Voz do Povo nº16 19-03-1911
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LAMA ECONOMICA
1.º Anno
Certã, 19 de março de 1911
N.º 16
DIRECTOR 8!
Augusto Rodrigues é
Administrador as f
ZEPHERINO LUCAS | &
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
rsss
POVO
Assignaturas REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Annuncios
Anno…… 1200. Semestre… 600 rs. Travessa do Serrano, 8 Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30.18,
Para o Brazil. …… – 5iooo réis (fracos) esa N’outro logar, preço convencional
Pago adiantadamente
mama mm
Não se restituem os originaes
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprieiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
No ultimo numero d’este jor-
nal deixámos já consignado o
nosso applauso á installação dos
serviços da. caixa economica
n’este concelho.
Estando nós convencidos dos
grandes serviços que tão util ins-
tituição pode prestar aos povos
desta região, julgamos cumprir
um dever, fazendo uma insisten-
te propaganda tendente a tornar
conhecidos e apreciados esses
serviços.
Infelizmente, o grão dºinstru-
cção em que se encontra ainda
o nosso concelho não é de mol-
de a permittir que o nosso sin-
cero esforço surta o desejado!
effeito.
Seria, pois, de vantagem que
todos os que, sobre este assum-
pto, pensam como nós, coope-
rassem n’esse trabalho, fazendo
ver ás classes menos illustradas
quaes os finsa que se destina
uma caixa economica, as opera-
ções que ella pode realisar e o
gráo de confiança que merece.
E? sobre tudo ás classes mais
humildes a quem ella muito po-
de aproveitar. Desgraçadamente,
é bem pequeno em Portugal o
espirito de previdencia.
Nas classes populares — onde
mais se carecia que elle se des-
envolvesse — pode mesmo ac-
crescentar-se que não existe. E”
um facto de todos os dias. Nu-
merosos chefes de familia teem
o domingo como sendo o dia
destinado á embriaguez univer-
sal, gastam em vinho excessivo
umas poucas de moedas de vin-
tem, quando não são tostões, e
não sabem, e muito menos que-
rem saber, que essas moedas de
vintem gastas assim tão crimi-
nosamente, são roubadas ao in-
dispensavel conforto dos filhos,
ou que entregues, como premios
semanaes, a uma companhia de
seguros, viriam a constituir, por
sua morte, uma herança de de-
zenas de libras para sua mulher
e para Os orphãos que ficam a
accrescer á sua desgraça.
Conhecemos bem quanto ha
de ser difficil modificar o cara-
Cter ao nosso povo; as tradições
grosseiras que lhe obscurecem
o espirito são um obstaculo in-
superavel á disseminação de to-
dos os grandes ideaes da frater-
nidade e da educação.
Tradições ha, porem, á som-
bra das quaes se teem creado
interesses seculares. E quan-
to assim fôr, e infelizmente sel-o-
ha por muito tempo ainda, con-
tinuar-se-ha a lamentar que o
nosso povo não tenha a feição
altruista e o civismo dos povos
do norte, como se faz numa
bem intencionada circular, que
honra a sub-inspecção escolar
“este circulo e que n’este nume-
ro começamos publicando, mas
não se dará um passo aprecia-
vel n’essa grande estrada cheia
de luz, que nos leva á verdadei-
ra comprehensão dos nossos di-
reitos e dos nossos deveres,
Investiguemos das causas que
levaram esses povos do norte ao
gráo de adiantamento social em
que se encontram, e como as
mesmas causas hão de necessa-
riamente produzir os mesmos ef-
feitos, procuremos implantal’as
aqui.
São esses povos do norte ho-
mens como nós. Sujeitos aos de-
feitos que são inherentes a toda
a humanidade e com as virtudes
communs a todos os espiritos.
A rasão ao nosso atraso está
apenas no nosso modo de ser
educativo, nos prejuizos da nos-
sa instrucção, nos preconceitos
que herdamos de seculos de es-
curidão espiritual e na pratica
de velhas tradições que povoam
a alma de sombrios phantasmas,
“gerados pela ignorancia, em vez
das risonhas promessas d’uma
aurora redemptora de liberdade
e de amor.
Affonso Costa
Para o effeito de se sujeitar ás
provas de concurso para a cathe-
dra d’um dos nossos institutos de
ensino superior, acha se ausente da
sua pasta até ao dia 5 do proximo
Abril, aquelle brilhante parlamentar
que se tem revelado, por egual, um
notavel estadista,
E” substituido pelo sr. dr, Bernar-
dino Machado, uma das mais vene-
randas e prestigiosas figuras da Re-
publica.
