seu fim único, es-
caldavam como ferros em
braza e tiveram a virtude de
as cicatrizar, senão no todo,
ao menos em parte, apesar dos
diagnósticos em contrário de
grande número de esculápios,
meus patrícios, que tanto se
deleitavam ao lê-las, mas que
ao terminar a leitura, tinham
apenas, como comentário, um
simples encolher d’ombros, ou
um lacónico «bem prega Frei
Tomaz…»
Não devemos, nem quere-
mos referir-nos, e muito me-
nos responder, ao que se pas-
sou em certa baiúca, onde, ao
ler-se a carta de Oleiros, os
convivas se sentiram de tal
maneira abrazados ao cair-
lhes o ferro em cima das
chagas, que romperam em
vitupérios, imprecações e
objurgatórias contra o autor
da carta, e até contra o ino-
fensivo Redactor da Comar-
ca, alvitrando uns que se de-
volvesse o jornal à redacção,
outros que se lhe fizesse ali
mesmo auto de fé, lançando-
o no fôgo, e ainda outros, de
senso mais prático, que se
guardasse para ser utilizado
na limpeza de certo edifício,
não prevendo, certamente, que
a droga, limpa ou suja, doçe
ou amarga, mais cedo do que
era de esperar, havia de ser.
ingerida em absoluto por to-
dos os próprios sobreditos
convivas pelo orifício contrá-
rio.
Porém, à maneira que o
estado de hitilisação ia cres-
cendo, as dores diminuiam, e,
mudando de parecer, pouco a
pouco, tódos foram concor-
dando que o autor da carta
tinha uma certa razão, vindo
assim tudo a terminar em
boa paz, graças a Deus, e con-
firmando-se mais uma vez a
veracidade do velho latinó-
rio que diz—in vino véri-
tas.
Mas deixemos estas coisas,
cuja única utilidade, consiste
em passarem à história, como
expoente mórbido da menta-
lidade de certas personalida-
des nêste ano de 1938, e pas-
samos aos factos que a todos
interessam.
— No dia 2 do corrente
mês reúniu nesta vila o con-
selho municipal, em sessão or-
dinária, o qual, depois de ha-
ver verificado como foram
cumpridas as deliberações da
última sessão, tratou de vá-
rios assuntos da sua compe-
tência. No mesmo dia toma-
ram posse os dois vogais da
Câmara, últimamente eleitos,
P.º Francisco Durães e P.º
João Esteves Ribeiro.
—No dia 3, quinta-feira,
reúniu a Câmara, em sessão
ordinária, tomando as seguin-
tes deliberações:
— 1.º Confirmar o termo de
| responsabilidade em que a
comissão de melhoramentos
da freguesia d’Amieira, se
declara habilitada a dispor
dos meios necessários para
um regimen de comparticipa-
ção com o Estado, e ao abri-
go do Decretó n.º 21.696.
Levar a efeito a obra de
execução da estrad: munici-
pal entre esta vila e a séde
da mesma freguesia.
—2º Oficiar ao Ministério
das Obras Públicas pedindo
o estudo técnico por conta do
Estado, para os seguintes me-
lhoramentos, que são de ur-
gente e absoluta necessidade:
— uma praça coberta e mata-
douro nesta
municipais entre a sede do
concelho e as sedes das fre-
guesias do Mosteiro e Isna,—
um caminho vicinal entre a
sede da freguesia da Isna e
as importantes povoações do
Vale da Cuba e do Vale da
Lousa, como primeira etape
da estrada que deve ligar a
sede da freguesia da Isna
com a da Ermida, ficando
assim aquela, até agora tão
despresada região, ligada
com a sede da comarca, como
é justa aspiração dos povos
das duas freguesias; abaste-
cimento de àgua potável à al-
deia da Isna, sede da mesma
freguesia, e às povoações do
Vale das Ovelhas, desta fre-|
guesia de Oleiros, de Sendinho:
de Santo Amaro, da fregue-
sia de Alvaro, e da Eira do
Miguel, freguesia de Amiei-
ra.
— 3º Oficiar a tôdas as
juntas de freguesia, declaran-
do que a Câmara delega na-
quelas corporações o direito
de utilizarem em benefício
das respectivas freguesias,
nêste ano, a prestação de
serviço braçal que à mesma
Câmara pertencia.
