A Comarca da Sertã nº63 30-10-1937

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> E
Ea
e DIRECTOR, EDITOR
Eduardo Parata da Silva Catia
E PROPRIETARIO
= REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
|IRUA SERPA PINTO-SERTA
ã
“ANO di
: e Nº es
Notas…
4
Ro
ERA DZ 15 de Outubro de 1932
“Cd a zo de Novembro de
“1936,0 valor das comparticipa-
“ções do Estado doa a
Direcção dos Serviços de Melho-
gamentos Rurais, foi de Esc.
obras, orçamento, 62:098.732.05.
Quantidades de trabalho combar-
ticipadas; estradas caminhos, etc,
— Construção (terraplanagem e
pavimentação), IIg:4of”a; con-
“Servação (idem), 155.100”; ave-
midas, ruas, largos, etc:—Cons-
trução, sSg:801″”2 ; reparação,
1.506: 77.8
eso
= J A principiaram as obras de
7 veparação da escadaria
Ve queda Misericórdia dá ingresso
qa so Adro, melhoramento que há
e tuuito se impunha, de cuja neces-
vo sidade fizemos eco por diversas
es. :
IN O nosso concelho há gente
– 13, velha como… a Sé de
“Braga.
+ Em 27 do corrente morreu, no:
: “Mouwrisco, um homem com 108
“anos, -de nome Manuel da
Costa, natural do Cimo da Ri-
| – beira, freguesia da Sertã.
— “Por pouco que o velho não fi-
Cau. cá para a semente.
Sempre gostaríamos de saber
entes alqueires de pão comeu
ma “mamífero. Deve ser uma
«conta calada | ie
Qiduzias de anos! À pior con-
“denação que nos podiam dar,
MANTAAAAADDAA ASAE
ESTES últimos dias tem
“As! – chovido a valer, o que
minito benefícia a agricultura.
ERAM AAA +
DE EM-NOS para chamar
— Fr atenção de quem de
“direito para o ruído ensurdecedor
queprovocam.os barris de ferro
do: rolarem nas ruas da vila,
quando é certo que num pequeno
carro manual se faria;a condu-
ção sem irritar os nervos de nin-
O pedido aqui fica, esperando
nós que éle seja tomado em con-
eração.
nas Ee > MR
Ao NOS, que. no
“0 A bebedouro da fontede San-
so’Antônio se pratica o abuso de
se lavar roupa e os mais diversos
objectos de uso doméstico, alguns
deidsa com a sorma de vasos.
Párece-hos que vai sendo “tem-
podeacabar comiestachuchadeira
derada um fazer; o que: lhe dá |
HAgana,,
Ortanque : foi feito. tara os
animais beberem, e não deve ser
consentido que se lhe dê outro
PUBLIOA-SE AOS SABADOS
%2:146.301.08 e o valor total das |
7-1 honro
ção moral… Mas, se os tem,
| capazes de compreender a sua
Não faltâmos-—e à hora apra-
ansiecagam
“AVENÇADO
a 4 ES
FUNDÃO =
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGE
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSE BARATA CORREA E SILVA
(EDUAKDO BARATA Da SILVA CORREA
3
LO HENRIQUES VIDIGAL
Compusto e Impressa
N
| ORAFICA DA-SERTA
Largo do Chaiariz,
erta-
sao | SERTÃ. É
ra
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de durtá,
Oleiros, Prognça-a-Nova é Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) –
leneda Sertã
O HOMEM E O MEDICO — Como homem é a estrutura da Verdade
e da Honra; como médico, o escravo do dever a cumprir, em
cufa missão fixa o seu sacerdócio.
Fol assim que o cronista viu, analisou e focou o Dr. Angelo Vidigal, ilus-|
tre médico municipal da Sertã. .
Afirmações que valem pela profunda verdade que traduzem. Conceitos:
que marcam pela
Senhor Dr, Angelo Vidigal, médico
dos mais distintos e categorizados,
é um homem ainda môço mas enér-
gico e culto que se não tem furtado
aos mais trabalhosos e persistentes
estudos da sua especialidade, enri-
quecendo assim os seus conhecimentos e o
seu saber. Sem se deixar repousar na posição:
por êsses mesmos estudos conquistada, dia
a dia os aprofunda e acumula; simultanea-
mente, quere ser — eé — uma fôrça orientada
impulsionando realizações, lutando pela efe-
ctivação de obras úteis. |
“Na obsequiosa convivência com que nos
u, e que tanto facilitou a nossa missão
artifícios, a par de um:
gar quesealia, em interessante mas natural:
contraste, a uma imensa bondade.
A-pesar-destas qualidades
incontestáveis, é possivel que
tenha inimigos a dentro des-
ta sociedade em decomposi-
êsses, com certeza, não são
alma simples e generosa, sem-.
pre aberta para suavizar tô-
das as manifestações de dôr.
Sim. O Dr. Vidigal deve, de
facto, ter inimigos. Só os in-
feriores, os falhados, os inú-
teis os não têm…
De antemão haviamos soli-
citadoasS. Ex.*uma entrevis-‘
ta que amávelmente nos foi –
concedida, e marcâda para
sua casa, depois do jantar.
zada lá estavamos bem cer-
tos de aproveitar o tempo
que nos fôsse dado ouvir o.
ilustre clinico. RO E ao
– Eram 10 horasda noite, Anunçiados, ou»
vimos a sua voz forte e franca dizer:
— Faça favor de entrar para aqui mes-
mo… Desculpe o à-vontade com que o re-
cebo, mas acabo agora dé chegar de visita
aos meus doentes… –
F, enquanto nos oferecia uma cadeira,
continuava: E
– — Mãs deixe-mê ãpresentá-lo a minha
mulher e a minha mãe…
(O Sr. Dr. Angelo Vidigal pertence ao
número dos felizes que ainda têm mãi —
uma enternecedora velhinha de 83 anos!…)
Feitos os cumprimentos, sentâmo-nos.
Noite calmosa. Uma varanda toda coberta
de verdura. Ao centro, uma mesa redonda e
sobre ela uma toalha alvissima de puro linho.
Servia-se o jantar,
— Sabe, minha mai — disse oSr. Dr. Vi-
digal apontando-me e dirigindo-se à boa se-
nhora— que vou ser entrevistado para um
jórnal do Norte ? Este senhor é um jornalis-
ta, e já esteve hoje na nossa casa de Pedrô-
aos: ud
E E a velhinha, de cabelos brancos como -a
neve mas de espirito vivissimo, dirigindo o
seu olhar triste, vago e indeciso para o logar:
sua oportunidade.
—Bem haja ! que prazer que me dá por
saber que esteve com o meu filho na nossa
casa. É viu os outros meus filhos ? e as mi-
nhas netas?…
— Sim minha senhora – conversámos
com todos e lã tomamos um chã excelente,
que fidalgamente nos ofereceram.
Que bom como eu estimo… e vol-
tando-se para o filho:—Depois hàs-de ler-me
tudo o que êste senhor escrever, sim ?
E quedou-se, aconchegando com as mãos
finas os cabelos práteados, a meditar…
; Em quê? Talvez no passado venturoso
e longinquo do seu noivado, no companheiro
querido de t i
ver, homens feitos, cheios de prestígio e
consideração. o
z E foi nêste ambiente de
a bondade, nêste convívio cheio
de elegância moral entre a
esposa amantissima e a mãé
– veneranda. que o Sr. Dr, An-
gelo Vidigal iniciou comnos-
co a sua entrevista.