— Tassode Figueiredo E
Com sua esposa e filha, sahiram
no dia 14 do corrente para a sua
casa de Lisboa, o nosso querido
amigo, sr. almirante Tasso de Fi-
gueiredo, illustre presidente da com-
missão municipal politica d’este con-
celho,
Se bem que todos nós muito per-
demos com a sua ausencia tempo-
raria, reconhecemos que a sua es-
tada em Lisboa, n’este importante
momento, é altamente necessaria
aos superiores c legitimos interesses
da nossa terra, principal, senão uni-
ca; preoccupação de tão dedicado
certaginense,
A sua acção á frente da commis-
são republicana tem obedecido sem-
pre á orientação de congregar to-
dos os elementos em volta da ban-
deira da Certa.
Estamos certos que lhe não fal.
tará o indispensavel appoio para,
junto do governo e do Directorio
se fazer ecco das nossas legitimas
aspirações, tanto mais que todos
que o conhecem, de antemão, sa-
bem positivamente que nada pedi-
rá, nada reclamará que não seja
absolutamente justo.
Fazemos-lhe, pois, os nossos cum-
primentos de despedida, com os vo-
tos d’um regresso tão proximo quan-
to as circunstancias permittam.
FACTOS E BOATOS
Pela camara
Sessão de 15
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas e com a assistencia dos srs.
vereadores: Henrique Moura, Cy-
riaco Santos e Antonio Nunes de
Figueiredo, teve logar a reunião da
commissão municipal.
Foi presente:
Um officio da junta de parochia
de Pedrogam Pequeno pedindo pa-
ra serem pintados os candieiros de
iluminação publica; a camara re-
solveu acceder ao pedido.
Um officio da sub-inspecção es-
colar do districto de Castello Bran-
co; tomado em consideração.
Um officio do governo civil com:
municando ter sido permittido a João
da Gloria Lopes Barata o pagemen-
to em 12 prestações mensaes a quan-
tia relativa ao seu logar de amanuen-
se da administração do concelho,
mandou fazer os descontos nos ven-
cimentos mensaes.
Um officio da sub-inspecção esco-
lar do districto pedindo para lhe se-
rem enviadas as informações para a
criação da escola do sexo feminino
na freguesia da Varzea; ficou sobre
a mesa.
Idem declarando instar novamen-
te com as instancias superiores pela
aposentação do professor da Escola
do Troviscal; inteirada,
Uma circular da repartição de pe-
sos e medidas acompanhando um
verbete; resolveu mandar preencher.
Resolveu fazer aquisição do mas
terial que se julgue necessario para
a officina de aferição de pesos e me-
didas.
Mandar proceder aos reparos in-
dispensaveis na estrada municipal
da Certã ao Zezere, no lanço com-
prehendido entre esta villa e a Por-
tella do Outeiro.
Concedeu licença ao secretario da
camara, por vinte dias, para tratar
da saude.
Mandou expedir um precatorio de
209240 para pagamento de expro-
priações da estrada da Certã á Var.
zea, no lanço comprehendido entre
a Portella dos Bezerrins á Varzea,
TSC —
Estão de luto, por falecimento
de sua mãe, os nossos assignantes,
srs. Antonio Lopes da Silva, do Pe-
reiro, e Joaquim Lopes, de Lisboa,
a quem, assim como aos demais
membros da familia, enviamos as
nossas condolencias.
—— SC —
Novo escriptorio
Osr. dr. Albano Lourenço da
Silva, abriu o seu escriptorio de
advogado, na rua Serpa Pinto, n’es-
ta villa.
— oco
A. primeiro aspirante dos correios
e telegraphos, foi promovido o nos-
so assignante, sr. Alberto Santos
Valente, a quem felicitamos.
aa)
Malvadez
No dia 12, de tarde, quando o
nosso amigo e distincto sportman
sr. João de Albuquerque, regressava
a esta villa, com algumas pessoas,
no seu automovel, proximo do Ma-
xial, encontrou atravessado no cami-
nho um pinheiro que fôra abatido
pouco antes, e mais adiante uns
montes de pedras.
A auctoridade administrativa pro-
cedendo a averiguações, enviou pa-
ra juizo, como auctores da façanha,
Antonio Martins, do Casal da Estoa-
da e Joaquim Nunes.
Não é a primeira vez que estes
casos se dão. Como, porém, d’esta
vez os auctores de tão condemna-
vel acto estão entregues ao tribunal,
é uma segura garantia da boa appli-
cação da justiça.
o IOGOC> o —
Escolas Moveis
No dia 26 do corrente, ao meio
dia, realisar-se-hão as provas findes
da missão com séde no logar do
Outeiro.
Aos alumnos que a frequentaram
serão distribuidos premios, consti-
tuidos por diversas peças: de vestua-
rio, no valor de 208000 réis, offere-
cidos pelo sr. Francisco Gonçalves,
de Lisboa.
