A Comarca da Sertã nº76 29-01-1938

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DIRESTOR, EDITOR
Cuando Panata ota a tlua CQreia
E PROPRIETARIO
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
IRUA SERPA PINTO -SERTA!
PUBLICA-SE AOS
SABADOS
“ANO
THA
Nº 76
AVENÇADO
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos inferêsses da comarca da dertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa E Gardigos (do concelho de Mação )
DR. JOSÉ
FUN VN ORES
DR, JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA
BARATA CORREA E SILVA
Composta 3 innresso
Na
BRAFIGA DA SERTÃ
Largo do Chafariz
SERTÃ
“29
JANEIRO
TAGs
ORAL
E
Notas…
GRADOU plenamente a
A exibição, no nosso écran,
na noite de 20, da super-produ-
ção do cinema europeu, ansiosa-
mente esperada, «Os Miseraveis»,
maravilhoso filme sonoro, extraí-
do do magnífico romance de Vi-
tor Flugo, e que só por sio imor-
talizou.
E”, sem duvida, uma obra gi-
Gcantesca, acentuadamente mora-
szadora, em que se revela o
grande sofrimento do povo hu-
milde e a sua séde de justiça.
– À arte plena exterioriza-se no
mais pequeno pormenor. João
Valjean é o homem que redime
todo o passado de opróbrio e de
Pilania com acções de rara no-
breza, cheias de sentimento e
amor pelos desherdados da sorte.
A sua forte personalidade vinca-
se, exuberantemente, em tôdas as
penas. o
Tecnicamente,
rar 2, QUO 1.
quási que põe de parte o seu in-
terêsse material para só cuidar
em fazer boas exibições, de modo
a despertar entre o público o gOos-
to pelos espectáculos déste género.
– «Os Miseraveis» têm merecido
da critica os melhores encómios;
o filme é dividido em 3 jornadas,
—«Tembestade num crânco»,
«Therndiers» e «Liberdade ! Que-
rida Liberdade». Pena foi que a
sua exibição se fizesse numa só
noite, quando, pela sua extensão,
devia ser, pelo menos, em duas; o
público, ao fim da 2.º jornada,
Ja docejava, e é evidente que não
e pelo a devida atenção.
“Parte da plateia via-se nos
momentos mais dramáticos da
exibição, o que revelr, a-par-de
uma grande falta de sentimenta-
hismo, uma profunda ignorância.
Emprêsa de Viação de
A Sernache, Ld.º pediu a
concessão da carreira de pussa-
geiros entre Sertã e Alvaro e
vice-versa, passando por Maxial,
Alto do Cavalo e Cesteiro (Casal
Novo).
E. ! casa para voltar a pre-
: = guntar E é que
alguns municipes deixam de dis-
pôr da via pública para chamuús-
car e matar os suinos, como se
vivessemos no Chão de Forca; é
realmente um espectáculo. edifi-
cante ver rapar o pélo aos pobres
animais, os homens mumdos de
carqueja acésa, em tarefa sinistra;
assistir ao escabujar do bicho,
nas vascas da morte, depois de
longos e roufenhos grunhidos !…
“Parece-nos que vai sendo tem-
£o de cada um ter mais respeito
bela terra onde vive, utilizando
somente os seus logradouros.
OGRO
na
o filme é uma
IDADE
ORA RADAEADE’ALEASARMA HE)
colocada na situação de
inactividade, a contar de
“28 de Dezembro, o professor da.
escola de Álvaro, sr. José Au-
gusto de Almeida e Sousa, sen-
do-lhe contados para a aposenta-
cão 36 anos de serviço.
Ums, | ças instintivas
dE
A MUSICA
homes nasce Não é um adulto em
ponto pequeno, é um ser por tódos
os modos diferente e em todos os
sentidos divergente daquele que o
gerou…
Quando a criança é lançada no
mundo fenoménico, experimenta aigo de de-
sagradável que lhe inspira repulsa, lhe pro-
duz dôr, e que, ao mesmo tempo, o chama
de dentro de si mesmo. É uma vôz’ pluri-
secular que foi transmitida de pais a filhos,
cada vez mais perfeita é mais fraca, voz que
o sêér adulto desconhece, porque os seus sen-
tidos sobrepujara orda
mal humana.
Mas o homem continua a transmitir ês-
ses caracteres rácicos, embora sem cóns-
ciência dêles, a-pesar-da sua vida se afastar
cada vez mais daquilo que, em essência, pre-.
sidiu ao desabrochar dos seus
primevos ge-
nitores, a
Essas fôrças manifestam-se duma forma
vigorosa nas crianças, pondo estas, por ve-
zes contra seus pais, em intima comunhão
instintiva, mas nem por isso menos espiri-
tual, com os seus arrojados ascendentes que
veem, fortes, tanto das lutasa braço desar-
mado com o urso ou com o leão à porta
penhascosa das escuras cavernas, como dos
rincões da civilização que, nos tempos co-
nhecidos, os induziram a perpetuar na me.
mória eterna dos povos sociedades proprias
e, em si, completas ..
Há em todo o ser humano que nasce um
conjunto de maneiras subconscientes de se
manifestar diverso dós seus genitores ime-
dliatos que formam um grito permanente do
espirito como protesto contra as estorsões
que reçhaçam uma alma, limitando-a ao
eterno borborinho das convenções, quando:
ela anseia, com tôdas as suas fôrças, hori-
zontes mais vastos, uma vida mais
na,
Não assim o homem adulto que se con-
forma — como qualquer irracional — com
huma-
aquilo que tácitamente é No homem adul-:
to, no homem que vive só o seu tempo, sem
inquietações ou deslumbrado pela ficção,
não hã êsse desejo veemente do que deve ser…
E por isso nós desconhecemos a razão
de certas excentricidades infantis que procura-
mos extinguir como supérfluos ou desman-
dos, ignorantes — nós, os da ciência, os da
fôrca, os da mentirosa convenção — da eter-
na ânsia, do permanente e inquietante dese-
jo que à criança mostra…
Sabemo-lo nós, muitas vezes? De quê?
Sabê-lo seria modificar a nossa conduta,..
É que sem serem despertadas directa-
mente as razões hereditárias da nossa vida
cobrem-se com um manto indelével, na apa-
rência, sem contudo se perderem ou deixa-
rem de manifestar-se… FE nelas reside em
tôda a sua pureza, com tôda a sua vivifica-
dora alma, o impulso resgatador a que estã
“destinado o papel de despertar a vida do fu-
turo. da
Nem sempre, todavia, ‘os psico-pedago-
gistas lhe dão o seu verdadeiro significado,
– | de figura. Aqui não | gt
| te que já desempenhou a sua paternal fun-
«Atgunas de las acciones del nifio son solo sinto-
mas de una tendencia munguante; son restos fun-
cionales de un órgano que ha desempeiiado ya su
papel y que no tiene ya un valor vital. Assim
se expressa John Dewey im El nião y el pro-
grama escolar — Não é bem assim. Dewey te-
rá razão nos Estados Unidos em que a al-
ma, a convivência e o meio geográfico hão
uniformizado diversas raças, dando-lhes ca-
ractéres novos, Mas na velha Europa em
que cada pedra, cada grão de pó sente palpi-
tar, desde hã longos séculos, uma raça, uma
família de raças, o caso muda inteiramente
hã um orgão mi
ção; aqui há, e valha-nos isso, uma tendên-
cia coleetiva de melhoramento que espera,
embora através de gerações sem conto, opor-
tunidade para se transformar em realidade
viva!
