Echo da Beira nº10 26-02-1897

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TU
NUMERO IO
Sexta-feira 26 de Fevereiro de 1897
CONDIÇÕES D’ASSIGNATURA |
Ânno, 15200 réis. — Semestre, 600 réis, eira]
300. réis. Brazil, anno; 65000 réis.
7
Afei rica, anão, 25000 |
réis Fóra da Sertã- acerescê o porte da cobranca. Numero.
EXPEDIENTE
A’s pessoas a quem enviamos o
nosso jornal, e que não queiram hon-
rar-nos com a sua assignatura, pe-
dimos a fineza de nol-o devolverem
immediatamente, para o que basta
escrever na mesma cinta— «Devol-
vido à redação».
Em. caso contrario, e visto que v
nossa folha é enviada a muitas pes-
Roas,* por indicação d’outras, consi-
deral:as-hemos para todos os effeitos,
nossos assignantes.
CONVERSANDO…
Serenamente.
Causou profunda impressão
o, nosso artigo editorial do pe-
nultimo. numero.
Assim nol-o participam os
amigos: gemeram os arames
com.o tetrico caso: o jornal
mais lido do paiz assim o par-
“ticipou aos seus leitores e a
noticia ecnoou ainda nas folhas |
dg outros collegas. Causou im-
pressão—para uns boa e para
outros má. E a sina das coisas.
Deixemos aquelles e converse-
mos com estes, que tanto se
molestaram com as nossas pa-
lavras.
Já o esperavamos: não te-
mos, por isso, motivos para ar-
rependimentos. Os motivos são
ebvios,
Há bons vinte annos que o
partido regenerador… Não
dizemos bem.
Há bons vinte annvs que os
amigos politicos de sr. Baima
de Bastos, que tem mudado de
politica todas as vezes que os
seus mteresses IL’o tem accon-
selhado, empolgaram a admi-
nistração deste concelho, que
reduziram á triste situação d’um
feudo medieval, onde a nin-
guem é licito pensar ou fallar
senão o que dizem e matutam
os corypheus que se constitui-
ram em elementos dirigentes
d’essa politica.
Proclamou-se a a omnipo-
tencia d’um, a omnisciencia
“d’cutro, a galopinagem emeri-
ta, emboraindiscreta, d’um ter-
Enpociolioa -se assim um tri-
umvirato celebre e sobre estas
tres sólidas columnas pairava
a fisura angelica do sr. Baima
de Bastos, de estola e sobrepe-
liz, proclamando ás gentes a
infaibilidade do grupo. A in-
‘o sr. Tavares e o sr.
“avulso, 30 réis. Toda a correspondençia deve ser dirigida |
ao director do jornal, para S Sernache do Bom Jardim. |
!
violabilidade nascia da sua
propria constituição,
Um paraizo!
Uma vez porém, alli do lado
da Louza começaram a levan-
tar-se e a encastellar-se umas
nuvens: turvaram os ares: Os
barometros politicos começa-
ram a oscillar entre mau tem-
po e tempestade e alguns pas-
saros bisnaus começavam já a
esconder a cabeça sob as azas.
As nuvens passaram, dei-
xando apenas um pequeno agu-
aceiro, que nem sequer mo-
lhou o sr. Baima de Bastos,
porque s. ex.* que é muito atrei-
to a constipações e que cuida
methodicamente da sua saude,
não apparece quando o tempo
está humido…
Como d’outras vezes, deu
homem por si. Elle lá se en-
tende.
Entretanto tudo parecia an-
nunciar que as circumstancias
politicas do concelho muda-
riam.
A lucta que vinha de dar-se
não poderia ser um acto isola-
do.
O sr Baima, porém, que até
alli não tinha dado grandes|.
provas de si, manobrou então
como um mestre-—é forçoso
confessal-o— Fez então um ac-
cordo com pretos e brancos,
conhecida a hegemonia politica
d’este concelho, abandonando
Vaz Pre
to ao seu capricho os elementos
politicos que aqui tinham.
Desde esse momento a lucta
seria impossivel, porque os
chefes politicos negavam o seu
apoio aos seus amigos.
Comprehenderam-n’o os a-
tio desvergonharam-se com-
pletamente: o concelho é a Ger-
tã ea Certã são elles—elles|
só—com exclusão da Certã que
labuta, que trabalha, que paga,
sem ir indemnisar-se em pinu-
ges ordenados,
São elles que mandam, que
ordenam, que auctorictoria-
mente substituem o seu capri-
cho á determinação da lei e ás
necessidades concelhias, satis-
mesquinhas picardias, desfei-
teando uns, rindo-se d’outros,
desdenhando destes, lançando,
á margem aquelles, que já ltoje
limpar as immundices que lhe
em virtude do qual lhe era re-|
migos do sr. Baima e desde en- |
fuzendo pequenas vinganças,|
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
e
ER sans
Rua do Valle — CERZÁ.
lhes não são precisos para ali-
mento da sua vaidade, toman-
do isto, emfim, como um patri-
monio seu, sem admittirem se-
quer a idêa de que outrem te-
nham a valleidade de intervir, |
por sua vez, na administração
d’este cencelho.
A sua vontade é soberana!