— No final da sessão foram
ainda apreciados vários as-
suntos de interêsse geral, cu-
ja resolução ficou dependen-
te de maduro e prolongado
estudo.
Jer
00000006909000000C 900060 600000000000
Falta de prestação de contas
Esteve na nossa Redacção o sr, João
Alves. casado, proprietario, do logar do
Fundão, freguesia do Troviscal, a quei-
xar-se, na qualidade de vogal do Con-
selho Paroquial da referida freguesia,
contra determinado indivíduo a quem
toi confiada há cerca de 10 anos, uma
nota de 500800 do Banco de Angola e
Metrópole, para rebater e que, até hoje
não restituiu a importância aludida,
que faz parte dos fundos destinados às
obras de conservação da igreja
sr. Administrador do Concelho
está a par do assunto.
000006097000 00G90000009000000000U0D00
Aves migratórias
Pelo nosso amigo sr. Carlos Meire-
les Girão, do Marmeleiro foi-nos entre-
gue a anilha presa à pata de um” flo-
sa, que apsnhou em Setembro último
naquela povcação, Tem a seguinte
inscrição; WITHERBY -HIGH – HOL-
BORN-LONDON-HH 237,
Vamos remetê-la à estação de pro-
cedência.
200000060 000090000 0000000000090060090
ACIDENTE
No passado sábado, na rua de Can-
dido dos Reis, Manuel Lopes da Silva,
de 19 anos, do Casal Novo, freguesia
do Troviscal, por inadvertencia sua, fi-
cou entaludo entre uma camionete de
passageiros e uns caixotes que se en-
contravam no passeio, tendo sofrido,
apenas, algumas equimoses,
vila — estradas.
HR JU O
Julgamentos em Outubro
Dia 14 – Respondeu, «cusado pelo
Ministério Público, José Ferreira, casado,
jornaleiro, de 29 anos de idade, do
Açude de Ordem, subúibios da Sertã,
residente no Junqueiral, noi, num dos
dias de Agosto último, haver destruíde
grande porção de peixe na ribeira da
Srta, no sitio do Pego di Adelina, uti-
lizando sulfato de cobre para levar a
efeito aquela destruição, cometendo,
dêste modo, o crime previsto e punído
pelo art.º 1,º da lei n.º 1.083, de 8 de
Dezembro de 1920 en 2 do art.º 1.º do
Decº n.º 12.445, de 8 de Outubro ce
1926. Não se fez prova suficiente, pelo
que foi julgada improcedente e não
provada a acusição e, consegiiente-
mete, absolvido o réu.
Dia 17 — Responderam, acusados
pelo Ministério Público, Joaquim Luiz,
casado, de 49 anos, proprietário, natu-
ral da Lagoa Cimeira, freguesia da Fun-
dada e Leonardo Luiz Lopes, de 20
anos, s olteiro, jornaleiro, natural e mo-
rador na Sertã, filho de João Luiz e de
Maria Joaquina, por va noite de 13 pa-
ra 14 de Agosto último, haverem des-
truído por meio de sulfato de cobre na
ribeira da Sertã e no local denomina-
do Pego do Boeiro, desta freguesia, uma
grande porção de peixe, calculada em
cerca de 4 arrobas, tendo cometido o
crime previsto e punido na Leie Decre-
to acima referidos. Julgada procedente
a acusação eos réus incursos na sanção
dos artigos supra citados e,consegiien-
temente, condenados na pena de seis
meses de prisão, levando em conta a de-
tenção já sofrida pelo primeiro reu, na
multa de 360800, em 500800 de impos-
to de justiça, ambos com os acréscimos
legais. e solidariamente em 100800 ao
defensor oficioso e 300800 de indemini-
zação a quem se julgar com direito à
ela. Mas, tendo em atenção o número
e a importância das circunstâncias ate-
nuantes, a ausência de agravantes, a
idade do segundo reu, o bom compor-
tamento moral de ambos, nos têrmos
do artigo 8 da Lei de 6 de Julho de
1893 foi suspensa a execução das pe-
nas pelo espaço de dois anos,
Dia 31—Na acção sumária requeri-
da por Daniel Dias de’Matos e mulher
e D. Belmira Ribeiro da Cruz, aquele
comerciante e todos propr’etarios,
de Sobreira Formosa, contra Luiz do
Nascimento e mulher e José “Francisco
do Nascimento ou Josê Curjeira e mu-
lher, proprietarios, do logar e fregue
sia da Isna de Oleiros, quanto à pro-
priedade de uma oliveira existente no
sítio do Embarcadouro, limite do So-
brul Fernando, freguesia de Sobreira
Formosa, foram os reus julgados par-
tes ilegítimas, absolvidos da instância
ea acção procedente e provada e os
réus condenados a reconhecerem aos
autores a propriedad: da oliveira em
uestão e a indemnizá-los das perdas e
anos a que têm dado causa, e ambas
as partes no imposto e percentagem le-
gaise sêlos na proporção de um ter-
ço para os autores e dois terços para
os réus com o adicional de 16º/, nos
têrmos do artigo 4.º do decreto n.º
25,882.