Sente-se hoje uma inquietação medonha
eo homem não vê horizontes; tudo cheio
de trincheiras ou embaciado pelo fumo da
incerteza; nada de animador, nada que de-
marque um caminho aceitável…
Nestas tenebrosas condições, como enca-
minhar uma geração que queremos que nos
suceda e para a qual desejamos mais felici-
dade e mais fraternidade que disfruta-
mos?T… Os nossos passos são desordenados
e o nosso caminho escuro,.., os dessa pleia-
mos mergulharão no abismo se não os sal-
vamos, sacrificando as nossas comodidades,
a nossa vida até… a. Sa
Mas o homem ignora… Além de igno-
rar é corrente a sentença infamnante e con-
denatória: «quem cá ficar que se arranjes»
” Amêrão os filhos uns pais que apenas
lhes querem legar a cadeia e a policia? A
derrocada e u disparidade entre pais e fi-
lhos é cada vez mais manifesta e ninguém
quere descortinar o verdadeiro itinerário, o
caminho providencial! …A morte !
Mas não! O caminho é evidente. Nós é
que-estamos cegos. Môntados no jumento,
vames preguntar aos outros aflitivamente:
«viu paraai o meu burro?…
É também nêste sentido que se pronun-
cia a grande educadora italiana, Dr.* Mon-
tessori: «grandes desconhecimentos pesam
sôbre o nosso mundo de adultos: o homem
ignora-se a si mesmo e a criança pode reve-
lar-nos muitos segredos da nossa vida». |
Ora os segredos da nossa vida que a
criançarnos pode revelar é precisamente o
sentido vital da existência que ajudamos a
mascarar com o conyencionalismo teolátri-
cro que actualmente nos asfixia, O nosso
clamor será também uma censura lastimosa
+
x
= x
A escola é sempre um. centro de vida
que equaciona o passado com as possibilida-
des do futuro através da criança do pre-
sente. É certo que esta continuidade se toi-
na impossivel e renitente à nossa cómpreen-
(Continua na qu” página)
nguan- |
da que hoje ignora a realidade em que vive- |
pre das possibilida-
des dos concelhos cha-
mados da Serra, vai brevemente,
ca instâncias da Junta Provin-
cial, fazer-se um inquérito que
será confiado a um engenheiro
silvicultor do Ministério da Agri-
cultura.
Os trabalhos devem principiar
pelo concelho de Oleiros.
DAR ODE
Ro defêsa da Pequena Im-
prensa, a «Liga Regio-
nalista Portuguesa», estregouuma
extensa e bem fundamentada re-
bresentação ao ilustre Chefe do
Govêrno, sr. dr. Oliveira Salazar.
Subscrevea o presidente da ‘
Liga, sr. dr. Gilberto Marques,
que é ao mesmo tempo o director-
“terário do nosso presado cole-
ga «O Regionalista», de Mafra.
— Porque êsse documento traduz
uma grande aspiração de justiça,
damos-lhe o nosso incondicional
sea e estamos certos de que
– Exmº, o sr. dr. Oliveira Sala-
2ar, tomará na devida considera-
ção o que néle vem exposto, tam
certo é que a «Pequena Imprensax
desempenha um nobilissimo papel
na renovação social dos mossos
dias eéaforça propulsora do
progresso e trobaganda das
mmores cidades aos mais vecôn-
ditos povoados.
Faremos a sua transcrição no
próximo número.
mag
te» amanhã exibilo o filme
2 «Revolução de Maio»,
hino do trabalho nacional e dos
sentimentos humanos e patrioti-
cos do povo português. Constitui
um documentário valioso das
paisagens;e monumentos do país,
que maravilham pela beleza e
grandissidade. Néle tomam parte,
sómente, artistas portugueses. Te
remos ocasião e a rara oportuni-
dade de ouvir o batriótico e em-
polgante discurso de Salazar, em
Braga. Música lindíssima de Pes
dro de Ireitas Branco.
ARARAS
ELO decreto 27.537, de 23
de Fevereiro último, a
acidez do azeite para venda aa
público não pode ir além de 4
graus, sucedendo que há ainta
comerciantes que têm algumas
quantidades com acidez superior,
visto que até 30 de Novembro é
dermitida a venda com s graus,
Para evitar aborrecimentos é sum
Jiciente lotá-lo com azeite de aci-
dez inferior.
“Quem tiver grandes «stoks»,
que não bossa lotar de momento,
faça uma comunicação em dupli-
cado à Inspecção Geral das Ta-
dústrias e Comércio Agrívolas
em Lisboa, ás suas delegações ou
ás administrações do concelho, na
falta das delegações, na qual in-
dique o local e a quantidade que
tem, vretirandoo da venda en-
quanto não lotado.ão lotado.@@@ 1 @@@
E poi pá bas
Sop dos Pobres
Movimento do: Mês de Dezem-
bro
Sopa diaria a 45 indigentes,
– importou em 979815
Cotas recebidas de
= vários sócios
: Cotas da Câmara, de
Novembro e De-
zembro 5
Cotas da Administra-
338800
100800
ção do Concelho 50800
Cota para melhorar.
a sopa pelo Natal 100800
Ex Sr, Governador a
= Coil 200800
Ex. Sr. Padre Rama-
“lhosa – 50800
Anónimos “200800
Patrício de Tomar Co 0900
“GÊNEROS
5 fios de. azeite do .sr.
Manuel Antunes; -26 litros |.
do mesmo liquido, de anoni-
mo; 1j2 litro ce grão e1 cesto
de batatas, anónimo;
de arroz, «uma oitava de fei-
jãoc um cesto d> batatas,
Anónimo; Várias esmolinhaás
de enchidos e carne para
melhorar a sopa em dia de
— Natal, Ano Bom e Reis.
Graças a Nesso Senhor que
“os pobresinhos vão tendo
quem se lembre déles; em
nome de todos muito e mui-
agradecemos às almas gene-
rosas.
A DIRECÇÃO
O00aBBD0ODoLGGaDpDeDanHo DoGoDadDoDOo
Taxa Militar
Nos meses de Janeiro e Fe-
vereiro está a pagamento à
taxa militar, que nos termos
do respectivo regulamento,
se efectua nos seguintes lo-
cais:
1.º—Nas sedes dos Distri-
tos de Recrutamento e Re-
serva;
2º—Nos Comandos milita-
res em cuja sede não haja
‘D RR:
3. o
dos Cóncilhos da residência
do contribuinte, quando nê-
“les não haja D. R. R. ou Co-
mandos Militares;
Aqueles que não efectua-
rem voluntariamente o refe- |
rido pagamento nos meses,
acima indicados, poderão. ain-
da fazê-lo durante a mês de.