— Senhor doutor: a com-
pletar a nossa reportagem
fica bem, calha a primôr, ou-
vi-lô sôbre a higiene da sua
terra. Pelo que temos podido
apreciar, é possivel que a
verdade do que decerto: nos
vai dizer— nem a todos agra-
de; mas é certo também que.
a verdade é só uma e como
tal se impõe: a um homem
dé ciência como V, Ex…
-— —Sim, Para poder falar-lhe
francamente sôbre a higiene
Dr. Angelo Henriques Vidigal. local, se bem que a Sertã é
Médico Municipal da Serta :
já hoje uma terra saneada
dizer-lhe não estã no segredo dos deuses…
Na minha terra hã vários. problemas
palpitantes a resolver, entre os quais sobres-
sai o da urbanização, As casas são tôdas, ou
quasi tôdas, de construção muito primitiva,
e por isso mesmo sem os elementos de. sani-
dade necessários. Seria preciso que a Câma-
ra pudesse interferir muito directamente no
assunto. Sabe como? Eu lhe dizo: =
1.º— Não consentirdo que qualquer cons-
trução futura se fizesse sem obedecer à um
plano estudado“ perfeito de” urbanização e
higiene — isto quanto à -séde do coneélho e
algumas outras terras mais importantes do
mesmo. Nenhuma “construção se iniciaria
sem que, primeiro, fôsse submetida à ‘apro-
vação da Câmara a respectiva planta, que
a daria ouvindo préviamente o parecer do
Delegado de Saúde, |
– 2º Impondo que as construções já feitas
fôssem vistoriadas por êsse funcionário e
um outro da Câmara, que ordenariam to-
dos ós melhoramentos que a moderna hi-
giene hoje aconselha. Só assim se podia mo-
dificar esta situação, a meu ver má e preju-
dicial. A
de onde ouvia a nossa voz, disse-nos como |:
que entusiasmada:
BR Sa is
(Continua na 4.º página)
em principio, tenho; de ser |
| um pouço contudente. De resto, o que vou |
HA RREO
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3

a lápi
O leitores, por certo, leram
“anoticia da homenagem
que em Nova York foi prestada a
umamula, à qual se concedeu a xe-
forma depois de 37 anos de lagis
serviço mum regimento a que
pertencia. pts data
Fonve desfile em continência
de todo o regimento, em grande
uniforme, continência ao quadra-
pede, fazendo o comandante um
discurso sóbre o simbolismo dg
cerimónia. dana
Fica o animal com direito a
uma cama de palha fofa, exce-
lente ração ea um. bom campo
arrelvado para pastar.
diabo.
Que ideia faria o bicho da
cerimônia militar? Quanto à ca-
ma fofa, ração e um bom camp
para pasiar, está bem.
Nem tóda a gente se pode ga-
bar de ter iguais regalias quan-
do a velhice lhe bate à por
Di Ns ista de Lisboa aos
Mouros, no dia 25,0 Município
da cidade inaugurou ao público
4 novos chafarizes, e tornou pa-
tentes 2 marcos fontenários; à noi-
te começaram a funcionar mais
142 candeeiros instalados em ruas
recentemente munmicipalizadas.*
A Câmara de Lisboa festejou,
“assim, de uma forma prática ‘e
louvável, o dia da cidade.
OAB
no 919 para cd construi-
9 ram-se 6 edificios esco-
lares no- concelho de Oleiros, –
no de Proença-a-Nova, 10 no ê
“Sertãe s no de Vila de Rei.
dano o
1 de Novembro. Dia de tados
os Santos o
«Bolinhos, bolinhos á hora
dos Santinhos br… e
4 vila é invadida por bandas
de Rafard que, de sacolas a bi
ra-colo, véem pedir. os tradiciontas
bolinhos; um pretexto para abans
donar o logarejo inóspito. e recga
lher alguns alimentos que -satis»
façam o estomago efeito a pris
vações; uma oportunidade para
de agasalho aos corpos tenros,
quast insensíveis ao io crudelis-
simo de longos invernos.
cama
a população está muito mal
| À servida de carnes. Nou-
tras terras o comércio de carnes
é hvre, estabelecendo-se a concor-
rência entre os marchantes, com
a consequente vantágem de haver
todos os dias carne boa e abun-
Mame o
Aqui matam-se geralmente re-
zes velhas;ia carne é dura como
sola e as suas qualidades nutriti-
vas ficam a perder de vista,
Parece-nos que se devia estudar
a forma de resolver rapidamente
êste problema,
Os americanos são levados do
OMEMORANDO a con
pedir alguma roupita que sirva@@@ 1 @@@
voco todos os
Conselho Municipal de Sertã |
-a comparecerem no Edificio
dos Paços do Concelho pelas:
43 horas do próximo dia.2 dé
“Novembro, a-fim-de-se discu-
“tir eaprovar as bases do or-
“Comissões
administrativa.
quente a Fazenda Nacional. e exe-
“cutado Francisco Martins, repre-
A COMARCA DA SERTA’
“CONVOCAÇÃO
Sessão ordinária anal do Gon-
selho Municipal de Sertã
– Em harmonia com 08 1.º
do art. 29.0 e art.º 30.º do Có
digo Administratiy ro e para
os efeitos do n.º 6.º do art.º
28.º do mesmo Código, con-
imémbros do
camento ordinário do muni-
cípio para v ano de 1938.
Sertá,
nda
“O Presidente da Câmara,
“José Farinha Tavares
0D00D000045D600000D000000006000000000D0
+ CONVOCAÇÃO
“Para efeito do disposto no
n.º 3.º do artº 16 do Código
mania o e em harmo-
“nia com o preceitudo no $
2º do n.º 9.º do mesmo arti-
go, convoco as Mesas das
Administrativas
das Misericórdias de Sertã e
Pedrógão Pequeno, a compa-
recer na sala das Sessões dos
Paços do Concelho, pelas 13
horas do dia 2 de Novembro
“próximo.
Serta, 26 de Outubro de
1937.
“D Presidente da Câmara da Sertã
José Farinha Tavares
DEB0D0 008960 D00DDDREBHSB0D0DD00000DD
(2.º Publicação)
* Por êste se anuncia que no dia
no do próximo mês de Novembro,
por dôze horas, à porta do Tri-
dunal Judicial desta comarca, se
há-de proceder à arrematação em
hasta pública dos prédios a se-
guir designados e pelo maior
preço que fôr oferecido acima dos
valores respectivamente indicados.
PREDIOS
“7.º—Uma terra de cultivo e
“duas oliveiras, no sitio da Poy-
“telà do Pêzo, limite do Estevez,
descrita na Conservatória sob o
número 26.880. Vai pela primeira
vez a praça no valôr de duzen-
tos e sessenta e seis éscudos e onze
centavos —266$11.
2º—Uma terra de cultivo, no
sitio da Tapada do Pêso, Jímite
de Estevez, descrita na Conserva-
tória sob o wimiero 26.879. Vai
pela primeira vez à praça no va-
lôr de duzentos e quarenta e seis
escudos e quarenta centavos. —
246840.