CRE e RI e
Por solicitação da commissão mu-
nicipal politica do nosso concelho,
foram creadas escolas do sexo femi-
nino, nas sédes das freguesias do
Cabeçudo, Palhaes e Sant’Anna.
AA Na a a a
Bengala-espingarda
O nosso assignante Jayme Leitão,
que n’esta villa, por mais do que
Uma vez, tem exercido as funcções
de director da Fiscalisação dos Ta-
bacos, acaba de inventar um syste-
ma de bengala-espingarda que, pe-
la simples discripção que vae lêr-se;
tem sobre as suas congeneres es-
trangeiras, entre outras vantagens, a
de poder abrir-se, fazer fogo ou
disparar-se accidentalmente, em-
quanto a ponteira estiver metida no
seu logar; ter o gatilho e todo q
mechanismo, que é de extrema sim-
plicidade, completamente disfarça-
dos: ser de grande rapidez no tiro
e não poder encravar-se, porque. a
culatra se move apenas longitudi-
nalmente.
Tambem com o mesmo syste-,
ma não é possivel fazer fogo sem a sem a@@@ 1 @@@
REC e
– bengala estar bem fechada, pois que
só assim o gatilho pode actuar so
bre o detentor. Ainda que isto as
sim não fosse e se pudesse dar a
circumstancia de, por precipitação,
se fazer partir o’tiro sem ter fecha-
do o punho completamente, a pro:
pria pressão dos gazes, actuando
sobre-a culatra movel, faria com
que esta, premindo sobre aquelie, o
obrigasse a fechar ainda mais.
Um unico e simples movimento
(e n’isso está parte do segredo do
systema) ao mesmo tempo que se faz
apparecer o gatilho colocado no
angulo interior do punho, que é
rectangular, como se póde vêr nas
ravuras, destranca o -percutor e a
engala, e permite a introducção do
cartucho na camara, operação tam-
bem muito simples, porquanto para
abrir basta dar ao punho um quar-
to de volta á esquerda e puxal-o
atraz e inversamente para a fechar,
podenda-se seguidamente fazer fogo,
por isso que o percutor arma sem-
pre que a bengala fecha,
Isto permitte, como se disse, uma
grande rapidez no tiro e a sua ap:
plicação a uma bengala-carabina,
Havendo algum cartucho vasio na
camara este salta logo que se abre
a culatra. 7
Esta bengaia, á excepção do ca-
no, que foi mandado vir da Belgica
por intermédio do sr: G Heitor Fer-
reira, é inteiramente construida pe-
lo sr. J, Leitão, assim como o tinham
sido o torno e varias outras ferra-
mentas que foram utilisadas na sua
construcção.
No invento nada indica exterior-
mente que é uma verdadeira espin-
garda; tem tanto alcance e penetra-
ção.como qualquer outra de egual
calibre. Póde servir indistinctamente
para chumbo ou bala espherica. Não
apresenta o menor perigo de se
disparar accidentalmente.
stando carregada e não se que-
rendo n’essa occasião fazer fogo, é
desnecessario extrahir o cartucho,
is mettendo a ponteira no seu
ogar, o gatilho recolhe immediata-
mente c o detentor fica trancado de
fórma que não póde soltar o per:
cutor.
Todo o mechanismo é tão simples
que para o desarmar basta fazer a
extracção de um parafuzo, e, n’esta
manobra, utilisa-se a propria pon-
teira da bengala, que, em uma das
extremidades, a que fica dentro do
cano, é em fórma de chave de pa-
Tafuzos.
Manuel Ferreira Leitão, da Ser-
ra de S. Domingos, no dia 13 do
corrente, foi aggredido por Antonio
Nunes, da Herdade, produzindo-
lhe, com uma faca de que se acha-
va munido, um profundo ferimento
no ante-braço esquerdo.
E E EM E Da
Vales telegraphicos
Tendo apparecido vales telegra-
phicos falsificados, foram expedidas
ordens para que só sejam pagos os
vales telegraphicos escriptos a tinta
vermelha, sendo presos os indivi-
duos que apresentarem vales com
emendas ou razuras, visto andarem
falsificadores emittindo vales tele:
graphicos de cinco mil réis que de-
pois emendam para cem mil réis.
Previne-se o commercio para não
abonar vales senão a pessoas co-
nhecidas e de toda a confiança, re-
commendando-se a maxima cau-
tella
—— GNR) ——
Eleições
Em conformidade com a lei orga-
nica do Directorio do partido repu-
blicano, realisaram-se no domingo
12, as eleições das commissões pa-
-rochiaes nas freguesias do Cabeçu-
do, Figueiredo e Troviscal,
Na primeira o acto foi presidido
pelo sr. Henrique Pires de Moura,
tendo sido eleitos os srs. José Alves
Correia João Antunes, Affonso Cor-
reia de Lima, José Alves Cardoso
Lopes da Cruz e Antonio Antunes
Ribeiro, para cffectivos, e os srs,
Antonio Ribeiro de Andrade, Anto-
nio Ramos, Joaquim Marques, Abi-
lio Correia e Manuel Marques, para
supplentes.