Apoderaram-se da adminis-
tração concelhia: contrahiram
emprestimosonerosos: hypothe-
caram-lhe o fundo de viação— |“
elles que não fizeram um pal-
mo de estrada—, serviram-se
d’elle para fazer largos. como
se estivessem fazendo estrada:
elevaram as contribuições a 50
por cento, comprometeram e
desorganisaram a administra-
ção municipal e depois, sem
zelos nem cuidados, anchos de
prazer, abarrotados de impor»:
tancia, inchados de vaidade,
embriagados de gloria deitaram
se, socegados e orgulhosos da
‘sua obra n’ersa orgia em que
o Cavaco foi um symbolo.
Teimosos e indolentes, nem
ao menos cuidaram de mandar
ficavam alli à altura do nariz,
de forma que a capital do con-
celho fosse ao menos uma ter-
ra limpa!
Quem teria a coragem de ir
agora accordal-os áquelle le-
thargo de delicias?
Qual seria o profano que le-
vantaria a sua voz?
Quem, sem correr o risco
d’uma assuada de garotos?
e. o se. . se ve uq
Começam outra vez a des-
pontar no horisonte umas pe-
quenas nuvens, pronuncio de
tempestade, e talvez que, mais
carregadas do que as outras.
OQ thermometro desce verti-
ginosamente: oscilla o barome-
tro doidamente,
Começa a sibilar o vento e
elles, accordando extremunha-
dos, julgam sentir já o bramir
de tempestade. Assustam-se/
D’ahi a tal sensação. Falta de
habito!
Por ora porem não ha moti-
vos para sustos: durmam des-
cançados.
Jontinua ainda doente na sua casa
da Louza o digno par do remo o sr.
Manoel Vaz Preto.
Desejamos do coração o comple-
[to restabelecimento de s, ex.?
|| |nuncios permanentes,
|| | Sa gnantes
i
CARTA DE LISBOA
A” falta de noticias politicas
de maior sensação, nos ultimos
dias, falla-se muito, e espera-
se com viva anciedade, no re-
latorio sobre a situação da fa-
zenda publica que se annuncia
para a proxima semana e que
deve preceder a abertura de
novos e importantes creditos
extraordinarios de que o go-
verno se precisa munir para
satisfazer as quantias illegal-
mente dispendidas e deixadas
a descoberto pelo ministerio
regenerador.
Dizem-se cousas extraordi-
narias d’esse documento. Es-
peram-se revelações assombro –
sas. Eu não sei se a espectati-
va publica será satisfeita ou il-
ludida. Oque sei é que os minis-
tros todos, cada um pela sua pas-
ta, tem consagrado altissimos |
esforços para o estudo e averi-
guação da situação financeira
em que encontraram o seu mi-
nisferio e que o conhecido já,
excede tudo o que se pode-
ria esperar de desordem, ide-
‘galidadeo esbanjamentos.Com-
prehendo porem que o actual
governo hesite muito em dizer
ao paiz a verdade descarnada
e nua, pelo perigoso reflexo
que’essas noticias podem ter
no nosso credito, tão dolorosa-
mente combalido, e por isso,
não obstante tudo o que agora
se occultar redundar depois em
desprestigio para a situação
actual, creio bem que muito
terá de se occultar, não para
se illudir o paiz mas para com-
bater a onda de descredito, que
ameaça submergir-nos.
Ha generosidades em poli-
tica, que se pagam como cri-
mes. Aquella que o govemo
progressista vae talvez prati-
car entra n’esse numero. E
amanhã, se a crise se az-
gravar, se O maior patriotis-
mo, alliado 4 maior prudencia,
não podeí vencer as difficul-
dades, serão os regeneradores
os primeiros a incitarem a ple-
be que apedreje as casas dos
ministros, como ja o fizeram
em 1890, e à berrarem que a
situação não era tão má e pre-
caria, quando elles deixaram o
pouer, es
Estou a escrever nos primei-| |
ros dias d’esse gabinete, ani.
No corpo do jornal,
cada linha 40 réis. Repetições, 20 réia cada linha,
PUBLICAÇÕES
cada linba 100 réis. Annnncios;
An-
preço convencional. Os senhorês as-
teem o abatimento de 20 0/0.
Os originaes recebidos não se denohneihs
mado das maiores esperanças
e que conseguio crear em tors
no de si uma intensa e consos
ladora corrente de sympathia
e confiança. Resintedi porem
as ininhas palavras e pode sêE,
que ellas tenham o valor d’uma
prophecia.
Quer isto dizer que eu com-
batta o proceder do governo;
se elle fôr como eu o julgo é
entenda que os ministros deve-
riam apresentar o sudario com-
pleto do nosso estado finaricei- |
ro é economico seja elle o que
fôr? Não. Conheço as altas rá-
sões de patriotismo até, que os
obrigam a não proceder assim,
mas, sei infelizmente quanto
em politica se deturpam as
mais nobres intenções e quans
to os beneficiados de hoje, cos-
tumam ser os mais ferozes ac=
cusadores de amanhã.
*
* *
O gabinete Hintze, na vess
pera ou no proprio dia de dei ‘
xar o poder, despedio mais de
mil operarios, das levas e le-
vas que teem afiluido à capi-
tal em busca de trabalho e boa
remuneração. O honradissimo
actual ministro das obras pu-
blicas encarou logo de frem-
te o dificil problema da cri-
se de trabalho, tão aggrava-
do por aquelle desatino—quie
obedeceu a um tôrpe manejo
politico—e m randon abrir tra-
balho em obras uteis e de vai-
tagem pratica, reservande-se
para, d’aqui a pouco e com in-
teira consciencia dos seus
actos, tomar providencias com-
plectas que resvlvam a ques:
tão.