“Março, nos mesmos locais,
“mas o pagamento terá de ser
feito em dobro;
No mês de Abril serão ex-
traídas certidões de relaxe de
todos os contribuintes que
não tenham pagô e enviadas
ao Juiz das Execuções Fiscais
em cuja área residam, a-fim
“de serem instaurados os pro-
cessos executivos para o pa-
gamento coercivo.
António Tamagnini
RAIOS X
Telefone 0 TOMAR
PL CORRETOR DG)
NORBERTO, PEREIRACARDIM
SOLICITADOR ENCARTADO
“a UIT
Rua de Santa Justá, 95-2.º
TELEFONE 26607
LISBOA,
a
Sin
— Nas A dministriddes
ANUNCIO
(1.º publicação):
‘ Por êste se anuncia que no
dia 6 do próximo mês de Fe-
vereiro, por 12 horas, à por-
ta do Tribunal Judicial des-
ta comarca, se há-de proce-
der à arrematação em hasta
pública dos predios a seguir.
designados e pelo maior pre.
ço que fôr vferecido acima;
dos valores respectivamente
indicados.
PREDIOS
1º º- Uma terra de cultura,
deira, foreiro a João da Silva
Serdeira, de Milheiroz, em
três alqueires detrigo digo, em.
três quartas de trigo e uma |:
| | franga. Vai pela segunda vez
|-à- praça no valor de cento e
cincoenta escudos—150800 .
2º-—Uma propriedade te |
“terra de cultura; com olivei-
ras, arvores de fruto, um po-
so com engenho e casa de re-
sidência de altos « baixos, na |
Estrada, freguesia do Cas-
telo, foreira a 1D. Georgina de
azevêdo Bártolo e marido
Dr. Bernardo Ferreira de Ma-.
tos, residentes em Lisboa, em
cinco alqueires de trigo e um
frango. Vai pela segunda vez
à praça no valor de novecen-
tos escudos. — 900400.
Penhorados na execução
| por custas e selos, em que é
exequente à Ministério Pú-
blico e executado Manuel Lo-
pes, casado, proprietário, do
logar da Estrada, freguesia
do Castelo, como consta da
carta precatória vinda da co- |
marca de Vila Franca de Xira.
São por êste meio citados
quaisquer crédores incertos
para assistirém á arremata-
ção nêste anunciada,
Serta, 24 de Janeiro de 1938.
Verifiquei
o Juiz de Direito,
Lopes de Castro.
O chefe da 2.º secção, .
José Botelho da Silva Mourão
e09000000090 096960000000 c66G0g4200800 ê
Portugal & Irmão, Limitada
Por escritura de 12 de No-
vembro de 1937, lavrada nas
notas do notário dr. Joa-
qnim Henriques de Almeida, |
de Proença-a-Nova, foi dis-
solvida e dada por finda a so-
ciedads acima referida, com
sede na povoação e fregue-
sia de Sernaçhe do Bomjardim,
ficando todo o activo e pas-
sivo adjudicado ao ex-sóclo |’
Antônio Gonçalves de Car- |
valho Portugal e liquidadas
e saldadas todas as contas
sociais.
– Proença-a-Nova, 23 de De-.
zembro de 1931.
O ajudante do notario H. de
Almeida, . :
Antonio da Silva. Monga
“Este número foi visado a
-Gomissão de Censura
– e Castelo Branco
O 2
[FLAVIO DOS REIS EMOURA |
la pi :
‘ Fábrica
de Moagem,
‘ Madeiras — Depósito ‘em Sernache do Bomjrdim.
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Premiado com diploma. honroso
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e estrangeiro.
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i 9-20 » Sertã 0 1655.
pic PuIoA 200 Saida 17-36.
= se o » Sernache 17-56.
» Torres Novas 10-35 Saida 18-00.
o Tomar 11-20 » Ferreira do Zezere 18- -55..
» Ferreira do Zezere 11-00 , oia ada, E ao
-» | Sernache 13.00] – » Torres Novas 20-25 ,
» Sertã 13-20 » Pernes 21-00…
: » Santarem 21-40.
Saida o » Cartaxo 22-10…
» — Cesteiro 15-05 » Vila Franca 23-10
>» Oleiros 15-15 » Lisboa TeiGes
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COMARCA DA SERTA”
Apresentação da
Tuna do S.F. Clube
e récita a
No passado “domingo fez a
– sua- solene – apresentação, no
Teatro Tasso, a Tuna da no-‘
tável: agremiação «que é o:
Sertanense Futebol Clube.
A inauguração do novo nú-,
cleo musical da Sertã, iné-
dito nô meio, era esperada
ansiosamente pelo público, õ
que se demúnstrou com a
rápida venda dos bilhetes do
espectáculo, atunciado dias
antes. O póvo, sertaginen-| 8
se, . que dedica uma espe-
cial afeição à tudo o que re-
pr enta progresso para a sua
terra, secundou com carinho
e entusiasmo à iniciativa do
jovem Clube, que já tem ho
sei activo uma obra de vul-
toide largo alcance social. ‘
“Conseguir em quatro me-
ses a preparação de 19 exe-
cutantes, muitos -dos’ quais”
não conheciam uma nota de!
música, revela:um tenacissi-.
mo esforço, uma grande von-
tade de triunfar, a compe-
tência invulgar do maestro
sr. António Teixeira, para
quem a “arte de Mozart é o
pensamento supremo, e a in-
dubitável apiidão dos rapa-
zes que, compenetrados de
quanto pode um- esforço bem)
orientado, procuram instruir-.
se, tornando-se Uteis asi e à
terra que os viu nascer,
A Direcção do Sertanense
que teve a iniciativa da or-|’
ganização da Tuna é merece-
dora dos maiores elogiôs e |
pode gabar-se de que reali-
zou uma obra de so valor
– educativo e moral, i
Conseguir que muitos: dos
seus sócios se dediquem à
música nas horas de ócio,
tecreando-lhes o espirito e
despertando néles o entúsias
mo por arte tam bela, denota
um critério superior, uma.
acção verdadeiramente louvá-
vel, dos mais salutares efeitos.
geniais E
i É
4 E E
a – A 5 é E je Ro
e SE e
= Ó cedo começou pou-
co depois das 21 horas. Casa
ocupa o palcoem semi-circu-
lo, tendo ao centro o maestro |
sr. Teixeira. A’ esquerda osr.