HOSTED DU DADADA Ad DAE ACABADO UNA AALHDAHAAHAAO
Noticias de Figueiró dos Vinhos
15 de Novembro
No p. p. dia 11 do corrente num
dos quartos particulares da Casa de
Saúde de Coimbra, faleceu com 49
anos de idade o nosso estimado e saii-
doso amigo sr, dr, António Eugénio
da Costa Aguiar, Conservador do Re-
gisto Civil nêste Concelho, pessoa es-
timada por todos quanto o conheciam,
A! familia enlutada endereçamos o
nosso cartão de pêsames,
* x
Nos ultimos dias caiu sôbre esta re-
gião uma chuva torrencial que, feliz-
mente não causou estragos.
Francisco Mateus
Solicitador Judicial
SERTA
ANUNCIO
(2.º publicação)
Pelo cartorio da Primeira Sec-
ção da Segunda Vara da comas –
ca Lisboa e nos autos de Justifi
cação avulsa para habilitação em:
que é nu Dona Laura
da Silva Lambert Morais, viuva,
proprietária, residente na Ala-
meda d>3 Lihas de Torres. mat:
mero vinte da cidade de Lisboa €
Justificados o Ministerio Publi-
coe mmcertos, na quala Justifi-
cante pretende ser julgada habili-
tada como unica e universal
herdeira de sua mãi dona Caro-
lina Luzia da Silva Lambert que
tambem assinava Dona Carolina
da Silva Lambert, viuva de Jor-
ge Lambert, a qual era natural
do logar dos Casais, freguesia-
do Castelo, concelho e comarca
da Seriã, para todosos efeitos
legaes e em especial para levan-
tar quaisquer depósitos de din-
heiro ou papeis de credito depo-
sitados em qualquer Banco e em
seu nome fazer inscrever 2 aver
bar os bens da heirança, meu
indo imobiliario, praticando tudo
o que necessário seja para dar
cumprimento ao testamento da
dita sua mãi, que com ela vivia
na já indicada residencia, corres
editos de trinta dias a contar d .
segunda e ultima publicação dh
resbectivo anuncio, citando os 1h
teressados que se julguem cd
direito a opor-se à referida jus:
tificação para no prazo de vint
dias, posterior ao dos editos apre:
sentaremna Serretaria da Se-
gunda Vara e dentro das horas
regulamentares, qualquer impu-
guação, sob pena de revelia.
Sertã, 29 de Outubro de 1936.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º secção, intº,
José Nunes
ANUNCIO
(1.º Publicação)
Por este se anuncia que no dia 4
do proximo mez de Dezembro por 12
horas, à porta do Tribunal Judicial des-
ta comarca se hã-de proceder á arre-
matação em hasta publica do predio a
seguir designado e pelo maior preço
que for oferecido acima do valor abai-
xo iudicado, Rs
PREDIO
O direitoe acção a metade dé uma
terra de cultura e testada de mato e
pinheiros, sita nos Cazais da Fonte, fre-
guesia do Castelo: inscrito na matriz
predial sob os art.“s 2.189 — metade: e
2.19) — metade descrito na Conserva-
tória sob o n.º 27,412, Vai pela segunda
vez a praça no valor de 110800.