Penhorados na execução fiscal
em que é exe
santado por Maria Joaquina, do
«higar de Estevez, freguesia do
“Peral; concelho de Proença-a-No-|
“va, desta comárca.
“São por êste citados quais-
“quer crédores incertos para assis-
tirem à arrematação néste anun-
ciada.
; e To; o Outubro de 1937.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 1.º Sendo;
José Nunes
“DDSDRRUDO GB5GoaDOL SHaBaaBadCnooDaDoo
“Este número foi visado pela
Comissão de Censura
e Castelo Branco
“FLAVIO DOS REIS E MOURA
Advogado–SERTÃ
| res,
21 de Outubro des Rio
ROMARIAS
Com o concurso da Filar-
mónica União Sertaginense,
realizou-se no passado do-
mingo a festa à Sant’lago, nã
Codeceira; no mesmo dia hou-
ve afesta a N. S. das Do-
na Marinha da, anal
Carvalho.
Ambas foram bastante con-
corridas.
ANUNCIO
“ Publicação)
Pelo Ju de Direito da
Quarta Vara Judicial da co-
marca de Lisboa, cartorio do
da terceira secção e
autos civeis de execução hi-
“| potecáriaem que são exe-
quente a Companhia Geral
do Credito Predial Portu-
guês e executados Antonio
Antunes Cadête e esposa Do-
na Âniceta da Silva Marques,
há-de proceder-se no dia 25| +
de Novembro proximo, pelas
12 horas, à porta do [Tribu-
nal Judicial da’ mesma co-
marca. à arrematação em
hasta publica dos seguintes
prédios:
1.º-Uma terra de semea-
dura, videiras, sobreiros, pi-
nheiros, arvores de fruto e
matos, no sítio da Ribeira do
Borracho e Fojo, limite do
Pampilhal, freguesia de Ser-
nache do Bomjardim, a con-
frontar do norte com Manuel
Gabriel e Joaquim Ingrês,
sul. com o caminho, nas-
cente côm Antônio Antuncs
de Brito e outros, e poente
com herdeiros de Manuel Pa-
trício e outros, descrito na
Conservatoria da comarca
da Sertã sob o numero vinte
e dois mil novecentos e no-
venta e quatro; a foihas oi-
tenta e uma, do sexagessimo
primeiro livro B einscrita na
competente matriz sob os
artigos trez mil novecentos
e sessenta e trez, trez milno- | |
vecentos e cincoenta e tres,
trez mil noveçentos e qua-
“renta e sete, trez mil nove-
centos e sessenta e dois, qua-
“tro mil e onze, quatro mil e
dez, e trez mil novecentos e
sessenta e quatro,; avaliada
em cinco mil e quinhentose
quarentae trez escudose vin-
te centavos, preço em que
vai à praça.
2.º-— Uma courela de terra,
com horta, oliveiras e arvo-
res de fruto, matos e videiras,
no sitio do Zambujeiro, limite
do Pampilhal freguesia de
Sernache do Bomjardim a
confrontar do norte com An-
tonio da Silva Lemos, sul com
Joaquim Simões,nascente com
José Maria Marques, e poen-
te com José Marques Diogo,
descrita na Conservatoria da
comarca da Sertã, sob o nu-
mero vinte e dois mil nove-
centos e dezanove, a folhas
quarenta e trez verso, do se-
xagessimo primeirolivro B, e
(inscrita na competente ma-
triz sob os artigos trez mil no-
vecentos e noventa e dois,
avaliada em dois mil seis-
“centos e noventa e sete es-
cudos e vinte centavos, pre-
ço em que vai à praça.
3.º— Uma casa de habitação,
palheiro e casa que serve
de eira. pateo, terra de semea-
dura, horta arvores de fruto
e oliveirás, a confrontar do
norte com Manuel Patricio e
Adelino Antunes, sul com Jo-
sé Maria Marque, nascente
com a rua, e poente com José
Maria Marques e Joaquim
Simões, descrita na Conservató-
ria da Comarca da Sertã, sob o
numero vinte e dois mil nove-
centos e noventa e cinco, a folhas
oitenta e uma verso do sexages-
simo primeiro livro B e inscrita
na matriz competente sobos arti-
gos trez mil novecentos e seten-
ta e sete, e tres mil novecentos e
sessenta e trez, avaliada em trez
| mil quatrocentos e trinta é dois
escudos,
praça, .
40—Um prédio compôsto de
terras de semeadura, videiras,
“oliveiras, e mato, no sítio do Tan-
preço em que vai á
sia de Sernache do Bomjardim
a confrontar do Norte com a es-
trada, e José Marques, sul com
herdeiros de Antonio Patrício e
Joaquim Emílio, nascente com o
| caminho. e poente com Joaquim
| Emídio, descrito na Conservató-
ria da comarca da Sertã, sob o
número vinte e dois mil nove-
centos e noventa e seis, a folhas
loitenta e duas do sexagessimo
primeiro livro B, e inscrito na
matriz sob os artigos oito mil
quatr. centos e trinta eoito, e cin-
co mil seiscentos e sessenta e
quatro avaliada em seis mil no-
vecentos sessenta e nove escudos |
e sessenta centavos, preço em que
vai á praça.
5,º—Um prédio rustico com-
pôsto de terra de cultura, olivei-
com agua nativa, no lugar do
Pampilhai, freguesia de Ser na-
che do Bomjardim, a confrontar
do norte com Antonio da Silva
Serra sul e poente com os cami-
nhos, descrito na Conservatória
da comarca da Sertã sob o nume-
ro vinte e dois mil seiscentos e
quarentaetrez, fls, cento e quatro
do sexagessimo livro B e inscrito
na matriz predial sobo artigo cin-
co mil quatro centos e oitenta e
NELe,
seiscentos e oitenta e dois escudos
e oitenta centavos, preço em que
vai à praça, sendo o produto da
arrematação depositado na Caixa
Geral de Depósitos e o imposto
da siza pago por conta do arre-
matante, bem como as despezas
da praça, tudo nos termos da lei.
São por este citados quaisquer
crédores: incertos,
Sertã, 16 de Outubro de 1937.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro |
a O Chefe da 1.º secção
a] osé Nunes
Movimento é professores
“Foi transferida para o Sesmo
(Castelo Branco) a professorá:do
Carvalhal, D. Leopoldina Borrê-
go; e colocados, no Cabeçudo e
Sernache do Bomjardim, respec-
hvamente, os professores Mário
Cardoso Sequeira e Manuel Va-
cente Beato.
ennzpAgpsoncecavypugpsoce antzpgpso e
Peças de mobilia
usadas
Vendem-se algumas, Nesta re-
dacção se diz.
A. FERREIRA DA
SILVA
“Notário Público e
Advogado
António Tamagnini
RAIOS X
Telefone 30 TOMAR
ADCT VEDADO JOE PAO
Augusto Justino
Rossi.