De momento não podia fa-
zer mais. E apezar d’ isso na
quarta-feira, imesper adamente,
contra todos os previsões da. poli+
cia, organisa-se um gtande a-
junctamente de operarios, es-
tes Ro com uma bandei-
ra á frente, já disposta para o
acto, em prestito pelas ruas da
capital, lançando o alarme no
espirito do indigenh e provo-
cando a repressão policial, a-
companhada de desordens &
com o seu cortejo de gritos;
sustos e feridos,
A” noute realisavam os repus
blicanos uma terinião. O sr.
ministio do reino não dera 4
minima ordem que attentasssdem que attentasss@@@ 1 @@@
mho tido até a) presente O designio
contra o liberrimo fdireito de
reunião. Pois, não obstante is-
«sa, am chefe ‘da policia “entra
ma-assómiblcia ‘e pertende fis-
calisalva. O facto determinou:
aum “vivo protesto dos jormaes;
republicanos.
-Approxinrem estes dois fa-:
“etos “e digam-me francamente
o que se conelue d’elles,
Para mim, relacionando-os
de mais a mais com as confe-
rencias entre o juiz Veiga é os
outros clefes da pohcia, a ho-
ras mortas da noite, com o sr.
«João Franco, já depois d’este
deixar de ser ministro, é claro
que ha uma cabala, que se pre-
para uma cilada ao governo, e
que o epileptico ambicioso, que
não se sujeita a estar fóra do
poder, já anda conspirando pa-
“a o obter outra vez! O facto
não seria novo. O partido pro-
gressista já tem sido victima,
outras vezes das más condes
cendencias com os alversarios,
Ágora cahirá nim erro: mot-
tal se não souber acautelar-se.
Não desejo violencias, nem po-
litica de rumores.
O que bem quereria era que
o meu partido se acontelasse
“com adversarios despidos de to-
dos os escrupulos,
inoticia era verdadeira. Fallece-
José Victorino da Silva
No domingo de manhã co-
meçou à correr com irsistencia
o beato de que José Victosino
havia fallecido. Desta vez a
ra; acabou aquella longa ago-
nia, terminava aquelle mar-
tyrilogioe esta notícia, que não
surprehendeu ninguem, causou
em todos a mais Viva impres-
são.
José Victorino era sem du-
vida o homem mais querido e
mais conhecido de Sernache;
d’uma bondade, talvez em de-
mazia, pode-se dizer que nunca
ninguem delle se aproximou a
pedir um favor que, por qual-
quer forma, não fosse servido,
embora mesmo para servir os
outros tivesse que recosrer aos
seus amigos.
Bira um espirito alegre, mui=
to animado e muito captivanto.
A sua força politica era
grande: póde mesmo dizer-se
sem exagero que, individual-
mente, era a maior força politi-
ca do concelho: e esta força
posta sempre ao serviço do par-
tido regenerador, salvou este
de crises bem graves, oppon-
do-se aos desejos dos patrícios.
*
*
x*
Confirma-se a nomeação, à
que aqui me referi na ultima
carta, do sr. conselheiro Fran-
cisco d’Albuquerque Mesquita
e Castro para governador civil
d’esse districto. Não conheço
o novo magistrado superior do
districto. Mas dizem-me aqui
todos que é um caracter res-
peitabilissimo, que deverá hon-
rar o seu elevado logar, Tanto
me basta para lhe derigir as
homenagens da minha eonside-
ração e felicitar os povos do
districto de Castello Branco.
FOLHETIM
PREVOST
“MANON LESCAUT
Traducção do francez
por
ABILIO DAVID
a DG
PFRÍNEIRA PARTE
Meu pas estava deveras surpre-
hendido por me ver tão fortemente
emocionado; eophecia-me principios
de honra; e, e por outro lado, não
polia duvidar que a traição d’essa
mulher me não fizera menespresar
esses mesmos principios de honra-
dez; imaginow que a minle cons-
tancia vinha menos Vesty paixão
em: particular, que d’urra ireligação
geral pelas mulheres, E agarronse |
de tal moro a este pensamento que,
não consultando senão a sua terna
O enterro realisou-se na se-
gunda-feira e foi muito con-
corrido.
Paz á sua alma!
Sobre o seu caixão desfolha-
mos os goivos róxos da nossa
muita saudade ea todos os
seus envianios a expressão sin-
cera do nosso pezar pela dôr
que tão profundamente os fe-
ru.
——————— acetato o () 8 tt
Tem passado incommodado de
saúde o nosso amigo sr. dr. João
Ribeiro d’Andrande.
Desejamos-lie premptas melho:
rass
ECHO DA BEIRA
A proposito do fallecimento:
de José Victorino e da sua vi-
da politica, lembra-nos um fa-
cto, que é opportuno recordar
n’estemoumento, porque, emfim,
sempre é bom ir lembrando.
tudos =
Aquele nosso saúdoso patri-
cio, como um dos maiores in-|
fluentes locaes fez parte da ce-
Interview
Tem corrido com insisteneia
o boato de que o sr. Conselheiro
Paima de Bastos abandona a
politica, em vista do seu esta-
do de saude; e desejando nós, [para o Século).
ácerca d’este facto, bem infor-|
marmos os nossos leitores, pro-
curamôs um dos chefes mais]
tudo da estrada.
fallecido já tambera, e cremos
membro sobrevivente é o sr.