Penhorado na execução fiscal admi-
mistrativa: em que é exequente – Fa-
zenda Nacional é executado António
Pies dos Casai: da Fonte freguesia do
Castelo,
São por este citados quaisquer cre-
dores incertos para assistirem a arrama-
tação neste anunciada,
Sertã, 14 de Novembro de 1938.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, interino,
Armando António da Silva
ORAEBRESELAREGRAN DMA SURREAL ELE OA EE eee
ANUNCIO
(1.2 Publicação)
Por este se anuncia que no diz 15
do proximo mez de Dozembro: por 12
horas. a porta do Tribunal Judicial
desta comarca se ha-de proceder a ar-
rematação em hasta publica do pr dio
a seguir designado e pelo maior preço
que for oferecido acima do valor abai-
xo indicado,
PRÉDIOS
H E
“ O direito e acção a metade dc uma
terra com oliveiras pinheirose mato sita
no Cutelo, freguesia de Ole;ros, descr:-
ta na Conservatoria do Registo Predial
desta comarca sob o nº 27.442. Va:
pela primeira vez a praça no valor
de 455875.
Penhorado nos autos de exe ção
fiscal administrativa em que é cxe-
quente a Fazenda Nacional « executan-
“do José Mateus Med;0a, do Fernão
Porco, freguesia de Oleiros,
São por este citados quaisquer credo-
res incertos para assistirem à arrematação
neste anunciada,
Sertã, 14 de Novembro de 1938.
O Juiz de Direito,
Armando Torres Pauia
O Chefe da 3.2 secção, interinos
Armando António da Silva -a -@@@ 1 @@@
A COMARCA DA
SERTA!’
Os olivais
de Castelo Branco
Não vale a pena alimentar
ilusões sobre a natureza do
mal que no presente ano
castigou severamente os oli-
vais da re. ião.
Trata-se, de facto, de um
forte ataque da genuina, da
autêntica Dacis oleae ou mosca
da azeitona — praga que há
muitos anos se encontra ins-
talada em todos es olivais do
Pais.
‘ Quando se torna verdadei-
ramente nociva, ou para me-
lhor esclarecer, quando apa-
rece?
x x
Normalmente, a Dacus oleae
tem duas gerações por ano.
A partir de meados de Junho,
as fêmeas da primeira gera-
ção pôem os ovos nas azei-
tonas, escolhendo de prefe-
rência as das variedades de
polpa mais gorda — Bical e
Cordovil. Dos o:os saem as
larvas que se introduzem na
azeitona — abrindo galerias
onde se accitam, Passados 30
ou 40 dias, as larvas trans-
formam-se nas moscas que
põem vvos doude saem novas
larvas — continuudoras fivis do
trabalho Cas máis; Os estiagos
produzidos por esta geração
são maiores — e à azeitona
Cal.
Sea temperatura no mês
de Outubro é elevada como
sucedeu no presente ano, po-
de aparecer mais uma gera-
ção cu mesmo quas.
x x»
Qualquer pode observar a
larva que dã origem à mosca,
abrindo com cuidaso uma azei-
“tona—para a não esborrachar.
ja devem ter notado que a
azeitona picada não resiste à
menor pressão — a não ser
que esteja verde.
Pela descrição feita, vê com
facildade o olivicultor o que
representa para a colheita do
próximo ano uma azeitona
que fique no olival — como
“ninho que é de futuras mos-
cas.
.. também não ignora que,
por maiores que sejam os
cuidados, não é possivel co
lher tôdas as azeitonas,
Por outras palavras: semente
não falta.
! = x
O primeiro tratamento a
fazer à Dacus oleae é apanhar
cedo as azeitonas, isto é: co-
lheita temporá.
O segundo consiste em le-
var para o olival o gado —
sobretudo carneiros e por-
cos — logo à seguir à colhei-
ta, É compreende-se: a azei-
tona que a mão do apanha-
dor não colheu é comida pe-
los animais e com ela — as
larvas que mais tarde se trans:
formam na Dacus oleae. .
O terceiro tratamento é
constituido pela aplicação das
caldas.
x x
O primeiro tratâmento—não
se fez. É
O segundo não se faz — por
que os olivais, em grande
maioria, estão semeados.
O terceiro é tão dificil e
custa tanto dinheiro que po-
de considerar-se… irrealiza-
vel.
Por outras palavras: a Da-
cus oleae tem na região — ge-
nerosa e franca hospitalida.
de.
-..«e pode muito bem ser.