“José Serra, sócio do Serta-
nense, ostenta o estandarte
preto e branco da colectivi-.
dade. Aparece no proscénio
o sr. dr. Angelo Vidigal, que
faz a apresentação da. Tuna;
salientando o valor que ela
dá a nossa terra e o papel
de extraordinária importân-.
cia que.poderã a vir desem-
penhar;. tem palavras de elo-
gio para o maestro sr, Tii-
xeira, cuja competência. e mé-.
todo de preparação e organi-
zação estão ali postos à pro-
va;louva o presidente da Di-
recção. sr, Casimiro , “Farinha, À
pela iniciativa feliz que teve
e que tam. rápidamente, tóo-
mou alma, ascendendo a pra-|
porções gigantescas. Dirige-
se aos executantes, , louvando.
também.o seu esforço e boa-
vontade, -incitando-os a pros-
seguir, sem desfalecimento;,
na obra-em-que se lançaram.
Estruge uma salva de pal-
mas; sublinhando as paus
do sr. dr.: Angelo. Vidigal.
Logo após, a- Tuna-inicia o.
concêrto que começa pelo
«Hino, Sertanense», seguin-
do-se “«Tuno» (passo dobra-
do), «Crises» (ouverture) e
«Entre duas ribeiras», mú-
sica áàdaptada à poesia de
que é autora a inteligente |
professora primária da Sertã,
sr D. Virgina Baptista Manso.
Tôdas as músicas são compo-
sição do maestro sr. Teixeira,
ea sua execução é primoro-
sa. Ao cessar cada um dós
números, O público vitoria a
Tuna, . ouvindo-se fortes e
prolongadas salvas de pal-
| letividade, o filme, Sonoro «Revolução de’
PROENÇA – -A- NOVA, ias o Dodo
“dia 2, tomou posse de Presidente da. Câmara
“Municipal dêste concelho, o sr. Alfredo Lo-
pes Tavares.
“À posse foi dada Di sr, Luiz da Silva
Reis, que representava o sr. Governador
Civil, e que num. brilhante discurso focou
as qualidades do empossado.
“+ Ao acto assistiram as pessõas, mais cate-
gotizadas do nosso meio. :
“No mesmo dia tomaram possé Os veréas
ori que fazem parte da, Câmara Munici-‘
Mantel Ferréirá Cardoso de Matos.
pal: eque são os srs Luiz da Silva Reisie |:
“* Grémio Recrectivo Proencense
Em assembleia realizada hoje paraí eleiçã
dos corpos gerentes desta coleetivi
ram eleitôs os seguintes ad ASSEM-
BLEIA GERAL — Presidente: “ Atúrcio:
Gil Castanheira; Secretários: att Fernan-.
“des e José Yernandes Caseiro; Substitutos:
Manuel Lopes Farinha, “Carlos Fernandes,
Mânuel Tavares, DIRECÇÃO | — Presidente:
“Adelinô da Silva Cavalheiro, Secretário:
Assis Lopes, Tesoureiro: Aleixo Lagos Lou-
renzo, Substitutos: Francisco Fernandes da
Silva, José Farinha, – Bernardino Pereira
Marques, CONSELHO FISCAL — Presiden–
te: Carlos Sequeira; Relator: Joaquim : Pas
rinha; Secretário: Manuel da Silva.
« — No. próximo dia .29 deve ser apresen-
tado aó público, no «Salão Teatro» desta’co-
Maio», considerado um dos melhores filmes
po none es
ES =S>a
Crime de. Infanticidio Es
e “MADEIRA; 17 — 4 requisição das au-
toridade Judiciais de Figueiró dos Vinhos,
k
=| sado e x ‘o enlace
rinda Barros Mendes, .
“(NOTIGIARIO Geo Nossos SORRESPO, ISDENTES)
jo, ter ds à luz ná margem direita do rio
Zêzere, próximo de Pedrógão Grande, uma
criança do sexo masculino, que consta es-
trangulou e abandonou no meio de uma sil-
veira , seguindo para aqui no mesmo dia.
o cadaver consta que foi encontrado pe-
lo sr. dr. Marques, Sub-Delegado de Saúde
em Pedrógão quando. andava. à caça. :
O regedor, em face dos: boatos do povo,
que notou. que a criminosa . tinha praticadó
um crime; já tinha participado ao sr. Admi-
nistrador ide êste concelho a ocorrência.
“A presa seguiu para Oleiros, de onde. se-
| guirá para Figueiró dos Vinhos 6,
“ecos
B al 15 a Realizou-: -se no pas-
matrimonial da sr.” D.
Maria Ilda” Mendes Lopes com o sr. Augusto
Mendes, |
Serviram de padrinhos « os srs. Revs. Có-
nego Bemjamim da Silva e D. Maria Alde-
por parte do noivo,
e da noiva seus pais, sr.” D. Cacilda Mendes
Lopes eo sr. João Lopes.
A noiva é filha do Regedor desta fregue-
sia, sendo o acto civil realizade em casa dêste,
e o acto religioso que se efectuou logo após
‘O civil, na Igreja, Matriz, do qual foi cele-
brante o actual Pároco Rev. Conego Joaquim
Mendes. Conduzia as alianças a menina Ma-
ria Álice Santos Lopes, prima da noiva.
-— Em “seguida às cerimónias foi servido
um lauto almoço em casa dos pais da nviva,
trocando-se vários brindes elevando as no-
bres qualidades dos noivos:
– Por último falou o noivo que a todos
deixou comovidos pela maneira simples,
“mas sincera como se. exprimiu ao agradecer
as pre que lhe, tinham dirigido e a sua
esposa. :
| do espectáculo.
à cunha. Sobe o pano. À tuna | | O
guesiá, Pa mira,
“Dos labios de muitos. Saem
perado produzido pelo novo.
agrupamento artístico, a sua
apresentação ea sua coímpos-
tura. Osquatro’ números to-
cados constituem a 1.º parte
E
EA É
Segue- sea 2º parte, nreen-
chida pela representação da.
bela: comédia em 3 actos,
«Adeus Mocidadel…»ensaiada
pelo sr. dr. Angelo Vidigal,
* A acção passá-se na capi-
tal. No quarto modesto de
uma. pensão desenrola-se a
vida boémia dos estudantes
da Universidade, fortemente.
vincada por amores, entre.
sentimentais e pieyas, com a:
filha da dona da pensão, sem-
pre complacente. Aparecem
outros companheiros, um
para quem as conquistas de
mulheressãoa eterna ilusão,
outro preso a: amores fáceis:
pândega, estúrdia. e greves
académicas são a causa, umas.
vezes de boa camaradagem
e outras de grandes dissen-
sões. Por fim vem a conclu-
! são dos cursos, a saiidosa re-,
cordação dos anos passados,
as conquistas efémeras e a
interrogacão da vida futura;
lepois cada qual parte para
faz, vincar. fortemente a vida
| do estudante. Joaquim. Fer-
eira; Monteiro,: no. «Mário»,
esteve á altara da seu papel.
sóube personificâ-lo e encar-
nà-lo, desempenhando-se opti-
mamente, Clara Marques de
Oliveira, em, «Josefina», mais
uma vez pôs á prova os seus
grandes stecursos de come-
diante e soube ser uma «apai-
xonada ciumenta», compene-
trando-se bem do papel a
lhe foi confiado.