Na freguesia do Figueiredo, pre-
sidiu q sr. dr. José Carlos Ehrhardt,
que explicou ao numeroso auditorio
o que eram as leis da Republica,
taes como: o registo civil obrigato-
rio, divorcio, separação da egreja
do estado, credito agricola, etc.
Foram eleitos os srs.: João Dias
Rosa, Joaquim Vicente Farinha e
Ambrosio Lopes da Silva, para effe-
ctivos, e os srs, Manuel João Junior,
Manuel Mathias e Luiz Dias Alves,
para supplentes.
Na freguesia do Troviscal, presi-
diu o sr. Domingos Tasso de Fi-
gueiredo, que tambem expoz ao au;
ditorio o que era o acto a que se ja
proceder ço que eram € qual o seu
alcance social, as leis promulgadas
pela Republica, taes como à do re-
gisto civil obrigatorio, divorcio e se-
paração da egreja do estado.
Antes, o nosso collega sr. Cardo-
so Guedes, explicára o que era a no-
va lei do credito agricola e as van-
tagens que trazia ao lavrador desde
que este se associasse.
Para constituirem a commissão
parochial: foram eleitos os srs. An-
tonio José Mathias, Manuel Nunes,
Jacintho Martins, Antonio da Silva
e João Martins da Silva, para effe-
ctivos, e os srs. Adriano Rodrigues,
Manuel. Antonio, Carlos Joaquim
Mathias, Adelino Barata de- Figuei-
redo e Henrique Matheus, para sup-
plentes. ;
No dia t1 realisou-se tambem na
sala dos Paços do Concelho a elei-
ção da Commissão Municipal e da
Commissão Parochial; presidiu ao
acto osr. almirante Tasso de Figuei-
redo, tendo como secretarios os srs.
Antonio Eugenio de Carvalho Lei-
tão e José Martins, e escrutinadores
os srs. Antonio Nunes de Figueire-
do e João Martins. ç
Para a Commissão Municipal fo-
ram eleitos os srs. Domingos Tasso
de Figueiredo, dr, José Carlos Eh-
rhardt, Floriano Bernardo de Brito,
Zeferino Lucas de Moura e Luiz
Domingues da Silva Dias, para effe-
ctivos, é os srs. Joaquim Cyriaco
Santos, Henrique Pires d: Moura,
João da Silva Carvalho, Emygdio
de Sá Xavier Magalhães e José Ja-
nuario da Conceição e Silva, para
supplentes.
Para a Commissão Parochial fo-
ram eleitos para effectivos os srs.:
dr. José Carlos Ehrhardt. dr. Anto-
njo Nunes de Figueiredo Guimarães,
Themaz Florentino Namorado, Al-
bano Ricardo Matheus Ferreira e
Antonio Barata e Silva, e para sup-
plentes os srs.; José Nunes e Silva,
Demetrio da Silva Carvalho, Abel
da Conceição Ranjalhosa,” Augusto
da Silva e Carlos dos Santos.
— —sojae-— ——
Aos corpos administrativos da
séde do districto, dos conce-
lhos e das parochias
A’s Commissões de Beneficen-
cia Escolar
A? Imprensa
A’s Auctoridades
Aos cidadãos do circulo esco-
lar de Castello Branco
Senhores:
Na maior parte dos povos da liu-
ropa culta, especialmente nas nações
do norte e centro, já hoje se não torna
necessariaa propaganda em benefi-
cio da instrucção popular; já é des-
necessario dirigir um apelo ao civis-
mo, ao sentimento patríotico dos
seus habitantes, ás iniciativas parti-
culares para que contribuam com o
seu esforço eflicaz, com a sua boa
vontade em acção a fim de promo-
verem o derramamento da instruc
e educação popular.
E” que, entre elles, a evolução ci-
vilisadora, devido a causas varias,
já passou por essa phase de propa-
ganda, encontrando se hoje na pha-
se do mero aperfeiçoamento moral
intellectual, phísico e esthetico, mar-
cha esta que nenhum povo pode
nem quer suspender, porque, uma
tal paragem, é a negação da vida, é
um symptoma de derrota vergonho-
sa e pungente na lucta mundial.
Os povos do norte e centro da
Europa estão quasi completamente
libertos do cancro que, entre nós,
ainda apresenta um desenvolvimen-
to assustador—o analphabetisno.