—o princípio do fim.
x x
A escassa colheita da azei-
tona — não foi tão escassa
como parece — que o olivicul-
tor tanto deplora, foi um bem,
porque em ano de safra a oli
Quadros de Alfredo Keil — Às referências do sábio geógrafo Dr. Silva Teles
O ar fino e puro parece
entrar-nos na alma, na alma
que se enche de alegria e
força perante a paisagem que
nos deslumbra.
O ribeiro açodado no tem-
po das chuvas, salta com fra-
gor duma altura de 8 a 10
metros, formando uma cas-
cata encantadora em que as
águas cristalinas espadanam
na rocha abrupta para logo
se unirem — como por encan-
to— nos pedregulhos que a
mão do homem fez rolar, a
êsmo, para o leito do ribei-
ro, na confluência com o Zê-
zere,
Ha, aqui e além, fragas
acasteladas, onde os pastores
avezam abrigo, em dias de
tempestade. Sítios poéticos,
bem arborizados com arroios
e ribeirinhos que vêm de-
rivando, desde a espinha dos
montes sempre em sobresal-
tos, de «espenhadeiro em
despenhadeiro, logo que
avistom lá no fundo o vale
rijo e áspero do Zêzere.
Foi aqui que Alfredo Keil
se inspirou e escolheu al-
guns dos seus quadros para
ornamentar a sua grande
obra «Tojos e Rosmani-
nhos».
De volta do Cabril e ao
entrar na vila, pinta um lin-
do quadro, cheio de beleza
regional, em que vê as al .
minhas numa nequena ca-
peiinha com sua cruz alta-
neira de puro granito, quem
sabe, arrancado, talvez, no.
próprio alicerce daquela
| construção.
Nos versos, da citada obra,
que a seguir transcrevemos,
depreende – se bem quão
grande foi a recordação que
Alfredo Keil levou destas
paragens mui principalmen-
te da «linda Beira».
x x
Saiidades da romaria
Despontando lá na estrada;
Ei-la que volta da Guia
Ao romper da madrugada !
Outra a caminho do rio
P’ra Dornes vai seus cuidados;
Canta um bando ao desafio,
Assoma gente aos terrados.
Tembém eu fui de promessa
A* Senhora da Corfiança:
Ficou minh’alma possessa
Co’os olhos de uma creança
Estende na serrania,
O inverno a branca toalha.
Sopra um vento que arripia,
Coria o rosto, qual navalha |
Enregela a triste lousa
Envolta nas verdes heras,
Onde um afecto repousa
E se pranteia deveras!
Vão as amenas cantigas
Desfiando-se à lareira.
Quantas saidades amigas
Recordando a linda Beira]
x a
Descrevendo a parte da an-
tiga provincia da Estremadu-
ra que confinava com a Beira
Baixa, o sábio geógrafo dr.
Silva Teles escreveu o se-
guinte, que transcrevemos do
Guia de Portugal, de Raúl
Proença.
«No seu contacto com a Bei-
ra, a zona estremenha é vio-
lentamente sacudida pelas úil-
timas ramificações do sistema
posta a baixá de Tomar, co-
meça uma forte ondulação
“do solo, que mais a mais se
acentua à medida que nos
aproximamos do Zêzere.
orográfico da Estrêla. Trans- |
A estrada ziguezagueia, ora
correndo em vales fundos, ora
pelos flancos das montanhas.
De espaço a espaço, umã pla-
nicie alta comv em Sernache
do Bomjardim, a destoar da
terra revôlta que atravessa-
mos. O Zêzere abre fundo o
seu caminho, umas vezes sob a
forma de canão de vertentes
bruscas, outras em garganias
de pendentes simétricas.
Acompanhando-o na diree-
ção da sua otligem, a sua as-
peresa cresce ainda mais.
Mas é entre Pedrógão
Grande e Pedrogão Pequeno,
no célebre salto do Cabril,
que a torrente é mais sober-
ba.
Uma mancha granitica, on-
de se erguem as duas povoa-
ções, obrigam o Zêzere a um
esfôrço mais colossal; as
suas margens levantam-se
a prumo, numa arrogância
extrema, maravilha da natu-
reza que se desenrola á nossa
frente quando passamos pelã
estrada em lacetes de pen-
“dor muito agudo que liga
uma povoação à óutra. O
salto do Cabril é sem dúvi-
da um dos mais belos tre-
ra, que o rio separa »
Es E
Como é sabido, esta par-
te da antiga Estremadura,
pertence hoje à Beira Lito-
ral.