Serra.
empregar as maiores esforços
para que a estrada por alli pas-
oppunha tenazmente e com as
mais vis e baixas intenções era
osr. Baima de Bastos acolita-
do pelos seus amigos politicos,
movidos todos pelos mais ruins
Sentimentos—unicamente o de-
sejo de fazereni mal sem nada
lucrarem cum isso.
O caso teye peripecias inte-.
ressantissimas, em que nem
sempre se prestou o devido
preito á lealdade.
Nós lembramos, apenas,
—— Esto —
— Doeriga
Tem passado bastante incomimo-
dado de saúde o sr. José Nunes e
Silva, o nosso estimavel assignarite.
Promptas melhoras é o que lhe
desejamos: .
mas vejo que as tuas inclinações
Dão são para esse lado, Tu gostas
das mulheres bonitas. Sou de opi-
nião gue se te procure uma que te
apraza. Dize-me sinceramente o que
penses, no fim de tudo isto.
Respondi-lhe que já não fazia
distincção entre as mulheres, e que
depois da desgtaça que acabava de
me sueceder, as detestava a todos
igualmente.
«—Procurar-te-lhet uma-—resyon-
deu meu pas sorrindo—qure se par-
cerá com Manon Lescaut; mas que
ha de ser mais fiel,
—Ah! se meu pae tem para mim
alguma benevolencia, é a Manon
certo, meu querido pre, que ela
tão negra e tão cruel infamia, E/ o
a ella e a mim. Se mew pas sou
besse quanto elia é terna e sincera;
se a conhecesse amal-a-bia tambem.
—E’s uma criança-—responiteu
meu pae. Como padeste tw cegur-te |
a esse ponto, depois do que te con-
fran:a e abertamente.
affeição, veiu um dia fa
—Cavalleiro–disse-me-ello: te-|
de fazer te ui ra cruz de Maita;|
itei Pelia? Foi ella propria que te
rentregow a taw irmão. Devias es-
iquecer afé o seu nome, e aprovei |
tar, se fôsses pradente, a indulgen- |
cia que tenho tido para comtigo.
que é preciso restitir-me. Esteja
não me trahiu, não é capaz d’uma |
perfido B…que nos engana; a si, |
Eu reconhecia demasiado clara-
mente que meu pae tinha razão.
Era um movimento involuntario
que me fazia tomar assim o partido
da minha infiel.
— Ah!–respondi, após um mos
mento de silencio—é
verdade que sou o desgraçado alvo
da mais infame de todus as perfi-
dias. Sim-— continuei vertendo lagri-
mas de despeito-—vejo bem que não
sou senão ma criança. À minha
‘credulidade não lhe eustou muito a
Cilludir. Mas sei bem o que tenho a
fuzer para me vingar.
Meu pae quiz saber qual era o
méu intuito.
queimako-her assinã vivo com a per:
|áda Manon: ;
Este arrebataniento fez rr neu
gusrdarem con mais cuidado e
mais rigor.
Passei seis mezes inteiros n’aquella
prisão; durante o primeiro, houve
pouca mudança pas minhas dispo-
sições. Os meus sentinientos entie-
chocavam se numa perpetua alter
nativa de olio e de airor, d’espe-
rança ou de desespero, segundo a
lebre commissão que foi a Lis-
boa pedir ao sr, Vaz Preto que
a estrada n.º 56 de Thomar a
CastellaaBranco passasse em
Sernache é tão promptamente
attendidos foram que oito dias
depois estava alli o engenheiro
Fidié para, assim, fazer o es-
D’essa commissão fazia am=
da parte o nosso saudoso ami=
go Rufino Victorino da Matta,
que d’essa commissão o unico
Sernache, (e é isto que pet-
tendemos recordar) tendo 4
trente esta commissão teve que
sasse, porque quem a isso se
deniasiado-
– —kei a Paris—disse-lhe eu-.
porei fogo à cusa de M. de B…e
prestigiosos do partido regene-
dor n’este concelho, com quem
tivemos uma longa entrevista
ena qual s. ex.º nos deu as
mais interessantes informações
a respeito d’este assumpto.
No proximo número tráns-
mittiremos aos nossos leitores
às noticias recebidas transcre-
vendo tão fielmente quanto hos
seja possivel o resuldo da nos-
sa conversa.
Fall:ceuna Suissa, inr, Joan
Luis Edmond de Martel, pre-
tenso representante dos antigos
reis de França de tal tome.
Mr. de Martel, era celibata-
tio e deixa uma fortiha avalia-
da em quatro milhões de libras
sterlinas.
Declara nas suas disposições
testamentarias que só tem uns
parentes remotos e desconheci-
dos d’elle testador, que suppõe
existirem em Portugal, e cons
stituiremi hoje uma das mais
ilustres familias da Beira Bai-
xa. districto de Qustello
co.
Provada a existenia d’estes
parentes, serão elles os sets
universaes: no caso contrário
passam os seus avultados bens
para o Institute des enfonts a-
veugles, da cidade de Zurich.
jo 6 regressou já a Lisboa, de-
pois d’uma pequena demora de
dois dias entre nós, o nosso
amigo Thomaz Santos bem
conceitrado e conhecido com-
mexciante na capital.
Bran-.
Esteve na sua casa do Bre-
agp
O sr. Baima é a chavé
do partido regenerador.
(Pelegramma da Certã
povo estarrecidy deixou de falar
[Dus deputados na candidatura
E em commoção que dá que pénsar
De Yôs; correspondente, saber jurá
Quem é a fechedira!