Solicitador Encartado
SERTA
000D00000600000090P 20000000090g5UG00DA
ALBANO LOURENÇO DA SILVA
ADVOGADO
SERIA
que, limite do Pampilhal, fregue-.
tas, videiras, e arvores de fruto, |.
avaliada em catorze mil |
DODOTARARAEEA A OUTRA ODAS AREOOOUARA AAA | –
Sernache do Bomjardim-Sertá |
B00D00D00 200000000 006000000 DoapaGuas
J,
Premiada em tôdas as exposições a
que tem concorride:
| Universal de Paris em 1900; — Palá-
cio de cristal – Porto em 1903-1904
-S. Luiz, E. U. da América do Norte
em 1904; — Rio de Janeiro, E. U. do
| Brazil, em 1908 e 1922; Grande Pré-
ção Industrial Portuguesa 1932 -33
cem
mio de Honra Grand Prix na Exposi=.;
“Horário anual la carreira je gs ente Figo
D’OLIVEIRA a
TAVARES, a F. os
Fábrica das melhores velas de tera de telhas do Pais És
“CASA FUNDADA EM 1850
CARDIGOS. PORTUGAL
Hécomendada por ‘ alguns Ex vos q
Reverondissimos prelados, mencio- : E
nada honrosamente nos Boletins Ecle- :
siasticos de, várias Dioceses e eto- é
giada por muitos respeitaveis, virtuos :
sos e dignos Sacerdotes do Continen- , E
Vinhos e Coimbra —
Concessionario — ANTONIO SIMÕES
CHEGADA mara CHEGADA ao
Fi-ueiró dos Vinhos . || — | 6,25] Coimbra. 0. | =-|n600
Pontão . 4 7,00 | 7,02] Portela do Gato , «| 16,25 | 16,25
Avelar , “| 7,10 | 7,20 | Podentes, o a lGNO TIO
Ponte Pad «| 7,45 | 7,45 | Ponte Espinhal. . . [17/15/1715
Podentes , . -1 8,05 | 8,05] Avelar . ss 1740 AH
Portela do Gato 18551835] Pontão .. . . . [17,58]1800
Coimbra . [9,00 | — | Figueiró dos Vinhos . .)1835| +
Janeiro, 25 de Dezembro e
Efecrua-se diariamente, excepto aos Domingos, dias 1.
Terça-feira de Carnaval
TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES
(CRIANÇAS DE 4 A 10 ANOS PAGAM MEIO Seia
Fgueiró dos Vinhos
ao
4800 Pontão e
4850 850 Avelar.
8850, 4850 . 4800 Podentes
12800 8850 8800 Coimbra E
“4850
PENSÃO
=
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TINTAS E PINCEIS PARA
NA, PAPEIS PARA ESCRITA
SEIRAS DE TODAS AS QUA-
LIDADES, ETC.
SER TA yu
Pode-se uma visita,
“te, Ilhas é Ultramar a
Eita Médicos. ç
=
EEE da Sertê” |
AGUARELAS, TINTA DA CHIA.
E DESENHO, LAPIS E LAPI-‘ LAPI-‘@@@ 1 @@@
ssa]
E .
Ê a
“ Concelho da Sertã
CABEÇUDO
‘ Padre Alfredo Correia Lima, Ma-
nuel Marques, Ernesto Rafael Baptis-
“ta; Padre Mário da Silva Baptista,
João Nunes e João Ribeiro Antunes. Vo-
taram 261 eleitores, ‘
CASTELO
Padre João Martins, Manuel Rosa,
gregório Henriques, Joaquim António
* Luiz, Vergílio da Mata Martins e Joa-
– quim da Silva. Votaram 214 eleitores,
“CUMEADA –
José António Valente, José António
“ de Sousa, Mavuel Nunes, José Farinha,
Afonso “Marçal da Silva e António
– Marçal, Votaram 175 eleitores,
“NESPERAL
“Alfredo da Silva Mendes, Izidro
Bam as E
de Matos Gomes, Francisco Nunes,
Manuel Nunes, Antonio Coelho e José
da Silva Leitão; Votaram 121 eleitores,
| MARMELEIRO .
‘ Manuel Martins Cardoso, Luiz Nu-
nes da Silva, Guilherme Pedro Alves,
José Martins, Mário Nunes e José Ma-
“tia Lopes; Votaram 151 eleitores,
SERTÃ,
“ Antonio da Costa, Antonio Vaz, José
Ventura, Antonio Inácio Pereira Car-
dim, Crispim Casimiro e Arménio
Cardoso, Votaram 1299 elcitores,
SERNACHE DO BOMJAR-
DIM
Padre António Bernardo, Bernardino
-da Costa Moreira, João Lourenço Go-
mes dos Santos, Lácio Edmundo Gra-
a, Joaquim Afonso Coelho e José
“Joaquim de Brito, Votaram 736 eleito-
res,
TROVISCAL
mo
Carlos psd Matias, João Men-
des, Antonio Deniz po pueira, Joaquim
Lopes Júnior, Antonio João Nogueira e
Adelino Farinha, Votaram 214eleitores.
VARZEA DOS CAVALEIROS
je Eduardo Martins, Manuel Lopes Pa-
rente, Joaquim Alves Catarino, Izidro
dei on teian e Lápis Joaquim Lopes
ardoso, José António Lopes, Votaram
É 65: eleitores,
– Francisco da Costa Lima, Jose Vi-
cente Xavier, Inácio Fernandes, José
Pestana dos Santos, José Martins e An-
tónio Dias Junior, Votaram 158 eleito-
Fes.
FIGUEIREDO
=» José. Francisco Muralha, José Lou-
renço Varandas, Manuel Cristovão Gas-
ar, João Dias Rosa, Manuel Lourenço
Braga e Casimiro Dias Gonçalves. Vo-
taram 112 eleitores,
PEDROGÃO PEQUENO
Dr. Abel Carreira, Carlos Ferreira Da-
vid, – Francisco Alves dos Santos, Ma-
nuel Henriques, Angelo Ferreira Vidi-
gal e Januário Antonio Serra: Vota-
ram 171 eleitores, As E
PALHAIS
Padre Vicente Mendes da Silva,
anuel Marçal Novo, Manuel-A gosti-
nho, João Nunes, Manuel Marçal e
Manuel Marçal Ereira, Votaram 156
eleitores, no
ERMIDA
Manuel Farinha Tavares, Antonio
Farinha, Manuel António, João Alves,
José Esteves e Sebastião Alves Per–
reira; Votaram 110 eleitores, |
-* Dos momes propostos para cada
freguesia, os três primeiros são os efec-
tivos’e os últimos suplentes: e, de en-
tre aqueles, o primeiro é o presidente,
Eleitores inscritos; 5,054, Percentagem
de votações, 78º.
Concelho de Oleiros
ALVÃÁRO
“Antonio Domingues da Gama,’ José
Serra, Antonio Augusto Alves, José
Moreira, José Alves da Silva e Manuel
Barata Henriques ‘ Pirão,
AMIEIRA
« César Domingues Antunes, Antonio
Dias, Antonio Antunes, Joaquim Luiz,
José Domingos Mota e José Barata,
CAMBAS f
“Antonio Abilio Luiz, José Alves,
Antonio Antunes Dias, Manuel Maria
Pires, José Alves e José Martins Antn-
nes, :
ESTREITO
Justino das Neves Bártolo, Luiz de
Azevedo Barto!o, João Antonio Rodri-
gues, João Alves, José Nunes da Silva
8 Domingos Martins Camelo,
RESULTADO DAS
Rloiçãos das Ji
as de Freguisi
ISNA
Bernardino Farinha Rafael, Luiz do
Nascimento Junior, Elmano Esteves,
Higino Fernandes, Luiz Farinha e João
Mendes Ferreiro,
MADEIRÃ
Antonio Lourenço Silva, Augusto
Dias Lourenço, Guilherme Martins, Izi-
dro Dias Garcia, José de Almeida e
“Silva e Augusto Pirão Sequeira. .