José Ventura, Anunciação
Ei Zulmira Santos, Ma-
ria José Ladeiras, Manuel |
“Antônio dos Santos, Antero
do.:V, Santos, Sertório- Rodri-
mas,
gues e Crispim Casimiro, de-
foi hoje capturada, pelo Regedo::
Antunes: Farinha,
natural desta freguesia e aqui residente, por.
há cerca ;de: 20. dias, quando regressava da |.
apanha da azeitona, dos campos, do Ribate-
exclamações ante o êxito ines-
Comarca da Sertã» — Sertã.
| «A Comatica da Sertã» são postas á pro-
-telectuais do: correspondente da «Gazeta
“das Serras» aqui. Como argumentação
| tom, mas as tormas ida boa educação,
o respeito por êste periódico e seus lei-
a sua aldeia. Tôda a comédia |
“assina! as
“desta fre-
solteira,
Os noivos
| Angola.
sempenharam os eus
com agrado geral.
Serviu de ponto o sr, Ri-
cardo Reis,
O público ficou agradavel-
mente impressionado com a
representação, sendo os ama”!
dares muito ovacionados-ho-
fim de cada acto.
“A receita, destinada à Tuna,-
certo “é sabido como é que pú-.
blico da Sertã dá sempreo ca-
vaquinho pelos espectáculos
de amadores.
“280000000 pastos pac 000000000 cbavactoso
Exmo Snr. Director de «A-
Ao abrigo da Lei da im-
prensa, venho solicitar de
V. Ex3, a publicação, no seu
jornal, .do seguinte: ;
Nos n.º 70 e 72 do Ra
va e anulizadas: pelo-seu corresponden-
te no Pêso, as qualidades morais e in-
desceu ao sórdido e suez insulto, mos-
trando assini a sua portentosa ciência.
psico psiquiatra,
Poderiamos. responder-lhe no mesmo
tores e o decôro da boa imprens1 disso
nós impede; ném tão pouco. queremos
cair naquele peraç. lodaçal, para
nosso brio,
“ Ebom saber-se que: o pieto submi =
so, talvel cansado de tiranização, suce-
-dâueo de-maus instintos, revoltou- -se; a
Providência scrviu-se dêsse instrumen- |
tos para o desirmanar dos outros, vin-
Cando-lhe, numa perna a tara que: o:
cabendo aqui os dizeres do.
povo: «Deus que te assinalou algum
defeito-te achou» ‘e ainda esta: «Para
um cocho um careca»,
“Com o seu poder psiquimétrico, ver-
balmente, pôs em dúvida a-minha auto-‘
ria das correspondências insertas neste
quinzenário, medindo assim o intelecto
dos outros pelo dêle,
Depreende-se da aludida prosa, que
nós somos uma fantástica fera, preten-
dendo com «suas» garras esgatanhar o |
Pêso. Aleivosamente diz que pretendi
ferir o bom povo do Pêso; esta insinua-
ção faz parte da série de incongruên-
cias que pretende estabelecer,
Para que fariamos se temos no Pê-
so pessoas consideradas no número – dos
nossos amigos e do resto dos seus habi-
-zõe: apresentadas pelo vogal
sairam em viagem de núpcias
e brevemente vão fixar a sua residência em
“Oxalá sejam sempre muito felizes são
os nossos sinceros votos.
H o mn OL nas
“fpara isso, como poderá verificar-se das
* júossas. insertas nos n.º 48 e 57 de
25-6 e 10-11 p. passado, Pela leitura
destas se. verificara da falsidade da
acusação,
Com que poderosa lente descobriria
eem que sítio, no que escrevemos, a
pulga arteirosa que tanto comichão lhe
deu e assim deturpa e adultera o que
lhe: apraz, desencadeando sobre nós
uma formidavel hecatombe de impro-
“périos?.:
como. dissemos,. foi muito boa, |..
Com: referência á. «importantissima»
estrada Besteiros-Santa Maria Madale-
na, diremos: Na sesão da Comissão
– Administrativá de 20-9 p. passado foi,
pelo presidente, proposto e deliberado
se procede se ao estu lo da referida es-
tráda, correndo tôdas as despesas, a fa-
zer com tal, por conta do municipio,
deliberação exarada na acta do mesmo
dia, informe: verbais dum membro da
mesma Comissão Administrativa,
No dia 29-11 p. passado, na reii-
bião do Conselho Municipal, foi pelo
sr. presidente apresentada aos vogais
do mesmo, à citada deliberação, com a
qual não concordou a maioria, visto o
concelho ter nece-sidades de maior, ra-
st, Joa-
quim Aparício da Silva, citando como
uma das mais necessitadas a região da
Moita. .
Então o apa. hoje mui digno pre-
sidente da actual €, A., declarou tam-
“bém, não achar tal estrada de bastante
trânsito nem . dé extrema ne essidade,
corroborando assim o que aqui disse-
mos; «primeiro a sede do concelho, de-
pois o mais necessario e no fim de tudo
o supérthuo»..
Foi só então – que or: scidetio SE
Antonio: Tavares, redin pelo menos, o
apoio moral da Câmara e que êle cns-
tearia as desp. sas com aquele estudo,
t-mas-só então; até aí não o tinha feito
êste pedido é post-rior ao que foi pu-
‘blicado na «Gazeta» sôbre tal assunto.
Diz mais: «Que só para a sede do
concelho volvo a minha atenção, . Tam-
bem é falha esta aserção, Veja-se «Ga-
zeta» n.º 51 e outras,
– Tenho efectivamente dado a prima-
l’zia. à: sede. do concelho, porque ela
assim o precisa, não deixando porém
de dizer dis necessidades de algumas
povoações, não me cabendo duma só
vez mencionar tôdas, Estou, por con e-
quência dentro da lógica.
sua arrogante basófia que o herá-
rio municipal em nada tinha contribui-
do para o progresso do Pêso, responde-
remos: Ao tomar posse do lugar de
presidente da actual C. A. o homem
que tem sido a alma mater do Pêso,
caracter integro, espírito elevado e
consiliador que Vila de Rei hoje aca-
tinha, públicamente verberou e repu-
diou, essa também falsa – asserção do
correspondente da «Comarca», por-
“tantes, individualmente, temos recebido
‘provas de estima ? Nem colectivamente
o poderiamos fazer, por faltarem razões
quanto o Pêso tinha recebido moneti-
ria e moralmente o: auxilio. dos municí-
pios a que o mesmo alude,
(Continuação)
Estrada 54-2.
Há estudos :ntigos que hoje não
teriam viabilidade, ‘
Tulvez compreendendo isso a cã-
mara de Vila de Rei e outras, fizeram
a representação que o correspondente
da «Comarca» classifica.de cabala,
Como diz, era tão justo o critério do
então presidente da Jumta Auióioma
das Estradas, que por causa das dissen-
ções entre as partes interessadas, deli-
besou pôr pedr’ no assunto lavrando o
seg imio qesp.ciio: «Suspenso todo o
estudo até as partes interessadas che-
garam a acórdo-.