O Cabril é, inegavelmen-
“rat.
Ep
ja é que se:
muito. | e
A quem de direito pedi-
mos que não se deixe protelar
por mais tempo o pedido de
criação de uma zona de tu-
rismo em que ficaria abran-
gido um triângulo encanta-
dor:
Sernache do Bomjardim,
Sertã e Pedrógão Pequeno.
Pedrógão Pequeno, Outu-
bro de 1938.
JUNO
(1) Este quadro estã reproduzido na
gravura que publicamos e foi-nos cedida
gentilmente pelo nosso bom amigo e ilus-
tre pedroguense sr, Izidro Freire, de Lisboa.
veira acusaria de forma mais
precisa o encontrão e os encon-
twões nas oliveiras da região
são extremamente perigosos.
Estão cheias de fome— e nin-
guém lhes dá de comer.
x E
Perdoem-nos a curiosidade:
Que tenciona fazer o olivicul-
tor ? –
Já procurou o seu repren-
tante na Junta Nacional do
Azeite para, em conjunto, de-
liberarem sobre o caminho
a seguir — sobretudo no au-
xílio a prestar pela Junta ao
combate da Dacus oleae?
-..ou supõe que pode, só-
zinho, arcar com a defesa dos
seus olivais ?
Faz ideia do que seja o tra-
tamento da Dacus oleae ?
Ignora que todos, todos os
olivais, teem de ser tratados ?
x x
Do auxilio que podiamos
prestar — não falamos. O oli-
vicultor teima na ignorância
do caminho para a nossa Re-
partição e, como está no seu
direito e nós não podemos
nem o quéremos obrigar —
só nos resta pedir a Deus que
o salve. Todavia permita-nos
que lhe contemos uma histó-
ria que, por acaso, é verda-
deira.
No ano passado, escólhe-
mos numa propriedade situa-
da em Proença-a-Velha e de-
nominada Fonte dos Canos,
dois hectares de olival que
tomâmos à nossa conta e que
foram divididos em quatro
folhas, com o fim de estu-
darmos os efeitos da poda das
oliveiras—tendo em linha de
conta, como é 9bvio, o seu es-
tado sanitário. Numa das fo-
lhas aplicâmos uma poda se-
véra, tão severa que decapitá-
mos cinquenta oliveiras. Que
lhes sucedeu ? Nem uma rea-
giu!
Sabe o olivicultor — o que
isto significa ?
Mas… aque vem a histó-
ria? Tenha pacieneia, mais
um bocadinho.
Em determinada região de
Portugal, parece ter sido en-
contrado o «Clinodiplosis olei-
suga»—um bichinho que ata-
ca as oliveiras. Há anos, em
Italia, o «Clinodiplosis» fez
em certas regiões tais estra-
gos que foi preciso decapitar as
arvores ou, pelo menos, podá-las
fortemente para acabar com êle.
Suponha o olivicultor—e a
suposicão pode fazér-se—que
o bichinho se lembra um dia
de se instalar nos olivais de
Castelo Branco… que se ins.
tala mesmo… e que é preci-
so decapitar as arvores ou
pelo menos, podá-las forte-
mente para acabar com êle
Oitenta por cento dos oli-
vais de castelo Branco — de-
sapareciam.
x E
Não faça caso das nossas
hustórias. Amanhã, Jjuando as
oliveiras só possam ser apro-
veitadas para a lareira ou
para o fabrico de piões, bata
à porta do ministério da Agri-
cultura a pedir assistência téc-
nica e crédito — com a alegação
de que os olivais se perde-
ram por culpa dos técnicos
que prestam serviço na re-
gião.
MAIA PEREIRA
Engenheiro agrónomo, chefe da Brigada
Técnica da VII Região
chos da Estremadura e Bei-.
“te um dos mais formosos |
– pontos de turismo a explo- |
vã dei-| Para conclusão do ed
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já deveria estar feito há |
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Gom sua esposa, retirou do Pinheiro (Gas-
talo) para Tomar, o nosso amigo sr. Gani-
tão José Joaquim Lourenço.