MOSTEIRO
Izidro Afonso, João Domingues, Ma-
nuel Francisco, José: Lopes, Antonio
Fernandes e Alfredo Martins,
OLEIROS :
João de Deus, Artur Pereira Rei,
Augusto Antunes, João Alves, Jose Cal-
deira e Manuel Ferreira de Matos,
ORVALHO,
Padre Tomaz de Aquino Vaz de
Az-vedo, Antonio Maria da Natividade
Dâmaso, José Vaz Xavier Joaquim An-
tonio de Lima, Antonio Martins Bara-
ta e Manuel Ribeiro. ;
SERNADAS DE S. SIMÃO |
João Martins Camelo, João Vicente,
João Dias, Adelino Marques, José Mar-
ques Tomé e João Lourenço
SOBRAL
Antonio Fernandes, Anibal Mendes,
José Fernandes, Luiz Alves, José Lou-
renço e José João.
VILAR BARROCO
Joré Nunes Peres, Joaquim Luiz,
João alves, Joaquim Mateus, Manuel
Domingues e Áugusto Álmeida,
Concelho de Proença-a-Nova
ALVITO DA BEIRA
Inscritos 312 eleitores.
Antonio Mateus Moita, 155 votos;
Bernardino Domingues Moura, 153 vo-
tos: Manuel Ribeiro Cardoso, 152 votos;
Luiz Mendonça Ribeiro, 150 votos; An-
tonio Gonçalves. Delgado, 150 votos
Manuel Delgado tasanova, 150.
MONTES DA SENHORA
Inscritos 600 eleitores.
João Gonçalves, 426 votos, Francisco
Ribeiro Jacinto, 426: João Ribeiro Laia,
425; Luiz Delgado, 423; Daniel Gonçal-
ves, 425; Manuel Ribeiro Fernandes,
423 votos, :
PERAL
Inscritos 133 eleitores,
Luiz Martins Tavares, 130 votos;
Jose Alexandre, 130” votos; Ântonio
Cardoso, 130; José Dias Bernardo, 150:
José Henriques, 130; Manuel Martins
Tavares, 130, :
PROEN ÇA-A-NOVA
Inscritos 1,095 eleitores.
Antonio Alves da Silva, 865 votos:
Antonio Pereiro, 884; Manuel Tavares,
863, Francisco Fernandes da Silva, 863:
Francisco Fernandes da Silva, 852;
Simão Pires Cardoso de Oliveira, 845;
Antonio Joaquim Fernandes, 842,
S. PEDRO DO ESTEVAL
Inscritos 259 eleitores
‘Luiz: Cardoso Isidoro, 253 votos;
Adelino Alves, 253: Antonio Marques
Claro, 253; Martinho Lopes Cardoso,
253: Joaquim Pedro, 253; Manuel
Marques Claro, 255,
SOBREIRA FORMOSA
Inscritos 1.178 eleitores
José Ribeiro dã Cruz, 1.040 votos:
Luiz Ribeiro Vaz, 1.040 votos: Antonio
Francisco Sequeira, 1.036 votos: Ma-
núel Ribeiro Verganista, 1,035 votos:
João Laia Franco, 1,035: Raul Ribeiro
Alves, 1.035 votos,
Concelho de Vila de Rei
VILA DE REI
1,187 votos,
Antonio Henriques Neves, Vicente
Baptista dos Santos, Joaquim Dias,
Felisbelo Cardoso Costa, José Maria
Martinho e José da Silva.
FUNDADA
461 votos,
Manuel Luiz da Silva, João Luiz
de Oliveira Xavier, João Nunes de Ma-
tos, Antonio Maria de Miranda, Casi-
miro Crisostomo e José Martinho Ro-
drigues,
PESO
170 votos,
: Ernesto Dias, Eugénio Farinha Por-
tela, Antonio da Silva Dias, Albano
Domingos de Oliveira, Francisco Fer-
nandes e João Domingos de Oliveira
Novo: ;
À COMARCA DA SERTA!
Comemoração do Dia de Finadas
No próximo dia 2, espe-
cialmente dedicado aos Fieis
Defuntos, rezam-se missas de
sufrágio, e realizam-se as se-
guintes cerimónias reliígio-
sas;
Na Igreja Matriz: às 6 horas,
2 missas pelo Rev.º P. José
Baptista; às 9 horas, 3 pelo
Rev.- Vigário, às 12 horas,
missa – sermão pelo Rev. P.º
José Baptista e oficio por
sete eclesiásticos
Na’capela de Santo Ama-
ro: à8:8 horas, 3 missas : pelo
Rev. P.º Antônio Pedro Ra-
malhosa,
ORAR EE RED R A OOO
ESBOLA DOS RAMALHOS
Pela transferência da pro-
fessora, encontra-se vaga a
escola mixta dos Ramalhos,
a única qué existe na fre-
guesia do Carvalhal.
Sendo muito elevado o ntt-
mero de crianças em idade
escolar e perante a impossi-
bilidade de elas frequenta-
rem qualquer outra escola,
a população pede ao sr. Di-
rector do Distrito Escolar que
o provimento não demore.
900DG9DBOGOnGooRaE DODONaDoo essbnasaa
D. Maria Carolina Neves de
Mendonça David
Em Alvaro, onde residia,
faleceu no dia 26, pelas 15,45
horas, a Ex.Ӽ Snr.i D. Maria
Carolina. Neves de Mendonça
David, solteira, de 78 anos,
natural daquela vila, irmã
do sr. dr. Antônio Augusto
de Mendonça David,
À saiidosa extinta vinha so-
frendo hã muitos anos, sem
que conseguisse encontrar le-
nitivo para o seu precário
estado de saúde. Suportava
todos os sofrimentos com re-
signação e coragem inexcedi-
veis. Bondosissima, dotada
dos afectos mais puros, cari-
nhosa, de tam grande genero-
sidade para os pobrezinhos,
pelos quais tinha uma dedi-
cação sem limites, a Ex.”2 Sr? |.
D. Maria’Carolina N. de Men-
donça David deixa profun-
das saudades; com o seu de-
saparecimeuto perdem os in-
felizes de Alvaro uma desve-
lada protectora
Tam boa era esta senhora,
tam magnânimo o seu cora-
ção, que todos quantos tive-
ram a ventura de a conhecer
podem dizer que era uma al-
ma predestinada, eleita de
Beus,
O seu funeral realizou-se no
dia seguinte, sendo precedido
de oficio e missa; a assistên-
cia aos actos religiosos e o
acompanhamento foram ex-
traordinários, constituídos por
pessoas das mais diversas
categorias sociai s do conce-
lho de Oleiros e da vilã da
Sertã.
A” ilustre familia Mendonça
David, «A Comarca da Sertã»
apresenta sentidas condolên-
cias.