E um povo de tantos analphabe-
tos, como O povo portuguez, antes
de mais nada, precisa de se libertar
d’essa tutella da ignorancia que ge-
ra O preconceito, as superstições e
todo um cortejo de males que são
irremediaveis « indestructiveis em
quanto tal tutella pesar sobre elle.
A propaganda da causa da ins-
trucção é pois, entre nós, ainda uma
imperiosa necessidade.
Precisamos de educar o povo pa-
ra a vida, para o trabalho, para a
lucta mundial no campo economico;
e, educá-lo para a vida, para a lu-
cta intensa mas inevitavel, é colocá-
lo em equação com a civilisação eu:
ropêa, com a civilisação norte ame-
ricana, finalmente, com a civilisação
attingida pelos paizes independen-
tes e preponderantes no seculo em
que vivemos.
Essa educação não se realisou ain-
da nem se pode realisar mantendo
o povo analphabeto; este precisa de
saber ler para assim se munir d’uma
arma poderosa de combate; para
assim adquirir um instrumento effi-
caz, um meio para alcançar conhe-
cimentos e noções uteis a si, aos
seus descendentes e à sua patria.
Essa educação não se realisa con-
servando as camadas populares num
estado mental primitivo, incompati-
vel com a vida social e economica
contemporaneas; sem comprehen-
são para tentar qualquer emprehen-
dimento, ainda que modesto, porque
este lhe exige uma intelligencia des-
envolvida, que permitta o tomar
uma iniciativa de algum alcance;
sem capacidade para comprehender
o mais simples phenomeno’que a
natureza e o estado social lhe paten-
teiem; sem um espirito critico ca-
paz de o levar a raciocinar sobre as
consequencias positivas e negativas
de qualquer acto; finalmente, um
povo constituido por uma grande
massa de analphabetos, de individuos
que não frequentaram um centro
educativo onde se forme o seu espiri-
to, onde desabroche a sua intelligen-
cia, onde se forme o seu caracter, on:
de se manifestem as suas aptidões,
onde se aperfeiçoe physica, moral e
intellectualmente—um tal povo, evi-
dentemente, só tinha a esperar uma
vida de miseria moral e material se,
num esforço supremo, não sacudis-
se o jugo da ignorancia que lhe to-
lhe todos os movimentos, que o im-
possibilita para um trabalho util,
proficuo e inteligente.
(Continúa)
a enem
Carteira semanal
Fizeram annos:
No dia 16, o sr. Joaquim Gyria-
co Santos,
Fazem annos:
No dia 19, o sr. Aunibal Diniz
de Carvalho. .
No dia 22, a sr* D. Amelia A.
Freitas,
Sahiram: para Coimbra, o sr.
Hermano de Sande Marinha; para
Lisboa, o sr. João d’Albuquerque;
para Pedrogam Grande, o sr. Anto-
nio Joaquim Simões David e sua es-
posa,
Já se encontra restabelecido o sr.
Joaquim: Pedroso: Barata dos Reis.
Em viagem commercial, sahiu o
sr. Luiz da Silva Dias.
Esteve n’esta villa, o sr. dr. José
Antonio do Souto Brandão, advo-
gado em Alvaiazere. ;
De passagem para Lisboa, esteve
n’esta villa, o:sr. Antonio. Gonçal-
ves, agente da Companhia de Segu-
ros; no Porto, «Commercio e Indus-
tria»,
—— —< HC E———— —
Conselhos aos lavradores
A escolhados adubos chimicos
Da escolha racional dos adubos
chimicos depende o bom resultado
final da cultura. ;
O lavrador deve pois. procurar
conhecer as necessidades da terra
para não constituir que possam ter
uma influencia salutar sobré o bom
resultado da colheitá. Carece além
de isso ide. conhecer: o valor: dos
adubos, os elementos que conteem
e o estado em que se encontram os
elementos nobres nos diversos adu-
bos: :
Sobre este ponto de vistavé con-
veniente notar que o valor d'um: adu-
bo não depende unicamente de per-
centagens dos elementos nobres con-
tdos, mas tambem e principalmen
te do estado em que elles se encon-
tram nos adubos em questão.
O azote e o acido. phosphorico
podem muito principalmente encon-
trar-se sobre trez formas dificrentes;
contrariamente a eles, a potassa
nunca se encontra senão. sob uma
forma,
Aconselhamos por isso os nossos
lavradores e revendedores a prevye-
nirem-se contra as falsificações. Em
1908 e em 190g-—de Hespanha en-
traram muitos adubos falsificados
que um tal Isaac Sanchez eum Li-
sardo, tendo o primeiro respondido
em audiencia no tribunal da comar-
ca de Figueira da Foz e tendo lhesi-
do confiscados todos os adubos que
tinham á venda por se ter provado
com as analyses feitas nos: labora-
torios do Estado, que, o. que ven-
diam era falsificado, não tendo. va-
lor algum, burlando assim os layra-
dores.