Nada mais dir:i, porque as palavras
proferidas Ren 1 assunto pelo Ex-
celentissimo I’residente da Comissão
aci no acto da sua pos é
me dão motivo se sobra para O meu +i-
lencio.
Lanço pois, o cartel de desafio ao
correspondente da «Comarca» no Pêso,
se é capaz de pôr em dúvida e verac/-
dade dêstes factos e afirmações.
Quanto «o seu poder psiquiatra que
“de la me vê e dã como «produto dege-
nerado», tera quê responder-me con-
crectamente, sem evasivas nem
mas, porque é que eusou «mentiroso,
incorrecto, incensato, virulento, e, em
face de relatório médico-legal provar
que sou demente é mentecapto:
Você dá-me conio doido e o doido é
um irresponsavel é, pois, dentro da
irresponsabilidade que você me con-
fere que eu poderei liquidar êste caso
como me aprover,
* oo %
Na «Comarca» n.º 72, de 1 do cor-
rente — «de algures e de palanque» —
apareceu mai: um, a quem levem nie
vamos responder ;
Principia por nos dar foros de cava-
leiro andante sem escudeiro, mas eu
vou «ulgures» arranjar um Sancho
Pança E assim, fica daqui o po
e daí o… escudeiro,
Já viu alguma vez o D. Quixote na
montra de alguma livraria? Querendo
saborear. a prosa de Cervantes, diga,
Talvez aqui se arranije.
Mostra tambémfque é muito «miu-
dinho», pois para nos ver teve de al-
candorar-se,
No itenerário que fabricou pe
às aranhas; melhor lhe seria sair donde
quedou–” noscurrais” “vir aos!’Couços”
à Palhota e à Portela, de là virar para
«algures», de cançando na «Relva» ou
no “Fundo das Lameiras”.
Argumentar .ó o fiz com “bur-
| rices”, “purreirices”, etc., mete música
desafinada e ronca.
De espectador passa a actor e com-
plta o terceto, que sem músici não
cha fúnebre de “Chopin”, Tem um so-
Realmente é preciso ser-se fenóme-.
no para se não perder a paciencia com
tais “f-nómenos”, la i isso é.
boa-fé que os hã aqui, temos rece-
bido destes todo.o incentivo, e apoio
moral porque repudiam a torpeza de
certos processos e de certa linguagem,
Conselhos só os aceitamos de quem
tenha competencia para no-los dar, O
seu, nem de graça o queremos, 1
que a-pesar-de termos pouca aptidão
para correspondencias, vomo «iz, e ou-
tros nos alcunharem de escrevedor e
escrevinhador. tem-se dado um facto
que o deve admirar: O jornal onde di-
zem isso tem £ ito trinscrições nossas,
Quanto à indústria que nos indica,
falta-nos ferramenta apropriada, Tal-
vez o espectador lá do “palanque” nos
descubra um n irigão bem curvo para
servir de modelo á dita; neste entretem-
ladrarem-nos ás canelas, vamos cuidar
do antídoto contra a sua peçonhenta e
viscosa baba, no caso de sermos atingi-
dos. :
E o espectador-actor faça sextas é
terças e… (aude:, se quiser; s2 não
quizer, faça-nos um mapa geoptafico
da região que percorreu, indicando-nos
nele, com vis bilidade,
tão do “Porto”, projecto de grande al-
cance económico, para quem dele se
utilizar. E como o trânsito ali deve ser
“fenomenal”, terá que recorrer-se à ter»
ceira verba orçamental e segunda via
-epistolar, para aquisição de sinalizado»
res automaticos, evit ndo-se assim os
atropelos… ás leis de equidade,
E os povos da Louzã, Ribeiros,
as ribeiras,
“Talvez não sucedu
a actual Comissão Administrativa, den-
“tro das suas possibilidades, saberá aten-
der à justiça dev da a este: povos.
E o espectador, em querendo, d’ga-
nos mais cois’is; apreciamos muito a
“ua “fenomenal” erudição,
Ao correspondente do Peso, ceseja-
ta nos responder ao que o emprazamos,
que ainda não começamos o noso «ta-
que, e sóo faremos oportunamente, se
a isso nos forçarem. :
Agradecendo a V. Ex.? à publica-
| ção desta, subscrevo-me com tôda a
consideração
De V. Ex Atº Ven. e Obg.
“Vila de Rei, 17-1-1958,
João Baptista dos Santos
(Segue-se o reconhecimento. da
assinatura)
‘sofis- *
tem graça. esta-lhe a propósito a mar- .
lo ide pratos tão lindos a imitar a cami- .
painha ! E
É ensaiar, é ensaiar, com al baru- E
lho a Milriça não desaba nem treme,
Com referencias ás famílias distin- –
“tas e cavalheiros equilibrados e de
por- .
po, como andam por .í uns rafeiros a +
o sítio do pon-:
Agua Formosa e outros a quem as:
cheias levara os pontões que lhes da- –
vam acesso a sede da freguesia, que.
façam exercicios de decido *altando o
isso porque
mos o seu pronto resfabelecimento, pa- .
A um é outro devemos -informaí de :maí de :@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTA’
alia, da Doi
Prosa
Exame
Golheita da azeitona
(Continuação do n.º 74)
No último dia da colheita, os pro-
prictários dão vinho e passas e
pagam ao tocador para o rancho
dançar á noite.
Em Louriçal do Campo, os se-
nhorios dão filhos no ultimo dia
“da colheita da azeitona e permi-
tem que até ao dia de São Mi-
guel (29 de Setembro) os pobres
“apanhem a azeitona que cai (o
restelo),
Em Sarzedas há emigrações
de aseitoneiros pára o Ribatejo e
Alentejo.
Devoção com Santo
antônio
Santo António é o brotector
dos gados e o achador de coisas
peraidas.
Em Oleiros, pastores e lavra-
| dores responsam-lhe seus reba-
»nhos para que os não ataquem
as féras e pestes ou malinas.
Não hu memória de os lobos
terem comido um animal respon-
sado.
Se um lobo ataca, com a boca
fechada, um rebanho confiado à
“guarda de Santo António, não
conseguirá abri-la; se entrar no
rebanho com a boca aberta não
conseguirá fechá-la.
Se o gado se tresmalha, re-
gressard, mais tarde ow mais ce-
do, ao redil sem que o lobo lhe
faça mal.
Cosfumes Diversos
No último dia de Abril, em al-
gumas povoações do concelho de
Oleiros, os lavradores e pastores
enfeitam as portas dos currais
com flóres e especialmente com
gtestas. Em 1 de Maio todos os
pastores pretendem ser os primei-
“ros a tirarem, para as bastagens,
os seus gados porque o último
que sair ficará com o maio no c,
No dia 3 de Maio (Santa Cruz)
“pelo contrário, todos querem ser
os últimos porque, os que brimei-
ro sairem, serão perseguidos pe-
las jeras.
Fla pastores que, para serem
os últimos, tiram pela noite os
chocalhos ús cabras e vão para
o campo a tocá-los, éles conven-
cendo assim os demais pastores
à deitarem os seus rebanhos fóra.