BOODGHDOLDOapDAODOD Goa BlaDaroanDoaDOS
MM ai D00000000000000 DEZ
a Ro “
3 [FERTRUDES p ESTANA ;
8 MODISTA DIPLOMADA é
ê “Curso Geométrico É
ENSINA CORTE 5
5 Recebe alunas internas e externas &
5 PREÇOS MÓDICOS 8
2 RUA DE QUEM — SERTÃ a
Di
Postos
DE TERRAS DE ALÉM-MAR
COLÓNIA DE ANGOLA
O
VILA DA GANDA, ABRIL DE 1937
lima e Saúile–Colonizagão Grise–Gultura de Algodão
O início da compra do milho
Cotações — As chuvas e as
Vias de Comunicação
Antes de vir para Angola,
muitas vezes ouvi comentá-
rios ácêrca dela:
—Angola é um cemitério!
quasi todos que para lá vão,
têm a desdita de ficar — arre-
batados pela morte!!!
Dai a mã fama… mas que
injustiça!
Desde 1929 que me encon-
tro em Angola, e tenho cons-
tatado que não é o que mui-
tos péssimistas júlgam. Cli-
ma? Não é tãô mau como o
pintam. Doenças ? Hã muito
menos que em Portugal- À
que que mais se constata é a
biliosa, mas esta é simples-
mente por incúria ou des-
leixo; todo aquele que tiver
cuidado com a saúde, não é
fácil ser surpreendido por
esta doença. De resto, em
tôda a parte, se morre—nin-
guém é infalivel.—
Por tôda a parte se erguem
Cidades, Vilas e Povoações;
muitas delas bem delineadas
com caracteristicas modernas;
por isso não hã que recear
de virem para Angola— e
jamais que, ao chegarem a
esta, pisarão outra vez terra
Portuguesa — E’ Portuguesa,
há-de ser sempre —
E” preciso colonizar An-
gola, desenvolvê-la, para as-
sim erguermos bem alto o
nome de Portugal.
Angola, tem atravessado
uma grande crise, é facto;
mas qual a Nação que a não
atravessa hoje? Temos uma
grande fê de ela se debelar
um pouco, e jamais sendo o |
maior magistrado de Angola
um grande homem S. Ex.
— o Governador Geral,
coronel sr. António Lopes
Mateus, que com proficiência
e saber tem administrado
Angola.
Se muito tem feito, muito
mais há a esperar de S. Ex.”
—Cultura do Algodão :
Eis um problema impor-
tantissimo e muito interes-
sante. Vai êle em vias de
realização, Tem o Governo
feito uma grande campanha,
ineitando os agricultores Eu-
ropeus e Indigenas à sua cul-
tura, e para que a vejam
coroada de bom êxito distri-
buiu pelãs Circunscrições e
sementes rigorosa-
mente seleccionadas,
que estão sendo distri-
buidas gratuitamente; con-
juntamente distribuem um
fosciculo, que pormenoriza-
damente trata da agricul-
tura dó Algodão pelos pro-
cessos modernos; mas todavia
são teorias que na práticã
pouco resultado dão.
Acho mais prático que o
Govêrno contrate técnicos
especializados nesta cultura
a-fim-de elucidarem os agri-
cultores da maneira mais prá-
tica e mais rendosa. Está
provado que produz maravi-
lhosamentee se Governo con-
tinuar a dar o apoio e auxi-
lio necessário, é de crêr que
dentro em poucó se possa
exportar para a Metrópole
todo o necessário para seu
consum”; e ainda exportar
para o Estrangeira todo o
que a Metrópole não con-
sumir.
Não é admissivel que Por-
tugal o esteja importando do
Estrangeiro, tendo as suás
Colônias que o podem produ.
zir. Assim deixará Portugal
de mandar para o Estrangei-
ro êsse ourozinho. . e An-
gola viverá com menos difi-
culdades, pois será uma fonte
de receita para a economia
da Colônia.
— MILHO:
A portaria 2.212 de 13 de
Fevereiro p. p. fixa o dia 15
de Maio p. f. para o início da
compra do milho do ano
agricola que corre; é um
pouco tarde, porque o milho
já se encoitra em perfeita
maturação, e daí o indigena
não compreendendo lá muito
bem porque tem de esperar
mais um mês,—o vai trans-
formando em «chimbombo»
(cerveja indigena) com que
abrilhanta as suas festas.
Todavia, espera-se que se-
ja um ano abundante dêsté
cereal.
-— Cotações de Géneros
Em Benguela — ensacados
a peso de lei:
Milho, cada 15 kilos, an- sara
np en ça 6,00
se
Feijão hranco grande, 15 K.angs. 9,00
>» miúdo 15» 8,50,
» – manteiga 15 » 8,50
» mistura » » 6,00
Ricino » » 15,00
Gergelim …» » 20,00
Gera o quilo» 10,00:
Couros”de talho » » 6,50
Couros ricos » » 5,90
Couros miudos » » : 450
— CHUVAS:
Hã vinte dias que chove
quasi ininterruptamente, o
que tem causado alguns pres
juisos, principalmente no
milho, que ainda se encontra
por colher — caindo para
o chão, o «salalé» vai-o desa
truindo.
— Vias de comunição
Encontram-se obstruidos
alguns trôços de estrada, re-
sultado das chuvas excessi-
vas, mas dentro de poucos
dias já devem estar repara-
das — zêlo das autoridades
administrativas.
À linha do Caminho de
Ferro de Benguela, também
foi obstruida nalguns pon-
tos, mas prontamente repa-
rada, pelo que já transitam
normalmente os comboios.
Os rios sairam fora do seu
leito, arrastando as cheias
algumas pontes.
RAMIRO LUIZ DA SILVA
TEATRO
TASSO
Espectaculos em 6 e 7 de Novembro, pela
Tournée ““Dubinis”’ — Programas
| da maior atracção
Do elenco faz parte o popular actor cómico
* €CASIMIRO RODRIGUES as
e um distinto par de baile internacional
último êxito do Goliseuseu@@@ 1 @@@
A COMARCA DA SERTA’
Do, OD Do, OD o DO,
$ E e es Vas Ca Vo
5%,
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DO, OO, OD, DO OO,
E» Pb Pb 4) »
a CS Cn Ca Ca
DDaSBDs
E
Y
Esteve alguns dias entre nos,
tendo regressado já a Portalegre
o distinto oficial do Exercito, sr.
capitão José Joaquim Lourenço.
mu Regressou de Lisboa o sr.
Henriques Pires de Moura.
mun Das manobras militares do
Alentejo regressaram os srs.
drs. Abel Carreira e Pedro de
Matos Neves.
mm fez anos: em 19, a
srº D. Elvira Nunes Corrêa da
Cruz, da Praia do Ribatejo.
um Fazem anos, em 1 de No-
vembro, a sr.“ D. Maria Emilia
Rossi, de Murça e o sr. dr. Au-
tónio de Mendonça David, de
Alvaro.
Parabens.
ANDO AGREGA O O
Cantado pela menina Maria dos Prazeres
Fernantes, na recita que se realizou
no dia 18 de Abril, para inaugu-
ração do Salão-Teatro, do Grêmio
Recreativo Progncense.
Proença—terra adorada,
Terra antiga e encantadora,
Es a flór das nossas beiras,
A mais bela e sedutora.
Por entre serras e montes,
Castanheiros e pinheirais,
Vê-se ao longe a sua torre
Que brilha como cristais.