Há muito que sô penso no caso
A ver se deitar posso agua na for-
e vurã
Estou a ver quê vak tudo razo
Correspondente amigo — o povo
a E nto o DURA)
Quem é a fechadura?
Em contumellias me desfaço
Pedindo do correspondente à ternurá
Cutvo-me todo—qual lamina d’a só
E pergunto tom todá a candura
Quem é a fechadura?
E jatháis cesso de perguntar
Agua tholle em pedra dura
Diz o prologuio popular
Tanto dá até que fura
Quem é à fechadura?
Sem resposta, é cuminlo d’afiliccid
Isto com kranqueza, não s’attira
Vivemos &m cofstante inquietação
Se 0 caso horrendo não s’apura
Queth é à fetbadura?
U povo afidtivado sie fóra de ai
Você correspondeiite iltia a
3 : : 3% lit sd: ur
Esto damiládo, digo lho já daqui
Lrate já da sua sepultura
Si não diá—quem é a fechadura?
Gazua
! EU Reg iate Te O =
Deu à li tiniá menina á esposa
do nosso aiigo João Joaquim Braní
co;
*
Tambem deiú 4 luz uma meniná
à esposa do sr: Eduardo Barata C:
é Silva. E EME
Às nossas felicitações:
ao meu espirito, Ora a considerava
como a miais amavel das raparigas;
e deleitava me com o deseja de a
torhar a Veri ora não via n’ella se-
não uma infame e perfida “amante,
e fadia mil juramentos de não a
procurar senão para à punir. De-
ram-me livroa, que serviram para
restituir uma pouca de tranguillida-
de 4 minha alma. Relitados os meus
auctores. Adquiri novos conhecimen-
tos. Readquiri um gósto infinito pelo
estudo. Vereis de que utilidade isso
me foi, no seguimento d’esta histoxia.
As luzes que eu devia ao amor
fizeram-me achar clareza na quan-
de Virgilio, que d’antes me pare-
ceram obscuras. Fiz um conimenta
«Eneida»; destino-o a ver a luz da
| publicidade, e ufano-me de que o
pae; é não servir senão para me| publico ficará satisfeito com elle. |
| —=Ah!-—dizia eu quando o fazia |
—era vm coração tal como o mieu,|
ao niesmo tempo gôsto para a vir-
que cra preciso 4 fiel Didon:
| Tibergo veiu ver me um dia &
| pelo: transporte com que ele me
tabraçom. Eu não tivera ainda pros
vas da sua aficição que mis pudes-
[sem fazel-a entarar d’outra mancira !
idéia: com que Manon’ se oferecia | que não tôsse unia simiplos amisade |
tidade de passagens de Horacio e)
rio amoroso sobre o quarto livro da |
minha prisão: Fiquei surprebendido |
de collega, tal conio ella sé tórma
entre rapazes da niesma idade. Aí
chei-o tão niudado e tão formado,
após circo ou seis mezes que des-
correram sem que cu o visse; que
a sua figura e 0 tom da sua con-
versação me inspiraram respeito.
Falavasme pais como coriselheiro
prudente, do gue como amigo de
escola: Jamentou o desvario em
que eu caira. Felicitov-me pela mi-
nha cura que julgou adiantads; em-
fim, exhortoi-me a aproveitar-me,
d’esto erro da mocidade para abrir
os olhos sobre 4 vaidade dos pra-
Zeres; é «
Encarei-o com espanto: Elle per-
cebeu Isso; É
—=Meu caro cavalleiro-— disse-me
ele—não He digo nada quê não
seju rigorosamente verdadeuo e de
que eu não: esteja convencido por
um serio oxame, Eu tinha tanta
inclinação para a valitptitosdade.
como uv senhor; mas o céu deu-me
tudei Soubé servirme da minha
razão para cuníparar 08 fiuctos d’-
uma e d’outro, e não tardou muito”
témpo que eu não descobrisse as!
suas difigrenças.
f ( AS = E
(Continua):inua):@@@ 1 @@@
ECHO DA BEIRA
1N ILLO TEMPORE
Auz lates, cy’oiens!
(EPISTOLA AD JURISTAS)
|
| EU, D. Chinfrim Banzé, «por
graça “da rapaziada amiga e Sus.
Magestade Imperial a Aeelin gas Ju-
spector da Troça, Chanceller-mór
‘do Pagode, Cavalleiro professor da
nobilissima ordem da Bolsa Vash,
(Grão-Cruz da Piada-fina e do vinho
* branco do Pancada, Socio de meri-
to e effectivo de varias associações
de Prego e Dependura, tanto nacio-
naes como estrangeiras, condecora-
do com a medalha de ouro das cam:
“panhas do Canellão e Corte-de-ca-
| bello, Admirador lamecha engarta-
| do do sopeirame da alta e Director
| syndico em chefe da pantagruolica
| festividade das
| É te.»
| Considerando que deve ser para
| nós de supremo, supino e desenfre-
| ado jubilo o glorioso dia de 2) de
maio, consagrado a ser 0 fecho, e
|
|
|
ne
Latas, etc etei,
Ponto final, da nossa ardua peregri-
hação Do dos livros e dos Ge-
oasis suavissimo das ferias;
Considerando que para nós em-
mudeceram os sons horrissono-agu-
dos da Cabra, essa furia metallica
que a mão grifenha do demonio ar-
trancou do mais profundo das pro-
fundas do inferno para nossa cons-
tante tortura;
Considerando que foi subjugada…
por esté anto, essa hydra de cem
cabeças e 15 paginas, idolo querido
| do Pacheco (1), espectro implaca-
k vel que nos pertio, phylloxera
que nos súga a saúde e: bolsa com
sangrias do sete tustões merisaes;—
b que estamos emiancipados da tu-
raxistas;
” Considerando que tia gogaaa ias
nicular-properica dá humanidade e
ha evolição listoricó-exlaica dos?