Ha mais porém e que nos foi
sugerido por uma conversa tida com
um Jayrador ha poucos dias,
Mostrou-nos a: indicação de um
adubo cujo resultado pouco. poderá
ser nos nossos terrenos devido á
falta do elemento nobre: a potassa,
o azote póde ser | fornecido n'esse
adubo sob a forma organica, o que
quas! podemos asseverar. Devido a
isto é sem duvida necessario que
este azote passe do estado organico
ao amonmniacal e múrico para poder
ser uulisado: pelas plantas,
Mas o que nos chamou a atten
ção foi o seguinte que.o referido la-
vrador nos frisou bem nitidamente:
No anno findo esse adubo foi ven-
dido a 19500 réis a sacca é noanno
actual a 18400 réis: ou 18450) Téis:
das duas uma ou a dosagem. d'este
anno é inferior á do anno passado
ou então se levava ao lavrador mais
do que se devia levar e só a con:
correncia póde ter feito baixar a es-
se preço e ainda mais.
Os nossos lavradores, todos, de-
vem procurar reunir-se creando a
sua associação agricola ou syndicato
agricola porque por sua intervençãonção@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
obterão adubos de percentagens mais
elevadas, garantidas pela analyse chi-
mica e poupavam pelo menos o
ganho dos intermediarios.
Não pretendemos ao dizer isto fe-
rir os interesses seja de quem fôr, o
que pretendemos acima de tudo é o
desenvolvimento agricola de esta
região na verdade feracissima, e que
o lavrador que necessita de atten-
der á questão economica possa por
todas as formas obter por mais bai-
xo custo os elementos de que care-
ce para intensificar as suas culturas,
Fundado o syndicato agricola, po-
derá o lavrador beneficiar do de-
creto de 1 do corrente mez que
creou ocredito agricola, porque, de-
vido 'a elle, o lavrador obterá, para
as necessidades da sua cultura, ca-
pitaes ao juro de 6% ao anno
quando muito em logar de o obter
a 10 9% e mais como actualmente.
Cardoso Guedes.
Pelo mundo litterario
Aurorita!
Aurorita, meu amôr!
Onde estás, que te não vejo?...
Chamo-te! Olho em roda! Escuto!
Mas em vão, pois não te vejo...
Tão pequenina! Tão linda!
De nós p'a sempre fugiste...
Onde estás, meu anjo triste,
Onde estás, que te não vejo?!
Pobre filha, meu amôr!
Anjo p'ra sempre perdido!
Como pudeste fugir-nos
P'a um mundo desconhecido?!
Aurora, minha filhinha!
Quem, nestas noites de dôr,
Ouvirá os teus queixumes,
Te agasalhará, meu amôr?!...
E dizem que ha um Deus no Céo,
Que ha uma justa Providencia,
Que véla pelos infelizes,
Que protege a innocencia!
3
E dizem que ella é tão santa
Que só justiças pratica,
Que ampara todos os seres,
Quando os persegue a desdita !
Mentira, mentira tudo!
Mentira que tal não ha:
No teu caixãosinho branco,
P'ra mim ahi é que elle 'stá!,..
Nas substancias creadas,..
Nos atomos da materia...
Nas coisas ignoradas... h
Ahi... ahi é que elle ºstá!,..
;
Eu não creio nesse Deus, «
Que me sujeita a taes dôres;
Eu não creio nesse monstro
Que se sustenta de flôres!
De flores, sim! Pois que eras tu?!
Senão linda flôr mimosa,
Mais perfeita que a rosa,
Meu enlevo e meu thesouro?!...
nd casto voa sa rar cana 0.0 ads
O” sol, o astro bemdito!
Aquece a, alutmia-a!
Que, na sua cova fria,
Só tu lhe pódes ser pae!...
O' estrellas scintillantes,
Com a vossa triste luz,
Do alto d'aquella cruz,
Velae-lhe o dormir seu!
E vós, ó meigas floritas,
Tristinhas e saudosas,
Esmaltae-lhe, graciosas,
O canteiro em que dórige!
E tu, ó astro de prata,
De dubia claridade,
Tnfiltra-lhe a saudade
Do meu triste coração, —
No qual viverá sempre
À sua imagem querida,
Em quanto elle pulsar,
| Em quanto tiver vida...
Fey. de giI.
F. Xavier Pereira.
CE e ee
Pequena correspondencia
Dignaram-se pagar as suas assignaturas,
os srs. dr. Antonio Rodrigues de Mattos e
Silva, José Gonçalves Rei, João Antonio
Muralha, Antonio Manuel da Silva, Manuel
Rodrigues Junior. João Martins da Silva,
Rufino Simões Fulgino e Antonio Mastins.
Agradecemos.