Dentre as suas casas brancas
Uma há que está mais alta:
E o Grémio Recreativo
Onde hoje nada falta.
Proencenses que labutam
Longe do vosso torrão natal,
Não se esqueçam que, Proença,
E a vossa terra, afinal.
E quando daqui sairdes,
4 saúdade tudo vence;
– Lembrai-vos da vossa terra
E do Grémio Proencense.
Ajudai-vos, ó patricios
«Ajudai-nos, por favor,
P’ra fazer desta colectividade
Um club de maior valor.
Vou terminar esta canção ;
E bra alívio das nossas almas
Peço a todos, em geral,
Meia dúzia de palmas.
Proença-a-Nova, 18 de Abril
de 1937.
ARNO UEBA ODOR EO
Sopa dos Pobres
Movimento de Setembro
Receita — Cotas recebidas,
295800; subsídio da Camara
(2 meses), 100800; Idem da
Administração, 50800; donati-
vo do sr. Antônio Farinha,
do Rio de Janeiro, actualmen-
te morador na Sertã, 200800;
de um anónimo, 15 quilos de
batata.
Despesa — 13 sopas a 45
pobres, 370800.
090000000060005005000009980900000000
Dia de Finados
E’ no dia 2 de Novembro,
que se comemora o dia espe-
cialmente dedicado aos Mor-
tos.
Todos nós temos no Campo
da Igualdade mortos queri-
dos, a quem, nêsse dia, deve-
mos tributar o respeito, o
carinho e o amôr, desfolhan-
do sôbre as suas campas as
flóres impregnadas da sai-
dade que vive sempre nos
nossos corações.
Recordá-los é viver a ama-
rissima e pungente dôr que
sentimos quando do seu pas-
samento e que nos acompa-
nha pela vida fora, nêste va-
le de lágrimas de acerbas
ilusões,
EM PROL DA
GIENE DASERTA
(Continuação da 1.º página)
Isso ocasionaria possiveis
ções…
— De principio talvez provocasse uma
certa agitação nos espiritos rotineiros, mas
todos acabariam por se conformar, cóm-
preendendo o alcance dessas medidas de
bem geral e aceitando-as como boas.
—E as classes pobres— aqueles que não
pudessem suportar tais encargos?
—Seria nêsse ponto que a acção da Cà-
mara mais se faria sentir naturalmente…
Os bairros pobres, sem luz e sem ar, iriam
sendo arrazados à medida que outros, sim-
ples mas modernos e higiênicos, se fôssem
construindo.
—Obra admiravel que…
—Que se há-de fazer num futuro mais
ou menos próximo, não tenha dúvida. Im-
põem-na as obrigações de humanidade, todos
os deveres sociais, todas as tendências da
vida moderna.
Isso não bastaria, por certo, senhor
Doutor, para extinguir, ou atenuar mesmo
quanto é necessário, a vida precária dos
pobres…
—Bem sei. Ligado ao problema da higie-
ne está o da alimentação, é certo. Para que
haja uma raça forte e apta para os rudes
combates da vida, é preciso que tenha uma
alimentação saiidável—e o trabalhador rural
não a tem. Para isso seria ainda preciso
que todos os trabalhadores, e mormente
aqueles que cultivam a terra curvados sô-
bre ela de sol à sol, auferissem o suficiente
para se alimentarem e alimentarem os seus.
Infelizmente, tal não se dá; a classe dos
trabalhadores rurais, mais do que nenhuma
outra, vive na sua grande maioria em verda-
deiras pocilgas e alimenta-se mal — o que
constitue, inegávelmente, um factor impor-
tante para o depauperamento e a invalidez
da raça.
—E para o resolver ?…
—Problema complexo que a Câmura só
por si não poderá resolver, mas que terá de
ser resolvido, mais tarde ou mais cedo.
– —Agora que o Estado Novo parece cui-
dar do interêsse das classes trabalhadoras, é
perturba-
possivel conseguir-se uma colaboração di-
recta do Govêrno, facilitando assim, muito
poderosamente, a acção camarária.
— De facto assim deveria ser. Mas nesta
região o problema complica-se..,
Eos
—Eu lhe explico: Como sabe, nesta re-
gião a terra está muita dividida. Por aqui
não há fortunas — há remediados. O salário
do trabalhador rural não é bom porque a
terra que êle trabalha é pequena e pobre,
Nestas circunstâncias seria preciso uma per-
feita assistência social que lhes garantisse
o pão em casos de doença ou de invalidez.
As Casas do Povo, por exemplo, são na
verdade um principio de garantia para a
vida dos operários desde que a sua finali-
dade seja de facto esta:— assistência moral
e fisica, Para enfrentrarmos a sério êste
problema social, teremos de entrar a fundo
na vida e nos costumes desta pobre gente.
—E porquê?
—Porque desconhecem tudo, ignorám
e repudiam muitas vezes os mais rudimen-
tares preceitos de higiene. E então com as
crianças ?… E um pavor, meu amigo! Como
base de uma raça melhor, mais bem apetre-
chada para a vida, é indispensável tratar-se
das creanças pobres, começando por se edu-
car a mulher a ser mãi — passe o termo…
Sanidade na infância e sanidade escolar,
são duas coisas de absoluta importância, de
que temos de cuidar.
Faça-se uma intensa propaganda da
higiene infantil e facilite-se a alimentação
criando lactários em tôda a parte;
prócure-se dar à criança uma preparação
fisica capaz, e contribuiremos assim para
que a raça melhore e se fortifique.
—Mas, senhor Doutor, para que isso se
realize é preciso que todos se conjuguem
no mesmo pensamento:— O Govyêrno com o
seu auxilio financeiro, as Câmaras com o
estudo e resolução dêste magno problema, e
os proprietários pelo seu interêsse mais
directo…
—lIsso mesmô, Só assim poderá perdurar
uma obra social. À protecção à mulher grávi-
da, ensinamentos profiláticos, auxilio ao ope-
rário na doença e reforma na invalidez—são
quatro pontos essenciais a atacar e resolver.
Isto, a-par-de uma habitação sádia em
que entre oar e a luz, e onde não vivam em
promiscuidade ds pais, os filhos… e os
animais.
‘—Cômo se vive hoje em tantas terras
de Portugal,
—Desgraçadamente, meu amigo-—e, por
vezes, em algumas nem agua há em abun-
dância, e a pouca que consomem é péssima |
Só à milagre da Natureza salva esta gentel
porque ainda se não fez a rede de
de uma derrocada maior: o sol e ó at do cam-
po são os seus melhores defensores e ‘esti-
mulantes—as unicas benesses prodigaliza-
das a êsses desventurados que vieram ao
mundo já marcados çôm o ferrete da des-
graça. :
E não se diga que quero fazer estilo —
digo a verdade. Vivem porque vivem, e
morrem porque têm de morrer…
—Muitas vezes não é assim…
—Tem razão:—morrem porque os dei-
xamos morrer… No entanto todos os diás
leio nos jornais, aqui e acolá, noticias e até
noticias muito interessantes sobre a valori-
zação da raça… mas não passam do papel.
A Festa da Raça, com as suas maiuscilas e
paradas desportivas, só, não basta.