tempos, esta festividade teve sém-
pre da parte dos nossis aritépassa-
| dos, o preito respeitoso do barulho,
esthusiasmo e famioecdas— soberba
trilogia que syntliótisa todo o viver
hecademioo;
Considerando quê 0 marifico ins-
frumento estridulo—o Istophone, é
b titulo irretragavel do direito de
procedencia de troça que ségrindo
à mais apurada orientição ro ddiná
positiva pertence umicamente aos
juristas que são; sem offensa, a flor,
à nata e o creme da juventude que
Minerva.
Considerando que deve ser eleva-
da á dupla cathegoria de instituição
social e de iystrumento de suppli-
tio, o citado invento, por ser o
| mais adequado meio de transmissão
| do gaudio juridico-jnvenil ao tym-
pano apopletico-febril dos que labu-
tam eternamente agrilhoados ao X
é ao polimonio, e dos que estudam
às qualidades soporiferas, distillan-
tes e causticas do chá de tilia é do
Sinapismo Rigollot;
Attendendo ao que me foi ópio:
sentado, e ouvido o Conselho Su-
Beguinte:
Que no domingo 21 & noxe, se
reunam’ no Largo da Feira, todas
as corporações; altos dignatatios,; o
povo da academia, admittido 4 so-
lemnidade, ornados das respectivas
insígnias € vestidos q capricho pa
tesoura magito:diamantina do Pai
xão (2) para tormar o prestito lato-
nico, que percorrecá as ruas do|
éstylo, e que será organisado do
Fone theor; feitio, forma e gei
os
T
CF

raes, podendo alfim descançar no
| “tolla das massudos alfarrabios dos
| Pêgas e Lobão,
| luz candente resona dos archotes;
nas arcadas atmosphericas reboarão |:
suspira pelos louros viridentes de |
premo, hei por bem determinar |
[dos com luxo na: fórma prescripta |
ina Ordenações do Reino; em se-|
gu la um avanto, empunhado uma |
ba ideira vermelha, tendo no centro
“una enorme esphera branca com o
distico: “ad majorem ponti gloriam.»
E logo a philarmonca dos chara-
‘maleiros e Hantistas (3) da acade-
“mia, alvoando os ares cam a phan-
tasja marcial *estrepitosa, sobre mo-
tivos do Fado-corrido, do maestro
Reinação.
Em segundo Jogar, uma bandeira
negra coberta de crepes com a le.
genda:
Ai adeus acabaram-se os dias
Que ditoso vivi a teu lado. uu
guiando o carro allegorico da Se-
benta, em figura de mulher desgre-
nhada e suja.
Um grupo orpheonico entoará o
responsorio: «sie transit imperium
Sebentarum!»
Em terceiro logar, os persona-
gens reaes da Bohemia e da Pan-
dega Pacata, cercado d’um troço
de briosos, dedilhando maviosas gui- |
tarras, e, em seguida, o corpo cer-
vado, compacto dos alsbardeiros de |
Sua Mesgestade Imperial a Arrua-
çal, sobraçando mocas e arrastando |
latophones moro ia atroado-
res,
Em quarto logar, o carro syim-
bolico da Cabula, vestida de escar-
late, fazendo figas ao Estudo e à
Apulicação em forma de esqueletos
mirrados; no primeiro plano, á di-
reita, as figuras graves, meditati-
vas, carraneudas do Codigo Civil,
do Processo, da Noviissima Refor-
ma, algemado e guardados á vista
por um grupo de caceteiros; s no
segundo plano, 4 esquerda, ns
do. o seu vergonhase ostracismo, os|
vultos Ends ENA de Corrêa Telles,
E
empunhando poei-.
rentos in folios.
gritos sediciosos, vermelhos— viva
0. ponto!—abaixo. os livros!—e na
jucidez estrelláido do azul ceruleo- |
indefinido curvetearão em danças
macabras, doidas, os arabescos lu-
minosos dos foguetes (ostylo fino).
O prestito, depois de serpentear
pelas ruas da cidade, bem como
quando uma descomunal bicha so:
o reverterá ao ponto de parti-
da e dispersará ao rutar de vibran-
tambores, flauta e obo6s,
Por essa oceasião subirá às re-
giões da lua um balão do bojo hy-
dropico, tenlo em caracte-srandos
o dustico—sic itur ad ferias!
(1) O Pacheco era um cego mui-
to gordo, dono duma lythopraphia
da Rua das Cosinhas, onde se im-
primiam as «sebentas.»
(2) O Paixão era um alfaiate de
bigodo e pêra, muito regenerador,
que havia na Rua Larga, perto da
Universidade, e que imbirrava de
morte que lhe pedissem o adiaman-
te»:—«O” Paixão, dá cão diamen-
te!» Perdia a cabeça!
(3) lindo são os estudan-
tes perores. Em opposição aos «Ur-
sos, que são os melhores. A’s vezes
a realidade é o contrario, .
io o
Determino; por ultimo, que seja
obrigatoria a carraspana e que fique
revogada a legislação em’ contrario.