“Assim os déstes são os primeiros
e os dos demais os últimos.
Para que os seus gados não
sejam atacados de doenças tam-
bém os pastores costumam colo-
car à porta do curral, em forma
de arco, uma silva-macha,
No dia de Santo António os
proprietários de rebanhos distri-
buem o leite pelos pobres e dão
aos pastores merenda bem avia-
da acrescida de um queijo dos
maiores.
JAIME LOPES DIAS
088009000060 DOSDaGgoDADao DOG0HULDaDOO
Pedido de casamento
Pela sr.? D. Maria Zulmira
-do Amaral Frazão de Vas-
concelos, foi pedida em ca-
samento, para seu filho,
sr. Gonçalo Frazão de Vas-
concelos, a sr? D. Raquel
Otilia de Almeida e Silva,
gentil filha do sr. José da
Silva Cardoso dos Reis, já fa-
lecido, e da sr,2 D. Maria da
Conceição de Almeida e Silva,
da quinta do Vilarejo, fre.
guesia, da Madeira.
ARDOR HOR DADA ROO ADORO
Postos telefônicos públicos
Foi aberto à exploráção o
posto telefônico público da
Sobreira Formosa, desempe-
nhando horário prolongado
=«3 às 24 horas,
%
O ESPIRITO. DA
RAÇA
(Continuação da 1.º Página)
são em virtude duma dualidade de fenôme-
nos — objectivos e subjectivos, seja, sociais e |
psiquicos (!)
Parece, portanto, que se torna impos-
sivel essa ressurreição… Mas como a crian-
ça vive do sentimento, e com certas razões
visto que o sentimento precede, completa e
continua a razão, a tarefa simplifica-se.
Através duma série de associações evocati-
vas a criança descobre em:si própria fórças
que a diferenciam de seus pais pondo-a
para além déles!: Nessas assoçiacões distin-
gue-se um processo saliente que marca pelos
seus resultados a-pesar-de despresado nas
nossas escolas: — é a acção evocadora da uii-
sica. O bisonho dos nossos avôs,’os seus
instintos, a sua perspicácia, a tenacidade das
suas poderosas faculdades, as suas qualida-
des de trabalho, tudo a música, música apro-
priada, desperta, rebuscando no inconscien-
te — armazém de reserva da Raça! — os mi-
nimos vestígios duma vida que a artificiali-
dade matou sem consideração pelo futuro,
sem remorsos da sua acção assassina…
Mas, ao passo que a vida escolar se tor-
na potente projector de luz sóbre a humani-.
dade histórico-geográfica do passado, tanto
mais definidos se apresentam na criança
caracteres étnicos precisos que individúam e
personalizam, ao envés da escola de hoje que
uniformiza, mecaniza…
A acção da música sob qualquer dos
seus processos de execução — canto, piano,
guitarra, grafonola, telefonia, etc., etc. — é
tão radical e tão evidente que todos os dias
deparamos com individuos quási escorraça-
dos da escola que não acompanham os seus
colegas por se dedicarem, sob qualquer for-
ma, à música… Esses alunos parecen nu-
lidades; algo os afasta dos seus contempo-
râneos.
Uma outra faceta do problema —o ci-
nema com asua música e as suas recons-
tituições do passado — vem ainda em nosso
auxílio. O professor nem sempre, ou me-
lhor, quási nunca lhe dã o devido valor e
poucas vezes interpreta a sua acção às di-
reitas… Os rapazitos que vão aos domin-
gos ao cinema veem cá para fora contar o
que lá viram. Foi principal estimulante
das suas faculdades a música. Mas se as
crianças nem sempre tiram resultados be-
néficos daquilo que lhes foi despertado na
alma eminentemente emotiva pelo cinema
ou pela música instrumental que em casa
executam, isso deve-se, não ao malefício da
música em si, mas sim e forçosamente à fal-
ta de método ou a inapropriação, quer da
música isolada, quer do cinema.
Quanto aos alunos que se afastam dós
seus contemporâneos — todos temos visto
dêsses exemplos — seguem os trâmites natu-
rais dô seu cu e o professor que ignorava a
acção que individuou os seus discipulos é o
responsável pelo marasmo em que afundou
ignobilmente êsses individuos, despersona-
lizando-os… E êste um dos próblemas
mais espinhosos do educador porque pode
ser o responsável, tanto da sua, ignorância,
como das vitimas que involuntáriamente
causou,.. |
queo professor, desconhecendo a acção
que infunde diversidade ao seu discípulo,
diagnostica quási sempre com repressões,
imposições ou substituições influenciais de
molde a rechaçar, no inconsciente, as possibi-
lidades da criança. E assim se criam ma-
niacos, imbecis, indiferentes, tôda uma sé-
rie de tarados que avassalam mais tarde a
sociedade,
00200 ossec c sos 0.00: 0a 0a. UOL nn 00 : 0 0 06.6 +
Além da revelação dos caractêres dissi-
mulados no negrume, às vezes secular, do
inconsciente, a música, depois de identificar
o individuo consigo mesmo, dispõe a Pessoa
Humana numa ambiência de paz e de amor
para largos empreendimentós… Então sur»
gem novas possibilidades de realização e de
liberdade I
‘* Montessori retrata assim esta ideia:
— «On comprend donc comment, dans un
état de concentration et de paix, peut surgir la li-
beration des énergies réprimées.
Tl arrive toutefois quelque chose de plus que ces
resultais logiquement compréhensibles: c’est la vé-
vélation de caractéres cachés, de possibilitées encore
imconnues; Câme souvre pour nous découvrir ses
secrets»,
x =:
Quando se tratar de formar no aluno
da escola primária uma Pessoa Humana te-
mos que nos servir da música como proces-
so básico da nossa acção. Porém, como pro-
cesso básico nós não entendemos acção ex-
clusiva. que, sobretudo na escola primária,
um processo ou uma disciplina isolados de
nada aproveitam. Se a música se limitar a
ser música apenas, isto é, se o professor não
procurar associações que completem as ima-
gens imprecisas da música, o aluno quedar-
se-hã num sêr incompleto, ficará trunca-
do… Todo o ensino tem que ser sistema-
tizado, completo, perfeito, simples eo mes-
tre deve limitar-se a encaminhar a turiosi-
dade necessária da criança para que ela atin-
ja o possivel das suas próprias faculdades!
25 — VII — 937 se
FRANCISCO DE MATOS GOMES
(1) Duas fôrças açtuam sôbre a formação do carac-.
ter. Uma provem de associações formadas durante a nossa
infância — complexos—sempre prontas, a exteriorizar-se e a
reger a nossa emotividade; são as psiquicas ou subjecti-
vas. Outras provêem da acção exercida sôbre a nossa li-
berdade pelos pais, professores ou tutores e moldam nos,
– de fora, tornando-nos aquilo que êles querem; são as fôrças
sociais ou objectivas, — Tanto umas como outras são filhas
duma educação defeituosa e definham as qualidades inatas
do individuo.