Primeiro que tudo para valorizarmos a
raça portuguesa, alimentemos o pobre, de-
mos-lhe habitação sádia; olhemos pela mu-
lher quando grávida e eduquemos-lhes os
filhos. Isto, para que não surja uma raça
de pigmeus, uma raça de enfezados a tom-
bar, logo ao nascer, para a vala comum.
Às palavras do Sr. Dr. Angelo Vidigal
eram como pontas de fogo que laceram é
queimam as carnes, mas que, devidamente
aplicadas, fortalecem o organismo e salvam
o.doente. Havia nelas a clara e lúcida ex-
posição do médico ilustrado que analizou as
causas do definhamento das pobres classes
trabalhadoras e lhes indica o remédio, e o
sentimento humanitárió de um coração que
sofre com o sofrimento dos seus semelhantes.
– Desviamos um tanto o assunto, inter-
rogando:
—A Sertã tem já a sua rede de esgôtos ?
—Houve uma Câmara que tratou a sério
dêsse assunto e êsses trabalhos acham-se
quàsi concluídos, Mas de que vale isso se
a maioria das habitações não estão ligadas a
essa rede ?… E onde temos, ainda hoje, a
àgua suficiente para tão importante obra?…
—Esgotos sem agua…
—Para nada servem, é claro.
—E não há àgua na Sertã?
—Há muita, mas é muito mal aproveitada
distri-
buição para a vila. )
—E porque se não fez já ?
—Há um projecto estudado e, segundo
creio, já aprovado até, mas que não entrou
ainda em execução. .
Estou, porém, convencido de que em
volta dêste problema cuja importância des-
necessário é apontar ou encarecer, tôdas
as vontades se agruparão para que núm fu-
turo próximo a vida na Sertã seja melhor e
mais compensadora.
— Assim deve ser Hoje já se não acei-
tam os mazorrais costumes da vida de on-
tem, eo homem, pelo seu valor, tem obriga-
ção de ajudar e completar a obra feçunda
e rica que a Natureza lhe oferece.
—Eu assim o compreendo também. A
primeira demonstração da grandeza material
que a sociedade de hoje imprime em toda a
a sua razão de ser, como progressiva e civi-
lizada, será, entendo eu, organizar humana-
mente a vida dos que sofrem, para que o
seu apêgo a essa vida seja um facto rial, e
para que bemdigam o esforço dispendido no
seu trabalho e a fórmação do seu lar,
Em todos os paises cultos onde o pro-
blema da higiene se resolve a sério encon-
tramos no primeiro plano das grandes reali-
zações, como base essencial para uma vida
sã, a função enérgica do camartelo civilizador,
derruindo sem hesitações o que do passado
reste ainda de mau, para fazer surgir, numa
apoteose de luz, de conforto e de beleza, o
que de grande e indispensável nos ensinam
os modernos conhecimentos da ciência e
da arte.
O homem é a suprema criação de Deus.
Todos viemos à terra sob a mesma fórmula,
embora com designios diferentes;— todos
nós irmanamos, portanto, no mesmo rotati-
vismo da vida.
E se rialmente se pensa em demarcar
alguma coisa de muito grave, que pode nu-
ma rapida convulsão extinguir o que ainda
resta de civilização, deixemos para segundo
plano tudo o que não seja arrançar ao po-
bre o estigma de desgraça que o oprime.
Demos a todos o mesmo direito à vida,
para que todos a desejem sem pensamentos
reservados e sem ódios que podem gerar
perigosas alucinações. Não percamos, pois,
energias nem tempo, falemos alto e elaro a
linguagem da verdade, e que esta obra eman-
cipadora seja de todos, para todos—e para já.
E assim fechou—e pode bem dizer-se.
«com chave de ouro» na trivializada frase—a
magistral palestra do Sr. Dr. Angelo Vidigal,
a que bem poderiamos chamar, sem louva-
minha, uma prelecção ou uma notável con-
ferência. :
Que ela sirva de ensinamento, por quan» |
CHA DAS CINCO
Meias caídas
Quando há’dias vimos uma
senhora de meias caídas, en-
rugadas e torcidás, caiu-nos
à alma aos pés!
Pode lã haver coisa que
nos provóque pior impressão
do que ver uma mulher de
meias caídas, uma mulher
mal calçada!
À elegância, a boa apresen-
tação do sexo feminino e não
lhe chamemos fraco pelo
amôr de Deus I-estã princi-
palmente na forma do calçar
as meias, no formato do sa-
pato, esguio e de salto ele-
vyado, que lhe cinge o pé mi-
moso e engraçado, pequenino
e bem feito.
A mulher pode vestir bem,
mas se não calçar a rigor,
perde a graça, desaparece a
harmonia da figura, o corpo
não tem a leveza ea sedu-
ção que nós, os homens, tan-
to apreciamos.
Se essa senhora soubesse
a que comentários ridículos
se expôs, teria, se acaso hou-
vesse notado o nosso exame
indiscreto, fugido para casa
e pintaria a cara de preto.
Ah! minha senhora, que feia
acção. Nunca mais a repita,
se quere que guardemos se-
gredo.
Pode crer que desta vez
guardamos segredo; somos
como um saco… rotó.
Não a queremos maçar
mais; mas não podemos deéi-
xar de lhe dizer que as meiás
caídas, numa mulher, ‘mos-
tram desleixo, despreso por
si e pela sociedade, E
Os homens sim, os homens
podem andar de meias do- .
bradas e enrugadas, porque
as ligas estão postas de parte,
foram banidas até um dia..’
TD
MANUEL FRANGISGO -LOPÉS
Acaba de se estabelecer em
Merceana, com mercearias,
vinhos e ferragens, c nosso
patrícic e amigo, sr. Manuel
Francisco Lopes, a quem fe-
licitamos pela iniciativa, de-
sejando-lhe as maiores prós-
peridades nos seus negócios.
DDADDD pRODOO RSS HBnacnssscnÓBoGaDaDas
D. Amelia Martins
Na Abegoaria, onde reside,
encontra-se bastante doente
a sr. D. Amélia Martins, espo-
sa do sr, José Luize irmã dos
nossos amigos srs, João Antó-
Martins, do Outeiro da La-|
gôa e José Martins, de Ma»
tosinhos.
Aa
to vale, a todos para quem ‘a
vida não é um egoismo fe-
chado às manifestações de’so-
lidariedade humana, uma res
preza àos sentimentos de bons
dade e de justiça”
O cronista, embebido. tia
palavra fluente, simples mas
persuasiva do seu entrevista»
do, tomou-a como uma alta
lição e um nobre exemplo “a
marcar indelévelmente “uina
personalidade marcante na
vida de hoje. É
E, temendo melindrar uma
modéstia sobejamente afir-
mada, só pode, sem maisdizer,
apresentar a S. Ex.” os seus
melhores e mais prófundos
agradecimentos, a
Na agrura da missão que se.
impôs, e que tantas vezes, é
cortada por dissabores que
se criam e ocultam, as-horas
—os momentos!…—em que
ouviuo Sr. Dr. Vidigal fo-
ram-lhe como que um oásis,
depois da caminhada através
do deserto. | o
Vibrou-lhe aalma — viveu.
Só lhe cumpre, e mais uma:
vez, agradecer a gentileza e
admirável prelecção do ilus.
tre clínico da Sertã,
Monteiro do Amaral.
aeb cast desdes