Subscripção para as vivas €
filhos das victimas da pes-
te na Madeira.
Transporte... 34000
Manuel Nunes Junior..... 200
Maria Nunes de Jesus..... 100
José dos Santos Nunes.... 100
Segue... 38400
x
A administração d'este jornal re-,
ceberá todas as quantias com que
os nossos leitores se digaem con-
tribuir para a obra humanitaria de
protecção e amparo aos orphãos e
ás victimas da peste na Madeira.
Os jornaes teem-se feito echo das
desgraçadas condições em que fi-
caram as infelizes famílias, ás quaes
é necessario accudir pelo mais cie-
mentar dever de solidariedade so-
cial,
O producto da subscripção será
entregue á camara municipal d'este
concelho, que o fará chegar ao seu
destino.
“CORRESPONDENCIAS
Oleiros—10-3—911.
De visita zo sr. dr. Francisco Re-
bello d'Albuquergue, esteve aqui o
sr. dr. Mendonça David, d'Alvyaro.
— Tem estado doente um filhinho
dossr. dr. Manoel Ferreira da Silva,
illustre facultativo municipal.
Desejamos o seu completo resta-
belecimento.
-—Já aqui se encontra o nosso
amigo Henrique Silva, digno aspi-
rante da repartição de fazenda.
—Foi a Castello Branco o sr.
João Martins da Silva, estimado re
cebedor d'este concelho.
—Sahiram, para Cantanhede, pa-
ra onde foi nomeado official do re-
gisto civil, o sr. dr. Alberto Luce-
na, e para Lisboa o sr. José de
Mattos, agente e correspondente de
varios jornaes.
—Saiu para Portalegre o sr. pa-
dre Francisco Matta.
—Estão aqui em casa do sr. pa-
dre Joaquim Pinto d'Albuquerque
o st. Fructuoso Cesar Pires, uma
sua filha e uma filha do sr. João
Branco, d'essa villa.
— Está de lucto por fallecimento
de sua mãe o sr. dr. Manoel Fer-
reira da Silva, distincto sub-delega-
do de saude.
Os nossos sentidos pesames.
—Esteve hoje aqui o sr. Theoto-
nio Pedroso Barata dos Reis, digno
presidente da commissão municipai
republicana.
' C.
— ANNUNCIOS |
“OVOS
Compram-se a 140 réis a duzia,
Para tratar A D. Oliveira; Rua
Gomes Freire n.º 150 A, Lisboa,
Comarca da Certã
2 1.º officio I
Por este Juizo de Direito e car-
torio referido, nos autos d'inventa-
rio orphanologico por obito de An-
na Maria, residente, que era, no lo
gar e freguesia da Sobreira Formo-
sa, d'esta comarca, correm editos
de 30 dias, a contar da 2.º e ultima
publicação do annuncio no «Diario
do Governo» e periodico da locali-
dade, citando a interessada Emilia
Maria d'Almeida, solteira, maior,
ausente em parte incerta, na cida:
de de Manaus, Republica dos Esta-
dos Unidos do Brazil, para assistir
a todos os termos, até final, do mes-
mo inventario, dedusindo nºelles to-
dos os seus direitos, querendo.
Certã, 25 de Fevereiro de IgII.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei:
O Juiz de Direito
Sanches Rollão
Comarca da Certá
a 4.º officio 2
Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã, e cartorio do escrivão
David, correm editos de trinta dias,
contados da segunda publicação de
este annuncio no Diario do Gover-
no, citando José da Cruz Prata, ca-
sado, proprietario, do logar do Ca-
sal Cutello, freguezia do Cabeçudo,
mas auzente, em parte incerta, pa-
ra no praso de dez dias, findo o
dos editos, impugnar o pedido da
quantia de trinta e cinco mil réis,
seus juros, despezas de manifesto,
registo na conservatoria, custas e
drocuradoria, que lhes é feito por
Guilhermina da Conceição, solteira,
creada de servir, moradora em Tho-.
mer, na acção que contra elle e sua
mulher Gracinda de Jesus, proprie-
taria, moradora do logar do Casal
Cutello, freguezia do Cabeçudo e
José Mendes dos Santos, casado,
proprietario, morador no Cabeçu-
do, d'esta comarca, move nos ter-
mos do Decreto de vinte e nove de
Maio de mil nove centos e sete.
, Certã, 15 de Fevereiro de 1gII.
O Escrivão
cAdrião Moraes David
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito substituto
Ehrhardt
GLAUCIA
Empolgante romance de 180 pa-
ginas. Preço, 200 réis; pelo correio,
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Pedidos a esta redacção.
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Encarrega-se de tratar de todos
os assumptos judiciaes n'esta ou
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mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com:
pras de adubos adequados às cultu-
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di.
nheiro e as sementes pela acquisi-
ção de formulas feitas sem criterio.