QUEDA
No dia 25, à tarde, encon-
trava-se o sr. Fraricisco Al-
ves Carronda, sogro do sr.
NECROLOGIA
Faleceu na Ermida, em 10
do corrente, o nosco assinan-
Marco Postal
Exmo Sr. Jose Martins Se-
queira — Lobito — Em 12 do
corrente recebemos 20%00; ten-
Alcino Martins Barata,
tal da casa onde reside; apro-
ximando-se inadvyertidamen-
te da borda de um botareu,
caiu para o imediato, fractu-
rando uma perna.
DOODBODDGDAD DORDDDDONDAC DGBDocnDaDDO .
Julgamentos em
Tribunal Colectivo
ila a sr? Rosa da Conceição,
Começaram no passado dia.
24 e terminam hoje os julga-
mentos em Tribunal Colecti-:
vo, desta comarca, sob a pre-
sidência do sr. dr, Custódio
Lopes de Castro, tendo como
adjuntos os srs. drs. Manuel,
Pinheiro da Costa e Herma-
no Temudo Machado, respec-
tivamente Juizes da Sertã,
Tomar e Figueiró dos Vinhos.
No próximo número apre-
sentaremos o resultado dos
julgamentos.
Bispo de Portalegre
Esteve na Sertã, de visita ao
Arciprestado, S. Rev”: o Bisbo
de Portalegre, Senhor D. Do-
mingos Maria Frutuoso.
co-
i É ta vila, no quin- EE
merciante, desta vila, no q | ro, filho dos srs. Manoel Mar-
te sr. Antônio Martins, co-
merciante, de 31 anós, soltei-
tins e Joaquina Farinha, cuja
| morte foi muito sentida, por
| ser muito considerado e esti-
mado.
À seus pais enviamos o nos-
so cartão de pêsames,
Re % u
“Faleceu no dia 19, nesta vi-
viuva, de 75 anos, mãi dos
srs. Armando dos Santos
Campino, dos Casais (Coim-
bra), Eduardo dos Santos
Câmpino e Emilia de Jesus
Campino, de Lisboa, Antonio
e Isaías dos Santós Campino
e sogra do sr. José Francisco
Ladeiras.
O funeral realizou-se no
dia seguinte com grande
acompanhamento, em que se
incorporou a Filarmonica lo-
cal,
À familia enlutada, espe-
cialmente aos nossos assi-
-nantes srs. Armando e Isaias
dos Santos Câmpino, apresen-,
tamos os nossos: pêsames.
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do, porém, a expedição do
jornal sido suspensa por fal-
ta de pagamento e como ago-
ra não é permitida a remes-
sa, para fora do continente,
a todos aqueles ‘que tenham
em débito mais de 20 núme-.
ros, sô poderemos continuar
a enviar-lho quando satisfi-
zer o pagamento integral de.
54800, visto ter sido remetido
até ao n.º 54,
depois disso, a suspensão den-
tro de prazo curto, cónvem
que o pagamento seja supe.
rior a 34800. Damos-lhe esta
informação para seu govêrno
e creia que bem nos custa
que muitos dos nossos assi-
nantes do Ultramar ou do
Estrangeiro não compreen-
dam o nosso sacrifício, e o
empenho que temos em ser-
lhes prestáveis.
No dia. 20, faleceu na Ribei-
ra da Ferreira asr? Joana
da Conceição, de 64 anos;
deixa viuvo o: sr. António
Nunes Calvário. e era sogra
do sr. Antonio Pires, distri-
buidor rural, desta vila, a
‘quem, apresentamos “as nos-
sas condolências, .
Para evitar,.
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Estiveram na Sertã: a sr.º D.
Maria Eugénia de Mendonça
Davic, de Alvaro; o sr. Jaime
Drago Salter C. Leão Cabreira,
Exma esposa e cunhados, D. Ma-
ria Luiza E. Pinto de Albu-
querque e João Miguel Pinto de
Albuquerque, de Lisbao.
wu Zez anos: em 27, a sr. D.
Judite Vidigal Marinha, de Pe
drógão Pequeno.
Parabens
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GREMIO SERTAGINENSE
Gomemoração da 50.º aniversario da
sua fundação
À Direcção do Grémio Ser-
taginense, para comemorar à
passagem das «Bodas de
Ouro» da importante casa de
recreio, ofereceu aos sócios e
suas familias, na noite de 3.%
-feira, um grandioso baile,
que esteve extraordinária-
mente concorrido e animado,
dançando-se atê às 7 horas
do dia seguinte.
Foram oferecidas três ceias,
explendidamente confeccio-
nadas por um grupo de se-
nhoras da Sertã. O belo sa-
lão regorgitou de convidados,
muitos de terras visinhas e
amigas e outros vindos das
mais afastadas, reinando sem-
pre, entre a assistência, a mais
franca alegria e o maior en-
tusiasmo. As senhoras des-
lumbravam com a opulência
das suas toiletes.
As damas da Sertã, que
compunham a comissão, fo-
ram de uma cativante fidal-
guia e amabilidades para to-
dos e mereceram os maiores
elogios e agradecimentos dos
convidados pela distinção com
que os receberam e pelo acen-
tuado bom gosto que presi-
diu aos serviços. e
“Durante odiaa Direcção re-
cebeu felicitações de muitos só-
cios pelo aniversário do Grémio
eo director da Filarmônica
União Sertaginense, acompa- .
nhada desta, foi ali apresen-
tar os seus cumprimentos. .
A Direcção envióu, no mes-
mo dia, ao sr. Alberto Eu-
génio de Carvalho Leitão, re-
sidente em Lisboa, tinico so-
brevivente da Comissão Ins-
taladora, de que foi ilustre
secretário, o seguinte tele-
grama: «O Grémio Sertagi-
| nense comemorando ó seu
quinquagéssimo aniversário
e evocando a vincada acção
de V. Ex.? como fundador
desta prestimosa Associação
saúda V. Ex.º e protesta
a sua mais alta considera-
ção», ,
O baile foi abrilhantado
pela tuna S.F. Clube.
DOC0000908gAngaDaanaaDo Ds DnavagadoNoa
Recensgamento Militar
Todos os individuos que
até 31 de Dezembro findo
tiverem completado 19 anos
de: idade, têm obrigação de
fazer a sua participação às
“câmaras municipais dos cone
celhos a que pertencerem, de
que chegaram à idade de ser
insçritos no recenseamento
militar.
Ê Í Pod
GD000ÓD0o DOBRO aDao dBaDoa Doo sobunanes
Cobrança de assinaturas
Estando esta Administra-
ção a proceder à cobrança de
assinaturas nã àrea de Lis-
boa, roga-sera todos .os nossa
nos presados assinantes o fas
| vor de nos dispensarem o me:
lhor acolhimento, pois de con-
trário causa-nos prejuizos
elevados. ‘.
A todos os nossos assis
| nantes que vivem em locali-
| dades para onde não é possi-
vel enviar recibos pelo cór=
reio, agradecemos que pro-.
‘cedam – directamente “ao pa-
gamento,to,