Pelo que; mando a todos os Ju-
vistas que este virem; que tenham
‘enténdido e queiram executar tão
inteiramente como n’elle se contêm
as desposições deste pseudo huimo:
rístico progrim na, sob pená de
seveni havidos, pira todos us effei-
|
P Abricão a marcha quatr batedo- RS
* Pêsy montados: em jumento ajaeza |
tos, véia confes o vs de sensaboria o |
do |
Dada no Olympo na vespera
O prestito será eselarecido pela.
glorioso dia 21 de maio do anno
18892, E
Logar do sello ando das armas
Iatoida «ceus.==D Liss Banzé==
(com rubrica e guarda).
x*
* %
Tal era o Passaro,—hoje delega-
do do Procurador Regio acho que
em Chaves!…
Trindade Coelho
,
Foi muito SAS em Serna”
che a ausencia dos chefes-re-
generadores no enterro do cho-:
rado José Victorino, o qual
sempre fôra uma das suas mais
firmes e poderosas alavancas,
tanto mais que, durante à do-
ença do fallecido, já elles ti-
nham Prilhado pelo mesmo
processo.
Da Certã estavam apenas os
srs. drs. Frazão e Guimarães,
amigos particulares de José
Victorino, aquelle progressista
e este presidente da Camara
ja que o fallecido pertenceu du-
rante muitos annos.
Lee morts vout vite.
met Or —
Joaquim Matta
Está na sua casa do Carpinteiro;
‘onde se demora até maio, o sr. Joa-
‘qnim Nunes da Silva Matta, abás-
tada capitalista e commerc:ente na
| cidade do Pará, onde viveu duran-
, [to muitos annos, creando um dos
nomes mais prestigiosos e respeita-
| dos d’aquello praça brazileira.
Podemos ainda dar aos nossos
leitores a agr adavel noticia de que
s. ex? se aleijo completamente res-
tabelecido da grave enfermidade
que O atacou e que tantos cuidados.
deu a sua familia e aos. seus arsi-
gos. Acompanha-o s, ex.” espasa.
Qs nossos cumprimentos.
ERi cosa
Na brecha
A absoluta falta de espaço
obriga-nos a interrompermos
n’este numero a publicação dos
artigos em que, sob aquelle ti-
tulo, o nosso amigo sr. Abilio
David tem defendido infatiga-
velmente a necessidade dum
melhoramento tão importante,
como é a construcção duma
estrada que ligasse esta villa
com Alvaro
Irá no proximo numero.
<>
O diamante
Nos terrenos d’allnvião que pro-
vém da destruição de antigas ro-
chas, cujos destroços se agelomera-
ram nos valles e nas planices, Clau-
dio Colas fez curiosos estudos.
D’essas observações, apurou-se que
a serie de jazigos diamaatiferos for-
mam, à superficie do globo terra-
queo; uma enorme ellipse que, par-
tindo da Russia, vae até ao Cabo da
Boa Esperança, seguindo d’ahi à
California e finalmente ao Brazil.
Foi ém 1886, pela Em vez,
que se EROb atra num aerotilho,
caído na Russia; uns pequenissimos
erystaes de dinmênte. A unidade
de peso empregado para os dia-
mantes e outras pedras preciosas é
o quilate, que equivale a 205 mui.
gramas.
CORRESPONDENCIA
AA
Villa de Rei-—20 de fevereiro
A «queda do governo, regonerador
foi aqui recebida com muito enthu-
siasmo. Não faltaram, como é de
costume em taes occasiões, os, vi-
vorios e foguetorio, de mistura com
os ditos motejuntes e as notas pi-
carescas, que eram O «De «profun
dis» profano entoado à memoria
desse governo maldito que e, Dia-|2
bo conserve eternamente no inferno,
para allivio aos portuguezes e se-
gurança das instituições. E não era
sem razão que aqui, como em todo
o paiz o indifferantismo pelas cou-
sas polucas cedesse 0 logar às ale-
grias e expansões populares, porque
a um governo que em vez de fazer
uma administração sabia e pruden-
te, ao contrario gastava á doida,
colocando. 0 paiz | a dois passos da
reina, e que só se mostrava arro
gunte e forte nas suas reformas dis-
paratadas e epilepticas, que chega-
vam a offender o brio e dignidade
até mesmo aos que commumgavam
no mesmo Credo politico, a um go-
verno desses, repetimos, ao desap
parecer dos palácios ministeriaes,
onde nunca deverá entrar para
bem nosso e de todo o paiz, acom-
pahamim’o em vez das lagrimas,
as maldições populares, em logar
do pranto e da dôr, o ruido e o pra-
Zer.
Dizer ond aos mortos não é pro-
prio das almas boas. Mas a penna
treme-nos, e os, adjectivos correm,
asperos, por. ella até ao bico, sem
que os possamus suster, para ful-
minar com toda a vehemencia 0
Reformador mór, que por muitos é
considerado como um estadiata ha-
bil, trabalhador e intransigente, mas
que na classificação e suppressão
de concelhos andou, na opinião pes
outros, como uma ereança, como
um doido, se não lhe quizer “chamar
fuccioso, despot a, é velhaco.
Ah! est& alli o concelho de Sar-
doal que ficou, e aqui o de Villa de
Rei que desapparecer. ..
Quem conhecê a importancia, a
topographia; a area e população
Cum e outro, que calenle-se temos
ou não razão para amaldiçoar o
traiçoeiro ministro.