Wml Estava no Outeiro da Lagoa, 6 sr.
s0sé Pailro, de Lishoa.
um Encontram-se em Pedrógão Pequéno
os srs. Manuel Ramos, capitalista, e su?
filha, de Lisboa; e 0 sr. José Martins, *
Moscavíde. :
ANIVERSARIOS NATALF
os
1 de Dezembro, menina Rosa Valentina,
la Silva.
Do
& |,
Su
Parahens
20000000009000000059050000008bR8D0OCDOR
Nata! dos Pobres da Sertã
Como nos anos anteriores, é justo
que as pessoas abastadas e de certa
mediania se lembrem dos pobrezinhos
por ocasião do Natal.
Proporcionar aos necessitados um
cerio conforto nêsse dia, consagrado.
à Família, é dever de tôdas as almas:
cristãs.
Desejávamos que êles não só rece-
bessem alimentos ou dinheiro, mas.
também alguns tecidos de lã e algo-
dão, peças de vestuário, cobertores,
agasalhos que os preservassem dos ri-
gorosos frios do Inverno que se apro-
xiPa.
Há por aí muilas cri’ncinhas po-
bres que nada têm que vestir. Para
els. em especial, invocamos a protec-
ção- valiosa das Senhora e Meninas
desta terra, (e fazêmo-lo dêste modo
pela impossibilidade de, pessoalmente,
nos dirigirmos a tôdas ela.) sempre
prontas a espalhar o Bem, a derramar
o suave perfume da Laridade, o dom
mais precioso e dignificante que Deus
lh’s concedeu.
Uus fatos, casaquinhos, toucas e
meias de lã, roupas usada: mes-
mo, tudo é aceitavel.
Para a distribuição de géneros e
dinheiro, abrimos ja uva subscrição,
esperando que ela atinja o êxito cos-
tumado. Ê
“A Comarca da Sertá!…. 50800
O99LESUNADDODOVNDADDaDad Had oRDonasa
Pela freguesia de Cardigos É
a R
di conce a compartici
ção de Esc.5.685843. .
E
Am ma e
Os amigos do nossa jornal
Indicou-nos um novo assi-
nante o sr. Fernando dos
Santos, de Lisboa.
Muito obrigados.
ogonsasvenaa 0090000000290D000020000000
Beneficência
Tivemoso prazer de receber nesta
Redação o nosso presado amigo e assi-
nante, sr. Jorge dos Reis Paixão, de
Lisboa, que nos entregou 10900 para os
pobres protegidos pela «Comarca»,
Um anónimo enviou-nos 6800 com
destino à Sopa dos Pobres.
Muito agradecidos.
200000000D00000D00000D00n0000000nA000
Instrução
Foram transferidas as seguintes re-
gentes de postos escolares para os pos-
tos que vão indicados; Cremilda Lopes
Levita, Vale de Urso, Proenca-a-Nova,
Arminda do Carmo Miranda, Pombas,
Sertã, Tereza da Conceicão Fradique,
Relvas, Ermida,
— Izabel Maria Fazenda Aguiar,
regente do posto escolar de Atalaia de
Estevão Vaz, Sobreira | ormosa, trans-
ferida para o pôsto de Cambosa, con-
celho da Covilhã. :
—Foram designados regentes de
cursos nocturnos nas localidades que
vão indicados, os seguintes professo es:
Felícia Dias Alves Fernandes, Pêso,
“Izabel dos Santos e Silva, Sobraínho,
Sobreira Formosa e Manuel Vicente
Beato: Sernache do Bomjardim. |
—Por portaria de 14 do corrente
foram criados os postos escolares de
Varzea de Pedro Mouro, Sernache do
Bomjardim e de Ribeiros, Vila de Rei
BooDOnDoDODaDoaDas DOnDocaoC anadso voo
BAPTISADO
Na Igreja Paroquial foi baptisado
no domingo passado, um filhinho do
nosso amigo sr. Arménio Cardoso. desta
vila, que recebeu o nome de António,
Foram padrinhos, a sr? D. Céu
Branco Vaz, desta Vila e o sr, Joaquim.
Lourenço Serrano, empregado da Com-
panhia da Zambézia, em Maquival
(Africa Oriental), acidentalmente n
Folga (Proença-a-Nova).
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