ESUS CHRISTO
por Augusto Rodrigues
Elegante volume ácerca
da vida do fundador do
christianismo, Suas ma-
ximas e suas parabolas.
Pedidos á redacção da «VOZ
DO POVO»
Preço, 200 rs. franco de porte
Srs. Lavradores
Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escreve-nos
em 26 de outubro de Igio O se-
guinte:
«Devo dizer a V. S.* que todas as
vinhas que receberam directamen-
te ou indirectamente adubações chi-
micas, especialmente adubações
potassicas, resistiram mara-
vilhosamente ás diversas epi-
demias cryptogamicas que este
anno flagelaram os vinhedos. A pro-
ducção que obtive foi optima e
bastante superior á do anno findo e
de qualidade incomparavel-
mente superior.»
Este freguez costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulíato de po-
tassio, etc. e
O. HEROLD & G.' — Adubos
chimicos de toda a especie em Lis-
boa e Porto.s-
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tylene desde 5 a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres e lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha:
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu- [x
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di. -&
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc.
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AGENGIA
ARMAZENS GRANDELLA
Cada terra do paiz onde hajam estações postaes
A partir do dia 1 de janeiro de 19H
Nestas agencias deverão ser entregues os pedidos, escriptos em bilhe-
tes postaes ou cartas devidamente selladas com estampilhas de 25 e so-
brescriptadas para GRANDELLA & C.*—Rua do Ouro, 215-—-LISBOA,
PASSADAS 48 HORAS, nas mesmas agencias serão entregues os
catalogos, as collecções de amostras ou a resposta a qualquer informação
que tenham pedido, ISTO SEM DESPEZA ALGUMA.
Os pedidos de quaesquer artigos que hajam, pelo mesmo processo,
entregue na agencia, serão tambem entregues na mesma agencia 48 HO-
RAS depois do pedido feito e em troca do pagamento da respectiva fa-
ctura.
Não é preciso mandar dinheiro adgantado, Só se paga no acto da entrega .
SE
por acaso, o que rarissimas vezes acontece, os artigos ou fazendas rece-
bidas não fôrem fornecidos perfeitamente em harmonia com o pedido ou
não corresponderem ao que esperavam pela simples leitura do cata-
logo, não serão obrigados a ficar com esses artigos, immediatamente
DEVDRÃO
tornar a empacotar o que não lhes agradar exactamente como vinha
acondicionado e sobrescriptado para GRANDELLA & C.º
Rua do Ouro, 215—LISBOA,
| levalio novamente à agencia e ahi pagar os sellos que indicarem serem pre-
cisos pôr no volume. PASSADAS 48 HORAS de assim haverem proce-
| dido, receberão a importancia dos artigos que devolveram bem como a im-
portancia das despezas feitas para os devolverem, caso tenha havido erro
no fornecimento.
Estas agencias são das que offerecem mais garantias de seriedade,
porque não só estão debaixo da fiscalisação do Estado, como tambem teem
a garantir as transações ali effectuadas, a probidade commercial dos AR-
MAZENS GRANDELLA importante casa commercial do paiz que, d'esta
fórma, põe á disposição de todos os habitantes do paiz OS COLLOSSAES
SORTIMENTOS DA SUA SEDE EM LISBOA, pelos mesmos preços
que vende em Lisboa, ao balcão. a
Estas AGENCIAS são as ESTAÇÕES POSTAES em cada terra
do paiz,
É Aos Armazens Grandella
dEspdipetedfaddpragpagna
LEITÃO & ALBUQUERQUE
EM COMMANDITA
a do Ovo, 110, 2,-ESCRIPTORIO PORENSE-Telgg.* =LEQUE=LISBOA
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Commissões e consignações, despachos nas alfandegas,
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas ce colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras, Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador |)
enca de ; as
Je aa dra iodo dor
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VOZ DO POVO
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a Productos chimicos e especiali-
dades pharmaceuticas .
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reis por kilometro até 3 pessoas e
320 réis até 5; cadá pessoa, além
das 5, pagará 5o réis por kilometro.
Os kilometros contam-sé desde a sa-
hida ao termo da viagem. Serviços
de ida e volta preços convencionaes.
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O proprietario, João Pinto d'Albuguerque
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Aos nossos leitores recommendamos este especifico sempre que preci»
sem fortalecer o organismo.
Experiencias feitas por innumeros clinicos, nos hospitaes do paiz e co-
lonias, confirmam ser o tonico é febrifugo que mais sérias garantias oifere:
ce no tratamento das febres palustres ou sezões, anemia, tuber-
culose e outras doenças provenientes ou acompanhadas de fraqueza ge-
tal, augmentando a nutrição e excitando fortemente o appetite.
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