—A nomeação do sr. Albuguer-
que para Governador “exvil foi aqui
acolhida com enthusiasmo e regosi-
jo indo scriptivel, havendo muitas
manisfisstuções de contentamento
pela subida ao poder, do partido
pregressistas; levantando-se então
muitas vivas aos srs. Governador
civil e ‘Pavyares Proença.
avi a “ue À Es
Correspondente
ESC
Preços do mércado
Carnes
Porco, 15 killos….. 3:200
Nmtca pp a ODO
O ITD ALO: Deo as a El,
Cercaes
Trigo. 13,544 1 x… 100
Centeio » » à 520
Milho: » Pisa dr 400
Vinho
20 1: da térra 4… 1000
OCL dasBeira VC > De :300:
Azeité
FROM O 1 Sd conno É
SD cd 1:800)
eta res
| ES ego Ta o a
ANNUNSIOS |
LINTA
Quem quizer comprar a quinta de-
nominada do Ribeiro de Cima, na
freguezia do Cabeçudo, podo din
giv-se no gr. dr. João Ribeiro d’An-
drade, Arnnia, que está encarre-
gado da venda.
“CAFÉ ESPECIAL MOIDO |
DE
BRANCO & RODRIGUES
Praça de S. Bento, 25 a 28
LISBOA
Este caté, o mais saboroso e a;
preciado, é tumbem o que mais, se
popularisou. de quantos se exhibem
no nosso mercado, |; devido. sem du-
vida, ás suas excellentes qualidades
e acertada escolha, e à sua optima
preparação. Vende se em pacotes de
500, 250, 125 e 62 1/2 gramas,
devidamento acondicionado em -in-
vólueros de estanho, afim de con-
servar a sua fortaleza e aroma.
Venda ávulso em latas de 7 kil-
grammas. Aos revendedores fazem-
se bons descontos.
Deposito para venda ávulso e re-
venda — Centro Commercial —Praça
do Commercio, 1 a 7. Cortã–Pa-
didos a Luiz da Silva Dias. REGE
— LOJAI DO POVO
En E CERTA
Chitas baratas de 80 rs. o cova-
do a 60 réis 4
Assucar de 1.º, Julo 280 réis.
Dito de 2,2 270 réis,
Machina, photographíca
de graça
Dá-de” tia. boa inca Riot
graphica 13X 18, em bom. estado
a quem comprar; os seguintes obje-
ctos pelo seu, valor:
1 obtuzador. para : nstantanees,
4 pannos de fundo, 4 tinas, À. lin-
terna, para: laboratorio, 3 calibres
de vidro, 6 chassis prensas, | I ca-
mara escura para campo, 3 suppor-
tes para seccar chapas, 1 almotariz,
3 copos graduados, 3 funiz de vi-
dro; À machina para trazer debaixo
do. colete, 1 lavador automatica, À
luvas de borracha, 3. vinhetas &
ainda ontros objectos precisos ao
photographo, a :
Para mais esclarecimentos, dirê
gir-se a esta redacção.
guide ea Dagar
DE
Papelão nacional
Daná premiada na exposição in-
dustrial de Lisboa em- 1893,
“Cada maço de 15 Kg., contenda,
8 a 30 folhas, formato 64 % 80, 900
réis,
Satisfazem- se com nios todos,
os pedidos, sendo : postos em. qual-
qe, estação de Lisboa por conta,
da fabrica, quando, as, encommen-
das sejam superiores a cinco mas-
sos. Acceita- -se apara em troca,
«Grandes. descontos aos revende-,
dores; sendo a prompto. pagamens
Ator
ati)
Todos – os | pedidos dirigidos “80,
| escriptorio. da fabrica— Brito Nos
| gueira—hkRua d “Alcantara, GA,
|
,
|
|
|
|
|
|
ECHO DA IBRIRA
SECURE mio oe. mm. /
LYCEU POLYTECHNICO
€. DO COMBRO LISBOA — PALACIO DE’MUR CA:
[os pontes do paiz equelguer encom-
N’este collegio, “gue “é um dos mais bem imontitlos da “capital, são,
|| TO3, por preços sem competencia.
iprofessados os seguintes cursos:
1º-INSTRUCÇsO PRIMARIA, desãe :n mula mais infantil.
=INSTRUCÇÃO SBOUNDARIA: a) curso idos Iyceus segundo
:a nova reforma; b) curso ‘transitotio.
O)
3.º- CURSO COMMERCIAL,
4.º-Bollas Artes, Gamnastica,
Recebem-se alumnos :internos, semi-iriternos e externos nos termos
dias estatutos, que se fornecom a quem os requisitar.
!
iprófessado em 4 annos.
Esprima, Musica, Pintura, ete. y
&) director e proprietario
|
J J de Figuercão ;
ALBERTO DA
Inventores do afamado licor CANHÃO
fFabrica—40, Rua da Padaria, 44
DEPOSITO GERAL Da FABRICA
Participam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
bebidas em todos os generos . para
bra, cognac, licores, vinhos do Porto e Madeira, cremes finos, garrafas
lindamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e gêmia.
Fazem-se descontos para os srs.
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe-
decimento acaba ‘de montar uma magnifica fabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder
encommenda que the seja feita,
FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
SILVA & C;
diferentes preços, taes como: gene-
revendedoves, *e em Lisboa, envia:
satisfazer com rapidez qualquer
Sana Aeidela da So; da Gertã
Approvada pela janta consukiva de saude publica e an-
ctorisada pelo governo. medalha de prata nas exposi-
sões de Lisboa 1893, Anveérs FS94, Saint Etionne 1895